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1
__________________________________________________ 
 i Artigo apresentado como parte dos requisitos para graduação do curso de Engenharia Civil da Univ. Católica do Salvador . 
1 Concluinte do Curso de Engenharia Civil da Universidade Católica do Salvador. E-mail: igordantas@odebrecht.com - Autor 
2 Doutor em Engenharia Urbana – Universidade de São Paulo. E-mail: marjoras@ucsal.br - Orientador 
 
 
Métodos não destrutivos para escavação de túneis: Pipe Jacking e New 
Austrian Tunneling Methodi 
 
Igor Samuel Coêlho Dantas 1 
Marcos Jorge Almeida Santana 2 
 
Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar teoricamente dois métodos não destrutivos 
para a execução de túneis, justificados, principalmente, devido a escassez cada vez maior do 
espaço urbano, muitas vezes sendo necessária a utilização do espaço subterrâneo para o 
aumento qualitativo e quantitativo da infra-instrutura, principalmente nas grandes cidades. O 
trabalho foi desenvolvido a partir de uma revisão bibliográfica que inicialmente expõe a 
metodologia de execução de ambos os processos de escavação. Neste trabalho são expostas 
também algumas obras localizadas na cidade de Salvador, Bahia, onde foram aplicadas as 
tecnologias estudadas. Posteriormente, são mostradas as principais vantagens e desvantagens 
levando em consideração questões como: custo, qualidade, limitações, impactos e transtornos à 
sociedade, qualidade das condições de trabalho, equipamentos e produtividade. Os resultados 
mostram que é difícil comparar os métodos, visto que a possibilidade de utilização de ambos os 
métodos num mesmo tipo de túnel é bastante limitada devido aos diâmetros aplicáveis. 
Verificou-se também que cada tecnologia possui suas peculiaridades e que as principais 
condicionantes para a escolha de determinada metodologia envolvem decisões estratégicas para 
as empresas, como fluxo de caixa, prazos, valores e, principalmente, questões sociais acerca dos 
transtornos que podem ser minimizados ou até mesmo evitados. 
 
 
Palavras-chave: Túneis; New Austrian Tunelling Method; Pipe Jacking; infra-estrutura. 
 
 
1.0 Introdução 
 
O crescimento das zonas urbanas corresponde ao aumento qualitativo e quantitativo das 
suas atividades, o que, por conseqüência gera a necessidade de se adaptar os espaços necessários 
a estas atividades, como a sua infra-estrutura (ZMITROWICZ; ANGELIS NETO, 1997). 
 
Ainda segundo Zmitrowicz e Angelis Neto (1997), infra-estrutura urbana pode ser 
definida como um sistema de equipamentos e serviços necessários ao desenvolvimento das 
funções urbanas, onde há necessidade de investimentos em bens ou equipamentos, que podem 
ser edifícios, máquinas, redes de tubulações ou galerias, túneis e vias de acesso, dentre outros. 
 
Com o desenvolvimento das grandes cidades torna-se imprescindível a constante 
melhoria da infra-estrutura, como a criação ou ampliação de vias para o enorme fluxo diário. 
Esta necessidade também se reflete nas das redes de serviços, como telefonia, esgoto, energia, 
água, gás, TV a cabo, dentre outras. Pode-se destacar, dentre estas, as redes ligadas ao 
saneamento básico, como redes de esgoto e de água. 
 
No contexto atual em que vivemos, onde o espaço urbano é cada vez mais escasso e 
disputado, em muitos casos, a única forma de se melhorar a infra-estrutura e executar tais redes é 
 2
utilizando-se o espaço subterrâneo. Diversas são as formas de escavação dos túneis que formam 
estas redes, como Valas a Céu Aberto (V.C.A.), New Austrian Tunelling Method (N.A.T.M.), 
Tunnel Linner, Pipe Jacking, dentre outras. 
 
Isto pode ser observado, por exemplo, 
em Salvador, Bahia, onde, nos últimos meses foi 
possível ver exemplos de túneis sendo 
executados em Pipe Jacking, na execução do 
Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe 
(SDO do Jaguaribe) (Figura 1), N.A.T.M., no 
túnel Dois Leões-Água de Meninos (Figura 2) e 
V.C.A., na obra de execução do interceptor da 
Avenida Paralela (Figura 3), ligando o sistema 
de esgotamento sanitário de Lauro de Freitas ao 
SDO do Jaguaribe. 
 
 
Figura 1: SDO do Jaguaribe. 
Fonte: Construtora Norberto Odebrecht, 2009. 
 
 
Figura 2: Interceptor da Avenida Luis Viana Filho. 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
 
Devido ao envolvimento diário 
com tantas opções tecnológicas, que 
direcionam e modelam o futuro, não 
somente como estudante, mas também 
como cidadão e, possível detentor do 
conhecimento necessário à aplicação de 
tais tecnologias na alteração do meio 
ambiente e melhoria da infra-estrutura 
urbana, surge uma dúvida: quais as 
principais vantagens e desvantagens de 
cada tecnologia? É possível compará-las? 
 
 
 
 
Diante desta dúvida, inicialmente, 
foi imaginado estudar três dos métodos 
citados anteriormente: V.C.A., N.A.T.M. 
e Pipe Jacking. Por ser considerado um 
método destrutivo, segundo Capobianco 
apud Garrido (2003), agredindo o meio 
ambiente e possuindo grandes impactos 
negativos durante a execução, como a 
necessidade de se interditar ruas por 
longos períodos, destruir pavimentos, 
escavar quantidade muito maior que o 
volume final do túnel, apresentar muito 
mais riscos de recalques e fissuramento 
em pavimentos e residências, foi 
descartada a idéia inicial de levar em 
consideração o estudo das V.C.A. 
 
 
 
 
Figura 3: Túnel Dois Leões - Água de Meninos . 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
 3
Estando diretamente ligado à aplicação do N.A.T.M. no túnel Dois Leões-Água de 
Meninos, como estagiário da Construtora Norberto Odebrecht S.A., esta foi a primeira 
tecnologia a ser estudada, devido ao convívio quase que diário durante cerca de cinco meses com 
toda a sua aplicação. A escolha do Pipe Jacking se deu devido à grande curiosidade acerca da 
metodologia executiva e, principalmente, ao fato de, segundo Kochen apud Garrido (2003), este 
sistema ter tendência a ser aplicado cada vez mais no futuro. 
 
