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ANTROPOLOGIA JURIDICA

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FAMIG - FACULDADE MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTROPOLOGIA E SUA RELAÇÃO COM O DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE / MG 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
ANTROPOLOGIA E SUA RELAÇÃO COM O DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Antropologia Jurídica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE / MG 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 A ANTROPOLOGIA E O DIREITO .............................................................. .…5 
2 AS SOCIEDADES E O DIREITO..................................................................... 9 
3 O HOMEM EM SOCIEDADE E A INFLUÊNCIA DO DIREITO. FAMÍLIA E 
COSTUMES: AS TRANSFORMAÇÕES.................................................................. 12 
4 A RELIGIÃO E SUA INFLUÊNCIA NA VIDA E NO DIREITO............................15 
5 CONCLUSÃO .............................................................................................. …18 
6 CONCLUSÃO .............................................................................................. …18 
7 REFERENCIAS ...............................................................................................19 
 
 
 
5 
 
1 A ANTROPOLOGIA E O DIREITO 
 
Para se fazer uma análise da antropologia no âmbito do direito, religião e na 
sociedade, é necessário que a Antropologia seja conceituada em todas as suas 
percepções. Dito isto, a Antropologia é a ciência que estuda o ser humano 
social, biológica e culturalmente, onde cada uma destas áreas possui uma 
abrangência única. 
 
A função do profissional do direito é adequar um determinado problema à 
norma, para que com isso possa ser possível a analise do problema, 
adequação na norma, considerando as questões relevantes, que são a religião 
e a cultura pra que o fato em questão seja adequado à norma de forma certa. 
Neste sentido, Reale afirma: 
 
O direito é uma ciência de cultura normativa e direta que tem o 
objetivo de buscar o que ocorreu no fato e adequar a vida social com 
o intuito de postular um fim, fazendo isso por meio das regras e 
normas, que em última recorrência é a justiça. Desta maneira, em 
diversas sociedades com diversas culturas pode ocorrer de 
antagonismos entre seu entendimento entre Justiça e Direito, e, desta 
forma, uma lei aplicada de forma correta em um local pode não atingir 
os mesmos efeitos em outro lugar, e neste caso acaba se impondo à 
necessidade de conhecimento sobre cada sociedade, sobre os mais 
aspectos variados. (REALE, 2002, p. 45-46) 
 
No Brasil, a diversidade cultural é alta e por este motivo é muito comum ocorrer 
vários entendimentos a respeito da Antropologia, pois devido a essa 
diversidade cultural, consequentemente há varias formas de vida e com isso as 
opiniões e entendimentos são as mais variadas. Por exemplo, o que no 
Sudeste do País é considerado crime, no Nordeste pode não ser considerado o 
mesmo, e tudo isso se deve ao entendimento diverso e com isso a aplicação 
da norma varia. Resumindo, o que uma sociedade entende como justo outras 
sociedades entendem como injusto. 
 
A Antropologia, em todos os sentidos, objetiva a analise do ser humano de 
todos os pontos de vista, desde sua formação biológica até a sua formação 
cultural, que são: crenças, costumes e seu comportamento). Tal analise tem a 
finalidade de fazer justiça, e segundo o autor Cavaliere Filho (1998) “as normas 
6 
 
têm obrigação de atingir os resultados esperados e elaborar os efeitos também 
desejados, onde os efeitos devem ser adequados à realidade a qual serão 
inseridas”. 
 
Com isso é possível afirmar que a Antropologia é a base para que a justiça 
ocorra, e com isso haja a ampliação da visão em relação a sociedade e a 
ciência. 
 
Ainda, é possível afirmar que através da Antropologia e a importância que esta 
ciência impõe sobre o Direito é uma brecha para que a analise do ser humano 
seja mais ampla sobre um fato ocorrido, e com isso seja possível compreender 
um fato claramente buscando sempre a melhor norma para adequação, e, 
ainda, que seja possível aplicar o direito e colocar a responsabilidade social 
nos indivíduos considerando sempre o todo. 
 
Uma análise antropológica permite que a individualização possa ser deixada de 
lado e que haja novamente a responsabilidade social de cada indivíduo. A 
mudança começar com a intenção de o ser humano querer mudar a sociedade 
em que vive. 
 
