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Artigo - A importancia da música na pratica educativa - Arte e Educação - Cristhiany Rodrigues de Oliveira

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A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA PRÁTICA EDUCATICA
OLIVEIRA, Cristhiany Rodrigues de
MICHELON, Claudia
RESUMO
Este artigo mostra a importância da Musica na Pratica Educativa Pedagógica na Educação Infantil e Ensino Fundamental nas séries iniciais, como ferramenta no desenvolvimento do aprendizado e estímulo de sentidos. A busca por estratégias e instrumentos que levem a um bom termo. O objetivo principal da música na aprendizagem é proporcionar ao aluno, conhecimento de maneira gratificante, espontânea e criativa não deixando de ser significativa, deixando de lado os sistemas educacionais extremamente rígidos. A música contribui, tornando o ambiente escolar mais agradável e alegre, ajudando na socialização das crianças com seu grupo escolar, podendo ainda ser usada para relaxar os alunos depois de atividades físicas, acalmando os alunos diante da tensão de uma prova, por exemplo, além de ser um poderoso recurso didático.
Palavras-chave: Música, Lúdico, Ensino-Aprendizagem.
ABSTRACT
This article shows the importance of Music Pedagogical Educational Practice in Early Childhood and Elementary Education in the early grades, as a tool in the development of learning and stimulation of senses. The search for strategies and tools that lead to a successful conclusion. The main purpose of music in learning is to provide the student knowledge of rewarding, spontaneous and creative way while remaining significant, leaving aside the extremely rigid educational systems. The contributes music, making it more pleasant and cheerful school environment , helping in the socialization of children with their school group , may also be used to relax the students after physvical activities , quieting the students before the tension of a test, for example , in addition to be a powerful teaching tool .
Keywords: Music, Playful, Teaching learning programs.
 INTRODUÇÃO
A música é reconhecida como uma espécie de modalidade que desenvolve a mente humana promove o equilíbrio, proporcionando um estado agradável de bem-estar, facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio.
A música é uma linguagem universal, que está entre os homens desde a antiguidade. Segundo Bréscia (2011, p.25), “na Grécia Antiga, a música estava presente em todas as manifestações da coletividade, tanto nas festas religiosas como nas profanas”. 
Entre tantos significados que damos à música, não podemos deixar de lado os efeitos que ela nos oferece como sentimento e emoção, pois o poder que exerce sobre nós é indiscutível. Quem nunca se emocionou ouvindo um som romântico e prazeroso, que invade nossas lembranças tocando todo o nosso interior? E como se ainda não bastasse, quando ouvimos um som alegre e agitado, sentimos vontade de expressar a alegria e nosso corpo reflete a vontade de dançar e se mover. 
Na aprendizagem, ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, são atividades que despertam, estimulam e desenvolvem além do gosto musical, a capacidade de convivência, socialização, inclusão, raciocínio, criatividade e outros dons e aptidões, por isso se torna um relevante recurso didático, devendo estar presente cada vez mais nas salas de aula, fazendo com que a criança se interaja com o mundo de um modo interessante e prazeroso.
O objetivo do artigo é provar que com base nos conhecimentos adquiridos no curso de pós-graduação em Musicalização e na pesquisa feita com profissionais da área de música nas escolas, sobre a aplicação dessa disciplina nas atividades de sala de aula. 
O resultado dessa troca de experiência comprovou que, as crianças que desenvolvem um trabalho com a música apresentam melhor desempenho na escola e na vida como um todo e geralmente apresentam notas mais elevadas quanto à aptidão escolar. É nessa perspectiva que abordaremos a música nesse artigo.
No primeiro capítulo do artigo será apresentado os benefícios e os problemas da Musical na prática educativa. 
Já no segundo capítulo será abordado o desenvolvimento do artigo, integrando o capítulo com a história da música, definição de Música e Musicalização. O terceiro capítulo fala sobre o Professor de música na atuação e a disciplina de Arte, Música no Processo de Ensino-Aprendizagem, Música como forma Lúdica, o aprender brincando. Quarto capítulo a Música e suas Importâncias na Pratica Educativa. O quinto capítulo traz o resultado da pesquisa realizada na escola com professores da disciplina de Artes Visuais e Educação Musical e alunos da pós-graduação em Arte e Educação. Finalizando o artigo com as considerações finais.
1 BENEFÍCIOS E PROBLEMAS DA MÚSICA NA PRATICA EDUCATIVA.
A música ajuda a afinar a sensibilidade de seus alunos, aumenta a capacidade de concentração, desenvolve o raciocínio lógico-matemático e a memória, além de ser um forte desencadeador de emoções. Os benefícios de uma boa Iniciação Musical se estenderão para todas as áreas da aprendizagem.
"Se a criança está cantando, tocando ou ouvindo uma melodia, está aprendendo muitas outras coisas, como ritmo, afinação ou a questão dos intervalos".
Segundo Bem & Hentschke(2003), os benefícios de levar a música para a prática educativa são:
- Desenvolvimento da expressão;
- Ajuda as crianças a perder a inibição ao falar;
- Exercita o raciocínio;
- Leva a criança a descobrir e mostrar aos outros seus talentos;
- Eleva a autoestima;
- Permite conhecer melhor o seu corpo e utilizar o seu potencial;
Segundo a afirmação de Beyer, há uma defasagem na aquisição da linguagem musical e isso se explica por ela ser mais complexa que a fala. O desenvolvimento psicológico em música é posterior ao da linguagem falada, pois a assimilação de significações em música só ocorreria depois de construídas as significações da linguagem falada. Beyer diz que a linguagem musical é mais complexa que a linguagem falada por se constituir de um número maior de parâmetros sonoros.
Presente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, a educação musical ainda é alvo de dúvidas entre gestores e docentes. A falta de professores e recursos financeiros, além de problemas com a infraestrutura das salas de aulas são algumas das dificuldades enfrentadas para o ensino dessa e de outras formas de arte nas escolas públicas. 
Percebe-se que a música na educação brasileira ainda é vista como acessório para entretenimento, como um recurso de reposição em momentos em que não se é possível cumprir o planejado pelo currículo escolar, sem a importância devida como material didático-pedagógico que possa contribuir para o desenvolvimento no ensino aprendizado do aluno. As escolas tentam enquadrar-se para a inclusão da nova disciplina usando estratégias inadequadas, reforçando a ideia de que essa atividade, como conhecimento científico, não apresenta o mesmo valor das outras disciplinas.
Porém, iniciativas de formação de professores e propostas de redes e escolas mostram que, mesmo com poucos recursos, é possível introduzir a música, influenciar o ensino de outras disciplinas e aumentar o repertório cultural dos estudantes.
Em relação às atividades com a música Hernandez- La Cruz apud Brèscia (2003), afirma que se fosse desenvolvidos exercícios musicais com os alunos não só diminuiria as desistências, como também despertaria mais a sensibilidade humana, aumentando a autoestima e eficácia, contribuindo à vida social.
