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Atos Ilícitos e Responsabilidade Civil

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Atos Ilícitos e Responsabilidade Civil
Lucas Roberto de Oliveira[footnoteRef:2] [2: Lucas Roberto de Oliveira - Acadêmico do primeiro semestre do curso de Direito do Centro Universitário Cenecista de Osório (UNICNEC)] 
Paola Bresolin Dias[footnoteRef:3] [3: Paola Bresolin Dias - Acadêmica do primeiro semestre do curso de Direito do Centro Universitário Cenecista de Osório (UNICNEC)] 
Pedro Henrique Campos da Rosa[footnoteRef:4] [4: Pedro Henrique Campos da Rosa - Acadêmico do terceiro semestre do curso de Direito do Centro Universitário Cenecista de Osório (UNICNEC)] 
Wynnie Winck Folgiarini Ferreira[footnoteRef:5] [5: Wynnie Winck Folgiarini Ferreira - Acadêmica do primeiro semestre do curso de Direito do Centro Universitário Cenecista de Osório (UNICNEC) ] 
RESUMO:
O presente trabalho foi desenvolvido como parte das atividades realizadas na disciplina de Direito Civil I pelos alunos do primeiro semestre e tem por objetivo discorrer acerca do tema atos ilícitos, apoiando-se no Código Civil para sua conceituação e abordando a responsabilidade civil como um dos fatores determinados pelos atos ilícitos.
Palavras-Chave: atos ilícitos; responsabilidade civil; Código Civil
__________________________________________________________________________________
Atos Ilícitos
O ato ilícito é, segundo Souza (2015), uma das definições mais importantes para se compreender o campo da responsabilidade civil. Os atos ilícitos são conceituados subjetivamente de acordo com o atual Código Civil Brasileiro em seus Art. 186 a 188.
De acordo com a redação do Art 186 do código citado, aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exlusivamente moral, comete ato ilícito.
Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. (Art. 187 Código Civil Brasileiro)
Já o artigo 188 faz uma ressalva quanto aos atos ilícitos, não caracterizando desta maneira os atos praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido, ou a danificação ou destruição do bem de outrém se para remover ou cessar perigo iminente. Em caso deste último, o ato será legítimo somente se absolutamente necessário e sem exceder os limites do indispensável para a remoção do perigo. (Art 188, Parágrafo Único)
Responsabilidade Civil
O instituto da responsabilidade civil tem como regra que ninguém pode lesar ou prejudicar outrem, sendo que caso haja esta violação de direito alheio, o violador será obrigado a reparar ou indenizar os danos sofridos pela vítima. (SOUZA, 2015)
O Código Civil, em seu artigo 927 e seguintes, discorre acerca da indenização em caso de dano a outrém por atos previstos nos artigos 186 e 187. Esta indenização, conta no parágrafo único do citado artigo, ocorrerá, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Segundo Souza (2015), a responsabilidade civil por atos ilícitos divide-se em duas espécies: em razão da culpa e quanto à natureza jurídica do bem violado.
Dolo e Culpa
O ato ilícito previsto no artigo 186 do CC, refere-se ao ato ilícito doloso e também ao culposo. (DOS ATOS ILÍCITOS – DIREITO CIVIL, 2008)
O ato doloso é intencional, o qual proporciona um dano à vítima, o ato constitui-se na intenção de lesar o direito ou prejudicar o patrimônio de alguém por atuação positiva - ação - ou negativa – omissão. (DOS ATOS ILÍCITOS – DIREITO CIVIL, 2008)
 
Já a culpa, é a conduta negligente, imprudente ou imperita, portanto a atuação desta é causadora de lesão, mesmo que o resultado danoso não seja querido pelo agente, logo não é necessária a má-fé do agente. (DOS ATOS ILÍCITOS – DIREITO CIVIL, 2008)
O elemento objetivo da culpa é o dever violado; o elemento subjetivo é a imputabilidade do agente, que deve, em princípio, ter discernimento de sua atuação. (DOS ATOS ILÍCITOS – DIREITO CIVIL, 2008)
O artigo Dos Atos Ilicitos – Direito Civíl (2008) trás ainda uma desambiguação quanto ao significado de negligência, imprudência e imperícia.
· Negligência: omissão, a falta de diligência na prática de um ato jurídico, é toda falta de cuidados normais, que se esperam das pessoas. 
· Imprudência: precipitação, o desprezo das cautelas que devemos ter em nossos atos. Ela existe no momento em que são descumpridas regras técnicas prefixadas.
· Imperícia: atuação de quem não possui habilitação técnica para a prática do ato. 
Na imperícia, requer-se do agente a falta de técnica ou de conhecimento (erro ou engano na execução, ou mesmo consecução do ato), de outra forma, tem-se uma omissão daquilo que o agente não deveria desprezar, pois reside em sua função, seu ofício exigindo dele perícia. (DOS ATOS ILÍCITOS – DIREITO CIVIL, 2008)
Quanto a culpa, a responsabilidade civil subdivide-se em objetiva e subjetiva. (SOUZA, 2015)
A responsabilidade civil objetiva é a espécie em que não é necessária a aferição da existência de culpa, para a condenação de pessoa por ato ilícito cometido. (SOUZA, 2015). Já a subjetiva indica que somente poderá ser condenado a reparar danos por atos ilícitos o agente que haja com culpa, onde ainda em sua prática preencha requisitos especifícos, sendo: Nexo de causalidade, culpa e dano. (SOUZA, 2015)
O artigo Dos Atos Ilícitos – Direito Civil (2008) ainda apresenta outras classificações de culpa. Do ponto de vista do dever violado, pode ser:
· Contratual: Importa a inexecução obrigatória procedente de um contrato, como o descumprimento de uma cláusula contratual.
· Extracontratual: não cumprimento de uma norma jurídica. Aquele que violou uma norma legal (lei) por atuar comdolo ou culpa e causou prejuízo a alguém.
Quanto à gravidade da culpa, ela pode ser:
· Culpa Grave: será grave quando, dolosamente, houver negligência extrema, não prevendo aquele fato que é previsível ao comum dos homens.
· Culpa Leve:quando a lesão de direito puder ser evitada com atenção, ou adoção de diligências próprias de um bom pai (bonus pater famílias). 
· Culpa Levíssima: Será levíssima se a falta for evitável por uma atenção extraordinária, ou especial habilidade e conhecimento
Jurisprudência
	1. Número: 70045543121  
	Órgão Julgador: Décima Câmara Cível
	Tipo de Processo: Apelação Cível
	Comarca de Origem: Charqueadas
	Tribunal: Tribunal de Justiça do RS
	Seção: CIVEL
	Classe CNJ: Apelação
	Assunto CNJ: Indenização por Dano Moral
	Relator: Jorge Alberto Schreiner Pestana
	Decisão: Acórdão
	
	Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PRÁTICA DE ATO ILÍCITO. Confirmada, pela prova colhida durante a instrução do feito, que os atos de defesa da posse da Fazenda demandada, aqueles praticados por seus prepostos, extrapolaram o indispensável à sua manutenção, caracterizado está o ilícito. Caso em que os autores foram amarrados pelos prepostos da Fazenda demandada, colocados sob a mira de armas de fogo, espancados e levados até a sede da propriedade, sendo humilhados até a chegada da Brigada Militar. Ausência de prova de que os autores, ainda que tivessem praticado esbulho possessório (foi armado um acampamento da referida Fazenda, às margens do Rio Jacuí, para a atividade de pesca), estivessem praticando qualquer tipo de crime. Dano moral caracterizado, no caso, diante do constrangimento a que se viram sujeitos os autores, que extrapolou os limites da normalidade, interferindo na intimidade, honra e imagem dos mesmos. Indenização não deve ser em valor ínfimo, nem tão elevada que torne desinteressante a própria inexistência do fato. Atenção às particularidades das circunstâncias fáticas e às condições econômicas das partes. Indenização fixada na sentença mantida. Apelações não-providas. Decisão unânime. (Apelação Cível Nº 70045543121, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Alberto Schreiner Pestana, Julgado em 13/12/2012)
	Assunto:1. INDENIZAÇÃO. ATO ILICITO. DANO MORAL. AGRESSÃO SOFRIDA POR PESSOAS QUE SE ENCONTRAVAM EM PROPRIEDADE PARTICULAR. ATO PRATICADO POR EMPREGADOS DO IMÓVEL. DEFESA DA POSSE. ABUSO. RESPONSABILIDADE. PROVA. DANO MORAL. FIXAÇÃO. CRITÉRIO. FATORES. QUANTUM . 2. "MATANÇA DE GADO" 3. PESCADOR. 4. ATUAÇÃO NA DEFESA DA FAZENDA . 5. SERVIDÃO PÚBLICA. SERVIDÃO PARA O PÚBLICO. DISTINÇÃO. 6. PESSOA. EMPREGADO. PREPOSTO. *** NOTICIAS INFORMATIVO ELETRÔNICO: AGRESSÃO DENTRO DE PROPRIEDADE PARTICULAR GERA DEVER DE INDENIZAR.
	Referências Legislativas: CF-20 INC-III DE 1988 CF-26 INC-I DE 1988 CC-186 DE 2002 CC-187 DE 2002 CC-927 DE 2002 CC-932 INC-III DE 2002 CC-933 DE 2002 NCC-186 NCC-187 NCC-927 NCC-932 INC-III DF-24643 DE 1934 ART-11 ART-12 ART-14 (CÓDIGO DE ÁGUAS) LEI IMPERIAL N.1507 DE 1867 CC-1210 PAR-1 DE 2002 NCC-1210 PAR-1 NCC-933 CC-1210 PAR-1 DE 2002 NCC-1210 PAR-1
	Jurisprudência: RESp 256189 RESp 924378 - PR APC 70028462851
	Data de Julgamento: 13/12/2012
	
	Publicação: Diário da Justiça do dia 01/02/2013
Referências
· BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/l10406.htm
Acesso em: 20 mai 2018.
· DOS ATOS ILÍCITOS – DIREITO CIVIL. Wordpress, 29 jun 2008. Disponível em: https://registroparticular.wordpress.com/2008/06/29/dos-atos-ilicitos/amp/ Acesso em: 22 mai 2018
· SOUZA, C. A. R., GOULART G. C. Atos Ilícitos: Responsabilidade 	Civil. Jus, mar 2015. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/37317/atos-ilicitos-responsabilidade-civil. Acesso em: 26 mai 2018
· TJRS. Apelação Civil: AC 70045543121. Relator: Jorge Alberto Schneider Pestana. DJ: 13 dez 2012. JusBrasil, 2013. Disponível em: https://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/112551761/apelacao-civel-ac-70045543121-rs Acesso em: 26 mai 2018

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