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QUESTÕES DISCURSIVAS DIREITO PROCESSUAL PENAL III - PALHANO

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D8Na
QUESTÕES DISCURSIVAS - DPPIII - PROF. ANDRÉ LUIZ GOMES PALHANO
01) Mário foi surpreendido por uma pessoa que, mediante ameaça verbal de morte, subtraiu seu celular. No dia seguinte, quando passava pelo mesmo local, avistou Paulo e o reconheceu como sendo a pessoa que o roubara no dia anterior. Levado para a delegacia, Paulo admitiu ter subtraído o celular de Mário mediante grave ameaça, mas alegou que estava em estado de necessidade. O celular não foi recuperado e Paulo foi liberado em razão da ausência da situação de flagrante. Oferecida a denúncia pela prática do delito de roubo, Paulo foi pessoalmente citado e manifestou interesse em ser assistido pela Defensoria Pública. No curso da instrução, a vítima, única testemunha arrolada pelo Ministério Público, não foi localizada, assim como Paulo nunca compareceu em juízo, sendo decretada sua revelia. A pretensão punitiva foi acolhida nos termos do pedido inicial, tendo o juiz fundamentado seu convencimento no que foi dito pelo lesado e pelo acusado na fase extrajudicial, aumentando a pena- base pelo fato de o agente ter ameaçado de morte o ofendido e deixando de reconhecer a atenuante da confissão espontânea porque qualificada. Na qualidade de advogado de Paulo, intimado hoje (= 26/11/18 - segunda feira) por Oficial de Justiça, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; 
03/12/2018
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Perante o Juiz de Direito prolator da sentença
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da sentença para absolver eis que o Juiz de Direito é defeso condenar com elementos do Inquérito Policial. 
{Ademais, pedidos subsidiários de reforma pois indevido o aumento de pena pela ameaça, já que consiste em elementar do tipo penal e deveria ter reconhecido a atenuante de confissão pois apesar de ser qualificada – ou seja, o réu confessou alegando excludente de ilicitude, qual seja, o estado de necessidade {ou da culpabilidade} - pode ser reconhecida a atenuante (enunciado 545 STJ).}
02) Uma "pegadinha" de popular programa de TV consistia em convidar uma "vítima" para visita a um sítio ecológico, onde, a certa altura, um ator, fantasiado de gorila, saltava inopinadamente de trás de um arbusto, grunhindo e gesticulando como se fosse atacar o incauto. Este, em geral, fugia apavorado, arrancando gargalhadas dos espectadores. Uma das "vítimas", porém, mesmo assustada, conseguiu apanhar um porrete, com ele desferindo violento golpe na cabeça da "fera", que desabou no solo. A violência do golpe provocou concussão cerebral, com risco de vida para o ator, que, todavia, recuperou- se totalmente. Considerando que a 'vítima" da brincadeira julgava mesmo estar diante de perigoso animal, o Juiz de Direito condenou o agressor por lesão corporal de natureza grave. Como Defensor Público intimado hoje (= 26/11/18 - segunda feira) da decisão, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular.
b) O último dia de prazo; {5 dias para interposição + 8 dias p apresentar as razões recursais = CPP} 
06/12/18 {dp sempre tem prazo em dobro; mp não tem}
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao juízo a quo [quem proferiu a sentença recorrida]
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma, devendo o juiz considerar que a situação descrita é caso de erro de tipo, excluindo o dolo, devendo ser condenado por lesão corporal culposa. 
{Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei}
*ANE E GUI RESPONDERAM ESTADO DE PERIGO
03) João estava dirigindo seu automóvel a uma velocidade de 100 km/h em uma rodovia em que o limite máximo de velocidade é de 80 km/h. Nesse momento, foi surpreendido por uma bicicleta que atravessou a rodovia de maneira inesperada, vindo a atropelar Juan, condutor dessa bicicleta, que faleceu no local em virtude do acidente. Diante disso, João foi denunciado pela prática do crime previsto no Art. 302 da Lei nº 9.503/97. As perícias realizadas no cadáver da vítima, no automóvel de João, bem como no local do fato, indicaram que João estava acima da velocidade permitida, mas que, ainda que a velocidade do veículo do acusado fosse de 80 km/h, não seria possível evitar o acidente e Juan teria falecido. Diante da prova pericial constatando a violação do dever objetivo de cuidado pela velocidade acima da permitida, João foi condenado à pena de detenção no patamar mínimo previsto no dispositivo legal. O Réu foi intimado em Cartório dias atrás. Na condição de advogado(a) de João, intimado hoje (disponibilização = 26/11/18 = segunda feira) pelo Diário da Justiça Eletrônico, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo {intimação por meio eletrônico: 26/11 = disponibilização; 27/11 = publicação; 28/11 = início da contagem do prazo; tem que começar e terminar em dia útil}
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao juízo a quo.
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma, devendo ser absolvido pois não houve ilícito penal e sim administrativo (1). {Ademais, pedidos de reforma subsidiários, pois mesmo que não houvesse violação do dever de cuidado, o resultado teria acontecido da mesma maneira, não havendo o incremento do risco realizado no resultado (2) e, também, pelo fato de não haver culpa em razão da ausência do elemento da previsibilidade (3).}
 MODELO DE RESPOSTA:
A medida de impugnação ao ato: nome do recurso ou ação autônoma com dispositivo de lei.
O último dia de prazo: dd/mm/aa
A quem irá endereçar a petição de impugnação: cabeçalho da petição de interposição
Quais os fundamentos do pedido: a apontar o pedido e causa de pedir.
D8Na
O erro in procedendo = erro do juiz ao proceder/um erro de forma; ausência de condições da ação e de pressuposto processual para o desenvolvimento válido e regular do processo; inobserva os req. formais, culminando num decisório nulo; a parte prejudicada tem de pedir a CASSAÇÃO da sentença; pugnar por sua invalidação/anulação; implica em vício de atividade (v.g., defeitos de estrutura formal da decisão, julgamento que se distancia do que foi pedido pela parte, impedimento do juiz, incompetência absoluta) e por isso se pleiteia neste caso a INVALIDAÇÃO da decisão, averbada de ilegal, e o objeto do juízo de mérito no recurso é o próprio julgamento proferido no grau inferior.
D8Na
04) Felipe, menor de 21 anos de idade e reincidente, no dia 10 de abril de 2009, foi preso em flagrante pela prática do crime de roubo. Foi solto no curso da instrução e acabou condenado em 08 de julho de 2010, nos termos do pedido inicial, ficando a pena acomodada em 04 anos de reclusão em regime fechado e multa de 10 dias, certo que houve a compensação da agravante da reincidência com a atenuante da menoridade. A decisão transitou em julgado para ambas as partes em 20 de julho de 2010. Foi expedido mandado de prisão e Felipe só veio a ser preso em 20 de novembro de 2015, por ocasião de uma “blitz” da polícia de trânsito. Levado a penitenciária estadual, inicia o cumprimento de sua pena no regime imposto pela sentença. Como Advogado do apenado, tomando hoje (= 26/11/18 – segunda feira) da decisão do Juiz da Execução determinando o início do cumprimento de pena, indique:
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
AGRAVO EM EXECUÇÃO, de acordo com o art 197 da LEP: das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
b) O último dia de prazo; {prazo = 5 dias para interposição contra decisão do juiz da execução= sum. 700 STF}
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao juízo a quo. 
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da decisão para ser reconhecida a extinção de punibilidade do denunciado em face da prescrição da pretensão executória que ocorreu no dia 20/11/2015. 
{No caso narrado, investiga-se a data em que ocorrerá a prescrição da pretensão executória, que pressupõe o trânsito em julgado para ambas as partes e leva em conta a pena concretamente imposta na sentença. Felipe, reincidente e menor de 21 anos, foi condenado à pena de 4 (quatro) anos de reclusão e 10 dias-multa (pena concreta). O trânsito em julgado para ambas as partes ocorreu em 20/07/2010. O prazo prescricional da pretensão executória, inicialmente, seria de 8 (oito) anos, conforme artigo 109, IV, do CP. Entretanto, como Felipe era menor de 21 anos, o prazo prescricional cai pela metade, conforme artigo 115 do CP, ou seja, passa a ser de 4 anos. Contudo, como Felipe era reincidente, o prazo prescricional aumenta em 1/3 (artigo 110, CP), passando a ser de 5 anos e 4 meses. Considerando que o trânsito em julgado para ambas as partes ocorreu em 20/07/2010, a prescrição da pretensão executória ocorrerá em 20/11/2015.}
05) Miguel foi condenado pela prática do crime previsto no Art. 157, § 2º, inciso V, do Código Penal, à pena privativa de liberdade de 05 anos e 04 meses de reclusão e 13 dias-multa. Após cumprir 04 anos da reprimenda penal aplicada, foi publicado, no dia 24/12/2013, um Decreto prevendo que caberia indulto para o condenado à pena privativa de liberdade não superior a 08 anos que tivesse cumprido 1/3 da pena, se primário, ou 1/2, se reincidente, além da inexistência de aplicação de sanção pela prática de falta grave nos 12 meses anteriores ao Decreto. Cinco dias após a publicação do Decreto, mas antes de apreciado seu pedido de indulto, Miguel praticou falta grave, razão pela qual teve seu requerimento indeferido pelo Juiz em atuação junto à Vara de Execução Penal. Na condição de Defensor Público de Miguel, intimado pessoalmente hoje (= 26/11/18 – segunda feira), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
AGRAVO EM EXECUÇÃO, de acordo com o art 197 da LEP: das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo).
b) O último dia de prazo; 
06/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao juízo a quo. 