2 HISTÓRIA DA MÚSICA
O ensino de música nas escolas brasileiras iniciou-se no século 19. A aprendizagem era baseada nos elementos técnico-musicais e realizada, por exemplo, por meio do solfejo. No fim da década de 1930, no entanto, Antônio Sá Pereira e Liddy Chiaffarelli Mignone buscaram inovações. Sá Pereira defendia a aprendizagem pela própria experiência com a música; Chiaffarelli propunha jogos musicais e corporais e o uso de instrumentos de percussão.
Naquela época, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) ganhava destaque. Em 1927, três anos depois de conviver com o meio artístico parisiense, ele voltou ao país e apresentou, em São Paulo, um plano de educação musical. Em 1931, o maestro organizou uma concentraçãoorfeônica chamada Exortação Cívica, com 12 mil vozes. Após dois anos, assumiu a direção da Superintendência de Educação Musical e Artística, quando a maioria de suas composições se voltou para a educação musical. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas tornou obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o curso de pedagogia de música e canto.
Em 1960, projeto de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro para a Universidade de Brasília (UnB) deu novo impulso ao ensino da música, com a valorização da experimentação. A idéia era preservar “a inocência criativa das crianças.” Duas décadas depois, a criação da Associação Brasileira de Educação Musical e da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas (Abrace) contribuiu para a formação de professores no ensino das linguagens artísticas em várias universidades. No ensino de música, a experiência direta e a criação são enfatizadas no processo pedagógico.
Na década de 1990, o ensino de artes passou a contemplar as diferenças de raça, etnia, religião, classe social, gênero, opções sexuais e o olhar mais sistemático sobre outras culturas. O ensino passou a ter valores estéticos mais democráticos.
Fazendo uma retrospectiva da música, temos, assim como muitos acontecimentos, a influência direta da Grécia antiga, onde grandes filósofos como Platão e Aristóteles relatavam que a música era um importante componente para a formação social e até mesmo o caráter do individuo. A música no período medieval era destinada principalmente ao Louvor a Deus, assim o aprendizado de música transportou-se para à igreja. 
 Temos uma transformação da música no período histórico do renascimento, onde a criança que antes era idealizada como objeto de diversão das pessoas, começou a ser vista como uma necessitada de cuidados especiais e ter importância. Nesse período tiveram início escolas de formação em música, também conhecidas como "conservatórios", procuradas para o ensino das crianças. No Brasil, a música começou a ter importância na época do Estado Novo com Villa-Lobos e seu programa de canto orfeônico que recebeu verbas do estado para desenvolver o projeto. Assim o mesmo relatava: "Prometo de coração servir a artes, para que o Brasil possa, no futuro, trabalhar cantando". Heitor Villa Lobos foi um importante agente transformador para a institucionalização da música no meio escolar, onde o canto orfeônico era utilizado como exaltação à pátria, então Getúlio Vargas torna o projeto obrigatório nas escolas públicas e assina um decreto para torna a decisão bem vista no meio social.
 A música neste momento histórico passa a ser utilizada como meio de exaltação da pátria, e o então Presidente da República Getúlio Vargas torna o canto orfeônico obrigatório nas escolas públicas. Para isso, assinou o decreto nº 18.890, de 18 de abril de 1932, dessa forma, ele proporcionaria a divulgação do seu regime. (LOUREIRO, 2003). A música teve e ainda continua tendo grande influencia na formação cultural, moral, educacional e até mesmo social, confirmando o argumento temos, na era ditatorial, vários artistas que foram censurados por relatar como o governo estava sendo opressor em relação à sociedade brasileira, e os artistas estavam influenciando diretamente no conhecimento cognitivo das pessoas e criando argumentos para eles contestar o governo.  
 Esta também é importante componente das festinhas, igrejas, da vida humana, assim chega-se a indagação, o que seria do mundo se não existisse música? E Friedrich Nietzsche relata: "Sem música a vida seria um erro". Com vários benefícios para o ser humano, a música trabalha o cérebro, desenvolve a sensibilidade, o pensar, a audição, o emocional, desenvolve a inteligência, o raciocínio lógico, movimentação corporal, diminui o stress, aumenta a concentração, entre muitas outras finalidades. 
 Segundo Nogueira (2003), as pessoas já imaginavam no passado que ao colocar uma música serena para um bebê, ele tende a se tornar mais calmo, colocá-lo ao lado esquerdo junto ao peito, também. De acordo com pesquisas, enfatizando o segundo exemplo citado, a criança nessa posição ouve as batidas do coração e para ela, este já era um som conhecido, quando estava no útero materno. Além desse fato, outros foram comprovados em estudos realizados, com a intenção de verificar o grau de abrangência musical. Constatou-se que pessoas que tinham uma prática musical apresentavam um desenvolvimento significativo, particularmente em regiões responsáveis pela audição, visão e coordenação motora. Assim sendo, a música passou a ser apontada como uma das áreas mais importantes a serem trabalhadas durante a infância. Não importando se este contato musical seja por meio de aprendizagem instrumental, ou se apenas pela apreciação. Platão afirmou que a música é a ginástica da alma. E como tal deve ser exercitada (NOGUEIRA, 2003). 
 Um grande conflito que envolve a música no âmbito educacional atualmente, é que esta é vista na maioria das vezes como uma forma de lazer e entretenimento ou somente para ajudar em outras áreas do conhecimento, assim ela não é reconhecida por muitos como componente e integrante curricular destinada ao abastecimento do conhecimento. Tal pensamento deve ser extinto da sociedade, pois a música vem transformar o ser, ela consegue chegar até o mais profundo das pessoas e tem o poder de cura. 
 Cruvinel (2003) ressalta que no contexto contemporâneo acredita-se que através do ensino de música nas escolas, os alunos poderão ter uma educação musical transformadora, onde poderão vivenciar novas experiências tanto no âmbito individual quanto no coletivo. A partir da experiência em grupo, os alunos poderão vivenciar situações e dinâmicas, interagindo e socializando com os demais colegas, contribuindo para que sua formação musical e instrumental seja mais lúdica. O educador musical deve conduzir a aula, trabalhando uma formação musical mais crítica. Portanto, entre muitas funções a música tem um papel crucial para o coletivo, ela faz com que haja uma interação entre as pessoas, desenvolve a linguagem e, além do mais, ela tem fundamental importância em relação a comunicação oral. Para que o ensino de música tenha respaldo e seja bem desenvolvido, faz-se necessária a contratação de professores qualificados para a área. 
 Não adianta ter um educador que apenas utilize a música propriamente dita, como as dos cantores, e atiram aos alunos para aprendê-las. Ela é uma linguagem, desenvolve potencial e deve ser tratada como tal, com respeito, dedicação e não por mera diversão. Segundo Fialho (2007), Demori (2007) e Arinaldi (2007), ensinar música na escola não significa necessariamente o ensinar a tocar um instrumento especifico, mas, sim, apresentá-la como área do conhecimento e suas especialidades, com intuito de possibilitar usar práticas musicais coletivas e conteúdos que ajudem na formação do aluno. Também, conforme as autoras, a simples apreciação já é um bom exercício para os principiantes. 
