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Radiologia: Hemodinâmica

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665--CAPÍTULO-21 
Angiografia e Procedi'mentos Intervencionistas 
C O L A B O R A Ç Õ E S D E: CINDY MURPHY. ACR COLABORADORES NAS EDIÇÕES ANTERIORES: BARRY 1. ANTHONY, RT (R) 
MARIANNE TORTORICI, ED D, RT (R), PATRICK APFEL, M ED, RT (R), 
CONTEÚDO 
Anatomia Radiográfica 
Introdução e definição, 666 
Componentes do sistema circulatório, 666 
Circulação pulmonar e sistêmica geral, 667 
Artérias e veias coronárias, 668 
Artérias cerebrais, 669 
Veias cerebrais, 672 
Artérias e veias torácicas, 673 
Artérias e veias abdominais, 674 
Artérias e veias dos membros superiores e inferiores, 675 
Sistema linfático, 677 
 
Procedimentos Intervencionistas Definição e objetivos, 697 
Procedimentos intervencionistas vasculares: 
. Embolização, 697 
. Angioplastia transluminal percutânea (PTA) e colocação de stent, 692 
. Colocação de stent-enxerto, 692 
. Filtro de veia cava inferior, 693 
. Inserção de dispositivos de acesso venoso, 693 
. Shunt (derivação) portossistêmico intra-hepático transjugular (TIPS), 693 
. Trombólise, 694 
. Terapia infusional, 694 
. Extração de corpos estranhos vasculares, 694 
Procedimentos intervencionistas não-vasculares: 
 
Procedimentos Angiográficos Visão global, 678 
Equipamento para estudo angiográfico, 682 
Modalidades ou procedimentos alternativos, 684 
Procedimentos angiográficos específicos, 684 
. Angiografia cerebral, 685 
. Angiografia torácica, 686 
. Angiocardiografia, 687 
. Angiografia abdominal, 688 
. Angiografia periférica, 689 
. Linfografia, 690 
 
. Vertebroplastia percutânea, 694 
. Colocação de stent no cólon, 695 
. Nefrostomia, 695 
. Drenagem biliar percutânea (DBP), 696 
. Drenagem percutânea de abscesso abdominal (DPA), 696 . 
Biopsia percutânea com agulha, 697 
. Gastrostomia percutânea, 697 
. Referências, 697 
 
 
666-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS 
INTERVENCIONISTAS 
 
ANATOMIA RADIOGRÁFICA Introdução 
DEFINiÇÃO 
Angiografia refere-se ao exame radiográfico dos vasos após 
injeção de um contraste. Como as várias partes moles do corpo 
possuem densidades radiográficas similares, o contraste tem de 
ser adicionado parélo estudar a distribuição normal e anormal do 
sistema circulatório. Por exemplo, a radiografia lateral do crânio de 
rotinél nél Fig. 21.1 não mostra os vasos do sistema circulatório do 
crânio, enquanto a arteriografia lateral da carótida na Fig. 21.2 
claramente diferencia o cérebro dos vasos sangüíneos. 
Isso também é verdadeiro no que diz respeito ao sistema 
circulatório de outras regiões do corpo como tórax, abdome e 
membros superiores e inferiores (periferia).Uma boa compreensão 
da anatomia envolvida, conforme descrito na primeira parte deste 
capítulo, é essencial para a realização da angiografia. 
 
DIVISÕES OU COMPONENTES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
O sistema circulatório consiste nos componentes cardiovascular e 
linfático. A porção cardiovascular inclui coração, sangue e vasos 
que transportam o sangue. 
O elemento linfático do sistema circulatório é composto de um 
fluido aquoso claro chamado linfa, de vasos linfáticos e 
delinfonodos. Os componentes cardiovasculares e linfáticos 
diferem em sua função e na maneira de transportar seus 
respectivos fluidos no interior dos vasos.A divisão cardiovascular 
ou circulatória sangüínea pode ainda ser dividida em componentes 
cardíaco (circulação no interior do coração) e vascular 
(vaso sangüíneo). 
O componente vascular ou dos vasos é dividido no sistema 
pulmonar (do coração para o pulmão e vice-versa) e no sistema 
global ou sistêmico (por todo o corpo). (Ver o quadro do sumário 
na coluna à direita.) 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
O coração é o órgão principal do sistema cardiovascular e 
funciona como uma bomba para manter a circulação de sangue 
por todo o corpo. O componente vascular é uma rede de vasos 
sangüíneos que carrega o sangue do coração para os tecidos 
corporais e vice-versa.Funções As funções do sistema 
cardiovascular incluem as ceguetes: 
1. Transporte de oxigênio, nutrientes, hormõnios e componentes 
químicos necessários para a atividade corporal normal. 
2. Remoção dos produtos excretados pelos rins e pulmões, 
3. Manutenção da temperatura corporal e do balanço de água e 
ele trólitos. 
Essas funções são realizadas pelos seguintes componentes 
sangüíneos: hemácias, leucócitos e plaquetas suspensas no 
plasma. 
Componentes Sangüíneos As hemácias, ou eritrócitos, são 
produzidas na medula vermelha de alguns ossos e transportam 
oxigênio através da proteína hemoglobina até os tecidos 
corporais. 
Os leucócitos são formados na medula óssea e no tecido linfático 
e defendem o corpo contra infecção e doença. As plaquetas, 
também originadas da medula óssea, reparam lesões nas paredes 
dos vasos sangüíneos e promovem a coagulação sangüínea. 
O plasma, a porção líquida do sangue, consiste em 92% de água 
e cerca de 7% de proteínas e sais plasmáticos, nutrientes e 
oxigênio. 
SUMÁRIO DOS COMPONENTES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Sistema circulatório 
Sistema cardiovascular 1 Cardíaco (coração) 1 Vascular (vasos) 1 
Pulmonar (pulmões) 1 Sistema linfático -Linfa 
Vasos linfáticos – Linfonodos 1 Sistêmico (corporal) Veia Artéria 
Coração ] 
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA 
Artérias 
Os vasos que levam o sangue oxigenado do coração para os 
tecidos são chamados de artérias. As artérias originadas 
diretamente do coração são calibrosas, mas são subdivididas e 
diminuem de tamanho conforme se estendem do coração para as 
várias partes do corpo. As artérias menores são denominadas 
arteríolas. Conforme o sangue circula através das arteríolas, ele 
penetra nos tecidos através das menores subdivisões desses 
vasos, conhecidas como capilares (Fig. 21.3). 
Veias 
O sangue desoxigenado retoma ao coração através do sistema 
venoso. O sistema venoso estende-se dos capilares venosos até 
vênulas e veias, aumentando em tamanho conforme se aproxima 
do coração. 
667-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
Circulação Pulmonar 
o circuito de vasos sangüíneos (veias, vênulas, capilares, arteríolas e artérias), 
que fornece sangue para os pulmões e vice-versa, abrange o componente 
denominado circulação pulmonar do sistema cardiovascular. 
Como dito previamente, as artérias geralmente transportam sangue oxigenado 
do coração até os capilares. Exceções a essa regra são as artérias pulmonares, 
que transportam sangue desoxigenado até os pulmões, sangue esse que foi 
trazido ao coração através do sistema venoso. 
As veias cavas superior e inferior deságuam o sangue desoxigenado no interior 
do átrio direito do coração. 
O coração bombeia esse sangue desoxigenado do ventrículo direito através 
das artérias pulmonares até os pulmões, onde oxigênio e dióxido de carbono 
são trocados através de pequenos sacos acerados ou alvéolos pulmonares. 
O sangue oxigenado então retoma através das veias pulmonares até o átrio 
esquerdo do coração (Fig. 21.4). 
Circulação Sistêmica Geral 
CORAÇÃO 
o coração é um órgão muscular que bombeia sangue para as várias partes 
do corpo. Anatomicamente, o coração situa-se no mediastino e apóia-se no 
diafragma (Fig. 21.5). O tecido cardíaco diferencia-se dos outros tecidos 
musculares do corpo em sua construção e é denominado miocárdio. O lado 
esquerdo do coração é responsável pela extensa circulação sistêmica; por 
isso, a parede muscular esquerda é cerca de três vezes mais espessa que a 
direita. 
O coração é dividido em quatro câmaras: os átrios direito e esquerdo e os 
ventrículos direito e esquerdo. Cada câmara tem como função receber e/ou 
bombear sangue. A circulação sangüínea é um sistema fechado através do 
qual o sangue desoxigenado penetra no átrio direito, proveniente de todas as 
partes do corpo, é reoxigenado nos pulmões e retoma para o corpo através 
do ventrículo esquerdo. 
O sangue que retoma ao coração penetra no átrio direito através das veias 
cavas superior e inferior (Fig. 21.6). O sangue na veia cava superior é 
proveniente da cabeça, do tórax e dos membros superiores. A veia cava 
inferior serve para carrearo sangue para o átrio direito a partir do abdome e 
dos membros inferiores. 
A partir do átrio direito, o sangue é bombeado através da valva tricúspide até 
o ventrículo direito. O ventrículo direito contrai-se, movendo o sangue através 
da valva pulmonar (semilunar pulmonar) até as artérias pulmonares e os 
pulmões. Durante a sua permanência nos pulmões, o sangue é oxigenado e 
então retoma para o átrio esquerdo do coração através das veias pulmonares. 
Conforme o átrio esquerdo se contrai, o sangue é transportado através da 
valva mitral (bicúspide) até o ventrículo esquerdo. 
Quando o ventrículo esquerdo sofre contração, o sangue oxigenado sai 
dessa câmara através da valva aórtica (semilunar aórtica), passa pela 
aorta e é transportado para os vários tecidos corporais. 
 