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da sentença, para que seja concedido o indulto, pois o Decreto de Indulto previa que apenas impediria o benefício a punição pela prática de falta grave nos 12 meses anteriores à sua publicação. Diante disso, a jurisprudência vem entendendo que a prática de falta grave após a publicação do Decreto, ainda que antes da análise do requerimento do benefício pelo órgão competente, não impede sua concessão, respeitando-se, assim, o princípio da legalidade. 
06) Manoel conduzia sua bicicleta, levando em seu colo, sem qualquer observância às regras de segurança, seu filho de 02 anos de idade. Para tornar o passeio do filho mais divertido, Manoel pedalava em alta velocidade, quando, em determinado momento, perdeu o controle da bicicleta e caiu, vindo seu filho a bater a cabeça e falecer de imediato. Após ser instaurado procedimento para investigar os fatos, a perícia constata que, de fato, Manoel estava em alta velocidade e não havia qualquer segurança para o filho em seu colo. O Ministério Público oferece denúncia em face de Manoel, imputando-lhe a prática do crime previsto no Art. 121, §§ 3º e 4º, do Código Penal, já que a vítima era menor de 14 anos. Durante a instrução, todos os fatos são confirmados por diversos meios de prova. Assim, restou Manoel condenado a pena de privativa de liberdade de 2 anos e 6 meses de reclusão, que não pode ser convertida em penas restritivas de direito em razão da natureza violenta do crime. Na condição de Defensor Público do Acusado, intimado pessoalmente hoje (= 26/11/18 – segunda feira), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular.
b) O último dia de prazo; 
06/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo.
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da sentença pois o juiz pode deixar de aplicar a pena em razão do perdão judicial, que pode ocorrer quando as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção se torne desnecessária e, no presente caso, a morte do filho do denunciado permite a aplicação desse instituto.
{pedido subsidiário: não pode o denunciado ser condenado no §4 do art. 121 já que a idade da vítima não é relevante para imputação da respectiva causa de aumento, o fato da vítima ser menor de 14 anos somente será aplicada ao crime de homicídio doloso, não ao homicídio culposo}
erro in judicando = ato pelo qual o juiz se equivoca quanto à apreciação da demanda, seja porque erra na interpretação da lei, seja por que não adequa corretamente os fatos ao plano abstrato da norma; O magistrado erra ao julgar, recai sobre o próprio conteúdo; é erro material; enseja a REFORMA da decisão e não sua cassação;  é resultante da má apreciação da questão de direito (v.g., entendeu-se aplicável norma jurídica impertinente ao caso) ou de fato (v.g., passou despercebido um documento, interpretou-se mal o depoimento de uma testemunha), ou de ambas, pedindo-se em conseqüência a REFORMA da decisão, acoimada de injusta, de forma que o objeto do juízo de mérito no recurso identifica-se com o objeto da atividade cognitiva no grau inferior da jurisdição” 
D8Na
07) Amaral, com dolo de homicídio, fere mortalmente Barbosa, que é levado a um hospital. Operado em condições de emergência, B. tinha boas probabilidades de sobrevivência, não fosse por insuficiência renal de que era portador havia vários anos, e que determinou complicações no pós-operatório, causa imediata de sua morte. Finda a instrução criminal o Juiz de Direito pronuncia Amaral por homicídio tentado. O MP não ofertou recurso e seu prazo acabou hoje (= 26/11/18 – segunda feira). Como Advogado da família da vítima (assistente de acusação devidamente habilitado), indique: 
(essa é uma questão objetiva e o gabarito é homicidio tentado)
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
RESE, art. 581, IV: que pronunciar o réu.
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juiz a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma para que Amaral seja pronunciado por homicídio consumado, pois se trata de causa relativamente independente preexistente. 
{Por expressa previsão legal (art. 13, caput, CP), aplica-se a teoria da equivalência dos antecedentes causais e o agente responde pelo resultado naturalístico, já que se suprimindo mentalmente sua conduta, o crime não teria ocorrido como e quando ocorreu. Assim, responde por homicídio consumado.}
08) Da janela de seu apartamento, no 10o andar de edifício de classe média alta, Antônio percebe um garoto riscando a lataria de seu novo automóvel, estacionado na calçada fronteira. Irritado, apanha seu revólver (devidamente legalizado) e dispara um tiro na direção do garoto. Não tem, efetivamente, intenção de matar ou mesmo ferir o menino, mas, em sua exaltação, qualquer desses resultados lhe é indiferente. Atingido na cabeça, o garoto morre. Finda a instrução o magistrado desclassifica a imputação para homicídio culposo (culpa consciente) e determina a intimação do MP para ofertar proposta de Sursis Processual. Como órgão do MP intimado hoje (= 26/11/18 – segunda feira) da decisão, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
RESE – com fulcro no art. 581, II CPP: que concluir pela incompetência do juízo - podendo ser isso quando há o declínio de competência ou a desclassificação na 1ª fase do júri. 
{a desclassificação do crime, no rito do Júri, se dá quando é reconhecidoque o crime praticado contra a vida não se deu de forma dolosa, mas sim culposamente. No âmbito do Júri, em dois momentos distintos esse reconhecimento pode ocorrer: ao final da primeira fase, ocasião em que, poder-se-ia interpor o recurso em sentido estrito, com fulcro no artigo 581, inciso II, do CPP para atacar tal decisão ou, em não havendo recurso, ter-se-ia a remessa dos autos ao juiz competente para o julgamento do crime culposo; porém também podemos ter a desclassificação ao final da segunda fase do Júri, através do reconhecimento pelo próprio Plenário do Júri, ocasião em que o Juiz Presidente não fará a remessa dos autos, mas ele mesmo julgará o crime culposo}
b) O último dia de prazo; {5 dias para interposição e 2 dias para as razões e contrarrazões}
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juizo a quo.
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma para que seja pronunciado por homicídio doloso, pois, no presente caso, trata-se de dolo eventual e não de culpa consciente, pois aceitou o risco, sendo indiferente se o resultado causaria morte ou lesão corporal.
{¹ Não cabe sursis processual, já que a pena mínima do referido tipo não é igual ou inferior a 1 ano.}
{² O dolo eventual se consubstancia em o agente assumir o risco já conhecido, ou seja, conhece a possibilidade de sua conduta causar um resultado lesivo, continua a agir, pouco se importando se ocorrerá ou não o dito resultado, que vem a ocorrer. Já a culpa consciente ocorrerá quando o agente conhece do risco, continua a agir, mas acredita sinceramente na não ocorrência do resultado lesivo. Os dois institutos são muito próximos entre si e a diferença primordial entre ambos se dá pelo aceite, ou não, do resultado danoso por parte do agente.}
09) No dia 29 de dezembro de 2011, Cláudio, 30 anos, profissional do ramo de informática, invadiu dispositivo informático alheio, mediante violação indevida de mecanismo de segurança, com o fim de obter informações pessoais de famoso ator da televisão brasileira, sem autorização do titular do dispositivo. Após longa investigação e representação da vítima, o fato e a autoria de Cláudio foram identificados no ano de 2014, vindo o autor a ser indiciado e, posteriormente, oferecida pelo Ministério Público proposta de transação penal em razão da prática do crime do Art. 154-A do Código Penal. Cláudio aceitou a proposta de transação penal, mas, em julho de 2015, interrompeu o cumprimento das condições impostas. O Ministério Público ofereceu denúncia por aquele delito, tendo o juiz competente recebido a inicial acusatória em agosto de 2015 e designado desde já AIJ para o dia 11 de outubro do mesmo ano, momento em que restou condenado nos moldes da denúncia, a pena privativa de liberdade e multa. Como advogado de Cláudio, presente a audiência [foi intimado da sentença na data da AIJ = 11/10/15 - domingo], indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, com fulcro no art, 82 da Lei 9.099/95.
b) O último dia de prazo; {apelação no jecrim = 10 dias)
21/10/15
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juizo a quo.
d)Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da sentença para absolver o réu, devido a irretroatividade da lei penal desfavorável. 