 A partir de uma simples aula sem obrigação, o aluno pode dar sua opinião, expor seu ponto de vista e, assim, começar a agir com visão crítica, podendo experimentar cantar, compor ou tocar um instrumento musical. Quando o professor utiliza essa atividade como instrumento didático-pedagógico, além de ampliar os conhecimentos pode proporcionar aos alunos momentos agradáveis, estimulando - o a expressar-se artisticamente e, assim, superar as angustias vividas no dia-a-dia, por meio de momentos prazerosos proporcionados pela arte. Desta forma, conclui-se que a música é parte integrante e de suma importância para o desenvolvimento humano em vários campos, e que não se deve deixar de lutar para chegar-se ao verdadeiro sentido dessa ação. A música é o mundo, e os alunos devem conhecer esse mundo. 
 Atualmente, a aprendizagem musical deve fazer sentido para o aluno. O ensino deve se dar a partir do contexto musical e da região na qual a escola está situada, não a partir de estruturas isoladas.Assim, busca-se compreender o motivo da criação e do consumo das diferentes expressões musicais.
2.1 MÚSICA E MUSICALIZAÇÃO
Música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. No sentido amplo é a organização temporal de sons e silêncios (pausas). No sentido restrito, é a arte de coordenar e transmitir efeitos sonoros, harmoniosos e esteticamente válidos, podendo ser transmitida através da voz ou de instrumentos musicais.
Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos etc., são atividades que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem a necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva, estética e cognitiva. Aprender música significa integrar experiências que envolvam a vivência, a percepção e a reflexão, encaminhando-as para níveis cada vez mais elaborados. (BRASIL, 1998, p.47).
De acordo com Bréscia (2003), a música é uma linguagem universal, tendo participado da história da humanidade desde as primeiras civilizações. Mas o conceito mais usado é que a Música é a combinação de (1: melodia, 2: harmonia e 3: ritmo), de maneira agradável para o ouvinte.
1. MELODIA: Certa sequência de notas organizadas sobre uma estrutura rítmica que encerra algum sentido musical.
2. HARMONIA: Combinação de notas musicais, para produzir acordes e logo para produzir progressões de acordes.
3. RÍTMO: Organização do tempo segundo a periodicidade dos sons.
Musicalização é o processo de construção do conhecimento musical: seu principal objetivo é despertar e desenvolver o gosto pela música, estimulando e contribuindo com a formação global do ser humano. É feita através de atividades lúdicas visando ao desenvolvimento e aperfeiçoamento da percepção auditiva, imaginação, coordenação motora, memorização, socialização, expressividade, percepção espacial etc.
 O lúdico funciona como elemento motivador para o desenvolvimento da expressão musical, em um processo cujos principais elementos são a imitação, a percepção e a criação.
3 PROFESSOR DE MÚSICA: LDB/96 E OS PCN DE ARTE
 
Com a LDB/96, a nomenclatura Educação Artística é extinta passando a ser adotado o termo Arte. Desde então, segundo (PIRES,2003) esta disciplina é entendida como uma área de conhecimento com tanta importância como as outras, porém ainda “mantém a multiplicidade da área artística prevista na legislação anterior” (Lei nº 5.692/71) e “a área de Arte continua a integrar quatro linguagens artísticas: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro” (p. 3). 
O professor licenciado em Música passa a atuar também na escola de ensino básico como professor da disciplina Arte. Antes, já estava habilitado a lecionar em escolas livres de música desenvolvendo a docência do seu instrumento de maior habilidade. Pode-se dizer que este foi e ainda é um caminho informal da educação, ou seja, para caso o aluno queira um certificado ou diploma de conclusão de curso emitido por esta escola, este não teria efeito legal algum.
No caso de preferir atuar na rede de educação básica, a este professor ainda cabem dois caminhos. O primeiro é o da docência na escola em projetos de música no contraturno como regente de orquestra, coro, fanfarra ou ainda ministrando aulas de instrumentos para pequenos grupos, porém, no período do contraturno, ou seja, fora da grade curricular obrigatória. O outro é o da docência formal e o de maior procura pelo mercado da educação: o de professor de Arte. Nesse sentido, como explicitado nos parágrafos anteriores, o professor de música começa a ministrar os conteúdos previstos no currículo nacional não só de Música, mas também os da Dança, do Teatro e o das Artes Visuais.
 Segundo (PIRES, 2003) 
A LDB/96 distancia-se da concepção de “atividade artística” da década de 70, inserindo a Arte nos currículos do ensino fundamental e médio como área curricular de conteúdos e objetivos próprios. Nesse sentido, a legislação atual rompe com a concepção, até então hegemônica, de música como atividade prática de função formativa, defendendo as especificidades dos conhecimentos de cada área artística (p. 31). 
Salienta (SARDELICH, 2001), que “o Ministério da Educação e do Desporto editou, em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs” que além de “apontar metas e qualidade para a educação do cidadão participativo, reflexivo, autônomo e conhecedor de seus direitos e deveres”, eles “foram elaborados para servir de referência ao trabalho do professor, respeitando-se a concepção pedagógica própria e a pluralidade cultural brasileira” (p.138). (PIRES, 2003), completa que nos PCN´s estão previstos os “conteúdos mínimos, objetivos, critérios de avaliação e orientações didáticas a serem desenvolvidos em cada uma das linguagens artísticas: música, artes visuais, teatro e dança” (p. 30, 31). Segundo (PIRES, 2003) “a LDB/96 representou um avanço em relação à Lei nº 5.692/71, ao extinguir as licenciaturas curtas que tanto comprometeram a formação dos professores desde a década de 70” que era oferecida pelas escolas normais de nível médio. Contudo, surge outra questão a respeito sobre “a formação considerada adequada para o professor de música nas escolas públicas” (p. 32). 10 Nos dias atuais é um professor que vive em constantes conflitos internos. Ainda na graduação enquanto aluno, vivencia a experiência de ministrar aulas (muitas vezes específicas de música) durante o estágio nas aulas de Arte da escola básica de ensino onde é, na maioria das vezes, advertido caso no seu planejamento não conste os conteúdos pertinentes ao que está posto no Referencial Curricular do Estado de Mato Grosso do Sul naquele dada série e bimestre. (QUEIROZ e MARINHO, 2006), estudiosos da educação musical reportam que: 
O ensino de música nas escolas brasileiras, mesmo diante de uma trajetória que se aproxima dos 80 anos, ainda precisa de ações concretas e de estudos que possam fortalecer a sua estruturação e os seus direcionamentos pedagógicos na educação básica (p. 74). 
Para entender melhor alguns dos dilemas apontados no parágrafo anterior, é necessário conhecer como foi o processo de implantação da música na escola formal desde o canto orfeônico até a implantação dela “como conteúdo curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica” (SARDELICH, 2001, p. 138). Sendo assim, a disciplina Arte passa a desempenhar função tão importante quanto à dos outros conhecimentos, porém tendo as suas particularidades. Além disso, ela passa a desempenhar a função de propiciar “o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana” (BRASIL, 1997, apud SARDELICH, p. 138). Sardelich pergunta-se no texto, se este professor de Arte teria, mediante sua formação inicial e permanente, condições de corresponder ao que almeja os PCNs. Na pesquisa da autora, esta refere: 
Buscamos identificar, na opinião das professoras, quais os aspectos mais deficientes da sua formação inicial e, dentre os mais frequentes, foram mencionados: a ausência da prática da sala de aula que se traduz tanto na habilidade de domínio da sala quanto na habilidade de adequar conteúdos à realidade vivida pela clientela escolar; a escassa compreensão e domínio das leituras humanas, nos grupos em geral e não apenas com as crianças; a rara conexão entre teoria e prática; a falta de comunicação existente entre o professor e aluno que se faz representar por sentimentos de opressão; o privilégio de um ensino “decoreba” avesso à produção do conhecimento; a dificuldade do acesso aos livros; a carência de aulas de desenho, canto e teatro, (p. 143). 