SUMÁRIO DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA GLOBAL 
Veias cavas Aorta 
 (Valva aórtica) 
Átrio direito Ventrículo esquerdo 
(Valva tricúspide) (Valva mitral) 
Ventrículo direito Átrio esquerdo 
(Valva pulmonar) (Valvas pulmonares) 
Artérias pulmonares Pulmões Veias pulmonares 
(Sangue desoxigenado) (Sangue oxigenado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
668-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ARTÉRIAS CORONÁRIAS 
As artérias coronárias são os vasos que fornecem sangue para o músculo 
 cardíaco. As duas artérias coronárias são denominadas direita e 
esquerda. Ambas são originadas no bulbo aórtico. 
A artéria coronária direita origina-se no seio direito (anterior) do bul 
bo aórtico, e a coronária esquerda é originada no seio esquerdo (posterior) 
do bulbo aórtico. A artéria coronária direita fornece suprimento para a maior 
parte do átrio direito e ventrículo direito do coração. 
A artéria coronária esquerda fornece suprimento sangüíneo para ambos os 
ventrículos e para o átrio esquerdo 
do coração. Existem muitas interconexões ou anastomoses entre as artérias 
coronárias direita e esquerda. O sangue retoma para o átrio direito do coração 
através das veias coronárias. 
 
VEIAS CORONÁRIAS 
O sistema do seio coronário retoma o sangue para o átrio direito para 
nova circulação. O seio coronário é uma ampla veia na face posterior 
do coração entre os átrios e os ventrículos. O seio coronário possui três 
ramos principais: as veias cardíacas maior, média e menor. 
A veia cardíaca maior recebe sangue de ambos os ventrículos e do 
átrio esquerdo. A veia cardíaca média drena o sangue proveniente do 
ventrículo direito, do átrio direito e de parte do ventrículo esquerdo. A veia 
cardíaca menor faz o retorno sangüíneo do ventrículo direito. O seio 
coronário drena a maior parte do sangue do coração. Algumas pequenas 
veias drenam diretamente para ambos os átrios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
669-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
Artérias Cerebrais 
SUPRIMENTO SANGüíNEO CEREBRAL 
o suprimento sangüíneo do cérebro é feito pelas artérias principais da 
circulação sistêmica. As quatro artérias principais a seguir fornecem o 
suprimento sangüíneo do cérebro (Fig. 21.9): 
1. Artéria carótida comum 3. Artéria vertebral direita direita 
2. Artéria carótida comum esquerda 4. Artéria vertebral esquerda 
Os ramos principais das duas carótidas comuns fornecem a circulação 
anterior do cérebro, e as duas vertebrais fazem a circulação posterior. 
Exame radiográfico dos vasos do pescoço e de toda a circulação cerebral 
é denominado "angiograma dos quatro vasos" devido ao fato de esses 
quatro vasos serem seletiva e coletivamente injetados com contraste. Outro 
exame comum é o "angiograma dos três vasos", no qual as duas carótidas 
e apenas uma das artérias vertebrais são estudadas. 
 
RAMOS DO ARCO AÓRTICO 
A aorta é a principal artéria que deixa o ventrículo esquerdo do coração. 
Três ramos principais originam-se do arco da aorta, e incluem os seguintes 
(Fig. 21.1 O): 
1. Artéria braquiocefálica 3. Artéria subclávia esquerda 
2. Artéria carótida comum esquerda 
O tronco braquiocefálico é um vaso curto que se bifurca em artéria carótida 
comum direita e artéria subclávia direita. Essa bifurcação ocorre diretamente 
posterior à articulação esterno clavicular direita. As artérias vertebrais direita 
e esquerda são ramos das artérias subclávias em cada lado como descrito 
acima (ver Fig. 21.9). Devido à artéria carótida comum esquerda se originar 
diretamente do arco aórtico, ela é ligeiramente mais longa do que a artéria 
carótida comum direita. 
Na região cervical, as duas carótidas comuns são similares. Cada artéria 
carótida comum passa cefalicamente à sua origem, ao longo de cada lado 
da traquéia e laringe até o nível da borda superior da cartilagem tireóide. 
Nesse ponto, cada artéria carótida comum se divide em artérias carótidas 
interna e externa. O local da bifurcação de cada carótida comum está no 
nível da terceira ou quarta vértebra cervical. 
 
ARTÉRIAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
As artérias principais que fornecem o suprimento para a cabeça, conforme 
visto a partir do lado direito do pescoço, são mostradas na Fig. 21.11 
(apenas os vasos do lado direito são identificados nesse desenho). O tronco 
braquiocefálico bifurca-se em artéria carótida comum direita 
e artéria subclávia direita. 
A artéria carótida comum direita ascende até o nível da quarta vértebra 
cervical para ramificar-se em artéria carótida externa e artéria carótida interna, 
como já descrito acima. Cada artéria carótida externa supre basicamente a face 
anterior do pescoço, a face e grande parte do couro cabeludo e as meninges 
(que cobrem o cérebro). Cada artéria carótida interna supre os hemisférios 
cerebrais, a hipófise, as estruturas orbitárias, a parte externa do nariz e a 
porção anterior do cérebro. 
A artéria vertebral direita origina-se da artéria subclávia direita e passa através 
dos forames transversos de C6 até C1. Cada artéria vertebral passa 
posteriormente ao longo da borda superior de C1 antes de sofrer angulação 
ascendente através do forame magno para penetrar no crânio. 
Um arteriograma carotídeo comum é mostrado à direita visualizando a 
(A) carótida interna direita, (B) carótida externa direita e 
(C) carótida comum direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
670-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClNISTAS 
 
RAMOS DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA 
Quatro Qmos principais da artéria carótida externa incluem os seguintes: 
1. Artéria facial 3. Artéria temporal superficial 
2. Artéria maxilar 4. Artéria occipital 
Elas não desempenham um pllpet importante na angiografia e não 
serão mostradas nos desenhos. 
ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA 
Cada artéria car6tida interna ascende para penetrar no canal 
carotídeo na porção petrosa do osso temporal. No interior da 
pirâmide petrosa, a artéria se curva para a frente e 
medialmente. Antes de fornecer o suprimento para os 
hemisférios cerebrais, cada carótida interna passa através de uma 
coleção de canais venosos ao redor da sela turca. A artéria carótida 
interna atravessa a dura-máter medialmente em relação ao processo 
dinóide anterior, e então bifurca-se nos ramos cerebrais. 
A porção em forma de S da artéria carótida interna é 
denominada sifão carotideo e é estudada cuidadosamente pelo 
radiologista. 
ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR 
Os dois ramos terminais de cada artéria carótida interna são as artérias 
cerebrais anteriores (Fig. 21.12) e as artérias cerebrais médias (Fig. 21.13). 
Cada artéria cerebral anterior e seus ramos fornecem o suprimento para 
a maior parte da região anterior do cérebro, próximo à linha média. 
As artérias cerebrais anteriores curvam-se ao redor do corpo caloso, 
dando diversos ramos para as porções médias do hemisfério cerebral. 
Cada artéria cerebral anterior conecta-se com a artéria do lado oposto 
e com a circulação cerebral posterior. 
ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA 
A artéria cerebral média é o maior ramo de cada artéria carótida interna. 
Essa artéria supre as regiões laterais da circulação cerebral anterior (Fig. 21.13). 
Conformea artéria cerebral média caminha em direção à periferia do cérebro, 
ramos ascendem ao longo da porção lateral da insula ou lobo central do cérebro. 
Esses pequenos ramos fornecem suprimento para tecidos cerebrais situados 
profundamente no interior do cérebro. 
ARTERIOGRAMA DA CARÓTIDA INTERNA 
Quando uma artéria carótida interna é injetada com contraste, as artérias 
cerebrais anterior e média são opacificadas. A fase arterial do angiograma 
cerebral da carótida é similar aos desenhos na Fig. 21.14. 
Na visão frontal ou incidência AP, ocorre pequena sobreposição dos dois 
vasos, pois a artéria cerebral anterior direciona-se para a linha média e a 
cerebral média estende-se lateralmente. 
Na posição lateral, alguma sobreposição obviamente existe. Note que a artéria 
carótida interna supre basicamente a porção anterior do cérebro. 
Arteriogramas em incidência lateral e AP axial da carótida interna são mostrados, 
demonstrando a bifurcação da artéria carótida em artérias cerebrais anterior e 
média. A região do sifão carotideo em forma de S descrita acima é visualizada. 
Compare o desenho legendado com as radiografias para ver se você consegue 
identificar os vasos legendados antes de olhar as respostas abaixo. 
A. Artéria cerebral anterior 
B. Artéria cerebral média 
C. Região do sifão carotídeo 
D. Artéria carótida interna esquerda 
Artéria carótida interna 
Fig. 21.12 Carótida interna e artéria cerebral anterior. 
Artéria cerebral média 
Artéria cerebral interna / 
Fig. 21.13 Artéria cerebral média. 
Artéria cerebral anterior 
Artéria cerebral 
 média 
\Artéria carótida intern 
Fig. 21.14 Arteriografia da carótida interna visualizando as artérias cerebrais anterior e média. 
 
 
671--ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ARTÉRIAS VERTEBROBASllARES 
As duas artérias vertebrais penetram no crânio através do forame magno 
e se unem para formar a artéria basilar única. As artérias vertebrais e a 
artéria basilar e seus ramos formam o sistema vertebrobasilar. Retirando 
boa parte do OSSO pital na Fig. 21.15, essas artérias são mostradas ao 
longo da base do crânio. Diversas artérias originam-se de cada artéria 
vertebral antes do seu ponto de convergência para formar a artéria basilar. 
Esses ramos suprem a medula espinhal e a parte posterior do cérebro. 
A artéria basilar apóia-se no clivo, uma porção do OSSO nóide, e na base 
do OSSO pital anterior ao forame magno e posterior ao dorso selar. 
 
CíRCULO DE WllLlS 
O sangue do cérebro é fornecido pela carótida interna e pelas artérias 
vertebrais. A circulação posterior do cérebro comunica-se com a circulação 
anterior ao longo da base do cérebro no círculo arterial, ou círculo de Willis 
(Fig. 21.16). Essas cinco artérias ou ramos que formam o círculo de Willis são 
(1) a artéria comunicante anterior, 
(2) as artérias cerebrais anteriores, 
(3) ramos das artérias carótidas internas, 
(4) a artéria comunicante posterior e 
(5) as artérias cerebrais posteriores. 
Há comunicação da circulação anterior e posterior e também ambos os lados 
são conectados através da linha média. Desse modo, uma elaborada 
anastomose interconecta todo o suprimento arterial cerebral. Conforme a 
artéria basilar segue em direção ao círculo de Willis, ela fornece diversos 
ramos para a parte posterior do cérebro. As artérias cerebrais posteriores 
são dois dos maiores ramos. 
Certos aneurismas podem ocorrer nesses vasos que formam o círculo de Willis, 
e eles devem ser bem demonstrados nos estudos angiográficos cerebrais. 
A importante glândula "mestre", a hipófise (glândula pituitária) e sua estrutura 
óssea circundante, a sela turca, localizam-se no interior do círculo de Willis. 
Ver a Fig. 21.1 5 para localizar a artéria basilar apoiada no clivo e a relação 
dessas estruturas com o dorso selar. 
 
