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A7 Poderes adm, meios sumários, penas, poder regulamentar, etc,etc,etc

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PODERES ADMINISTRATIVOS:
· Poder Vinculado
· Poder Discricionário
· Poder Hierárquico
· Poder Disciplinar
· Poder Regulamentar
· Poder de Polícia
· Polícia Sanitária
PODER VINCULADO E PODER DISCRICIONÁRIO
Poder Vinculado (Ato)
· São aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização
· Desatendido qualquer requisito, compromete-se a eficácia do ato praticado, tornando-se passível de anulação pela própria Administração, ou pelo Judiciário, se assim o requerer o interessado 
· Impõe-se à Administração o dever de motivá-los, no sentido de evidenciar a conformação de sua prática com as exigências e requisitos legais 
Poder Discricionário (Ato)
· São os que a Administração pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, ou de sua oportunidade e do modo de sua realização 
· Ao judiciário é defeso examinar o mérito do ato administrativo discricionário
· discricionariedade significa, assim, o poder de escolha do administrador, com base em juízo de conveniência e oportunidade, poder este facultado pela lei. 
PODER HIERÁRQUICO
· Conceito: é o poder que o Executivo dispõe para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores.
Poder Hierárquico e Poder Disciplinar não se confundem, mas andam juntos, por serem os sustentáculos de toda Organização Administrativa.
OBJETIVO: ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito interno da Administração Pública.
· Ordenar: repartir e ordenar as funções entre seus agentes;
· Coordenar: no sentido do funcionamento harmônico de todos os serviços a cargo do mesmo órgão;
· Controlar: velar pelo cumprimento da lei, das instruções e da conduta e rendimento de cada servidor;
· Corrigir: erros administrativos, pela ação revisora dos superiores sobre os atos dos inferiores.
PODER DISCIPLINAR
· CONCEITO: é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração.
· O Estado exerce sobre todos os que se vinculam a Administração, por relações de qualquer natureza e se subordinam as normas de funcionamento do serviço ou estabelecimento que passam a integrar definitivamente ou transitoriamente. 
A Administração Pública no Poder Hierárquico distribui as funções executivas e no Poder Disciplinar ela controla o desempenho dessas funções e a conduta interna de seus servidores, responsabilizando-os pelas faltas cometidas.
PODER DISCIPLINAR DA ADMINISTRAÇÃO X PODER PUNITIVO DO ESTADO
Poder Disciplinar: é faculdade interna da Administração, e só abrange infrações relacionadas com o serviço.
Punição Criminal: tem finalidade social, visando a repressão de crimes e contravenções definidas nas leis penais e é realizada pelo Poder Judiciário.
· PROCESSO ADMINISTRATIVO PUNITIVO DISCIPLINAR:
· CARACTERÍSTICAS:
· Também chamado impropriamente de "inquérito administrativo", é o meio de apuração e punição de faltas graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime funcional de determinados estabelecimentos da Administração. 
· É sempre necessário para a imposição de pena de demissão ao funcionário estável (art.41, §1 da CF), tendo a jurisprudência entendido que também o é para o efetivo, ainda em estágio probatório.
· FASES:
1. Deve ser instaurado por portaria da autoridade competente, na qual se descrevam os atos ou fatos a apurar e se indiquem as infrações a serem punidas, designando-se desde logo a comissão processante. 
2. Na instrução do processo, a comissão processante tem plena liberdade na colheita de provas, podendo socorrer-se de assessores técnicos e peritos especializados, bem assim examinar quaisquer documentos relacionados com o objeto da investigação, ouvir testemunhas e fazer inspeções in loco. 
3. No julgamento, a autoridade competente deverá sempre fundamentar a sua decisão.
· INTERFERÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO
· Pode verificar se a sanção imposta é legítima e se a apuração da infração atendeu ao devido procedimento legal. 
· Mas não pode substituir ou modificar penalidade disciplinar a pretexto de fazer justiça, pois, ou a punição é legal e deve ser confirmada, ou é ilegal e há que ser anulada; 
· Inadmissível é a substituição da discricionariedade legítima do administrador, por arbítrio ilegítimo do juiz . 
