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Procedimentos de Segurança no Trabalho Elétrico

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Espírito Santo 
 
 
 
 
 
CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção 
 
Elétrica
 
Procedimento de Segurança 
e Higiene do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Espírito Santo 
 
 
 
 
 
 
Procedimento de Segurança e Higiene do Trabalho - Elétrica
 
 
 
© SENAI - ES, 1996 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) 
 
 
Elaboração: Carlos Roberto Sebastião (SENAI) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
DAE - Divisão de Assistência às Empresas 
Departamento Regional do Espírito Santo 
Av. Nossa Senhora da Penha, 2053 - Vitória - ES. 
CEP 29045-401 - Caixa Postal 683 
Telefone: (27) 3325-0255 
Telefax: (27) 3227-9017 
 
 
 
 
 
 
CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão 
AHD - Divisão de Desenvolvimento de Recursos Humanos 
AV. Brigadeiro Eduardo Gomes, nº 930, Jardim Limoeiro - Serra - ES. 
CEP 29163-970 
Telefone: (27) 3348-1333 
 
 
 
 
 
 
 Espírito Santo 
Sumário
 
 
 
 
 
 
Acidente do Trabalho ............................................................. 06 
• Definição ........................................................................... 06 
• Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado ............. 07 
• Identificação das Causas do Acidente ............................... 08 
• Classificação do Acidente.................................................. 11 
• Padrão Operacional........................................................... 12 
 
Equipamento de Proteção...................................................... 13 
• Introdução ......................................................................... 13 
• Equipamento de Proteção Coletiva.................................... 13 
• Equipamento de Proteção Individual ................................. 14 
 
Riscos Ambientais.................................................................. 20 
• Introdução ......................................................................... 20 
• Classificação dos Riscos ................................................... 20 
• Fatores que Colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos 
à Saúde ............................................................................. 21 
• Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo....... 22 
• Riscos Químicos................................................................ 23 
• Riscos Físicos.................................................................... 25 
• Riscos Biológicos............................................................... 27 
• Principais Medidas e Controle dos Riscos Ambientais....... 28 
• Medidas Relativas ao ambiente ......................................... 28 
• Medidas Relativas ao pessoal ........................................... 30 
 
Riscos de Eletricidade............................................................ 32 
• Introdução ......................................................................... 32 
• O que é Eletricidade .......................................................... 32 
• Lei de OHM ....................................................................... 33 
• Efeitos da Corrente Elétrica............................................... 34 
• Principais Sintomas Causados pelo Choque ..................... 35 
• Riscos Elétricos ................................................................. 36 
• Cuidados nas Instalações Elétricas ................................... 37 
• Medidas Preventivas em Instalações Elétricas .................. 37 
• Aterramento Elétrico .......................................................... 39 
 
Noções Básicas de Demarcações de Segurança ...................40 
• Introdução ..........................................................................40 
 
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• Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho.................40 
 
Noções Básicas de Combate à Incêndio.................................48 
• Princípios Básicos do Fogo ................................................48 
• Condições Propícias para a Combustão.............................51 
• Combustão .........................................................................55 
• Combate à Incêndio ...........................................................65 
• Tipos de Equipamentos para Combate à Incêndios ...........68 
 
Primeiros Socorros..................................................................78 
• Introdução ..........................................................................78 
• Material necessário para Emergência.................................79 
• Ferimentos .........................................................................80 
• Hemorragias.......................................................................84 
• Queimaduras......................................................................87 
• Choque Elétrico ..................................................................88 
• Calor...................................................................................89 
• Frio .....................................................................................91 
• Estado de Choque..............................................................92 
• Desmaios ...........................................................................93 
• Convulsão ..........................................................................94 
• Intoxicações e Envenenamentos ........................................95 
• Corpos Estranhos...............................................................97 
• Fraturas e Lesões de Articulação .......................................98 
• Acidentes por Animais Peçonhentos ..................................100 
• Parada Cardíaca - Massagem Cardíaca.............................102 
• Parada Respiratória - Respiração Artificial .........................104 
• Resgate e Transporte de Pessoas Acidentadas.................106 
 
Controle Ambiental..................................................................113 
• Meio Ambiente....................................................................113 
• Poluição..............................................................................113 
• Controle Ambiental na CST ................................................116 
• Padronização Ambiental.....................................................116 
• Responsabilidade Ambiental ..............................................117 
 
 
 
 
 
 
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 Noções Básicas de Sinalização, Amarração e Transporte..............................................117 
 
Introdução .......................................................................................................................118 
 
Equipamentos de Proteção Individual .............................................................................119 
 
Cronograma Ideal para uma Movimentação....................................................................120 
 
Acessórios do Movimentador ..........................................................................................121 
 
A Carga: Peso e Centro de Gravidade............................................................................122 
 
Qual a Linga para Qual Aplicação?.................................................................................124Cordas ............................................................................................................................126 
 
Cabos de Aço..................................................................................................................127 
 
Laços ..............................................................................................................................134 
 
Cintas..............................................................................................................................138 
 
Correntes para Lingas.....................................................................................................142 
 
Lingas Combinadas.........................................................................................................146 
 
Capacidade de Carga das Lingas ...................................................................................147 
 
Modos de Movimentação ................................................................................................155 
 
Como se Assegurar que a Carga não se Solte ...............................................................161 
 
Comunicação entre Operador e Movimentador...............................................................166 
 
Sinais Visuais..................................................................................................................168 
 
Finalização da Movimentação .........................................................................................174 
 
Acessórios ......................................................................................................................175 
 
Noções Básicas de Amarração, Sinalização e Movimentação de Cargas - Avaliação.....182 
 
 
 
 
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Acidente do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
Definição 
 
O Acidente é toda e qualquer ocorrência imprevista e indesejável, 
instantânea ou não, que provoca lesão pessoal ou de que decorre 
risco próximo ou remoto dessa lesão. Se tal ocorrência estiver 
relacionada com o exercício do trabalho, estará, então, 
caracterizado o Acidente de Trabalho. Trocando o conceito em 
miúdos: 
A ocorrência é imprevista por não ter um momento pré-
determinado (dia ou hora) para acontecer. É preciso distinguir 
previsto/imprevisto de previsível/imprevisível. 
O "previsto" significa programa, enquanto o "previsível" sugere 
possibilidade. Assim, pode-se dizer que o acidente é previsível em 
função de circunstâncias (uma escada de degraus defeituosos, 
um mecânico esmerilhando sem óculos, por exemplo), isto é, 
existe a possibilidade, clara, de ocorrer o acidente. No entanto, a 
ocorrência não está prevista, por não estar programada. 
O indesejável, é óbvio, é por não se querer o acidente. Daí, se 
alguém, intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra 
outro e o atinge, caracteriza-se o acidente, apesar de o indivíduo 
ter desejado atingir o outro. Isso se dá porque a ocorrência é 
caracterizada em função da vítima (ou vítima potencial) e é claro 
que ela não queria ser atacada. 
O "instantânea ou não" faz a diferença entre o acidente típico, 
como o conhecemos (queda, impacto sofrido, aprisionamento, 
etc.) e a doença ocupacional ou do trabalho (asbestose, 
saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidente propriamente 
dito é a ocorrência que tem conseqüência (lesão) imediata em 
relação ao momento da ocorrência (queda = fratura, luxação, 
escoriações). A Doença Ocupacional é conseqüência mediata em 
relação à exposição ao risco (exposição ao vapor de chumbo hoje, 
saturnismo após algum tempo). 
O acidente, não implica, necessariamente em lesão, podendo ficar 
somente no risco de provocá-la (acidente sem vítima). Assim, a 
queda de uma marreta, por exemplo, é o acidente que pode ser 
com vítima (provoca lesão) ou sem vítima (não atinge ninguém). 
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em sua NB 
18 (Norma Brasileira no 18) focaliza o acidente sob os seguintes 
aspectos: 
 
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Tipo: Classifica o acidente quanto à sua espécie, como Impacto 
de Pessoa Contra (que se aplica aos casos em que a lesão foi 
produzida por impacto do acidentado contra um objeto parado, 
exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento é de 
objeto); Queda com Diferença de Nível (ação da gravidade, com o 
objeto de contato estando abaixo da superfície em que se 
encontra o acidentado); Queda em Mesmo Nível (movimentado 
devido à perda de equilíbrio, com o objeto de contato estando no 
mesmo nível ou acima da superfície de apoio do acidentado); 
Atrito ou Abrasão; Aprovisionamento, etc. 
 
