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7 - Prática V - AULA 7- ADIN

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTO MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO Inscrito no CNPJ nº XXXXXXX/XXXXX, com sede no endereço XXXXXX, bairro XXX, cidade XXXX, UF XXXX, (CNC, ora Autora), entidade de classe de âmbito nacional, vem por meio de seu advogado infra-assinado (procuração – doc. (anexo), com endereço profissional XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XX, CEP XX, endereço eletrônico XXX@XXX, onde recebe notificações e intimações, vem perante a Vossa Excelência amparado no art. 102, inciso I, alíneas a e p; art. 103 inciso IX da CRBF, bem como dos arts. 1º a 12º da lei nº 9.868/99, propor
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
I. DOS FATOS:
O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, estabelecendo multas pelo descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. 
 A Confederação Nacional do Comércio, requer o ajuizamento de medida judicial, pois a lei do Estado KWY contraria o disposto no art. 22, I, e afronta também o art. 5º, XXII, ambos da Constituição da República.
II. DO DIREITO:
2.1 DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA
Conforme dispõem o artigo 103 da CRFB, somente possuem legitimidade para propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade aqueles explicitados no rol do artigo acima mencionado, assim a Confederação do Comércio é parte legítima para tal.
Em face da norma editada pelo Governador do Estado, da legitimidade passiva, de acordo com o art. 103 no inciso V da CF: - Somente o Governador de Estado pode propor a ação direta de inconstitucionalidade;
2.2 DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA
Comprovada está a pertinência entre a Autora e o tema desta Ação, visto haver patente relação de causalidade entre a norma impugnada e os objetivos sociais da Autora, quais sejam, a defesa dos interesses das entidades e pessoas jurídicas do comércio, conforme artigo 103, inciso IX. Vejamos:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
IX - Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
2.3 DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO:
Através do diploma acima referido, o senhor Governador do Estado KWY e os senhores deputados estaduais promulgaram norma estadual que foge da competência legislativa dos Estados-membros da República Federativa do Brasil, seguindo aquilo estatuído na norma de aplicabilidade imediata do art. 22, inciso I, da Constituição Federal: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
(grifamos)
Isso porque a retromencionada Lei Estadual X estabelece a obrigatória gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados e shopping centers, em claro atentado ao direito de propriedade (matéria de ordem comercial e civilística, exaustivamente tratada pelo Código Civil Brasileiro, Lei 10.406/2002) garantido na Norma Fundamental brasileira em seu art. 5º, inciso XXII:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XXII - é garantido o direito de propriedade;
grifamos)
O art. 170 da CRFB, estabelece que a todos é dado o direito de exercer atividade econômica, sendo princípio constitucional à livre iniciativa ao trabalho e a atividade econômica.
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
(...)
III - função social da propriedade;
2.4 DA TUTELA DE URGÊNCIA:
Ante o estabelecido no art. Y da Lei Estadual X, que determina multas pelo descumprimento da gratuidade do estacionamentos em estabelecimentos comerciais, com gradação das punições administrativas, e que delega ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos comerciais relacionados neste instrumento normativo e diante de todo o quadro argumentativo acima, a bem refletir a inconstitucionalidade da aludida norma estadual, a suspensão de sua eficácia em sede liminar cumpre fielmente o princípio geral da cautelaridade, id est, a necessidade erigida do fumus boni iuris e do periculum in mora.
A fumaça do bom direito atrela-se à própria argumentação até aqui expendida, concluindo-se pela inconstitucionalidade da Lei Estadual X frente aos artigos 22, I, e 5º, XXII da Constituição da República.
O perigo na demora, por seu turno, decorre do risco imposto aos estabelecimentos comerciais sediados no Estado KWY a partir da perspectiva de imediata obrigação de proporcionarem gratuidade em seus estacionamentos e da consequente imposição de punições administrativas, também de forma imediata, pelo órgãos responsáveis pela fiscalização instituídos na Lei Estadual X. Pela incidência de tal dispositivo normativo estadual, serão prejudicados inúmeros (centenas de milhares) estabelecimentos comerciais que são empregadores de enorme quantidade de mão-de-obra, a qual se verá ameaçada por consequentes demissões por conta da elevação do custo à atividade comercial imposto por esta inconstitucional norma estadual. Isso gerará sério gravame à sociedade pela potencial afronta ao consagrado direito de propriedade da qual todo o conjunto da cidadania será vítima.
Por tudo isso, em conformidade com o que reza o art. 10 da Lei 9868/99, em seu parágrafo 3º, pugna a Autora a Vossas Excelências, em especial ao senhor Ministro-relator, pelo deferimento initio litis e inaudita altera parte da liminar ora requerida, suspendendo-se de pronto a eficácia do dispositivo mencionado em tela.
III - DOS PEDIDOS
ANTE O EXPOSTO, requer a CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO a Vossas Excelências:
1) Que seja concedida liminar para suspender o ato normativo nº..., editado pelo estado KWY, até o julgamento em definitivo da presente ação;
2) A notificação do governador do Estado KWY e da Câmara do Estado KWY, para que prestem informações na forma do artigo 6º e parágrafo único, da Lei nº 9.868/99;
3) A oitiva do Advogado-Geral da União para a defesa da norma;
4) A oitiva do Procurador-Geral da República;
5) A procedência do pedido com a declaração de inconstitucionalidade da norma nº... com efeitos ex tunc, erga omnes e vinculante;
IV - DAS PROVAS:
Requerer a produção das provas admitidas em direito na forma do artigo 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental.
 Nesses Termos, Pede Deferimento.
 Local, data.
 Advogado
 OAB\UF

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