ARTERIOGRAMA VERTEBROBASILAR 
Um arteriograma vertebrobasilar padrão parece similar ao desenhado 
simplificadamente na Fig. 21.17. As artérias vertebrais, a artéria basilar e as 
artérias cerebrais posteriores podem ser vistas. 05 vários ramos para o 
cerebelo não foram legendados nesse desenho. 
Arteriogramas vertebrobasilares em incidência lateral e AP são mostrados, 
demonstrando uma injeção no lado esquerdo com preenchimento dos vasos 
associados do lado esquerdo. Compare o desenho legendado com as 
radiografias para ver se você consegue identificar 05 vasos legendados antes 
de olhar as respostas abaixo. 
A. Artérias cerebrais posteriores 
B. Artéria basilar 
C. Artéria vertebral esquerda 
D. Artéria cerebral posterior esquerda 
E. Artéria cerebral posterior direita 
. 
 
 
 
672-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
Veias Cerebrais 
GRANDES VEIAS DO PESCOÇO 
OS três pares de veias principais do pescoço que fazem a drenagem da 
cabeça, face e região do pescoço mostrados na Fig. 21.1 8 são os seguintes: 
1. Veias jugulares internas direita e esquerda 2. Veias jugulares externas 
direita e esquerda 3. Veias vertebrais direita e esquerda 
Cada veia jugular interna drena as cavidades cranianas e orbitárias. Além 
disso, muitas veias pequenas encontram cada veia jugular interna conforme 
esta passa caudalmente para por fim conedar-se com a veia braquiocefálica 
de cada lado. As veias braquiocefálicas direita e esquerda unem-se para 
formar a veia cava superior, que leva o sangue até o átrio direito do coração. 
As duas veias jugulares externas são troncos mais superficiais que fazem a 
drenagem do couro cabeludo e de grande parte da face e do pescoço. Cada 
veia jugular externa deságua na respectiva veia subclávia. 
As veias vertebrais direita e esquerda são formadas do lado externo do crânio 
e drenam a parte superior do pescoço e a região occipital. Cada veia vertebral 
penetra no forame transverso de C1, desce até C6 e então encontra a veia 
subclávia. 
 
SEIOS DA DURA-MÁTER 
OS seios da dura-máter são canais venosos que drenam sangue do cérebro 
(Fig. 21.19). Os seios estão situados entre as duas camadas de dura-máter 
como descrito no Capo 22, que abrange o revestimento cerebral e os espaços 
meníngeos. 
Um espaço entre as duas camadas da dura, ao longo da porção superior da 
fissura longitudinal, contém o seio sagital superior. O seio sagital inferior segue 
posteriormente para drenar no interior do seio reto. O seio reto e o seio sagital 
superior esvaziam-se nos seios transversos opostos. 
Cada seio transverso curva-se medialmente para ocupar um sulco ao longo da 
porção mastóidea do osso temporal. O seio nessa região é denominado seio 
sigmóide. Cada seio sigmóide então se curva caudaimente para prosseguir na 
veia jugular interna, no forame jugular. 
O seio occipital ruma posteriormente do forame magno para unirse ao seio 
sagital superior, seio reto e seios transversos na confluência desses. 
A confluência dos seios é localizada proximamente à protuberância occipital 
interna. Outros seios importantes da dura-máter drenam a área de cada lado 
do osso esfenóide e da sela turca. 
 
SISTEMA VENOSO CRANIANO 
As principais veias de todo o sistema venoso craniano estão legendadas na 
Fig. 21.20. Apenas as veias mais proeminentes são identificadas. Um grupo 
não-nomeado individualmente diz respeito às veios cerebrais externos, que, 
juntamente com alguns seios da dura-máter, drenam as superfícies externas 
dos hemisférios cerebrais. Como todas as veias do cérebro, as veias 
cerebrais externas não possuem válvulas e são extremamente finas, pois 
não têm tecido muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
673-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
Sistema Circulatório Torácico 
ARTÉRIAS TORÁCICAS 
A aorta e as artérias pulmonares são as principais artérias localizadas no 
tórax. As artérias pulmonares suprem os pulmões com sangue desoxigenado 
(como mostrado anteriormente na Fig. 21.4). 
A aorta estende-se do coração até aproximadamente a quarta vértebra lombar 
e é dividida em porções torácica e abdominal. A porção torácica é subdividida 
nos quatrosegmentos seguintes (Fig. 21.21): 
1. Bulbo aórtico (raiz) 
2. Aorta ascendente 
3. Arco aórtico 
4. Aorta descendente 
O bulbo, ou raiz, fica na extremidade proximal da aorta e é o segmento do 
qual se originam as artérias coronárias. Estendendo-se do bulbo está a 
porção ascendente da aorta, que termina aproximadamente na segunda 
articulação esternocostal e passa a ser o arco. O arco é incomparável em 
relação aos outros segmentos da aorta torácica pois existem três ramos que 
se originam nele: a artéria braquiocefálica, a carótida comum esquerda e a 
artéria subclávia esquerda. Isso é também mostrado na p. 669, na Fig. 21.10 
no sistema circulatório craniano. 
Existem muitas variações do arco aórtico. As três variações mais comuns, 
ocasionalmente vistas na angiografia, são as seguintes (Fig. 21.22): 
A. Aorta esquerda circunflexa arco normal com aorta descendente 
direcionada para baixo e para a esquerda. 
B. Aorta inversa (arco à direita) 
C. Pseudocoarctação (aorta descendente arqueada) 
Em sua extremidade distal, o arco aórtico passa a ser a aorta descendente 
(ver Fig. 21.21). A aorta descendente estende-se do istmo até o nível da 
décima segunda vértebra dorsal. Inúmeros ramos arteriais intercostais, 
brônquicos, esofágicos e frênicos superiores originam-se da aorta 
descendente, não mostrados na Fig. 21.21. Essas artérias transportam 
sangue para órgãos que Ihes dão o nome. 
 
VEIAS TORÁCICAS 
As principais veias do tórax são a veia cava superior, a veia ázigos e as veias 
pulmonares. A veia cava superior leva o sangue transportado do tórax para 
o átrio direito. A veia ázigos é a principal tributária que traz o sangue do tórax 
para a veia cava superior (Fig. 21.23). A veia ázigos penetra na veia cava 
superior posteriormente. O sangue proveniente do tórax penetra na veia ázigos 
através das veias intercostais, brônquicas, esofágicas e frênicas. Note que 
uma parte da veia cava superior foi retirada nesse desenho para melhor 
visualização da veia ázigos e das veias intercostais. 
As veias pulmonares inferior e superior trazem o sangue oxigenado dos pulmões 
para o átrio esquerdo, como mostrado anteriormente. A veia cava inferior é 
responsável pelo retorno venoso do abdome e dos membros inferiores até o 
átrio direito (ver Figs. 21.4 e 21.6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
674-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
Sistema Circulatório Abdominal 
ARTÉRIAS ABDOMINAIS 
A aorta abdominal é a continuação da aorta torácica. A aorta abdominal é 
anterior às vértebras e estende-se do diafragma até aproximadamente o 
nível de L4, onde se bifurca em artérias ilíacas comuns direita e esquerda. 
Existem cinco ramos principais da aorta abdominal que são de maior 
interesse na angiografia. Qualquer um desses ramos pode ser seletivamente 
cateterizado para estudo de um órgão específico. 
Esses ramos são mostrados na Fig. 21.24 a seguir: 
1. Artéria celíaca 
2. Artéria mesentérica superior 
3. Artéria renal esquerda 
4. Artéria renal direita 
5. Artéria mesentérica inferior 
O tronco do eixo celíaco origina-se na região anterior da aorta, imediatamente 
abaixo do diafragma e cerca de 1,5 cm acima da origem da artéria mesentérica 
superior. Órgãos que recebem suprimento sangüíneo dos três grandes ramos 
do tronco celíaco são os órgãos hepático, esplênico e gástrico. 
A artéria mesentérica superior fornece sangue para o pâncreas, para a maior 
parte do intestino delgado e para porções do intestino grosso (ceco, cólon). 
(ascendente e metade do cólon transverso). Ela é originada na superfície 
anterior da aorta, ao nível da primeira vértebra lombar, cerca de 1,5 cm 
abaixo da artéria celíaca. 
A artéria mesentérica inferior origina-se da aorta, aproximadamente na 
terceira vértebra lombar (3 ou 4 cm acima do nível da bifurcação das artérias 
ilíacas comuns). O sangue é fornecido para porções do intestino grosso 
(metade esquerda do cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide 
e maior parte do reto) através da artéria mesentérica inferior. 
As artérias renais direita e esquerda que fornecem sangue para os rins 
originam-se de cada lado da aorta imediatamente abaixo da artéria mesentérica 
superior, ao nível do disco entre a primeira e a segunda vértebra lombar. 
A porção distal da aorta abdominal bifurca-se ao nível da quarta vértebra 
lombar em artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Cada artéria ilíaca 
comum então se divide em artérias ilíacas interna e externa. As artérias ilíacas 
internas fornecem suprimento sangüíneo para os órgãos pélvicos (bexiga, reto, 
órgãos reprodutivos e musculatura péllvica. 
Os membros inferiores recebem sangue das artérias ilíacas externas. A artéria 
ilíaca externa é significativa na angiografia e é usada para estudar cada 
membro inferior. 
 