Neste sentido afirma Santos: 
 
Visados partindo do alto do drama, os direitos humanos não são 
completos e isso porque, ao mesmo tempo, não estabelecem ligação 
entre os indivíduos e o todo, ou seja, na medida em que se centram 
no que é meramente derivado, os direitos, em Vez de se centrarem 
no imperativo primordial, o dever dos seres humanos de encontrarem 
o seu lugar na sociedade e no todo. (SANTOS, 2008) 
 
Ainda neste enfoque, afirma também Farah e Valente (2005): 
 
Recoloca-se, nesta discussão, a problemática central abordada na 
Antropologia, onde pensar na humanidade formada por indivíduos 
que compartilham uma mesma e única natureza e veem isto como 
uma única coisa; por outra visão, entender e conceituar a natureza 
humana em relação à diversidade sociocultural produzida com sua 
marca de distinção e necessidade. (JUSNAVEGANDI, WEBSITE) 
 
7 
 
Contudo, qual a relação da Antropologia com o Direito? Um dos motivos para 
que o Estado exista é que este é responsável pela proteção, garantia de vida e 
considerado protetor da sociedade. Portanto, o Direito por ser um dos 
principais e mais importantes meios, é o responsável por dar legalidade para 
que o Estado possa exercer sua função quanto instituição do país. As normas e 
regras jurídicas servirão de norte para garantir que a sociedade viva em 
harmonia. 
 
Diante de todo o exposto, ao analisar o caminho que a Antropologia percorreu 
no Brasil, é inevitável perceber o processo de institucionalização ao longo do 
século XX, onde neste período que foram criadas e fundadas as Escolas de 
Sociologia e Universidades pelo país. Em relação a Antropologia no Brasil, 
discorre Melo (1999) a respeito: 
 
Ainda que a história da antropologia no Brasil recue ao final do século 
passado, com as pesquisas do médico baiano Nina Rodrigues, é 
usual ressaltarem, em sua cronologia, alguns marcos: o 
desenvolvimento da etnologia indígena – Darcy Ribeiro foi o fundador 
do Museu do Índio –; a publicação de Casa Grande e Senzala, de 
Gilberto Freyre, em 1993, inaugurando a chamada “antropologia da 
sociedade nacional”; o trabalho desenvolvido no Museu Nacional, a 
partir dos anos 30, por Luiz de Castro Faria e outros antropólogos; a 
reunião de fundação da Associação Brasileira de Antropologia – ABA, 
em 1953; e, por fim, a criação do Programa de Pós-Graduação em 
Antropologia Social do Museu Nacional, em 1968. (Melo, 1999, p. 
214). 
 
Com isso, é possível afirmar que o olhar para a Antropologia e a Educação e 
por consequência com o Direito deve ser analisado e percebido com uma visão 
diferenciada e deve ser entendida pelos profissionais do direito de forma clara. 
 
Para que a influencia da Antropologia seja notada no âmbito do Direito é 
preciso que, a priori, seja analisada a própria Constituição Federal do Brasil 
como foco especifico para a criação de tudo o que será estudado ao longo 
deste artigo, e consequentemente a criação das Escolas ao longo do século 
XIX. De acordo com Saviani (2011) “a formação dos campos pedagógicos no 
Brasil está diretamente ligada às ações jesuítas no Brasil e também das Igrejas 
Católicas da época”. 
 
8 
 
Somente após várias reformas, dentre elas merecendo destaque a reforma 
pombalina, o ambiente sofreu suas modificações, e isso foi possível devido as 
aulas régias da época. Ainda neste sentido, Saviani afirma ainda que “se 
contrapõem ao predomínio das ideias religiosas,e com base nas ideias laicas 
inspiradas no iluminismo, instituem o privilégio do Estado em questão de 
instrução”. (Saviani, 2011, p. 114) 
 
A Antropologia jurídica foi criada como uma das espécies da Antropologia 
Cultural e Social e surge no momento em que começam a surgir 
questionamentos sobre a eficácia das regras e, com isso, da existência do 
Direito. Portanto, assim como a Antropologia tem o objetivo de estudar e 
analisar o ser humano em suas diferenças, ou seja, estuda o indivíduo em seu 
caráter biológico, cultural e social, também busca no Direito explicar e analisar 
as normas. 
 