{Embora, literalmente, os fatos praticados por Cláudio se adequem à figura típica descrita no Art. 154-A do Código Penal, não é possível a responsabilização penal do autor pelo crime em questão, tendo em vista que os fatos ocorreram antes da entrada em vigor da Lei nº 12.737/12, de modo que não pode uma lei mais grave ao acusado retroagir para prejudicá-lo. O princípio da legalidade impõe que não é possível a punição de qualquer pessoa por fato que a lei não define como crime no momento de sua ocorrência. Como consequência desse princípio, estabeleceu o Art. 5º, inciso XL, da CRFB/88 que a lei não retroagirá, salvo para favorecer o réu. No mesmo sentido as previsões do Art. 1º do Código Penal. Assim, diante da irretroatividade da lei penal desfavorável, considerando que os fatos ocorreram em 29/12/2011 e a Lei que introduziu o Art. 154-A no Código Penal somente foi editada no ano de 2012, incabível a punição de Cláudio pelo delito em questão, ainda que a denúncia seja em momento posterior.}
10) Sem prévio procedimento administrativo disciplinar, a direção da penitenciária local apontou falta grave (tentativa de fuga) cometida por Jacob Toodo durante o cumprimento de sua pena por crime de roubo. Em audiência de justificação no juízo competente, o apenado desacompanhado de advogado, disse que empreendeu fuga para não sofrer retaliação dos demais presos. O juiz, após oitiva do MP, em decisão fundamentada, decreta regime disciplinar diferenciado para Jacob Toodo, nos termos da lei. Como advogado de defesa, intimado hoje pelo DJE da decisão {= disponibilização = 26/11/18}, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
AGRAVO EM EXECUÇÃO, art, 197 LEP
b) O último dia de prazo; {intimação por meio eletrônico: 26/11 = disponibilização; 27/11 = publicação; 28/11 = início da contagem do prazo; tem que começar e terminar em dia útil}
03/12/18
d) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao juízo a quo
e) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de nulidade da decisão que decretou regime disciplinar diferenciado, pois, de acordo com a súmula 533/STJ é imprescindível a deflagração do procedimento administrativo disciplinar para a apuração da falta grave, assegurando-se ao apenado a defesa técnica; o procedimento administrativo disciplinar deve ser deflagrado independente de eventual peculiaridade da falta grave cometida, cuja omissão torna nula a respectiva sanção aplicada, ainda que esta se dê no âmbito de audiência de justificação.
D8Na
11) João Paulo, primário e de bons antecedentes, foi denunciado pela prática de homicídio qualificado por motivo fútil tentado (Art. 121, § 2º, II, c/c 14,II do Código Penal). Logo após o recebimento da denúncia, o magistrado, acatando o pedido realizado pelo Ministério Público, decretou a prisão preventiva do acusado, já que havia documentação comprobatória de que o réu estava fugindo do país, a fim de se furtar de uma possível sentença condenatória ao final do processo. O processo transcorreu normalmente, tendo ao réu sido assegurados todos os seus direitos legais. Após três anos de prisão provisória, foi marcada a audiência no Plenário do Júri no dia de ontem. Apesar do “quorum” ser de 13 jurados o Júri prosseguiu, já que os faltosos trouxeram farta justificativa sobre suas ausências e, por unanimidade, consideraram o réu culpado pela prática do homicídio simples tentado. O Juiz Presidente então passou à aplicação da pena e, ao término do cálculo no rito trifásico, obteve a pena de 12 anos de prisão em regime inicialmente fechado, fundamentado principalmente no caráter hediondo do crime. Como Defensor Público presente ao ato ( = plenário do júri = dia de ontem = 25/11/18 – domingo), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; {tomou ciência da sentença no dia = 25/11; começa a contagem em 26/11}
06/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de nulidade da sentença, devido a ausência de quórum mínimo para a instalação do júri.
{¹ precisa de pelo menos 15 jurados, se tiver quantidade menor que essa implicando em nulidade absoluta; pedido de novo júri devido a nulidade}
{² pedido subsidiário: redução da pena imposta, tendo em vista o cumprimento de 03 anos de prisão preventiva – detração}
* ANE E GUI RESPONDERAM “Reforma da sentença com a redução da pena imposta, tendo em vista o cumprimento de 3 anos de prisão preventiva.”
12) Antônio, réu primário, sofreu condenação a pena privativa de liberdade de 12 anos de reclusão pela prática do crimeprevisto no art. 273 do CP, consistente na falsificação de produto destinado a fins terapêuticos, praticado em janeiro de 2012. Transitado em julgado sua sentença, iniciou cumprimento de pena no mês dezembro do mesmo ano. No início do ano de 2015, a pedido de seu advogado e sem prévia oitiva do MP, Antônio foi beneficiado com a progressão de regime prisional, entendendo o magistrado estarem presentes os requisitos para a concessão. Como Promotor de Justiça em exercício na vara, intimado pessoalmente hoje ( = 26/11/18 = segunda feira) da decisão concessiva, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
AGRAVO EM EXECUÇÃO, art. 197 LEP
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juizo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de nulidade da decisão que concedeu a progressão do regime, tendo em vista a inobservância do devido processo legal devido a ausência de manifestação do Parquet, que opina pela não concessão de tal beneficio já que não foram preenchidos os requisitos, como o cumprimento de 2/5 da pena. [equivalente a 4 anos e 8 meses] 
{Se o réu tivesse direito, não caberia nulidade diante da ausência de prejuízo}
13) Paula Rita convenceu sua mãe adotiva, Maria Aparecida, de 50 anos de idade, a lhe outorgar um instrumento de mandato para movimentar sua conta bancária, ao argumento de que poderia ajudá-la a efetuar pagamento de contas, pequenos saques, pegar talões de cheques etc., evitando assim que a mesma tivesse que se deslocar para o banco no dia a dia. De posse da referida procuração, Paula Rita compareceu à agência bancária onde Maria Aparecida possuía conta e sacou todo o valor que a mesma possuía em aplicações financeiras, no total de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), apropriando- se do dinheiro antes pertencente a sua mãe. A ação penal transcorreu normalmente e, apesar da denúncia classificar o fato criminoso como apropriação indébita, ao final foi Paula Rita condenada nos crimes de falsidade ideológica e estelionato, em concurso material de crimes. A Defesa ingressou com embargos declaratórios no segundo dia de prazo, por entender que houve omissão de uma de suas teses, mas o juízo o julgou improcedente. Como advogado da Ré, intimado pelo DJE hoje (divulgação = 26/11/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; {divulgação = 26/11; publicação = 27/11}
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da sentença pois é caso de escusa absolutória, pois o crime praticado foi contra a genitora da ré, logo, a ré é isenta de pena, devendo ser absolvida da acusação.
14) Trácio foi denunciado pela prática do delito descrito no artigo 333 do Código Penal. A peça inaugural foi recebida pelo Juiz Titular da Vara Única da Comarca X, que presidiu a Audiência de Instrução e Julgamento, onde foi o réu inicialmente interrogado e depois ouvidas as testemunhas. Encerrada a instrução do feito, o processo foi concluso ao juiz substituto, que proferiu sentença condenatória, tendo em vista que o juiz titular havia tirado um abono naquele dia. Como advogado de defesa, intimado hoje pela imprensa ( = disponibilização = 26/11) da decisão, indique:
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; {dispo = 26/11; publi = 27/11}
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
O pedido é de nulidade da sentença para absolver o réu, pois houve o desrespeito com a identidade física do juiz, causando prejuízo ao réu, que foi condenado. Como o juíz estava de abono por 1 dia, era só redesignar a audiência.
{Art. 399 §2º CPP: O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.}
*ANE E GUI PEDIRAM A REFORMA DA SENTENÇA
D8Na
15) Eduardo foi denunciado pelo crime de estupro de vulnerável. Durante a instrução, negou a autoria do crime, afirmando estar, na época dos fatos, no município “C”, distante dois quilômetros do local dos fatos. Como a afirmativa não foi corroborada por outros elementos de convicção, o Juiz entendeu que a palavra da vítima deveria ser considerada, condenando Eduardo. A defesa recorreu, mas após longo debate nos Tribunais Superiores, a decisão transitou em julgado desfavoravelmente ao réu. Eduardo dirigiu-se, então, ao município “C”, em busca de provas que pudessem apontar a sua inocência, e, depois de muito procurar, conseguiu as filmagens de um estabelecimento comercial, que estavam esquecidas em um galpão velho. Nas filmagens, Eduardo aparece comprando lanche em uma padaria. Com a prova em mãos, procura você como seu advogado. Indique, na qualidade de Advogado de Eduardo: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
REVISÃO CRIMINAL, de acordo com o artigo 621, III CPP: quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.
b) O último dia de prazo; 
Não há prazo para ingressar com revisão criminal.