VEIAS ABDOMINAIS 
O retorno venoso das estruturas abaixo do diafragma (tronco e membros 
inferiores até o átrio direito do coração é feito pela veia cava inferior. Existem 
várias tributárias da veia cava inferior que são importantes radiograficamente. 
Essas veias incluem as veias ilíacas comuns direita e esquerda, as veias 
ilíacas externas e internas, as veias renais (Fig. 21.25) e o sistema porta 
(Fig. 21.26). As ilíacas drenam a área pélvica e os membros inferiores, e as 
veias renais trazem o sangue dos rins. 
As veias mesentéricas superior e inferior fazem o retorno venoso dos intestinos 
delgado e grosso através da veia porta, das veias hepáticas, até a veia cava 
inferior. Isso é visto melhor na Fig. 21.26, na página seguinte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
675-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
SISTEMA PORTA 
O sistema porta inclui todas as veias que drenam sangue do trato digestivo 
abdominal e do baço, pâncreas e vesícula biliar. Desses órgãos, esse 
sangue converge para o fígado através da veia porta. Durante a sua 
permanência no fígado, esse sangue é "filtrado" e retoma para a veia cava 
inferior através das veias hepáticas. Existem várias tributárias importantes 
das veias hepáticas (Fig. 21.26). A veia esplênica é uma grande veia com 
suas próprias tributárias, que trazem o sangue do baço. 
A veia mesentérica inferior, que faz o retorno venoso do reto e de partes 
do intestino grosso, usualmente se abre na veia esplênica, mas, em cerca 
de 10% dos casos, ela termina no ângulo de união das veias esplênica e 
mesentérica superior. A veia mesentérica superior traz o sangue do intestino 
delgado e de partes do intestino grosso. Ela se une com a veia esplênica 
para formar a veia porta. 
 
Sistema Circulatório Periférico 
 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Geralmente considera-se que a circulação arterial dos membros 
superiores é iniciada na artéria subclávia. A origem da artéria 
subclávia difere no lado direito em comparação com o esquerdo. 
À direita, a subclávia origina-se da artéria braquiocefálica, ao passo 
que a subclávia esquerda é originada diretamente do arco aórtico. 
A subclávia passa a se chamar artéria axilar, que dá origem à artéria 
braquial. A artéria braquial bifurca-se para formar as artérias ulnar e 
radial, aproximadamente ao nível do colo do rádio. As artérias ulnar 
e radial continuam a ramificar-se até que se unem para formar os 
dois arcos pai mares (profundo e superficial). Ramos desses arcos 
fornecem suprimento sangüíneo para a mão e os dedos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
676-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES 
O sistema venoso dos membros superiores pode ser dividido em duas partes: 
as veias profundas e superficiais (Fig. 21.28). Elas comunicamse umas às 
outras em locais freqüentes e desse modo formam dois canais paralelos de 
drenagem a partir de uma única região. As veias cefálicas e basílicas são as 
principais tributárias do sistema venoso superficial. Ambas as veias se originam 
no arco da mão. Anteriormente à articulação do cotovelo está a veiacubital 
media I (a veia mais comumente usada para coleta de sangue), que se 
conecta com os sistemas de drenagem superficial do antebraço. A veia 
basílica superior deságua na grande veia axilar, que drena para a veia 
subclávia e finalmente para a veia cava superior. A veia basílica inferior 
une-se à veia cubital media I para prosseguirem até a veia basílica superior. 
As veias profundas incluem as duas veias braquiais que drenam a veia 
radial, a veia ulnar e os arcos palmares. As veias braquiais profundas 
unem-se à veia basílica superficial para formar a veia axilar, que deságua 
na subclávia e finalmente na veia cava superior. 
 
ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES 
A circulação arterial dos membros inferiores começa na artéria ilíaca externa 
e termina nas veias do pé (Fig. 21.29). A primeira artéria a penetrar no 
membro inferior é a artéria femoral comum. A artéria femoral comum divide-se 
em artéria femoral e artéria femoral profunda. A artéria femoral estende-se 
distalmente na perna e passa a ser chamada de artéria poplítea ao nível do 
joelho. Ramos da artéria poplítea são a artéria tibia! anterior, artéria tibial 
posterior e artéria fibular. 
A artéria tibial anterior continua como artéria dorsal do pé, com ramos para 
o tornozelo e o pé. A artéria fibular e a artéria tibial anterior fornecem 
suprimento sangüíneo para a panturrilha e a superfície plantar do pé. 
 
VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES 
As veias dos membros inferiores são similares às dos membros superiores 
no que diz respeito ao sistema venoso superficial e profundo. O sistema 
venoso superficial contém as veias safenas magna e parva e suas tributárias 
e as veias superficiais do pé. 
A veia safena magna é a veia mais longa do corpo e se estende desde o pé, 
ao longo da região media! da perna, até a coxa, onde deságua na veia 
femoral A veia safe na parva origina-se no pé e se estende posteriormente ao 
longo da perna para terminar no joelho, onde deságua na veia poplítea. 
As principais veias profundas são as veias tibial posterior, fibular, tibial 
anterior, poplítea e femoral A veia tibial posterior e a veia fibular unem-se 
após a drenagem da parte posterior do pé e da perna. A veia tibial posterior 
estende-se para cima e se une com a veia tibial anterior para tornar-se a 
veia poplítea ao nível do joelho. A veia poplítea é contínua, proximamente, 
com a veia femoral, antes de se tornar à veia ilíaca externa (Fig. 21.30). 
 
 
 
677-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
Sistema Linfático 
 
RENAGEM LINFÁTICA 
o sistema linfático serve para drenar o líquido intersticial (líquido nos espaços 
entre as células) e trazê-Io para o sistema venoso. O líquido proveniente do 
lado esquerdo do corpo, membros inferiores, pelve e abdome penetra no 
sistema venoso através do dueto torácico (maior vaso linfático do corpo), que 
drena para o interior da veia subclávia esquerda, próximo à sua junção com 
a veia jugular esquerda. 
A parte superior do lado direito do corpo, os membros superiores, a cabeça 
e a região do pescoço drenam a linfa para o sistema venoso na junção das 
veias jugular direita e subclávia direita através do dueto linfático direito 
(Figs. 21.31 e 21.32). 
 
FUNÇÕES 
As funções da porção linfática do sistema circulatório são as seguintes: 
1. Combater doenças através da produção de linfócitos e microfagócitos. 
2. Promover o retorno de proteínas e de outras substâncias para o sangue. 
3. Filtrar a linfa nos linfonodos. 
4. Transferir gordura do intestino para o ducto torácico e deste para o sangue. 
O sistema linfático não possui um coração para bombear a linfa para 
o seu destino. Em vez disso, a linfa é transportada por difusão, peristal-se, 
movimentos respiratórios, atividade cardíaca, massagem e atividade 
muscular. O transporte da linfa ocorre em uma única direção - para longe 
dos tecidos. A seqüência de movimentos do líquido ocorre a partir dos 
capilares linfáticos até diversos vasos linfáticos nos quais a linfa penetra 
nos linfonodos e retoma para o sistema venoso através de vasos linfáticos 
eferentes. 
Os linfonodos tendem a formar grupos, embora eles possam ser solitários. 
Existem milhares de nodos por todo o corpo, alguns dos quais são 
identificados na Fig. 21.32. As principais coleções de nodos que são vistas 
radiograficamente são aquelas nas regiões torácica, abdominal, pélvica e 
inguinal. 
 
LlNFOGRAFIA 
Linfografia é o termo geral usado para descrever o exame radiográfico dos 
vasos linfáticos e linfonodos após a injeção de um contraste. O termo 
linfangiografia é freqüentemente usado para o estudo radiográfico dos vasos 
linfáticos após a injeção de um contraste. Isso é feito através da injeção de 
um contraste oleoso no interior do vaso linfático (usualmente nos pés ou 
nas mãos) e do rastreamento de sua trajetória, com radiografias em 
intervalos cronometrados. 
Como o ritmo da circulação do sistema linfático é muito lento, as seqüências 
cronometradas necessárias são também muito lentas. Os vasos linfáticos 
são usualmente visualizados dentro da primeira hora após a injeção, e os 
linfonodos são vistos 24 horas após. 
Com o advento da tomografia computadorizada, que pode visualizar 
prontamente linfonodos aumentados, exames de linfografia usando 
contraste, como descrito acima, estão sendo realizados em menor número. 
 
 
 
678-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
P R O C E D I M E N TO S AN G lOGRA FICO S 
Visão Global 
Como definido no início deste capítulo, angiografia refere-se ao estudo 
radiológico dos vasos após injeção de contraste. Para visualizar essas 
estruturas de baixo contraste, um contraste é injetado através de um 
cateter colocado no vaso de interesse. Contraste positivo é mais 
comumente usado, mas há momentos nos quais o uso de contraste 
negativo é indicado. Equipamento altamente especializado para o estudo 
é exigido para esses procedimentos. 
A angiografia pode ser mais especificamente descrita da seguinte forma: 
Arteriografia: estudo das artérias. 
Venografia: estudo das veias. 
Angiocardiografia: estudo do coração e estruturas associadas. Linfografia: 
estudo dos vasos linfáticos/linfonodos. 
Este capítulo tenciona ser uma introdução à angiografia e procedimentos 
intervencionistas, não incluindo a variedade de técnicas, informação e 
procedimentos disponíveis. 
 
A EQUIPE DE ANGIOGRAFIA 
A angiografia é realizada por uma equipe de profissionais de saúde, incluindo 
(1) um radiologista (ou outro angiografista qualificado), 
(2) um técnico ou enfermeiro qualificado e 
(3) um técnico em radiologia. Dependendo do protocolo departamental e 
da situação específica, um médico, enfermeiro ou técnico e/ou técnico 
em hemodinâmica adicional pode também estar disponível para auxiliar 
no procedimento. 
A angiografia é freqüentemente uma área ou especialidade prática para 
técnicos ou outros profissionais de saúde. Uma equipe competente e 
eficiente é crucial para o sucesso do procedimento. 
 