Segundo Reale: 
 
O profissional do Direito, antes de expor a problemática da norma, 
que é uma problemática de tomada de posição diante do fato, deve 
ser habilitado e analisar diretamente realidade social e a esclarecer a 
realidade social e explicar os seus elementos e processos, de acordo 
com a Sociologia e a Psicologia. (REALE, 2002, p. 264) 
 
Contudo, é preciso que haja uma análise antropológica para ampliar a 
dimensão mundial, garantindo a compreensão de natureza teológica sobre a 
aplicabilidade da norma ao fato. Diante disso, e ainda de acordo com Reale 
(2002) o Direito é uma ciência baseada na cultura normativa e direta que visa 
no que acontece de fato na vida em sociedade colocar um fim a ser alcançado. 
 
Desta maneira, afirma ainda Valente e Farah (2005): 
 
No meio de estudo da Antropologia é possível desenvolver um 
trabalho produtivo, principalmente no âmbito jurídico, ou seja, o 
campo do Direito, que muitas vezes não possui sensibilidade para 
mudanças nos direitos universais e de autodeterminação. O que não 
deixa de ser uma busca complexa e que deve ser enfrentada mesmo 
assim. (JUSNAVEGANDI, WEBSITE) 
 
9 
 
Concluindo, a importância da Antropologia para o Direito é muito forte e serve 
para aumentar a dimensão do mundo com o intuito de entender que não 
existem culturas superiores ou inferiores, e sim diferentes, que ao longo do 
tempo e espaço irão variar e o entendimento de que o que é diferente não pode 
causar desigualdade e que desta forma o Direito possa exercer sua função e 
papel na história. 
 
2 AS SOCIEDADES E O DIREITO 
 
O ser humano somente consegue viver em sociedade e com isso surgem 
relações com outras pessoas, e estas relações, assim como qualquer outra, 
está propicia a conflitos, e o papel no direito quando isso ocorre o Direito se 
encarrega de resolver esses conflitos. E é por este motivo que surgiram as 
normas no Direito, para que seja possível acabar e resolver problemas que 
venham a surgir. 
 
Portanto, a função do Direito é organizar a sociedade e preservar sua função, 
evitando que conflitos sejam solucionados de forma involuntária, pois o 
indivíduo, por viver em sociedade, torna-se subordinado às normas criadas 
pelo homem. Ao longo deste capítulo serão apresentadas visões de filósofos, 
autores e pensadores que possuem opinião formada a respeito da sociedade e 
o direito. 
 
Partindo do filosofo Aristóteles, este afirma que só é possível conhecer a 
verdade se o homem sentir o mundo, ou seja, a verdade universal não existe e 
só poderia ser alcançada por meio de observação e explicações detalhadas. 
Ainda para o filósofo, esta observação a qual fala dever ser feita 
cautelosamente para que os fatos que acontecem ao longo da vida sejam 
analisados com prudência. Sobre o indivíduo, afirma Aristóteles em sua obra 
chamada “A Política”: 
 
É obvio que a cidade faz parte das coisas que há na natureza e que o 
homem é um animal politico de natureza, criado e destinado a viver 
em sociedade, e quem, institivamente, deixar de fazer parte de uma 
cidade, é considerado um ser superior ao homem. E por este motivo, 
este referido homem merece a censura cruel de ser um sem família, 
10 
 
sem lar e por isso sem leis. Pois este homem é ávido de combates, e 
como as aves de rapina, não é capaz de ser submetido a qualquer 
obediência imposta a ele. (ARISTÓTELES, 2010, p. 13) 
 
Portanto, o que há de diferente entre um homem e um animal é que o homem é 
considerado um bicho político, isto é, vive em sociedade e por isso tem o dever 
de administrar seus objetivos e interesses. 
 
Assim como Aristóteles, outro filosofo chamado Thomas Hobbes também 
discorre sobre o tema em questão, e afirma que existe diferença entre os seres 
humanos se visto de maneira física e espiritual. Discorre então o filósofo: 
Não é o bastante considerar que qualquer um pode, baseado nas 
diferenças, que reclame qualquer que seja o beneficio a que outro 
indivíduo possa também aspirar. Pois quanto à força corporal o mais 
fraco tem força o bastante para matar o que se diz o mais forte, seja 
por meio de conspiração, maquinação ou aliança com outros homens 
que se vejam também ameaçados. (HOBBES, 2998, p. 74) 
 
Esta afirmativa de Thomas Hobbes quer mostrar que o homem realiza 
contratos com o objetivo de organizar o Estado e a sociedade, fazendo com 
que houvesse consensos, acontecendo até de abrirem mão de seus benefícios. 
 
