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Refrigeração e Ar Condicionado Prof.ª M.ª Márcia Milach MULTIVIX Programa ⚫ Aplicações da Refrigeração e Ar condicionado ⚫ Psicrometria ⚫ Cargas Térmicas ⚫ Sistemas de Condicionamento de Ar ⚫ Dutos e Ventiladores ⚫ Tubulações e Bombas ⚫ Serpentinas Resfriadoras e desumidificadores ⚫ Controle em Ar Condicionado ⚫ Ciclo de Compressão a Vapor ⚫ Compressores ⚫ Condensadores e Evaporadores ⚫ Dispositivos de Expansão ⚫ Análise do Sistema de Compressão a Vapor ⚫ Refrigerantes ⚫ Sistemas de Multipressão ⚫ Refrigeração por Absorção ⚫ Bombas de Calor ⚫ Torres de Resfriamento e Condensadores Evaporativos ⚫ Energia Solar ⚫ Acústica e Controle de Ruído 1. Aplicações da Refrigeração e Ar condicionado a. Principais Aplicações Aquecimento, umidificação e controle da qualidade do ar Refrigeração industrial, incluindo indústria de preservação de alimentos, químicos e de processos Operações de refrigeração e desumidificação em ar condicionado Ar condicionado Refrigeração 1. Aplicações da Refrigeração e Ar condicionado b. Ar Condicionado em Edifícios de Porte Médio e Grande 1. Aplicações da Refrigeração e Ar condicionado c. Ar condicionado Industrial • Aquecimento localizado (por infravermelho) • Resfriamento localizado (correntes de ar frio) • Laboratórios Ambientais (motores ou animais) • Imprensa (tempo de secagem, eletricidade estática, papel) • Têxtil (flexibilidade, resistência do fio e eletricidade estática) • Processos de Alta Precisão e Salas Limpas (componentes eletrônicos: dilatação térmica, umidade, filtragem do ar) • Produtos fotográficos (temperatura e umidade) • Salas de Computadores (temperatura, filtragem do ar e umidade) • Usinas Geradoras de Potência 1. Aplicações da Refrigeração e Ar condicionado d. Ar condicionado Residencial e. Ar condicionado em Veículos 1. Aplicações da Refrigeração e Ar condicionado f. Armazenamento e Distribuição de Alimentos ➢ Congelamento ➢ Armazenamento ➢ Distribuição • Congelamento • Armazenamento • Comercialização • Armazenamento doméstico 1. Aplicações da Refrigeração e Ar condicionado g. Processamento de Alimentos ➢ Laticínios ➢ Bebidas 1. Aplicações da Refrigeração e Ar Condicionado h. Indústrias Químicas e de Processos Aplicações de refrigeração na indústria ⚫ Separação de gases; ⚫ Condensação de gases; ⚫ Solidificação de uma espécie para separá-la de uma mistura; ⚫ Manutenção de uma temperatura baixa de um líquido armazenado para evitar que sua evaporação eleve excessivamente sua temperatura; ⚫ Remoção do calor da reação. 1. Aplicações da Refrigeração e Ar Condicionado i. Aplicações Especiais de Refrigeração ➢ Bebedouros ➢ Desumidificadores ➢ Produtores de Gelo ➢ Pistas de Patinação ➢ Construção Civil ➢ Remoção do Sal da Água do Mar 2. Psicrometria Definição: Estudo das misturas de ar e vapor d’água Aplicações: ➢ Cálculo de carga térmica ➢ Serpentinas de desumidificação e resfriamento ➢ Torres de resfriamento ➢ Condensadores evaporativos ➢ Sistemas de ar condicionado ➢ A Lei da Linha Reta Quando o ar transfere calor e massa (vapor de água) de ou para uma superfície molhada, o estado do ar na carta psicrométrica tende para a temperatura de superfície úmida sobre a linha de saturação. A lei da linha reta estabelece que o ponto final está sobre a linha que passa pelo ponto inicial e pelo ponto sobre a linha de saturação à temperatura da superfície. Ar quente no estado inicial tem a sua temperatura reduzida quando em contato com a superfície da água. A umidade absoluta deve diminuir, uma vez que a pressão parcial do vapor é maior que a pressão de saturação da água, resultando em condensação de vapor de água contido no ar. ➢ Saturação adiabática e temperatura de bulbo úmido hl é a entalpia de líquido saturado