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O TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA

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Apostila de Biologia – Vol. 2 
 
Prof. Juarez 
 1 
01 
O TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
PLASMÁTICA 
 
O transporte passivo. É um processo de difusão de substâncias através da membrana. O soluto passará sempre a favor do 
gradiente de concentração, do meio onde existe mais para o meio onde existe menos. Este transporte pode ocorrer por: 
a) Difusão simples através da bicamada. Assim entram moléculas lipídicas como os hormônios esteróides, anestésicos 
como o éter e fármacos lipossolúveis. Também penetram assim substâncias apolares como o oxigênio e o nitrogênio 
atmosférico. Algumas moléculas polares de pequeno tamanho, como a água, o CO2, o etanol e a glicerina, também 
atravessam a membrana por difusão simples. A difusão da água (solvente) recebe o nome de osmose. O movimento de 
moléculas de água (solvente) a partir de uma solução hipotônica para outra hipertônica através de uma membrana semi-
permeável denomina-se osmose. 
b) Difusão simples através de canais. Ocorre mediante as denominadas proteínas de canal. Assim penetram íons como o 
Na+, K+, Ca2+, Cl-. As proteínas de canal são proteínas con um orificio ou canal interno, cuja abertura está regulada, por 
exemplo, como ocorre com neurotransmissores ou hormônios, que se unem a uma determinada região, o receptor da 
proteína de canal, que sofre uma transformação estrutural que induz a abertura do canal. 
 
1.2. Difusão facilitada. Permite o transporte de pequenas moléculas polares, como os aminoácidos, monossacarídios, etc, 
que não conseguindo atravessar a bicamada lipídica, requerem que proteínas trasmembranosas facilitem sua passagem. 
Estas proteínas recebem o nome de proteínas transportadoras ou permeasas que, ao unirem-se a molécula que irão 
transportar sofrem uma modificação em sua estrutura que conduz aquela molécula ao interior da célula. 
2. O transporte ativo. Esta propriedade permite captar do meio extracelular substâncias necessárias ao metabolismo 
celular, mesmo quando a sua concentração no meio externo é muito baixa relativamente à do meio interno. Esta 
propriedade implica um gasto razoável de energia metabólica. Em alguns casos, as concentrações de uma substância no 
meio extracelular e intercelular variam largamente; para manter esta característica, é necessário que essa substância 
atravesse a membrana contra o gradiente de concentração pois, caso contrário, atingir-se-ia por difusão o equilíbrio das 
concentrações. Neste processo também atuam proteínas de membrana, porém estas requerem energía, em forma de ATP, 
para transportar as moléculas ao outro lado da membrana. São exemplos de transporte ativo a bomba de Na/K, e a bomba 
de Ca. A bomba de Na+/K+ requer uma proteína transmembranosa que bombeia Na+ até o exterior da membrana e K+ até 
o interior. Esta proteína atua contra o gradiente graças sua atividade como ATP-asa, pois quebra o ATP para obter a 
energía necessária para o transporte. 
Por este mecanismo, são transportados 3 Na+ até o exterior e 2 K+ até o interior, com a hidrólise de ATP. O transporte 
ativo de Na+ e K+ têm uma grande importância fisiológica. De fato todas as células animais gastam mais de 30% do ATP 
que produzem (e as células nervosas mais de 70%) para bombear estes íons. 
 
Transporte De Moléculas De Elevada Massa Molecular 
Para o transporte deste tipo de moléculas existem três mecanismos principais: endocitose, exocitose e transcitose. Em 
qualquer um deles é fundamental o papel que desempenham as chamadas vesículas revestidas. Estas vesículas se 
encontram rodeadas de filamentos protéicos de clatrina. Este processo permite o transporte de substâncias do meio extra- 
para o intracelular, através de vesículas limitadas por membranas, a que se dá o nome de vesículas de endocitose ou 
endocíticas. Estas são formadas por invaginação da membrana plasmática, seguida de fusão e separação de um segmento 
da mesma. Há três tipos de endocitose: pinocitose, fagocitose e endocitose mediada. 
1. Endocitose: é o processo pelo qual a célula capta partículas do meio externo mediante uma invaginação da membrana 
que engloba a partícula que será ingerida. Produz-se a estrangulação da invaginação originando-se uma vesícula que 
encerra o material ingerido. Segundo a natureza das partículas englobadas, distinguem-se diversos tipos de endocitose. 
1.1. Pinocitose. Implica a ingestão de líquidos e partículas em dissolução por pequenas vesículas revestidas de clatrina. A 
clatrina é uma proteína composta por 6 subunidades (3 cadeias pesadas, de 91 kDa, e 3 cadeias leves, de 23-27 kDa) que 
desempenha um importante papel no processo de formação de vesículas membranares no interior das células eucariontes. 
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Apostila de Biologia – Vol. 2 
 
Prof. Juarez 
 2 
Esta proteína forma uma rede poliédrica (em forma de uma bola de futebol), composta por muitas moléculas, que reveste a 
vesícula a medida que ela se forma. Além de ajudar na biogênese de vesículas, a clatrina parece estar envolvida também 
no processo de endereçamento destas vesículas. 
1.2. Fagocitose. São formadas grandes vesículas revestidas ou fagossomos que ingerem microorganismos e restos 
celulares. 
2. Exocitose. É o mecanismo pelo qual as macromoléculas contidas em vesículas citoplasmáticas são transportadas desde o 
interior celular até a membrana plasmática, para serem vertidas ao meio extracelular. Isto requer que a membrana da 
vesícula e a membrana plasmática se fusionem para que possa ser vertido o conteúdo da vesícula ao meio. Mediante este 
mecanismo, as células são capazes de eliminar substâncias sintetizadas pela célula, substâncias de excreção ou mesmo 
uma egestão ("fezes") celular denominada clasmocitose. Em todas as células existe um equilíbrio entre a exocitose e a 
endocitose, para manter a membrana plasmática e para manutenção do volume celular. 
 
02 
NÚCLEO INTEFÁSICO 
 
Núcleo Celular 
O núcleo completo está presente nas células eucariontes, mas ausente nas procariontes. Na célula eucarionte, o material 
hereditário está separado do citoplasma por uma membrana denominada carioteca, enquanto na célula procarionte o 
material hereditário encontra-se mergulhado diretamente no líquido citoplasmático. 
 
Cromatina 
A cromatina é constituída por desoxirribonucleoproteína, que se apresenta em vários graus de condensação. A disposição 
da cromatina dentro do núcleo e o seu grau de condensação variam de um tipo celular para outro e são característicos de 
cada célula. Além disso o mesmo tipo celular pode apresentar a cromatina com vários graus de condensação, de acordo 
com o estágio funcional da célula. Tem como função controlar quase todas as funções celulares. Essas instruções são 
"receitas" para a síntese de proteínas. Essas "receitas", chamadas de genes, são segmentos da molécula de DNA, e a célula 
necessita dos genes para sintetizar proteínas. Os cromossomos são constituídos de uma única molécula de DNA associados 
a proteína. A cromatina é o conjunto dos cromossomos de uma célula, quando não está se dividindo. 
 
O termo heterocromatina (hetero, distinto) designa as porções de cromatina que aparecem condensadas no núcleo 
interfásico, em contraposição à maioria da cromatina que se apresenta difusa e recebeu o nome de eucromatina. A 
cromatina é formada por DNA e proteínas, histonas e não- 
Resumindo: 
Eucromatina: regiões da cromatina não condensada e geneticamente ativas. 
Heterocromatina é a região condensada e permanentemente inativa (centrômeros e telômeros) ou intercaladas nos braços 
cromossômicos. 
A cromatina também pode ser designada: 
Constitutiva: permanentemente condensada em todos os tipos de células. 
Facultativa: condensada somente em certos tipos de células ou em estágios especiais do desenvolvimento, caso dos 
cromossomos X das fêmeas de mamíferos: um é ativo e eucromático, enquanto o outro é inativo constituindo a cromatina 
sexual ou corpúsculo de Barrna intérfase. 
Carioteca 
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 3 
São vesículas achatadas compostas por duas membranas lipoprotéicas, possuem poros e esses poros são circundados por 
estruturas circulares denominadas "ânulos" que controla as substâncias que entram e saem do núcleo. Ela permite a troca 
de material com o citoplasma. A membrana mais externa, voltada ao hialoplasma, comunica-se com os canais do retículo e 
freqüentemente apresenta ribossomos aderidos. A carioteca esta presente em toda divisão celular, ela some no início da 
divisão e só aparece no final do processo. Ela separa o núcleo do citoplasma. 
 