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo ad quem; presidente do tribunal
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de absolvição em decorrência de novas provas após a sentença transitada em julgado que prova a inocência do réu.
{Pedido de absolvição diante de prova incontestável com pedido de indenização}
16) Amaro, durante uma calorosa discussão no trânsito no município de Vitória, desferiu, com intenção homicida, dois tiros de revólver em Bernardo. Mesmo dispondo de mais munição e podendo prosseguir, Amaro arrependeu-se, desistiu de continuar a ação criminosa e prestou imediato socorro a Bernardo, levando-o ao hospital mais próximo. A atitude de Amaro foi fundamental para a preservação da vida do Bernardo, que, contudo, teve sua integridade física comprometida, ficando incapacitado para suas ocupações habituais, por sessenta dias, em decorrência das lesões provocadas pelos disparos. Amaro foi denunciado perante o Tribunal do Júri de Vila Velha, Comarca onde reside a vítima. Após cumprida as formalidades da primeira fase do rito do Júri, foi ele pronunciado como incurso no art. 121 par. 2º, II do CP c/c art. 14, II do CP. Como advogado do réu, intimado hoje pelo DJE (= dispo.: 26/11/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
RESE, com base no art. 581, IV CPP: que pronunciar o réu
b) O último dia de prazo; {dispo = 19/11; publi = 20/11}
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d)Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma para ocorrer a desclassificação para o crime de lesão corporal grave, remetendo os autos ao juízo competente, pois pesar do dolo de matar, ocorreu a desistência voluntária/arrependimento eficaz do réu, respondendo apenas pelos atos já praticados, ou seja, só responde pela lesão corporal de natureza grave, que não é competência do tribunal do júri. 
{Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados)
17) Sandra, jovem de dezessete anos de idade, inabilitada para conduzir veículo automotor, com a devida autorização de seu genitor senhor Getúlio D. Za Tento, saiu para passear com o veículo de propriedade do pai e dirigindo em alta velocidade atropelou Maria das Dores, causando-lhe lesões corporais gravíssimas as quais causaram a morte da vítima. O crime foi apurado pela Delagacia Especializada e o IP foi encaminhado ao Ministério Público, que denuncia Getúlio pelo crime de Homicídio Culposo. O Magistrado prolata decisão em duas laudas, devidamente fundamentada, não recebendo a inicial da acusação por ilegitimidade de parte (polo passivo). Como Promotor de Justiça em exercíciona Vara, tomando conhecimento hoje da decisão, através dos autos que foram entregues na promotoria criminal há 3 dias [hoje = 26/11 – segunda feira; autos chegaram na promotoria = 23/11 – sexta feira}, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
RESE, com base no art 581, I CPP = que não recebe denúncia ou queixa
b) O último dia de prazo; {prazo começa quando os autos chegam na promotoria}
27/11/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da decisão para reconhecer a denuncia pois há a legitimidade passiva de Getúlio, já que a partir do momento que o pai autoriza pessoa não habilitada a dirigir um veiculo, o seu comportamento - que é anterior ao fato - cria o risco da ocorrência do resultado (alínea "c", §2º, do art. 13 do CP). Sendo portanto, negligente. Logo, agiu com culpa, devendo responder por homicídio culposo (crime comissivo por omissão). 
 D8Na
18) Desejando comprar um novo carro, Leonardo, jovem com 19 anos, decidiu praticar um crime de roubo em um estabelecimento comercial, com a intenção de subtrair o dinheiro constante do caixa. Narrou o plano criminoso para Roberto, seu vizinho, mas este se recusou a contribuir. Leonardo decidiu, então, praticar o delito sozinho. Dirigiu-se ao estabelecimento comercial, nele ingressou e, no momento em que restava apenas um cliente, simulou portar arma de fogo e o ameaçou de morte, o que fez com ele saísse, já que a intenção de Leonardo era apenas a de subtrair bens do estabelecimento. Leonardo, em seguida, consegue acesso ao caixa onde fica guardado o dinheiro, mas, antes de subtrair qualquer quantia, verifica que o único funcionário que estava trabalhando no horário era um senhor que utilizada cadeira de rodas. Arrependido, antes mesmo de ser 
de ser notada sua presença pelo funcionário, deixa o local sem nada subtrair, mas, já do lado de fora da loja, é surpreendido por policiais militares. Estes realizam a abordagem, verificam que não havia qualquer arma com Leonardo e esclarecem que Roberto narrara o plano criminoso do vizinho para a Polícia. Tomando conhecimento dos fatos, o Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante em preventiva e denunciou Leonardo como incurso nas sanções penais do Art. 157, § 2º, inciso I, c/c o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal. Após decisão do magistrado competente, qual seja, o da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte/MG, de conversão da prisão e recebimento da denúncia, o processo teve seu prosseguimento regular. O homem que fora ameaçado nunca foi ouvido em juízo, pois não foi localizado, e, na data dos fatos, demonstrou não ter interesse em ver Leonardo responsabilizado. Em seu interrogatório, Leonardo confirma integralmente os fatos, inclusive destacando que se arrependeu do crime que pretendia praticar. Constavam no processo a Folha de Antecedentes Criminais do acusado sem qualquer anotação e a Folha de Antecedentes Infracionais, ostentando uma representação pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico, com decisão definitiva de procedência da ação socioeducativa. O magistrado concedeu prazo para as partes se manifestarem em alegações finais por memoriais. O Ministério Público requereu a condenação nos termos da denúncia. O advogado de Leonardo, contudo, renunciou aos poderes, razão pela qual, de imediato, o magistrado abriu vista para a Defensoria Pública apresentar alegações finais. Em sentença, o juiz julgou procedente a pretensão punitiva estatal. No momento de fixar a pena-base, reconheceu a existência de maus antecedentes em razão da representação julgada procedente em face de Leonardo enquanto era inimputável, aumentando a pena em 06 meses de reclusão. Não foram reconhecidas agravantes ou atenuantes. Na terceira fase, incrementou o magistrado em 1/3 a pena, justificando ser desnecessária a apreensão de arma de fogo, bastando a simulação de porte do material diante do temor causado à vítima. Com a redução de 1/3 pela modalidade tentada, a pena final ficou acomodada em 4 (quatro) anos de reclusão. O regime inicial de cumprimento de pena foi o fechado, justificando o magistrado que o crime de roubo é extremamente grave e que atemoriza os cidadãos todos os dias. Intimado, o Ministério Público apenas tomou ciência da decisão. O Réu foi intimado da decisão há cinco dias, a família contrata você como o novo Patrono da Causa. Ao protocolar a procuração você é intimado da Sentença em Cartório hoje (= 26/11/18 – segunda feira). Na condição de advogado do acusado indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal;
APELAÇÃO, com fundamento no Art. 593, I, CPP. 
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d)Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de nulidade da sentença ou de todos os atos processuais desde as alegações finais apresentadas pela Defensoria Pública, tendo em vista que não houve intimação do réu para manifestar interesse em indicar novo advogado, tendo em vista que houve prejuízo para ampla defesa, já que esta foi violada.