MEIOS SUMÁRIOS
· Além do processo administrativo pode a Administração utilizar-se de meios sumários para a elucidação preliminar de determinados fatos ou aplicação de penalidades disciplinares menores ou comprovadas na sua flagrância, COMO: 1) a sindicância, 2) a verdade sabida e o 3) termo de declarações do infrator :
1. SINDICÂNCIA: é o meio sumário de elucidação de irregularidades no serviço para subseqüente instauração de processo de punição do infrator 
· Pode ser iniciada com ou sem sindicado, bastando que haja indicação da falta a apurar. 
· Dispensa defesa do sindicado e publicidade no seu procedimento por se tratar de simples expediente de verificação de irregularidade e não de base para punição, equiparável ao inquérito policial em relação à ação penal. 
2. VERDADE SABIDA: é o conhecimento pessoal da infração pela própria autoridade competente para punir o infrator. 
· A autoridade competente, que presenciou a infração, aplica a pena pela verdade sabida, consignando no ato punitivo as circunstâncias em que foi cometida e presenciada a falta. 
· Tem-se considerado também, como verdade sabida, a infração pública e notória, estampada na imprensa ou divulgada por outros meios de comunicação de massa . 
3. TERMO DE DECLARAÇÕES : é forma sumária de comprovação de faltas menores de servidores, através da tomada de seu depoimento sobre irregularidade que lhe é atribuída, e, se confessada, servirá de base para a punição cabível 
· Para plena validade das declarações é de toda conveniência que sejam tomadas em presença de, pelo menos, duas testemunhas, que também subscreverão o termo.
PENAS DISCIPLINARES
Algumas penas disciplinares no Direito Administrativo:
· Advertência;
· Suspensão;
· Demissão;
· Cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
· Destituição de cargo em comissão;
· Destituição de função comissionada (art. 127, Lei 8.112/90).
A Adm. Pública tem a discricionariedade deescolha da pena a ser aplicada, atendendo os princípios gerais do direito e às normas administrativas específicas do serviço, conceituar a falta cometida, escolher e graduar a penas disciplinar, em face dos dados concretos apurados pelos meios regulares (processo administrativo ou meios sumários), comforme a maior ou menor gravidade da falta, ou a natureza da pena a ser aplicada. 
· PODER REGULAMENTAR
· Definição e características
· Diferenças entre Lei e Regulamento
· O regulamento ante o princípio da legalidade
· Natureza do Poder Regulamentar 
· Limites da atribuição regulamentar 
· Classificação
· Decretos, Resoluções, Avisos, Instruções e Portarias
· CONCEITO
 
O Poder Regulamentar no Brasil é a atribuição destinada aos Chefes de Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) de explicar a lei para sua correta execução. 
· CARACTERÍSTICAS
· É um poder inerente e privativo do Chefe do Executivo (CF, art. 84, IV), e, por isso mesmo, indelegável a qualquer subordinado e se exterioriza por meio de decreto 
· Não pode contrariar a lei, nem criar direitos, impor obrigações, proibições, penalidades que nela não estejam previstos, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade (arts. 5.º, II, e 37, caput, da CF) 
· Pode criar obrigações e encargos para a própria Administração e obriga aos funcionários públicos, pois se acham vinculados pelo dever de obediência
· Somente podem explicitar leis cuja execução cabe ao Executivo, não podendo regulamentar leis civis ou comerciais, por exemplo, para cumprimento pelos particulares. Também não se prestam para regulamentar leis de outras esferas governamentais.DIFERENÇAS ENTRE LEI E REGULAMENTO 
· Não se confunde o regulamento com a lei, de modo algum podendo aquele ultrapassar os limites a esta conferidos. 
LEI
· Ato normativo originário
· A lei tem, via de regra, origem no legislativo 
· Tem supremacia sobre o regulamento
· Só a lei inova em caráter inicial a ordem jurídica, é fonte primária do direito.
REGULAMENTO
· Ato normativo derivado 
· O regulamento se origina no Executivo 
· Apenas discrimina a lei e é subordinado a ela
· O regulamento não altera a ordem jurídica, é fonte secundária, inferior.
REGULAMENTO E PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
· O art. 5º, II, CF88, estabelece que: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
· A Constituição exige Lei para a imposição de obrigações, não tolerando que o Executivo, valendo-se do regulamento, possa interferir na liberdade ou propriedade das pessoas.
