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Processual Civil III - Primeiro Bimestre (Anatoções Elirani)

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Processual Civil III 22-02-2018
1 Liquidação de sentença (Art. 509 a 512) 
1.1. Noções gerais:
· Art. 491. Pedido genérico - sentença genérica - liquidação. 
· Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando:
· I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido;
· II - a apuração do valor devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença.
· § 1º Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do valor devido por liquidação.
· § 2º O disposto no caput também se aplica quando o acórdão alterar a sentença.
· Art. 322 e 324
1. Cabimento 
· Art. 509. 
· Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
2. Natureza jurídica 
· Incidente processual, não se trata de nova ação. Tem como objetivo apurar o quantum debeatur e não discutir novamente a lide, modificar a sentença, para tanto, o requerente apresenta o pedido de liquidação através de requerimento e não petição inicial; a parte contrária será intimada e não citada para se manifestar; o juiz resolverá o incidente proferindo decisão interlocutória.
3. Espécies
a) Arbitramento: utiliza-se dessa espécie quando houver necessidade de realização de prova pericial, isto se o juiz não puder arbitrar o quantum debeatur pela apresentação de pareceres e documentos pelas partes, caso em que nomeará perito para realização da perícia, que seguirá o procedimento previsto para a produção de prova pericial – arts. 464 e seguintes do CPC e, após o juiz arbitrará o valor. Essa espécie de procedimento é utilizado quando a natureza do objeto o exigir ou quando determinada na sentença.
b) Procedimento comum (fato novo): Fato novo -  fato que não foi abrangido pela sentença, mas que tem ligação direta com o objeto da ação de conhecimento. 
4. Legitimidade – ART. 509 – tanto credor quanto devedor possuem legitimidade para o requerimento de liquidação de sentença, não se trata de procedimento exclusivo do credor.
5. Procedimento
5.1. Liquidação parcial § 1º, art. 509 – há a possibilidade da sentença ser parte líquida e parte ilíquida, sendo que a lei faculta à parte promover, simultaneamente, a execução da parte líquida e a liquidação da parte ilíquida.
· Requerimento – depende de requerimento da parte a instauração do incidente de liquidação de sentença
· Intimação, pessoa ou advogado – há necessidade de estabelecer-se o contraditório, ou seja, a parte contraria deverá ser intimada, para manifestar-se sobre o requerimento formulado, cuja intimação, em regra, ocorrerá na pessoa do advogado
· Autos apartados – em se tratando de liquidação parcial, em que a parte optará pelo cumprimento de sentença e a liquidação de forma simultânea, a liquidação se dará em autos apartados, para evitar tumulto processual.
5.2. Liquidação total
· Requerimento - depende de requerimento da parte a instauração do incidente de liquidação de sentença
· Intimação / contraditório - há necessidade de estabelecer-se o contraditório, ou seja, a parte contraria deverá ser intimada, para manifestar-se sobre o requerimento formulado, cuja intimação, em regra, ocorrerá na pessoa do advogado
· Mesmo autos – nesse caso, como a sentença é totalmente ilíquida, o procedimento de liquidação de sentença se dará nos mesmos autos em que proferida a sentença e, após, terá início o cumprimento de sentença.
5.3. Liquidação na pendência de recurso - ART. 512
· Provisória – quando tiver sido interposto Recurso da sentença proferida e a referido recurso for recebido somente no efeito devolutivo, há possibilidade de ser cumprida a sentença e, em sendo esta ilíquida, necessária a sua liquidação.
· Autos apartados – tendo em vista que os autos estarão no Tribunal para julgamento do recurso, a liquidação se dará em autos apartados.
5.4. Limite - § 4º, art. 509 – o incidente de liquidação de sentença tem como único objeto estabelecer o quantum debeatur, a fim de complementar a sentença ilíquida, não sendo permitido utilizar desse procedimento para rediscutir o mérito, já que o objetivo não é modificar a sentença. 
· § 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
5.5. Calculo aritmético § 2º, art. 509
· § 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
5.6. Decisão – recurso – art. 1.015, parágrafo único do CPC – o pronunciamento judicial se dará através de decisão interlocutória, sendo cabível recurso de agravo de instrumento.