CONSENTIMENTO E CUIDADOS DO PACIENTE PRÉ-PROCEDIMENTO 
Uma história clínica deve ser obtida antes do procedimento. Ela deve incluir 
perguntas para avaliar a capacidade do paciente de tolerar a injeção de 
contraste (isto é, história de alergias, condição cardíaca/pulmonar e função 
renal). O paciente também será entrevistado a respeito da história 
medicamentosa e sintomas. A história medicamentosa é importante, pois 
alguns medicamentos são anticoagulantes e causarão sangramento 
excessivo durante e após o procedimento. Conhecer a história 
medicamentosa é também importante durante a seleção da prémedicação. 
Resultados laboratoriais prévios e outros dados pertinentes são também 
revisados. 
Uma explicação detalhada do procedimento será dada ao paciente, o que 
é importante para garantir completa compreensão e cooperação. A 
explicação incluirá possíveis riscos e complicações do procedimento, de 
forma que o paciente fique completamente informado antes de assinar oconsentimento. 
Alimentos sólidos são suspensos por aproximadamente 8 horas antes do 
procedimento a fim de reduzir o risco de aspiração. No entanto, assegurar-se 
de que o paciente está bem hidratado é importante para reduzir o risco da 
indução de lesão renal pelo contraste. 
Pré-medicação usualmente é dada para os pacientes antes do procedimento 
a fim de ajuda-los a relaxar. O paciente pode ficar mais confortável na mesa 
com a colocação de uma esponja sob os joelhos a fim de reduzir a tensão 
das costas. Sinais vitais são obtidos e registrados, e o pulso na extremidade 
distal do local de punção selecionado é avaliado. No local da punção são 
realizadas tricotomia e assepsia, e, em seguida, são colocados os campos 
estéreis. 
Comunicação e monitorização contínuas do paciente pelo técnico e pelos 
outros membros da equipe de angiografia aliviarão muito o medo e o 
desconforto do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
679-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
 
ACESSO VASCULAR PARA INJEÇÃO DE CONTRASTE 
Para visualizar o(s) vaso(s) de interesse, um cateter deve ser introduzido 
na vasculatura do paciente para que o contraste seja injetado através dele. 
Um método comumente usado para cateterização é a técnica de Seldinger. 
Essa técnica foi desenvolvida pelo Dr. Sven Seldinger na década de 
1950 e permanece popular até hoje. É uma técnica percutânea 
(através da pele) e pode ser usada para acessos venosos ou arteriais. 
Três vasos são tipicamente avaliados para a cateterização: 
(1) femoral, (2) braquial e (3) axilar. O angiografista fará a seleção com 
base na presença de um pulso forte e na ausência de doença vascular. 
A artéria femoral é o local preferido para punção arterial devido ao seu 
tamanho e à localização facilmente acessível. Se uma punção femoral 
for contra-indicada devido a enxertos cirúrgicos prévios, presença de 
aneurisma ou doença vascular oclusiva, a artéria braquial ou axilar 
pode ser selecionada. A veia femoral seria também o vaso de escolha 
para acesso venoso. 
A seguir, a descrição passo a passo da técnica de Seldinger: 
 
TÉCNICA DE SELDINGER 
Passo 1 - inserção da agulha: A agulha, com uma cânula interna, é 
colocada em uma pequena incisão e avançada de modo a puncionar ambas 
as paredes do vaso. 
Passo 2 - colocação da agulha na luz do vaso: A colocação da agulha 
na luz do vaso é obtida com a remoção da cânula interna e a retirada lenta 
da agulha até que um fluxo sangüíneo constante retome através da agulha. 
Passo 3 - inserção do guia metálico: Quando o fluxo sangüíneo desejado 
retoma através da agulha, a extremidade flexível de um guia metálico é 
inserida através da agulha e avançada cerca de 10 cm no interior do vaso. 
Passo 4 - remoção da agulha: Após o posicionamento do guia metálico, a 
agulha é removida pela retirada dessa por sobre a porção do guia metálico 
que permanece externamente ao paciente. 
Passo 5 - condução do cateter até a área de interesse: O cateter é então 
conduzido sobre o guia metálico e avançado até a área de interesse sob 
controle fluoroscópico. 
Passo 6 - remoção do guia metálico: Quando o cateter estiver localizado na 
área desejada, o guia metálico é removido do interior do cateter. O cateter 
então permanece em seu posicionamento como uma conexão entre o 
exterior do corpo e a área de interesse. 
 
OUTRAS TÉCNICAS PARA ACESSO VASCULAR 
Existem duas técnicas menos comuns para acessar vasos que podem ser 
usadas quando necessário. Uma é chamada de dissecção, a qual exige um 
pequeno procedimento cirúrgico para expor o vaso de interesse. A segunda 
técnica é a abordagem translombar, que exige que o paciente seja colocado 
em decúbito ventral e que uma longa agulha seja \Jassada através do 
abdome ao nível de T12 ou L2 para o interior da aorta. Essas duas técnicas 
não são tão comuns e não são ilustradas especificamente neste capítulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
680-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
 
ACESSO VASCULAR, cont. 
Os itens estéreis mostrados na Fig. 21.38 foram colocados pelo radiologista 
e estão preparados para a punção arterial. O monifoldo de três divisões 
mostrado no campo estéril nessa fotografia é conectado por extensões de 
tubos a 
1) um transdutor para medição da pressão no vaso, 
(2) um gotejamento salino heparinizado sob pressão e 
(3) um contraste apropriado. A seringa adaptada à extremidade inferior do 
monifoldo permite injeção manual de medicação ou do contraste, e a outra 
extremidade do monifoldo fixa-se ao cateter posicionado. 
Os cateteres possuem diferentes formatos em suas extremidades distais a 
fim de permitir um fácil acesso ao vaso de interesse. O técnico deve estar 
familiarizado com os tipos, a radiopacidade, os tamanhos, a construção e a 
forma da ponta dos cateteres e guias metálicos usados. Muitos desses 
cateteres estão disponíveis (Fig. 21.39). 
O cateter deve ser lavado com freqüência durante o procedimento para 
prevenir a formação de coágulos sangüíneos que possam se tornar embólicos. 
BANDEJA ANGIOGRÁFICA 
Uma bandeja estéril contém o equipamento básico necessário para uma 
cáteterização de Seldinger de artéria femoral (Fig. 21 AO). Itens estéreis 
básicos incluem os seguintes: 
1. Hemostatos 
2. Solução anti-séptica e esponjas preparadas 
3. Lâmina de bisturi 
4. Seringa e agulha para anestesia local 
5. Bacias e cuba 
6. Campos e toalhas estéreis 
7. Band-Aids 
8. Cobertura do intensificador de imagem estéril 
CONTRASTE 
O contraste de escolha é uma substância iodada não-iônica e hidrossolúvel 
devido à sua baixa osmolaridade e ao risco reduzido de reação 
alérgica. A quantidade necessária dependerá do vaso a ser examinado. 
Como em todos os procedimentos que usam contraste, um equipamento 
de emergência deve estar prontamente disponível, e o técnico deve estar 
familiarizado com o protocolo em caso de reação alérgica do paciente. Uma 
escrição completa do contraste está disponível no Capo 17. 
 
 
681-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
IMAGEM 
Uma vez que o vaso de interesse esteja cateterizado sob orientação fluoroscópica, uma pequena injeção manual de contraste será dada para 
garantir que o cateter esteja em uma posição precisa (isto é, está na luz do vaso e não cravado contra a parede). Para a série de imagens, um 
injetor eletromecânico fornece uma quantidade predeterminada de contraste e as imagens são obtidas. A taxa de aquisição de imagens é 
rápida, freqüentemente na faixa de vários quadros por segundo. A série será revisada para determinar qual série adicional precisa ser feita, se é 
que precisa. 
PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO 
Existe um risco potencial no que diz respeito à dose aumentada de radiação para os profissionais de saúde que são membros de uma equipe 
de angiografia. Isso ocorre devido ao uso de fluoroscopia e à sua proximidade com o paciente e o equipamento durante o procedimento. O uso 
consciencioso de dispositivos de proteção contra radiação como protetores de chumbo, escudos tireoidianos e óculos de chumbo é necessário. 
Garantir que o tempo de fluoroscopia é o mínimo absoluto é também vital para redução da dose. 
Colimação precisa é importante para reduzir a dose para o paciente e para a equipe de angiografia e limitar a quantidade de radiação 
secundária produzida que irá degradar a qualidade da imagem é também essencial. 
Protetores de chumbo podem ser suspensos no teto como um modo adicional de proteção ao rosto e aos olhos do angiografista. Além disso, a 
unidade de angiografia pode possuir filtros especializados de feixes e capacidade de fluoroscopia pulsada para ajudar a assegurar que a dose 
seja mantida em valores mínimos. 
CONTRA-INDICAÇÕES 
Contra-indicações para pacientes que serão submetidos à angiografia incluem alergia ao contraste, função renal prejudicada, distúrbios da 
coagulação sangüínea ou uso de medicamento anticoagulante e função cardiopulmonar /neurológica instável. 
RISCOS/COMPLICAÇÕES 
Procedimentos angiográficos não são isentosde risco para o paciente. Alguns dos riscos e complicações mais comuns são os seguintes: 
Sangramento no local da punção: Isso pode usualmente ser controla do com aplicação de compressão. 
Formação de trombos: Um coágulo sangüíneo pode se formar em um vaso e interromper o fluxo para áreas distais. 
Formação de êmbolo: Um pedaço de placa pode ser desalojado de uma parede do vaso pelo cateter. Um acidente vascular cerebral ou 
oclusão de outro vaso pode ocorrer. . Dessecação de um vaso: O cateter pode romper a íntima de um vaso. . Infecção do local de punção: Isso 
é causado pela contaminação do campo estéril. 
Reação ao contraste: Essa pode ser leve, moderada ou grave (ver Capo 17). 
Se a artéria braquial ou axilar foi usada para a cateterização, há o risco adicional de dano aos nervos adjacentes e de espasmo arterial. A 
abordagem translombar também possui riscos adicionais para o paciente, que incluem hemotórax, pneumotórax e hemorragia retroperitoneal. 
Raramente, uma porção do guia metálico ou do cateter pode quebrar no vaso. O fragmento se torna um êmbolo e o paciente corre muito risco. 
O fragmento pode ser recuperado usando um tipo especial de cateter (ver p. 694). 
CUIDADOS APÓS O PROCEDIMENTO 
Após o procedimento angiográfico, o cateter é removido e compressão é aplicada no local da punção. O paciente permanece em repouso no 
leito por no mínimo 4 horas, mas a cabeceira da cama/maca deve estar elevada aproximadamente 30°. Durante esse período, o paciente é 
monitorizado e os sinais vitais e o pulso periférico distal ao local da punção são conferidos regularmente. A extremidade é também avaliada 
quanto à temperatura, cor e sensibilidade para garantir que a circulação não tenha sido interrompida. Líquidos orais são dados e analgésicos 
são fornecidos se necessário. 
Devem ser dadas instruções aos pacientes em caso de sangramento espontâneo no local da punção: aplicar pressão e procurar socorro. 
Pacientes que sofreram uma abordagem translombar devem seguir condutas similares após o procedimento, com exceção de compressão 
externa. Nesse caso, o sangramento é controlado internamente, já que sangramento na musculatura periaórtica fornece compressão interna. 
Avanços recentes incluem o desenvolvimento de dispositivos para fechar cirurgicamente o local de punção de forma percutânea. O dispositivo 
usado para isso é parte do sistema de introdução de cateter. Na conclusão do procedimento, o vaso é suturado usando o dispositivo 
especializado fixado. Isso é vantajoso para o paciente, pois reduz o risco de hemorragia e não é necessário que o angiografista comprima a 
virilha por diversos minutos. Essa técnica é efetiva mesmo se o paciente tomar anticoagulantes. ' 
Modificações no Procedimento 
APLICAÇÕES PEDIÁTRICAS 
Pacientes pediátricos que necessitam de angiografia geralmente são efetivamente sedados ou estão sob anestesia geral para os 
procedimentos, dependendo da idade e da condição do paciente. Neonatos provenientes de berçários com terapia especial são cobertos com 
cobertores aquecidos durante o procedimento para manter a sua temperatura corporal. 
Parentes e acompanhantes não são usualmente permitidos na unidade de angiografia. No entanto, deve ser dada uma explicação completa a 
eles sobre o procedimento antes de assinarem o consentimento. 
Pacientes pediátricos podem sofrer de patologias semelhantes às dos pacientes adultos. No entanto, procedimentos angiográficos, especial-
mente cateterização cardíaca, são freqüentemente indicados para investigar defeitos congênitos. 
APLICAÇÕES GERIÁTRICAS 
Perda do sensório (visão, audição etc.) associada ao envelhecimento pode levar o paciente geriátrico a exigir paciência, assistência e 
monitorizarão adicionais durante o procedimento. Pacientes geriátricos freqüentemente sentem nervosismo e medo de cair da mesa de exame, 
que é bastante estreita nas unidades angiográficas. Renovação da confiança e cuidado adicional por parte do técnico durante o procedimento 
ajudam o paciente a sentir-se seguro e confortável. 
Um colchão radiolucente para acolchoamento adicional na mesa de exame dará conforto aos pacientes geriátricos. Cobertores adicionais 
devem estar disponíveis após o procedimento para mantê-los aquecidos. 
Pacientes idosos podem apresentar tremores ou dificuldade de permanecer imóveis; o uso de alta mA resultará em períodos menores de 
exposição que ajudarão a reduzir o risco de movimentação nas imagens. 
 