Segundo Carneiro et al. (1975), túneis são passagens subterrâneas que têm por fim, 
transpor obstáculos ou, oferecer proteção à via de tráfego. 
 
Túneis podem ser executados pela própria natureza (Figura 4), através da erosão e de 
outras forças naturais, ou pelo próprio homem (Figura 5) através dos processos de escavação. 
 
 
 
Figura 4: Gruta da Lapa Doce, Lençóis – BA. 
Fonte: www.panoramio.com/photo/622299 
 
Figura 5: Túnel Luís Eduardo Magalhães, Salvador – BA 
Fonte: 
www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=549178 
 
 
Harris (2006) afirma que os túneis são divididos em três grandes categorias: túneis de 
mineração, usados durante a extração de minérios; túneis de serviços públicos, que servem para 
transportar água, esgoto ou gás através de grandes distâncias e túneis de transporte, que servem 
para passar de forma eficiente através de um obstáculo. 
 
A execução de obras subterrâneas em V.C.A., método mais antigo, utilizado há muitos 
séculos, causa impactos sócio-econômicos e ambientais cada vez maiores, por menores que 
sejam suas profundidades. Por este motivo, obras com custo direto baixo tornam-se quase 
inviáveis, devido aos elevados custos sociais, a que se diz respeito os atrasos e perturbações 
causados ao entorno. 
 
Dentro deste contexto, as novas tecnologias de aberturas de túneis tornam-se cada vez 
mais atraentes frente aos tradicionais métodos como VCA. 
 
Desta forma, como curiosidade e até mesmo necessidade de aprofundar conhecimentos, 
justifica-se o grande interesse em intensificar os estudos e pesquisas sobre tais tecnologias. 
 
Neste estudo serão abordados dois métodos: o Novo Método Austríaco de Abertura de 
Túneis, em inglês, N.A.T.M. e o Pipe Jacking, tubos cravados. 
 
 4
2.0 Valas a Céu Aberto 
 
Mesmo não sendo este o foco principal do trabalho, vale falar um pouco sobre o 
assunto, afinal, a técnica existe e ainda é utilizada na execução de túneis. 
 
Originalmente, as utilidades, privadas e/ou públicas enterradas, tais como coletores de 
esgoto, adutoras, sistemas elétricos e de telefonia, canalização de gás, cabeamento de TVs, 
dentre outras,eram instaladas com o emprego da técnica de abertura de valas a céu aberto, 
também conhecidas como trincheiras ou cut-and-cover. 
 
Esta metodologia nada mais é que a escavação por meio de ferramentas como pás, 
picaretas, ou através de máquinas do tipo escavadeira. A escavação, na maioria dos casos, é 
feita conjuntamente ao escoramento da vala. 
 
O escoramento (Figura 6) consiste na contenção lateral das paredes de solo, através de 
pranchas metálicas ou de madeira, fincadas perpendicularmente ao solo e travadas entre si com o 
uso de pontaletes e longarinas, também metálicos ou de madeira. É realizado quando da 
constatação da possibilidade de alteração da estabilidade de estruturas adjacentes à área de 
escavação ou com o objetivo de evitar o desmoronamento por ocorrência de solos inconsistentes, 
pela ação do próprio peso do solo e das cargas eventuais ao longo da área escavada em valas de 
maiores profundidades. 
 
 
 
Figura 6: Escoramento com pranchas, longarinas e pontaletes. 
 
 
Fatores que podem 
atrapalhar ou inviabilizar a 
execução de túneis com o 
emprego desta metodologia 
são: profundidade de 
assentamento da tubulação, 
nível do lençol freático, 
resistência do solo, prazo, 
impossibilidade de 
interdição por tempo 
prolongado da área dos 
serviços (Figura 7), dentre 
outros. 
 
 
Figura 7: Vala Metrô Linha 2, São Paulo. 
Fonte: Panoramio.com 
 5
 
O emprego desta técnica está cada vez mais impraticável e isto se deve ao fato de que 
a execução de obras subterrâneas através de valas a céu aberto, por menores e pouco 
profundas que sejam, causam enormes transtornos de ordem sócio-econômica-ambiental 
nestes centros. 
 
 
3.0 Novo Método Austríaco de Abertura de Túneis 
 
Os túneis executados em N.A.T.M., assim como os executados pelos demais métodos 
construtivos, necessitam de considerável habilidade e cuidado em sua investigação, 
planejamento, projeto, construção e, principalmente, monitoração para serem implantados com 
segurança. 
 
Desenvolvido por Ladislau Rabcewicz, o método teve significativa evolução na Europa 
entre o final da década de 1950 e a primeira metade da década seguinte. Este desenvolvimento é 
fruto da experiência com trabalhos de execução de túneis em minas de carvão. 
 
Segundo Chiossi (1979) o Novo Método Austríaco de Abertura de Túneis, é um método 
de escavação de túneis, onde o próprio maciço faz parte da construção, ou seja, ele é um 
elemento de sustentação fundamental para a sua própria estabilização. 
 
Golser (1996) afirma que a Sociedade Austríaca de Pesquisas Rodoviárias define o 
N.A.T.M. da seguinte forma: 
 
"O Novo Método Austríaco de Túneis (N.A.T.M.) segue um conceito segundo o 
qual o maciço (rocha ou solo) circundando a escavação torna-se um elemento de 
suporte da escavação, através da ativação, dessa parte do maciço, como se fosse um 
anel de suporte.” 
 
O N.A.T.M. exige, ainda, que alguns procedimentos sejam implementados, visando uma 
construção segura e eficiente: 
 
• considerações das características geomecânicas do maciço, 
• instalação de medidas de suporte adequadas no momento correto, evitando estados de 
tensão ou de deformação indesejáveis, 
• arco invertido estaticamente efetivo executado no momento adequado, emprestando 
ao anel de suporte a função estática de um tubo fechado 
• otimização da resistência do revestimento em função das deformações permitidas, 
• observação instrumental também para o controle desta otimização. 
 
 
De acordo com Campanhã (1995) o método baseia-se no alívio controlado de tensões, 
assim como as deformações sofridas pelo maciço, devido ao desmonte de rocha/escavação de 
solo. 
 
