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A CONTABILIDADE NOS NEGOCIOS EMPRESARIAIS

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A CONTABILIDADE NOS NEGOCIOS EMPRESARIAIS
Relações Jurídicas 
Eriberto Silva Sousa
Matheus Vinicius Sales Reis
Stéphanie Lorhane de Moura Oliveira
Vanessa Carneiro Vaz
Tutor (a): Leidian Moura da Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Bacharel Ciências Contábeis – Mercado de Capitais 29/06/2018
Resumo: A contabilidade está presente desde muito tempo na sociedade, para ser mais exato, desde a antiguidade, onde já se utilizavam métodos contábeis para facilitar o controle de mercadorias, só então em meados do século XVII a contabilidade deixa de ser um simples controle para se tornar uma ciência (Ávila, 2006, pg.21).
Hoje a Ciências Contábeis é muito utilizada em empresas para garantir um funcionamento regulamentado junto ao governo. No entanto atualmente é necessário de uma boa contabilidade auxiliando e informando em mudanças constantes no meio empresarial e pessoas jurídicas.
PALAVRA CHAVE: Contabilidade Jurídica. Relações Contábeis. Sistema Empresarial.
 
1. INTRODUÇÃO
Está cada vez mais crescendo o número de empresas e pessoas jurídicas na sociedade, e com esse aumento constante, cresce também as relações contábeis nessas novas entidades. Toda organização precisa de uma contabilidade, pois o mercado é muito competitivo, então fica muito difícil se manter firme no meio empresarial sem esse apoio.
É de suma importância o exercício da atividade contábil nas empresas, sendo que ele tem as ferramentas necessárias para auxiliar os empresários. Sendo assim surge a seguinte pergunta; Quais as Relações Jurídicas da Contabilidade nas Organizações Empresariais?
Objetivo é Identificar as Relações Jurídicas da Contabilidade nas Organizações Empresariais que hoje em dia é necessária para sociedade empresarial. Onde basicamente a contabilidade empresarial envolve atividades e instrumentos contábeis que direciona o âmbito da mesma. O fato contábil nasce simultaneamente, com o jurídico. Há produtos de crédito para pessoas jurídicas como: Hot Money, Vendor, e o Compror.
2. DESENVOLVIMENTO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE	
A CONTABILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
Segundo, Londero, Peres, Charão. 
A contabilidade desenvolveu-se à medida que o homem foi necessitando de novas técnicas para a administração de seu patrimônio. Nas civilizações da Antiguidade, onde surgiram os primeiros movimentos comerciais, foram utilizados sistemas contábeis e de auditoria no âmbito da administração pública.
Com o surgimento do Capitalismo o método contábil serviu como um instrumento indispensável, pois houve uma intensa movimentação de capital, produtos e serviços, demandando a separação entre investidor e administrador e a consequente necessidade de elaboração de relatórios financeiros que reflitam dentre as várias situações da empresa, a patrimonial.
A partir do século XIX, a revolução tecnológica tem influenciado de modo geral o cenário econômico, proporcionando nos transportes e na comunicação internacional. Mesmo assim, a tecnologia básica da contabilidade tem mudado muito pouco, devido a uma defasagem entre as invenções e as aplicações, os métodos contábeis mantêm-se inalterados pela sua comprovada eficácia e adaptabilidade às mudanças dos sistemas informatizados, sem fugir de base inicial.
Hoje em dia a contabilidade é extremamente necessário para o meio econômico social empresarial. Com tantas oscilações no sistema ela não perdeu sua forma de princípio. Pois continua fazendo seu papel de início com resultados esperados, garantindo um bom desempenho nos meios lucrativos e finalidades sociais. 
Segundo Nasi (1994, p. 5), para não perder espaço para outros profissionais: O contador deve estar no centro, na liderança do processo, pois do contrário, seu lugar vai ser ocupado por outro profissional. O contador deve saber comunicar-se com outras áreas da empresa. Para tanto não pode ficar com os conhecimentos restritos aos temas contábeis e fiscais, inteirando-se do que aconteça ao seu redor, na sua comunidade, no seu Estado, no seu país, no mundo. O contador deve ter um comportamento ético - profissional inquestionável. O contador deve participar de eventos destinados à sua permanente atualização profissional (educação continuada).