 Sardelich aponta que “as habilidades básicas de ouvir, criar, decidir, resolver problemas, somadas às qualidades pessoais de autoestima e sociabilidade, não costumam ser consideradas nos cursos de formação” (p. 143), ou seja, os professores que se formam nas licenciaturas de Artes Visuais, de Música, Dança ou Teatro não estariam prontos para exercer tais habilidades muitomenos aptos a desenvolverem-nas na escola. Outros pontos deficientes na formação são o fato de[...] as licenciaturas [...] focalizarem [...] prioritariamente, a psicologia do desenvolvimento. Esta corrente tem nos habituado a pensar a criança na perspectiva de um organismo em formação, que se desenvolve por estágios, dentro de certa cronologia.
 Na década de 90, a LDB/96 mantém obrigatório o ensino de Arte, porém “compondo uma área de conhecimento – a área de Arte”, diferentemente da década de 70 quando a música também era uma das linguagens só que na subárea Educação Artística e dentro do “campo maior de conhecimento: Comunicação e expressão” (p. 34). (PIRES, 2003) reafirma que embora a nova lei favoreça a presença da música, nos Parâmetros Curriculares Nacional de Arte, “ela ainda não conquistou sua autonomia nem sua importância” (p. 35). Nesse sentido, a configuração atual, que está posta é: professores de Arte devem lecionar as quatro linguagens, mesmo tendo a formação em apenas uma delas.
3.1 MÚSICA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Segundo Bréscia (2003) a música é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma afetiva consciência corporal e de movimentação.
Os primeiros anos de aprendizagem são propícios para que a criança comece a entender o que é a linguagem musical, aprenda a ouvir sons e a reconhecer diferenças entre eles. "Todo o trabalho a ser desenvolvido na educação infantil deve buscar a brincadeira musical, aproveitando que existe uma identificação natural da criança com a música.
 A atividade deve estar muito ligada à descoberta e à criatividade".
Brincando, seus alunos estarão exercitando também habilidades que serão exigidas durante os anos seguintes, como o uso da métrica nas letras e as noções de rima e ritmo.
Está definitivamente superado o tempo em que o professor de música ficava à frente da turma dando aulas de teoria musical.
 Cartilhas que inventam nomes estranhos para notas musicais atrapalham mais do que ajudam. O desafio de ensinar música na pré-escola está em transmitir noções básicas de ritmo e harmonia sem ser monótono ou mecânico. 
 A criança se solta ao perceber que é capaz de fazer música,
a forma mais universal de comunicação. E, uma vez criado, o canal musical não se desliga jamais.
A aprendizagem se desenvolve em um processo individual de construção por meio das diferentes formas de interagir com o ambiente Piaget (1977). Através da proposta de trazer a música e desenvolver atividades escolares com o ritmo, precisa-se compreender como a metodologia por meio da expressão musical pode influenciar no ensino-aprendizagem, pois, “A observação da natureza fornece-nos a primeira prova evidente da presença de ritmo no universo” Kàrolyi (1990, p. 25), pelo que acrescenta Brèscia (2003, p.67): 
Conhecemos a música desde o início de nossas vidas. Com um pulsar de célula se dividindo dentro do corpo de nossa mãe, já somos apresentados ao aspecto mais fundamental e universal da música: o ritmo.
O RCNEI recomenda a Iniciação Musical na pré-escola e dá ênfase à escolha do repertório, uma das chances que o professor tem de ampliar a visão de mundo do aluno. Convenhamos, se tem uma coisa que o brasileiro sabe fazer é música. Então vale misturar MPB de qualidade, músicas folclóricas, cantigas de roda, regionais ou eruditas. Lembre-se de trazer informações musicais novas e enriquecedoras.
Alguns registros de professores da Rede Pública de Ensino mostram que:
- As atividades com a música permitem o indivíduo, tanto criança quanto adulto, conhecer a si mesmo, desenvolvendo a noção de esquema corporal, localização espacial, lateralidade etc.
- Desenvolve a concentração, a criatividade, nesse sentido, favorece o trânsito interdisciplinar e facilita, estimula o processo ensino-aprendizagem;
- A música contribui para deixar a escola mais alegre e receptiva, proporcionando um ambiente acolhedor e receptivo, reduzindo a tensão em momentos de atividades e de avaliação;
O que sempre toca no rádio seus alunos já conhecem. Atenção na escolha das músicas mais adequadas para o alcance vocal das crianças.
Até os nove anos, a estrutura vocal da criança ainda está em formação. Ela não consegue cantar notas muito graves nem muito agudas.
Respeite as letras das músicas originais. Elas já possuem metrificação correta e facilitam a aprendizagem.
Segundo Basso e Marques (2009):
As mudanças políticas, econômicas e culturais que ocorrem na sociedade, atualmente, e o grande volume de informações estão se refletindo no ensino, exigindo, desta forma, que a escola seja um ambiente estimulante, que possibilite à criança adquirir o conhecimento de maneira mais motivada em movimentos de parceria, de trocas de experiências, de afetividade, do ato de aprender a desenvolver o pensamento crítico reflexivo.
Assim, como o relatado acima, a música é um dos elementos que passa a fazer parte destes novos instrumentos a disposição do professor, reconhecido pelo Decreto de Lei nº 11.769, a música, agora, tem seu ensino obrigatório no ensino regular.
3.2 ARTE EDUCAÇÃO: MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR
A arte é um instrumento para a transformação de seres humanos em sua integridade, desperta mais atenção em seu processo de sentir para o sentir dos outros. Desta forma, pensamento e sentimento se inter-relacionam.
A educação em Arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracteriza um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas (BRASIL, 1997, p. 19).
Na escola a preocupação é a reconstrução da sociedade e a colocação do sujeito a ela. Neste processo o aluno deverá ter a oportunidade de realizar sua visão do mundo, de sondar suas percepções e trocá-las com outros. Nesse sentido, o papel da arte, através de uma de suas linguagens torna-se obrigatório.
A música não pode estar segredada somente em comunidades que a compreendem, ela deverá ser compartilhada com o objetivo de desenvolver a crítica sobre a música que chega aos nossos ouvidos pelos meios de comunicação entendendo o objetivo que a mesma tenta alcançar.
A música, enquanto atividade social cria um espaço onde se dão as relações interpessoais. O espaço social criado para o aluno na escola é, desde o início, um mundo próprio, diferente do círculo familiar, no qual existem grupos maiores que impõem certos padrões de conduta, onde o aluno deverá desenvolver-se integrando-se a outras culturas distintas.