à temperatura do reservatório ou temperatura do bulbo úmido termodinâmica. ➢ Desvio entre as linhas isoentálpicas e as de temperatura de bulbo úmido constante ➢ Da carta psicrométrica: • Temperatura de bulbo úmido: 28C. • Entalpia: 89 kJ/kg ➢ Da equação: W1 = 0,019 kg/kg W2 = 0,024 kg/kg hl (28C) = 117,3 kJ/kg h2 (ar saturado seco a mesma temperatura do bulbo úmido) = 89,7 kJ/kg Entalpias obtidas através das linhas de temperatura de bulbo úmido constante em cartas psicrométricas são maiores que as reais. Considere o ar a temperatura de bulbo seco de 40C e a umidade relativa de 41%. ➢ Termômetro de bulbo úmido Os pontos 1 e 2 estão sobre a mesma linha de temperatura de bulbo úmido termodinâmica ➢ Processos 1. Resfriamento e aquecimento: transferência de calor que provoca somente variação de temperatura de bulbo úmido, não ocorre mudança na umidade absoluta; 2. A umidificação pode ser adiabática ou diabática; 3. Resfriamento e desumidificação resulta em redução da temperatura de bulbo seco e da umidade absoluta, feita pela serpentina de resfriamento e desumidificação, onde a capacidade de refrigeração (kW) é dada por: 4. Desumidificação química: vapor de água é absorvido ou adsorvido por uma substância higroscópica. Processo adiabático, logo, isoentálpico no ar, logo, se a umidade absoluta do ar é reduzida temperatura deve aumentar; ➢ Processos 5. Mistura de duas correntes de ar (ar condicionado) 3. Cargas Térmicas Técnica de avaliação das caraterísticas térmicas de um edifício que afetam o projeto dos Sistemas de Ventilação, Aquecimento e Ar Condicionado (VAAC) utilizado na condição de conforto. a. Critérios de Controle e Saúde b. Conforto Térmico: Definido como condições ambientais de temperatura e umidade que proporcionam sensação de bem-estar às pessoas que ali estão. Basicamente o conforto térmico é afetado pelos seguintes fatores: temperatura, umidade, circulação do ar, radiação de superfícies vizinhas, odores, poeiras e ruído. Os parâmetros básicos de condicionamento de ar são: ➢ temperatura do ar; ➢ temperatura das superfícies circundante; ➢ umidade do ar; ➢ velocidade do ar; ➢ pureza do ar. Temperatura Operacional:20 a 26C Umidade: Temperatura de orvalho de 2 a 17C Velocidade média do ar: até 0,25 m/s Temperatura de orvalho – é a temperatura na qual o vapor de água se condensa, ou solidifica, quando resfriado a pressão e umidade absoluta constante. Temperatura Operacional – é aproximadamente a média aritmética da temperatura de bulbo seco e da temperatura radiante média, desde que este seja menor que 50C e a velocidade do ar seja menor que 0,4 m/s. Temperatura radiante média – é a temperatura superficial uniforme de um invólucro negro imaginário com o qual a pessoa troca a mesma quantidade de calor por radiação que com o invólucro real. c. Qualidade do Ar ➢ Poluição interna ou externa ➢ Remoção do contaminante ou sua diluição (ar externo) Ventilação: • Mecanismo pelo qual ar é fornecido a um recinto, seja por meios naturais ou mecânicos (ar externo + ar recirculado). • Elimina odores ou irritações da parte superior do canal respiratório, mas não contaminantes. • Carga nos equipamentos de refrigeração e aquecimento. 2,5 litros Tipo de ocupação Número de pessoas por 100m² de área de piso Exigência de ar externo por pessoa, L/s Escritórios 7 2,5 Sala de reunião e de espera 60 3,5 Saguão ou vestíbulo 30 2,5 Vo: taxa de ar externo para uma dada aplicação, litros/s; E: eficiência de remoção de dispositivo de filtragem do ar, que pode ser determinada em termos de contaminante a ser removido. d. Estimativas de trocas térmicas Transferência de calor depende de: • Material; • Aspectos geométricos (tamanho, forma e orientação) • Fontes internas de calor • Fatores climáticos ➢ Transmissão: transferência de calor devido à diferença de temperatura por meio do componente ou elemento do edifício. ➢ Solar: Transferência de calor solar através de um componente do edifício que seja transparente, ou absorção dessa energia por um componenteopaco. ➢ Infiltração: Perda ou ganho de calor pela infiltração de ar externo no recinto condicionado. ➢ Geração Interna: resultante da liberação de energia no interior do recinto (luzes, pessoas, equipamentos, etc) e. Condições de Projeto ➢ Pra aquecimento: temperatura de bulbo seco interna e externa. ➢ Aquecimento: 20 a 22C ➢ Resfriamento: 24 a 26C ➢ Umidade relativa: mínima 30% (inverno) e máxima 60% (verão) ➢ Aquecimento: Critério 97,5% para a temperatura externa – considerar um valor de projeto da temperatura externa 97,5% do tempo durante os meses mais frios. (junho a setembro). Ar externo saturado ➢ Resfriamento: radiação solar – localização geométrica e orientação do recinto. Critério 2,5%: tem como base temperatura que é excedida 2,5% das horas durantes os meses mais frios. (junho a setembro) f. Transmissão térmica Os parâmetros básicos de condicionamento de ar são: Exemplo: g. Cargas de Ventilação e Infiltração ❑ Ar externo para o recinto: temperatura e umidade ❑ Calor sensível: temperatura (transferência de calor e insolação) ❑ Calor latente: umidade ❑ Ocupação de pessoas: calor latente e sensível As equações para troca de calor sensível e latente devido a penetração de ar externo, onde Q é a vazão volumétrica de ar externo em litros por segundo e W a umidade absoluta em kg de vapor de água por kg de ar seco, é dada por V: velocidade do vento, m/s a, b e c: constantes experimentais ❑ Infiltração: entrada não controlada de ar externo no recinto, resultante de forças naturais, como vento e empuxo (T). ❑ Ventilação: entrada intencional e ar externo no recinto, por meio mecânico. A saída pode ser natural (fugas) ou mecânicos (exaustão). ❑ Limitação da entrada de ar externo: vedação, vestíbulo, portas giratórias, ventiladores, aumento da pressão interna A equação para estimativa do número de renovações do ar, por hora, para um edifício e pequeno porte, sem pressurização interna, em termos de velocidade do vento e diferença de temperatura é dada por: i. Carga resultante da geração interna de calor h. Componentes da carga térmica de resfriamento Estimativa de carga de refrigeração mais complexa ❑Principais fatores de geração interna de calor: luzes, ocupantes e equipamentos de operação interna. ❑Lâmpadas fluorescentes: energia dissipada pelo reator. ❑Energia por radiação é absorvida pelas paredes, piso e mobília ❑Calor por radiação Calor por convecção A equação para estimativa da carga térmica produzida por lâmpadas q, onde P é a potência nominal da lâmpada, F o fator de utilização ou fração das lâmpadas instaladas que são utilizadas, Fr fator do reator para lâmpadas fluorescentes (=1,2) e FCR, o fator de carga térmica de refrigeração (tabela), é dada por: ❑ X: lâmpadas embutidas sem ventilação ❑ Y: lâmpadas aparentes e ventiladas ❑ Principais incerteza: número de ocupantes Carga sensível de resfriamento devido a ocupantes : (calor recebido por ocupante) x (número de pessoas) x (FCR) Fatores de carga de resfriamento sensível para pessoas j. Carga térmica de insolação através de superfícies transparentes : Transmissividade : Refletividade : Absortividade A energia solar que atravessa a superfície transparente, qsg, em W, é dada por: Coeficiente de sombreamento - CS: utilizado para adequar os valores de FGCI a diferentes tipos de vidro ou para incluir o efeito de dispositivos de sombreamento interno, onde “fu” refere-se a folha única de vidro, dado por: Energia solar que passa através da janela: FCR: fator de carga de resfriamento introduzido