O tempo de auto-sustentação do maciço, stand up-time, delimita o tipo e a velocidade de 
avanço das escavações, pois, como o próprio nome já diz, ele determina o tempo que o maciço 
continua de pé, estável, sem deformar-se a ponto de entrar em colapso. 
O maciço é previamente estudado, por meio de sondagens, e desta forma irá se definir os 
tipos de suportes das seções de avanço, caso necessário, CAMPANHÃ (1995). 
 6
Ainda segundo Campanhã (1995), para que o alívio das tensões seja gradual e suave, 
muitas vezes, os avanços são feitos de forma parcial. A preocupação com a forma da seção é 
outra condicionante através da qual busca-se a geometria mais adequada à escavação do túnel. 
 
Segundo Botelho (2006), registros mostram que os povos antigos construíam arcos e 
abóbodas de igrejas com a utilização de pedras montadas em forma de arcos, visto que não se 
possuía conhecimentos acerca do comportamento do aço como material resistente à tração. Esta 
geometria gera, basicamente, esforços de compressão por serem os mais facilmente assimilados 
pelo material utilizado, sendo basicamente o que acontece nos túneis. 
 
Em determinados intervalos, segundo Iyomasa (1998), devem ser executadas sondagens 
horizontais, com o objetivo de ter-se maior garantia do tipo de avanço pré-estabelecido através 
das sondagens verticais. 
 
As sondagens horizontais irão garantir que o estado do maciço previamente estudado é 
realmente aquele, garantindo assim que os suportes escolhidos (tratamento primário) irão 
garantir a estabilização do maciço até o tratamento final. 
 
Detectando-se 
a presença de água 
deve-se executar 
drenos, fazendo com 
que ela escoe pelos 
caminhos mais 
adequados, não 
percorrendo as veias 
rochosas, o que 
poderia desestabilizar 
o maciço, 
comprometendo assim 
todo o serviço. 
 
Franciss (1998) 
afirma em sua obra 
que o N.A.T.M. é 
versátil quanto ao tipo 
de maciço escavado, 
assim como quanto à 
forma e dimensões da 
seção exigida. Quando a escavação da seção plena tende a ficar instável, sua escavação pode ser 
feita por etapas, com arco invertido provisório ou em mais de duas fases, os side drifts. 
 
Segundo Teixeira (1999), a instrumentação, tem fundamental importância neste tipo de 
obra. Através dela tem-se conhecimento da intensidade das vibrações e deslocamentos 
provocados pelo uso dos explosivos. Este monitoramento é realizado através de medições dos 
deslocamentos durante a execução de túneis, através de medidas de convergência , tassômetros, 
inclinômetros, marcos superficiais, piezômetros, dentre outros. 
A instrumentação também fornece os dados que serão utilizados para definir como será feito 
o avanço. 
• Marcos de superfície para controle de recalques; 
 
 
Figura 8 – Exemplos de parcialização de seção. 
Fonte: Manual Técnico Solotrat, 2003. 
 
 7
• Tassômetro para controle de recalques logo acima da calota do túnel; 
• Pinos para o controle de recalques nas edificações vizinhas; 
• Nivelamento interno do túnel; 
• Seções de convergência para controle de deslocamentos internos no revestimento 
do túnel; 
• Piezômetro para controle da pressão hidráulica no maciço. 
• Indicadores de nível d’água para o controle do nível freático. 
• Inclinômetros. 
 
No N.A.T.M., dados oriundos das instrumentações de campo têm papel muito importante, 
pois eles permitem medir o desenvolvimento das deformações, o alívio das tensões e, 
consequentemente, a interação entre suporte e maciço circundante, e além disso: 
 
• Alertam para situações imprevistas, possibilitando tomar decisões rápidas; 
• Fornecem subsídios para aferir as hipóteses iniciais do projeto, permitindo 
adaptações e correções do método construtivo, ajustando o espaçamento entre as 
cambotas e os tratamentos previstos; 
• Promovem condições para melhorar o desempenho da obra quanto à 
produtividade, segurança, economia e qualidade, através da interpretação das 
leituras dos instrumentos associada aos eventos observados na obra. 
 
Com estas informações pode-se alterar o tempo de avanço, visto às dificuldades encontradas no 
entorno da obra, ou do próprio estado de tensões do maciço, afirma TEIXEIRA (1999). 
 
No projeto do Túnel Dois Leões-Água de Meninos, foi prevista a instalação de cinco 
marcos superficiais e um tassômetro, com afastamento de 5,5 m entre eles, por estacado túnel. 
 
 
 ------5,5m------ ------5,5m------ ------5,5m------ ------5,5m------ Cota do terreno 
 
 Marcos Superficiais Marcos Superficiais 
 
 
 
 
(Tassômetro) 
 
 
 
 
 
 
 
 8
 
Ao final da execução do túnel foram levantadas as quantidades dos instrumentos 
utilizados, obtendo-se os seguintes valores: 
 
• 175 m – Inclinômetros; 
• 25 un – Pinos de recalque; 
• 10 sc – Pinos de convergência; 
• 27 un – Marcos superficiais; 
• 60 m – Tassômetros; 
• 150 un – Bench Mark. 
 
Amaral Filho (1995) afirma que o tratamento primário da calota escavada é executado 
utilizando-se concreto projetado, telas, cambotas e as enfilagens garantem a estabilização do teto 
do túnel. 
 
A acomodação excessiva do solo faz com que o maciço perca sua capacidade de auto-
suporte e passe a exercer um esforço sobre a estrutura. A aplicação imediata do revestimento de 
concreto projetado impede esta acomodação, bem como a formação de vazios na junção 
estrutura-maciço, mantendo sua qualidade. A aplicação deste revestimento possibilita que o 
suporte aja em toda a superfície escavada, melhorando sua interação com o maciço. 
 
O concreto projetado é aplicado na espessura determinada no projeto. No caso de 
armação com tela, aplica-se uma camada de concreto projetado com 3 cm de espessura, que evita 
possíveis desplacamentos do solo. 
 
 
De acordo 
com Lópes (1997), 
os avanços usuais 
nos diversos tipos de 
solos ou rochas 
“brandas” (de fácil 
ruptura ou 
escavação), variam 
de 0,6 a 1,2 m, 
rapidamente 
revestidos por uma 
camada primária de 
concreto projetado, o 
que garante a 
preservação da 
resistência do maciço 
e, conseqüentemente, 
sua estabilidade. 
 
 
 
Após a primeira camada de concreto projetado, é fixada por meio de grampos a camada 
externa de tela soldada, obedecendo-se o transpasse estipulado no projeto. 
 