 
Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado 
 
Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente do 
trabalho apresenta fatores altamente negativos no que se refere 
ao aspecto humano, social e econômico, cujas conseqüências se 
constituem num forte argumento de apoio a qualquer ações de 
controle e prevenção dos infortúnios ocasionais. 
 
Aspecto Humano 
Bastaria a consulta as estatísticas oficiais, que registram os 
acidentes que prejudicam a integridade física do empregado, para 
conhecimento do grande índice de pessoas incapacitadas para o 
trabalho e de tantas vidas truncadas, tendo como conseqüência a 
desestruturação do ambiente familiar, onde tais infortúnios 
repercutem por tempo indeterminado. 
 
Aspecto Social 
Em referência a este aspecto, vamos analisar o acidente do 
trabalho e suas conseqüências sociais, visando a estes dois 
aspectos: 
 
• o acidente do trabalho como efeito; 
• o acidente do trabalho como causa. 
 
Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele 
resulta de uma ação imprudente ou de condições inadequadas, 
isto é, quando ele resulta de uma inobservância das normas de 
segurança; pode-se considerá-lo como causa quando se tem em 
vista as conseqüências dele advindas. 
Como se deduz, são imensuráveis, em termos de extensão e 
proporção, as conseqüências dos acidentes do trabalho. Mas, o 
importante diante de todos os aspectos que possam ser 
apresentados, é que as pessoas se inteiram dessa realidade, 
 
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interessando-se pela aplicação correta das medidas de prevenção 
do acidente, para não se tornarem vítimas do mesmo. 
 
Aspecto Econômico 
Um dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes do 
trabalho, é o prejuízo econômico cujas conseqüências atingem ao 
empregado, a empresa, a sociedade e, em uma concepção mas 
ampla, a própria nação. 
Quanto ao empregado, apesar de toda a assistência e das 
indenizações recebidas por ele ou por seus familiares através da 
Previdência Social, no caso de acidentar-se, os prejuízos 
econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização não 
lhe garante necessariamente o mesmo padrão de vida mantido 
até então. E, dependendo do tipo de lesão sofrida, tais benefícios, 
por melhores que sejam, não repararão uma invalidez ou a perda 
de uma vida. 
Na empresa, os prejuízos econômicos derivados dos acidentes 
variam em função da importância que ela dedica à prevenção de 
acidentes. A perdaainda que de alguns minutos de atividade no 
trabalho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com a 
danificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais etc. 
Outro tipo de prejuízo econômico refere-se ao acidente que atinge 
o empregado, variando as proporções quanto ao tempo de 
afastamento do mesmo, devido à gravidade da lesão. 
As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do 
trabalho por tempo indeterminado, devido à impossibilidade de 
substituição do acidentado por um elemento treinado para aquele 
tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que 
atinge os demais empregados e que interfere no rítmo normal do 
trabalho, levando sempre a uma grande queda da produção. 
Em termos gerais, esses são alguns fatores que muito contribuem 
para os prejuízos econômicos tanto do empregado quanto da 
empresa. 
 
 
Identificação das Causas do Acidente 
 
É fundamental que se entenda que a busca da causa de um 
acidente não tem, absolutamente, o objetivo de punição, mas, 
sim, o de encontrar a partir das causas, as medidas que 
possibilitem impedir ocorrências semelhantes. 
A causa do acidente pode estar em fatores hereditários (herança 
sangüínea) ou de meio-ambiente (cultura). Pode, também, 
originar-se de falha pessoal. Clareando: a Hereditariedade, 
processo de transmissão de características físicas e mentais dos 
ascendentes (pais, avós, etc.) para os descendentes (filhos, 
netos, etc.), quando o ambiente é propício, manifesta-se sob a 
forma de fobias, principalmente as claustrofobia ( medo de 
 
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lugares fechados), acrofobia (medo de altura), etc., e de outras 
formas. Tal manifestação interfere na formação do homem, dando 
oportunidade ao afloramento das falhas pessoais (atitudes 
impróprias, inadequadas, por exemplo: imprudência, negligência, 
exibicionismo, insubordinação, etc.). 
A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos 
Inseguros ou criar/permitir Condições Inseguras. 
Resumindo: o acidente tem origem nos antecedentes hereditários 
e no meio-ambiente da primeira infância do homem. As 
características indesejáveis, herdadas (hereditariedade) ou 
adquiridas (meio-ambiente) manifestam-se através da falha 
pessoal que, por sua vez, induz o homem a criar ou permitir a 
condição insegura e/ou praticar o ato inseguro, que são as causas 
aparentes do acidente que pode, ou não, resultar em lesão 
pessoal. 
Para esclarecer, imaginemos uma situação: a companhia admite 
um novo empregado que terá a ocupação de escarfador. O 
candidato selecionado é jovem e a CST é sua primeira empresa. 
Até então, trabalhará no quiosque do pai, na praia de Camburi, o 
dia todo, à vontade, de sunga, vez por outra tomando uma 
aguinha de coco, enquanto inspecionava biquínis e similares. Pois 
bem, esse rapaz começa a trabalhar na CST e, após treinamento, 
se vê todo equipado para o trabalho; possivelmente, não se 
adaptará, sentir-se-á agoniado, preso: A SITUAÇÃO É MUITO 
DIFERENTE E A TENDÊNCIA É CHEGAR AO ACIDENTE. 
 
Ato Inseguro 
O Ato Inseguro é a desobediência a um procedimento seguro, 
comumente aceito. Não é necessariamente a desobediência a 
norma ou procedimento escrito, mas também àquelas normas de 
conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Na 
caracterização do Ato Inseguro cabe a seguinte questão: nas 
mesmas circunstâncias uma pessoa prudente agiria da mesma 
maneira? 
Um exemplo: não se conhece nenhuma norma escrita que oriente 
para não se segurar, na palma da mão, um ferro elétrico 
aquecido, porém, se alguém o fizer, estará cometendo um Ato 
Inseguro. 
O Ato Inseguro ocorre em três modalidades: 
Omissão: A pessoa Não Faz o que deveria fazer. 
Exemplo: Deixar de impedir equipamento. 
 
Comissão: A pessoa faz o que Não Deveria Fazer 
Exemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou 
autorizado. 
 
 
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Variação: A pessoa faz algo De Modo Diferente do que deveria 
fazer. 
Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar 
de descer pela escada. 
 
É claro que a "Omissão" implica em existência/conhecimento de 
norma/procedimento específico. Quanto às "Comissão" e 
"Variação", a desobediência pode ocorrer ao próprio bom senso, 
não, necessariamente a normas/procedimentos/instruções. 
 
Condição Insegura 
A Condição Insegura são as condições de ambiente, cuja 
correção não são da alçada do acidentado. A Condição Insegura 
compreende máquinas, equipamentos, materiais, métodos de 
trabalho e deficiência administrativa. 
Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condição 
insegura em quatro classes: 
Mecânica: máquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem 
proteção, inadequado, etc. 
 
Física: "Lay-out" (arrumação, passagens, espaço, acesso, etc.). 
 
Ambiental: Ventilação, iluminação, poluição, ruído, etc. 
 
Método: Procedimento de Trabalho inadequado, padrão 
inexistente, processo perigoso, método arriscado, supervisão 
deficiente, etc. 
 
A Condição Insegura ocorre, também, em três modalidades, todas 
elas, derivadas das posições de comando: 
Negligência: (corresponde à omissão do Ato Inseguro): deixar de 
fazer o que deve ser feito. 
Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir práticas 
inseguras. 
Imperícia: derivada da falta de conhecimento/experiência 
específica. Mandar Fazer sem Estabelecer Procedimento 
Exemplo: Não fixar padrão/procedimento de trabalho. 
 