Nucléolo 
Nos núcleos das células que não esta em reprodução (núcleos interfásicos), encontramos um ou mais nucléolos. São 
esféricos, compostos por cromatina, grande quantidade de RNA e proteínas e sua função está relacionada a formação dos 
ribossomos. 
É rico en RNA e proteínas, e contém pequenas quantidades de DNA que se mostra inativo. O nucléolo tem por função a 
organização dos ribossomos. Quanto maior o seu número e tamanho, maior é a síntese protéica da célula. A porção fibrilar 
densa é mais central e é formada por RNAr e proteínas ribossomais. A porção granular é mais periférica e é formada por 
subunidades ribossômicas em formação. A região organizadora do nucléolo é a cromatina associada ao nucléolo, que na 
divisão encontra-se nos satélites dos cromossomos acrocêntricos. Não é uma estrutura compacta, pois nota-se a invasão do 
nucleoplasma. Forma os ribossomos a partir das proteínas ribossômicas, que são importadas do citoplasma e se associam 
com o RNAr. 
 
03 
MITOSE 
 
Processo pelo qual as células dividem-se produzindo, cada uma, duas células idênticas, mesmo genótipo, à original, 
ocorrendo uma duplicação cromossômica para cada divisão celular. Assim, é o processo pelo qual é construída uma cópia 
exata de cada cromossomo e a informação genética é replicada e distribuída eqüitativamente às duas células filhas. Esta 
divisão é uma das propriedades mais importantes das células. 
As características básicas da mitose são: 
a) Distribuição eqüitativa e conservativa do número de cromossomos. 
b) Distribuição eqüitativa e conservativa da informação genética. 
 
 
 
Ciclo Celular 
O ciclo celular corresponde a um ciclo de eventos que ocorrem desde a formação de uma célula até a sua própria divisão 
em células - filhas. Esse ciclo é dividido em duas etapas: a intérfase, conjunto de fases nas quais a célula não está em 
divisão mas o metabolismo é intenso com autoduplicação do material genético, e a mitose, constituída por fases nas quais 
está dividindo núcleo e citoplasma. Assim, tanto a interfase como a mitose apresentam-se subdivididas em períodos ou 
fases. 
 
O processo de divisão celular (fase M do ciclo celular) consiste de divisão nuclear (fruto de uma cariocinese) seguida de 
divisão citoplasmática (citocinese). A divisão nuclear é mediada por um fuso mitótico formado por microtúbulos, que se 
ligam aos cromossomos, enquanto a divisão citoplasmática é mediada por um anel contrátil formado por filamentos de 
actina. A mitose é praticamente organizada pelos ásteres de microtúbulos que são formados ao redor de cada um dos dois 
centríolos produzidos quando o centríolo é duplicado. 
 
1. Interfase: fora do núcleo, observa-se um par de estruturas cilíndricas, perpendiculares entre si, constituídas por 
microtúbulos que são os centríolos. Estes experimentam duplicação originando dois pares; a duplicação dos centríolos 
começa durante as fases S e G2 do ciclo celular, e os centríolos duplicados são separados e movem-se para lados opostos 
do núcleo no início da fase M, para formar os dois pólos do fuso mitótico. 
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G1 (gap1 ou intervalo 1)= Intervalo de tempo entre o final da mitose e o início da fase S. Este período se caracteriza por 
uma intensa síntese de RNA e proteínas, ocorrendo um marcante aumento do citoplasma da célula - filha recém formada. 
É nesta fase que se refaz o citoplasma, dividido durante a mitose. No período G1 a cromatina está esticada e não 
distinguível como cromossomos individualizados ao microscópio óptico. Este é o estágio mais variável em termos de 
tempo. Pode durar horas, meses ou anos. Nos tecidos de rápida renovação, cujas células estão constantemente em divisão, 
o período G1 é curto; como exemplo temos o epitélio que reveste o intestino delgado, que se renova a cada 3 dias. Outro 
tecido com proliferação intensa é a medula óssea, onde se formam hemácias e certos glóbulos brancos do sangue. Todos 
estes tecidos são extremamente sensíveis aos tratamentos que afetam a replicação do DNA (drogas e radiações), razão pela 
qual são os primeiros a lesados nos tratamentos pela quimioterapia do câncer ou na radioterapia em geral. Outros tecidos 
não manifestam tão rapidamente lesões por apresentarem proliferação mais lenta, tal como ocorre na epiderme (20 dias) e 
no testículo (64 dias). Tecidos cujas células se reproduzem muito raramente, como a fibra muscular, ou que nunca se 
dividem, como os neurônios do tecido nervoso, o ciclo celular está interrompido em G1 em um ponto específico 
denominado G0. 
S= Fase de Síntese ou replicação de DNA. Inicialmente a célula aumenta a quantidade de DNA polimerase e RNA e 
duplica seu DNA. As duas cadeias que constituem a dupla hélice separam-se e cada nucleotídeo serve de molde para a 
síntese de uma nova molécula de DNA devido à polimerização de desoxinucleotídeos sobre o molde da cadeia inicial, 
graças a atividade da DNA polimerase. 
 
G2 (gap2 ou intervalo 2)= Intervalo de tempo entre o final da fase S e o início da mitose. Representa um tempo adicional 
para o crescimento celular, de maneira que a célula possa assegurar uma completa replicação do DNA antes da mitose. 
Neste período ocorre uma discreta síntese de RNA e proteínas essenciais para o inicio da mitose. 
 
2. Prófase: é, de um modo geral, a fase mais longa da mitose. Durante a prófase ocorrem mudanças no núcleo e no 
citoplasma. O núcleo é sede de grandes transformações. No seu interior os filamentos de cromatina enrolam-se, tornando-
se cada vez mais grossos, curtos, espessos e coráveis, sendo possível observar-se que cada cromossomo é constituído por 
duas cromátides. As cromátides de um cromossomo estão unidas pelo centrômero. 
Os dois pares de centríolos começam a afastar-se em sentidos opostos, formando-se entre eles o fuso acromático ou 
mitótico constituído por um sistema de microtúbulos protéicos que se agregam para formar fibrilas 
 
3. Metáfase: os cromossomos atingem o seu máximo encurtamento devido a uma forte condensação das cromátides. Os 
pares de centríolos estão agora nos pólos da célula. O fuso acromático completa o seu desenvolvimento, notando-se que 
algumas das suas fibrilas se ligam aos cromossomos, fibrilas cromossomáticas, enquanto outras vão de pólo a pólo, fibrilas 
continuas. Os cromossomas dispõem-se com os centrômeros no plano equatorial(plano equidistante entre os dois pólos), 
voltados para o centro desse plano e os braços para fora. Os cromossomas assim imobilizados originam uma figura 
tradicionalmente chamada placa equatorial e estão prontos para duplicarem-se. É a fase em que os cromossomos, com um 
só foco, nítidos, serão fotografados para elaboração do carótipo. 
Alguns dos microtúbulos que formam os aparatos do fuso se prendem aos cinetocoros formando o fuso mitótico. 
* Os cromossomos iniciam uma série de movimentos que resultam num alinhamento de todos os cromossomos na região 
equatorial do fuso . 
 
4. Anáfase: No início da anáfase dá-se a clivagem de cada um dos centrômeros, separando-se as duas cromátides que 
passam a constituir dois cromossomasfilhos, independentes. As fibrilas ligadas a eles encurtam-se e estes cromossomas 
começam a afastar-se migrando para pólos opostos. A anáfase é caracterizada por este deslocamento para os pólos dos 
cromossomas filhos. No final da anáfase, os dois pólos da célula têm coleções completas e equivalentes de cromossomas e 
portanto de DNA. 
1 É o momento onde as cromátides iniciam a migração para cada pólo da célula, em direção aos centríolos, provocando a 
separação das cromátides irmãs. 
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2 Acredita-se que a força que movimenta as cromátides tem origem através da polimerização de proteínas dos 
microtúbulos (actina, miosina e tubulina). 
 
5. Telófase: Na telófase reorganiza-se de novo a membrana nuclear à volta dos cromossomas de cada célula filha. Os 
nucléolos reaparecem, dissolve-se o fuso mitótico, e os cromossomas, devido à sua descondensação, alongam-se tornando-
se menos visíveis. A célula fica constituída por dois núcleos, terminando assim a cariocinese da mitose. Segue-se a 
citocinese; nos dois últimos estágios, no fim da anáfase e na telófase, dão-se também importantes alterações no citoplasma. 
O termo citocinese significa movimento do citoplasma. 
 Separação completa das cromátides irmãs para cada pólo da célula. 
 * Reconstituicão do envelope nuclear ao redor dos cromossomos. 
 * Descondensação dos cromossomos. 
 * Dissolução do aparato mitótico. 
 * Formação de uma constrição ao nível da zona equatorial da célula-mãe (nas células animais), que vai progredindo e 
termina por dividir o citoplasma e suas organelas em duas partes iguais. 
 
04 
MEIOSE 
 
A meiose é um tipo de divisão celular em que uma célula-mãe da origem a quatro novas células com metade do número 
de cromossomos da célula inicial. Trata-se de um processo reducional de divisão. 
A célula que tem os cromossomos característicos da espécie recebe o nome de diplóide; a célula com metade dos 
cromossomos da espécie recebe o nome de haplóide. 
 