2.1 Contabilidade Empresarial
A contabilidade empresarial envolve a soma de atividades e instrumentos contábeis direcionados ao âmbito empresarial, ou seja, às rotinas profissionais dentro das organizações. Ela inclui processos fiscais, tributários, previdenciários, legais e entendimento das legislações comerciais necessárias para o funcionamento das corporações.
Basicamente, a contabilidade empresarial engloba os processos contábeis orientados para manter uma empresa funcionando de forma regularizada junto ao governo. Além disso, ela também fornece relatórios, análises e estudos para que os gestores entendam melhor os aspectos econômicos do negócio. Assim, ela permite aos gestores basearem suas ações e decisões em critérios racionais, o que garante a eles agirem com maior segurança e eficácia na sua tomada de decisão.
2.2 Micro e Pequenas Empresas
O Serviço de apoio a Micro e Pequena Empresa - Sebrae apresenta um gráfico mostrando a importância das pequenas empresas na economia do Brasil:
Segundo o Sebrae, as micro e pequenas empresas representam 98% do número de empresas no Brasil, 67% das ocupações e contribui com 20% do PIB na economia brasileira. Sua importância é grande na economia, além de todos os fatores apresentados, também por ser uma grande geradora de empregos no país.
Entretanto, um fator importante no caso destas empresas é que em sua maioria quem administra é o sócio principal e, na maioria dos casos, o dono não tem formação profissional contábil nem de gestão de negócios, dificultando assim a administração e o controle de seu empreendimento, o que na maioria das vezes leva a empresa ao fracasso. Os escritórios de contabilidade em sua maioria estão preocupados com a quantidade de clientes, e não com a qualidade dos serviços oferecidos, temem aumentar os preços para oferecer assessoria necessária e perder o cliente. Sem um planejamento financeiro e assessoria necessária torna-se impossível o sucesso do negócio, o que na maioria dos casos leva a falência por falta de uma gestão eficaz (RAZA, 2008).
O gráfico abaixo mostra a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas, divulgado pelo Sebrae, referente ao ano de 2004 a 2005:
Fonte: Sebrae SP
Segundo o Sebrae, das empresas paulistas, 29% fecharam em seu 1° ano de atividade e 56% não completaram o 5º ano de vida.
O planejamento é uma das tarefas mais importantes das empresas, e é com base no planejamento que se realiza uma gestão competente, eficiente e eficaz, especialmente com relação às atividades financeiras, que na maioria das vezes exige uma parcela significativa de riscos (RAZA, 2008).
Apesar de sua importância para e economia, a maioria das pequenas empresas não consegue sobreviver ao ambiente econômico em que estão inseridas.
Outro fator importante que contribui para a mortalidade das pequenas empresas é que os proprietários em sua maioria não utilizam a contabilidade como ferramenta de administração do negócio. Esse fato está ligado muitas vezes a escassez de recursos financeiros para contratar assessoria específica e é um dos fatores que contribui para isso (MARION, 2005)
Para Raza (2008, p.16), “A falta de informações é o grande vilão nas pequenas empresas”.
2.3 Aplicação da contabilidade gerencial na Micro e Pequena Empresa
Segundo Silva (2002, p.23) Uma empresa sem Contabilidade é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de sobreviver ou de planejar seu crescimento.
Para Oliveira (2005, p.36) a “contabilidade gerencial fornece as informações claras, preciosas e objetivas para a tomada de decisão”.
Desse modo, a contabilidade gerencial surge como uma ferramenta indispensável a qualquer tipo de negócio, um suporte sobre o qual se apoiará o micro e pequeno empresário em suas decisões gerenciais.
As micro e pequenas empresas muitas vezessão desprovidas de apoio contábil em sua administração, já que os contadores, em sua maioria apenas cumprem as obrigações fiscais e assessórias que a legislação impõe, mas pouco ou nada fazem para auxiliar a administração dessas empresas com informações úteis ao seu planejamento.
Com a contabilidade da empresa em dia, podem-se ter as seguintes informações reais:
 • ter total e real conhecimento da situação financeira líquida, isto é, tendo total noção de quando será possível reinvestir na empresa; 
• saber como estão seus estoques e também a vida útil de seus imobilizados, através do cálculo de depreciação;
 • percepção de gastos inúteis, podendo extinguir esses custos; 
• ter visão do grau de endividamento ou quantidade de lucros em que a empresa se encontra. 
Franco, sobre a função da Contabilidade, evidencia que: A função é registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar todos os fenômenos que ocorrem no patrimônio das entidades, objetivando fornecer informações, interpretações e orientação sobre a composição e as variações do patrimônio, para a tomada de decisões de seus administradores (FRANCO, 1997, p. 19).