 
682-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
Equipamento para Estudo Angiográfico 
 
SALA DE ANGIOGRAFIA 
Uma sala de angiografia é equipada para todos os tipos de procedimentos 
angiográficos e intervencionistas e possui uma ampla variedade de agulhas, 
cateteres e guias metálicos ao alcance das mãos. É maior do que as salas 
para radiografia convencional e possui uma pia e área para escovação e 
uma sala de espera para os pacientes. A sala angiográfica deve ter saídas 
para oxigênio e aspiração, e equipamento médico de emergência deve 
estar próximo. 
 
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS 
Uma unidade angiográfica geralmente exige o seguinte: 
Uma mesa do tipo ilha que forneça acesso ao paciente por todos os lados. 
Ela deve ter capacidade flutuante nos quatro sentidos, altura ajustável e 
um mecanismo de inclinação. 
Imagem com amplo campo de visão, justificados com fluoroscopia 
digital com braço C. 
Sistema de aquisição de imagem digital programável que permita seleção 
e aquisição de taxa e seqüência de imagem e processamento das imagens. 
Tubo(s) especializado(s) de raios-X com alta capacidade de carregar calor e 
rápido esfriamento a fim de atender à necessidade de mA alta, taxas de 
quadro mais altas e série de aquisição múltipla. (Um sistema biplano é 
mostrado na Fig. 21.4 1). Injetor eletromecânico para fornecimento do 
contraste (ver descrição completa na p. 683). 
Equipamento para monitorizarão fisiológica que permita monitorizar as 
pressões arterial e venosa do paciente e ECG (especialmente importante 
para angioplastia e cateterização cardíaca). 
Método de arquivamento de imagens ligado ao PACS e/ou à impressora 
a laser.Sistemas mais antigos usam alternadores biplanos de corte do filme 
(ver Fig. 21.44), mas estão sendo amplamente substituídos pelos sistemas 
digitais. 
 
AQUISiÇÃO DIGITAL 
Conforme a radiação atravessa o paciente e é detectada pelo intensificador 
de imagem, este converte a energia dos raios X para luz. Esta é então 
transmitida para um sistema de televisão que converte a luz em um sinal 
elétrico e envia esse sinal para um conversar de analógico para digital. O 
sinal é então digitalizado e enviado para o processador digital de imagem. 
O processador de imagem permite que o técnico exiba, manipule e armazene 
as imagens. A imagem digital de um arteriograma carotídeo é mostrada na 
Fig. 21.42. 
 
ANGIOGRAFIA DIGITAL COM SUBTRAÇÃO (DSA) 
Uma vantagem da tecnologia digital é a capacidade de realizar a angiografia 
digital com subtração (OSA). O método digital substitui o antigo método 
fotográfico de subtração de imagem. Com a tecnologia digital, um 
computador altamente sofisticado "subtrai" ou remove algumas estruturas 
anatômicas de modo que a imagem resultante demonstre apenas o(s) 
vaso(s) de interesse contendo o contraste (Fig. 21.43). Uma imagem 
subtraída aparece como uma imagem inversa e pode visualizar 
informações diagnósticas não-aparentes em uma imagem convencional 
não-subtraída. 
Imagens Pós-processamento Como as imagens são digitais e armazenadas, 
muitas opções após o processamento estão disponíveis a fim de melhorar 
ou modificar a imagem. Algumas funções pós-processamento (ex., 
alteração de pediu ) permitem que o técnico melhore a qualidade da imagem 
subtraída. A imagem pode ser ampliada (zoom) para se ver estruturas 
específicas, e analisada quantitativamente para medir distâncias, calcular 
estenose etc. Muitas outras opções também estão disponíveis. 
A aquisição digital permite que as imagens sejam arquivadas diretamente 
para um PACS sedisponível, com todas as vantagens inerentes (fácil acesso 
às imagens pelos especialistas, eliminação de filmes perdidos, visão 
simultânea de imagens etc.). 
 
 
683-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ALTERNADORES BIPLANOS DE FILME 
No passado, o típico procedimento angiográfico cerebral usava alternadores 
biplanos de filme em conjunção com dois tubos radiográficos. Eles têm sido 
amplamente substituídos por equipamento biplano digital, mas alternadores 
de corte de filme ainda podem ser usados ocasionalmente, e os técnicos 
devem estar familiarizados corn eles. 
Um tipo de alternador de corte de filme é mostrado na Fig. 21.44. Cada 
unidade do alternador de corte do filme deve ser independente da outra, 
e as duas devem ser colocadas facilmente em ângulo reto entre si. Esse 
arranjo permite exposição de uma série de radiografias tanto na posição 
lateral quanto na posição AP com uma única injeção de contraste. 
O mecanismo interno do alternador de filme move rapidamente o filme 
desde o compartimento de fornecimento até a área de exposição e finalmente 
até o depósito receptor. Um selecionador de programa opera o alternador 
de filme durante exposições seriadas ou únicas, regulando a taxa de filmagem 
e a duração de cada fase da série. Desse modo, o selecionador de programa 
controla o número de filmes por segundo e a duração total do tempo em que 
as exposições devem ser feitas. O selecionador de programa é integrado de 
modo que o injetar de contraste é sincronizado com o processador de imagem. 
 