Direito Processual Civil III 01/03/18
Teoria geral da execução
Noções 
· Satisfação do direito – a tutela executiva tem por objetivo satisfazer o direito do credor, já reconhecido no título executivo, seja ele judicial ou extrajudicial 
· Atua em benefício do credor – objetivando a tutela executiva a satisfazer o direito do credor, os atos executivos praticados o são a benefício do credor
· Não há análise de mérito – uma vez que o objetivo do processo de execução não é reconhecer o direito da parte, mas sim, satisfazê-lo
Princípios 
1. Do título e da tipicidade – não há execução sem título executivo, sendo necessário, ainda, que a lei atribua força executiva ao documento que conste a obrigação a ser cumprida pelo devedor.
· Art. 515 – Títulos judiciais
· Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
· Art. 784 – Títulos extrajudiciais 
2. Da utilidade art. 836 – a execução tem que ser útil, de modo que somente serão praticados atos que possam trazer utilidade, no sentido de promover a satisfação do direito do credor, ainda que parcialmente.
Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.
3. Da realidade ou patrimonialidade - Art. 789 – o patrimônio do devedor responderá pelas obrigações por ele contraídas, sendo assim, os atos executivos recairão sobre os bens que compõem o patrimônio do devedor. Exceção – prisão civil – devedor de alimentos – responde pessoalmente pela obrigação assumida.
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
4. Da satisfatividade – Art. 831 – A tutela executiva tem por objetivo satisfazer o direito do credor e, portanto, os atos executivos a serem praticados terão um limite, qual seja, somente o necessário para satisfazer o direito do credor.
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios.
· De especificidade – o credor tem o direito de receber exatamente aquilo que receberia se o devedor tivesse cumprido voluntariamente a obrigação, ou seja, que a obrigação seja cumprida da forma como consta do título executivo. 
5. De menor onerosidade 
· A execução não pode ser utilizada como meio de vingança privada como existia anteriormente, devendo assim o executado sofrer apenas o necessário para que se consiga a satisfação do direito do exequente, não podendo ser utilizada para agravar a situação do devedor
· Tal princípio tem como fundamento a Dignidade da pessoa humana previsto na Constituição Federal.
6. Dispositivo ou da disponibilidade - art. 775
* direito subjetivo porque eu posso ou não promover a execução
O credor pode, a qualquer momento desistir do processo de execução, devendo ser observado o disposto no art. 775, do CPC, acerca da necessidade ou não de anuência do devedor.
· Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
· Parágrafo único. Nadesistência da execução, observar-se-á o seguinte:
· I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
· II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
7. Da autonomia 
Ele é autônomo em relação ao processo de conhecimento, constituindo um ente à parte, possuindo atos diversos do processo de conhecimento, assim como, objetivo distinto, além do que forma-se uma nova relação jurídica processual, independente daquela formada no processo de conhecimento.
Meios de execução
Meios que o juiz irá se utilizar para conduzir o processo e conferir ao credor a satisfação de seu direito.
 
1. Execução indireta: o juiz lança mão de meios executivos para o fim de coagir o devedor ao cumprimento da obrigação. 
Coerção pessoal: Prisão civil – devedor de alimentos – meio intimidativo – não confere a satisfação do direito de crédito
Coerção patrimonial: indireta que atinge o patrimônio – meio intimidativo – pagar multa diária * astreintes - a lei não menciona o valor da multa, fica a critério do juiz verificar com o valor será suficiente para intimidar, coagir o devedor a cumprir a obrigação – 
· Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.
Direito Processual Civil III 02/03/18
1. Meios de execução. 
a) Execução indireta 
b) Execução direta (sub-rogação)
- por expropriação (Penhora dos bens necessários para a garantia da execução) – execução por quantia certa.
· Adjudicação. 
· Alienação por iniciativa particular. 
· Alienação por hasta publica (Leilão judicial)
- por desapossamento – execução para entrega da coisa – caso não haja o cumprimento da obrigação pelo devedor, será expedido Mandado de Busca e Apreensão (bem móvel) ou Mandado de Imissão na Posse (bem imóvel)
- por transformação – execução de fazer e não fazer – se o devedor não satisfizer a obrigação, poderá ser cumprida por terceiro
· Desfazimento. 
