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4 - A RELAÇÃO ENTRE EMPREGADOR E EMPREGADO

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A RELAÇÃO ENTRE EMPREGADOR E EMPREGADO
(Júlio di Paula)
A relação entre empregador e empregado é algo dinâmico que a cada momento tem-se discutido a título do direito aplicado no que diz respeito às melhores formas de relação sobre aquilo que diz a lei entre o empregador (o que contrata, o que detém o poder, o mando) e o colaborador ( o hipossuficiente).
A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) – DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943) traz artigos que nos são relevantes para esta compreensão. Relações estas que são bastante complexa e se faz necessário que a atividade de labor seja realizada dentro dos tramites legais da lei aplicada. Portanto o conceito de empregador e se equipara ao empregador segundo a CLT em seu Art. 2º, § 1º a seguinte citação
Art. 2º – Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
· 1º – Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
Já o conceito de empregado segundo a legislação trabalhista no seu artigo 3º da CLT diz que:
Art. 3º – Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
A relação entre contratante e contratado tem que ter o respeito mútuo, o zelo e o cuidado especial no que diz respeito a dignidade do contratado, do colaborador. Como também o empregador tem que ter uma postura de um verdadeiro líder, de autoridade e não autoritário, carrasco, inflexivel. Este tem que saber se impor, dialogar, ser diplomata muitas vezes e que a sua autoridade seja respeitada, acolhida por todos em função do respeito, que o diálogo entre as relações empregador e empregado seja antes de tudo harmônica.
O contratante precisa ser compreensivo diante dos limites dos seus subordinados, observar as suas habilidades e competência, conhecer onde este pode melhor se encaixar na empresa.
Vamos aqui exemplificar de forma clara: Quando nos deparamos com um contrato de experiência (prazo máximo de 90 dias) temos aqui algo bastante sutil nesta relação preliminar entre empregador e empregado.Ambas as partes neste momento deste pacto laboral tem a oportunidade de se conhecer, onde o colaborador aos poucos vai se adaptando a dinâmica da empresa, às suas normas, condutas, à sua ética e naturalmente a sua política de trabalho e lucro.
Em um contrato de experiência o empregado está conhecendo a empresa, o seu empregador, os seus colegas, ampliando aos poucos o seu ciclo de amizade e parceria de trabalho, como também o empregador estará observando o seu colaborador, as suas habilidades e sua adaptação para a melhor função e execução de trabalho na empresa.
Uma empresa que se presa, que tem a conduta da ética, da não discriminação, da não exclusão, não faz distinção entre o trabalho masculino e feminino, inclui, agrega potencialidades, inclui trabalhadores e trabalhadoras sem distinções salariais, de sexo. O verdadeiro empregador trabalha com pessoas e isto faz a grande diferença num polo empresarial. O Art. 7º, XXX a XXXII da CRFB (Constituição da República Federativa do Brasil) cita o seguinte, assim vejamos:
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
É sabido que não pode haver nenhum tipo de discriminação ao trabalhador, àquele ou aquela que exerce a sua função como empregado, como colaborador, que recebe ordens para o exercício de sua função. Seus direito tem que ser respeitado pelo empregador.Não existe distinção entre o tipo de trabalho realizado.
Outro ponto que se faz necessário citarmos é que só podemos falar de colaborador quando este fizer parte destes requisitos básicos imprescindíveis a relação de labor como:
a)Pessoalidade: ninguém pode se fazer substituir sem previa autorização do empregador. O empregado pode ser substituído, mas o empregado não pode se fazer substituir por conta própria, ele tem que ter a autorização de seu empregador
b)Habitualidade: Pois o trabalho tem que ser realizado de forma contínua, não pode ser um trabalho realizado de forma esporádica.
c)Subordinação: O colaborador está subordinado ao empregador;
d)Onerosidade: Onde o colaborador recebe salário pelo seu trabalho;
e)Pessoa física: Não existe empregado pessoa jurídica, só existe trabalhador pessoa física.
Agora é importante salientar que nada impede que o empregado tenha mais de um emprego, não existe exclusividade na empresa em relação a atividade de labor do empregado. Vejamos o que diz a Carta Magna no que diz respeito ao servidor:
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 em seu TÍTULO III da Organização do Estado diante do seu CAPÍTULO VII da Administração Pública – Seção I – Disposições Gerais em seu Artigo 37 – inciso XVI e XVII diz que:
XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
1. a)a de dois cargos de professor;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
2. b)a de um cargo de professor com outro técnico oucientífico; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
3. c)a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Também é importante referendarmos que o colaborador, a colaboradora pode realizar trabalho de cunho voluntário. Mas atenção, existe trabalho voluntário mas não existe colaborador voluntário. O trabalho voluntário é ato livre, que o indivíduo realiza com o fim ultimo de solidariedade, de responsabilidade social.
A Empresa é comumente conceituada como uma atividade organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços destinados ao mercado, com objetivo de lucro. Portanto é importante citar que tem que ter uma palavra chave, organização. A empresa assumi tanto os resultados do negócio positivo e negativoda empresa, é de sua responsabilidade, não podendo estes últimos serem transferidos ao empregado, ao hipossuficiente.
Sobre as instituições sem fins lucrativos como as ONGs podem admitir indivíduos para realização de labor e não terem estas caráter empresarial, lucrativo mas que fica acordado de que estas pagaram todos os direito legais aos colaboradores. Portanto estas instituição se equiparam ao empregador convencional.

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