Imprudência: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido. 
Exemplo: Mandar improvisar ferramenta. 
 
É importante frisar que a Condição Insegura e Ato Inseguro são a 
causa final de um acidente, ou seja, a ação que deflagrou a 
ocorrência, a "gota d'água" que fez transbordar o conteúdo do 
 
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copo, mas outros fatores concorreram para a ocorrência e esses 
fatores, "as causas de causa" precisam ser identificadas para a 
prevenção. Daí, a importância de estudar as "Hereditariedade e 
Meio-Ambiente" (muito difícil para a indústria comum) e as "Falhas 
Pessoais", estas mais visíveis, a partir das convivência e 
observação. Aliás, as convivência e observação precisam ser 
valorizadas. A observação é tão importante que a sua negligência 
tem o poder de alterar o Ato Inseguro para a Condição Insegura. 
É verdade, a norma diz que se um ato inseguro vem sendo 
cometido repetidas vezes, por tempo suficiente para ter sido 
"observado" e "corrigido" e não é, deixa de ser Ato para ser 
Condição Insegura, enquadrando-se como "Negligência" da 
supervisão. 
 
 
Classificação do Acidente 
 
O acidente pessoal, em termos de gravidade da lesão que 
provoca, é classificado de duas maneiras: 
1º Se o acidente provoca lesão tal que impeça o acidentado de 
retornar ao trabalho, em suas funções, no dia imediato ao da 
ocorrência, ele é dito Com Lesão, Com Afastamento, o 
conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmo que o 
acidentado possa trabalhar, em suas funções, no dia seguinte 
ao da ocorrência, a lesão pode ser classificada de "Com 
Afastamento" (CPT), desde que dela resulte uma 
incapacidade permanente, por exemplo, a perda de uma 
falange (nó)de um dedo. 
 
2º Se a lesão decorrente do acidente não impede o acidentado de 
trabalhar no dia seguinte ao da ocorrência, temos o conhecido 
SPT (Sem Perda de Tempo), oficialmente classificado de 
Lesão Sem Afastamento. 
 
É importante frisar que tal classificação se refere unicamente à 
gravidade da lesão e do acidente. Podemos ter acidentes até 
mesmo impessoais de alta gravidade. 
 
 
 
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de imediato, a curto, médio ou longo prazos pode representar o 
fracasso do trabalho, do seu trabalho. 
Ninguém está mais capacitado que você para saber qual a melhor 
maneira de executar o seu trabalho. Organizando a tarefa, 
discutindo-a com seus colegas, aperfeiçoando-a sempre e 
mantendo o seu registro, você chegará naturalmente ao Padrão 
ideal quer requer constantes avaliações e adequações, obtidas 
através de Análise de Riscos que é, em resumo, a ferramenta de 
atualização do Padrão. 
Lembre-se, o Padrão Operacional precisa ser registrado, escrito 
e receber constantes adequações. O bom Padrão Operacional 
não sobrevive sem retoques. Busque o Padrão junto ao seu 
Gerente Supervisor, é ele o centralizador, o catalisador do 
Padrão, você é o usuário, o gerador de aperfeiçoamento do 
mesmo. Zele por ele que é seu melhor companheiro. 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO DETALHE: 
"Pela falta de um cravo, a ferradura foi perdida; 
Pela falta da ferradura, o cavalo foi perdido; 
pela perda do cavalo, o cavaleiro se perdeu; 
pela perda do cavaleiro, a batalha foi perdida, 
pela perda da batalha, o reino foi perdido, 
e tudo porque um cravo de ferradura foi perdido!" 
 Benjamim Frankilin 
 
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Padrão Operacional 
 
É o estabelecimento do método correto e, consequentemente, 
seguro de execução do trabalho. Fundamentado no 
conhecimento do trabalho, exige constante aperfeiçoamento, 
adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que 
fazer. O Padrão Operacional somente pode ser considerado se 
estiver registrado (escrito), ser conhecido e estar ao alcance de 
todos os envolvidos no trabalho. Seu ponto chave é o Detalhe, o 
detalhe que não pode ser negligenciado ou esquecido, já que, 
 
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Equipamentos de Proteção 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
A CST, conforme Portaria 3.214 do MTb, NR4, é uma empresa 
enquadrada no Grau de Risco 4 (risco elevado de acidentes) e 
portanto, podem existir nos locais de trabalho, condições que 
poderão acasionar danos à saúde ou à integridade física do 
empregado. Estes riscos devem ser neutralizados ou eliminados 
por meio da utilização dos equipamentos de proteção, que 
oferecem: 
 
Proteção Coletiva: beneficiam a todos os empregados 
indistintamente. 
 
Proteção Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o 
equipamento. 
 
Nota: A empresa é obrigada fornecer aos empregados, 
gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado 
de conservação e funcionamento, nas seguintes 
circunstâncias: 
a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem 
tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa 
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou 
de doenças profissionais e do trabalho; 
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem 
sendo implantadas; 
c) Para atender situação de emergência. 
 
 
Equipamento de Proteção Coletiva - EPC 
 
São os que, quando adotados, neutralizam o risco na própria 
fonte. 
As proteções em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de 
isolamento de operações ruidosas; os exaustores de gases e 
vapores; as barreiras de proteção; aterramentos elétricos; os 
dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e 
esteiras transportadoras são exemplos de proteção coletivas. 
 
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Equipamento de Proteção Individual - EPI 
 
Definição 
O equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo de 
uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a 
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. 
 
Seleção do EPI 
A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não 
só dos equipamentos como, também, das condições em que o 
trabalho é executado. 
É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e, 
principalmente, o grau de proteção que o equipamento deverá 
proporcionar. 
 
Características e Classificação dos EPI 
Pode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do 
corpo que devem proteger: 
 
Proteção da Cabeça 
Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado e 
de impacto contra objeto imóvel e somente estará completo e em 
condições adequadas de uso se composto de: 
 *Casco: é o capacete propriamente dito; 
 *Carneira: armação plástica, semi-elástica, que 
separa o casco do couro cabeludo e tem a finalidade 
de absorver a energia do impacto; 
 *Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça. 
 
O capacete de celeron se presta, também, à proteção contra 
radiação térmica. 
 
 
 
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Proteção dos Olhos 
Óculos de segurança: Protegem os olhos de impacto de 
materiais projetados e de impacto contra objetos imóveis. Os 
óculos de segurança utilizados na CST são, comprovadamente, 
muito eficazes quanto à proteção contra impactos. 
Para a proteção contra aerodispersóides (poeira), a CST fornece 
os óculos ampla visão, que envolvem totalmente a região ocular. 
Onde se somam os riscos de impacto e intensa presença de 
aerodispersóides (poeira), a afetiva proteção dos olhos se obtém 
com o uso dos dois EPI - óculos de segurança (óculos basculavel) 
óculos ampla visão, ao mesmo tempo. 
 
 
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Proteção Facial 
Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais 
projetados e de calor radiante, podendo ser acoplado ao 
capacete. É articulado e tem perfil côncavo e tamanho e altura 
que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído 
em acrílico, alumínio ou tela de aço inox. 
 
 
Proteção das Laterais e Parte Posterior da Cabeça 
 
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Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca) 
de projeção de fagulhas, poeiras e similares. Para uso em 
ambientes de alta temperatura, o capuz é equipado com filtros de 
luz, permitindo proteção tambémcontra queimaduras. 
 
Proteção Respiratória 
Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos, 
asfixiantes e contra aerodispersóides (poeira). Elas protegem não 
somente de envenenamento e asfixias, mas, também, da inalação 
de substâncias que provocam doenças ocupacionais (silicose, 
siderose, etc.). 
Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com ou 
sem alimentação de ar respirável. 
 