Além desses dois filósofos, Freud (2009, p. 37) também analisou o individuo e 
a sociedade e afirmou que o indivíduo é definido como “membro de um povo, 
tribo, classe ou instituição ou como elemento de um grupo de pessoas que, em 
um dado momento tem objetivo de se organizarem em um todo”. 
 
No entanto, se a sociedade tem como base a justiça, e, portanto, o Direito, para 
que seja possível realizar a analise entre o Direito e a sociedade é preciso 
saber o conceito de justiça. Segundo dicionário Aurélio: 
 
Justiça é a particularidade do que é justo e correto, como a respeito à 
igualdade de todos os cidadãos. [...] é o principio básico que mantém a ordem 
social através da preservação dos direitos em sua forma legal. [...] a justiça 
pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações 
sociais, ou por mediação através dos tribunais. (AURÉLIO, 2018) 
 
11 
 
Ainda a respeito de justiça, Aristóteles em sua obra “Ética a Nicômacos” 
discorre o seguinte: 
 
A justiça é a observância do meio turno, contudo não de forma igual à 
observância de outras formas de excelência moral, e sem porque ela 
se relaciona com o meio turno, enquanto a injustiça se relaciona com 
os extremos. E a justiça, portanto, é a qualidade que nos permite 
afirmar que um indivíduo está predisposto a fazer, por livre 
espontânea vontade, aquilo que é justo. [...] A justiça por outro lado, 
está relacionada identicamente com o injusto, que é excesso e falta, 
contrário à proporcionalidade, do útil ou do nocivo. (ARISTÓTELES, 
1999, p. 101) 
Contudo, a maneira errada de utilizar o Direito pode acabar com os direitos 
humanos. Isso porque, na época da 2ª Guerra Mundial várias pessoas foram 
mortas e presas por serem diferentes, sejam judeus, homossexuais, etc.; isso 
ocorreu porque na época, após os nazistas terem perdido a guerra, os alemães 
fizeram uso da própria lei para julgar e condenar pessoas inocentes. Isso quer 
dizer que a lei deve ser usada de maneira correta e com isso haverá justiça. 
 
A função do Direito é punir qualquer ato considerado errado ou criminoso, 
porém isso não significa que o Direito irá impedir que esses fatos ocorram. Os 
atos que ocorrerem contra a lei irá sofrer punição pela própria lei. O objeto 
deste procedimento é a proteção da sociedade. 
 
O Direito, portanto, é uma criação do ser humano e da sociedade, e o direito 
tem o objetivo de levar a justiça à sociedade, e se não houver sociedade 
consequentemente não haverá Direito e sem ele não teria ordem na sociedade. 
Diante deste contexto, discorre sobre o tema Dalmo de Abreu Dallari: 
 
A vida em sociedade apresenta notórios benefícios ao homem, 
porém, por outro lado, favorece a criação de uma série de limitações 
que, em certos momentos e em certos lugares, são de tal maneira 
numerosas e frequentes que chegam a prejudicar seriamente a 
própria liberdade humana. (DALMO,1971, p. 7) 
 
Nesse mesmo sentido, Alysson Mascaro também discorre sobre o tema da 
seguinte forma: 
 
O direito é uma maneira normativa e isso se deve, pois, os Estados 
têm a função de garantir a reprodução social tornando-se diferentes 
dos que dominam a sociedade, politicamente falando. Contudo não é 
12 
 
a norma que fez surgir o direito. A norma é uma maneira para que o 
direito se exprima, mas a forma de sua constituição e de sua 
operacionalização advém diretamente de estruturas sociais 
concretas. (ALYSSON, 2013, p. 66) 
 
Ainda segundo o autor: 
 
O direito é um fenômeno histórico, no decorrer de sua evolução 
houveram várias interpretações. Se os antigos romanos chegavam a 
dizer que o direito é uma arte, no mundo moderno não se diz o 
mesmo, porque o direito agora está mergulhando em formas sociais 
necessárias e procedimentos já impostos no começo. Desta maneira, 
se houvesse a tentativa de abordar fenômenos diferentes a ciência 
iria ficar prejudicada. (ALYSSON, 2013, p. 32) 
 
Diante de tudo o que foi exposto a conclusão que se chega é de que o Direito 
anda de mãos dadas a sociedade, não somente pelo fato do homem ter criado 
o Direito, mas pelo fato de a sociedade depender das normas e suas punições 
para que vivam em harmonia e que injustiças não aconteçam. 
 