A música deve ser explorada de todas as formas, por inteiro, desde a sonoridade até a letra. Isso facilita o processo de educar a criança, pois desenvolve o seu senso crítico, e ela passa a ter uma visão inteira, completa, da realidade. A música traduz muita coisa, ela é carregada de emoção, e não de razão. O homem só chega aonde os sentimentos o levarem (Airton, p. 46, 2003). 
No espaço escolar, principalmente nas séries iniciais as crianças passam a desenvolver suas perspectivas intelectuais, motores, linguísticas e psicomotoras. Mas, a música também deveria ser praticada como matéria em si, como linguagem artística, forma de cultura e expressão. A escola deve ampliar o conhecimento do aluno, favorecendo a convivência com os diferentes gêneros musicais, apresentando novos estilos, proporcionando um diagnóstico reflexivo do que lhe é apresentado, permitindo que o aluno trone-se um ser crítico.
3.3 MÚSICA COMO FORMA LÚDICA
Segundo Fonterrada (2008), a educação infantil, a música, a afetividade, e as atividades lúdicas se integram, pois têmcomo objetivo o desenvolvimento sócio afetivo e cognitivo da criança. A autora usa os termos: educar, aprender, cuidar e brincar. 
Para poder efetivar as práticas desses pressupostos, é necessário não somente as Leis, que regulamentam a educação infantil e o ensino de música, como também de professores capacitados; estabelecer metas; objetivos; planos e conteúdos. Sabe-se que, as escolas e creches, em sua maioria não têm estrutura física e materiais para concretização do ensino de música, mas com capacitação, criatividade e empenho os educadores podem oferecer aulas de música de qualidade aos alunos.
Marisa Fonterrada (2008), em seu livro Tramas e Fios, sugere que as atividades lúdicas podem ajudar nas aulas de música, uma vez que nem sempre é necessário ou possível ter instrumentos musicais para todas as crianças. Há outras formas de efetivar a musicalização que dispensam instrumentos musicais, e podem ser muito proveitosas, explorando métodos de educadores como Carl Orff, Dalcroze e Schafer, que nos possibilita fazer uso do lúdico na prática da educação musical, dando ênfase não apenas ao desenvolvimento cognitivo, mas também ao psicomotor, sensível e social, explorando ao máximo o estímulo da afetividade entre os alunos, e entre alunos e professor. 
As crianças gostam de acompanhar as músicas com movimentos do corpo, tais como palmas, sapateados, danças volteios de cabeça, mas, inicialmente, é esse movimento bilateral que ela irá realizar. E é a partir dessa relação entre o gesto e o som que a criança – ouvindo, cantando, imitando, dançando – constrói seu conhecimento sobre a música, percorrendo o mesmo caminho do homem primitivo na exploração e na descoberta dos sons (JEANDOT, 1990, p. 19).
Desta forma, a música pode contribuir para um ambiente de sala de aula mais acolhedor e descontraído, e com isto, possibilitar ações de alunos mais dispostos à receptividade de outras disciplinas.
3.3.1 APRENDER BRINCANDO
Os primeiros anos de aprendizagem são propícios para que a criança comece a entender o que é a linguagem musical, aprenda a ouvir sons e a reconhecer diferenças entre eles. "Todo o trabalho a ser desenvolvido deve buscar a brincadeira musical, aproveitando que existe uma identificação natural da criança com a música.
 A atividade deve estar muito ligada à descoberta e à criatividade".
Brincando, seus alunos estarão exercitando também habilidades que serão exigidas durante a vida escolar, como o uso da métrica nas letras e as noções de rima e ritmo.
 Sob o ponto de vista de Vygotsky (1991, p. 97), as atividades lúdicas são fontes de desenvolvimento proximal, pois a criança quando brinca demonstra e assume um comportamento mais desenvolvido do que aquele que tem na vida real, envolvendo-se por inteiro na brincadeira. Estas oportunizam situações de atuação coletiva, possibilitam imitações de comportamentos mais avançados de outro semelhante, a prática de exercício de funções e papéis para os quais ela ainda não está apta; o conhecimento e o contato com objetos reais e com aqueles criados para atender aos seus desejos de experimentação. O professor pode desenvolver, por meio da brincadeira, conhecimentos, habilidades e comportamentos que estão latentes ou em estado de formação na criança.
Algumas brincadeiras com músicas:
- O desenho que veio do som - De cada som sai uma imagem. Nessa brincadeira, a professora pede aos alunos que desenhem o som de algumas músicas.
Com isso as crianças expressam graficamente o que ouvem transitando de uma linguagem para a outra. Podemos também trabalhar com cenas de filmes e desenhos animados, mostrando as mudanças que a música sofre, dependendo de os momentos serem alegres, tristes, de tensão ou relaxamento.
- Sobre a linha - Para trabalhar noções de tempo e espaço podemos sugerir a seguinte brincadeira: Esticar uma corda no chão. A criança deve cantar uma música enquanto caminha por ela. O objetivo é fazer com que a música "caiba" no tempo em que ela caminha pela linha. Trabalha-se, assim, o equilíbrio, a percepção auditiva e o ritmo.
- O som e o silêncio - Outra brincadeira que é sucesso garantido é a de "estátua". Enquanto a música está tocando, as crianças devem caminhar ou dançar. Quando a melodia pára, elas também devem parar imediatamente. Podemos usar também 2 instrumentos: um representa o silencio o outro o som.
Nessas atividades, os alunos descobrem o valor do intervalo entre os sons na música.
- Outras atividades:
1- Pulso é o coração da música:
Andar, estalar os dedos, bater o pé, bater palmas, andar na ponta dos pés, andar nos calcanhares, andar na parte interna dos pés, andar imitando animais, batendo pauzinhos, batendo coquinhos, cruza/estala no pulso da musica;
2- Movimentos de 1 a 10:
 Contar de 1 até 10 batendo palmas no 1 e bater o pé no ultimo; A cada recontagem suprima o ultimo numeral. (1 ao 10) (1 ao 9) (1 ao 8), etc...
 3- Ritmo
Andar, estalar os dedos, bater o pé, bater palmas, andar na ponta dos pés, andar nos calcanhares, andar na parte interna dos pés, andar imitando animais, batendo pauzinhos, batendo coquinhos , cruza/estala no ritmo moda música.
4- Repetição rítmica – com cocos ou pauzinhos 
 A professora produz um som e as crianças repetem;
5- Legenda musical 
 Colocar na lousa alguns símbolos e combinar com as crianças que a cada um corresponde um som. 
Por exemplo: um risco na vertical = palma; estrela = beijo; cobrinha = silêncio, etc... A professora agora coloca uma sequencia de alguns símbolos e a criança reproduz como sons. 
6- História sonorizada 
 Reúna diversos materiais que produzam sons (tampas, colheres, bichinhos de borracha, pandeiros, sinos, guizos...). Invente uma história com as crianças ou reproduza uma história já conhecida utilizando esses objetos.
7 – Eco
 O professor produz uma pequena frase rítmica e os alunos, em seguida a reproduzem.