 
No caso do homem (46 cromossomos), as células correspondem, regra geral, aos gametas nos respectivos, pelo macho e 
pela fêmea. 
O esporo vegetal corresponde ao gameta animal, mas ambos são células haplóides. 
A meiose consiste de duas etapas de divisão sucessivas: na primeira divisão os cromossomos homólogos se separam 
permanecendo em células diferentes (etapa reducional); na segunda divisão acontece na mitose (etapa equacional). 
Veja o esquema da meiose. 
 
Como na mitose, o processo é dividido, por conveniência, em estágios. Os nomes são os mesmos da mitose, mas seguidos 
de I ou II, indicando a primeira ou a segunda divisão. 
O DNA duplica-se na interfase que precede a primeira divisão. 
Pode existir uma espécie de interfase entre a primeira e a segunda divisão, chamada intercinese. Podem neste período o 
DNA se duplicar. 
 
Meiose I 
A duplicação dos cromossomos, como você já sabe, ocorre na interfase 
Assim, ao iniciar a prófase I, os cromossomos já se encontram duplicados. Cada cromossomo é formado para duas 
cromátides –irmãs. 
 
Prófase I: A prófase I costuma se dividir em cinco estagio: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno, diacinese. 
 
Leptóteno: Cromossomos visíveis, finos e enovelados; apesar de estarem duplicados desde da interfase, ainda não é 
evidente a sua duplicação 
Nucléolo visível. 
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Zigóteno: Cada cromossomo continua a se condensar e faz par com seu homólogo. 
Atraem-se, emparelham-se ponto a ponto, como um “zíper”. Este pareamento é conhecido como sinapse 
Nucléolo começa a desaparecer, mas ainda é visível. 
 
Paquíteno: Cromossomo mais espessos nos quais se pode visualizar as duas cromátides. 
Os cromossomos pareados mostram um total de quatro filamentos (cromátides); o conjunto é uma tétrade. 
Nucléolo está desaparecendo 
Diplóteno: Aos poucos os cromossomos se repelem, permanecendo alguns pontos de contato (quiasmas) entre as 
cromátides homólogas; nos quiasmas ocorrem quebras e as cromátides trocam pedaços entre elas. (crossing-over ou 
permuta) 
 
Diacinese: Cromossomos mais condensados, terminalização dos quiasmas, nucléolo desaparece. 
Atenção: observe os pares de cromossomos com partes trocadas entre si (já ocorreu o crossing-over) 
 
A prófase I é semelhante à prófase da mitose (centríolos migram para os pólos da célula, cromossomos se condensam, 
nucléolos e carioteca desaparecem, formação do fuso constituído de fibras protéicas). 
 
Metáfase I: Os cromossomos homólogos vão, aos pares e deslocam-se para a região mediana da célula. 
As fibras se unem ao centrômero das duas cromátides. 
 
Anáfase I: Os cromossomos homólogos separam-se, movendo-se para os pólos da célula devido ao encurtamento das 
fibras do fuso. 
 
Telófase I: Os cromossomos atingem os pólos e descondensam-se, O fuso desaparece, Carioteca e nucléolo reaparecem, 
Formação de um núcleo em cada pólo da célula com n cromossomos, mas cada um deles constituídos por duas cromátides. 
 
Intercinese: Geralmente as células –filhas passam por um curto estágio de repouso, para entrar na prófase, da segunda 
divisão. 
 
Meiose II 
Uma vez que a separação dos homólogos aconteceu na divisão I, na segunda divisão tudo se passa tempo na mitose. 
Finalidade da divisão II é apenas separar as cromátides irmãs por divisão dos centrômeros. 
Quando termina a divisão II, os cromossomos reassumem sua forma filamentosa. Dessa maneira a partir da célula 2n 
inicial, são formadas 4 células com metade do material genético da célula-mãe (n). 
 
05 
VÍRUS 
 
Seu nome, vírus, significa veneno. Estes "organismos" não estão inseridos em nenhum dos grandes reinos dos seres vivos, 
daí a necessidade de serem estudados à parte. Suas principais características são: 
1 Não possuem estruturas celulares (membrana plasmática, citoplasma, etc.). 
2. São formados basicamente por uma cápsula protéica denominada capsômero ou capsídio que contém em seu interior um 
só tipo de ácido nucléico. Alguns vírus mais complexos podem apresentar também lipídios e glicídios presos à cápsula. A 
informação genética de um vírus é seu ácido nucléico, que pode ser DNA ou RNA, nunca ambos. Todos os vírus de uma 
mesma família apresentam o mesmo tipo de ácido nucléico. Chamamos de retrovírus os vírus que possuem RNA como 
material genético. 
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3. São tão pequenos que podem penetrar no interior das células das menores bactérias que se conhecem, (100 a 1000 Å), 
portanto são visíveis somente ao M.E. 
4. Só apresentam propriedades de vida quando estão no interior de células vivas. Por isso são considerados parasitas 
celulares obrigatórios. Os vírus não tem capacidade de manifestar atividade vital fora de uma célula viva, quando o fazem 
utilizam-se dos componentes celulares e controlam o seu metabolismo. Portanto devem obrigatoriamente parasitar o meio 
interno de uma célula para fins reprodutivos. 
 
Estrutura 
A partícula viral, quando fora da célula hospedeira, é chamada de vírion. Cada espécie de vírus apresenta vírions de 
formatos diferentes. Em comum, todos os vírus contém ácidos nucléicos, RNA ou DNA, e proteínas. Os ácidos nucléicos 
trazem a informação genética do vírus codificada. Em todos os vírus, existe uma camada protéica protetora em torno do 
material genético, chamada de cápside ou capsídeo. Alguns vírus possuem também outras proteínas, que agem como 
enzimas, catalisando reações e processos necessários para o ataque do vírus às células hospedeiras. A cápside tem várias 
funções, entre elas a de proteger os ácidos nucléicosvirais da digestão feita por certas enzimas (nucleases), acoplar com 
certos sítios receptores na superfície da célula hospedeira e penetrar na sua membrana ou, em alguns casos, injetar o ácido 
nucléico infeccioso no interior da célula. Muitos vírus possuem, ainda, uma membrana lipoproteíca envolvendo o cápside; 
esta membrana é chamada de envelope. O envelope facilita a interação do vírus com a membrana citoplasmática e aumenta 
a proteção do vírus contra o sistema de defesa do organismo. 
Reprodução dos Vírus 
Para a formação de novos vírus, deve ocorrer a duplicação do ácido nucléico viral e a síntese das proteínas que formam o 
capsídeo. Os vírus dispõem de diferentes mecanismos que utilizam para utilizar as células hospedeiras, desviando o 
metabolismo celular para o seu benefício. Num ciclo lítico o vírus se fixa na superfície da célula, libera enzimas para 
enfraquecer a parede celular (no caso de vírus que atacam células bacterianas, de protozoários ou de vegetais, que possuam 
parede celular) e o material genético do vírus é inoculado dentro da célula. O material genético viral desencadeia uma 
profunda desorganização do metabolismo celular, passando a dominá-lo, fazendo com que o mecanismo de síntese de 
macromoléculas da célula seja desviado para a produção de cópias do material genético e das proteínas virais, ocorrendo a 
formação de centenas de cópias do vírus. A seguir a célula se rompe. 
No ciclo lítico ocorre lise celular, com liberação de novos vírus produzidos no interior da célula. No ciclo lisogênico o 
ácido nucléico viral associa-se ao DNA da célula hospedeira e ali permanece na forma de pró-vírus, fazendo parte do 
cromossomo celular e sendo transmitido para as células filhas durante a divisão celular. 
A forma de reprodução dos vírus dentro de uma bactéria dá-se o nome de reprodução por montagem 
 
Alguma doenças causadas por vírus 
Os vírus podem causar doenças em plantas e animais. As principais doenças causadas por vírus que atingem o homem são: 
a. Hidrofobia (Raiva): saliva introduzida pela mordida de animais infectados (o cão, por exemplo). Infecção: o vírus 
penetra pelo ferimento e instala-se no sistema nervoso. Controle: vacinação de animais domésticos e aplicação de soro e 
vacina em pessoas mordidas. Sintomas e características: febre, mal-estar, delírios, convulsões, paralisia dos músculos 
respiratórios (é doença mortal). 
b. Hepatite Infecciosa: transmissão: gotículas de muco e saliva; contaminação fecal de água e objetos. Infecção: o vírus 
instala-se no fígado onde se multiplica, destruindo células. Controle: injeção de gamaglobulina em pessoas que entram em 
contato com o doente; saneamento, cuidados com alimentos ingeridos. Sintomas e características: febre, anorexia, náuseas, 
mal-estar, icterícia (pode ser fatal). 
c. Caxumba: transmissão: contato direto; objetos contaminados; gotículas de saliva. Infecção: o vírus multiplica-se nas 
glândulas parótidas; eventualmente localiza-se em outros órgãos, como ovários e testículos. Controle: vacinação. Sintomas 
e características: parotidite (infecção das parótidas), com inchaço abaixo e em frente das orelhas (pode tornar a pessoa 
estéril se atingir os testículos ou os ovários). 
 