 
Proteção de Membros Superiores 
Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o braço, 
inclusive o punho, contra impactos cortantes e perfurantes, 
queimaduras, choque elétrico, abrasão e radiações ionizantes e 
não ionizantes. 
 
Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e 
perfurantes, de calor, choques elétricos, abrasão e radiações 
ionizantes. 
 
Proteção Auditiva 
Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora 
exercida pelo ruído contra o aparelho auditivo. Existem em dois 
tipos básicos: 
 *Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de 
poliuretano ou PVC), que é introduzido no canal 
auditivo. 
 
 
 Espírito Santo 
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 *Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e 
protege também o sistema auxiliar de audição (ósseo). 
 
O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que é 
o som indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva. 
Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se o 
som mais o ruído, sem que este afete o usuário. 
 
 
 
Proteção do Tronco 
Paletó: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações, 
projeções de materiais particulados e de abrasão, calor radiante e 
de frio. 
 
Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membros 
inferiores - alguns modelos (tipo barbeiro) protegem também os 
membros superiores - contra queimaduras, calor, radiante, 
perfurações, projeção de materiais particulados, ambos permitindo 
uma boa mobilidade ao usuário. 
 
 
Proteção da Pele 
Luva química: Creme que protege a pele, membros superiores, 
contra a ação dos solventes, lubrificantes e outros produtos 
agressivos. 
 
Proteção dos Membros Inferiores 
 
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18 Companhia Siderúrgica de Tubarão 
 
Calçado de segurança: Protege os pés contra impactos de 
objetos que caem ou são projetados, impactos contra objetos 
imóveis e contra perfurações. Por norma, somente é de 
segurança o calçado que possui biqueira de aço para proteção 
dos dedos. 
 
Perneiras: Protegem a perna contra projeções de aparas, 
fagulhas, limalhas, etc., principalmente de materiais quentes. 
 
 
 
 
Proteção Global Contra Quedas 
Cinto de segurança: Cinturões anti-quedas que protegem o 
homem nas atividades exercidas em locais com altura igual ou 
superior a 2 (dois) metros, composto de cinturão, propriamente 
dito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno, nylon, aço, 
etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme. 
 
 
 
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Guarda e Conservação do EPI 
Quando na troca de usuário 
De um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados, cada 
vez em que há troca de usuário. 
 
Guarda do EPI 
O empregado deve conservar o seu equipamento de proteção 
individual e estar conscientizado de que, com a conservação, ele 
estará se protegendo quando voltar a utilizar o equipamento. 
 
Conservação do EPI 
O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. 
Sempre que possível, a verificação e a limpeza destes 
equipamentos devem ser confiados a uma pessoa habilitada para 
esse fim. Neste caso, o próprio empregado pode se ocupar desta 
tarefa, desde que receba orientação para isso. 
Muitos acidentes e doenças do trabalho ocorrem devido à não 
observância do uso de EPI. A eficácia de um EPI depende do uso 
correto e constante no trabalho onde exista o risco. 
 
Exigência Legal para Empresa e Empregado 
O uso de equipamento de proteção individual, além da indicação 
técnica para operações locais e empregados determinados, é 
exigência constante de textos legais. A Seção IV, do Capítulo V da 
CLT, cuida do Equipamento de Proteção Individual em dois 
artigos, a saber: 
 
"Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao 
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, 
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa 
proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos 
empregados." 
 
"Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à 
venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação 
do Ministério do Trabalho - CA. 
 
Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina do 
trabalho em sua Norma Regulamentadora 1 - item 1.8, cuida 
minuciosamente do Equipamento de Proteção Individual, 
mencionando, entre outras coisas, as obrigações do empregado, 
que incluem o dever de utilizar a proteção fornecida pela empresa. 
 
 
 
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20 Companhia Siderúrgica de Tubarão 
 
Riscos Ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da 
atividade que neles é desenvolvida, um ou mais fatores ou 
agentes que, dentro de certas condições, irão causar danos à 
saúde do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscos 
ambientais. Os riscos ambientais exigem a observação de certos 
cuidados e a tomada de medidas corretivas nos ambientes, se 
pretende evitar o aparecimento das chamadas doenças do 
trabalho. 
A Portaria 3214 de Segurança e Medicina do trabalho do 
Ministério do Trabalho na sua Norma Regulamentadora de nº 09, 
contempla o Programa de Proteção aos Riscos Ambientais - 
PPRA - que tem como objetivo de antecipação, identificação, 
avaliação e controle de todos os fatores do ambiente de trabalho 
que podem causar doenças ou danos à saúde dos empregados. 
Segue-se uma série de informações básicas relativas aos Riscos 
Ambientais, com enumeração dos principais fatores, das 
condições possíveis de risco para a saúde e das medidas gerais 
para o controle desses fatores nos ambientes de trabalho. 
 
 
Classificação dos Riscos 
 
Os riscos ambientais estão divididos em três grupos: riscos 
químicos, riscos físicos e riscos biológicos. 
 
Riscos Químicos 
São representados por um grande número de substâncias que 
podem contaminar o ambiente de trabalho. 
 
Riscos Físicos 
São representados por fatores do ambiente de trabalho que 
podem causar danos à saúde, sendo os principais: o calor, o ruído 
ou barulho, as radiações, o trabalho com pressões anormais, a 
vibração e a má iluminação. 
 
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Departamento Regional do Espírito Santo 21 
 
Riscos Biológicos 
São representados por uma variedade de microrganismoscom os 
quais o empregado pode entrar em contato, segundo o seu tipo 
de atividade, e que podem causar doenças. 
 
 
Fatores que colaboram para que os Produtos ou Agentes 
causem danos à Saúde 
 
Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, irá causar 
obrigatoriamente um dano à saúde. Para que isso ocorra, é 
preciso que haja uma inter-relação entre os fatores que serão 
expostos a seguir: 
 
O tempo de exposição 
Quanto maior o tempo de exposição, de contato, maiores são as 
possibilidades de se desenvolver um dano à saúde e vice-versa. 
 
A concentração do contaminante no ambiente 
Quanto maiores as concentrações, maiores as chances de 
aparecerem problemas. 
 
O quanto a substância é tóxica 
Algumas substâncias são mais tóxicas que outras se comparadas 
em relação a uma mesma concentração. 
 
A forma em que o contaminante se encontra 
Isto é, se em forma de gás, líquido ou neblina, ou poeira. Isto tem 
relação com a forma de entrada do tóxico no organismo, como 
será visto adiante. 
 
A possibilidade de as pessoas absorverem as substâncias 
Algumas substâncias só são capazes de entrar no organismo por 
inalação ou, então, pela pele. 
Deve-se acentuar que é importante conhecer cada caso em 
separado. Havendo dúvida quanto à existência ou não de perigo, 
o interessado deve procurar um membro da CIPA ou do Serviço 
Especializado ou, ainda, o seu gerente. 
 
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22 Companhia Siderúrgica de Tubarão 
 
Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo 
 
Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podem 
penetrar no organismo humano: 
 
Por inalação 
Quando se está num ambiente contaminado, pode-se absorver 
uma substância nociva por inalação, isto é, pela respiração. 
 
 
 
 
Por contato com a pele, ou via cutânea 
A pele pode absorver certas substâncias se houver contato, 
mesmo que por poucos instantes. Dessa forma, o tóxico pode 
atingir o sangue e causar dano à saúde. 
 
 
 
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Por ingestão 
ou seja, ao se engolir, acidentalmente, o tóxico Isso acontece 
muito quando são comidos ou bebidos alimentos que estão 
contaminados com quantidades não visíveis de substâncias 
nocivas. É por essa razão que nunca se deve fazer as refeições 
no próprio posto de trabalho. E, também, não se deve ir para o 
refeitório ou para casa sem antes efetuar um perfeito asseio 
pessoal: lavar as mãos e rosto com sabão e bastante água. 
 
 
 
 
Riscos Químicos 
 
As substâncias químicas podem estar na forma de gases, 
vapores, líquidos, fumos, poeiras e névoas ou neblinas. Por 
exemplo: 
 
Vapores 
Emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em 
geral, desengraxantes como o tetracloreto de carbono, o 
tricloroetileno. 
 