8 - Ostinato 
 É uma breve figuração melódica constantemente repetida durante uma composição. Inventando um ostinato para a música: responde perguntas como: Qual seu nome?; Quais frutas mais gosta?; O que compramos na feira?, etc. Pode-se usar pauzinhos, coquinhos, palmas, estalos, etc...
9- Passando objetos
 Em circulo, cada um com um objeto na mão (copo de plástico, latinha, pauzinho, etc). Cantar uma música e passar o copo no pulso da música.
10 - Cala/Canta
 Com pauzinhos, marcar o pulso da música. Cantando e marcando. Quando a professora toca o tambor, param de cantar e continuam marcando o pulso com o pauzinho. Ao novo sinal do tambor continuam cantando. Pode-se trocar os pauzinhos por estalos, palmas, coquinhos...
11 - Quente/frio cantado 
 Uma criança sai enquanto outra esconde um objeto. Ao retornar, a criança que estava fora da sala deverá encontrar o objeto. As demais crianças ajudam cantando alto ou baixo de acordo com a proximidade dela do objeto a ser encontrado.
12 - Quem está cantando? 
 Uma criança é vendada e fica sentada no colo da professora. As demais crianças andam livremente pela sala. Ao sinal da professora param e olham para ela. A professora aponta uma criança que deverá cantar uma musica.
A criança vendada deverá adivinhar quem está cantando.
13 - Um de nós foi-se embora
 Uma criança de olhos vendados. A professora aponta uma criança que sai da sala. Todos cantam a quadrinha abaixo e a criança que estava vendada deverá descobrir quem saiu. Um de nós foi embora, Quem será, quem será, Será aplaudido, Se o nome acertar.
14 -Trocando os desenhos
 Música calma. Cada criança com uma folha de sulfite e alguns lápis de cor iniciam um desenho. Ao sinal da professora, passam o desenho para o companheiro da direita. Após algumas rodadas a professora encerra a atividade. Os desenhos são expostos para observação de todos.
Essa atividade pode ser refeita sempre trocando os estilos de musica: erudita, samba, clássica...
15 - Passando muitas bolas 
 Crianças e professora sentadas no chão em círculo. Ao som deuma música vão passando uma bola. Periodicamente a professora introduz mais uma bola até que fiquem muitas bolas na brincadeira. Assim como introduziu, vai tirando uma a uma até que só reste uma.
16 - Caixa surpresa
 A professora coloca numa caixinha uma figura ou um bichinho de plástico. Iniciam cantando uma música ou recitando uma parlenda. Quando terminar, a criança que está com a caixinha abre e dá uma característica do animal. Continuam assim até que descubram qual o animal.
17 - Cantos de acolhida
a) Olá Sandra, bom dia Sandra 
 Que bom que você veio 
 Gosto muito de você.
b) Olá como vai? Olá como vai? Eu vou bem. Eu vou bem E você vai bem também legal, legal, legal, legal, legal, legal, legal.
c) Bom dia como vai você? Meu amigo como é bom te ver
Palma, palma, mão com a mão Agora um abraço de coração
18 - Altura e som
 Esticar uma corda no chão. Ao som agudo ficam de um lado da corda. Ao som grave do outro lado, previamente combinado. Use flauta ou xilofone.
Podemos substituir a corda por bambolê ou adaptar a brincadeira de morto/vivo.
19 - Regência de sons
 Faz-se grupos de 2, 3, 4, 5 alunos. Cada um deles inventa um som. Esses sons são memorizados pela classe. Escolhe-se uma outra criança para ser o regente que apontará para a criança e a classe reproduzirá o som.
20 - Sons da boca: 
 Exploração livre das possibilidades de produção sonora com a boca;
Cada criança inventa um som e os demais reproduzem; Construção de frases sonoras com sons inventados pelo grupo.
21 - Investigação das vozes de animais 
 Explorar livremente as possibilidades de sons imitando os animais;
Cantar uma melodia com voz de animal; Cantar a mesma melodia com voz de dois animais ao mesmo tempo.
22 - Jogo de identificação 
 Produção de sons com objetos variados: o professor produz um som e as crianças devem adivinhar o objeto; À medida que a capacidade auditiva for sendo desenvolvida, o grau de dificuldade do som produzido poder ser aumentado, inserindo-se dois ou três objetos simultaneamente.
23 - Dominó sonoro 
Dispostos em roda, a primeira pessoa emite uma sequencia sonora de dois sons, preferencialmente diferentes. A pessoa seguinte deverá imitar o segundo som e criar uma nova sequencia e assim sucessivamente.
24 - Jogo de palavras
 A primeira pessoa fala uma palavra. A seguinte deve falar outra com a silaba final da palavra precedente. Podem ser eleitos temas para cada rodada, aumentando o grau de dificuldade (frutas, flores, nomes de pessoas). Pode-se também compor palavras: pé-de-cachimbo; cachimbo de barro; barro-branco; branco da neve; neve gelada, etc.
25 - Sons da natureza
 De olhos fechados, sentados em círculo, imaginar e reproduzir o som daquilo que vai sendo descrito. (água caindo, vendo balançando as arvores...)
26 - Representação gráfica de sons 
 Formam-se 2 grupos, cada um com um tema. Eles deverão representar graficamente o desenho do lugar, representando o maior número de sons que lá existam e seus produtores. Organizar os sons numa partitura de imagens, inventando uma musica. Apresentar a partitura representando-a. Tentar ler a partitura do outro grupo.
27 - Jogo de interpretação Musical 
 Representar uma música com movimentos corporais, com ou sem auxílio de objetos.
28 - Coordenação de pés, mãos e boca
 Acompanhamento ou representação de uma música conhecida com sons produzidos pelos pés, mãos, boca (incluindo ou não o canto).
29 - Escutar o som do próprio corpo e do corpo dos companheiros.
Colocar a mão no peito “escutando” o coração, a respiração. Alternar momentos de repouso e de atividade física intensa. O professor poderá levar um estetoscópio. Escutar também a respiração, o espirro, a tosse, o bocejo, as batidas das mãos, de estalos...
30 - Produzir sons tocando diferentes partes do corpo: batidas no peito, bater palmas com 2, 3, 4, 5, dedos...
31 - Escuta dos sons ao redor representando-o através de desenho, massinha, pintura.
32 - Em dois grupos: um cantará Boi da cara preta e o outro Pirulito que bate bate. Inverter as canções. Trabalhando o respeito, a concentração.
33 - Escravos de Jó com a música Boi Sarapintado.
34 - O Jipe do Padre: O jipe do padre fez um furo no pneu. Colamos com chiclete Substituir gradativamente: jipe por vrum-vrum, padre por amém, furo por psss e pneu por boing.
3.3.2 ARTE E EDUCAÇÃO : CONSTRUINDO INSTRUMENTOS 
Quando a criança faz um instrumento, está trabalhando com a essência
do som. Qualquer instrumento de corda vai seguir o princípio de uma corda esticada sobre um corpo que amplifica o som. Mas para evitar o problema da afinação do instrumento, o melhor é produzir instrumentos de percussão. Para isso, trabalhe com sucatas. 