no cálculo de carga térmica de resfriamento resultante da insolação de janelas Sombreamento externo: beirais e protuberâncias : Ângulo entre o plano horizontal sobre a Terra e o raio solar; : Ângulo de azimute solar (ângulo entre os dois planos verticais, um normal a parede e outro contendo o raio solar); : Ângulo entre o raio solar e o sul; : Ângulo que o plano vertical normal à parede faz com o sul. = y: profundidade da sombra; d: largura da protuberância horizontal; x: largura da sombra produzida pela protuberância vertical de profundidade d. Para paredes e telhados: Logo: Considerando o calor trocado em virtude das diferenças de temperaturas interna e externa: k. Carga de insolação em superfícies opacas Temperatura equivalente: Diferença de temperatura de carga térmica de refrigeração (DTCR): Determine o fluxo de calor máximo através de uma parede de tijolos com face oeste, no dia 21 de julho, em um local a 43 de latitude norte. A temperatura interna é 25C e a temperatura média diária é de 30C. l. Resumo do procedimento para estimar a carga de resfriamento 1. Escolher os valores de projeto da temperatura exterior de bulbo seco de verão (critério 2,5%), da tabela de bulbo úmido correspondente e da temperatura média do dia a dia; 2. Escolher uma temperatura interior de projeto adequada às atividades que serão desenvolvidas no recinto; 3. Averiguar possíveis condições especiais, como espaços adjacentes não condicionados, estimando as suas temperaturas desses recintos; 4. Determinar coeficientes de transferência de calor das distintas paredes do edifício com base no seu projeto. Paredes que separem ambientes á mesma temperatura devem ser ignoradas. Observar que a única diferença entre os valores de U calculados para a carga de resfriamento e aqueles para a carga de calefação reside nos valores dos coeficientes de transferência de calor, que podem variar com a estação e com o sentido do fluxo do calor; 5. Com base nas características construtivas do edifício, no programa de operação do sistema e nos valores do projeto da velocidade do vento e da diferença de temperaturas estimar a taxa de infiltração e/ou de ventilação com ar externo. No caso da carga de refrigeração a carga latente deve ser considerada; 6. Determinar as características adicionadas do edifício, tais como localização, orientação, sombreamento externo e massa, as quais afetam o ganho de calor por insolação; 7. Com base nas características construtivas do edifício e nas condições de projeto determinar as diferenças de temperatura para carga de refrigeração, fatores de ganho de calor por insolação e fatores de carga de refrigeração apropriados; 8. Determinar a taxa de transferência de calor para o recinto em função dos coeficientes de transferência de calor, áreas e diferenças de temperatura, previamente calculados; 9. Para espaços com geração interna de calor(luzes, equipamento ou pessoas) aplicar os fatores de carga de refrigeração quando necessário; 10. Adicionar todas as cargas para determinar a carga total máxima de aquecimento ou refrigeração. Carga adicional será necessária, caso o edifício deva ser operado de uma forma intermitente. 4. Sistemas de Condicionamento de Ar a. Sistema de Distribuição Térmica ➢Sistema de Zona Simples Clássico: auditórios e laboratórios ➢Sistema Zonas Múltiplas ❑ Sistema de ar • Reaquecimento terminal • Duto duplo ou multizona • Volume de ar variável ❑ Sistema de água • Dois dutos • Quatro dutos b. Sistema de Zona Simples Clássico c. Controle de Ar Externo Se um controlador de ar externo deve manter uma temperatura de mistura de 13C e uma porcentagem de ar externo mínima de 20% quando a temperatura do ar recirculado é de 24C, a que temperatura externa os registros devem permitir o mínimo