 
Figura 9: Drain-Pack, drenos superficiais. 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
 9
Segundo Amaral Filho (1995), na escavação de túneis as telas são utilizadas com o 
objetivo de absorver os esforços de tração, causados pela tendência de fechamento do maciço, 
visto que são aplicadas próximas à superfície. 
 
Sendo o primeiro suporte instalado após o desmonte da rocha ou escavação do solo, as 
cambotas (Figura 10) garantem suporte imediato, basicamente trabalhando como suporte à 
compressão. 
 
Para estabilizar previamente trechos a serem escavados, ou os emboques, são utilizadas 
enfilagens (Figura 10) cravadas ou injetadas. São elementos estruturais longitudinais, instalados 
no contorno do teto da escavação, executados previamente à escavação para manter a 
sustentação do maciço até a conclusão da aplicação do suporte. Instaladas na face frontal de 
escavação do túnel por meio de cravação ou perfuração e preenchimento com cimento ou resina, 
as pregagens são elementos estruturais em forma de barras ou tubos, geralmente constituídos de 
fibras de vidro, tubos de PVC ou aço. Sua função é fornecer tensão de confinamento horizontal, 
aumentando a resistência ao cisalhamento do solo. 
 
 
 
Após a colocação 
da tela (Figura 10), efetua-
se sua cobertura com 
aproximadamente 3 cm de 
concreto projetado, 
finalizando-se assim o 
revestimento deste passo de 
avanço. 
 
O revestimento 
final do túnel seria a última 
camada de concreto, 
projetada após o tratamento 
inicial (cambotas, 
enfilagens e outros tipos de 
suporte que auxiliam na 
escavação do túnel), 
CORRÊA (1992). 
 
 
 
Segundo Corrêa (1992), o revestimento final irá garantir a estabilidade do túnel, pois irá 
aumentar mais ainda a resistência gerada pelos suportes citados, além, claro, de protegê-los 
contra as intempéries que viriam a degradar a estrutura. 
 
 
 
 
Figura 10: Enfilagens, cambotas e tela metálica. Fonte: 
Igor Dantas, 2009. 
 10 
Figura 11: Perspectiva ilustrativa de túnel em N.A.T.M. 
Fonte: Manual Técnico Solotrat, 2003. 
 
 
 
 
Figura 12: Tipos de suporte de túneis N.A.T.M. 
Fonte: Terratek, 2009. 
 
 
 
 
1 – Enfilagens; 
 
2 – Pregagens; 
 
3 – Cambotas; 
 
4 – Concreto Projetado; 
 
5 – Chumbadores; 
 
6 – Arco Invertido. 
 
 
4.0 Pipe Jacking 
 
Nos grandes centros urbanos, em quase todo o mundo, os túneis passaram a ter 
importância decisiva na execução das obras, porque se apresentaram como a solução para a 
transposição de múltiplos obstáculos. 
 
Dentre os métodos existentes para a execução de túneis em áreas urbanas, um dos 
resultados de desenvolvimento tecnológico relativamente recente é o sistema Pipe Jacking. 
 
 11 
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubo de Concreto, ABTC, define a 
metodologia como a execução de túneis em vários diâmetros através da cravação de tubos de 
concreto de alta resistência (50 a 80 MPa), destinados a canalizações em geral (drenagem 
pluvial, esgotamento sanitário, galerias técnicas etc). 
 
A utilização do Pipe Jacking é uma metodologia classificada como não destrutiva 
segundo Corrêa (2002) e tem o objetivo de reduzir os riscos inerentes à escavação, assim como 
as dificuldades e transtornos causados pelas obras às pessoas e, principalmente, ao meio 
ambiente. 
 
 “O método Pipe Jacking constitui um processo de abertura de túneis, que se caracteriza 
pela instalação subterrânea de tubos de concreto pré-moldados, por meio de cravação. Esta 
operação se faz entre dois pontos, sem a interrupção do espaço superficial.” (DRÖSEMEYER, 
2004). 
 
Os primeiros registros da utilização do Pipe Jacking datam do século passado, entretanto, 
a partir da década de 60, principalmente, vem evoluindo tecnologicamente, o que o tornou uma 
alternativa interessante (DRÖSEMEYER, 2004). 
 
Negro Júnior e Coutinho (1995) afirmam que a evolução do Pipe Jacking deriva, 
principalmente, da necessidade de se eliminar ou minimizar a utilização de V.C.A. 
 
“As razões são obvias: o espaço subterrâneo encontra-se congestionado de utilidades e 
a instalação de novas, requer o remanejamento daquelas, necessidade de reduzirem-se 
os custos e prazos de instalação, elevado custo social associado à abertura de valas, 
busca de soluções que representem menores margens de risco técnico e econômico.” 
(DRÖSEMEYER, 2004) 
 
O método Pipe Jacking é atualmente bastante utilizado na Europa, Japão e Estados 
Unidos (NICHOLAS, 1998; OSAKO, 1998; STEIN, 1998 apud DRÖSEMEYER, 2004). 
 
Moreira (1995) afirma em sua obra que para que a frente da escavação seja suportada a 
velocidade de retirada do solo deve ser equivalente à velocidade de avanço da máquina. 
 
 
Figura 13: Máquina de corte, shield. 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
Segundo Drösemeyer (2004), na 
metodologia Pipe Jacking existem formas 
distintas para sua execução: métodos tripulados e 
métodos não tripulados; e quanto à escavação 
pode-se dividir em manual ou mecânica. Por sua 
vez, a escavação mecânica pode ser classificada 
como de frente aberta ou de frente fechada e de 
frente pressurizada ou não pressurizada. 
 
Em sua obra, Garrido (2003) afirma que o sistema pode utilizar vários diâmetros de tubos 
de concreto, de 300 a 2000 milímetros, ainda que vários especialistas defendam sua utilização 
para diâmetros de 2500 e até de 3000 milímetros. 
 
Nogueira (1997) afirma que os túneis, em função dos seus diâmetros, podem pertencer a 
três classes: 
 
• Micro-túneis: obras com diâmetro menor que 1000mm; 
 12 
• Mini-túneis: obras com diâmetros de 1000mm a 2500mm; 
• Túneis: obras com diâmetro superior a 2500mm. 
 
