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1 Fisiopatologia da Reprodução Aplicada Medicina Veterinária Faculdade Anhanguera de Dourados Prof. Me. Baltazar A Silva Jr CURSO MEDICINA VETERINÁRIA Aula 3: Transporte de Gametas, Fecundação, Clivagem, Implantação e Reconhecimento da Gestação 2 Transporte de Gametas Três estágios de transporte: • Curto e Rápido, • Colonização de reservas, • Liberação lenta e prolongada. 3 Transporte de Gametas Transporte Rápido – • Após ejaculação, transporte para canal cervical (2 a 10min) Colonização de reservas – • Grande número de sptz preso nas dobras da criptas cervical Liberação lenta – • Disponibilidade continua de sptz 4 Transporte de Gametas Transporte pela cérvix • Receptiva a penetração (próximo a ovulação) • Reservatório de sptz • Protege os sptz (vagina e fagocitose) • Fonte de energia para o sptz • Capacitação espermática 5 Muco cervical • Sptz penetram (orientação para orifício) • Protege da vagina • Facilita penetração na cavidade uterina 6 Transporte no Útero • Presença de sptz induz resposta leucocitária • Espermofagia – fagocitose • Sptz mortos, defeituosos e em excesso 7 Transporte no Oviduto • Tem função de transportar sptz e oócito • Movimentos peristálticos e antiperistálticos • Contrações das dobras da mucosa • Ação ciliar • Controlada por hormônios ovarianos e componentes do plasma seminal 8 Estimativa da competência e fertilização de sptz e oócitos e a cronologia do desenvolvimento embrionário Hafez (2004) 9 Recepção do Oócito • Fimbrias capilarizadas, ficam em contato com ovário • Ovário movimentado (ligamento ovariano) • Ação ciliar • Interferência hormonal (Razão estrógeno:progesterona) 10 Fecundação • A fecundação é definida como sendo o processo da união entre os dois gametas: masculino (espermatozoide) e feminino (óvulo). • A fecundação (fertilização) marca o início do desenvolvimento de uma nova vida. • Com a formação do zigoto, é criado um indivíduo único graças aos cromossomos e à carga genética que eles carregam. 11 Fecundação • Se o ovócito não for fertilizado na tuba uterina, ele segue lentamente em direção ao útero, onde se degenera e é reabsorvido pelo organismo; • Existem sinais químicos que atraem os espermatozoides para o óvulo. – Estes sinais são secretados pelo ovócito e por todas as células foliculares circundantes, – Este processo é conhecido como quimiotaxia dos espermatozoides. 12 Fecundação • O processo de fertilização é complexo e tem uma sequencia de eventos. • Tem início no exato instante do contato do espermatozoide com um ovócito. • Finaliza com a união dos cromossomos maternos e paternos formando um embrião unicelular. • O processo todo dura cerca de 24h. 13 1) Passagem do espermatozoide através da corona radiata: • A enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozoide, é responsável pela dispersão das células da corona radiata. • Movimentos da cauda do espermatozoide • As enzimas da mucosa tubária também contribuem para essa passagem 14 http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/10/fecundacao.jpg 2) Penetração na zona pelúcida • As enzimas liberadas pelo acrossoma – Esterases – Acrosina – Neuramidade • Assim que UM espermatozoides penetra a zona pelúcida, ocorre a reação zonal, • Mudança que torna a zona pelúcida impermeável a outros espermatozoides. • Cobertura glicoprotéica extracelular, muda após a fertilização. 15 2) Penetração na zona pelúcida 16 3) Fusão das membranas plasmáticas • Nesta fase estas membranas se unem e se rompem no exato lugar onde se uniram. • A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no ovócito • A membrana plasmática do espermatozoide fica de fora. 17 3) Fusão das membranas plasmáticas 18 4) Término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino: • Quando o espermatozoide penetra o ovócito, ele o estimula a completar a segunda divisão meiótica, • Resultando num ovócito maduro e num segundo corpo polar. • há a condensação dos cromossomos maternos e o núcleo do ovócito evolui para pronúcleo feminino. 19 5) Formação do pronúcleo masculino: • O núcleo do espermatozoide aumenta no interior do citoplasma do ovócito. • A cauda sofre degeneração. • Acontece o crescimento dos pronúcleos, e replicação do DNA. • O ovócito que contém dois pronúcleos haploides é chamado de oótide. 