 
Chocalho de pote de iogurte
Material: 1 garrafinha de iogurte vazia; Um pedaço de madeira que encaixe na boca da garrafinha (ou um rolo feito de folhas de jornal retorcido e encapado com fita crepe); Fita crepe; Tintas coloridas; Grãos. Lave e seque muito bem a garrafinha. Prepare o cabo. Se for de madeira, lixe muito bem evitando deixar ferpas expostas. Se for de jornal, enrole-o de forma a ficar bem firme. Encape com fita crepe. Coloque alguns grãos ou contas dentro da garrafinha, Encaixe o cabo vedando com fita crepe e pinte com a tinta plástica.
Outro chocalho de pote de iogurte 
Material: 2 garrafinhas de iogurte, durex colorido, tinta plástica, grãos ou contas. Lave e seque muito bem as garrafinhas.
Coloque alguns grãos ou contas em seu interior. Uma as duas garrafas pela boca vedando com durex. Pinte na cor desejada enfeitando com durex coloridos
Lata cantante
Material: 1 lata (varsol); 2 toquinhos de madeira não muito grossos; 2 parafusos; tirinhas de metal (recolhidos em construção); tinta.
Lave bem a lata de varsol. Pinte-a de acordo com seu gosto. As tirinhas de metal devem ser colocadas entre os toquinhos de madeira e aparafusadas na lata, de acordo com a foto ao lado. Quando se bate nessas tirinhas, o contato delas na lata produzirá som.
Monocórdio
Material: 1 pote de margarina, ou de leite, ou outro que achar conveniente; 1 ripinha de madeira, um pedacinho de madeira; fio de nylon, prego e martelo; tinta. Com o prego faça dois furos nas duas extremidades da ripinha de madeira.
Passe o fio de nylon por esses furos amarrando-o de forma a ficar bem esticado. Se for utilizar um pote com tampa, cole de forma que não destampe. Faça um orifício no meio do pote e prenda a ripinha para que fique parecendo um violão.
Pandeiro
Material: 1 aro de madeira ou papelão duro (pote de sorvete grande). 6 tampinhas de garrafa de metal; martelo, pregos e arane.
Lixe e pinte o aro de madeira. Bata as tampinhas com o martelo, fure no meio e amarre 2 a 2, com arame.
Divida o aro em 3/3 e proceda o recorde onde será encaixado as duplas de tampinhas.
Chocalho de tampinhas de metal em suporte de madeira
Material: algumas tampinhas de metal (cerveja). Um suporte de madeira como o da foto ao lado; tinta; pregos e arame.
Abra as tampinhas com o martelo furando-as no centro. Passe um fio de arame por cada uma delas amarrando no suporte de madeira que já deverá estar lixado e pintado à gosto.
Reco-reco com garrafa de água
Material: 1 garrafa de água que tenha ondulações; barbante; 1 ripinha de madeira ou metal. Decore a garrafa á gosto.
Amarre uma ponta do barbante na boca da garrafa e a outra ponta na ripinha de madeira. Agora é só alegria!!!
Surdo
Material: 1 pote de sorvete de papelão ou um balde plástico; retalho de tecido grosso; barbante ou sisal grosso; retalhos de tecidos;
ripinha de madeira ou metal. Lave e seque muito bem o pote de sorvete. Decore o pote como achar melhor usando tinta. Canetas, colagem de papel, etc... Cubra a boca do pote com o tecido grosso amarrando-o com o barbante.
Faça uma trouxinha de tecido amarrando-a na ponta da ripinha que servirá de batedor.
Guitarra de caixa de papelão
Material: 1 caixa de papelão (pode ser de leite); 1 lápis ou uma ripinha de madeira; 3 elásticos de segurar dinheiro (oufio de nylon);
1 rolo de papelão (toalha de cozinha) ou uma ripinha de madeira. Faça um recorte oval no meio da caixa. Decore-a como achar conveniente.
Passe os elásticos de forma que fiquem bem esticados. Cole o rolo de papelão formando assim o braço da guitarra.
Coloque o lápis ou a ripinha conforme mostra o desenho ao lado.
Maracas
Material: 1 circulo de papelão grosso; tampinhas de garrafa (metal); tintas coloridas; fitas de cetim. Decore a gosto o circulo de papelão.
Dobre o círculo ao meio e cole 2 tampinhas de garrafa de cada lado de modo que batam uma na outra. Cole fitas de cetim coloridas.
Segurando como um sanduíche, na parte reta do semi circulo, bata uma tampinha na outra.
Pau de chuva
Material: 2 círculos de papelão; 1 rolo de papelão (toalha de papel); papéis coloridos. Alfinetes ou preguinhos, grãos e cola.
Enfie os pregos ou alfinetes por todo o tubo. Com um dos círculos, vede um dos lados do tubo de papelão.
Coloque os grãos ou contas no interior do tubo. Vede a outra boca do tuvo e decore com tinta ou colagem de papel.
Quando viramos de um lado e do outro, o tubo produz barulho de chuva.
Chocalho indígena
Material: 1 forquilha de madeira, barbante colorido; contas ou sementes que produzam som quando em contato uma com as outras, barbante resistente; cola; penas. Encape a forquilha com o barbante colorido, usando as penas para enfeitar. Fure as contas e passe o barbante resistente por elas amarrando na forquilha. Está pronto o chocalho indígena.
Violinha
Material: papelão, fios de nylon, tinta e pregos. Risque o contorno da violinha e recorde duas vezes. Numa delas faça um buraco no meio.
Monte a viola contornando com uma tira de papelão de mais ou menos 3 dedos de largura. Recorte e cole o braço da viola.
Pinte ou decore como achar melhor. Recorte um retângulo de papelão e se for muito fino cole um sobre o outro até que fique com a espessura de mais ou menos 1 cm. Faça 6 furos nesse retângulo. Faça também 6 furos no braço. Passe o fio de nylon pelos furos do retângulo
e cole-o na viola. Passe as pontas soltas dos fios nos furos do braço amarrando bem.
Chocalho de pé
Material: 4 embalagens de filme fotográfico, arroz ou outro grão, cola de contato (super bond) durex colorido (opcional).
Coloque os grãos dentro dos potes e feche-os. Cole um pote no outro, pelo fundo, dois a dois. Decore com durex colorido e amarre os potes nos pés das crianças que farão barulho quando dançarem.
4 MÚSICA E SUAS IMPORTÂNCIAS NA PRATICA EDUCATIVA
A música é uma grande aliada na prática educacional como estimuladora no ensino - aprendizagem e no desenvolvimento afetivo. Assim, ela contribui no resgate do sujeito como um ser construtor de conhecimento, que tem uma relação sadia com sua aprendizagem e como integrante de um grupo onde circula o seu saber.
Penna (1990, p. 80) considera que o mais importante é que o professor, consciente de seus objetivos e dos fundamentos de sua prática, onde a música deve ser encarada como uma produção e um meio educativo para a formação mais ampla do indivíduo – assuma os riscos – a dificuldade e a insegurança – de construir o seu caminho do dia-a-dia, em constante reavaliação.
A escola deve dar a seus alunos a opção de conhecer o que é música desde muito cedo, não apenas para criar neles o conhecimento de conceitos dos termos musicais, mas pode organizar esse entendimento para que cada um possa, com prazer, gostar de fazer música ou ouvir sabendo distinguir os diferentes tipos, as melodias, ritmos e as harmonias existentes em cada gênero musical.