· Perdas e danos. 
2. Relação processual.
· Partes – Art. 778. a 780. CPC 
2.1 Legitimação ativa Art. 778.
a) credor – legitimação originária – participou diretamente da formação do título executivo 
· Legitimação derivada
b) MP:
c) Espólio: 
· Sucessão causa mortis
· II – o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
d) cessionário: Pessoa física ou jurídica beneficiada com a cessão – ato inter vivos. O cedente cede, (a qualquer título: doação venda empréstimo). O Cessionário recebe. Não há necessidade de consentimento do devedor para a cessão do crédito, tendo em vista que não haverá modificação da obrigação a ser cumprida pelo devedor.
* cessão de crédito, pode ser realizada por instrumento publico ou privado.
§ 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário:
§ 2º A sucessão prevista no § 1o independe de consentimento do executado.
e) sub-rogado: trata-se da transferência de uma obrigação para um (fiador ou não) em detrimento de outrem (devedor), tornando-se, a partir de então, o novo credor na relação de pagamento de uma determinada dívida.
* legitimação derivada 
2.2 Legitimação passiva Art. 779
a) Devedor – participou diretamente da formação do título executivo.
b) Espólio
· Transferência do debito 
· Patrimônio deixado pelo o devedor falecido
· Herdeiro não será responsabilizado com bens de seu patrimônio particular
 
c) Novo devedor: transferência do devedor para um terceiro
* Anuência expressa do credor.
d) Fiador: é aquele que garantiu o cumprimento
Titulo extrajudicial
Art. 828, do CC. Não aproveita este benefício ao fiador:
I - se ele o renunciou expressamente;
II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário;
III - se o devedor for insolvente, ou falido.
Direito Processual Civil III 09/03/18
Legitimidade - art. 779
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I – o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II – o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III – o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo;
IV – o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V – o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
VI – o responsável tributário, assim definido em lei. 
· Art. 121 do Código Tributário Nacional - Lei 5172/66
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Cumulação da execução – art. 780 CPC
· Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
· Requisitos 
· - Identidade do credor e devedor 
· - mesmo juízo competente 
· - idêntico procedimento 
Competência 
a) Titulo Judicial art. 516.
· Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira. (ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.)
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
b) Titulo extrajudicial Art. 781.
· Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
- Art. 782. Cumprimento dos autos executivos
· Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos, e o oficial de justiça os cumprirá.
§ 1º O oficial de justiça poderá cumprir os atos executivos determinados pelo juiz também nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana.
§ 2º Sempre que, para efetivar a execução, for necessário o emprego de força policial, o juiz a requisitará.
§ 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes.
§ 4º A inscrição será cancelada imediatamente se for efetuado o pagamento, se for garantida a execução ou se a execução for extinta por qualquer outro motivo.
§ 5º O disposto nos §§ 3º e 4º aplica-se à execução definitiva de título judicial.
- Requisitos para se realizar qualquer execução art. 783 a 786
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em títulode obrigação certa, líquida e exigível.
1. Titulo executivo – Obrigação liquida certa e exigível - ato documentado ou documento que consagra obrigação líquida (quantum debeatur,) certa (não há dúvida acerca da obrigação a ser cumprida) e exigível (já vencida e não cumprida pelo devedor e que ainda pode ser cumprida (não atingida pela prescrição) e permite a utilização da via executiva.
2. Inadimplemento - na ausência de cumprimento voluntário da obrigação
Espécies de titulo executivo.
1. Titulo judiciais – art. 515. 
· Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial – acordo realizado no processo já em curso;
Direito Processual Civil III 15/03/18
Títulos judiciais – art. 515 CPC - 
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
 
· Art. 63, p. u., CPP
· Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido.
· Art. 387, IV, CPP
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória:
 IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; 
· Trânsito em julgado – presunção de inocência 
· Ação civil x ação criminal – tramitação simultânea – suspensão – art. 64, p. u., CPP. Possibilidade de prosseguimento apuração do valor.
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. 
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela.