 
3 O HOMEM EM SOCIEDADE E A INFLUÊNCIA DO DIREITO. FAMÍLIA E 
COSTUMES: AS TRANSFORMAÇÕES 
 
Existem duas fontes do direito, que são as formais e as materiais, onde na 
primeira são constituídas pelas regras, normas e leis que controlam a 
sociedade, e todas essas normas vem das fontes materiais, ou seja, da 
positivação. 
 
De acordo com Nelson Rosenvald e Cristiano Farias: 
 
a família vai além das atividades naturais e biológicas, ou até mesmo 
de fenômenos culturais que podem ser classificadas até mesmo 
como as escolhas profissionais e afetivas, e tudo isto faz com que a 
família ultrapasse os limites e os laços de sangue ou parentesco; a 
família é, portanto, aquela que guia o individuo durante toda a vida e 
em momentos de escolhas e vivencias. (ROSENVALD, FARIAS, 
2011, p. 517) 
 
Ainda neste sentido, os autores confirmam a teoria de que não pode haver 
uniformidade no âmbito familiar, pois não existe mais o conceito antigo de pai, 
mãe e filhos. Desta forma afirmam os autores: 
13 
 
 
É obvio que a multiplicidade e variedade de fatores não aceitem que 
seja fixado um modelo familiar e uniforme, sendo importante 
compreender a família levando em consideração os movimentos que 
levam à constituição das relações sociais no decorrer da vida. Os 
novos valores que norteiam a sociedade contemporânea sobrepujam 
e acabam, de forma definitiva, com a visão da família tradicional. A 
visão da família moderna é de um modelo descentralizado, 
democrático, igualitário e desmatrimonializado. (ROSENVALD, 
FARIAS, 2011, p. 517) 
 
Portanto, a Constituição Federal conceitua família como a base de toda 
sociedade e afirma ainda que a proteção da família deverá ser assegurada pelo 
Estado. Neste âmbito, Costa Junior (1999, p. 27) afirma que “a família alcança 
não só o marido e a mulher, que são unidos pelo casamento civil ou religioso, 
nas formas da lei, e os filhos, mas a família agora também se configura como 
união estável entre o homem e a mulher, que também constituem uma 
entidade familiar”. 
 
Contudo, desde a Constituição de 1988 a união estável já era reconhecida e 
aceita nos moldes do artigo 226, parágrafo 3º da Constituição, onde nela se 
afirma que “para efeito da proteção por parte do Estado, a união estável entre o 
homem e mulher é reconhecida e aceita como entidade familiar, e a lei, por 
este motivo, deve facilitar a conversão em casamento.” 
 
O que se quer fazer entender é que mesmo antes de existir a união estável nas 
normas da Constituição, e assegurados seus deveres e direitos, esse modo de 
comunhão já existia e já era vivida pela sociedade, pois somente a partir de tais 
transformações que haverá a regulamentação. Isso se deve também aos 
costumes e hábitos das sociedades que levaram o legislativo a realizar 
mudanças que beneficiassem e assegurassem mais ainda os cidadãos. 
 
De qualquer modo, a família sempre será considerada como uma instituição 
sagrada e necessária na sociedade e que sempre irá ter a ampla proteção do 
Estado. A Constituição, juntamente com o Código Civil afirmam e estabelecem 
a estrutura da família, porem sem a definir, pois como já visto não a conceito 
de família, pois no próprio meio do Direito a família tem uma extensão grande e 
14 
 
seus conceitos variam conforme o contexto que está sendo analisada. 
(GONÇALVES, 2010, p. 17) 
 
Ainda neste molde, Gonçalves vê de forma normativa o direito de família e 
discorre sobre os direitos de família como sendo os que são constituídos pois 
uma determinada pessoa faz parte de uma determinada família, que pode ser o 
cônjuge, mãe, filho, pai. De acordo com esse pensamento o autor discorre: 
 