de 20% de ar externo durante o inverno? d. Projeto de um Sistema Zona Simples e. Sistema Zonas Múltiplas Cada zona é controlada por um termostato ➢Sistema de volume constante • Reaquecimento terminal • Duto duplo ou multizona ➢Sistema de volume variável • Aquecimento ou refrigeração simples • Resfriamento com reaquecimento • Duto duplo com volume variável f. Sistema Reaquecimento Terminal ➢ Vantagens: • Espaço reduzido do sistema de dutos • Excelente controle • Variadascondições de carga térmica ➢ Desvantagem: • Elevado consumo de energia Aumentar a temperatura de ar frio até desativar uma serpentina ou recuperação de calor (condensador ou luzes) g. Sistema de Duplo Duto e Multizona ➢ Vantagem: sensível a carga térmica ➢ Desvantagem: necessidade de duas redes de dutos que permita vazão total do sistema Exemplo: Uma zona servida por um sistema de duplo duto apresenta uma carga térmica de aquecimento nominal de 8 kW e uma carga térmica sensível de refrigeração nominal de 6 kW. A zona deve ser mantida a 24C e as temperaturas do ar nos dutos frio e quente são de 13C e 40C. Admitindo que a temperatura do ar de retorno seja 24C, quais devem ser as taxas de aquecimento e resfriamento dessa zona, se em condições de carga parcial a carga sensível de refrigeração é 3 kW. A vazão de ar insuflado se mantém constante sob qualquer condição de carga, podendo ser determinada através da carga de aquecimento nominal: Para satisfazer a carga de refrigeração, a vazão de ar deve ser: Como a vazão de ar necessárias durante os períodos de refrigeração é maior, esta deverá ser utilizada. Quando a carga sensível de refrigeração é 3 kW, a temperatura do ar insuflado na zona deve ser igual a: Conservação de energia para a caixa de mistura: A taxa de transferência de calor da serpentina de aquecimento é: Logo: A taxa de transferência de calor da serpentina de resfriamento é: h. Sistemas com Volume de Ar Variável - VAV ➢ Somente refrigeração ou aquecimento • Redução da vazão redução da carga de resfriamento • Desvantagem: Distribuição de ar e/ou ventilação deficientes ➢ Sistema VAV com reaquecimento • Controle redução da vazão a 20 a 30 % da vazão total de refrigeração e acionar a serpentina de aquecimento. • Desvantagem: consumo de energia ➢ Sistema VAV com duplo duto • Controle redução das vazões de ar quente e frio antes do início do fornecimento de ar misturado. Em um sistema VAV de duplo duto a vazão de ar quente à carga total é de 0,8 kg/s, para uma temperatura da zona de 21C. A plena carga de refrigeração a vazão de ar frio necessária é de 1,1 kg/s, para uma temperatura de 25C. Sabe-se que há interesse em um equipamento de controle que forneça o mesmo coeficiente angular da relação vazão-temperatura da zona, tanto para aquecimento quanto para refrigeração. Se a vazão mínima de ar é de 0,3 kg/s, a que temperatura as vazões de ar quente e frio devem ser nulas? Para as condições de plena carga: A vazão mínima ocorre quando uma das vazões é nula: A vazão de ar quente é nula quando tz atinge 23C. i. Sistemas de Água •Equipamento terminal: Fan-coil, convectores, etc •Vantagem: baixo custo inicial do equipamento •Desvantagem: não possuem controle de umidade, incerteza na ventilação, possível congelamento. Dreno para o condensado. j. Sistemas Unitários Exemplo: condicionadores de janela e split ➢Vantagens: • Baixo custo inicial e de instalação • Custos de operação também podem ser baixos ➢Desvantagem: • Pouca versatilidade da capacidade dos componentes • Carga térmica e elétrica são superdimensionadas 5. Dutos e Ventiladores a. Circulando o ar ✓ Determinação da perda de carga do ar em dutos e conexões ✓ Dimensionamento e projeto do sistema de dutos ✓ Características do ventilador ✓ Distribuição do ar no recinto