Gases 
Monóxido de carbono, gases dos processos industriais como o 
gás sulfídrico. 
 
Líquidos 
Que podem ser corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica, ou 
irritantes, causando doenças da pele. Muitos líquidos também 
podem ser absorvidos pela pele, causando prejuízo à saúde. 
 
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24 Companhia Siderúrgica de Tubarão 
 
Névoas ou neblinas 
Nos banhos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos, 
onde se formam névoas ou neblinas de ácidos. 
 
Fumos 
Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos são 
pequenas partículas de metal ou de seus compostos, 
provenientes do banho que ficam suspensos no ar. 
 
Poeiras ou pós 
Pó de serragem, poeira de rebarbação de peças fundidas no 
jateamento de areia ou granalha de aço. 
 
 
Principais Efeitos no Organismo 
Dentre os efeitos dos riscos químicos no organismo, destacam-se, 
como principais, os seguintes: 
 
Irritação 
Irritação dos olhos, nariz, garganta, pulmões, da pele. 
Geralmente, as substâncias que causam irritação se encontram 
na forma de gás ou vapor, mas podem, também, estar no estado 
líquido ou sólido. Exemplos: vapores de ácidos, a amônia 
(amoníaco), certas poeiras. A irritação da pele é causada pelo 
contato direto com líquidos ou poeiras, sendo exemplos os 
solventes "thinners", e a poeira de caviúna. 
 
Asfixia 
Ou seja, falta de oxigênio no organismo. Exemplos: monóxido de 
carbono (CO), gás carbônico (CO2), acetileno. 
 
Anestesia 
Isto é, uma ação sobre o sistema nervoso central, causando 
estado de sonolência ou tonturas. Geralmente, as substâncias 
anestésicas estão no estado de gás ou vapor. Exemplos: vapores 
de éter etílico, acetona. 
 
Intoxicação 
Pode ser causada tanto por inalação como por contato com a pele 
ou ingestão acidental do tóxico, que pode estar na forma sólida, 
líquida ou gasosa. Exemplos: benzol, toluol, tricloroetileno, 
metanol, gasolina, inseticidas, fumos de chumbo, pó de chumbo 
(nas tipografias). 
 
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Pneumoconiose 
Isto é, uma alteração da capacidade respiratória devido a uma 
alteração no pulmão da pessoa. As substâncias que causam esse 
tipo de doença estão na forma de poeira. Exemplos: poeira de 
sílica livre cristalizada, contida no pó de mármore, areia, carepa 
de fundição (areia), poeira de amianto ou asbesto, pós de 
algodão. 
 
 
Riscos Físicos 
 
Há fatores no ambiente do trabalho cuja presença, tendendo aos 
limites de excesso ou falta, podem tornar-se responsáveis por 
variadas alterações na saúde do empregado. 
 
Calor 
O calor ocorre geralmente em fundições, siderúrgicas, cerâmicas, 
indústrias de vidro, etc. Quanto aos efeitos, sabe-se que o 
organismo pode adaptar-se aos ambientes quentes, dentro de 
certos limites. Quando há exposição excessiva ao calor, pode 
ocorrer uma série de problemas, como câimbras, insolação ou 
intermação, ou, ainda, uma afecção nos olhos chamada de 
catarata. 
 
Ruído ou barulho 
Ocorre na indústria em geral, mas, principalmente, nas 
tecelagens, estamparias, no rebarbamento por marteletes nas 
fundições, etc. O ruído excessivo tem vários efeitos no ser 
humano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade, 
entre outros. Entretanto, seu efeito principal, comprovado quando 
as pessoas são expostas a altos níveis de ruído por tempos 
longos, é o dano à audição, que leva a vários graus de surdez. 
 
Radiação infravermelho 
É o calor radiante cujos efeitos são, justamente, os mencionados 
acima em "calor". Onde há corpos aquecidos, há calor radiante 
que é emitido em todas as direções. 
 
Radiação ultravioleta 
É um tipo de radiação que está presente principalmente nas 
seguintes operações: solda elétrica, fusão de metais a 
temperatura muito alta, nas lâmpadas germicidas, nos geradores 
de ozona. Seus efeitos são térmicos, causando queimaduras, 
eritemas (vermelhidão) na pele, e, também, inflamação nos olhos 
(conjuntivite). Os efeitos são retardados, aparecendo com maior 
força 6 a 12 horas após a exposição. 
 
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26 Companhia Siderúrgica de Tubarão 
 
Radiações ionizantes 
Podem ser provenientes de materiais radioativos ou de aparelhos 
especiais. Exemplos: aparelhos de raio-x (quando indevidamente 
utilizados), radiografias industriais de controle (gamagrafia). Os 
efeitos das exposições descontroladas a radiações ionizantes, por 
mau controle dos processos, são em geral sérios: anemia, 
leucemia, certos tipos de câncer e efeitos que só aparecem nas 
gerações seguintes (genéticos). 
 
Trabalhos com pressões anormais 
São os trabalhos em que o homem é submetido a pressões 
diferentes da atmosférica, na qual vive normalmente. Esses 
trabalhos exigem um controle rígido das operações, 
principalmente na etapa de descompressão e volta à pressão 
normal. Ocorrência: em trabalhos submarinos, no trabalho em 
tubulações e caixões pneumáticos. Os efeitos são: problemas nas 
articulações, desde dores até paralisia, e outros problemas mais 
graves que podem ser fatais. 
 
Vibrações 
As vibrações ocorrem, principalmente, nas grandes máquinas 
pesadas: tratores, escavadeiras, máquinas de terraplanagem, que 
fazem vibrar o corpo inteiro, e nas ferramentas manuais 
motorizadas que fazem vibrar as mãos, braços e ombros. Os 
problemas provenientes das vibrações aparecem em geral após 
longo tempo de exposição (vários anos). No caso de vibração do 
corpo inteiro, podem aparecer dores na coluna, problemas nos 
rins, enjôos (mal de mar); no caso de vibrações localizadas nas 
mãos e braços, podem aparecer problemas circulatórios (má 
circulação do sangue) e problemas nas articulações. O tempo 
longo de exposição e fatores como o frio têm muita influência no 
aparecimento desses problemas. 
 
Má iluminação 
A iluminação inadequadas nos locais de trabalho pode levar, além 
de ser causa de baixa eficiência e qualidade do serviço, a uma 
maior probabilidade de ocorrência de certos tipos de acidentes e a 
uma redução da capacidade visual das pessoas, o que é um 
efeito negativo muito importante em alguns tipos de trabalho que 
exigem atenção e boa visão. 
 
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Riscos Biológicos 
 
São os microrganismos presentes no ambiente de trabalho que 
podem trazer doenças de natureza moderada e, mesmo, grave. 
Eles se apresentam invisíveis a olho nu, sendo visíveis somente 
ao microscópio. Exemplos: as bactérias, bacilos, vírus, fungos, 
parasitas e outros. 
Todos estão sujeitos à contaminação por esses agentes, seja em 
decorrência de ferimentos e machucaduras, seja pela presença de 
colegas doentes ou por contaminação alimentar. 
 
Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras, pode ocorrer, entre 
outras, a infecção por tétano que pode até matar o 
empregado. 
 Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho os 
micróbios que causam hepatite, tuberculose, micose 
das unhas e da pele. 
 Se o pessoal da copa e cozinha não tiver higiene e 
asseio, pode ocorrer contaminação das refeições, 
tendo como possível conseqüência as diarréias. 
 
Para prevenção, usam-se as seguintes medidas: 
• vacinação; 
 
 
 
• equipamento de proteção individual; 
 
 
 
 
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28 Companhia Siderúrgica de Tubarão 
 
• rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de 
trabalho; 
 
 
 
 
• controle médico permanente. 
 
