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Historicamente a comunidade surda era vista com um olhar diferente pelas demais pessoas que não tinham essa deficiência auditiva, o povo do Egito consideravam eles deuses, pois serviam de mediadores entre os deuses e faraós, por esse poder eles eram temidos, respeitados, exaltados pela população, mas isso dentro do limite desse povo, já na Grécia os viam como animais, diante disso eram excluídos dos ensinamentos e com isso não adquiriam conhecimentos, por isso eram lançados do alto dos rochedos, em Roma eram privados de direitos legais, como casar, não herdar bens dos familiares, não podendo pertencer a sociedade assim como não podiam ter acesso a igreja católica, essa doutrina dizia que eles não tinham o reino de Deus após a morte, ainda na Roma, os surdos, cegos e pessoas com déficit de intelectual exerciam tarefas a serviço da corte, eram serviçais e bobos da corte, ficavam mantidos nas propriedade das família patrícias ou nas vilas. Pode-se dizer que as condições de vida que os surdos tinham na época eram as mais miseráveis, já que a sociedade os tratava assim, como imbecis, incompetentes, anormais, sem direitos.
O educador Charles Michel de L’Epée fazia obras de caridade, ensinava os surdos por motivos religiosos, através do método manualista ou gestualista, reconhecendo que
a Língua de Sinais realmente existia e que ela se desenvolvia, embora não a considerasse uma língua com aspectos gramaticais. A História Educacional de Surdos mostra que nas ruas da cidade de Paris, perambulavam surdos, foi então que L’Epée se aproximou dos surdos e com eles aprendeu a Língua de Sinais, criando os “sinais metódicos”, uma combinação de Língua de Sinais com gramática francesa. Com o imenso sucesso na educação de surdos, o Abade transformou sua casa em escola pública, que de 1771 a 1785 passou a atender 75 estudantes, número bastante elevado na época. Ele acreditava que os surdos, independentemente de seu nível social, deveriam ter direito a educação de qualidade e que a mesma deveria ser
gratuita. Pensamento que também foi adotado por Roch-Ambroise Cucurron Sicard
foi um abade francês, seguidor dos pensamentos de Abade L’Épée, ficou conhecido
pelo seu trabalho em educar surdos, fundando a escola de surdos de Bordéus, no
ano de 1782, e depois sucedeu L’Epée em seu instituto, como diretor.
Também no período de 1750, Samuel Heinicke, na Alemanha, através de suas
pesquisas deu início os primeiros passos da Filosofia Educacional Oralista, que tem como objetivo principal o ensino de língua oral sem auxílio da língua de sinais, sendo ele precursor e fundador de escolas de orientação oralista que em sua maioria contavam com pequenas quantidades de estudantes.
No Brasil a língua de sinais ganhou espaço a partir de 1857 quando Eduard Huent, um francês que ficou surdo aos doze anos, veio ao país a convite de D. Pedro II para fundar a primeira escola para menino que inicialmente foi chamada de Imperial Instituto de Surdos Mudos, atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Então a partir da fundação da escola, os surdos brasileiros puderam criar a Língua Brasileira de Sinais, que se originou da Língua de Sinais Francesa e das formas de comunicação já utilizadas pelos surdos de diversos locais do país. 
É de suma importância destacar que nem sempre houve a aceitação pelo uso da Língua de Sinais, que muitas foram às tentativas em torno da discussão sobre educar os surdos, pois alguns se mostravam favoráveis ao método oralista. E no ano de 1880 no Congresso Mundial de Professores Surdos que aconteceu em Milão na Itália, um grupo de ouvintes tomou a decisão de excluir a língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo (método de ensino para surdos, no qual se defende que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é através da língua oral, ou falada). Somente no ano de 1896 a pedido do Governo Brasileiro, A.J de Moura e Silva, que atuava como professor de surdos no INES foi ao Instituto Francês de Surdos com a missão de avaliar esta decisão e chegou à conclusão de que o método oralista não era eficiente para todos os surdos.
Caso fossemos nos aprofundar no estudo da história da Língua de Sinais teríamos que citar vários outros nomes importantes no processo de implantação, reconhecimento da mesma e detalhamento sobre os acontecimentos, principalmente discussões em torno da polemica da Educação dos surdos. Portanto, embora todos os acontecimentos lamentáveis relatados brevemente sobre a história em si dos surdos, atualmente é notável a evolução da sociedade em torno da cultura dos surdos, educação, respeito, direito, democracia, condições de vida de qualidade, se fossemos correlacionar a realidade dos surdos na idade antiga para os dias atuais, é completamente diferente, apesar já que estamos em constantes evoluções, não podemos nos acomodar achando que não podemos melhorar.

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