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Instalações Elétricas Industriais ENG 1480 Professor: Rodrigo Mendonça de Carvalho Instalações Elétricas Industriais CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO • Flexibilidade: admitir mudanças nas localizações dos equipamentos, sem comprometer as instalações; • Acessibilidade: facilidade de acesso a todas as máquinas e equipamentos de manobra; • Confiabilidade: proteção à integridade física de quem opera e garantia do desempenho do sistema quanto às interrupções (temporárias ou permanentes). • Continuidade: mínimo de interrupção nos circuitos. NORMAS RECOMENDADAS • ABNT – NBR 5410 – 2004: Instalações Elétricas • Baseada na norma internacional IEC 60364, aplicada em todas as instalações elétricas cuja tensão nominal é igual ou inferior a 1000 V CA ou 1500 V CC. • Obs: Complementada pelas normas NBR 13570 – Instalações Élétricas em Locais de Afluência de Público: Requisitos Específicos e NBR 13534 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão – Requisitos Específicos para Instalação em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde e NR10 – do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). • Goiás (CELG): NTC 04 – Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária e NTC 05 – Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária DADOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO • Condições de Fornecimento de Energia Elétrica (responsabilidade da Concessionária): • Garantia de suprimento de carga dentro de condições satisfatórias; • Variação da tensão de suprimento; • Tensão de fornecimento; • Tipo de sistema de suprimento: radial, radial com recurso; • Capacidade de curto-circuito atual e futuro do sistema; • Impedância reduzida no ponto de suprimento. • Características das Cargas: • Motores: potência, tensão, corrente, frequência, número de polos, número de fases, ligações possíveis, regime de funcionamento; • Fornos a arco: potência do forno, potência e curto-circuito do forno, potência do transformador do forno, tensão, frequência, fator de severidade; • Outras cargas: máquinas acionadas por sistemas computadorizados com variação de tensão mínima, aparelhos de raio X industrial, e outras cargas tidas como especiais devem merecer estudo particularizado por parte do projetista. CONCEPÇÃO DO PROJETO • Divisão da Carga em Blocos: • Cada bloco de carga deve corresponder a um quadro de distribuição terminal com alimentação e proteção individualizadas; • A escolha dos blocos é feita considerando-se os setores individuais de produção, bem como a grandeza de cada carga (queda de tensão); • Exemplo: Indústria de fiação – batedores, filatórios, cardas, etc. • Localização dos Quadros de Distribuição de Circuitos Terminais: • No centro do conjunto de cargas; • Próximo a linha de alimentação; • Em locais de fácil acesso; • Em locais com condições climáticas e físicas favoráveis. • CCM (Centro de Controle de Motores) e QDL (Quadro de Distribuição de Luz). • Localização do Quadro de Distribuição Geral (QGF): • Devem ficar próximos às unidades de transformação nas quais serão conectados. • Estes quadros contém os componentes para seccionamento, proteção e medição dos circuitos; CONCEPÇÃO DO PROJETO • Localização da Subestação (SE): • Projetada em função do arranjo arquitetônico da construção, segurança e critérios técnicos (cálculo do centro de carga); CONCEPÇÃO DO PROJETO • Localização da Subestação (SE): • Cálculo da localização do Centro de Carga • X = 235,8 m • Y = 89,8 m CONCEPÇÃO DO PROJETO • Localização da Subestação (SE): • Quanto menor a potência da SE, maior o custo do kVA instalado; • Quanto maior é o número de SE’s unitárias, maior a quantidade de condutores primários; • Quanto menor é o número de SE’s unitárias, maior é a quantidade de condutores secundários dos circuitos de distribuição. • Obs.: estudos indicam que SE’s unitárias com potências compreendidas entre 750 e 1000 kVA são economicamente mais convenientes. CONCEPÇÃO DO PROJETO • Definição dos Sistemas: • SISTEMA PRIMÁRIO DE SUPRIMENTO • Radial Simples • Radial com Recurso CONCEPÇÃO DO PROJETO • Definição dos Sistemas: • SISTEMA PRIMÁRIO DE SUPRIMENTO INTERNO • Radial Simples • Radial com Recurso CONCEPÇÃO DO PROJETO • Definição dos Sistemas: • SISTEMA SECUNDÁRIO DE SUPRIMENTO CONCEPÇÃO DO PROJETO • Definição dos Sistemas: • SISTEMA SECUNDÁRIO DE SUPRIMENTO • Circuitos Terminais de Motores dispositivo de seccionamento na sua origem para fins de manutenção (desligar comando e força); dispositivo de proteção contra curto-circuito na sua origem; dispositivo de comando capaz de impedir uma partida automática do motor devido à alguma falha; dispositivo de acionamento do motor (reduzir a queda de tensão na partida do motor para menor ou igual a 10%); Preferencialmente, alimentar cada motor com um circuito terminal individual (por exemplo quando a potência do motor alimentado por um circuito