b. Perda de carga em dutos retos P: Perda de carga, Pa f: fator de atrito, adimensional L, comprimento, m D: diâmetro interno do duto, m V: velocidade, m/s : massa específica do fluido, kg/m3 Determine a perda de carga de 0,5 m3/s de ar a 20C em um duto reto, circular, de chapa metálica de 300 mm de diâmetro e 15 m de comprimento. A velocidade V é dada por: A massa específica e a viscosidade do ar à pressão atmosférica normal são apresentadas na tabela a 20C: O Ábaco de Moody fornece f a partir de /D e Re: Ábaco de Moody c. Perda de carga em dutos retangulares Duto circular: Duto retangular: Uma vazão de ar a 1,5 m3/s passa por um duto de seção retangular de 300 mm por 500 mm. Determine a perda de carga em 40 m de duto reto utilizando a) Deq e b) Deq,f Do gráfico com 10m/s: 3,0 Pa/m, logo P é 120 Pa Do gráfico com 1,5 m3/s: 3,0 Pa/m, logo P é 120 Pa a) b) ❑ Expansões e contrações ❑ Curvas e joelhos ❑ Ramificações ❑ Registros e filtros e. O termo V2/2 d. Perda de carga em conexões f. Expansão brusca Borda-Carnot Da equação de conservação da quantidade de movimento: Máximo fator geométrico: 1 Ar a pressão atmosférica e 20C, escoando a 12 m/s, entra em uma expansão brusca, onde a área do duto é dobrada. Qual o aumento da pressão estática do ar ao passar por essa expansão? Substituindo a perda de carga na Equação de Bernoulli modificada: A perda de carga na expansão brusca pode ser obtida por: g. Contração brusca Máximo fator geométrico: 1/3 A relação entre as áreas de vena contracta e A2 é denominada coeficiente de contração h. Curvas i. Ramificações de extração Uma ramificação de extração a 60, de 30 cm por 30 cm, é ligada ao duto principal cuja seção transversal mede 30 cm por 50 cm. A seção à jusante da ramificação no duto principal também mede 30 cm por 50 cm. A vazão à montante é de 1,5 m3/s e a vazão da ramificação é de 0,5 m3/s. A pressão do ar à montante é de 500 Pa e sua temperatura é de 15C. (a) Qual deve ser a pressão no duto principal logo após a ramificação e (b) qual deve ser a pressão na ramificação? Para uma ramificação a 60 e Logo: Da Equação de Bernoulli: j. Ramificações de admissão Para = 90 • Trecho m-j: • Trecho b-j: k. Dimensionamento dos dutos Principais exigências: ▪ Conduzir vazões especificadas de ar a locais apropriados; ▪ Ser econômico nos custos inicial, de operação do ventilador e do espaço do edifício ocupado; ▪ Não transmitam nem gerem ruído excessivo. Principais métodos: ✓ Método de velocidade ✓ Método de iguais perdas de carga ✓ Método da recuperação estática l. O método da velocidade ➢ Determinar a perda de carga ➢ Selecionar o ventilador para a perda de carga máxima do sistema ➢ Instalar um registro de balanceamento em cada ramificação, deixando completamente aberto o registro do circuito com maior perda de carga Velocidades elevadas: ▪ Aumento da perda de carga alto custo operacional ▪ Problemas de ruído ▪ Dutos pequenos baixo custo inicial e menos espaço físico ▪ Em edifícios: entre 5 a 8 m/s nos dutos principais e entre 4 e 6 m/s nas ramificações • Determinar as velocidades de insulflamento de 1 a 5 com base na carga térmica; • Calcular as vazões de A a I; • Obter as perdas de carga em cada trecho, nas curvas e ramificações; • Perdas de carga nos componentes são fornecidas pelos fabricantes; • Selecionar um ventilador a 92 kPa a vazão total. m. O método de iguais perda de carga 1. Estipular a perda de carga total no sistema 2. Determinar o comprimento equivalente de todos os circuitos (dutos e componentes – cotovelos: 3 a 12m e ramificações de extração: ~ 20m 3. Dividir a perda de carga pelo maior comprimento equivalente dos circuitos do sistema 4. Determinar as dimensões de cada trecho, a partir do gradiente de pressão e a vazão de cada trecho do circuito