A seguir, pode-se ver as etapas de escavação utilizando-se a metodologia Pipe Jacking: 
 
 
 
1: Construção dos poços de 
serviço, shafts, de emboque e 
desemboque em concreto projetado. 
Esta etapa continua em paralelo à 
execução do túnel. 
 
2: Instalação do Pipe 
Jacking no poço de emboque e 
também a instalação do canhão 
laser que direciona em alinhamento 
e declividade oShield na escavação 
do túnel. 
 
 
3: Instalação do Shield no poço 
de serviço e início das escavações do 
túnel. O Shield é um equipamento 
"elétrico-hidráulico" que escava o solo 
através de sua cabeça rotativa. O solo 
escavado penetra pelas "janelas" na 
frente do Shield que cai em uma esteira 
transportadora, que transporta o solo 
escavado até uma caçamba metálica, 
que é transportada até o poço de 
serviço, onde o solo é descarregado em 
caminhão basculante e daí para o bota 
fora. 
 
 
Figura 15: Instalação do Shield no poço de serviço. 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
 
Figura 16: Instalação dos tubos de concreto no Pipe Jacking. 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
 
 
4: Instalação dos tubos de 
concreto no Pipe Jacking através do 
poço de serviço e cravação do tubo 
no interior do solo já escavado pelo 
Shield. 
 
5: Realiza-se as etapas 3 e 4, 
sucessivamente, até que o Shield 
atinja o desemboque, estando pronto 
o trecho de túnel entre o poço de 
emboque e o desemboque. 
 
 
Figura 14: Poço de serviço com o Pipe Jacking. 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
 13 
 
 
 
Figura 17: Seção de um Slurry Shield Machine. 
Fonte: HERRENKNECHT, 2001. 
 
 
 
 
Figura 18: Arranjo Geral da metodologia Pipe Jacking. 
Fonte: Revista Saneas, 2002. 
 
 
 14 
5.0 N.A.T.M. e Pipe Jacking: vantagens e desvantagens 
 
 
Uma das desvantagens do Pipe Jacking é o investimento inicial para a aquisição dos 
equipamentos segundo Koshima apud Garrido (2003). Levando em consideração somente os 
equipamentos necessários para a abertura e estabilização do túnel, o Pipe Jacking tem grande 
desvantagem, devido ao fato da grande maioria dos equipamentos de escavação (shield) e dos 
cravadores dos tubos de concreto serem importados, o que, somado ao alto valor dos impostos 
alfandegários, deixa os serviços com altíssimos custos iniciais. No mesmo trabalho, Koshima 
afirma que há também a necessidade de que a construtora tenha escala de produção, ou seja, 
ganhe contratos grandes que permitam amortizar o investimento inicial com a compra das 
máquinas. 
 
Este método torna-se viável para escavações de longos túneis. É preciso também que se 
analise o que será feito com este equipamento após a finalização dos serviços, visto que cada 
túnel tem suas peculiaridades e, pouco provavelmente, o mesmo equipamento poderá ser 
utilizado pela mesma empresa na construção de um túnel de igual diâmetro, logo após a 
finalização deste serviço. 
 
Devido ao alto custo do equipamento de corte, o Pipe Jacking torna-se mais oneroso à 
medida que exigem-se maiores diâmetros dos túneis, visto que, o quanto maior o shield, maior 
será o seu valor e mais peculiar será o túnel. 
Também em relação ao diâmetro do túnel, sendo escavado em N.A.T.M., é possível 
alterar o seu diâmetro devido a eventuais exigências do projeto. Utilizando-se o Pipe Jacking 
isto é impossível, visto que o equipamento de corte tem seu tamanho fixo. 
 
O projeto também pode limitar a forma escolhida para a abertura dos túneis, visto que, 
somente é possível executar bifurcações utilizando-se a metodologia N.A.T.M., assim como 
curvas de pequenos raios. 
 
Quanto à questão mão-de-obra, o Pipe Jacking, segundo Capobianco apud Garrido 
(2003) a mão-de-obra aplicada é muito especializada e escassa, o que, mais uma vez, torna a sua 
utilização mais onerosa. 
 
“O operador tem que entender um pouco de geologia, o mínimo indispensável de 
mecânica do solo, de mecânica de equipamentos, de hidráulica e de informática, para 
estar gabaritado a trabalhar sem fazer com que o equipamento pare ou tenha algum 
outro tipo de contratempo.” (CAPOBIANCO apud GARRIDO, 2003). 
 
Na metodologia N.A.T.M. não se faz necessária a abertura de poços em 100% dos casos 
para se iniciar e finalizar a escavação. Com a utilização do Pipe Jacking, na grande maioria das 
vezes é necessário que tais poços sejam abertos para que seja possível, no emboque, descer os 
equipamentos, shield e cravador de tubos de concreto (Pipe Jacking), assim como os próprios 
tubos de concreto e também o no desemboque, para que o equipamento de corte seja retirado. 
 
Para que seja possível executar escavações em rochas, mais uma vez o N.A.T.M. não 
exige equipamentos adicionais. Com o Pipe Jacking, segundo Corrêa apud Garrido (2003), 
exigem-se cabeças de corte especiais e conseqüentemente, mais onerosas. Caso sejam 
encontradas rochas ou matações, não previstos nas investigações preliminares, a retomada dos 
serviços utilizando-se o shield pode ser mais lenta, visto a necessidade de se conseguir 
equipamentos não previstos, tais como cabeças de corte especiais, ou até mesmo danificar o 
 
 15 
equipamento de corte. Caso o último problema fosse identificado, seria necessário abrir poços de 
serviço intermediários. 
 
Utilizando a metodologia N.A.T.M. não é necessário que tais poços sejam abertos para 
que seja retirado nenhum equipamento. Com o Pipe Jacking, eventuais problemas que venham a 
impossibilitar a continuação da escavação pelo shield, podem exigir que novos poços sejam 
abertos com o intuito de se fazer a manutenção ou até mesmo a substituição do equipamento. Há 
também a questão da localização de tais poços, pois caso se faça necessária a abertura, por 
exemplo, em avenidas com intenso fluxo, um enorme transtorno seria trazido à sociedade devido 
à interdição para a escavação, manutenção ou substituição e reconstituição do pavimento 
retirado. 
 
Túneis executados em Pipe Jacking possuem alta qualidade. Garrido (2003) afirma que 
devido à taxa de precisão de 0,2%, garantida devido ao nivelamento e alinhamento a laser, o 
Pipe Jacking torna-se ideal para a execução de túneis que irão abrigar condutos livres, tais como 
galerias de esgoto e de drenagem. 
 