Em conformidade com o seu objetivo e finalidade, as normas que 
possui o direito de família algumas vezes regulam as relações 
pessoais entre os cônjuges e em outros momentos entre os 
ascendentes e os descendentes ou até mesmo entre os parentes que 
não estão na linha reta de parentesco; em alguns momentos o direito 
regula também as relações patrimoniais que são desenvolvidas ao 
longo das relações na família; relações pessoais, assistenciais e 
patrimoniais são, desta forma, os três setores em que o direito de 
família atua. (GONÇALVES, 2010, p. 18) 
 
Contudo, antropologicamente falando, Luiz de Mello (2009, p. 326) afirma que 
é muito corriqueiro a não percepção dos laços que unem o marido e mulher 
não são necessariamente oriundos de laços sanguíneos, e podem ser laços de 
afeto ou afinidade que façam unir o matrimonio. 
 
Uma das bases da Antropologia é o conceito de cultura e este passa a ser 
discutido. Os antropólogos, em meados do século XX passam a questionar a 
visão ocidental dos que são considerados agora os civilizados e superiores 
culturalmente. Essa reformulação, por sua vez, começa a atingir não do o meio 
acadêmicos e sim busca combater a visão antiga de cultura. De acordo com o 
antropólogo Roberto da Matta é muito corriqueiro a associação direta entre a 
cultura e os individuo culto do erudito. Ainda segundo Roberto: 
 
Cultura aqui é equivalente a volume de leituras, a controle de 
informações, a títulos universitários e chega até mesmo a ser 
confundido com inteligência, como se a habilidade para realizar 
certas operações mentais e lógicas (que definem de fato a 
inteligência) fosse algo a ser medido ou arbitrado pelo número de 
livros que uma pessoa leu, às línguas que pode falar, ou os quadros e 
pintores que pode, de memória, enumerar. Nesse sentido, cultura é 
uma palavra usada para classificar as pessoas e, às vezes, grupos 
sociais, servindo como arma discriminatória contra algum sexo, idade, 
etnia, ou mesmo sociedade inteiras. (DA MATTA, 1986. p. 122). 
 
15 
 
Ainda neste raciocínio do antropólogo, o autor dispõe: 
 
O conceito de cultura, ou a cultura como conceito, permite uma visão 
mais consciente do próprio ser humano. Especificamente por dizer 
que não há homens sem cultura e permite comparar culturas e 
configurações culturais como entidades iguais, deixando de 
estabelecer hierarquias em que inevitavelmente existiam sociedades 
piores e melhores. Mesmo diante de formas culturais aparentemente 
irracionais, cruéis ou pervertidas, existe o homem e entendê-las é 
uma tarefa que é inevitável e que faz parte da condição do ser 
humano e viver em um universo marcado e demarcado pela cultura. 
Em outras palavras, resumidamente, a cultura permite que seja 
traduzido melhor a divergência entre o nós e os outros e, assim 
fazendo, devolver a nossa humanidade no outro e a do outro em nós 
mesmos. (DAMATTA, 1986, p. 127). 
 
Diante deste exposto, a cultura se torna uma grande criadora de muitas 
relações da vidasocial, e tais formas nem sempre serão percebidas no 
cotidiano, vez que ela modela as ações e certas formas de relações sociais que 
são impostas por alguns grupos ou certas sociedades. 
 
4 A RELIGIÃO E SUA INFLUÊNCIA NA VIDA E NO DIREITO 
 
Muito antigamente, os grupos religiosos romanos afirmavam a respeito das 
religiões como um culto dos espíritos dos mortos e forças sobrenaturais. Com a 
evolução da sociedade, o que antes era uma religião domestica evoluiu para 
uma religião na cidade, e todas os cultos e manifestações religiosas que 
antigamente eram realizadas nas casas de forma discreta, passa a ser 
realizada em locais públicos e formais. Com isso os cultos começam a ser 
realizados pelos sacerdotes que foram formados em escolas especificas para 
essa finalidade. 
 