· O art. 84, IV, CF88, delimita o sentido da competência regulamentar do Chefe do Poder Executivo ao estabelecer que ao Presidente da República compete “sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”. 
· Se o ato regulamentar vai além do conteúdo da lei, pratica ilegalidade. Neste caso, não há falar em inconstitucionalidade. Somente na hipótese de não existir lei que preceda o ato regulamentar é que poderia este ser acoimado de inconstitucional. (STF-RDA 185/163) (Também: STF-RDA 185/179.
NATUREZA 
· Diógenes Gasparini afirma que a natureza da atribuição regulamentar é originária. Isso porque para expedir os atos que visam executar as leis, o Executivo não necessita de qualquer autorização legal específica ou constitucional genérica. O regulamento é o primeiro passo para a execução da lei, e essa execução é atribuição do Executivo. 
· Por esse motivo, mesmo que silentes a lei e a Constituição, no que se refere ao Poder competente para regulamentar, essa atribuição é do Executivo, porque fluente de sua própria função. Mas deve-se lembrar que apesar dele ter natureza de atribuição originária, continua sendo ato normativo derivado.
· A razão relevante que reclama a edição de regulamentos é a necessidade de tratar uniformente os indivíduos, em nome do princípio da igualdade.
LIMITES DA ATUAÇÃO REGULAMENTAR 
· A atribuição regulamentar sofre três ordens de limites que, se inobservados, invalidam-na. São eles: 
1. FORMAIS: observa o mesmo ou quase o mesmo regime da lei, no que respeita à técnica legislativa (preâmbulo, texto e fecho), à vigência, à publicação, à vacatio (espaço temporal entre a publicação e a vigência). Em suma, aplicam-se-lhe as disposições da Lei Complementar Federal nº 95/1998 
2. LEGAIS: não podem ultrapassar os limites da lei que estão regulamentando 
3. CONSTITUCIONAIS: os regulamentos não podem ser autônomos, pretendendo suprir matéria que a Constituição Federal reservou para a lei 
Devido ao caráter normativo dos regulamentos, não pode ser atacado via mandado de segurança, conforme vêm julgando nossos Tribunais (RT, 687:210). Aplica-se, in casu, a Súmula 266, STF: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese”.
CLASSIFICAÇÃO:
a) EXECUTIVOS: Presta-se a efetivar a exeqüibilidade da lei, particularizando-a de modo a torná-la praticável. Não pode ultrapassar o limite da lei que está regulando, sob pena de ser declarado ilegal. Se ultrapassar esse limite o Congresso Nacional pode decretar a sustação de seus efeitos, na forma do art. 49, V, da Constituição Federal. Em respeito ao princípio da simetria algumas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais também conferem esse poder as respectivas Assembléias Legislativas e Câmara de Vereadores ;
b) DELEGADOS: Não são admitidos pela Constituição Federal de 1988. São também chamados de autorizados ou habilitados. São editados pelas autoridades competentes, em atendimento a uma norma legal, para prover matéria reservada à lei. Com essa autorização, vê-se, há uma ampliação da atribuição regulamentar, limitada, porém, à matéria e aos termos fixados na delegação.
 c) AUTÔNOMOS ou INDEPENDENTES: Não são adotados pela CF88. São aqueles editados pela autoridade competente para dispor sobre matérias constitucionalmente reservadas ao Executivo. Não estão atrelados a nenhuma lei, nem dependem de qualquer delegação prévia do legislativo. 
DECRETOS, RESOLUÇÕES, AVISOS, INSTRUÇÕES E PORTARIAS:
1) DECRETOS: são a exteriorização do poder regulamentar pelo chefe do poder executivo. Eles têm por objeto:
· Por em execução uma disposição legal 
· Estabelecer medidas gerais para cumprimento da lei
· Providenciar sobre matéria de ordem funcional 
· Resolver sobre interesse da Administração 
· Decidir sobre algum interesse de ordem privada, que se prendia ao da Administração.
Tudo que se disse a respeito do regulamento e seus limites, aplica-se também a instruções, portarias, resoluções, regimentos ou quaisquer outros atos gerais do Executivo. É que na pirâmide jurídica, alojam-se em nível inferior ao próprio regulamento. Enquanto este é ato do Chefe do Poder Executivo, os demais assistem a autoridades de escalão mais baixo e, de conseguinte, investidas de poderes menores.