20 6) Formação do zigoto: • Logo que os pronúcleos se juntam em um conjunto diploide, a oótide se transforma em um zigoto. • Os cromossomos neste zigoto arranjam-se em um fuso de clivagem, preparando-se para a divisão. • Esta estrutura é geneticamente única, diferente da contida nas células dos pais. 21 22 Transporte de oócitos no oviduto 23 Clivagem • Clivagem é a denominação utilizada para o processo de sucessivas divisões da célula ovo, • Que formam a mórula e a blástula, que são os primeiros estágios de desenvolvimento de um embrião, • Que com o passar dos meses irá produzir um novo indivíduo 24 25 Clivagem • Divisão celular com nenhum crescimento significativo. • Produzindo um aglomerado de células que é do mesmo tamanho que o zigoto original. • Pelo menos quatro divisões de célula iniciais ocorrem, resultando em uma bola densa de células (dezesseis células) chamada de mórula. • As diferentes células derivadas de clivagem, até à fase de blástula, são chamadas blastômeros. 26 Clivagem 27 Formação da Mórula • No início da clivagem, • Blastômeros são grandes e em pequeno número, • Eles aderem entre si como se formassem uma bola sólida chamada de MÓRULA devido ao seu aspecto sólido e rugoso. • Uma camada de hialina associada com a superfície externa dos blastômeros os mantêm coesos. 28 Formação da Blástula • Após o estágio de mórula surge a BLÁSTULA • Resultado do arranjo dos blastômeros em torno de uma cavidade (BLASTOCELE) que contém fluido proteico secretado pelos blastômeros. • Esse fluido absorve água do meio por osmose, exercendo pressão sobre os blastômeros, deslocando-os para a periferia. 29 30 Gastrulação 31 Implantação • O processo de implantação do embrião no útero pose ser chamado de nidação • A implantação ocorre normalmente na parede do corpo do útero, no espaço entre a abertura de glândulas do endométrio. • Porém, se o blastocisto implantar-se em locais anormais, fora do corpo do útero isso normalmente levará a morte do embrião. 32 Implantação 33 Implantação 1. A zona pelúcida degenera isso resulta no aumento de tamanho do blastocisto. 2. O blastocisto se liga ao epitélio endometrial. 3. O trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas, o sinciciotrofoblasto e o citotrofoblasto. 34 Implantação 35 Implantação 4. O sinciciotrofoblasto evade os tecidos endometriais (capilares, glândulas, estroma) e o blastocisto começa a se implantar no endométrio 5. Aparecem no sinciciotrofoblasto lacunas repletas de sangue 6. O blastocisto penetra abaixo do epitélio endometrial 7. Redes lacunares são formadas pela fusão de lacunas adjacentes 36 Implantação 8. O sinciciotrofoblasto continua a erodir vasos sanguíneos endometriais estabelecendo assim, uma circulação uteroplacentária primitiva. 9. A falha no epitélio endometrial desaparece gradualmente, enquanto o epitélio superficial se regenera. 10. Desenvolvem-se as vilosidades coriônicas primárias. 37 38 Reconhecimento Materno da Gestação • O blastocisto antes de se implantar no endométrio, secreta substâncias que prolongam a vida do corpo lúteo. • O tempo que isso ocorre é chamado de reconhecimento materno da gestação. 39 Reconhecimento Materno da Gestação • Em ruminantes – trofoblastodo concepto em desenvolvimento bloqueia a regressão luteal através da produção de interferon. – Produção de proteína B da placenta, o que indica a fêmea que existe um concepto. • Em suínos – produção de estrógenos pelo blastocisto – seguidos posteriormente pelos interferon. 40 41 Fatores que influenciam a duração da gestação • Raça: as puras apresentam tempo maior de gestação. • Sexo do Feto: Machos apresentam tempo maior de gestação (nas espécies monotócicas). • Gemelaridade: menor tempo de gestação nas grandes espécies (distensão do útero e produção de corticoides). 42 Fatores que influenciam a duração da gestação • Idade da mãe: fêmeas mais velhas apresentam maior tempo de gestação (diferenças metabólicas e hormonais). • Tamanho e número de fetos: quanto maior o número de fetos menor o tempo de gestação. • Estação do ano: maior quantidade de alimento, menor tempo de gestação. 43 Formas especiais de gestação SUPERFECUNDAÇÃO. • Fêmeas com estro prolongado que são cobertas por mais de um machos (ninhadas maiores do que o previsto para a raça) SUPERFETAÇÃO. • Animal com estro e cobertura durante a gestação. • Pode ocorrer em equinos suínos e felinos 44 Formas especiais de gestação GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA. • Ocorre em fêmeas monotócicas. GESTAÇÃO EXTRA UTERINA OU ECTÓPICA • Pode ser ovárica, tubárica (comum em humanos), abdominal (peritonial). • Geralmente é inviável e extremamente rara em animais. 45 46 E-mail: baltazar.junior@anhanguera.com mailto:baltazar.junior@anhanguera.com
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