Os sacerdotes eram divididos em três categorias, chamados augures, que 
interpretavam a vontade dos seus deuses pela visão da natureza ou da leitura 
dos presságios. Outra espécie eram os flâmines, que tinham a função de se 
preocupar com o culto individual de cada deus. E por fim a terceira espécie era 
os feciais, que pediam aos deuses somente uma boa relação de exteriores em 
Roma. 
 
16 
 
Muito antigamente, por volta do século V a.c. a justiça era de uso exclusivo e 
de responsabilidade somente do Colégio dos Pontífices, que era na época uma 
instituição religiosa e aristocrática e que eram constituídas somente por 
patrícios e que fossem descendentes de fundadores de cidades que obtinham 
o conhecimento, interpretação e que soubesse aplicar realmente o direito. 
 
Nesta época o direito e a religião não eram vistas de maneira diferente, 
contudo o processo que faria a separação do que é direito e o que é religião foi 
muito demorado e com isso muitos aspectos culturais ainda eram muitos fortes 
enquanto essa separação não acontecia. Foucault (1996) afirma que na 
sociedade antiga, o juramento era uma forma própria de construir a verdade, 
de estabelecer a verdade jurídica, portanto. 
 
O Direito e Religião nesta época ainda poderia ser analisada e vista em alguns 
institutos jurídicos. Um deles é o casamento religioso que produz efeitos civis, e 
no Direito Civil o casamento religioso é considerado também casamento civil, e 
para isso deve ser estabelecido em um registro próprio e deve produzir efeitos 
desde a sua celebração, assim exposto no artigo 1.515 do Código Civil. 
Alguns autores afirmam que para que o casamento religioso gere efeitos deve 
ser celebrado e oficiado por ministros de confissão religiosa. Venosa é um dos 
autores que pensam desta maneira e afirma que: 
 
Não se admite que um casamento religioso seja celebrado em um 
terreiro de macumba, centros espiritas, seitas de umbanda ou 
qualquer outro meio de crendice popular, que não gerem a 
configuração de seita religiosa reconhecida como tal. (PEREIRA in 
VENOSA, 2006, p. 32) 
 
O alto índice de complexidade social com influência do intercâmbio cultural e 
das migrações acaba revelando que o Brasil apresentas várias religiões e que 
a Constituição Federal alcança todas essas religiões existentes. Com isso é 
possível afirmar que o que a Constituição Federal não restringe em relação ao 
casamento, o Código Civil também não pode fazer. 
 
Assim como a religião cristã, é preciso considerar a existência de muitas outras 
como: a mulçumana, judaica, umbandista e etc., e com isso é preciso também 
17 
 
observar e compreender as manifestações religiosas de modo geral, pois até 
os índios tem o direito de se manifestarem e seu ritual de casamento deve ser 
aceito. 
 
Certas ações do judiciário já estão caminhando para esta direção, como pode 
ser visto na seguinte passagem: 
 
Antônio Francisco Pereira (Juiz federal de Belo Horizonte) sobre os 
Sem-Terras: ‘E aqui estou eu, com o destino de centenas de 
miseráveis nas mãos. São os excluídos, de que nos fala a Campanha 
da Fraternidade deste ano. Repito, isto não é ficção. É um processo. 
Não estou lendo Graciliano Ramos, José Lins do Rego ou José do 
Patrocínio. Os personagens existem de fato. E incomodam muita 
gente, embora deles nem se saiba direito o nome. É Valdico, José 
Maria, Gilmar, João Leite. Só isso para identificá-los. Mais nada [...] 
Ora, é muita inocência do DNER se pensa que eu vou desalojar este 
pessoal, com a ajuda da polícia, de seus moquiços (casebres), em 
nome de uma mal arrevesada (obscura) segurança nas vias públicas 
[...] Grande opção! Livra-os da morte sob as rodas de uma carreta e 
arroja-os (lança-los) para a morte sob o relento e as forças da 
natureza. Não seria pelo menos mais digno – e menos falaz – deixar 
que eles mesmos escolhessem a maneira de morrer, já que não lhes 
foi dado optar pela forma de vida?’ (MARTINEZ, 2004, p. 38). 
 
No Brasil é necessário a implantação de uma República democrática com 
todas as suas consequências e isso levaria a construção de um Estado de 
Direito efetivo. A forma com que o Estado se comporta em algumas situações 
faz o individuo acabar se afastando da igualdade, pois este começa a se sentir 
mais importante do que os outros, e desta forma acaba considerando e 
afirmando que é um ser que está acima da lei. Negar o formal é a fundamental 
característica de quem não segue o Direito e as leis criadas por Ele. 
(MARTINEZ, 2004). 
 