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06 
REINO MONERA 
 
São unicelulares e estão entre os menores seres vivos conhecidos. São formados por uma célula procarionte (desprovida 
de membrana nuclear). Por não apresentar o envoltório protetor do núcleo, o material genético (cromatina), constituído por 
uma única molécula de DNA (ácido desoxirribonucléico), encontra-se disperso no citoplasma. O material genético 
constitui-se de uma longa molécula de DNA, dobrada em forma de anel, circular, sendo chamado de nucleóide (do 
latim nucleu, caroço, amêndoa + o sufixo grego. eidos, semelhante). 
 
Não possuem organelas membranosas; na verdade, apresentam apenas ribossomos (síntese protéica) como organelas. 
Observa-se uma dobra do plasmalema (membrana plasmática) na região mediana da célula bacteriana, que forma uma 
estrutura relacionada com a respiração celular (possui enzimas respiratárias), o mesossomo (do grego mesos, meio, 
intermediário e soma, corpo). O mesossomo também sustenta o cromossomo bacteriano. A membrana plasmática é 
recoberta e protegida pela parede celular, de consistência gelatinosa. Externamente à membrana plasmática, as bactérias 
possuem a parede celular. Encontramos dois tipos básicos de parede celular: composta por várias camadas de 
proteoglicanas (proteínas associadas a carboidratos) ou composta por uma camada lipoprotéica e lipopolissacarídica, com 
uma fina camada de proteoglicanas. A parede da célula bacteriana pode ser constituída de uma substância química 
exclusiva das bactérias conhecida como mureína (ácido n-acetil murâmico). Algumas espécies de bactérias possuem, 
externamente à membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso, chamado de cápsula. É o caso dos pneumococos 
(bactérias causadoras da pneumonia). Descobriu-se que a periculosidade dessas bactérias reside na cápsula: em um 
experimento, ratos infectados com pneumococos sem cápsula tiveram a doença, porém não morreram, enquanto os com 
cápsulas causaram pneumonia letal. 
Podem viver isolados ou formar colônias. Provavelmente são os organismos mais abundantes do planeta sendo 
encontrados em praticamente todos os ambientes. Quanto a nutrição, podem ser autótrofas ou heterótrofas. As autótrofas 
podem sintetizar seu próprio alimento através da fotossíntese ou da quimiossíntese. Algumas bactérias possuem uma 
proteína, conhecida como bacterioclorofila, que capta a energia da luz para a síntese (fabricação) de glicose, são as 
bactérias fotossintetizantes: 
6 CO2 + 12 H2S + energia da luz -> C6H12O6 + 6 H2O + 12 S 
Outras bactérias obtém a energia para a síntese de glicose a partir de reações químicas, nesse caso, dizemos que são 
quimiossintetizantes: 
2 NO-2 + O2 -> 2NO-3 + energia (a bactéria oxida o nitrato e obtém energia) 
6 CO2 + 12H + energia -> C6H12O6 + 6H2O (a energia é usada na síntese da glicose) 
As heterótrofas podem ser saprófitas, simbióticas ou parasitas. 
Quanto a forma as bactérias podem ser classificadas: cocos, bacilos, espirilos e vibriões. 
Cocos - bactérias de forma arredondada. 
Bacilos - bactérias alongadas em forma de bastonetes. 
Espirilos - são bactérias espiraladas. 
Vibriões - são bactérias em forma de vírgulas. 
 
O oxigênio pode ser indispensável, letal ou inócuo para as bactérias, o que permite classificá-las em: 
Aeróbias estritas: exigem a presença de oxigênio, como as do gênero Acinetobacter.- microaerófilas: necessitam de 
baixos teores de oxigênio, como o Campylobacter jejuni. 
Facultativas: apresentam mecanismos que as capacitam a utilizar o oxigênio quando disponível, mas desenvolver-se 
também em sua ausência. Escherichia coli e várias bactérias entéricas tem esta característica. 
Anaeróbias estritas: não toleram o oxigênio. Ex.: Clostridium tetani, bactéria produtora de potente toxina que só se 
desenvolve em tecidos necrosados carentes de oxigênio. 
As bactérias têm alta capacidade de reprodução. A principal forma de reprodução é a assexuada por divisão binária, 
bipartição ou cissiparidade. Neste caso um indivíduo se divide originando dois outros idênticos. Em uma célula inicial, 
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ocorre a duplicação do material hereditário, que está ligado ao mesossomo (reentrância da membrana plasmática). A célula 
começa a crescer e os mesossomos afastam-se, levando consigo um cromossomo. Logo após, a célula se divide, dando 
origem a duas células-filhas com a mesma bagagem hereditária da célula-mãe. O processo dura aproximadamente 20 
minutos. 
 
Reproduçãosexuada: Conjugação bacteriana. Na conjugação bacteriana duas bactérias unem-se temporariamente através 
de uma ponte citoplasmática. Em uma das células, denominada "doadora" ou "macho", ocorre a duplicação de parte do 
cromossomo. Essa parte duplicada separa-se e, através da ponte citoplasmática, passa para outra célula, denominada 
"receptora" ou fêmea", unindo-se ao cromossomo dessa célula receptora. Esta ficará, então, com constituição genética 
diferente daquela das duas células iniciais. Essa bactéria "recombinante" pode apresentar divisão binária, dando origem a 
outras células iguais a ela. Como regra geral, em qualquer mecanismo de recombinação gênica nas bactérias, somente uma 
fração do cromossomo da bactéria doadora é transferida para a bactéria receptora. A fração doada corresponde a uma 
porção duplicada do cromossomo. 
 
Transformação: Griffith (pneumococos) = de pedaços de DNA de “bactéria estranha”, dispersos no meio, algum é 
incorporado, em condições especiais e a bactéria passa a exibir o fenótipo (característica) da “doadora”. Os cientistas têm 
utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia Genética, para introduzir genes de diferentes espécies em 
células bacterianas (bactérias transgênicas). 
 
Transdução: transferência de material genético de uma bactéria para outra, através de vírus bacteriófagos ou fago (= 
vetor). 
Importância das bactérias. 
Algumas bactérias podem ser úteis ao homem e são utilizadas na agricultura e na indústria (produção de iogurte, queijos, 
vinhos). 
1.Na indústria, são bastante conhecidas as bactérias do gênero Acetobacter, que oxidam o álcool etílico transformando-o 
em ácido acético; essa relação constitui a base da fabricação do vinagre. 
2. As do gênero Lactobacillus e Lactococcus promovem a conversão de lactose (açúcar do leite) em ácido láctico; o leite 
torna-se então azedo, e a redução do pH determina a precipitação de suas proteínas, com a conseqüente formação do 
“coalho”. Essas bactérias, portanto, têm participação marcante no processo de fabricação de coalhada, iogurte 
(Streptococcus thermophilus), queijo (Streptococcus spp) e “ kefir” (Streptococcus lactis). 
3. Outras bactérias de grande importância são as que produzem como produto final ácido butírico, acetona e butanol, além 
das formadoras de endósporos que são de grande valência para a indústria alimentícia e farmacêutica devido à resistência 
destes ao calor e a uma grande variedade de químicos. 4. Na indústria farmacêutica, bactérias do gênero Bacillus são 
utilizadas na produção de antibióticos, tirotricina e a bacitracina. 
5. O processo de Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN) possibilitou que se reduzisse, na última safra, o uso de 
fertilizantes nitrogenados nas lavouras brasileiras, resultando numa economia de U$ 1,5 bilhão. Essa tecnologia consiste 
na associação de bactérias da família Rhizobiacea com plantas da família Leguminosae (soja e feijão, por exemplo), 
formando nódulos nas suas raízes. Dentro desses nódulos, pela ação da enzima nitrogenase, essas bactérias são capazes de 
quebrar a tripla ligação que une os dois átomos de nitrogênio atmosférico (N2), transformando-o em amônia e, 
posteriormente, em nitratos. Se o mutualismo for eficiente, o N sintetizado nos nódulos pode suprir todas as necessidades 
da planta, dispensando o uso de fertilizantes nitrogenados. A fixação do nitrogênio (transformação de nitrogênio gasoso - 
N2 em amônia - NH4) é exclusiva das bactérias dos gêneros Rhizobium e Bradirhizobium e é a única fonte de nitrogênio 
absorvível para todos os outros seres vivos. Todos os organismos vivos têm necessidade de nitrogênio para formação de 
componentes de biomoléculas, como a moléculas de DNA e proteínas. 
 