As atividades de música permitem que a criança conheça melhor a si mesmas, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também permitem a comunicação com o outro. A fonte de conhecimento da criança são as situações que ela tem oportunidade de experimentar em seu dia a dia. Dessa forma, quanto maior a riqueza de estímulos que ela receber será seu desenvolvimento intelectual.
As crianças gostam de acompanhar as músicas com movimentos do corpo, tais como palmas, sapateados, danças volteios de cabeça, mas, inicialmente, é esse movimento bilateral que ela irá realizar. E é a partir dessa relação entre o gesto e o som que a criança – ouvindo, cantando, imitando, dançando – constrói seu conhecimento sobre a música, percorrendo o mesmo caminho do homem primitivo na exploração e na descoberta dos sons. (JEANDOT, 1990, p. 19).
Explorar dentro da escola os mais variados gêneros musicais aumenta o repertório musical das crianças e as alegrias na aprendizagem e no desenvolvimento. Damos maior importância para a influência da música no desenvolvimento da criança no espaço escolar, pelo fato de ser o lugar onde as crianças passam a maior parte da infância e juventude.
As crianças devem ter oportunidade de desenvolver sua afetividade. É preciso dar-lhes condições para que seu emocional floresça, se expanda, ganhe espaço. A falta de afetividade leva a rejeição aos livros, à carência de motivação para aprendizagem, à ausência de vontade de crescer. (Rossini, 2001, p. 15 e 16).
Nesse sentido, as experiências rítmicas musicais que permitem uma participação ativa ( vendo, ouvindo, tocando) favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalhar com os sons ela desenvolve sua acuidade auditiva; ao acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora e a atenção; ao cantar ou imitar sons ela está descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive.
Contando com todos os benefícios que a educação musical traz podemos explorar métodos que nos permita fazer uso do lúdico na prática, dando ênfase não apenas ao desenvolvimento cognitivo, psicomotor, e outros pontos positivos, e explorar ao máximo o estímulo da afetividade entre os alunos, e entre alunos e professor, fazendo com que o ambiente de sua sala de aula se torne aconchegante e descontraído, e com isto, teremos alunos mais dispostos à receptividade de outras disciplinas.
A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana, o que por si só justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral (BRASIL, 1998, p.45). 
Na educação infantil a escola e o professor devem trabalhar juntos para propiciar espaços e situações de aprendizagens que envolvam todas as capacidades humanas, como, afetivas, cognitivas, emocionais e sociais. Fonterrada (2008), fala da importância da integração entre a educação infantil, a musicalização, a afetividade e as atividades lúdicas, e de como tal integração favorece o desenvolvimento das crianças, processo este que a autora chama de educar, aprender, cuidar e brincar. A educação deve ser um processo envolvente e que desperte interesse e satisfação dos alunos. Assim, como sugere o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, o professor pode e deve usar destes recursos (afetividade e lúdico) para promover uma Educação Musical efetiva, em um ambiente de aprendizagem rico e prazeroso para os alunos.
5 RESULTADO DA PESQUISA
A Pesquisa contou com a participação de 12 profissionais das disciplinas de Educação Musical e Arte, que atuam no ensino da música em sala de aula, visando trazer novas opiniões e dicas para uma boa aula de Educação musical e Arte. Para tal, foram utilizadas perguntas abertas e apresentadas de forma livre. Obtendo as seguintes perguntas e respostas: 
Quando perguntamos aos professores se eles foram contratados como professor de música? A maioria disseram que não, foram contratados para outras disciplinas, mas que utilizam a música como recurso de apoio educacional.
Nos dias de hoje, o número de professores com formação em música é muito baixo perto da importância que a educação musical traz para dentro das escolas. 
Em algumas escolas são os professores formados em artes que lecionam as aulas de música, mas a maioria ainda não possuiu determinada formação universitária,ou mesmo formação formal em música por um conservatório. Porém procuram cursos de musicalização, por exemplo, para suprir a falta desses profissionais na área.
De acordo com Brito (2003, p.46), “A educação musical não deve visar a formação de possíveis músicos do amanhã, mas sim a formação integral das crianças de hoje”.
Seguindo a pesquisa, foi questionado a quantidade de anos trabalhados na docência na área de música. A maioria dos participantes tem no máximo 2(dois) anos de docência na música, os outros com experiência superior a 2(dois) anos.
Todos os entrevistados não tem nenhuma Graduação na disciplina de música, foram contratados por ter alguma experiência com a música seja em escola ou em igreja.
Outra questão foi, se o professor tocava algum tipo de instrumento musical? Nem todos tocam instrumento musical, porém utilizam na sala de aula instrumentos básicos fabricados por eles mesmos, para despertar nas crianças um interesse maior e auxiliar também no desenvolvimento da criatividade.
E qual a reação das crianças? Todos disseram que é positiva, a crianças participam com muito prazer.
Que tipo de material é usado na aula? Todos utilizam áudio e vídeo, alguns gostam de instrumentos, porém não são profissionais.
A música pode auxiliar outras disciplinas? Todos responderam que sim, a música facilita a concentração e o desenvolvimento do raciocínio.
Segundo Bréscia (2011), a música tem sido denominada como uma disciplina de expressão, que enriquece a vida das crianças por meios das oportunidades que oferece na participação dos sentimentos uns dos outros de se expressarem, enquanto criam, executam, ouvem e observam. E, sobre tudo a música, tem grande valor como uma disciplina socializadora.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O emprego da música como estratégia educacional, permite a motivação dos alunos, desperta a curiosidade, mantem a atenção e reduz a ansiedade produzindo efeitos positivos.
A música acompanhada pelos métodos de relaxação é uma estratégia que serve para desenvolver a concentração dos alunos e permite que o professor controle melhor o aluno, além de proporcioná-lo um lugar agradável favorecendo um aprendizado prazeroso.
Utilizando a música como estratégia de apoio aos alunos para vencer as dificuldades de certos conteúdos, compreender a leitura e escrita e expressão oral, assimilação do conteúdo e socialização entre todos.
Segundo Rossi, a música: [...] aparece em várias formas: como estimuladora para outras matérias, como material de estudo da literatura e da poesia, como apoio para fazer relaxamento e em inúmeras outras ocasiões; contudo, raramente é encarada como área específica de conhecimento.
Entretanto, a música está presente de forma maciça na sociedade, que faz uso, inclusive, de seu poder manipulador. Entende-se então, que é justamente a instituição escolar que deve se apropriar de todos os conteúdos sobre essa forma de arte para transformar a música em conhecimento e, com isso, ampliar o horizonte intelectual e artístico dos jovens.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ZAGONEL, Bernadete. Brincando com Música na Sala de Aula: Jogos de criação musical usando a voz, o corpo e o movimento São Paulo Saraiva 2012. 
� Acadêmica do Curso de Arte e Educação do Instituto Educacional Cristal Noroeste.
� Coordenadora Pedagógica do Curso de Arte e Educação do Instituto Educacional Cristal Noroeste.

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