É inegável, porém que seja percebido nas normas jurídicas algumas regras que 
possuem o mesmo fundamento das regaras vigentes nas Leis sagradas. No 
direito hebreu, por exemplo, as regras podem ser encontradas também. 
 
Contudo, essas singularidades sociais e culturais só começam a ganhar 
definições na ciência entre os séculos XVIII e XIX, e será neste período que a 
Antropologia irá ter outras explicações teológicas, artísticas, filosóficas e 
mitológicas. A priori, a Antropologia tem como objetivo entender as sociedades 
18 
 
que são consideradas primitivas, aquelas que estão fora das sociedades 
europeia e norte-americana. E, com isso, é por meio do olhar ocidental e 
etnocêntrico que a sociedade passará a ser vista. Nestes termos, alude 
Laplantine: 
 
as sociedades que são analisadas pelos primeiros antropólogos são 
sociedades longínquas às quais são atribuídas as seguintes 
características: sociedades de dimensões restritas; que tiveram 
poucos contatos com os grupos vizinhos; cuja tecnologia é pouca 
desenvolvida em relação a nossa; e nas quais há uma menor 
especialização das atividades e funções sociais. (LAPLANTINE, 
2003, p. 14-15) 
 
No século XX, devido a grande expansão da civilização ocidental nas outras 
regiões do mundo, a Antropologia passa a ser encarregada de mudar o ponto 
de vista que as sociedades ainda tinham do “selvagem”, porém essa visão ia 
sendo apagada com a expansão da civilização ocidental. 
 
Dito isto, a religião sempre foi uma fonte de conteúdo, e até os dias de hoje 
reflete discussões em tribunais e muitos outros aspectos. A liberdade religiosa, 
portanto, é trada pela Constituição Federal de 1988 e é vista como um grande 
avanço na democracia que visa garantir o direito do indivíduo. O judiciário 
ainda apresenta muita dificuldade em decidir questões que abordem a 
liberdade de religião da sociedade e com o tempo construíram autonomia em 
relação a este assunto. 
 
5 CONCLUSÃO 
 
O presente artigo buscou abordar temas da antropologia e relaciona-la com 
temas como a religião, sociedade e o próprio indivíduo. Mediante pesquisas em 
sites, bibliografias disponibilizadas e percepções de vários pensadores e 
autores a respeito do tema. 
Ao longo do artigo trabalhado foi possível analisar que o direito que teve início 
após a 2ª guerra mundial conseguiu permitir a criação de um movimento de 
expansão do Estado, que acabou por influenciar que na sociedade fosse 
possível a garantia de uma vida digna para vários grupos de sociedade que 
anteriormente eram vistos como “inferiores”. A Antropologia teve uma influencia 
19 
 
enorme, pois foi através dela que agarantia de uma vida digna pode ser 
sustentada e preservada e com isso os profissionais do Direito puderam 
começar a determinar ligações certas e devidas entre a universalidade das leis 
as particularidades existentes. 
 
No âmbito nacional, foi notado que a Constituição Federal de 1988 foi uma 
opção e tentativa de iniciar a prática de um movimento que interfira 
antropologicamente e internamente no âmbito jurídico do país. Contudo, isto 
não significa que haja uma ausência das divergências, pois afinal de contas a 
instituição, ou seja, o Estado, é representante dos interesses e de qualquer 
maneira e toda mudança é visível para todos os que foram antigamente 
criminalizados, descriminados e perseguidos por isso. 
 
Foi possível também analisar e perceber que apesar o Estado seu um país 
laico, no que se refere aos direitos e deveres do ser humano, não é possível 
questionar sobre a importância que a religião interfere sobre o cotidiano do 
indivíduo. 
 
No quesito religião ainda, foi possível entender que por mais que a Igreja 
Católica ainda seja muito presente entre a sociedade e ainda sirva de norte 
para muitos indivíduos e grupos, o país já consegue conviver e respeitar que 
há variadas formas de religião e que elas devem ser tratadas de forma igual e 
asseguradas seus direitos pelo Estado. 
 
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