Buscar

AULA 8 - DOENÇAS AUTOIMUNES-TOLERANCIA-IMUNODEFICIENCIAS

Prévia do material em texto

AULA N.8 - IMUNOLOGIA
	Prof. Edina Pires
FACULDADE CIÊNCIAS DA VIDA
CURSO DE BIOTECNOLOGIA, FARMÁCIA, ENFERMAGEM e NUTRIÇÃO
DISCIPLINA: IMUNOLOGIA
	 NESTA AULA IREMOS ENTENDER 
POR QUE O SISTEMA IMUNE NÃO RESPONDE AO PRÓPRIO?
	 E QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DA PERDA DESTE MECANISMO;
	UMA VEZ QUE A DISTINÇÃO DO PRÓPRIO E NÃO PRÓPRIO É PERDIDA, OCORRE DANOS NOS TECIDOS E ORGÃOS.
 A DISCUSSÃO SOBRE AUTOIMUNIDADE PODE SER INICIADA COM A DISCUSSÃO DE TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA.
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA
	A Tolerância requer que o Sistema Imune adote mecanismos de reconhecer o próprio e não o destrua.
	Existem DOIS mecanismos para impedir que isto ocorra:
Tolerância central
Tolerância periférica
TOLERÂNCIA CENTRAL
	A Tentativa de evitar a resposta auto-imune começa nos estágios iniciais de desenvolvimento dos linfócitos T e B.
	Os Linfócitos auto-reativos, ou seja que respondem ao próprio, são eliminados antes de deixarem os orgãos linfóides primários (timo e MO).
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA
 Os linfócitos que escapam á tolerância central nos orgãos linfóides primários são eliminados ou anergizados nos orgãos linfóides periféricos, através de mecanismos de tolerância periférica.
ANERGIA: quando não ocorre resposta imunológica.
ANERGIZADOS: quando os linfócitos não respondem imunologicamente.
Tolerância
TOLERÂNCIA 
IMUNOLÓGICA
DESENVOLVIMENTO DOENÇAS 
DE VACINAS ALÉRGICAS
TRANSPLANTES TRANSPLANTES DOENÇAS 
DE MEDULA DE ORGÃOS AUTOIMUNES
Usos clínicos da indução de tolerância
a maioria dos medicamentos tem um efeito imunossupressor global, sendo o seu uso a longo termo deletério. Novos métodos de indução de tolerância específica ao transplante, sem suprimir outras respostas imunitárias estão a ser desenvolvidos, prometendo uma maior sobrevivência dos transplantes sem comprometer a imunidade do receptor.
TOLERÂNCIA 
ORGÃOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS
ORGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS
Antígenos
próprios
Presentes
nos
Orgãos 
primários
Precursor
linfóide
Tolerância
Central:
Deleção dos
Linfócitos
Reativos contra
Antígenos próprios
Maturação
linfócitos
que não
quespondem
aos próprios
antígenos
Tolerância
periférica:
- DELEÇÃO dos
linfócitos
reativos contra
antígenos próprios
- ANERGIA
Antígenos 
próprios
Antígenos
estranhos
PERDA DA AUTOTOLERÂNCIA
1- MIMETISMO MOLECULAR: as moléculas antigênicas de alguns microorganismos apresentam semelhanças estruturais com moléculas das células hospedeiras.
	Ex: lesão no coração após febre reumática : doença inflamatória (infecções faríngeas - Streptococcus pyogenes)
	2- PERDA DE SUPRESSÃO
	As respostas imunológicas são evitadas pela ação de células denominadas supressoras.
	As células supressoras mantém as células imunológicas bloqueadas (perdida com a idade).
	LT AUTO-REATIVOS: ESCAPAM DO CONTROLE E COMEÇAM A CRIAR RESPOSTAS AUTO-IMUNES
PERDA DA AUTOTOLERÂNCIA
	3- NEO-ANTÍGENOS
	São formados pela modificação de antígenos próprios.
	Por ex: a ligação química de uma molécula ao antígeno próprio (penicilina-anemia hemolítica induzida por fármaco)
	 A penicilina se liga na superfície dos eritrócitos e o SI reconhece este complexo como estranho.
PERDA DA AUTOTOLERÂNCIA
AUTOIMUNIDADE
	 Paul Erlich – horror auto-tóxico
	O horror da autoxidade
AUTOIMUNIDADE
	 é a falha de um organismo em reconhecer suas próprias partes constituintes;
	que resulta em respostas imunes contra suas próprias células e tecidos; 
	qualquer doença que resulte de uma resposta imune aberrante é chamada de doença auto-imune. 
DOENÇAS AUTOIMUNES
	 São doenças que surgem quando a resposta imunitária é efetuada contra alvos existentes no próprio indivíduo. 
	As doenças auto-imunes têm etiopatogênese (causas) complexa e multifatorial.
DOENÇAS AUTOIMUNES
	As causas que levam ao aparecimento de doenças autoimunes ainda são obscuras, mas fatores genéticos, anormalidades imunológicas, ambientais, agentes infecciosos, hormônios são fatores importantes e cruciais. 
	As doenças auto-imunes podem ser sistêmicas ou órgão-específicas e podem ser causadas por diferentes tipos de antígenos podendo serem mediadas por anticorpos ou por células.