Como o Pipe Jacking utiliza tubos de concreto normalizados pela NBR 15319/2006, o 
método tem alto controle da qualidade do revestimento e, devido às altíssimas especificações dos 
tubos utilizados, Corrêa (2002) afirma que este fato permite controle prévio do revestimento. No 
N.A.T.M. o revestimento é executado in loco em concreto projetado, tornando-se mais suscetível 
a erros. Neste caso não é possível evitar eventuais problemas, somente remedia-los ou repará-los. 
Garrido (2003) afirma que por serem fabricados com cimento resistente a sulfatos, com 
baixa absorção de água (abaixo de 4%) e concreto de alta resistência (acima de 45 MPa), os 
tubos resistem aos esforços de cravação alem de possuíram vida útil longa. Sendo o revestimento 
do túnel os próprios tubos. Túneis em N.A.T.M. têm a necessidade de se preencher os 
overbreaks em concreto projetado assim, possuindo maiores gastos com mais mão-de-obra. 
 
Devido aos tubos de concreto serem o próprio suporte do túnel, assim como o seu 
revestimento final, não há necessidade de se escorar a sua abertura. No N.A.T.M. há a 
necessidade deste escoramento e, segundo diversos autores, dentre eles Amaral Filho (1995), são 
utilizadas cambotas, enfilagens, pregagens e concreto projetado, sendo este executado em duas 
etapas: como suporte inicial e como revestimento final. 
 
Devido à escavação feita pelo shield ser executada no diâmetro exato da tubulação, 
acrescido apenas de um pequeno sobrecorte (normalmente entre 1% e 2% do diâmetro externo 
do equipamento), Telles apud Garrido (2003) afirma que os recalques são minimizados e, 
conseqüentemente, trincas e fissuras nas construções acima da escavação são evitadas, o que, por 
sua vez, evita transtornos com a sociedade. 
 
Também devido à escavação feita pelo shield, a metodologia Pipe Jacking mostra-se trás 
grandes benefícios na questão social. Mais uma vez os recalques são minimizados, segundo 
Corrêa apud Garrido (2003), visto que não se transmitem vibrações às fundações das edificações. 
 
No N.A.T.M. é necessário se preocupar com o deslocamento do ar causado pelas 
detonações que pode estilhaçar janelas, levantar grande quantidade de poeira e, até mesmo, 
lançar pequenos fragmentos de rocha, caso não sejaexecutado o fechamento do túnel de maneira 
correta. 
 
 16 
Quanto à questão “sociedade” a utilização da metodologia Pipe Jacking associada aos 
equipamentos de corte, shield têm ótimos resultados. Segundo Corrêa; Corrêa (2002), em obras 
com grande interferência do entorno, esta questão, muitas vezes, pode atrasar o andamento dos 
serviços, o que, conseqüentemente, aumenta ainda mais o seu custo. 
 
Quando a questão são os trabalhadores, o N.A.T.M. pode ser preocupante. Sendo o 
ambiente de trabalho mais insalubre, devido à manipulação de explosivos e ao fato do 
revestimento do túnel ser executado por operários, em várias etapas, o risco de colapso do túnel é 
muito maior. Somam-se também o fato do trabalho ser executado em locais escuros, com 
iluminação artificial, na grande maioria das vezes, precária, o trabalho em local úmido, a 
possibilidade inalação de gases tóxicos, caso não seja respeitado o tempo de dispersão destes 
gases ou não seja executada uma boa ventilação do túnel e a grande poeira de concreto causada 
pela sua projeção na execução do revestimento. 
 
Uma das grandes vantagens da utilização do Pipe Jacking é o fato do trabalho poder ser 
executado abaixo do nível d’água, segundo diversos autores, dentre eles Gimenez apud Garrido 
(2003), não sendo necessário o rebaixamento do lençol freático, serviço muitíssimo oneroso e 
que também pode causar instabilidade nas construções vizinhas. 
 
Quando analisa-se a questão da produtividade o Pipe Jacking comprova o que pode ser 
uma das suas maiores qualidades. Segundo Corrêa apud Garrido (2003) para a faixa de 
diâmetros nominais entre 600 e 1.200 milímetros, observam-se, normalmente, produtividades 
médias entre 250 a 450 metros por mês, em projetos executados por Pipe Jacking. 
 
No mesmo trabalho, Frenceschini afirma que a principal vantagem na utilização do 
sistema Pipe Jacking é a redução do tempo de execução da obra que, em alguns casos, chega a 
ser 80% menor. 
 