INJETOR AUTOMÁTICO ELETROMECÂNICO DE CONTRASTE 
Conforme o contraste é injetado para o interior do sistema circulatório, ele 
é diluído pelo sangue. O material contrastado deve ser injetado com 
pressão suficiente para vencer a pressão arterial sistêmica do paciente e 
para manter uma concentração a fim de minimizar a diluição pelo sangue. 
Para manter a taxa de fluxo necessária para a angiografia, um injetor 
automático eletromecânico é usado. A taxa de fluxo é afetada por várias 
variáveis, como a viscosidade do contraste, o comprimento e o diâmetro do 
cateter e a pressão de injeção. Dependendo dessas variáveis e do vaso a 
ser injetado, a taxa de fluxo desejada pode ser selecionada antes da injeção. 
Um típico injetor digital automático de contraste é mostrado na Fig. 21.45. 
Todo injetor é equipado com seringas, um dispositivo de aquecimento, um 
mecanismo de alta pressão e um painel de controle. As seringas de uso 
comum são descartáveis. Seringas reutilizáveis devem ser facilmente 
desmontadas para esterilização. O dispositivo de aquecimento aquece e 
mantém o contraste na temperatura corporal, reduzindo a viscosidade do 
contraste. O mecanismo de alta pressão é usualmente um dispositivo 
eletromecânico que consiste em um impulso motor que move o êmbolo da 
seringa para dentro ou para fora. 
Aspectos adicionais de um injetor eletromecânico automático além de 
segurança, conveniência, facilidade de uso e confiabilidade dos parâmetros 
da taxa de fluxo incluem os seguintes: (1) acendimento de luz quando 
armado e pronto para injeção; (2) um controle de injeção lento ou manual 
para remover bolhas de ar da seringa; e (3) controles para impedir a injeção 
inadvertida ou pressão excessiva ou a injeção de grande quantidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
684-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
Modalidades ou Procedimentos Alternativos 
Além dos procedimentos específicos de angiografia listados abaixo, modalidades e procedimentos alternativos estão também disponíveis nos 
centros de imagem. 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (Te) 
Aquisição de volume, reconstrução de imagens subseqüente e equipamento sofisticado fizeram da TC uma valiosa ferramenta na avaliação de 
vasos. A tomografia computadorizada é usada para estudar aneurismas aórticos e (se as especificações do equipamento permitirem) é útil no 
diagnóstico de embolia pulmonar. 
A angiografia por tomografia computadorizada (ATe) é um estudo que fornece imagens das estruturas vasculares em corte transversal e que, 
dependendo da capacidade do equipamento, podem ser reconstruídas em uma imagem em 3D. A ATC fornece a vantagem da administração 
intravenosa do contraste, eliminando a necessidade de punção arterial e inserção de cateter. 
MEDICINA NUCLEAR 
A tecnologia da medicina nuclear é freqüentemente usada em conjunto com a angiografia na investigação de certas patologias 
cardiovasculares, algumas das quais incluem embolia pulmonar, sangramento GI, hipertensão renovasculare doença arterial coronariana. A 
medicina nuclear complementa outras modalidades de imagem, pois fornece basicamente informações fisiológicas mas poucos detalhes 
anatômicos. 
ULTRA-SOM (SONOGRAFIA) 
O papel da ultra-sonografia no estudo cardiovascular tem aumentado. O ultra-som pode ser usado para estudar a permeabilidade dos vasos e 
demonstrar a formação de trombos, placas ou estenose. Duplex colorido (fluxo Doppler colorido) é também usado, no ultra-som, para 
demonstrar a presença ou a ausência de fluxo no interior do vaso, a direção do fluxo e, com equipamento mais sofisticado, a velocidade do 
fluxo. A ecocardiografia fornece imagens detalhadas do coração para a investigação de inúmeras condições cardíacas, incluindo doença valvar, 
aneurisma, cardiomiopatia, infarto miocárdico e defeitos congênitos. 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) 
A angiografia por ressonância magnética (ARM) fornece imagens altamente detalhadas da vasculatura do paciente. Essa é uma vantagem, já 
que não é necessário contraste e a punção de vaso é evitada. 
ANGIOGRAFIA ROTACIONAL 
Durante a injeção do contraste e durante a obtenção das imagens, o braço C de uma unidade angiográfica é rodado até 1800 ao redor do 
paciente. A estrutura e o sistema vasculares são visualizados em uma ampla variedade de ângulos com uma única injeção de contraste. As 
imagens resultantes podem ser executadas digitalmente em um modo cine loop a fim de garantir uma apresentação dinâmica da imagem. O 
estudo rotacional pode fornecer informação a respeito de quais vasos necessitam de investigação adicional ou do ângulo ótimo do equipamento 
para usar em estudos posteriores. 
ANGIOGRAFIA ROTACIONAL TRIDIMENSIONAL (3D) 
Uma imagem tridimensional (3D) pode ser produzida a partir de dados da imagem adquirida durante uma aquisição rotacional. Os dados são 
processados por um sofisticado sistema computadorizado e exibidos. 
Os sistemas de reconstrução 3D de imagens são valiosos na visualização de patologias complexas da vasculatura intracraniana (por exemplo, 
malformações arteriovenosas ou aneurismas com localização ou características incomuns). Informações obtidas por imagens 3D são 
freqüentemente úteis no planejamento da abordagem intervencionista para essas patologias. O estudo rotacional 3D está sendo também 
avaliado para uso em outras áreas, incluindo as regiões torácica e abdominal. 
ANGIOGRAFIA COM CO2 
Como uma alternativa para o contraste iodado, o CO2 está sendo usado em alguns centros para procedimentos selecionados quando agentes 
contrastados iodados são contra-indicados. Isso pode incluir pacientes com doença cardiopulmonar, diabetes melito ou insuficiência renal. O 
uso de CO2 como agente contrastado é também indicado para pacientes com história de reação alérgica ao contraste iodado. 
Injetores especializados em CO2 têm sido desenvolvidos para garantir fornecimento preciso e adequadamente cronometrado do gás para o 
interior dos vasos a serem examinados. Alguns equipamentos angiográficos possuem programação especializada de imagem digital para 
otimizar o uso do C02o 
Certas limitações e riscos estão associados com a angiografia com CO2, mas espera-se que o uso de CO2 como um contraste encontre grande 
aplicação no futuro. 
Procedimentos Angiográficos Específicos 
A próxima parte deste capítulo introduz e descreve rapidamente os sei_ procedimentos angiográficos mais comumente realizados em um típico{ 
centro de imagem, que são os seguintes:(A rotina específica de cad. um deles será determinada pelas preferências do radiologista ou pc 
protocolo departamental.) 
1. Angiografia cerebral 2. Angiografia torácica 3. Angiocardiografia 
4. Angiografia abdominal 
5. Angiografia periférica 
6. Linfografia 
As descrições de cada um desses procedimentos incluirão o segui te: 
Objetivo 
Indicações patológicas 
Cateterização 
Contraste 
Imagem 
 
 
685-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ANGIOGRAFIA CEREBRAL 
Objetivo 
Angiografia cerebral é um estudo radiológico dos vasos sangüíneos do 
cérebro. O objetivo básico da angiografia cerebral é fornecer um "mapa" da 
vasculatura que facilitará, para os médicos, a localização e o diagnóstico de 
patologias ou outras anormalidades do cérebro e região do pescoço. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para a angiografia cerebral incluem as seguintes: 
Estenose e oclusões vasculares 
Aneurismas 
Trauma 
Malformações arteriovenosas 
Doença neoplásica 
Cateterizaçào 
A abordagem femoral é preferida para a inserção do cateter. O cateter é 
avançado até o arco aórtico e o vaso a ser estudado é selecionado. Vasos 
comumente selecionados para angiografia cerebral incluem as artérias 
carótidas comuns, as artérias carótidas internas, as artérias carótidas 
externas e as artérias vertebrais. 
Contraste 
A quantidade de contraste necessária depende do vaso a ser examinado, 
mas usualmente varia entre 5 a 10 ml. 
Imagem 
Equipamento biplano é preferido para a angiografia cerebral (Fig. 21 .46). 
A seqüência de imagem selecionada deve incluir todas as fases da 
circulação: arterial, capilar e venosa; e tipicamente durará de 8 a 10 
segundos.As incidências necessárias dependem dos vasos a serem 
examinados. A seguir estão vários exemplos. 
Arteriografia da Carótida Comum 
Arteriogramas carotídeos estão entre os angiogramas cerebrais mais 
freqüentemente realizados. 
Ocasionalmente, antes de um angiograma carotídeo de três vasos ou 
de quatro vasos, são feitas duas visões radiográficas do pescoço para 
visualizar cada artéria carótida comum (Figs. 21.47 e 21.48). A artéria 
carótida comum direita é demonstrada na incidência AP e a posição lateral 
examina essa artéria e sua bifurcação em artérias carótidas interna e 
externa. A área de bifurcação é cuidadosamente estudada em busca de 
doença oclusiva (ver setas). A artéria carótida comum esquerda é estudada 
de modo similar durante o exame. 
Arteriografia da Carótida Interna 
Um segundo arteriograma craniano comum demonstra as artérias carótidas 
internas. Radiografias representativas da fase arterial de um angiograma da 
carótida interna esquerda são mostradas nas radiografias das Figs. 21.49 e 
21 .50. Na radiografia axial AP, o assoalho da fossa anterior e as cristas 
petrosas estão superpostos. Isso permite a visualização da bifurcação da 
artéria carótida interna em artérias cerebrais anterior e média 
(ver Anatomia, p. 670). 
 
 
686-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ANGIOGRAFIA TORÁClCA 
Objetivo 
A angiografia torácica demonstra o contorno e a integridade da vasculatura 
torácica. Aortografia torácica é um estudo angiográfico da aorta ascendente, 
do arco, da porção descendente da aorta torácica e dos ramos principais. 
Arteriografia pulmonar é um estudo angiográfico dos vasos pulmonares 
usualmente realizado para investigar em boi ia pulmonar. Como mencionado 
anteriormente, a angiografia pulmonar é realizada menos freqüentemente 
devido à disponibilidade de modalidades alternativas. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiografia torácica e pulmonar incluem as 
seguintes: 
Aneurismas 
Anormalidades congênitas 
Estenose dos vasos 
Embolia 
Trauma 
Cateterização 
O local de punção preferido para um aortograma torácico é a artéria fernoral. 
O cateter é avançado até o local desejado na aorta torácica. Procedimentos 
seletivos podem ser realizados com o uso de cateteres especialmente feitos 
para o acesso do vaso de interesse. 
Devido à localização da artéria pulmonar, a veia femoral é o local preferido 
para inserção do cateter. Ele é avançado ao longo das estruturas venosas, 
para o interior da veia cava inferior, através do átrio direito do coração até 
o ventrículo direito e desse para a artéria pulmonar. Ambas as artérias 
pulmonares são usualmente examinadas. 
Contraste 
A quantidade de contraste necessária variará de acordo com o procedimento; 
no entanto, uma quantidade média para angiografia torácica é de 30 a 50 ml. 
Para angiografia pulmonar seletiva, a quantidade média é de 25 a 35 ml. 
Imagem 
Imagens seriadas para angiografia torácica são obtidas em vários segundos. 
A taxa e a seqüência de imagens dependem de muitos fatores, incluindo 
tamanho do vaso, história do paciente e preferência do médico. 
A respiração é suspensa durante a obtenção da imagem. 
Aortograma Torácico Devido à estrutura da aorta proximal, uma incidência 
oblíqua é necessária para visualizar o arco aórtico. Uma AGE a 45° é 
preferida para evitar a sobreposição de estruturas e para visualizar qualquer 
anomalia (Figs. 21.51 e 21.52). Isso é feito através da manipulação do 
braço C, em vez do paciente, até o grau de obliqüidade desejado. 
Arteriograma Pulmonar A Fig. 21.53 demonstra a fase arterial de um 
angiograma pulmonar (DSA). A seqüência de imagem é usualmente 
ampliada durante esse procedimento para visualizar a fase venosa da 
circulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
687-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ANGIOCARDIOGRAFIA 
Objetivo 
Angiocardiografia refere-se especificamente ao estudo radiológico do coração 
e estruturas associadas. Arteriografia coronariana é usualmente realizada 
ao mesmo tempo para visualizar as artérias coronárias. 
Cateterização cardíaca é um termo mais geral usado para descrever a 
colocação do cateter no coração, e inclui estudos adicionais aos estudos 
radiológicos, como obter amostras de sangue para medição da saturação 
de oxigênio ( oximetria ) e medição das pressões e gradientes 
hemodinâmicos. É necessário equipamento especializado para monetarização 
fisiológica para essas medições sensíveis. Para os fins deste texto, 
focalizaremos o estudo da cateterização cardíaca. 
 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiocardiografia e arteriografia coronariana 
incluem as seguintes: 
Doença arterial coronariana e angina 
Infarto miocárdico 
Doença valvular 
Dor torácica atípica 
Anomalias cardíacas congênitas 
Outras patologias do coração e da aorta 
 
Cateterização 
Como nos outros angiogramas, a artéria femoral é o local preferido para 
cateterização. O cateter é avançado até a aorta e ao longo de sua extensão 
para o interior do ventrículo esquerdo para o ventriculograma esquerdo. 
Um cateter pígtoíl é usado, pois um grande volume de contraste será 
injetado. Para o arteriograma coronariano, o cateter é trocado e a artéria 
coronária é selecionada; as artérias coronárias direita e esquerda são 
examinadas rotineiramente. Cateteres com formatos especiais são 
projetados para caber em cada uma das artérias coronárias. 
Após a injeção do contraste nas artérias coronárias, o cateter é 
imediatamente removido para evitar oclusão do vaso. 
Acesso ao lado direito do coração seria obtido através da cateterização da 
veia femoral e avanço do cateter através das estruturas venosas até que o 
lado direito do coração seja alcançado. 
 