DOENÇAS AUTOIMUNES
	doenças da tireóide como a Doença de Hashimoto, Doença de Graves, 
	doenças auto-imunes do sistema nervoso central como a Esclerose Múltipla, Myastenia Gravis, 
	doenças auto-imunes do sangue e de vasos sangüíneos como Anemia Hemolítica auto-imune, Púrpura Trombocitopênica, Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídio, Diabetes Mellitus, 
	doenças auto-imunes sistêmicas como Artrite Reumatóide, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Esclerose Sistêmica, Síndrome de Sjogren.
DOENÇAS AUTOIMUNES
	Miastenia gravis (neuromuscular) 
	Esclerose Múltipla (mielina – cérebro)
	Tireoidite de Hashimoto 
	Artrite Reumatóide (articulações)
	Síndrome de Sjögren (glândulas lacrimais e salivais)
	Vitiligo (perda da pigmentação da pele)
	Psoríase (pele)
	Diabetes mellitus tipo 1 (pâncreas)
	Lúpus eritematoso sistêmico (rins, pulmão e etc)
	Anemia hemolítica (quebra de He)
	Doença de Graves (hipertireoidismo)
	Doença Celíaca (intestino – glúten)
	Hepatite Auto-Imune 
	Púrpura Auto-Imunes (baixa de plaquetas)
	Doença de Crohn (gastrointestinal)
IMUNODEFICIÊNCIAS
	Nosso organismo conta com um sistema de
defesa (Sistema Imunológico) capacitado para combater germes e micróbios que causam doenças,
	É um estado de depressão imunológica que
impede o organismo de manter-se livre da
doença,
	Primárias: devidas a defeitos intrínsecos nas células do sistema imune, determinados geneticamente. 
	 Células B (Humoral)
	 Células T (Celular)
	 Fagócitos
	 Complemento
	Secundária: resultam de fatores extrínsecos como infecção, drogas e toxinas, distúrbios metabólicos e nutricionais e neoplasia. 
IMUNODEFICIÊNCIAS
	Infecções graves, crônicas
	Infecções microbianas recorrentes 
abscessos
diarréias
infecções cutâneas
	Infecções oportunistas ou por microorganismos incomuns
	Desordens hematológicas
Quando Suspeitar de Imunodeficiência?
	Imunodeficiências humorais (defeitos nas células B)
	 Imunodeficiências celulares (defeitos nas células T)
	 Imunodeficiências no Sistema Fagocitário (defeitos de neutrófilos, monócitos e macrófagos)
	 Imunodeficiências no Sistema de complemento (defeito nas proteínas do Complemento)
IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS
Lenira (L) - - Durante os primeiros 6 a 12 meses de vida os lactentes estão protegidos de infecções pelos anticorpos IgG maternos
Imunodeficiências Secundárias
	elas podem advir de traumas, má-nutrição, agentes biológicos ou químicos como corticoesteróides; outros agentes imunossupressores ;
	Dentro das imunodeficiências secundárias mais importantes temos a AIDS
	H		Human
	I		Immunodeficiency
	V		Virus	
	A Acquired
		 I		Immuno
				D Deficiency
					 S	 Syndrome
	HIV
	Descoberto por Luc Montagnier e Robert Gallo 
	é um retrovírus composto por RNA; 
	Tem tropismo por linfócitos T CD4;
Imunodeficiências Secundárias
 Célula alvo: linfócito T CD4
	Destruição progressiva dos linfócito T CD4
	Célula de defesa  reconhecimento do antígeno e organização imunidade
	Conseqüência  imunodeficiência grave e infecções oportunistas 
Mecanismos de transmissão
1- Relação sexual
2 - Sangüínea: 
	Transfusão de sangue
	Hemoderivados 
	Uso de drogas endovenosas 
3- Materno-fetal
DIAGNÓSTICO
	ELISA
	RIFI
	WESTERN BLOTTING
	PCR
5,4
0,9
501 – 3000
- 45
16,6
6,3
3001 – 10000
- 55
31,7
18,1
10001 – 30000
- 65
55,2
34,9
> 30.000
- 77
80,0
69,5
< 500
Relação entre carga viral e declínio dos linfócitos T CD4
Diminuição
média de
linfócitos T
CD4 (/mm 3)
 
- 37
Carga 
Viral
(cópias / ml)
Porcentagem
de pacientes
com AIDS em 
6
 anos (%)
Porcentagem
de morte em 
6 
 anos (%)
Imunodeficiências Secundárias
	O HIV causa uma síndrome que se caracteriza por uma imunodeficiência progressiva e do tipo celular, 
	que leva a infecções oportunistas e malignidade.Após transmissão (sexual, intravenosa, transfusional ou materno-fetal), 
	infecta PREFERENCIALMENTE linfócitos TCD4+,
	Infecções oportunistas comuns: Pneumocystis carinii, CMV, Toxoplasmose, Sarcoma de Kaposi,
HIV
Diagnóstico Laboratorial
	Sorologia
	ELISA
	Western blot
	RNA (RT-PCR)
	Contagem CD4
	Genotipagem
	Isolamento viral
triagem
confirmação 
detecção/acompanhamento
acompanhamento
Terapia com antivirais
pesquisa
Propósito principal:
Teste:
Ufa, até que enfim acabou!!!!

Continue navegando