Pesquisas da Embrapa são orientadas para identificar um tipo dessa bactéria capaz de processar a FBN em níveis 
eficientes sob as condições de estresse do ambiente inclusive semi-árido, com seu clima quente e seco. Estas bactérias 
podem aumentar a produção de feijão inclusive em áreas secas do nordeste . 
 
6. As bactérias, como inseticidas biológicos, são também utilizadas no combate a espécies nocivas à agricultura. Um 
exemplo é o Bacillus thuringensis, que infesta somente a larva de determinados insetos (parasita específico a organismos 
de pH alto). Essa bactéria produz cristais protéicos que se dissolvem no intestino da larva; a proteína dissolvida promove a 
ruptura da parede intestinal, permitindo a invasão dos tecidos por parte das bactérias, o que provoca a morte da larva. 
7. São também muito importantes ao meio ambiente na decomposição de matéria orgânica, garantindo a reciclagem da 
matéria, pois desdobram restos de animais e plantas. Os ciclos biogeoquímicos representam o movimento e a conversão da 
matéria por atividades bioquímicas dentro da ecosfera e são responsáveis pelo equilíbrio dinâmico entre as várias formas 
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de matéria ciclada; isto garante a trajetória circular da matéria e sua contínua reutilização. Este equilíbrio é fundamental 
para a diversidade fisiológica dos seres vivos. 
Algumas doenças Causadas por Bactérias 
Anthrax, Antraz ou Carbúnculo :O Bacillus anthracis é uma bactéria que causa uma doença mortal. Ela costuma 
infectar o gado e pode permanecer no solo por muitos anos. Os seres humanos podem ser contaminados ao manusear 
produtos de origem animal infectados , inalar os esporos ou ingerir produtos de origem animal contaminados . A 
transmissão ou contágio pessoa-pessoa não é provável . A pessoa afetada tem sintomas parecidos com os da gripe, os quais 
evoluem freqüentemente para problemas respiratórios e pode levar a morte em um ou dois dias (de 80 a 90% dos casos são 
fatais). Em francês a doença causada pelo Bacillus anthracis é denominada charbon, sendo o nome anthrax utilizado para 
os casos de furunculose multifocal. Nos países anglofônicos, pelo contrário, a furunculose multifocal é dita carbuncle, 
muitos dicionários ingleses aceitam anthrax e carbuncle como nomes aplicáveis igualmente às duas doenças. No Brasil, a 
palavra "carbúnculo" tem sido usada por muitos autores para designar a furunculose multifocal devida ao Staphylococcus 
aureus. Por inalação, forma respiratória (doença dos cortadores de lã), desencadeia uma pneumonia extensa que evolui 
para septicemia e morte. A forma gastrointestinal, por consumo de carne contaminada, é caracterizada por uma aguda 
inflamação do trato intestinal, com náuseas, perda do apetite, febre,vômitos com sangue, severa diarréia e dor abdominal e 
morte de 25 a 60% dos casos. A forma meningo-encefálica, muito rara, também tem evolução para o óbito. 
Tuberculose: é causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, ataca geralmente os pulmões. Há tosse persistente, 
emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise. O tratamento é feito com antibióticos e as medidas 
preventivas incluem vacinação das crianças - a vacina é a BCG (Bacilo de Calmet-Guérin) - radiografias e melhorias 
dos padrões de vida das populações mas pobres. 
Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), causa lesões na pele, nas mucosas e nos 
nervos. O doente fica com falta de sensibilidade na pele. Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total. 
Difteria (crupe): muitas vezes fatal, é causada pelo bacilo diftérico, atacando principalmente crianças. Produz uma 
membrana na garganta acompanhada de dor e febre, dificuldade de falar e engolir. O tratamento deve ser feito o mais 
rápido possível. A vacina antidiftérica está associada à antitetânica e à antipertussis (essa última preventiva contra a 
coqueluche) na forma de vacina tríplice. 
 
07 
REINO FUNGI 
 
Os fungos são um grande grupo de organismos que vivem como parasitas, alimentando-se de outros organismos vivos, 
ou como saprófitas, alimentando-se de matéria morta.Nesta última forma, juntamente com os seus parentes próximos, as 
bactérias, são muito importantes na decomposição da matéria orgânica formando compostos mais simples, inorgânicos; de 
outro modo, o mundo ficaria coberto com os restos de animais e plantas mortas que não seriam reciclados. Alguns anos 
atrás, os cientistas consideravam os fungos como plantas não verdes dentro do Reino Vegetal. Entretanto, apresentam uma 
parede celular rica em quitina, substância presente no exoesqueleto dos artrópodos, e acumulam glicogênio como 
substância de reserva, duas características típicamente animais. Atualmente este grupo é classificado num Reino separado, 
o Reino Fungi. 
Os fungos não possuem o pigmento clorofila necessária à fotossíntese. O corpo do fungo consiste em delicadas estruturas 
filamentosas chamadas hifas, as quais, quando em conjunto compacto, se dá o nome de micélio. Alguns fungos não 
produzem um micélio e consistem numa única célula (leveduras) ou grupos de células. 
Os fungos podem-se reproduzir assexuadamente a partir de fragmentos do micélio ou através de estruturas microscópicas 
chamadas esporos, cuja função é equivalente à das sementes nas plantas superiores. Existem várias maneiras para que os 
esporos sejam libertados para o exterior quando atingem a maturidade; devido ao seu tamanho ser muito pequeno, eles são 
facilmente transportados por correntes de ar. O seu tamanho, forma e ornamentação são extremamente variadas e estão 
certamente relacionados com o seu método de distribuição. Os fungos também podem reproduzir-se sexuadamente 
através da formação de células sexuais especiais chamadas gametas. Nos fungos inferiores, os esporos e gametas possuem 
freqüentemente flagelos, o que lhes permite deslocar-se dentro de água; neste aspecto assemelham-se às algas, das quais se 
pensa terem sido originados. Os esporos e a maneira como estes são formados são usados como a base principal para a 
classificação dos fungos. 
 
Distinguimos dois filos no reino Fungo: Eumycota (fungos verdadeiros) e Mixomycota (fungos gelatinosos), hoje 
incluídos no Reino Protista ou Protoctista. 
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O filo Eumycota apresenta maior variedade de espécies, aproximadamente 100 mil, distribuídas em quatro classes: 
Phycomycetes (ficomicetos), Ascomycetes (ascomicetos), Basidiomycetes (basidiomicetos) e Deuteromycetes 
(deuteromicetos). 
 
Filo Eumycota 
 
Phycomycetes 
Exemplares típicos: Rhizopus spp.; Mucor spp (Bolor negro do pão). Usualmente saprófitos. Corpo tipicamente miceliano, 
sem septos, e haplóide. Parede celular com quitina + citosanas. Talo geralmente sifonado. Têm o talo unicelular nas 
formas mais primitivas, formado de filamentos (chamados hifas) tubulares, multinucleados, não septados, ramificados, nas 
mais adiantadas. Guardam analogia com as algas verdes com respeito á estrutura e a sua reprodução. A esta classe 
pertencem os mofos, como o mofo pão e outros que atacam os tecidos em ambiente úmido. São saprófitos. Alguns são 
parasitas de plantas. Os mofos produzem tal quantidade de esporos, que sempre existem alguns deles no ar. Como 
exemplos de ficomicetes, pode-se citar: Plasmodiophora brassicae, causador da "hérnia da couve"; Rhizopus nigricans, o 
mofo preto do pão; Saprolegnia, que é um gênero de ficomicetes aquáticos vivendo sobre detritos e peixes; e Empusa 
muscae, que prolifera sobre as moscas, matando-as à maneira de uma epidemia. A importância desse grupo advém de seu 
significado econômico, porquanto atacam especialmente, plantas e animais (peixes), causando perda de alimentos e 
desperdício de esforços. Exemplo significativo da obra destruidora destes fungos é a doença denominada "podridão" ou 
"míldio da batateira", causadora da destruição das plantações de batata na Irlanda, em 1845-46, que matou de fome 
milhares de pessoas. O agente ocasionador deste míldio é o ficomicete Phytophtora infestans, que passa o inverno nos 
tubérculos doentes e desenvolve-se na primavera, matando os jovens. Contribuem, por outro lado, de modo benéfico para 
os processos de mineralização da matéria orgânica que restituem aos solos substâncias molecularmente pouco complicadas 
e que ajudam a conservar-lhes a fertilidade. Produzem esporos sempre imóveis em número indefinido. A reprodução 
assexuada é assegurada pela diferenciação de esporângios pedunculados. Os esporângios são esféricos e suportados por 
hifas eretas ou esporangióforos. A porção central do esporângio torna-se altamente vacuolizada, constituindo a columela. 
A zona periférica é a zona do esporângio que suporta os esporos. No interior do esporângio o citoplasma fragmenta-se em 
porções em regra plurinucleadas, os esporos. Quando os esporos atingem a maturidade dá-se a ruptura da parede do 
esporângio e a libertação dos esporos. 
A reprodução sexuada é assegurada por pares de filamentos sexuais de sexos opostos. Quando as hifas de sexos opostos + 
e - entram em contato há dilatação das suas extremidades, diferenciando-se os progametângios. Seguidamente há a 
formação de um septo perto da extremidade do progametângio separando-se duas células: o gametângio terminal e o 
suspensor. Quando os gametângios entram em contato, as paredes dissolvem-se e os conteúdos plurinucleares dos 
gametângios fundem-se num zigoto por cistogamia. Inicialmente, o zigoto fica com pares de núcleos de sexos opostos. Os 
núcleos que não emparelham degeneram. Os núcleos emparelhados fundem-se por cistogamia mas a seguir todos os 
núcleos diplóides degeneram à exceção de um que depois se divide no momento da germinação, por meiose, degenerando 
3 dos 4 núcleos resultantes. Entretanto, a nova célula resultante da cistogamia aumenta de tamanho, aumenta a espessura 
da parede e esta torna-se ornamentada. A esta célula dá-se o nome de zigósporo. A germinação do zigósporo ocorre 
quando as condições se tornam favoráveis e processa-se em regra por diferenciação de um tubo germinativo com aspecto 
de hifa, formando um esporângio pediculado no qual se formam esporos haplóides que germinam num novo gametófito 
haplóide. 
 