individual é elevada); OBS: no caso de um circuito terminal alimentar mais de um motor ou outras cargas, os motores devem receber proteção de sobrecarga individuais e dispositivo único de proteção contra curto- circuito (deve ser dimensionado para proteger o motor de menor corrente nominal e não atue indevidamente com o funcionamento normal do circuito). CONCEPÇÃO DO PROJETO • Definição dos Sistemas: • SISTEMA SECUNDÁRIO DE SUPRIMENTO • Circuitos Terminais de Motores Cargas de Natureza Industrial ou similar Motores de Indução de Gaiola Trifásico (2CV < 𝑃𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 < 200 CV), com características normalizadas conforme NBR 7094 Cargas acionadas, em regime S1, com características normalizadas conforme NBR 7094 Cargas Residenciais e Comerciais Motores constituindo parte integrante de aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais (𝑃𝑖𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 < 200 CV) Obs: Regime S1 – regime de funcionamento continuo com carga constante e com duração suficiente para atingir o equilíbrio térmico. CONCEPÇÃO DO PROJETO • Definição dos Sistemas: • SISTEMA SECUNDÁRIO DE SUPRIMENTO • Circuitos de Distribuição (alimentadores) derivam do QGF e alimentam um ou mais CCM’s ou QDL’s; dispositivo de proteção contra sobrecargas na origem (disjuntores e/ou fusíveis). CONCEPÇÃO DO PROJETO • Definição dos Sistemas: • QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO (QGF/CCM/QDL) • Devem ser construídos de modo a satisfazer as condições do ambiente em que serão instalados, apresentar bom acabamento, rigidez mecânica e disposição apropriada; CONCEPÇÃO DO PROJETO • Definição dos Sistemas: • QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO (QGF/CCM/QDL) • Deve-se prever circuito de reserva nos Quadros de Distribuição (QGF, CCM, QDL), de forma a satisfazer os seguintes critérios determinados pela NBR 5410:2004: • Quadros de distribuição com até 6 circuitos: espaço para no mínimo 2 circuitos de reserva; • Quadros de distribuição contendo de 7 a 12 circuitos: espaço para no mínimo 3 circuitos de reserva; • Quadros de distribuição contendo de 13 a 30 circuitos: espaço para no mínimo 4 circuitos de reserva; • Quadros de distribuição contendo acima de 30 circuitos: espaço reserva para uso no mínimo 15% dos circuitos existentes. MEIO AMBIENTE • Temperatura Ambiente: • AA1 – frigorífico (-60°C a +5°C); • AA2 – muito frio (-40°C a +5°C); • AA3 – frio (-25°C a +5°C); • AA4 – temperado (-5°C a +40°C); • AA5 – quente (+5°C a +40°C); • AA6 – muito quente (+5°C a +60°C). • Altitude: • AC1 – baixa (≤2000m); • AC2 – alta (>2000m). • Presença de Água: • AD1 – probabilidade desprezível; • AD2 – possível queda vertical de água; • AD3 – possível chuva a 60° com a vertical; • AD4 – possível projeção de água em diversas direções; • AD5 – possibilidade de jatos d’água em qualquer direção; • AD6 – possibilidade de ondas d’água; • AD7 – possibilidade de recobrimento de água; • AD8 – possibilidade de recobrimento total de água, permanentemente. • Presença de Corpos sólidos: • AE1 – não há possibilidade; • AE2 – possíveis corpos sólidos (≥2,5m); • AE3 – possíveis corpos sólidos (≤ 1mm); • AE4 – poeira em quantidade apreciável. GRAUS DEPROTEÇÃO • Definição: • Refletem a proteção de invólucros metálicos quanto à entrada de corpos estranhos e penetração de água pelos orifícios destinados à ventilação ou instalação de instrumentos, pelas junções de chapas, portas, etc.; • As normas especificam os graus de proteção através de um código composto pelas letras IP, seguidas de dois números que significam: FORMULAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO FORMULAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO FORMULAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO FORMULAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO FORMULAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO FORMULAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO FORMULAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO • Exercício de aplicação: Considerando a indústria abaixo, determinar as demandas dos CCM1, CCM2, QDL e QGF, assim como a potência necessária do transformador da SE. Dados: motores (1) são de 75 cv, motores (2) de 30 cv e motores (3) de 50 cv, todos de indução, rotor em gaiola e de IV pólos; todas as lâmpadas são de descarga e os aparelhos da iluminação são compensados (alto fator de potência). • NBR 5031 – Máquinas Elétricas Girantes: • 30 CV – n = 0,90 – fp = 0,83 • 50 CV – n = 0,92 – fp = 0,86 • 75 CV – n = 0,92 – fp = 0,86 FORMULAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO • Formação das Curvas de Carga: • Localização das cargas na planta de layout • Períodos de tempo em que cada setor está em atividade no dia (total ou parcial) • Ex.: Levantamento de carga FORMULAÇÃO DO PROJETO ELÉTRICO • Formação das Curvas de Carga:
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