{¹ O pedido principal, como supracitado, é o de a nulidade da sentença, devendo os atos desde a apresentação das alegações finais pela defesa serem anulados. Isso porque Leonardo tinha advogado constituído nos autos que veio a renunciar. Diante disso, deveria o magistrado intimar o réu, que estava preso, para informar se tinha interesse em constituir novo advogado ou ser assistido pela Defensoria Pública. A decisão do juiz de, de imediato, encaminhar os autos para Defensoria Pública viola o princípio da ampla defesa na vertente da defesa técnica. Certamente houve prejuízo, pois as Alegações Finais foram apresentadas sem qualquer contato do Defensor com o acusado e este foi condenado.}
{² Pedidos subsidiários: (1) requerer a absolvição de Leonardo com fundamento na desistência voluntária. Prevê o Art. 15 do Código Penal que o agente que, voluntariamente, desistir de prosseguir na execução só responde pelos atos já praticados. A desistência voluntária não se confunde com a tentativa. Nesta, o agente inicia atos de execução, mas não consuma o crime por circunstâncias alheias à sua vontade. Naquela, por sua vez, o agente tem possibilidade de prosseguir na empreitada criminosa, mas antes de esgotar todos os meios que tem à sua disposição, desiste voluntariamente de prosseguir e consumar o delito. A particularidade da desistência voluntária é que ela é uma chamada “ponte de ouro” de volta para legalidade, pois o agente somente responderá pelos atos já praticados e não pela tentativa do crime que pretendia cometer originariamente. No caso, claramente Leonardo poderia prosseguir na empreitada criminosa, mas optou por desistir. Iniciada a execução, teve acesso ao caixa do estabelecimento comercial contendo dinheiro, mas, ao verificar que o funcionário do local possuía dificuldades de locomoção, se arrependeu e abandonou a empreitada criminosa. Leonardo nem mesmo tinha sido visto pelo funcionário, logo poderia prosseguir. Restaria, apenas, os atos já praticados, no caso uma ameaça ao cliente que estava no local. Ocorre que o crime de ameaça é de ação penal pública condicionada à representação e como esta nunca ocorreu, não poderia Leonardo ser por este delito condenado neste momento. Diante do exposto, Leonardo deve ser absolvido do roubo que lhe foi imputado. (2) Com base na eventualidade, em sendo mantida a condenação, deve requerer revisão da dosimetria da pena. Em um primeiro momento, deve requerer a aplicação da pena base em seu mínimo legal. A existência de representação pela prática de ato infracional não justifica o reconhecimento de maus antecedentes, pois a punição de Leonardo quando inimputável não pode prejudica-lo penalmente, gerando o aumento de sua pena. Na segunda fase, deve ser considerada a atenuante da menoridade relativa, pois Leonardo era menor de 21 anos na data dos fatos, assim como a atenuante da confissão, nos termos dos Artigos 65, incisoI e inciso III, alínea d, CP. Na terceira fase, o advogado deve pleitear o afastamento da causa de aumento pelo emprego de arma de fogo, tendo em vista que não há prova de sua utilização. O enunciado apenas narra que o agente simulou estar portando arma de fogo, sendo certo que a vítima nem mesmo foi ouvida e não foi apreendida qualquer arma de fogo com o mesmo. O objetivo do legislador ao prever a punição mais severa em caso de emprego de arma foi que a integridade física da vítima é colocada em maior risco. A simulação de porte de arma, contudo, não traz este incremento do risco, além de nem mesmo se adequar ao princípio da legalidade, já que não houve prova de emprego de arma de fogo, mas tão só Leonardo simulou estar armado para configurar a grave ameaça. (3) Deve, ainda, requerer a redução máxima da tentativa, o que permitiria aplicação do sursis da pena. (4) Por fim, deve requerer a aplicação do regime aberto ou semiaberto a depender da pena aplicada, pois a fundamentação do magistrado para aplicação do regime fechado foi insuficiente. Nos termos dos Enunciados 718 e 719 da Súmula de Jurisprudência do STF (ou 440, STJ), a gravidade em abstrato do crime não justifica o reconhecimento de regime inicial de cumprimento de pena mais severo do que aquele de acordo com a pena aplicada.}
19) Sabendo que Valkyria, uma vizinha com quem nunca tinha conversado, praticava diversos furtos no bairro em que morava, João resolve convidá-la para juntos subtraírem R$ 1.000,00 de um cartório do Tribunal de Justiça, não contando para ela, contudo, que era funcionário público e nem que exercia suas funções nesse cartório. Praticam, então, o delito, e Valkyria fica surpresa com a facilidade que tiveram para chegar ao cofre do cartório. Descoberto o fato pelas câmeras de segurança, são os dois agentes denunciados, em 10 de março de 2016, pela prática do crime de peculato. João foi notificado e citado pessoalmente, enquanto Valkyria foi notificada e citada por edital, pois não foi localizada em sua residência. A família de Valkyria constituiu advogado e o processo prosseguiu, mas dele a ré não tomou conhecimento. Foi decretada a revelia de Valkyria, que não compareceu aos atos processuais. Ao final, os acusados foram condenados pela prática do crime previsto no Art. 312 do Código Penal à pena de 02 anos de reclusão. Ocorre que, na verdade, Valkyria estava presa naquela mesma Comarca, desde 05 de março de 2016, em razão de prisão preventiva decretada em outros dois processos. A Ré foi intimada por mandado dias atrás. Na condição de advogado(a) de Valkyria, intimado hoje pelo Diário da Justiça Eletrônico (= dispo.: 26/11/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo;
03/11/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao juízo a quo.
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de nulidade de todos os atos praticados desde a citação, pois quando Vanessa foi citada por edital, ela estava presa em estabelecimento na mesma unidade da Federação do juízo processante, logo sua citação foi nula, conforme Súmula 351 do STF: É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação em que o Juiz exerce a sua jurisdição. Como ela não tomou conhecimento da ação e nem mesmo foi interrogada, pois teve sua revelia decretada, o prejuízo é claro. 
20) Em inquérito policial, Antônio é indiciado pela prática de crime de estupro de vulnerável, figurando como vítima Joana, filha da grande amiga da Promotora de Justiça Carla, que, inclusive, aconselhou a família sobre como agir diante do ocorrido. Segundo consta do inquérito, Antônio encontrou Joana na madrugada, durante uma festa de música eletrônica e, após conversa em que Joana afirmara que cursava a Faculdade de Direito, foram para um motel onde mantiveram relações sexuais, vindo Antônio, posteriormente, a tomar conhecimento de que Joana tinha apenas 13 anos de idade. Recebido o inquérito concluído, Carla oferece denúncia em face de Antônio, imputando-lhe a prática do crime previsto no Art. 217-A do Código Penal, ressaltando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que, para a configuração do delito, não se deve analisar o passado da vítima, bastando que a mesma seja menor de 14 anos. O processo segue seu curso normal, onde todos os fatos apurados em sede de inquérito foram confirmados, motivo pelo qual Antônio restou condenado nos termos da denúncia. Na condição de advogado(a) de Antônio, intimado pelo DJE hoje (= dispo.: 26/11/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal;
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juizo a quo
d)Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma para absolver o réu, pois houve erro de tipo por parte do denunciado, de modo que fica afastado o seu dolo, não existindo estupro de vulnerável culposo, deve ser absolvido.
{¹ Art. 20 CP: O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei)
{² Diante da situação apresentada, claro está que Antônio não tinha conhecimento que Joana tinha apenas 13 anos de idade, merecendo destaque as partes se conheceram em uma festa de música eletrônica, ocasião em que a ofendida afirmara estar na faculdade, o que, por si só, já afastaria as suspeitas de que fosse menor de 14 anos. Ainda que se entendesse que o erro foi vencível, não poderia Antônio ser responsabilizado, tendo em vista que esse afasta o dolo e não há previsão de responsabilização culposa pelo crime de estupro de vulnerável. No caso, é irrelevante a posição dos Tribunais Superiores no sentido de que o passado sexual da vítima não deve ser analisado, bastando que a mesma tenha, objetivamente, menos de 14 anos de idade. Ocorre que o problema apresentado em nada com esse tema se confunde, já que sequer sabia o réu a idade da vítima, que é uma das elementares do tipo. }
21) José Barbosa, nascido em 11/03/1998, caminhava para casa após sair da faculdade, às 11h da manhã, no dia 07/03/2016, quando se deparou com Daniel, ex-namorado de sua atual companheira, conversando com esta. Em razão de ciúmes, retirou a faca que trazia na mochila e aplicou numerosas facadas no peito de Daniel, com a intenção de matá-lo. Daniel recebeu pronto atendimento médico, foi encaminhado para um hospital de Niterói, mas faleceu 05 dias após os golpes de faca. Já no dia 08/03/2016, policiais militares, informados sobre o fato ocorrido no dia anterior, comparecem à residência de José Barbosa, já que um dos agentes da lei era seu vizinho. Apesar de não ter ninguém em casa, a janela estava aberta, e os policiais puderam ver seu interior, verificando que havia uma faca suja de sangue escondida junto ao sofá. Diante disso, para evitar que José Barbosa desaparecesse com a arma utilizada, ingressaram no imóvel e apreenderam a arma branca, que foi devidamente apresentada pela autoridade policial. Com base na prova produzida a partir da apreensão da faca, o Ministério Público oferece denúncia em face de José Barbosa, imputando-lhe a prática do crime de homicídio simples consumado. O Juiz de Direito ao receber a denúncia emenda a inicial para homicídio qualificado consumado, determina rigoroso sigilo aos autos do processo e ainda decreta a incomunicabilidade do acusado. Como Advogado de José, contratado hoje pela família, indique:
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal;
HABEAS CORPUS, art. 5, LXVIII, CF: consider-se-à habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
b) O último dia de prazo
Não tem prazo
c) A quem endereçará a petição de impugnação
Juízo a quo.
d) Quais os pedidos e causa de pedir.Pedido de nulidade do processo, tendo em vista que José Barbosa era inimputável na data dos fatos, não podendo ser denunciado 
{¹ O Código Penal, para definir o momento do crime, adota a Teoria da Atividade, prevendo o Art. 4º que se considerado praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que em outro seja produzido o resultado. Dessa forma, o crime foi praticado no dia 07.03.2016, quando José Barbosa tinha 17 anos. Estabelece o Art. 27 do CP que será inimputável o menor de 18 anos. O fato de a consumação do delito só ter ocorrido após a maioridade penal de José Barbosa é irrelevante para o caso concreto, já que outro foi o momento da ação.}
{² Pedido subsidiário: pedido de nulidade devido ao embasamento da condenação ser fruto de uma prova ilícita – apreensão da faca.}
22) Por força de medida cautelar Dr. Pitolomeu, oftalmologista, teve o direito de exercer a medicina suspenso e o seu consultório foi fechado por ordem do Juiz de Direito da X Vara Federal Criminal. Dr. Hostógeno, seu sócio de consultório já está sem atender seus pacientes desde o lacramento da porta pelo Oficial de Justiça no dia 05 do mês passado (= 05/10/18). Como Advogado de Hostógeno, contratado hoje, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
MANDADO DE SEGURANÇA, art. 5, LXIX, CF: conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público e art. 1º da Lei 12.016/09: Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. 