 
2.4 Relações Jurídicas
A relação jurídica materializada por meio de um contrato social. Nesta relação, a pessoa jurídica, que é a empresa, representada por seus sócios ou empresário individual, tem o direito subjetivo de cumprir com o dever jurídico, já na relação contábil existe sempre um lançamento a débito e outro a crédito, de acordo com o método das partidas dobradas. 
A relação jurídica e a contábil têm o mesmo elemento em comum: o sujeito ativo e o sujeito passivo, o vínculo e o objeto, o direito e o dever. O fato contábil nasce, simultaneamente, com o fato jurídico. “Todas as empresas estão obrigadas a manter a contabilidade, levantar anualmente seus balanços patrimoniais e o de resultados”, prescreve o artigo 1.179 do Código Civil. 9 (BRASIL, 2002).
2.5 Contabilidade no Sistema Jurídico Tributário 
A linguagem contábil é de extrema relevância para maioria dos tributos previstos no sistema tributário nacional, em que há várias referências diretas e indiretas a expressões contábeis. Nas normas jurídico tributárias de conduta, sejam estas impositivas (primárias) ou sancionantes (secundárias), é frequente a referência à linguagem contábil. Nas normas jurídicas impositivas, em sua estrutura lógica, não poucas vezes, seja na hipótese ou no consequente, encontram-se conceitos de natureza contábil. 
Negócio jurídico podemos especificar como o contrato onde as partes pré-determinam até mesmo as consequências de conflitos futuros. Todos os dias nós participamos de negócio jurídico, visto que até mesmo ir ao supermercado e fazer compra e receber o cupom fiscal configura negócio jurídico.
Existência: subdivide em Agente, vontade (não pode obrigar alguém através de ameaças) e objeto (ex: um imóvel). Não adianta você (agente) ter o objeto em negócio, mas coloca uma arma na cabeça para a pessoa assinar o contrato (então ele não tem vontade) sendo assim o contrato inexiste.
Validade: Subdivide em agente capaz (maior de idade), lícito e forma prescrita em lei.
 Não adiante fazer um contrato onde possui todos os requisitos de existência, mais o objeto lícito, esteja prescrito em lei, mas  a gente é incapaz por ter apenas 15 anos, nesse caso o contrato não tem validade.
Outro exemplo: o negócio possui todos requisitos, mas trata-se de um carregamento de entorpecentes, então é um objeto ilícito. 
Eficácia:  Às vezes existe condição suspensiva que faz o negócio perder eficácia durante um período:
Ex: Está no contrato que João vai ganhar uma casa, mas isso só vai ocorrer quando ele casar.
Percebemos que existe essa condição, mesmo que esse negócio tenha existência, validade, mas ainda não tem eficácia.
 
2.6 Hot Money
Produto de Crédito para pessoas Jurídicas, utilizado em prazos muito pequenos, para compensar uma eventual falta de caixa.
Ao contrário dos produtos de antecipação de recebíveis, em que a empresa precisa negociar garantias com o banco, no Hot Money a empresa assina um contrato e uma Nota Promissória (NP), e toma o empréstimo sem garantias adicionais.
O produto é usado por prazos muito pequenos, como um ou dois dias (no máximo e raramente dez dias) e, muitas vezes, o cliente já deixa um contrato assinado no banco, simplesmente autorizado, por e-mail ou telefone, a liberação do empréstimo em conta corrente.
2.7 O Vendor
É um produto destinado a pessoas jurídicas. Num mercado cada vez mais competitivo, é normal as indústrias ganharem mais espaço no mercado fornecendo mais prazo para pagamento aos seus clientes. Neste prazo, porém, elas embutem juros, exatamente para suportar o descasamento de caixa que este prazo provocou. A mercadoria custa R$ 100,00, mas como todo os clientes exigem prazo para pagamento, a indústria fixa o preço em R$110,00, já embutindo aí os juros. Impostos como IPI, ICMS, PIS, e CONFINS incidirão somente somente os R$100,00, por que o vendor se caracteriza como uma venda à vista.
O vendor ocorre quando o banco entra neste processo, financiando a empresa compradora e pagando o vendedor à vista.
A indústria vendedora utilizará o Vendor para seus principais clientes, com os quais tem mais tradição de vendas, e informará os dados destes clientes ao banco. O risco da venda é da vendedora, e não do banco. O banco não tem risco de crédito.