Contraste 
Aproximadamente 40 a 50 ml de contraste iodado hidrossolúvel nãoiônico 
e de baixa osmolaridade são injetados para o ventriculograma. As artérias 
coronárias exigem tipicamente 7 a 10 ml de contraste por injeção. 
 
Imagem 
A taxa de imagem para angiocardiografia é muito rápida, na faixa de 15 a 
30 quadros por segundo, e é mais alta em pacientes pediátricos. 
Se equipamento biplano estiver disponível para o ventriculograma esquerdo, 
imagens em incidência AOD e AOE serão obtidas. Se o equipamento é de 
plano único, umaimagem AOD a 30° será obtida rotineiramente (Fig. 21.54). 
Usando o ventriculograma, a fração de ejeção pode ser calculada. A fração 
de ejeção é expressa como uma porcentagem e fornece uma indicação da 
eficiência da bomba do ventrículo esquerdo (Fig. 21.56). 
Uma série de imagens oblíquas é obtida para visualização completa das 
coronárias. Rotineiramente, seis tomadas da coronária esquerda são 
obtidas, e duas tomadas da coronária direita são obtidas (mais tomadas são 
obtidas da coronária esquerda, pois na maioria das pessoas ela e seus 
ramos fornecem o suprimento sangüíneo para a maior parte do coração). 
O uso de equipamento biplano de imagem é vantajoso, pois reduz a 
quantidade de contraste necessária, já que duas incidências oblíquas podem 
ser obtidas simultaneamente. A respiração é suspensa para a aquisição 
da imagem. 
As imagens são arquivadas em compacte dísco ou no PACS e, quando 
executadas, são vistas em modo de filme. 
 
 
688-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
 
ANGIOGRAFIA ABDOMINAL 
 
Objetivo 
Angiografia abdominal demonstra o contorno e a integridade da 
vasculatura abdominal. Isso significa que a disposição ou o deslocamento 
dos vasos abdominais que estão sendo estudados e possíveis obstruções 
 ou roturas de vasos (por exemplo, abaulamento do aneurisma) 
serão demonstradas. Qualquer deslocamento dos vasos pode indicar uma 
lesão ocupando espaço. 
Aortografia refere-se ao estudo angiográfico da aorta, e estudos se 
letivos referem-se a cateterização de um vaso específico. Cavografia 
demonstra a veia cava superior e/ou inferior. 
 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiografia abdominal incluem as seguintes: 
Aneurismas 
Anormalidade congênita . Sangramento GI 
Estenose ou oclusão 
Trauma 
 
Cateterização 
Para um aortograma, a aorta é tipicamente acessada pela artéria femoral. 
O tamanho e o tipo do cateter necessário dependem da estrutura, 
mas um cateter pigtoil é geralmente usado devido à grande quantidade de 
contraste a ser injetado conforme a necessidade para o aortograma 
(Fig. 21.57). 
Estudos angiográficos seletivos exigem o uso de cateteres especialmente 
configurados para acessar o vaso de interesse. Estudos seletivos 
comumente realizados incluem o tronco celíaco, as artérias renais 
(Fig.21.58) e as artérias mesentéricas inferior e superior, que são seleciona 
das durante a investigação de sangramento GI. Um estudo super seletivo 
envolve a seleção de um ramo do vaso. Um exemplo comum disso é a 
seleção da artéria hepática ou esplênica, que são dois ramos do tronco celíaco. 
A cateterização para a cavografia é obtida através da punção da veia femoral. 
O cateter é então avançado até o nível desejado. 
 
Contraste 
Uma quantidade média de contraste para um aortograma e para um 
cavograma é de 30 a 40 ml. A quantidade de contraste para estudos 
seletivos varia, dependendo do vaso a ser examinado. Como em outros 
procedimentos angiográficos, o contraste de escolha é iodado, hidros 
solúvel e não-iônico, com baixa osmolaridade. 
 
Imagem 
As imagens são obtidas o paciente na posição supina; qualquer obliqüidade 
exigida é obtida através da manipulação do braço C. Imagens seriadas 
são obtidas tipicamente por vários segundos. A taxa e a seqüência 
cia de imagens dependem de muitos fatores, incluindo tamanho do vaso, 
história do paciente e preferência médica. 
Antes da realização de qualquer estudo arterial seletivo, um angioograma 
grama abdominal geralmente é obtido, preferivelmente incluindo desde 
de o diafragma até a bifurcação da aorta. Ramos associados da aorta, 
como as artérias renais direita e esquerda e as artérias mesentéricas 
superior e inferior, serão visualizados, como mostrado nas imagens da 
Fig. 21.59. 
As seqüências de imagem para estudos seletivos são usualmente 
estendidas para visualizar a fase venosa. A respiração é suspensa 
durante a obtenção da imagem. 
 
 
 
689-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS 
 
ANGIOGRAFIA PERIFÉRICA 
 
Objetivo 
Angiografia periférica é um exame radiológico da vasculatura periférica 
após a injeção de contraste. Angiografia periférica pode ser um 
arteriograma (Fig. 21.60), onde a injeção é feita através de um cateter 
em uma artéria, ou um venograma, onde a injeção é feita no interior de 
uma veia periférica. Venogramas são raramente realizados nos dias de 
hoje devido à sensibilidade aumentada do ultra-som (Doppler colorido) 
para demonstrar patologia, e não serão discutidos nesta seção. 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para angiografia periférica incluem as seguintes: 
Doença aterosclerótica 
Estenose ou oclusão dos vasos 
Trauma 
Neoplasia 
Embolia ou trombose 
 
Cateterização 
A técnica de Seldinger é usada para acessar a artéria femoral, ou, 
alternativamente, para um arteriograma periférico. Para um arteriograma 
de membro inferior, o cateter é avançado imediatamente superior à 
bifurcação da aorta. 
Para um arteriograma de membro superior, o cateter é avançado ao 
longo da aorta torácica e abdominal. Para um estudo do membro 
superior esquerdo, a artéria subclávia esquerda é selecionada; para 
um estudo do membro superior direito, a artéria subclávia direita é 
selecionada a partir do tronco braquiocefálico. 
 
Contraste 
A quantidade média de contraste necessária para um arteriograma de 
membro superior é muito menor que para um arteriograma de membro 
inferior. Isso ocorre devido à diferença no tamanho da parte e pelo fato 
de o exame de membro superior ser unilateral, ao passo que no membro 
inferior o exame é bilateral. 
 
Imagens: Membro Superior 
O estudo do membro superior exige o cálculo do tempo do fluxo sangüíneo, 
e uma técnica similar àquela descrita previamente pode ser usada. A 
diferença básica entre o estudo do membro superior e inferior é o fato de 
ele ser unilateral no membro superior, e não bilateral como no membro 
 inferior. 
 
Imagens: Membro Inferior 
Devido à existência de variação no fluxo sangüíneo através de ambos os 
membros inferiores como resultado da potência e oclusão de vaso, o tempo 
de circulação deve ser determinado para garantir que o contraste seja 
visível nos vasos durante o estudo. Diferentes métodos podem ser usados 
para controlar o tempo do estudo. Isso pode ser feito manualmente controlando 
a velocidade do movimento da mesa durante a obtenção da imagem, ou a 
programação pode ser feita por computador. 
Usando a técnica atual, uma vez que o tempo do fluxo sangüíneo tenha sido e 
estabelecido, a mesa se move na faixa predeterminada e imagens são obtidas 
na incidência PA. Essas imagens podem então ser reconstruídas para 
garantir a visualização de todo o membro inferior (Fig. 21.61) ou podem ser 
vistas individualmente (Fig. 21.62). 
A respiração é suspensa para obtenção da imagem. 
 
 
 
690-- ANGIOGRAFIA E PROCEDIMENTOS INTERVENClONISTAS 
 
LlNFOGRAFIA 
Objetivo 
Linfografia é realizada para visualizar os vasos linfáticos e linfonodos. 
Procedimentos em membros inferiores são os mais comuns e serão 
discutidos nesta seção; no entanto, procedimentos em membros superiores 
podem ser feitos. 
Embora a TC tenha substituído amplamente a linfografia na avaliação dos 
linfonodos, a linfografia é indicada em certas situações. 
 
Indicações Patológicas 
As indicações patológicas para linfografia incluem as seguintes: 
Avaliação dos linfáticos no estagiamento das doenças malignas, 
especialmente em cânceres cervicais e prostáticos 
Avaliação do linfoma de Hodgkin 
Edema periférico 
 
Contra-indicações 
A linfografia é contra-indicada para pacientes sensíveis a iodo, com doença 
pulmonar avançada (o contraste é oleoso e terminará nos pulmões através 
do ducto torácico), e para pacientes submetidos a radioterapia pulmonar 
recentemente. Pacientes com tremores marcantes também não são 
candidatos a esse procedimento, pois os vasos são frágeis e o tempo 
de injeção é longo. 
 
Técnica 
A linfografia pode ser realizada na sala de raios

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