{sempre que tiver um 3º prejudicado, vai ser interposto ms}
b) O último dia de prazo; {120 dias; a intimação por mandado de intimação é na data da intimação, não da juntada}
04/02/19 – segunda feira.
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juiz a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido para que a clínica seja reaberta, pois o sócio do Dr. Pitolomeu, tem direito de exercer a profissão, já que se encontra regular no exercício dela.
23) Maria, mulher solteira de 40 anos, mora no Bairro Paciência, na cidade Esperança. Por conta de seu comportamento, Maria sempre foi alvo de comentários maldosos por parte dos vizinhos; alguns até chegavam a afirmar que ela tinha “cara de quem cometeu crime”. Não obstante tais comentários, nunca houve prova de qualquer das histórias contadas, mas o fato é que Maria é pessoa conhecida na localidade onde mora por ter má índole, já que sempre arruma brigas e inimizades. Certo dia, com raiva de sua vizinha Josefa, Maria resolve quebrar a janela da residência desta. Para tanto, espera chegar a hora em que sabia que Josefa não estaria em casa e, após olhar em volta para ter certeza de que ninguém a observava, Maria arremessa com força, na direção da casa da vizinha, um enorme tijolo. Ocorre que Josefa, naquele dia, não havia saído de casa e o tijolo após quebrar a vidraça, atinge também sua nuca. Josefa falece instantaneamente. O crime foi apurado pela Depol da localidade e denunciado perante o Tribunal do Júri da respectiva Comarca. Durante a instrução todos os fatos foram confirmados e a ré confessou a prática da atividade delitiva, motivo pelo qual o magistrado a pronunciou pelos crimes de homicídio doloso consumado em concurso material com crime de dano. Como advogado dativo de Maria, tomando conhecimento hoje pelo Diário da Justiça Eletrônico do inteiro teor da decisão (= divulgação: 26/11/18), responda: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
RESE, com base no art. 581, IV: que pronunciar o réu
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da sentença, para o réu responder por crime de dano em concurso formal próprio com crime de homicídio culposo pois o presente caso trata da ocorrência de aberratio delicti/criminis devendo responder Maria a título de dolo pelo dano causado e a título de culpa pelo homicídio, bem jurídico diverso ao pretendido. 
{É incorreto afirmar que Maria deve responder por homicídio doloso consumado, em razão de erro no resultado pretendido, também chamado de “aberratio criminis”. De acordo com essa modalidade de erro de tipo acidental, prevista no artigo 74 do Código Penal, “quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do artigo 70”. Em outras palavras, para a ocorrência da “aberratio criminis” é necessária, em primeiro lugar, a conjugação da vontade e consciência (dolo) de se lesionar, no caso em questão, uma coisa, a vidraça da vizinha (este é o resultado pretendido). Todavia, por força de acidente ou de erro na execução (culpa), sobrevém outro resultado, a lesão a outro bem de natureza diversa do pretendido, no caso a própria vida de Josefa. Este último resultado deverá ser atribuído ao agente ativo, Maria, a título de culpa, desde que haja previsão deste elemento subjetivo no tipo penal. Como o resultado pretendido também ocorreu (o dano à vidraça), haverá concurso formal de crimes.
Sendo assim, Maria deverá responder pelo crime de dano (art. 163 do CP), em concurso formal (art. 70 do CP) com o crime de homicídio culposo (art. 121, § 3º, do CP).}
24) Virgulino Ferreira foi condenado por prática de corrupção passiva em ação originária do TJ. O acórdão foi construído com ambiguidade, pois um dos votos, apesar de acolher a procedência do pedido, foi parcialmente favorável ao réu, imputando-lhe corrupção privilegiada e os outros dois são omissos quanto a esse ponto. Como advogado de Virgulino, intimado hoje em plenário (= 26/11/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com base no art. 619 CPP: Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão.
b) O último dia de prazo; {prazo ED em acórdão no cpp = 2 dias}
28/11/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao juízo a quo.
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de esclarecimento, a fim de esclarecer a ambiguidade, devido a contradição presente em um dos votos que, apesar de acolher a procedência do pedido, foi parcialmente favorável ao réu.
25) Em determinada investigação policial por Organização Criminosa envolvendo particulares e funcionários públicos, foi decretado de ofício o sequestro dos bens apreendidos em poder de um dos suspeitos - Alemão, consubstanciado em um cofre de metal, R$ 350.000,00 em espécie, três relógios importados (Rolex) e uma barra de ouro. Quatro meses se passaram e a investigação se arrasta em busca de mais elementos de informação. O advogado de Alemão, peticiona ao Juízo Competente em busca da restituição dos bens apreendidos, contudo o Magistrado, acompanhando parecer Ministerial, julga improcedente tal pedido e o encaminha a esfera cível. Intimado hoje na condição de Advogado particular de Alemão pelo DJE (= disponibilização: 26/11/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, art. 593, II, CPP: das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no capítulo anterior.
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da decisão, pois toda medida cautelar de sequestro de bens só pode ficar como bem retido por 60 dias – restituição de coisa apreendida é incidente.
D8Na
26) No dia 11/01/2016, 	Arnaldo, nascido em 01/02/1943, primário e de bons antecedentes, enquanto estava em um bar, desferiu pauladas na perna e socos na face de Severino, nascido em 30/03/1980, por acreditar que este demonstrara interesse amoroso em sua neta de apenas 16 anos. As agressões praticadas por Arnaldo geraram deformidade permanente em Severino, que, revoltado com o ocorrido, foi morar em outro estado. Denunciado pela prática do crime do Art. 129, § 2º, inciso IV, do Código Penal, Arnaldo confessou em juízo, durante o interrogatório, as agressões; contudo, não foram acostados aos autos boletim de atendimento médico e exame de corpo de delito da vítima, que também não foi localizada para ser ouvida. As testemunhas confirmaram ter visto Arnaldo desferir um soco em Severino, mas não viram se da agressão resultou lesão. Em sentença, diante da confissão, Arnaldo foi condenado a pena de 03 anos de reclusão, deixando o magistrado de substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em virtude da violência. Na condição de Defensor Público do Réu, intimado hoje em Cartório (= 26/11/18), indique:
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; [o prazo do dp e mp é por intimação pessoal e com vistas; não pode ser em cartório mas ok]
06/12/18
“Ficou definida a seguinte tese: “O termo inicial da contagem do prazo para impugnar decisão judicial é, para o Ministério Público, a data da entrega dos autos na repartição administrativa do órgão, sendo irrelevante que a intimação pessoal tenha se dado em audiência, em cartório ou por mandado”. – STJ; REsp 1.349.935 
HC 296.759
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma para absolver o réu em razão da ausência de prova da materialidade, tendo em vista que o crime deixou vestígios e não consta dos autos exame pericial. Não foi acostado boletim de atendimento médico ou exame de corpo de delito, direto ou indireto, de Severino, que sequer foi ouvido em juízo para confirmar as lesões. As testemunhas ouvidas, em que pese tenham confirmado que Arnaldo desferiu um soco na vítima, também não foram capazes de assegurar a existência de lesão corporal. Por fim, o Art. 158 do Código de Processo Penal prevê expressamente que, quando a infração deixar vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, não o suprindo a confissão do acusado.
a. { Existe o benefício da suspensão condicional da pena, previsto no Art. 77 do Código Penal, em especial em seu parágrafo 2º, no caso concreto. Caso mantida a condenação e a pena aplicada, Arnaldo não poderia ser beneficiado com a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, já que o crime foi praticado mediante violência, não atendendo ao disposto no Art. 44 do Código Penal.}
27) Ao final da audiência de instrução e julgamento, antes do interrogatório, o advogado do réu requer a oitiva de testemunha inicialmente não arrolada na resposta escrita, mas referida por outra testemunha ouvida na audiência. O juiz indefere a diligência alegando que o número máximo de testemunhas já havia sido atingido e que, além disso, a diligência era claramente protelatória, já que a prescrição estava em vias de se consumar se não fosse logo prolatada a sentença. O Réu é interrogado pelo MP, já que o Magistrado teve que se ausentar por uma hora, devido a urgência de uma medida cautelar requerida pelo delegado de polícia da cidade. Mesmo assim a sentença é proferida em audiência, condenando-se o réu à pena de 6 anos em regime inicial semi-aberto. Manejado o Recurso de Apelação pelo réu, alegando violação do princípio da ampla defesa, em acórdão unânime, decide o tribunal em manter a decisão de piso. Como advogado de defesa, intimado hoje pelo DJE da decisão plúrime, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
RESP AO STJ 
b) O último dia de prazo; 
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
(De fato, julgada a apelação e os embargos declaratórios pelo órgão colegiado em decisão unânome, em relação a eles são cabíveis apenas embargos de declaração - art. 535 CPC - ou os recursos especial ou extraordinário previstos no inciso III respectivamente dos artgs. 105 e 102 da CF.)