Deuteromycetes 
Exemplares: Aspergillus spp.; Penicilium spp. Estes Fungos, também chamados Fungos Imperfeitos, não possuem (porque 
não se conhece) reprodução sexuada. A sua única forma de se reproduzirem é a forma assexuada (produção de esporos 
exógenos). 
Algumas das espécies pertencentes a esta sub-divisão têm uma grande importância a nível da indústria da produção do 
vinagre (Aspergillus nigra) e na indústria farmacêutica, na produção de antibióticos (Penicilium notatum e P. 
crysogenum). 
Esporângios de um Penicilium. O gênero Penicillium (fungo azul-verde) é utilizado na manufatura de queijos, na produção 
de antibióticos, e na produção de enzimas. 
 
Ascomycetes 
Exemplares típicos: Peziza spp.; Talaromyces spp.; Sordaria spp. Não produzem zoóides. Geralmente filamentosos (são 
exceção as leveduras). Hifas septadas com septos perfurados. Células uni ou multinucleadas. Parede celular quitinoso-
péctica sem celulose. Reprodução assexuada geralmente por conídios enquanto que a sexuada envolve a formação de 
ascos. 
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A gamia destes fungos origina em regra um aparelho esporífero (ascocarpo) no qual se formam esporos em número 
definido (4-8). Este aparelho esporífero designa-se de ascocarpo e é produtor de ascósporos (esporos endógenos). Os 
ascósporos são produzidos por meiose no interior de um esporângio especial, o asco. Neste o núcleo divide-se por 
meiose seguida de mitoses. A conjugação é, nas formas mais evoluídas, uma tricogamia ou somatogamia. Na tricogamia o 
ascogônio (em regra plurinucleado) é fecundado pelos núcleos masculinos do anterídeo. Os núcleosmasculinos e 
femininos emparelham não havendo cariogamia (só plasmogamia ) e constituem o dicarion. A partir do ascogônio 
fecundado desenvolvem-se hifas constituídas por células providas de um dicarion; são as hifas dicarióticas ou ascogênicas 
(cujo crescimento resulta de divisões simultâneas e conjugadas dos dicarions), visto que é na sua extremidade que se vão 
diferenciar os ascos. Assim, nas células terminais das hifas dicarióticas os núcleos fundem-se e essa célula é a célula mãe 
dos ascos que aumenta de tamanho, alongando-se. À cariogamia segue-se a meiose seguida de mitose. Formam-se 8 
núcleos que ficam rodeados por uma porção de citoplasma que depois segregam uma parede, não havendo formação de 
septos, e formam-se assim 8 ascósporos haplóides. Os ascos são geralmente formados em aparelhos esporíferos ou corpos 
frutíferos chamados de ascocarpos que podem tomar formas diversas: apotécio, com forma de taça (Peziza), cleistotécio, 
fechado e esférico (Talaromyces) e peritécio, com forma de frasco (Sordaria). 
 
Basidiomycetes 
Não produzem zoóides. Diferenciam um tipo especial de esporos (basidiósporos) que são meióticos ou sexuados e de 
natureza externa. Micélio septado, podendo passar por três fases. Os fungos deste grupo incluem os cogumelos (Homo) e 
as ferrugens (Hetero). 
Sub-Classe Homobasidiomycetidae - Exemplar típico: 
Agaricus spp. 
Produzem basidiocarpos. Quase todos os fungos comestíveis conhecidos e também inúmeros fungos venenosos pertencem 
a essa subclasse. Entre os primeiros, podemos citar o tão apreciado champignon (Agaricus sp.) e o parasol (Macrolepiota 
procera), entre os venenosos as espécies de Amanita ou Inocybe patoullardi. Psilocybe mexicana produz os alucinógenos 
psilocibina e psilocina, usados em rituais religiosos indígenas. Além destes, as orelhas-de-pau, muitos fungos de micorriza 
(associados a raízes) e importantes fungos de madeira, muitos dos quais causam enormes prejuízos econômicos. Basídios 
sem septos em forma de clava. Produzem 4 basidiósporos sobre projeções do basidio (os esterigmas). O talo é um micélio 
constituído por células uninucleadas (micélio primário ou unicariótico) que constitui a geração gametofítica com um 
desenvolvimento reduzido. Este micélio pode multiplicar-se por formação de conídios ou oídios. 
A reprodução sexuada ocorre por somatogamia ou espermatização e assim se formam células com um par de núcleos de 
sexos opostos (dicarion). A partir destes e por divisões conjugadas dos núcleos do dicarion diferenciam-se as hifas 
dicarióticas que constituem o micélio secundário que corresponde à geração esporofítica pois irá produzir os basídios com 
basidiósporos. Esta geração é muito mais desenvolvida que a gametofítica e todo o corpo frutífero (basidiocarpo) é 
constituído por hifas dicarióticas. Durante a divisão das células do micélio secundário ocorre a diferenciação de ansas de 
anastomose. Uma célula prestes a dividir-se emite uma curta saliência lateral encurvada para a base. Um dos núcleos 
migra para essa saliência e o outro mantém-se na célula inicial. Dividem-se simultaneamente. Um dos núcleos fica na 
saliência e isola-se por um septo. Diferencia-se outro com 2 núcleos de sexos opostos. Por fusão das 2 células 
uninucleadas, o núcleo que estava na saliência migra para a célula subterminal que fica binucleada. O micélio secundário 
ou dicariótico irá produzir o corpo frutífero ou basidiocarpo em regra macroscópico (micélio terciário). Neste, e na 
extremidade de algumas hifas dicarióticas diferenciam-se os basídios. 
A célula terminal da hifa aumenta de tamanho e os 2 núcleos fundem-se. O núcleo diplóide resultante migra para a 
extremidade do basidio. Aí divide-se por meiose. No ápice do basidio desenvolvem-se 4 finas ramificações, os 
esterigmas. Estes dilatam-se na extremidade e cada núcleo haplóide migra para cada uma dessas dilatações. Forma-se 
depois um septo na sua base e a célula assim formada é um basidiósporo. Este germina num micélio primário. Os 
basídios, em regra, dispõem-se em paliçada constituindo o himênio. 
O grupo tem grande importância econômica. Os basidiomicetes superiores se separam em dois grupos; de um lado os 
himenomicetes, com membrana esporófora exposta, e de outro os gasteromicetes, com membrana esporófora inclusa. 
Entre os primeiros estão os mais importantes fungos comestíveis e venenosos conhecidos. Também aí figuram os fungos 
destruidores de madeira. Psalliota campestris é o cogumelo de campo, ou cogumelo cultivado (champignon do comércio). 
Entre os venenosos ou repugnantes ao paladar podem ser citados Amanita phalloides, o mais tóxico de todos, capaz de 
causar acidentes mortais, Russula emetica, de sabor picante, os Dictyophora, de cheiro e gosto desagradáveis. 
Sub-Classe Heterobasidiomycetidae - Exemplar típico: Puccinia spp. Basidios septados. 
Compreende espécies causadoras de sérias doenças em plantas cultivadas, como sejam as ferrugens e os carvões. 
Ustilago maydis produz o carvão do milho. Puccinia graminis é a ferrugem do trigo. 
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Muitos não formam basidiocarpos (produzem esporos em grupos - os soros). Ciclos de vida complexos envolvendo 
freqüentemente mais do que um hospedeiro (no caso dos parasitas) e a produção de diversos tipos especializados de 
esporos. 
A "ferrugem" do trigo, uma linhagem de Puccinia graminis, cresce parasiticamente nas folhas e caules do trigo (outras 
linhagens ocorrem em outros cereais), absorvendo materiais do protoplasma do hospedeiro. Na maturidade, as hifas de P. 
graminis irrompem em lesões localizadas nas folhas e caules do hospedeiro, produzindo um grande número de esporos 
ferrugíneos (uredósporos) que repetem o ciclo, infectando assim muitas novas plantas. Pelo menos quatro tipos adicionais 
de células reprodutoras são produzidos no ciclo de vida deste fungo. 
Alguns Fungos produzem substâncias tóxicas e alucinógenos. 
 