2) RESOLUÇÕES: são atos pelos quais o poder executivo toma providências de várias espécies mas não declara o direito.
3) AVISOS: são de competência dos Ministros e Secretários de Estado. Têm vigência prolongada e buscam transmitir instruções e ordens, dar ou pedir informações, esclarecimentos minuciosos sobre serviços que interessam a mais de um Ministério, ou Secretaria. Não podem, em hipótese alguma,, regular, nem prejudicar a terceiros, nem revogar ou alterar a legislação existente, nem ainda versar sobre interpretação de lei ou regulamento.
4) INSTRUÇÃO OU CIRCULAR: podem nascer de qualquer autoridade administrativa de certa categoria. Apresentam-se como normas de caráter geral, uniforme, endereçadas a todos os órgãos que tenham a mesma condição, a mesma função e que pertençam à mesma categoria, tendo caráter obrigatório somente para com os subordinados a uma autoridade.
5) PORTARIAS: são determinações ou ordens baixadas por agentes administrativos categorizados, objetivando providências oportunas e convenientes para o bom andamento do serviço público. Produzem efeitos dentro das repartições, regulando o funcionamento dos serviços. 
JURISPRUDÊNCIA DO STF
É firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de que a questão relativa ao decreto que, a pretexto de regulamentar determinada lei, extrapola o seu âmbito de incidência, é tema que se situa no plano da legalidade, e não no da constitucionalidade. (ADIN 2387 / DF - DISTRITO FEDERAL - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO - Rel. Acórdão Min. ELLEN GRACIE Órgão Julgador:  Tribunal Pleno).
Não havendo lei anterior que possa ser regulamentada, qualquer disposição sobre o assunto tende a ser adotada em lei formal. O decreto que pretende suprir essa lacuna é nulo, não por ilegalidade, mas por inconstitucionalidade, já que supriu a lei onde a Constituição a exige. (ADIN 1435 MC / DF - DISTRITO FEDERAL. MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Relator(a): Min. FRANCISCO REZEK. Julgamento:  07/11/1996. Órgão Julgador:  Tribunal Pleno) 
· PODER DE POLÍCIA
· CONCEITO e FUNDAMENTO
· CARACTERÍSTICAS 
· DIFERENÇAS DA POLÍCIA JUDICIÁRIA
· ATRIBUTOS
· ATOS EM QUE SE MANIFESTA
· LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA DA PROPRIEDADE
· CONCEITO
· É a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente: (art. 78, Código Tributário Nacional)
· à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, 
· à disciplina da produção e do mercado, 
· ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, 
· à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
EM RESUMO: É a faculdade de que dispõe a AdministraçãoPública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em beneficio da coletividade ou do próprio Estado. 
· FUNDAMENTO
· O fundamento do poder de polícia é o princípio da predominância do interesse público sobre o particular, que dá à Administração posição de supremacia sobre os administrados.
· CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA
· Provir privativamente de autoridade pública 
· Ser imposta coercivamente pela administração 
· Abranger genericamente as atividades e propriedades 
· POLÍCIA ADMINISTRATIVA E POLÍCIA JUDICIÁRIA
· Polícia Administrativa: se predispõe unicamente a impedir ou paralisar atividades anti-sociais. Regra-se por normas administrativas.
· Polícia Judiciária: se preordena à responsabilização dos violadores da ordem jurídica. Rege-se pela legislação penal e processual penal.
· ATRIBUTOS 
1. Discricionariedade
2. Auto-Executoriedade 
3. Coercibilidade
1. DISCRICIONARIEDADE
· O Poder de Polícia se efetiva por atos administrativos expedidos através do exercício de uma competência às vezes vinculada, às vezes discricionária (na maior parte dos casos).
· Discricionária: quando a Administração Pública outorga a alguém autorização para portar arma de fogo. 
· Vinculada: quando a Administração Pública licencia uma contração (alvará ou licença de construção)
2. AUTO-EXECUTORIEDADE DAS MEDIDAS
· As medidas de Polícia Administrativa freqüentemente são executórias;
· Os atos de polícia administrativa podem ser postos em execução pela própria administração pública, sem necessidade de intervenção do poder judiciário.