· Sentença absolutória – nem sempre fara coisa julgada na esfera cível, dependerá do motivo utilizado pelo juiz para a absolvição do Réu (ex: insuficiência de provas, fato não constitui crime) – art.66 e 67, CPP 
· Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
· Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
· Não haverá possibilidade de coordenação no cível se a sentença absolutória reconhecer uma das hipóteses previstas no art. 65,CPP
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
· Sentença penal e civil conflitantes – sentença civil de improcedência transitada em julgado e posteriormente sobreviver sentença penal condenatória, poderá haver execução dessa sentença, desde que se promova a ação rescisória da sentença proferida no processo civil.
· Sentença penal condenatória só poderá ser executada contra quem foi condenado
Direito Processual Civil III 16/03/18
Títulos judiciais
VII sentença arbitral – Lei 9307/96
· Direitos patrimoniais disponíveis
· O árbitro é juiz de fato e de direito, a sentença por ele proferida faz lei entre as partes, sendo, portanto, tal sentença, equiparada a sentença judicial. No entanto, ao árbitro não foi conferido o poder de fazer cumprir, devendo o credor valer-se do Poder Judiciário para promover a execução
VIII Sentença estrangeira – art. Art. 960 e ss, CPC
· Art. 960. A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário prevista em tratado. 
§ 1o A decisão interlocutória estrangeira poderá ser executada no Brasil por meio de carta rogatória.
§ 2o A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em vigor no Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 3o A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao disposto em tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste Capítulo.
§ 3o A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao disposto em tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste Capítulo.
· EC 45/2004 – Competência STJ – juízo de delibação
Juízo de delibação é um juízo superficial sobre a legalidade de um ato, sem, contudo, adentrar no exame de mérito. Analisa o preenchimento dos requisitos para a homologação da sentença estrangeira. Não emite juízo de valor.
· R I STJ – arts. 216-A a 216-N – requisitos e procedimento
· 1. Competência do juiz
· 2. Regularidade da citação da parte 
· 3. Trânsito em julgado 
· 4. Que a sentença proferida não seja contrária a legislação brasileira, não ofenda a soberania nacional 
· 5. Que a sentença e os documentos estejam devidamente traduzidas por tradutor juramentado 
· Exequatur. É um termo jurídico que se pode definir como uma autorização para que uma sentença estrangeira ou um pedido formulado por autoridade estrangeira por carta rogatória sejam cumpridos no Brasil.
· Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
· Sentença estrangeira de divórcio consensual – art. 961, CPC
· Art. 961. A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias, salvo disposição em sentido contrário de lei ou tratado.
§ 1º É passível de homologação a decisão judicial definitiva, bem como a decisão não judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional.
§ 2º A decisão estrangeira poderá ser homologada parcialmente.
§ 3º A autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de urgência e realizar atos de execução provisória no processo de homologação de decisão estrangeira.
§ 4º Haverá homologação de decisão estrangeira para fins de execução fiscal quando prevista em tratado ou em promessa de reciprocidade apresentada à autoridade brasileira.
§ 5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
§ 6º Na hipótese do § 5º, competirá a qualquer juiz examinar a validade da decisão, em caráter principal ou incidental, quando essa questão for suscitada em processo de sua competência.
IX – Decisão interlocutória estrangeira – arts. 216-O a 216-X RI STJ
· Art. 216-P. não sera concedido exequatur á carta rogatória que ofender a soberania nacional, a dignidade da pessoa humana e/ou a ordem publica. 
· Não ofender a legislação nacional 
Titulos extrajudiciais – art 784, CPC
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas – são as chamadas testemunhas instrumentárias – cumprimento de um requisitos legal, não precisam ter presenciadoao ato;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
Direito Processual Civil III 22/03/18 
· V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; 
· VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; 
· VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
Contrato de enfiteuse 
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores. 
§ 1o Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso: 
I - cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre o valor das construções ou plantações; 
II - constituir subenfiteuse. 
§ 2o A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei especial. 
Senhorio que transfere a uma terceira chamada enfiteuta o direito de GRUD? 
Laudêmio – nome que se da ao aluguel ou indenização do GRUD 
· VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; 
· IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; 
· X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; 
· XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; 
· XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 
Autonomia de execução art. 784 § 1º, art. 784. 
· § 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. 
- execução de titulo extrajudicial estrangeiro - § 2º e 3º, art 784 
· § 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados. 
· § 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando sati

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