08 
REINO PLANTAE 
 
Na classificação que estamos utilizando, baseada nos três domínios (Eukarya, Bacteria e Archaea), as algas eucariontes, 
tanto unicelulares quanto pluricelulares, foram incluídas no reino Protoctista. 
Os organismos classificados no Reino Plantae têm as seguintes características: organismos eucariontes, multicelulares, 
autótrofos, que realizam fotossíntese. Para a conquista do meio terrestre o reino Plantae especializou diferentes partes do 
corpo à realização de funções determinadas e um dos passos evolutivos mais importantes foi o surgimento dos vasos de 
condução, o xilema para o transporte da seiva bruta e o floema para o transporte da seiva elaborada, nas 
Pteridófitas, e depois nas demais traqueófitas, as Fanerógamas, divididas em Gimnospermas e Angiospermas. Por isto, 
um dos critérios utilizados para classificar os Metáfitas (plantas) refere-se ao sistema de transporte de líquidos dentro do 
corpo. Segundo esse critério, destacam-se as Briófitas, pequenas plantas sem vasos condutores por isso chamadas de 
avasculares. Em oposição, todas as outras plantas terrestres são chamadas traqueófitas ou vasculares (dotadas de vasos 
condutores). 
 
Todos os Metáfitas (:vegetais) se reproduzem sexuadamente e assexuadamente, numa alternância de gerações. 
 
O ciclo de gerações alternantes vai diferir, de um grupo para outro, quanto ao tamanho, tempo de vida e autonomia das 
fases gametofítica e esporofítica. A fase gametofítica (haplóide e sexuada) predomina, é o vegetal visível, nas plantas 
avasculares. A fase esporofítica (diplóide e assexuada) é o vegetal que vemos nas plantas vasculares. Assim, a árvore que 
vemos é um esporófito. 
 
Briófitas são vegetais, na maioria terrestres, apresentando características que as separam das algas e das plantas 
vasculares. Seus gametófitos são pluricelulares, com uma camada estéril (epiderme) que protege as células sexuais da 
dessecação, sendo esta uma adaptaçãoà vida no ambiente terrestre. Com a briófitas (Bryophyta) – hepáticas, antóceros e 
musgos – vemos a importante passagem evolutiva da água para o ambiente terrestre. Nessa passagem surgiu a solução para 
uma variedade de problemas – o mais crucial dos quais foi como evitar a dessecação. Os gametas das briófitas são 
encerrados em estruturas protetoras multicelulares – um anterídio envolve os anterozóides (gametas masculinos) e um 
arquegônio envolve a oosfera (gameta feminino). Mas um vestígio de seus ancestrais aquáticos (algas) persiste, no 
sentido de que o anterozóide ainda precisa nadar num meio aquoso para alcançar a oosfera. O vegetal mais visível 
corresponde ao gametófito haplóide (n), sendo que o esporófito diplóide (2n) cresce sobre este e tem vida efêmera. São 
vegetais relativamente pequenos, com alguns representantes em águas doces. Crescem em uma variedade de substratos, 
naturais ou artificiais, sob diversas condições microclimáticas. Abrigam vasta comunidade biótica, como pequenos 
animais, algas, fungos, mixomicetos, cianobactérias e protozoários. Propiciam condições, em muitos ambientes, para o 
desenvolvimento de plantas vasculares devido à capacidade de reter umidade. 
 
Características básicas: 
• Possuem clorofila a e b; 
• Possuem amido como polissacarídeo de reserva; 
• As células possuem parede (composta por celulose); 
• Presença de cutícula; 
• O esporófito parcial ou completamente dependente do gametófito; o gametófito dos musgos é fixado ao substrato pelos 
rizóides, estruturas análogas das raízes das plantas superiores. Os rizóides são conectados aos filóides (pequenas "folhas" 
dispostas em espiral) pelo caulóide, estrutura semelhante ao caule de uma planta vascular. Apesar de não possuírem tecido 
condutor, alguns musgos têm no interior do caulóide um canal semelhante a uma veia, que auxilia no transporte de 
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nutrientes. 
• Esporófito não ramificado, com um único esporângio terminal; 
• Gametângio e esporângios envolvidos por camada de células estéreis. 
• Rizóides, que apenas têm a função de aderência ao substrato, pois a absorção de água e sais minerais ocorre diretamente 
através das células aéreas. Este fato é explicado pela ausência de verdadeiros vasos condutores de água e açúcares nos 
musgos; 
 
• Caulóide que consiste numa epiderme, parênquima e uma zona central com células alongadas, mas sem espessamentos, 
com função de ajudar no transporte de água e nutrientes. A falta de células espessadas no caulóide é outro dos motivos 
porque os musgos não atingem grandes tamanhos; 
• Filóides fotossintéticos, com apenas uma célula de espessura, com exceção da “nervura” central – costa - que é um pouco 
mais espessa. Os primeiros filóides que se formam são sobrepostos, mas os seguintes formam uma espiral, em torno do 
caulóide. Nas partes aéreas, os musgos podem apresentar estomas. 
 
Ocorrência: As briófitas são características de ambientes terrestres úmidos, embora algumas apresentem adaptações que 
permitem a ocupação dos mais variados tipos de ambientes, resistindo tanto à imersão, em ambientes totalmente aquáticos, 
como a desidratação quando atuam como sucessores primários na colonização, por exemplo de rochas nuas ou mesmo ao 
congelamento em regiões polares. Apresentam-se, entretanto, sempre dependentes da água, ao menos para o deslocamento 
do anterozóide flagelado até a oosfera. Esta Divisão não possui representante marinho. 
 
Morfologia: As briófitas apresentam alternância de gerações entre gametófito ramificado, fotossintetizante e independente 
e esporófito não ramificado e ao menos parcialmente dependente do gametófito. A partir da meiose ocorrida em estruturas 
especiais do esporófito surgem os esporos que ao germinarem originam os gametófitos. Os esporos podem originar 
diretamente a planta que produzirá as estruturas reprodutivas, normalmente eretas ou originar primeiro uma fase 
filamentosa, com filamento unisseriado, ramificado, com paredes transversais oblíquas ao eixo longitudinal (protonema), 
que dará origem a parte ereta. Os gametófitos podem ser divididos em rizóides, filóides e caulóides. Os mais simples não 
apresentam diferenciação entre filóides e caulóide e geralmente são prostrados, sendo denominados talosos, enquanto 
aqueles onde se distinguem essas estruturas, normalmente eretas, são denominados folhosos. No ápice dos gametófitos 
surgem estruturas de reprodução características, denominados arquegônios, onde se diferencia o gameta feminino (oosfera) 
e anterídios, onde se diferenciam os gametas masculinos (anterozóides). Nas briófitas o zigoto germina sobre a planta mãe 
e o esporófito resultante permanece ligado a ela durante toda a sua vida, apresentando dependência parcial ou total. Os 
Esporófitos nunca são ramificados e apresenta diferentes graus de complexidade segundo o grupo a que pertencem, 
podendo ser divididos em pé, seta e cápsula. O pé apresenta-se imerso no tecido do gametófito e é responsável pela 
absorção de substâncias. Sustentado pela seta encontra-se o esporângio terminal, denominado cápsula, apresentando um 
envoltório de tecido externo com função de proteção, sendo os esporos diferenciados por meiose a partir de camadas 
internas (tecido esporógeno). Em certos casos, quando a cápsula apresenta deiscência transversal, observa-se um opérculo 
que se destaca para permitir a passagem dos esporos. A cápsula pode estar parcial ou totalmente coberta pela caliptra que 
é formada por restos do tecido do arquegônio transportados durante o desenvolvimento do esporófito, e fornece uma 
proteção adicional. O esporófito, embora sempre dependente do gametófito pode, em certas classes de Bryophyta 
(Anthocerotae e Musci), realizar fotossíntese, ao menos durante o início do seu desenvolvimento. O pé apresenta-se imerso 
no tecido do gametófito e é responsável pela absorção de substâncias. 
 