HIPÓTESES EM QUE É CABÍVEL A AUTOEXECUTORIEDADE:
a) Quando expressamente prevista em lei. Ex: Em matéria de contrato a Administração Pública dispõe de várias medidas auto-executórias, como a utilização dos equipamentos e instalações do contratado para dar continuidade à execução do contrato.
b) Quando se trata de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa ocasionar prejuízo maior para o interesse público; Ex: a demolição de um prédio que ameaça ruir 
3. COERCIBILIDADE 
· É indissociável da auto-executoriedade. 
· É a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração.
· Por esse atributo, a própria Administração faz executar as medidas de força que se tornem necessárias para a execução do ato
SANÇÕES DE COERCIBILIDADE
As sanções que tornam efetivas as medida de polícia são impostas ou fixadas em lei. São, essencialmente:
a) Multa (pagamento em dinheiro)
b) Interdição de atividade
c) Demolição (de construções)
d) Destruição (de armas apreendidas)
e) Inutilização (de gênero alimentício impróprio ao consumo)
ATOS EM QUE SE MANIFESTA O PODER DE POLÍCIA
1. Atos normativos e de alcance geral 
· São disposições genéricas que vêm materializadas em Regulamentos - como as que regulam o uso de fogos de artifício ou proíbem soltar balões em épocas de festas juninas.
2. Atos concretos e específicos 
· São atos específicos praticados em obediência a preceitos legais e regulamentares - como o fechamento de estabelecimento comercial aberto sem a prévia obediência aos requisitos normativos e o guinchamento de veículo que obstrua via pública.
3. Atos Fiscalizadores
· Através deles a Administração Pública previamente acautela eventuais danos que poderiam advir da ação de particulares -.Ex:a fiscalização de pesos e medidas
· LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS À PROPRIEDADE 
· Não obrigam o Poder Público a indenizar o proprietário dos bens afetados.
· Atingem toda uma categoria abstrata de bens que se encontrem em uma situação ou condição determinada
· Há uma obrigação de não fazer.
· SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS NÃO SÃO PODER DE POLÍCIA
· Devem ser indenizadas sempre que impliquem real declínio da expressão econômica do bem ou lhe subtraiam uma utilidade fruída pelo titular dele
· Atingem-se bens concreta e especificamente determinados 
· Há uma obrigação de suportar
· POLÍCIA SANITÁRIA
· CAMPO DE ATUAÇÃO
· FUNDAMENTO 
· NORMAS GERAIS DE DEFESA E PROTEÇÃO DA SAÚDE
· COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
· LEGISLAÇÃO
· AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
· AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR
· CÓDIGOS SANITÁRIOS ESTADUAIS
· REGULAMENTOS SANITÁRIOS MUNICIPAIS
· POLÍCIA SANITÁRIA (Hely Lopes Meirelles)
· CAMPO DE ATUAÇÃO: nas situações de perigo tanto no presente como no futuro que lesem ou ameacem lesar a saúde e a segurança dos indivíduos e da comunidade.
· Art. 23, inc. II da CF/88: a saúde e assistência pública são de competência exclusiva comum da União, dos Estados, e dos Municípios, cabendo ressaltar que toda ação e todo serviço público de saúde deverão integrar um “Sistema único de Saúde - SUS”, a ser organizado nos termos dos arts. 198 e 200 do mesmo diploma legal.
· NORMAS GERAIS DE DEFESA E PROTEÇÃO DA SAÚDE: 
São regras federais impostas para à União, Distrito Federal, Estados e Municípios, para orientar a polícia sanitária nacional, para possibilitar uma ação conjunta de todas as entidades estatais em prol da saúde pública.
· Ex: Proibir o uso de determinados medicamentos ou substâncias medicinais; fiscalizar a fabricação, importação e distribuição de produtos que ponham em risco a saúde da comunidade, etc. 
· COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: A CF/88 conferiu competência concorrente à União e aos Estados-membros para legislar sobre este assunto (saúde pública). Limitando a União as regras gerais (art. 24, inc. XII e § 1º), e nos aspectos de interesse local, cabe aos Estados (art. 24, § 2º) e Municípios legislar suplementarmente à legislação federal e estadual (art. 30, inc. I e II). 