28) José Maria é denunciado sob a acusação de que teria praticado o crime de roubo simples contra Constância Assunção. Na audiência de instrução e julgamento, o magistrado indefere, imotivadamente, que sejam ouvidas duas testemunhas de defesa. Ao proferir sentença, o juiz condena José Maria a pena de quatro anos de reclusão, a ser cumprida em regime aberto. Após a sentença passar em julgado para a acusação, a defesa interpõe recurso de apelação, arguindo, preliminarmente, a nulidade do processo em razão do indeferimento imotivado de se ouvirem duas testemunhas, e alegando, no mérito, a improcedência da acusação. Analisando o caso, o Tribunal de Justiça dá provimento ao recurso e declara nulo o processo desde a Audiência de Instrução e Julgamento. Realizado nova AIJ e apresentadas novas alegações finais por meio de memoriais, o juiz profere outra sentença, desta vez condenando José a pena de quatro anos de reclusão a ser cumprida em regime inicialmente semiaberto, pois, sendo reincidente, não poderia iniciar o cumprimento de sua reprimenda em regime aberto. Como advogado de defesa, intimado hoje em Cartório juntamente com seu Constituído da nova decisão (= 26/11/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de nulidade da sentença, pois é proibida a reformatio in pejus indireta, que acontece quando anulada a sentença por força de recurso exclusivo da defesa, outra vem a ser exarada, agora impondo pena superior, ou fixando regime mais rigoroso, ou condenando por crime mais grave, ou reconhecendo qualquer circunstância que a torne, de qualquer modo, mais gravosa ao acusado. 
*ANE E GUI RESPONDERAM “Reforma da sentença, pois a pois a primeira sentença transitou em julgado para a acusação, de sorte que não poderia a segunda decisão trazer consequência mais gravosa para o réu em razão da interposição de recurso exclusivo da defesa.”
D8Na
29) Um cidadão solicitou a um servidor público que redigisse um requerimento em seu nome (nome do cidadão) postulando certo benefício que ele (cidadão) entendia ter direito. Prometeu-lhe pagar certa quantia em dinheiro caso a postulação fosse atendida. O assunto não se inseria na esfera de atribuições do servidor, mas, mesmo assim, ele se prontificou a atender à solicitação. Feito o acordo entre os dois, o servidor redigiu um requerimento, nos devidos termos, o qual foi assinado e protocolizado pelo interessado em junho de 2012. Valendo-se do conhecimento que tinha com o responsável por decidir o requerimento, o servidor cuidou para que o direito postulado fosse reconhecido e deferido o mais breve possível, o que realmente aconteceu dentro daquele mesmo mês. A ação penal foi instaurada a partir das cópias de uma sindicância administrativa e seguiu nos moldes da lei. A sentença julgou procedente a pretensão punitiva pela prática de crime de corrupção passiva, resultando em uma pena de 3 anos de reclusão e a perda do cargo público, como efeito secundário. Como advogado de defesa, intimado hoje pelo DJE da decisão (= dispo.: 26/11), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnaçãoe 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir
Pedido de reforma da sentença, pois a conduta do denunciado se enquadra no tipo penal da advocacia administrativa, não de corrupção passiva, que pena consiste em detenção de 1-3 meses.; {Advocacia administrativa Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.}
30) Miguel Fazmerir, na condição de delegado de polícia, pediu a Julião, advogado de Pedro Carrapito, conduzido à delegacia em razão de ter sido flagrado em prática ilícita, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para não lavrar o auto de prisão em flagrante. Julião realizou o pagamento, e o auto de prisão em flagrante, conforme o acordado, não foi lavrado. O caso foi noticiado pelo advogado ao MP que, após prévia investigação, ofereceu denúncia em face dos dois pelos crimes de corrupção passiva (delegado) e corrupção ativa (advogado). No seu interrogatório, Julião pede a juntada de áudio com toda a conversa gravado no dia dos fatos, mas o magistrado nega, dizendo ser prova ilícita, já que não havia autorização judicial. A Sentença julgou totalmente procedente a pretensão punitiva em relação a ambos. Como advogado dativo responsável pela defesa de Julião, que se negou a advogar em causa própria, intimado hoje pelo DJE da decisão (= 26/11/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da decisão para absolver o Julião, pois não houve a prática de nenhuma conduta típica por parte dele, já que a corrupção passiva exige apenas oferecer ou prometer vantagem indevida, o que não foi feito por ele, que apenas deu uma quantidade solicitada, conduta não descrita no tipo, logo, não pode ser condenado por dar quantia solicitada.
31) No dia 03 de março de 2016, Vinícius, reincidente específico, foi preso em flagrante em razão da apreensão de uma arma de fogo, calibre .38, de uso permitido, número de série identificado, devidamente municiada, que estava em uma gaveta dentro de seu local de trabalho, qual seja, o estabelecimento comercial “Vinícius House”, do qual era sócio-gerente e proprietário. Denunciado pela prática do crime do Artigo 14 da Lei nº 10.826/03, confessou os fatos, afirmando que mantinha a arma em seu estabelecimento para se proteger de possíveis assaltos. Diante da prova testemunhal e da confissão do acusado, o Ministério Público pleiteou a condenação nos termos da denúncia em alegações finais, enquanto a defesa afirmou que o delito do Art. 14 do Estatuto do Desarmamento não foi praticado, também destacando a falta de prova da materialidade. Após manifestação das partes, houve juntada do laudo de exame da arma de fogo e das munições apreendidas, constatando-se o potencial lesivo do material, tendo o magistrado, de imediato, proferido sentença condenatória pela imputação contida na denúncia, aplicando a pena mínima de 02 anos de reclusão e 10 dias-multa. Na qualidade de advogado de Vinícius, intimado hoje pelo Diário da Justiça (dispo = 26/11/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido da nulidade da sentença, tendo em vista que, após manifestação da defesa, houve juntada de laudo de exame de arma de fogo, ou seja, de prova pericial, sem que fosse aberta vista às partes em relação à documentação juntada. O não acesso pela defesa ao laudo de exame pericial violou o princípio da ampla defesa, em sua vertente da defesa técnica, além do próprio princípio do contraditório, já que aquela prova não lhe foi submetida. Assim, deveria a sentença ser anulada, sendo certo que o prejuízo foi constatado com a condenação do réu. 
{Pedido subsidiário: A defesa deveria requerer a desclassificação do delito para o crime do art. 12 da Lei 10.826/03 (posse de arma de fogo de uso permitido), eis que a arma se encontrava no estabelecimento comercial do agente, ou seja, em seu local de trabalho (do qual era responsável).}
D8Na
32) Ronaldo foi denunciado pela prática do crime de integrar organização criminosa por fatos praticados em 2014. Até o momento, porém, somente ele foi identificado como membro da organização pelas autoridades policiais, razão pela qual prosseguiu o inquérito em relação aos demais agentes não identificados. Arrependido, Ronaldo procura seu advogado e afirma que deseja contribuir com as investigações, indicando o nome dos demais integrantes da organização, assim como esclarecendo os crimes cometidos. A colaboração premiada do Ronaldo foi efetiva, resultou na identificação dos demais coautores e partícipes, além dos crimes por eles praticados. Em sede de sentença, foi Ronaldo condenado à pena de 4 anos e 6 meses de reclusão em regime semi-aberto, bem como teve sua prisão cautelar decretada e condicionado qualquer meio de impugnação à sua captura. O Réu foi intimado por edital dias atrás. Na condição de advogado(a) de Ronaldo, intimado hoje pelo Diário da Justiça Eletrônico (= dispo.: 26/12/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I CPP: das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
e) O último dia de prazo;
03/12/18
f) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d)Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma para a absolvição do réu já que pode ser concedido o perdão judicial pelo juiz em face da colaboração do denunciado antes da sentença.