de maior comprimento equivalente utilizando o gráfico perda de carga x vazão volumétrica 5. Selecionar as dimensões dos demais circuitos de modo que a perda de carga total seja dissipada (a velocidade na faixa apropriada para evitar ruído) n. Otimização de sistemas de dutos Custo total de um sistema de dutos: ➢ Dutos ➢ Instalação ➢ Isolamento térmico e acústico ➢ Energia para acionamento do ventilador ➢ Espaço físico requerido o. Ventiladores centrífugos e suas características Características de desempenho de um ventilador centrífugo de pás curvas voltadas para a frente, com diâmetro da roda e largura iguais a 270 mm e dimensões do duto de saída de 0,517m x 0,289 m Características de desempenho de um ventilador centrífugo de pás curvas voltadas para a frente, com diâmetro da roda e largura iguais a 270 mm e dimensões do duto de saída de 0,517 m x 0,289 m Determine a eficiência de um ventilador cujas características são as mostradas na figura, operando a 20 rps com 1,5 m3/s. Solução: Para uma rotação de 20rps e 1,5 m3/s, o ventilador pode elevar a pressão do ar a 500 Pa. Logo, a potência ideal necessária para esse aumento de pressão será: Da figura, a potência exigida pelo ventilador no ponto de operação especificado é 1,2 kW, Portanto, a eficiência do ventilador será: p. Distribuição de ar em recinto A distribuição de ar deve obedecer aos critérios: 1. A vazão combinada com a diferença de temperatura entre o ar insuflado e o de retorno devem compensar a troca de calor ocorrida no espaço. 2. A velocidade do ar nas regiões ocupadas do recinto abaixo da cabeça das pessoas não deve ser superior a 0,25 m/s, principalmente ser o ar insuflado for frio. 3. O ar do recinto deve ser movimentado para uniformizar gradientes de temperatura. Devem ser evitadas situações onde o ar frio insuflado no recinto, por efeito do empuxo, descenda rapidamente. q. Jatos circulantes e planos Um jato de ar se origina em uma abertura de 100 mm de diâmetro, e escoa a 2,1 m/s. Qual a velocidade no eixo a 1 m e 2 m da saída? Onde: u: velocidade do jato em x e r, m/s u0: velocidade na saída, m/s A0: área de saída, m 2 x: distância da seção de saída horizonta, m r: distância radial a partir do eixo, m r. Difusores e indução Difusor: • Queda de velocidade • Redução do gradiente de temperatura Indução de ar externo: 6. Tubulações e Bombas a. Tubulações de água e fluido refrigerante ▪ Prover o fluxo necessário em todos os trocadores de calor ▪ Seguro ▪ Baixo custo b. Comparação da água com o ar como transporte de meio de energia ▪ O tamanho da fonte de energia é menor ▪ Menos espaço para a tubulação de água ▪ Temperaturas maiores para aquecimento ሶ∀= 250𝑘𝑊 1000 Τ𝑘𝑔 𝑚3 15℃ 4,19 Τ𝑘𝐽 𝑘𝑔𝐾 = 0,00398 Τ𝑚3 𝑠 Uma taxa de transferência de calor de 250 W efetua-se através da mudança de temperatura de um meio em 15C. Qual a área de seção transversal necessária para este transporte de energia se: (a) um tubo de água é usado e a velocidade média da água vale 1 m/s e (b) um duto de ar é usado e a velocidade média vale 10 m/s. Solução (a) Para a água, a vazão volumétrica será: 𝐴 = 0,00398 Τ𝑚3 𝑠 10 Τ𝑚 𝑠 = 0,0398𝑚2 (a) Para a ar, a vazão volumétrica será: ሶ∀= 250𝑘𝑊 1,2 Τ𝑘𝑔 𝑚3 15℃ 1,0 Τ𝑘𝐽 𝑘𝑔𝐾 = 13,89 Τ𝑚3 𝑠 𝐴 = 13,89 Τ𝑚3 𝑠 10 Τ𝑚 𝑠 = 1,389𝑚2 ሶ𝑄 = ሶ𝑚𝑐𝑝∆𝑇 = 𝜌 ሶ∀𝑐𝑝∆𝑇 c. Aquecedores de água d. Distribuição de calor dos sistemas de água quente ▪Convectores: gabinete ou rodapé ▪Serpentinas em dutos de ar quente; unidades acopladas de serpentinas; ventilador (fan-coil) e convectores a convecção natural. Qual a temperatura média no convector de rodapé da figura, para compensar a perda de calor existente em uma janela de vidro simples, quando as temperaturas de projeto do ar interno e externo são, respectivamente, 21C e -23C? A altura do vidro é 