· Justifica-se a competência da União nessa matéria, pois as doenças não se circunscrevem em apenas uma região ou cidade (são rapidamente transmissíveis pelos meios de transportes que agem como uma forma de contaminação em todo o país e até mesmo no globo terrestre), portanto prevalece o interesse NACIONAL e as vezes o INTERNACIONAL.
O Brasil é signatário do Código Sanitário Pan-Americano, (Decreto Legislativo 62, de
 16.11.54), Este Código foi aprovado em Havana, em 24.9.54, na VI Reunião do 
Conselho Diretor da Organização Sanitária Pan-Americana, para viger nas três 
Américas. 
· LEGISLAÇÃO: 
· Lei Geral 8.080, de 19.9.90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, revogando a Lei 2.312/54, que traçava a política sanitária nacional, e a Lei 6.229/75, e que instituía o antigo Sistema Nacional de Saúde. 
· Resolução 3, DOU 21.7.99, (Manual para Decretação de Situação de Emergência ou de Estado de Calamidade Pública), para situações de calamidade pública.
OBS: A União, por meio do Conselho Nacional de Defesa Civil é que aprovou a Resolução acima. 
· AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA: 
· Lei 9.782, de 26.1.99 (alterada pela MP 2.190–34, de, 23.8.2001), definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vinculada ao Ministério da Saúde.
· A Agência tem como finalidade: a proteção à saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e de fronteiras (art. 6).
· A Agência tem amplo poder de polícia para autorizar ou interditar o funcionamento de empresas, anuir ou proibir a importação e exportação de produtos, fiscalizar laboratórios; monitorar o preço dos medicamentos e serviços de saúde, e várias outras atividades relacionadas com a proteção à saúde da população. 
· AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA: 
· criada como autarquia, sob regime especial;
· tem dependência administrativa;
· estabilidade de seus dirigentes;
· autonomia financeira;
· tem poderes normativos (especialmente nas áreas técnicas)
· Cabe estabelecer: padrões sobre limites de contaminantes, resíduos tóxicos, desinfetantes, metais pesadose outros que envolvam risco à saúde.
· AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS):
· criada pela Lei 9.961, de 28.1.2000
· autarquia de regime especial (órgão de regulamentação, normatização, controle e fiscalização das atividades à saúde);
· atribuição: fiscalizar a legislação referente aos aspectos sanitários e epidemiológicos relativos à prestação de serviços médicos e hospitalares no âmbito da saúde complementar. 
· CÓDIGOS SANITÁRIOS ESTADUAIS:
· visam complementar ou suprir a legislação federal;
· competência dos Estados-membros;
· impõe condições sanitárias mais minuciosas e exige outras omitidas pela União em defesa da salubridade pública;
· estabelece normas sanitárias para o Estado e impõe medidas de atuação para os particulares, autoridades e agentes sanitários, incumbidos da fiscalização e punição dos infratores;
· impõe à propriedade particular (construções), uma série de limitações administrativas de ordem sanitária, relegando aos Municípios a regulamentação estrutural das obras.
· REGULAMENTOS SANITÁRIOS MUNICIPAIS:
· Objetivo: controle técnico-funcional das edificações particulares e dos recintos públicos, bem como dos gêneros alimentícios destinados ao consumo local.
· O poder municipal decorre da CF/88, que outorga competência expressa ao Município para promover o ordenamento de seu território, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano (art. 30, VIII). Art. 1.299 do CC, que autoriza as construções, respeitando-se o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos (Código de Obras) e nas normas edilícias complementares.
· REGULAMENTOS SANITÁRIOS MUNICIPAIS:
· Dentre as exigências: solidez da construção, aeração, isolação, cubagem. Altura máxima e mínima, etc;
· Prévia aprovação do projeto da construção ou reforma pela Prefeitura com a elaboração dos mesmo por profissionais habilitados; 
· A ocupação dos edifícios devem ser precedida de vistoria e expedição de alvará de utilização (habite-se);
· A desconformidade das exigências legais e regulamentares pode promover sua interdição e demolição, ou adaptação às condições oficiais;
· Fiscalização dos gêneros alimentícios: carne verde, leite, ovos, frutas e verduras, feiras livres, etc.

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