Tabela 1 – Resumo: Pipe Jacking e N.A.T.M 
 Pipe Jacking N.A.T.M 
Investimento inicial 
Exige equipamentos especiais, 
normalmente importados. 
Grande investimento inicial. 
Não exige equipamentos 
especiais, sendo facilmente 
encontrados no Brasil. 
Volume de serviço 
Exige grande quantidade de 
serviço para amortizar o custo 
inicial com equipamentos. 
Não exige grande quantidade 
de serviço visto que os 
equipamentos não possuem 
valor tão alto. 
Reutilização dos 
equipamentos 
Equipamentos utilizados para 
um único diâmetro de túnel o 
que faz com que a reutilização 
em outros contratos seja 
limitada. 
Equipamentos podem ser 
utilizados para escavar 
diversos diâmetros de túneis, 
podendo ser facilmente 
reutilizados. 
Modificações e limitações de 
projeto. 
Impossível alterar o diâmetro 
do túnel ou fazer curvas de 
pequenos raios ou 
bifurcações. 
Possível alterar o diâmetro do 
túnel e/ou fazer curvas de 
pequenos raios ou 
bifurcações. 
Mão-de-obra 
Exige mão-de-obra muito 
especializada. 
Não exige mão-de-obra tão 
especializada. 
Poços de trabalho 
Exige aberturas de poços na 
grande maioria dos casos. 
Não exige abertura de poços 
na maioria dos casos. 
Poços de serviço Eventual necessidade de Não exige abertura de poços 
 17 
abertura de poços de serviço 
intermediários para 
manutenção ou substituição 
dos equipamentos em locais 
ou vias de grande fluxo. 
para manutenção ou 
substituição dos 
equipamentos. 
Escavação em rocha 
Exige equipamentos (cabeças 
de corte) especiais. 
Não exige equipamentos 
adicionais. 
Escavação em solo 
Não exige equipamentos 
adicionais e a velocidade de 
avanço praticamente não se 
altera. 
Reduz-se a velocidade de 
avanço devido à necessidade 
da instalação dos suportes 
com menores distâncias e de 
mais parcializacões. 
Qualidade do revestimento 
O revestimento são os 
próprios tubos de concreto 
fabricados com altíssimas 
especificações o que permite 
controle prévio. 
Revestimento em concreto 
projetado mais suscetível a 
erros, não permitindo controle 
prévio, somente reparar 
eventuais problemas. 
Escoramentos 
Não há necessidade de 
escoramento da frente de 
escavação, pois os tubos de 
concreto são, ao mesmo 
tempo, o revestimento final e 
os suportes do túnel 
Necessidade de diversos 
escoramentos tais como 
cambotas, enfilagens e 
pregagens, além do próprio 
concreto projetado aplicado 
na primeira fase. 
Recalques / Sociedade 
Maciço cortado, não 
transmitindo vibrações às 
fundações de edificações 
vizinhas, minimizando 
recalques e problemas com a 
vizinhança. Inexistência da 
necessidade de interdição de 
ruas devido a detonações. 
Devido às detonações para 
desmonte de rocha, maiores 
vibrações são transmitidas às 
fundações de edificações 
vizinhas, possibilitando 
maiores recalques. Necessária 
a interdição de ruas devido a 
detonações. Possibilidade de 
se estilhaçar janelas, levantar 
grande quantidade de poeira e 
até mesmo lançar fragmentos. 
Ambiente de trabalho 
Possibilidade de operação do 
equipamento fora do túnel. 
Menor risco de colapso 
devido ao suporte. Melhor 
qualidade do ambiente de 
trabalho. 
Perigoso devido à possível 
manipulação de explosivos. 
Maior risco de colapso por 
erros humanos. Trabalho em 
local úmido e escuro com 
iluminação artificial precária. 
Possibilidade de inalação de 
gases tóxicos e poeira de 
concreto projetado. 
Lençol freático 
Possibilidade de execução do 
túnel abaixo do nível d’água, 
sem rebaixamento do lençol 
freático, reduzindo custos e a 
possibilidade de causar 
instabilidade nas edificações 
vizinhas. 
Não é possível trabalhar 
abaixo do nível d’água, sendo 
necessário o rebaixamento do 
lençol freático. 
 18 
Produtividade 
Altíssima produtividade, 
chegando a reduzir o tempo 
da obra em até 80%. 
Baixa produtividade devido à 
necessidade de se executar 
vários tipos de suportes. 
Fonte: Igor Dantas 
 
 
6.0 Tecnologias na Cidade de Salvador 
 
6.1 Exemplo da utilização do N.A.T.M. em Salvador, Bahia. 
 
Em Salvador, Bahia, muitos são os túneis que ainda estão sendo construídos ou já foram 
finalizados no ano de 2009. 
 
Como exemplo da utilização do N.A.T.M. temos a execução da segunda etapa do túnel 
Dois Leões-Água de Meninos, executado pela Construtora Norberto Odebrecht S.A (CNO), que 
irá prover à cidade de Salvador um novo acesso viário entre os bairros das “cidades” alta e baixa, 
em um ponto intermediário entre as duas principais ligações existentes e já saturadas, além de 
representar mais uma via de escoamento de carga e passageiros em direção ao Porto de Salvador, 
fazendo parte das obras da Via Expressa Baía de Todos os Santos, que por sua vez, interligará o 
Porto de Salvador à BR 324, principal estrada para acesso à cidade. 
 
No caso da segunda etapa da escavação do túnel Dois Leões-Água de Meninos, a curta 
extensão do túnel que ainda restava ser escavada, cerca de 50 m, inviabilizava a mobilização de 
um shield. 
 
 19 
 
Figura 19: Mapeamento geológico/geotécnico do túnel 
Fonte: Terratek, 2009. 
 
Um forte trabalho social foi 
realizado com os moradores, 
comerciantes e transeuntes das áreas 
do entorno para que todo o processo 
de escavação fosse explanado e para 
que eventuais problemas pudessem 
ser resolvidos e as dúvidas 
esclarecidas. 
 
Com o monitoramento através 
da instrumentação realizada pela 
Universidade Federal da Bahia 
(UFBA), observou-se que os prédios 
sofreram recalques que chegaram a -
21 mm (diferença entre conjuntos de 
marcos superficiais), com recalques 
diferenciais de até 3 mm (diferença 
no mesmo conjunto de 3 marcos 
superficiais entre 2 marcos), de 
forma contínua e controlada 
conforme o avanço do túnel. 
 
 
Durante a escavação foi 
encontrada rocha sã, rocha alterada e 
saprolito. A figura 9 ilustra o 
mapeamento geológico/geotécnico 
do túnel. 
 
 
 
 20 
 
 
 
 
No dia 27 de maio de 
2009 foi feita a comunicação 
das duas frentes de escavação 
do túnel, como pode ser vistona 
figura 10. 
 
Alguns dados da obra: 
• Os avanços do 
túnel variaram de 
0,8 a 2,5m; 
• Foram feitas até 
três 
parcializacões 
durante as 
escavações. 
 
 
6.2 Exemplo da utilização do Pipe Jacking em Salvador, Bahia. 
 
Um exemplo da utilização da tecnologia Pipe Jacking em Salvador, Bahia foi a execução 
do Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe (SDO do Jaguaribe), contrato firmado entre a 
Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e a Concessionária Jaguaribe S.A. (formada 
pela Odebrecht Investimentos em Infra-estrutura e a Construtora Norberto Odebrecht) executado 
pela Construtora Norberto Odebrecht S.A. 
 
Segundo Maia (2009), o SDO do Jaguaribe, quando em funcionamento, irá beneficiar 
mais de 1 milhão de pessoas nas cidades de Salvador e Lauro de Freitas. O projeto inclui um 
emissário terrestre em túnel, revestido de concreto, com 1.300 m de comprimento, e um 
emissário submarino de 3.600 m, dos quais 3.200 m são de tubos de polietileno de alta densidade 
(PEAD) e o restante em túnel. 
 