{Art. 4o O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados …}
33) João e José, um sem saber da vontade do outro, resolvem matar um desafeto comum. Para tal fim, sem qualquer vínculo subjetivo, aguardam a saída do desafeto o local de trabalho e, isto ocorrendo, efetuam em momentos distintos disparos contra o mesmo que veio a falecer. A perícia reconheceu que os dois disparos atingiram o alvo desejado, eram fatais e capazes de ocasionar a morte instantânea da vítima, mas não conseguiu identificar qual deles acertou primeiro o alvo, ratificando que ambos seriam capazes de obter o animus desejado. Descobertos os “autores”, o fato foi levado à autoridade policial para as providências de praxe. Concluído o IP foram João e José denunciados pelo crime do artigo 121 “caput” do CP c/c 29 CP. Durante a instrução foram ouvidas as testemunhas e os réus confessaram terem efetuado os disparos. Diante das provas produzidas, havendo prova da existência do crime e indícios de autoria, foram pronunciados nos moldes da denúncia. Foram os réus intimados por edital com prazo de 90 dias, publicado no DJE em 01/06/2017. Na condição de advogado(a) de João, que tomou conhecimento hoje pelo Diário da Justiça Eletrônico (= 26/12/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
RESE, 581, IV, CPP: que pronunciar o réu
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma para ser absolvido ambos os réus, pois é caso de autoria colateral, não tendo liame subjetivo. Por isso não se trata coautoria, nem de participação, mas de autoria- não há conhecimento da intenção do outro -, sendo assim como ambos atiraram contra a vítima – e ambos os disparos poderiam ter matado - não sabendo quem deu o tiro fatal, ambosserão absolvidos por crime impossível (aplica-se o princípio in dubio pro réu).
34) Maria Helena, viúva de Oswaldo, com quem convivia em união estável, pretende intervir como Assistente de Acusação na ação penal que versa sobre o assassinato de seu companheiro. Através de seu advogado, devidamente constituído por instrumento procuratório, peticiona ao Juiz Competente, que ouvido o MP, indefere o pedido, pois não havia prova do casamento civil de Maria Helena e a vítima. Na condição de Advogado de Maria Helena, intimado hoje em Cartório (= 26/12/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal;
MANDADO DE SEGURANÇA, com base no art.1º da Lei 12016/09 e 5º da CF
b) O último dia de prazo; {Prazo; 120 dias do ato (independente se este ato é ou não uma decisão; a partir do ato de ilegalidade; não sabe quando foi o ato}
26/03/19
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Ao tribunal de justiça; juízo ad quem
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da decisão para deferir a habilitação, pois é perfeitamente possível que a companheira, em comprovada união estável com a vítima, possa atuar como assistente de acusação na ação penal cuja pretensão é impor aos causadores do dano as sanções pertinentes. Apesar da lei processual penal não contemplar expressamente tal hipótese, é forçoso reconhecer, em uma interpretação extensiva das normas adjetivas - admitida nos termos o art. 3ºCPP - que o artigo 226 §3º CF, equipara companheira e cônjuge.
{que seja deferida a habilitação, tendo em vista que a união estável comprova o parentesco entre as partes exigido no art. 31 CPP}
35) Marcus foi definitivamente condenado pela prática de um crime de roubo simples à pena privativa de liberdade de quatro anos de reclusão e multa de dez dias. Apesar de reincidente, em razão de condenação definitiva pretérita pelo delito de furto, Marcus confessou a prática do delito, razão pela qual sua pena foi fixada no mínimo legal. Após cumprimento de 1/6 da sanção penal, pretende o apenado obter o benefício da progressão de regime prisional através de petição de seu defensor. Apesar de constar dos seus registros provocação de acidente de trabalho dias antes do pedido do benefício, o juiz competente, contrariando cota ministerial, concede a progressão para regime mais brando. Na condição de Promotor de Justiça, intimado pessoalmente hoje {= 26/11/18}, indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
AGRAVO EM EXECUÇÃO, art. 197 LEP
b) O último dia de prazo; 
03/12/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de nulidade (?) da decisão que concedeu a progressão do regime pois demonstrada a ausência do requisito subjetivo para a concessão, já que consta nos registros do réu provocação de acidente de trabalho dias antes do pedido do benefício, mostra-se, de rigor, a cassação da referida decisão com o retorno do apenado ao regime anterior.
D8Na
36) Carlos foi condenado pela prática de um crime de receptação qualificada à pena de 04 anos e 06 meses de reclusão, sendo fixado o regime semiaberto para início do cumprimento de pena. Após o trânsito em julgado da decisão, houve início do cumprimento da sanção penal imposta. Cumprido mais de 1/6 da pena imposta e preenchidos os demais requisitos, o advogado de Carlos requer, junto ao Juízo de Execuções Penais, a progressão para o regime aberto. O magistrado competente profere decisão concedendo a progressão e fixa como condição especial o cumprimento de prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária inominada em favor de entidade filantrópica. Na condição de Defensor Público de Carlos, intimado pessoalmente hoje (= 26/12/18), indique: 
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
AGRAVO EM EXECUÇÃO previsto no Art. 197 da Lei nº 7.210/84. 
{Prevê o mencionado dispositivo que, das decisões proferidas em sede de execução, será cabível o recurso de agravo. No caso, o enunciado deixa claro que houve decisão condenatória com trânsito em julgado e que a decisão a ser combatida foi proferida pelo Juízo da Execução, analisando progressão de regime.}
b) O último dia de prazo; 
06/11/18
c) A quem endereçará a petição de impugnação 
Juízo a quo
d) Quais os pedidos e causa de pedir.
Pedido de reforma da decisão, devido a inadmissibilidade de ser fixada prestação de serviços à comunidade bem como pena pecuniária como condição especial ao regimento aberto, na forma do enunciado 493 da Súmula do STJ, sob pena de figurar dupla punição/bis in idem. 
{O argumento a ser apresentado pelo advogado de Carlos é o de que a decisão do magistrado foi equivocada, pois não é possível fixar, como condição especial ao regime aberto, o cumprimento de prestação de serviços à comunidade. O Art. 115 da LEP prevê expressamente que o magistrado, no momento de fixar o regime aberto, poderá fixar condições especiais, além das obrigatórias e genéricas estabelecidas nos incisos desse dispositivo. Ocorre que a legislação penal não disciplina quais seriam essas condições especiais, de forma que surgiu a controvérsia sobre a possibilidade de serem fixadas penas substitutivas em atenção a esta previsão. O tema, porém, foi pacificado pelo Superior Tribunal de Justiça, que, no Enunciado 493 de sua Súmula de Jurisprudência, estabeleceu a inadmissibilidade de serem fixadas penas substitutivas (Art. 44 do Código Penal) como condições especiais ao regime aberto. A ideia que prevaleceu foi a de que, apesar de ser possível o estabelecimento de condições especiais, estas não podem ser penas previstas no Código Penal, sob pena de bis in idem ou dupla punição.}
37) No dia 23 de fevereiro de 2016, Roberta, 20 anos, encontrava-se em um curso preparatório para concurso na cidade de Manaus/AM. Ao final da aula, resolveu ir comprar um café na cantina do local, tendo deixado seu notebook carregando na tomada. Ao retornar, retirou um notebook da tomada e foi para sua residência. Ao chegar em casa, foi informada de que foi realizado registro de ocorrência na Delegacia em seu desfavor, tendo em vista que as câmeras de segurança da sala de aula captaram o momento em que subtraiu o notebook de Cláudia, sua colega de classe, que havia colocado seu computador para carregar em substituição ao de Roberta, o qual estava ao lado. No dia seguinte, antes mesmo de qualquer busca e apreensão do bem ou atitude da autoridade policial, Roberta restituiu a coisa subtraída. As imagens da câmera de segurança foram encaminhadas ao Ministério Público, que denunciou Roberta pela prática do crime de furto simples, tipificado no Art. 155, caput, do Código Penal. O Ministério Público deixou de oferecer proposta de suspensão condicional do processo, destacando que o delito de furto não é de menor potencial ofensivo, não se sujeitando à aplicação da Lei nº 9.099/95, tendo a defesa se insurgido. Recebida a denúncia, durante a instrução, foi ouvida Cláudia, que confirmou ter deixado seu notebook acoplado à tomada, mas que Roberta o subtraíra, somente havendo restituição do bem com a descoberta dos agentes da lei. Também foram ouvidos os funcionários do curso preparatório, que disseram ter identificado a autoria a partir das câmeras de segurança. Roberta, em seu interrogatório, confirma os fatos, mas esclarece que acreditava que o notebook subtraído era seu e, por isso, levara-o para casa. Foi juntada a Folha de Antecedentes Criminais da ré sem qualquer outra anotação, o laudo de avaliação do bem subtraído, que constatou seu valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), e o CD com as imagens captadas pela câmera de segurança. Ao final restou Roberta condenada pelo crime de furto simples, nos moldes da peça de acusação, a pena privativa de liberdade de 2 anos de reclusão e 30 dias multa, substituída por três penas restritivas de direito e multa. Como Advogado Dativo intimado hoje em cartório (= 26/11/18), indique:
a) A medida de impugnação ao ato com sua previsão legal; 
APELAÇÃO, ART 593, I

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