 
 
 
Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais 
 
As principais medidas de controle dos riscos ambientais podem 
referir-se ao ambiente ou ao pessoal: 
 
 
Medidas relativas ao ambiente 
 
Substituição do produto tóxico 
O produto tóxico pode ser substituído por outro produto menos 
tóxico ou inofensivo. Esta é a medida ideal, desde que o substituto 
tenha qualidades próximas às do original. Também, deve-se 
tomar cuidado para não se criar um risco maior, substituindo um 
produto tóxico por outro menos tóxico mas altamente inflamável. 
Exemplos de substituições corretas: benzeno substituído pelo 
tolueno; substituição de tintas à base de chumbo por tintas à base 
de zinco; jateamento com areia substituído por jateamento de 
óxido de alumínio, etc. 
 
 
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Mudança do processo ou equipamento 
Certas modificações em processos ou equipamentos podem 
reduzir muito os riscos ou, até, eliminá-los. Exemplos: pintura a 
imersão ao invés de pintura a pistola (diminuindo-se a formação 
de vapores dos solventes); rebitagem substituída por solda 
(menor barulho). 
 
Enclausuramento ou confinamento 
Consiste em isolar determinada operação do resto da área, 
diminuindo assim o número de pessoas expostas ao risco. 
Exemplos: cabine de jateamento de areia; enclausuramento de 
uma máquina ruidosa. 
 
Ventilação 
Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de 
formação do contaminante, ou diluidora, que é aquela que joga ar 
limpo dentro do ambiente, diluindo o ar contaminado. Exemplos: 
nos tanques de solventes, nas operações com colas, nas 
operações geradoras de poeiras, nos rebolos de rebarbamento de 
peças fundidas. 
 
 
Umidificação 
Onde há poeiras, o risco de exposição pode ser eliminado ou 
diminuído pela aplicação de água ou neblina. Muitas operações, 
feitas a úmido, oferecem um risco bem menor à saúde. Exemplos: 
mistura de areias de fundição, varredura a úmido. 
 
Segregação 
Segregação quer dizer separação. Nesta medida de controle, 
separa-se a operação ou equipamento do restante, seja no tempo 
seja no espaço. Separar no tempo quer dizer fazer a operação 
fora do horário normal do resto do pessoal; separar no espaço 
significa colocar a operação a distância, longe dos demais. O 
número de pessoas expostas ficará bastante reduzido e aqueles 
que devem ficar junto à operação irão receber proteção especial. 
 
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30 Companhia Siderúrgica de Tubarão 
 
Boa manutenção e conservação 
Rigorosamente, estas medidas não podem ser consideradas 
formas específicas de prevenção de riscos. Entretanto, são 
complementos de quaisquer outras medidas. Muitas vezes, a má 
manutenção é a causa principal dos problemas ambientais. Os 
programas e cronogramas de manutenção devem ser seguidos à 
risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantes dos 
equipamentos. Exemplos: ruído excessivo em estruturas e 
mancais; vazamentos de produtos tóxicos; superaquecimento. 
 
Ordem e limpeza 
Boas condições de ordem e limpeza e asseio geral ocupam um 
lugar-chave nos sistemas de proteção ambiental. O pó, em 
bancadas, rodapés e pisos, que se deposita nas horas calmas, 
pode rapidamente ser redispersado, no ar da sala, por correntes 
de ar, movimento de pessoas ou funcionamento de equipamentos. 
O asseio é sempre importante e onde há materiais tóxicos é 
importantíssimo, é primordial. A limpeza imediata de qualquer 
derramamento de produtos tóxicos é importante medida de 
controle. Para a limpeza de poeira, deve ser preferida a aspiração 
a vácuo; nunca o pó deve ser soprado com bicos de ar 
comprimido, para efeitode limpeza. É impossível manter um bom 
programa de prevenção de riscos ambientais sem um 
preocupação constante nos aspectos de ordem e limpeza. 
 
 
Medidas relativas ao pessoal 
 
Equipamento de Proteção Individual 
O equipamento de proteção individual deve ser sempre 
considerado como uma segunda linha de defesa, após serem 
tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nas 
situações onde não são eficientes medidas gerais e coletivas 
relativas ao ambiente, a critério técnico, o EPI é a forma de 
proteção, aliada à limitação da exposição. 
 
 
 
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Departamento Regional do Espírito Santo 31 
 
O uso correto do EPI por parte do empregado, o conhecimento 
das suas limitações e vantagens, são aspectos que todo 
empregado deve conhecer através de treinamento específico, 
coordenado pelo pessoal especializado em Segurança e Medicina 
do Trabalho. 
Especial cuidado deve ser tomado na conservação da eficiência 
do EPI, sob pena de o mesmo se tornar uma arma de dois gumes, 
fornecendo ao empregado confiança numa proteção inexistente. 
 
Limitação de exposição 
A redução dos períodos de trabalho tornam-se importante medida 
de controle onde e quando todas as outras forem impraticáveis 
por motivos técnicos, locais (físicos) ou econômicos, não se 
conseguindo reduzir ou eliminar o risco. Assim, a limitação da 
exposição, dentro de critérios bem definidos tecnicamente, pode 
tornar-se uma solução eficiente em muitos casos. Exemplos: 
controle do tempo de exposição ao calor. às pressões anormais, 
às radiações ionizantes. 
 
Controle Médico 
Exames médicos pré-admissionais e periódicos são medidas 
fundamentais de caráter permanente, constituindo-se numa das 
atividades principais dos serviços médicos da empresa. Uma boa 
seleção na admissão pode evitar a contratação de pessoas que 
têm maior sensibilidade e que poderiam adquirir doenças 
relacionadas com certas atividades. Os exames médicos 
periódicos dos empregados possibilitam, além de um controle de 
saúde geral do pessoal, a descoberta e a detenção de fatores que 
podem levar a uma doença profissional, num estágio ainda inicial 
e com pouca probabilidade de danos. 
 
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32 Companhia Siderúrgica de Tubarão 
 
Riscos de Eletricidade 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
A eletricidade é de grande utilidade no mundo atual, facilitando 
muito o trabalho nas indústrias, acionando máquinas e 
equipamentos. Proporciona, também, conforto e bem-estar em 
casa, acendendo lâmpadas, fazendo funcionar rádios televisores, 
geladeiras, aquecedores etc. 
A eletricidade é uma forma de energia (energia elétrica) 
transportada através de condutores (fios elétricos), sendo muito 
conhecidas três das suas unidades, que são: volts (V), ampères 
(A) e watts (W). 
A tensão, medida em V (volts), é o potencial elétrico e pode-se 
fazer analogia com a pressão d'água numa tubulação. Pode-se ter 
várias voltagens, como, por exemplo, numa fábrica onde existe 
tensão de 110 V para as lâmpadas, de 220 V para acionar 
pequenos aparelhos, de 440 V para acionar motores e 
equipamentos e, mesmo, tensões maiores. 
A corrente elétrica (I), medida em ampères (A), em analogia com 
a rede de água, é a vazão. A corrente depende da solicitação do 
aparelho elétrico, assim como a vazão da torneira depende de 
quando se abre a válvula. 
A multiplicação da tensão pela corrente elétrica dá a potência (P), 
que é medida em watts (W) ou c.v. (cavalo-vapor). 
Em eletricidade, há outro fator importante: a resistência elétrica 
(R), medida em Ohm (Ω), que, a grosso modo, pode ser 
comparada com a perda de carga de uma tubulação ou de um 
escoamento de fluido. 
Mas, enquanto uma rede d'água não mata, quando se toca na 
tubulação, a energia elétrica, que tanto benefício traz, pode matar 
pelo choque elétrico. 
 
 
O que é Eletricidade 
 
Para uma maior compreensão dos acidentes e riscos causados 
pela eletricidade, é preciso explicar alguns conceitos e algumas 
características da eletricidade. 
 
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Departamento Regional do Espírito Santo 33 
 
Lei de OHM 
 
A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica que atravessa 
um condutor está em proporção direta à diferença de potencial e 
em proporção inversa à resistência do condutor. 
 