 
Figura 21: Configuração do SDO do Jaguaribe. 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
 
Figura 20: Comunicação das frentes de escavação no Emboque Porto 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
 21 
Com a metodologia escolhida para a escavação do túnel responsável pelo transporte da 
vazão de trabalho, a comunidade, o meio ambiente e a cidade ganharão em qualidade e 
preservação. O trecho executado em Pipe Jacking passa por baixo de toda a Avenida Jorge 
Amado e praia dos Artistas, saindo à profundidade de 12,00 m. 
 
Neste ponto ocorre a transição do túnel em tubos de concreto armado para a tubulação em 
PEAD, onde os efluentes tratados serão lançados a uma profundidade de 44 m. 
 
Nas obras do SDO do Jaguaribe, os esforços de cravação são de aproximadamente 300 
toneladas, proporcionando velocidade de avanço média de 2,5 tubos por dia, ou seja, 7 m. A 
velocidade de avanço do shield deve ser muito bem monitorada, pois, podendo causar recalques, 
tanto negativos quanto positivos, caso não seja muito bem controlada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.3 Análise 
 
Com o advento das tecnologias, a cidade de Salvador mostra sua evolução no campo da 
engenharia. Obras como o túnel Dois Leões-Água de Meninos e o SDO do Jaguaribe ilustram e 
comprovam tal evolução. 
 
Pode-se afirmar que no mínimo, a utilização do N.A.T.M. na área da Ladeira da Soledade 
foi ousada por se tratar de uma área com edificações tombadas pelo Instituto do Patrimônio 
Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Tamanha ousadia trouxe grande experiência e rendeu 
notoriedade para a equipe responsável pela obra, assim como para a própria cidade, dentro do 
cenário da geotecnia. 
 
A utilização do Pipe Jacking quando a escavação é feita principalmente em rocha, como 
é o caso do SDO do Jaguaribe, é sempre complexa, visto as diversas dificuldades encontradas, 
como travamento do shield, podendo ser causado por falhas no monitoramento ou interpretação 
dos dados enviados ao container de controle. Estes dados referem-se à força de cravação do 
 
Figura 22: Tubulação de PEAD lançada no mar. 
Fonte: Odebrecht Informa Online, 2009. 
 22 
macaco hidráulico, torque do motor que gira a cabeça do shield, excesso ou falta de água/lama 
ou de pressão na frente da escavação. 
 
 
7.0 Considerações Finais 
 
No universo da Engenharia, principalmente na atualidade, devido aos grandes avanços 
tecnológicos e aos constantes estudos acerca dos materiais, diversos são os meios para se 
executar um mesmo tipo de serviço, seja ele de pequeno, médio ou grande porte. 
 
Deve-se analisar, cautelosamente, todos os condicionantes que poderão afetar ou não o 
processo de criação, execução e, posteriormente, a operação do sistema desenvolvido. 
 
Diante das diversas opções, deve-se levar em consideração todas as variáveis possíveis, 
pois, um pequeno detalhe pode ser decisivo para a exclusão de determinada tecnologia dentro do 
leque de opções que é conhecido. 
 
Não são somente questões acerca dos métodos executivos, mas também questões que 
envolvem decisões estratégicas para as empresas, como fluxo de caixa, destino dos 
equipamentos e mão-de-obra ao final dos serviços, questões de contrato, como prazos e, 
principalmente valores. 
 
Outra questão que deve ser analisada com muita atenção é o transtorno social que, por 
menor que seja nunca deixa de existir e que também tem grande peso na decisão final, pois, 
muitas vezes, problemas com a sociedade podem fazer com que os serviços fiquem parados por 
longos períodos, prejudicando todo um planejamento e também reduzindo a margem de lucro 
previamente determinada. 
 
 Felizmente, no campo da Engenharia possuímos uma gama de opções e alternativas que, 
aplicamos da melhor maneira possível, modificando a natureza. Dentro deste contexto, a cidade 
de Salvador pode ser considerada como um ótimo ponto de partida para estudos acerca de túneis, 
pois, como citado anteriormente, possui túneis em execução ou já executados onde foram 
aplicadas diferentes tecnologias. 
 
Com 460 anos de fundação e ocupando a posição de terceira maior capital do país, 
segundo Santana (2009), a cidade possui diversas edificações antigas e, em muitos casos, 
tombadas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Pode-se afirmar que 
seria no mínimo arriscado utilizar a tecnologia N.A.T.M. na execução de túneis, como por 
exemplo, no Pelourinho. Para túneis de serviço, muito provavelmente o mais indicado seria a 
utilização do Pipe Jacking devido todas as afirmações já feitas durante este trabalho, que, 
minimizam recalques e até mesmo evitam trincas e fissuras nas construções acima da escavação. 
 
Qualidade e produtividade são as principais vantagens da utilização do Pipe Jacking. 
Qualitativamente, em relação ao acabamento do túnel e ao ambiente de serviço para os operários, 
a utilização da tecnologia torna o método muito mais atraente. Mais uma vez, vale à pena citar, 
como afirma Frenceschini apud Garrido (2003), a redução do tempo de execução da obra, chega 
a 80%, o que torna a produtividade com a utilização do Pipe Jacking muito mais alta. 
 
Na mesma obra afirma Kochen, a tendência da maior utilização do Pipe Jacking no 
futuro é evidentemente clara e mais vantajosa, porém, o estudo de viabilidade econômica deve 
ser sempre realizado, pois, em alguns casos, a extensão do túnel pode ser considerada pequena 
 23 
para se amortizar os custos dos equipamentos, sendo mais vantajoso arcar com custos de 
escoramentos nas edificações e também com instrumentação mais intensa do que aquela que 
seria normalmente utilizada. 
 
Após todo o estudo realizado, considerando as principais vantagens e desvantagens de 
cada tecnologia, pôde-se perceber que é inviável comparar os métodos, visto que na prática, a 
faixa de diâmetros onde pode-se utilizar as duas tecnologias é de 1800mm a 4000mm, intervalo 
considerado pequeno diante dos diversos diâmetros possíveis para a execução de túneis em 
N.A.T.M, maiores que 4000mm ou ainda em Pipe Jaking, menores que 1800mm. 
 
 
 
 4000 mm – Pipe Jacking 
 
 
 1800mm – N.A.T.M. 
 
 
 
Figura 23: Diâmetros de aplicação: Pipe Jacking e N.A.T.M. 
Fonte: Igor Dantas, 2009. 
 
 
 
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