2,4 m e os convectores são colocados ao longo de todo comprimento da parede. O valor de U para um vidro simples é 6,2 W/m2.K, logo: ሶ𝑄" = 𝑈𝑇 ሶ𝑄" = 6,2 Τ𝑊 𝑚2𝐾 21 − −23 ሶ𝑄" = 273 Τ𝑊 𝑚2 ሶ𝑄′ = 2,4𝑚 273 Τ𝑊 𝑚2 ሶ𝑄′ = 655 Τ𝑊 𝑚 Para o fluxo de calor de 655 W/m a temperatura média é 77C e. Sistemas de água a alta temperatura (AAT) ▪180 < T < 230ºC (Ps = 2,8 MPa) f. Tubos disponíveis Tubos de cobre Tubos de aço g. Perda de carga no escoamento de água nos tubos Calcule a perda de carga quando 3,0 litros/s de água a 80C escoam através de um tubo de aço com diâmetro nominal de 50 mm (Di = 52,5 mm) e 40 m de comprimento. Solução: 𝜌 = 971,64 Τ𝑘𝑔 𝑚3 𝜇 = 0,358𝑚𝑃𝑎. 𝑠 Para o aço, = 0,000046 m: 𝑉 = 0,003 Τ𝑚3 𝑠 Τ𝜋 0,0525𝑚 2 4 = 1,386𝑚/𝑠 𝜀 𝐷 = 0,000046𝑚 0,0525𝑚 = 0,00088 𝑅𝑒 = 1,386𝑚/𝑠 0,0525𝑚 971,63𝑘𝑔/𝑚3 0,358𝑚𝑃𝑎. 𝑠 = 197.500 Do ábaco de Moody para Re = 197.500 e /D: 𝑓 = 0,0208 ∆𝑃 = 0,0208 40𝑚 0,0525𝑚 1,386𝑚/𝑠 2 2 971,63𝑘𝑔/𝑚3 = 14,8𝑘𝑃𝑎 Para tubos com diâmetros de 50 mm e 3,0 litros/s, a perda de pressão será 425 Pa/m e 1,4 m/s. O fator de correção a ser aplicado a P/m, a 80C e 1,4 m/s é 0,885. Então: ∆𝑃 = 425𝑃𝑎/𝑚 0,885 40𝑚 ∆𝑃 = 15,1𝑘𝑃𝑎 h. Perda de carga em acessórios de tubulações i. Tubulações de refrigerante • Linha de descarga: perda de carga influencia o compressor • Linha de líquido: perda de carga não prejudica a eficiência do ciclo • Linha de sucção: retorno do óleo e líquido no compressor (v > 6 m/s) j. Características de bombas e suas escolhas ሶ𝑊𝑖 = ሶ𝑚න 𝑃1 𝑃2 𝑣𝑑𝑃 ሶ𝑊i: potência ideal, W P1: pressão de entrada, Pa P2: pressão de saída, Pa ሶ𝑚: vazão mássica, kg/s v: volume específico, m3/kg ሶ𝑊𝑖 = ሶ∀ 𝑃2 − 𝑃1 ሶ𝑊 = ሶ∀ 𝑃2 − 𝑃1 𝜂/100 A potência real, onde existem perdas, é: Usando as curvas de eficiência mostradas para a bomba, determine a potência necessária para a bomba, quando a água escoa a 6 litros/s. Solução: Na vazão de 0,006 m3/s, o aumento de pressão desenvolvida pela bomba é 240kPa e a eficiência 0,78. ሶ𝑊 = 0,006𝑚3/𝑠 240.000𝑃𝑎 0,78 = 1846𝑊 k. Projeto do sistema de distribuição de água Arranjos básicos da tubulação: retorno direto (a) e retorno inverso (b) Retorno direto: desvantagem – diferença de pressão para os trocadores não é uniforme (PA >PD) Retorno reverso: desvantagem – comprimento de tubo maior Tanque de expansão: P constante Tanque de expansão na saída da bomba: cavitação Aquecedor na saída da bomba: aberturada válvula de alívio l. Dimensionamento do tanque de expansão ∀𝑡= ∆𝑣 𝑣𝑐 ∀𝑠 ൗ 𝑃𝑖 𝑃𝑐 − ൗ 𝑃𝑖 𝑃ℎ v: diferença entre os volumes específicos da água líquida nas temperaturas de operação e de enchimento, m3/kg vc: volume específico da água líquida na temperatura de enchimento, m 3/kg ∀s: volume do sistema, m 3 Pi: pressão no tanque de expansão quando é iniciada a admissão da água, kPa Pc: pressão no tanque de expansão antes do aumento de temperatura, kPa Ph: pressão no tanque de expansão quando a água, que está no sistema, está quente, kPa ∆𝑣 𝑣𝑐 ∀𝑠= ∀𝐵 − ∀𝐶 1 ൗ 𝑃𝑖 𝑃𝑐 − ൗ 𝑃𝑖 𝑃ℎ = 1 ൗ ∀𝐵 ∀𝑡 − ൗ ∀𝐶 ∀𝑡 = ∀𝑡 ∀𝐵 − ∀𝐶 Qual o volume de um tanque de expansão, para um sistema de água quente, com um volume de 7,6 m3, se o ponto mais alto do sistema está localizado a 12 m do tanque de expansão? O sistema foi carregado com água a 20C, sua temperatura de operação é 90 C e a pressão relativa máxima admissível no sistema é 250 kPa. Solução: 𝑣20℃ = 0,0010017𝑚 3/𝑘𝑔 𝑣90℃ = 0,0010361𝑚 3/𝑘𝑔 ∆𝑣 𝑣𝑐 ∀𝑠= 0,0010361𝑚3/𝑘𝑔 − 0,0010017𝑚3/𝑘𝑔 0,0010017𝑚3/𝑘𝑔 7,6𝑚3 = 0,261𝑚3 Admitindo que a pressão atmosférica vale 101 kPa, depois do enchimento do tanque com água fria, a pressão adicional, devido a coluna de 12 m de água: ∆𝑃 = 12𝑚 9,807𝑚/𝑠2 0,0010017𝑚3/𝑘𝑔 = 117,5𝑘𝑃𝑎 𝑃𝑐 = 117,5𝑘𝑃𝑎 + 101𝑘𝑃𝑎 = 218,5𝑘𝑃𝑎 𝑃ℎ = 250𝑘𝑃𝑎 + 101𝑘𝑃𝑎 = 351𝑘𝑃𝑎 ∀𝑡= 0,261𝑚3 ൗ101 218,5 − ൗ 101 351 = 1,496𝑚3
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