O que ocorre é uma operação na qual todos têm facilidades e benefícios. A empresa coloca o preço do produto de volta ao seu preço de venda original, pagando menos impostos, já que não tem mais tantos juros embutidos.
O cliente tem um crédito liberado mais rapidamente, já que está atualizando o limite de crédito preestabelecido para a vendedora. O banco não analisa seu cadastro, e não concede crédito para os compradores. Isso agiliza muito o processo e, muitas vezes, o comprador consegue prazos para pagamento ainda maiores do que conseguiria se estivesse financiando diretamente com a vendedora.
E o banco ganha cobrando juros de vendedora. É claro que a indústria vendedora ainda pagará juros, mas menores, e sem incidência de imposto. E ainda poderá ganhar mercado vendendo seus produtos mais barato do que a concorrência, e com prazos de pagamento maiores.
2.8 Compror 
É um produto destinado a pessoas jurídicas e semelhante ao Vendor, mas ocorre quando grandes empresas (como grandes magazines) compram de pequenos fornecedores. Normalmente, os pequenos fornecedores não têm condições de oferecer o prazo que os grandes exigem, e são obrigados a reduzir suas margens de lucro tomando capital de giro emprestado nos bancos, para suportar o prazo exigido por seus clientes, os grandes compradores. Além disso, pequenos fornecedores tomam recursos a custo maiores do que grandes empresas.
No compror, as grandes empresas abrem uma linha de crédito junto aos bancos, com custos muito menores, para financiar suas compras. Elas conseguem preço muito menores nos produtos, pois podem prometer aos fornecedores pagamentos imediatos.
A Grande loja compra o produto, e o fornecedor (a pequena empresa) recebe o valor da venda no dia seguinte, sem precisar dar prazo. É o banco que irá financiar o comprador, dando o prazo que ele precisa, a um custo muito atrativo.
Novamente haverá menor incidência de impostos, pois o preço de venda será menor, já que o vendedor não precisará embutir os juros na operação.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desde estudo foi identificar a importância e o papel da contabilidade nos negócios empresariais, bem como conhecer as relações jurídicas, sócias e econômica, a política desta relações e seu campo de atuação, os eventos contábeis no patrimônio líquido e as movimentações com partidas dobradas.
As relações jurídicas, se materializada por meio de um contrato social. Nesta relações, a pessoa jurídica, que é o empresário individual, tem o direito subjetivo de cumprir com o dever jurídico, já na relação contábil existe sempre um lançamento a débito e outro a crédito, de acordo com o método das partidas dobradas.A contabilidade estuda o patrimônio das empresas, registrando seus fatos e atos financeiros, atuando nas constantes mudanças desse patrimônio dando controle, organização e maior planejamento a quem administra. A contabilidade decide o caminho a ser traçado e tomado para atingir com mais rapidez e eficácia as finalidades da empresa, usando seus registros e informações para atingir os objetivos propostos. Entretanto, como esta área é muito ampla, sugere-se que os acadêmicos aprofundem seus conhecimentos no ramo da contabilidade.
REFERÊNCIAS
Londero ;Peres; Charão. A CONTABILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, UFSM Santa Maria 2005 
NASI, Antônio Carlos. A contabilidade como instrumento de informação, decisão e controle da gestão. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n.77, 1994.
Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/a-importancia-contabilidade-gerencial-para-micro-pequena-.htm
REIS;NOGUEIRA;RITTER;SILVA;MICHELS1. A CONTABILIDADE NOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS, UNIASSELVI 2017
Fonte:http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/contabilidade-empresarial/
SEBRAE. In: ESTUDOS e pesquisas. São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 10 de abril de 2008.
SEBRAE. In ESTUDOS e pesquisas. Fatores Condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil. Brasília, 2004.
SILVA, Daniel Salgueiro. Manual de Procedimentos Contábeis para Micro e Pequenas Empresas, 5.ed. Brasília: CFC: Sebrae, 2002.
OLIVEIRA. Marilisa Montoani de. Contabilidade gerencial: a aplicação na gestão de microempresas e empresas de pequeno porte. 2005. 71f. Monografia. Universidade de Taubaté. 2005.
FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
 Fonte:http://rascunhododireito.blogspot.com/2012/06/resumao-fato-juridico.html
IURY,B,R; NORBERTO,A,K,JR;PAULO,R,O,S; Análise mercado de capitais, Uniasselvi 2011

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