SÍMBOLO SIGNIFICADO UNIDADE 
V Corrente volts (V) 
I Tensão ampères (A) 
R Resistência Ohms (Ω) 
 
Da lei de Ohm tem-se que: I = V/R. 
Segundo essa lei, para uma dada tensão, que geralmente é fixa 
(110, 220, 440 volts), quanto maior for a resistência elétrica menor 
será a corrente. 
Exemplo: 
 V = 110 volts Para R = 10 
 I = 110/10 = 11 Ampères 
 
 V = 110 volts Para R = 20 
 I = 110/20 = 5,5 Ampères 
 
Para acontecer qualquer acidente com uma pessoa, é necessário 
que passe pelo seu corpo uma determinada corrente e, conforme 
o lugar por onde passa e o tempo de contato dessa corrente, ter-
se-á a gravidade e o tipo de efeito do acidente. 
Como se vê anteriormente, a corrente depende da tensão e da 
resistência elétrica, e a passagem da corrente elétrica pelo corpo 
humano depende da resistência elétrica do mesmo. 
A resistência elétrica do corpo humano depende de diversos 
fatores, como exemplo variação da tensão aplicada, tipo de pele, 
os meios internos como vasos sangüíneos e sistema nervoso, tipo 
de contato e condição da pele. 
Existem dois tipos principais de resistência do corpo humano, 
sendo a cutânea (da pele) a que oferece maiores variações de 
valores, dependendo da espessura da pele no local, da umidade 
da pele, variando de 1.000 a 100.000 Ohms, podendo atingir 
valores maiores. A outra resistência, a dos meios internos, varia 
menos, de 500 a 1.000 Ohms aproximadamente. 
Portanto, a resistência elétrica do corpo humano varia de 1.500 a 
100.000 Ohms, em média. 
 
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EFEITOS DA CORRENTE ELÈTRICA 
 
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Considerando que uma corrente de 25 miliampères pode causar 
acidentes fatais, e considerando-se uma resistência de 1.500 
Ohms para o corpo humano, tem-se: 
 
V = I x R = 0,025 x 1.500 = 37,5V 
 
Portanto, uma tensão de 37,5 volts já poderá causar acidentes 
fatais em casos especiais de contato. 
 
Intensidade 
(miliampères) 
Estado Possível 
de Choque 
Perturbações Possíveis Resultado Final 
Provável 
1 Normal Nenhuma Normal 
1 a 3 Normal Pequena sensação 
desagradável 
Normal 
3 a 9 Normal Sensação de choque 
desagradável; contrações 
musculares 
Normal 
9 a 20 Morte 
aparente 
Sensações dolorosas; 
contrações musculares 
violentas; 
dificuldade de respirar; 
perturbações circulatórias 
Restabelecimento 
ou Morte 
20 a 100 Morte 
aparente 
Sensação insuportável; 
contrações musculares 
violentas; 
asfixia; 
perturbação circulatória; 
desmaios. 
Restabelecimento 
ou Morte 
acima de 100 Morte 
aparente 
Desmaios; 
asfixia imediata; 
fibrilação ventricular. 
Morte 
 
 
O tempo de contato com a corrente é muito importante na 
gravidadedos acidentes, porque, como foi visto na tabela anterior, 
determinadas intensidades de corrente produzem contrações 
musculares que levam à asfixia e à fibrilação ventricular, o que, 
por tempo prolongado, causa acidente fatal ou, então dificulta a 
recuperação. Estima-se em menos de 2 minutos o tempo de 
choque em que as contrações musculares levam à asfixia. 
O trajeto da corrente no corpo humano tem grande influência para 
as conseqüências do choque elétrico, pois é mais difícil reanimar 
uma pessoa com fibrilação ventricular, que exige um processo de 
 
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massagem cardíaca, difícil de se executar, do que uma pessoa 
que, simplesmente, tem uma asfixia e que pode ser reanimada 
com o processo de respiração artificial. 
Abaixo, um tipo de contato elétrico onde há passagem de corrente 
elétrica pelo corpo e a porcentagem de corrente que passa pelo 
coração: 
 
 
 
 
Principais Sintomas Causados pelo Choque 
 
As principais conseqüências devidas a choques elétricos podem 
ser divididas em dois tipos; os que causam: 
 
Choques que não causam lesões orgânicas 
• Os casos de pequenos choques elétricos de simples descargas 
elétricas de baixa intensidade num intervalo de tempo pequeno, 
sem causar danos, em que a vítima sente apenas um 
formigamento no local de contato; 
• Os choques elétricos um poucos mais fortes, por pouco tempo, 
quando a pessoa atingida sofre uma violenta contração 
muscular; 
• Os choques elétricos em que a vítima, além da violenta 
contração muscular, sofre um estado de comoção que se 
dissipa rapidamente; 
• Os choques elétricos que, causando a contração dos músculos 
das regiões próximas à do contato, levam a lesões profundas, 
como queimadura no local e outros acidentes, por exemplo, 
quedas. 
Choques que causam lesões orgânicas: 
A vítima do choque elétrico fica em estado de morte aparente 
devido a um ou mais fatores que são explicados abaixo: 
 
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• Inibição do centro respiratório. É o caso em que devido ao 
choque elétrico os músculos respiratórios se contraem 
violentamente e perdem a sua capacidade muscular, podendo 
levar à parada respiratória; 
• Fibrilação do coração. É o caso em que, após a passagem de 
uma corrente elétrica pelos músculos do coração, estes entram 
num estado de batimento insatisfatório, fazendo que o coração 
não execute a sua função de bombear sangue. 
 
 
Riscos Elétricos 
 
Como já foi visto, até uma tensão de 37,5 volts poderá causar um 
acidente fatal em determinadas condições. Como a maioria das 
instalações elétricas são de uma voltagem de 110 V ou mais, 
sempre existirão perigos potenciais de acidentes elétricos. 
Os principais tipos de riscos elétricos são: 
• Fios e partes metálicas sob tensão, desprotegidos, que 
poderão ser tocados acidentalmente ou sem conhecimento de 
que estejam energizados. 
• Máquinas, equipamentos e ferramentas que estejam com suas 
carcaças energizadas, devido a falha do isolamento interno da 
sua fiação, poderão causar choques elétricos quando não 
aterradas eletricamente e quando a mão do operador estiver 
úmida ou ele estiver sobre o piso úmido sem calçados 
apropriados. 
 
Estes tipos de contato poderão causar o surgimento de uma 
diferença de potencial entre uma pessoa e a terra e com isso a 
passagem de corrente elétrica através do seu corpo. 
Além desses acidentes, o choque elétrico poderá desencadear 
outros efeitos mais graves como, por exemplo, os casos em que a 
vítima, após o contato com partes energizadas da instalação em 
lugares altos, em passarelas ou andaime, pode sofrer uma queda, 
se não estiver devidamente segura no local. 
Existe o risco de se provocar incêndio devido a um condutor 
subdimensionado ou por haver nele uma sobrecarga, ou seja, a 
corrente que passa no condutor é mais que a corrente que ele 
pode suportar, a ponto de o seu isolamento entrar em 
deterioração, com conseqüente curto-circuito. 
Ligações de fios com contatos mal feitos criarão uma maior 
resistência elétrica que poderá aquecer o local da ligação. 
Desligar chave tipo faca, com aparelhos ligados, poderá fazer com 
que haja a formação do arco voltaico (formação de faísca), o que 
 
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poderá ser perigoso, principalmente em ambiente onde se 
armazenam inflamáveis. 
 
 
Cuidados nas Instalações Elétricas 
 
Algumas providências são essenciais. Deve-se, assim: 
• Tomar alguns cuidados com as instalações elétricas como, por 
exemplo, não deixar fios, partes metálicas ou objetos expostos 
que possam ser tocados por pessoas. Em casos de 
emergência, colocar placas de advertência de forma bem 
visível com o nome do responsável; 
• Não deixar chaves tipo faca e nem quadro de comando de 
força expostos, com suas partes energizadas oferecendo riscos 
de contato acidental; 
• Proteger os equipamentos elétricos de alta tensão através de 
guardas fixas, como cercas, ou instalá-los em locais que não 
oferecem perigo; 
• Usar fiação correta para as ligações, dimensionando a bitola da 
mesma de acordo com a carga (corrente) que irá conduzir, 
usando para isso, de preferência, as tabelas da NB-3 da ABNT; 
• Proteger as instalações elétricas, usando fusíveis e disjuntores 
para que, em caso de sobrecarga, o circuito seja desligado, 
queimando o fusível ou desligando o disjuntor, provocando o 
corte do fornecimento de energia e com isso não danificando a 
instalação elétrica e o equipamento; 
• Ao ligar um aparelho e uma tomada elétrica ou ao fazer uma 
ligação de um aparelho a uma rede elétrica, verificar se a 
tensão da linha de fornecimento corresponde à do aparelho e 
se, ligando-se o aparelho, não se irá sobrecarregar a linha, 
provocando a queima do fusível, queda de disjuntores ou 
danos na fiação elétrica; 
• Não ligar simultâneamente mais de um aparelho à mesma 
tomada de corrente; 
• Usar ferramentas manuais com isolamento elétrico; 
• Certificar se o circuito elétrico esta energizado ou não, através 
do detector de tensão; 
• Identificar o nível de tensão das instalações elétricas, e colocar 
placas de advertência. 
Medidas Preventivas em Instalações Elétricas 
 
As medidas a seguir têm importância capital na prevenção de 
acidentes. 
 
 
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• Somente usar material, aparelhos e equipamentos, de 
qualidade comprovada; 
• Permitir a instalação e manutenção somente por profissionais 
qualificados e obedecendo às normas técnicas vigentes no 
país; 
• Manter as instalações e os aparelhos em ótimo estado de 
conservação e manutenção; 
• Tomar cuidado em qualquer serviço nas instalações elétricas, 
mesmo as de baixa tensão; 
• Usar somente fios com capacidade adequada para o 
equipamento a ser utilizado, devidamente protegidos contra 
toque acidental, preferivelmente isolados e protegidos 
mecanicamente,fazendo-se a instalação aérea ou por 
eletroduto (conduíte) rígido ou flexível; 
• Aterrar eletricamente as carcaças e as proteções metálicas dos 
equipamentos. Ver, no fim deste capítulo, como aterrar 
adequadamente máquinas e equipamentos; 
• Proteger de toques acidentais os equipamentos sob tensão, 
colocando-os dentro de caixas especiais ou cercando-os com 
barreiras fixas (cerca de tela ou balaustrada). 
 
Nos acidentes de origem elétrica, o número de casos fatais 
poderá ser consideravelmente diminuído se medidas de socorros 
forem postas imediatamente em prática, já que o tempo de 
exposição à corrente é um fator muito importante no agravamento 
deste tipo de acidentes. 
E o ideal é que todos conheçam os métodos de primeiros 
socorros para acidentes causados por eletricidade ou, pelo 
menos, o pessoal que trabalha com ela ou em lugares onde o 
risco de choques elétricos é alto. 
Na reanimação de um acidentado, devem-se observar alguns 
cuidados como, por exemplo: 
• antes de tocar no corpo da vítima, procurar livrá-la do circuito 
elétrico, com segurança e rapidez; 
• não usar as mãos nuas ou qualquer objeto metálico para cortar 
o circuito ou afastar fios; usar luvas ou bastões isolantes; 
• verificar se o desligamento da corrente não causará uma 
grande queda da vítima e, se isto for ocorrer, procurar um meio 
de ampará-la. 
Passos a seguir na reanimação: 
a) desligar imediatamente circuito; 
b) mover o menos possível a vítima; 
c) examine as narinas, abra a boca, desenrole a língua e retire 
objetos estranhos (dentaduras, palitos, alimentos, etc.) se for o 
caso; 
 
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d) se for o caso de respiração artificial, seguir as instruções do 
Capítulo de Primeiros Socorros; 
e) afrouxar o colarinho e peças de roupa que impeçam a livre 
circulação; 
f) se for o caso, iniciar imediatamente a massagem cardíaca. 
 
 
Aterramento Elétrico 
 
O aterramento elétrico é uma maneira entre várias de eliminar os 
riscos: 
Choque elétrico - proveniente de defeitos de equipamentos 
elétricos e causado por processos industriais; 
Incêndios ou explosões - resultantes da manipulação de 
produtos inflamáveis e/ou explosivos. 
 
Além das duas finalidades mencionadas, ele é mais comumente 
utilizado com o propósito de oferecer segurança aos 
equipamentos e às instalações elétricas. 
O emprego do aterramento elétrico, quando visa à proteção de 
equipamentos e instalações elétricas, normalmente se dá quer 
como meio de proteção às instalações elétricas, quer como meio 
de proteção a equipamentos elétricos; tal é o caso dos 
dispositivos como o pára-raios, que visam a proteger as linhas 
aéreas quanto aos perigos decorrentes de sobretensões ou, 
então, a evitar a interferência que surge em equipamentos 
eletrônicos devido à falta do aterramento elétrico. 
Em ambos os casos descritos acima, os cuidados a serem 
observados na instalação não são tão críticos quanto aqueles 
dirigidos à proteção de pessoas, por causa dos riscos de choque 
elétrico e quanto à proteção de instalações, no caso de incêndios 
e explosões. 
A obrigatoriedade do uso do aterramento elétrico como medida de 
controle dos riscos provenientes do uso da eletricidade, é dada 
pela portaria 3214 de 8 de junho de 1978 do Ministério do 
Trabalho, através da Norma Regulamentadora nº 10, "Instalações 
e Serviços em Eletricidade". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Noções Básicas de Demarcações de Segurança 
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Introdução 
 
Sendo, a visão, a capacidade sensitiva mais usada pelo homem 
(aproximadamente 87% das sensações recebidas passam pelo 
órgão da visão), e como em muito caso há necessidade de uma 
rápida distinção entre o perigoso e o seguro, ou da localização de 
certos equipamentos, com segurança e rapidez, resolveu-se 
padronizar o uso das cores. 
Com o uso de cores padronizadas, pode-se, em caso de incêndio, 
localizar os equipamentos de combate ao fogo, com rapidez, 
distinguir os dispositivos de parada de emergência de máquinas 
ou notar suas partes perigosas. 
O uso de tubulações pintadas em cores padronizadas permite 
distinguir cada elemento transportado em uma tubulação entre 
diversas tubulações existentes dentro de uma empresa. 
 
 
Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho 
 
Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais 
de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os 
equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as 
canalizações empregadas nas empresas para a condução de 
líquidos e gases, e advertindo contra riscos. 
Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos 
ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos 
existentes. 
A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas 
de prevenção de acidentes. 
O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não 
ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. 
As cores aqui adotadas serão as seguintes: 
 
• Vermelho, amarelo, branco, preto, azul, verde, laranja, púrpura, 
lilás, cinza, alumínio, marrom. 
A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente 
quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho, 
será acompanhada dos sinais convencionais ou a identificação 
por palavras. 
 
Vermelho 
O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar 
equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não 
deverá ser usada na indústria para assinalar perigo, por ser de 
 
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pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta 
visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). 
É empregado para identificar: 
 
• Caixa de alarme de incêndio; 
• Hidrantes; 
• Bombas de incêndio; 
• Sirene de alarme de incêndio; 
• Extintores e sua localização; 
• Indicações de extintores (visível à distância, dentro da área de 
uso do extintor); 
• Localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada 
no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho); 
• Tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de 
água; 
• Transporte com equipamentos de combate a incêndio; 
• Portas de saídas de emergência; 
• Rede de água para incêndio (SPRINKLERS); 
• Mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica). 
 
A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de 
advertência de perigo: 
 
• Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de 
construções e quaisquer outras obstruções temporárias; 
• Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de 
emergência. 
 
Amarelo 
Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases 
não liqüefeitos. 
 
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O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", 
assinalando: 
 
• Partes baixas de escadas portáteis; 
• Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas 
que

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