Ciclo de vida de um musgo: No gametófito masculino há gametângios masculinos haplóides chamados anterídios onde 
são produzidos, por mitose, os anterozóides (gametas haplóides). No gametófito feminino há gametângios femininos 
haplóides chamados arquegônios onde são produzidos, por mitose, as oosferas (gametas haplóides). - Os anterozóides 
nadam até à oosfera que fica no interior do arquegônio (os anterozóides deixam o gametófito masculino e são transferidos 
ao feminino pela água da chuva ou orvalho). - Da fecundação, isto é, união entre um anterozóide (n) e uma oosfera (n), 
surge um zigoto (2n) - O zigoto (2n) evolui para um embrião (2n) que se desenvolve e origina o esporófito (2n). - O 
esporófito é constituído por um pé (2n) ou base ou haustório; uma haste (2n) ou seta e uma cápsula ou esporângio (2n) 
recoberto por uma tampa chamada opérculo. Sobre a cápsula há uma caliptra (n) que fazia parte do arquegônio(n). - No 
interior da cápsula há células-mãe-de-esporos que, por meiose (R!), originam esporos (n) os quais serão posteriormente 
libertados para o ambiente (a caliptra e o opérculo caem permitindo que os esporos saiam da cápsula). - Cada esporo que 
germina forma um protonema, o qual emite ramificações no solo; surgem rizóides e outras ramificações que formam 
novos gametófitos de mesmo sexo e constituição genética . Assim, um determinado esporo forma um protonema que 
produz apenas gametófitos masculinos e outro esporo forma um protonema que origina somente gametófitos femininos. 
Com isso, o ciclo de vida dos musgos se fecha. 
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Reprodução: As briófitas podem apresentar três tipos de reprodução: 
1. Gamética: em condições adequadas de umidade, os anterozóides pequenos e biflagelados são liberados pelo 
rompimento da parede doanterídio, enquanto as células do canal do arquegônio rompem-se, liberando um fluido que 
direciona os anterozóides até a oosfera, havendo então a fecundação; 
2. Espórica: a liberação dos esporos ocorre através de movimentos higroscópicos dos dentes do peristômio. Esses 
movimentos são devidos a variação da umidade do ar; 
3. Vegetativa: é subdividida em 4 formas de reprodução: 
• Fragmentação: desenvolvimento de fragmentos do talo em outro indivíduo. 
• Gemas (ou propágulos): estruturas especialmente diferenciadas, com forma definida, que darão origem a um novo 
indivíduo. As gemas são produzidas dentro de estruturas em forma de taça denominadas conceptáculos. 
• Aposporia: desenvolvimento do esporófito em gametófito sem que ocorra meiose. Normalmente ocorre a partir de um 
fragmento da seta cuja regeneração origina um gametófito. Pode resultar na formação de organismos poliplóides. 
• Apogamia: desenvolvimento do gametófito em esporófito sem que haja fecundação. Pode ocorrer não apenas a partir de 
gametas, mas também de filídios ou do próprio protonema. 
 
Classificação: Na Antigüidade, o termo "muscus" era utilizado por estudiosos gregos e romanos englobando, além das 
briófitas propriamente ditas, os liquens e algumas algas, plantas vasculares e mesmo invertebrados. Embora na Renascença 
alguns autores tenham estudado gêneros de interesse médico, Dillenius (1741) em sua obra "Historia Muscarum" foi o 
primeiro autor a estudar esses organismos de forma mais compreensiva. No entanto, o trabalho interpreta erroneamente a 
cápsula (esporângio) como antera e os esporos como grãos de pólen. Em função disso, Linnaeus (1753) em "Species 
Plantarum" classifica as briófitas como próximas a angiospermas. A interpretação correta das estruturas encontradas 
nesses vegetais, não apenas referentes ao esporófito, mas também ao ciclo de vida, a função de anterídios e arquegônios 
foi dada por Hedwig (1801), permitindo o estabelecimento de bases mais corretas para sua classificação. Atualmente 
briófitas são separadas pela maioria dos autores em 3 classes, Hepaticae, Anthocerotae e Musci (Schofield, 1985). Outros 
autores tratam essas 3 classes como Divisões. 
 
•Classe Hepaticae: é composta por aproximadamente 10.000 espécies distribuídas em 3.000 gêneros. "Hepaticae" significa 
“semelhante a um fígado", nome escolhido por causa da forma de fígado do gametófito de certas espécies. 
 
•Classe Anthocerotae: anthos (do grego, significa flor); constituída por apenas quatro gêneros e 300 espécies. O gametófito 
dos antóceros é taloso, pequeno (normalmente 1 a 2 centímetros de comprimento). O esporófito dos antóceros é duradouro 
e cresce constantemente durante a vida da planta, ocorrência exclusiva a esta classe de plantas. Isto ocorre devido a um 
grupo de células próximas a base que nunca param de se multiplicar. Nenhum outro tipo de planta possui esta 
característica. 
 
•Classe Musci: muscus (do latim, significa musgo); é constituída por cerca de 700 gêneros e 14.000 espécies. A classe 
Musci (musgos) é a maior classe de briófitas. Metade das espécies de musgos são monóicas, ou seja, possuem ambas as 
estruturas sexuais na mesma planta. As da outra metade são dióicas (um tipo de estrutura em cada planta). Como as outras 
plantas realizam fotossíntese, produzindo matéria orgânica e oxigênio. Muitas briófitas apresentam importância ecológica 
pois pelo entrelaçamento dos rizóides retém a terra, ajudando a evitar o desbarrancamento de encostas. Existem espécies 
de musgos que formam as turfeiras; solos misturados às turfas tendem a ser mais úmidos, pois os musgos de turfa têm 
grande capacidade de absorver água do meio. Em determinados locais, a turfa seca é utilizada como combustível. As 
briófitas produzem várias substâncias biologicamente ativas, inclusive podendo ser usadas como fontes de antibióticos. 
Servem, portanto, para controlar a erosão do solo, conter inundações, indicar a presença de poluentes e de depósitos 
minerais. Têm sido utilizadas como indicadores de poluição atmosférica e aquática e da qualidade do solo em florestas. 
Podem ser usadas com fins medicinais, em decorações, como aditivo do solo e meio de cultura para orquídeas, como 
embalagem. Um outro emprego é na alimentação para mamíferos, pássaros e peixes. 
 
São os primeiros vegetais que apresentaram vasos de condução (traqueófitas). A palavra pteridófita origina-se do 
grego pteris, “dedo", phyton, "planta", e é utilizada para designar plantas com raiz, caule e folhas (cormófitos), vasculares, 
com xilema e floema, sem flores e sementes (criptógamos), que se reproduzem por alternância de gerações. Os primeiros 
representantes das pteridófitas se originaram já no Devoniano e foram as primeiras plantas a conquistarem o ambiente 
terrestre, no período Siluriano (há aproximadamente 420 milhões de anos). Há 300 milhões de anos, uma caminhada 
através de uma floresta, revelaria uma variedade grande de "árvores", que não eram coníferas ou as plantas com flores de 
hoje. Destacavam-se entre as árvores daquele tempo as Sphenophytas, identificadas por seus troncos retos com folhas 
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arranjadas de modo regular. Algumas esfenófitas paleozóicas cresceram até trinta metros de altura. Hoje, as esfenófitas 
consistem em um único gênero, Equisetum, com as aproximadamente trinta espécies vivas conhecidas. O Equisetum é 
conhecido como cavalinha. Algumas destas plantas são consideradas hoje ervas daninhas e outras são tóxicas. Elas 
dominaram os ecossistemas da Terra até o final do período Carbonífero, durante o qual as maiores espécies formavam 
florestas imensas. 
As pteridófitas fossilizadas formaram o carvão mineral, até hoje utilizado como combustível e importante fonte de 
hidrocarbonetos. As pteridófitas (samambaias e plantas afins) constituem hoje um grupo de plantas relativamente 
importantes, estimando-se o total de espécies no mundo como sendo 9.000 (há quem estime 10.000 a 12.000 espécies), das 
quais cerca de 3.250 ocorrem nas Américas. Destas, cerca de 30% podem ser encontradas no território brasileiro. 
Possuem alternância de gerações obrigatória onde, ao contrário das Briófitas, a fase perene e mais desenvolvida é o 
esporófito, formado por raízes, caules e folhas; a fase gametofítica (protalo) é pequena e tem vida curta. A fecundação 
ocorre sempre com a participação da água. O protalo é uma estrutura, geralmente pequena, verde e em forma de lâmina 
vivendo acima do solo. 
O protalo, alguns casos, pode ser saprófito e ser encontrado dentro do solo, sendo neste caso incolor. Não importando sua 
forma ele tem um período de vida curto não ultrapassando algumas semanas (em situações especiais caso não haja a 
fecundação o protalo pode viver durante anos). 
 
As pteridófitas são encontradas nos mais variados ambientes desde ambientes desérticos até ambientes aquáticos, podendo 
ser, também, epífitas. Seu tamanho pode variar bastante podendo ser pequenas como a aquática Salvinia até espécies 
arborescentes como a samambaiaçu, Cyathea, com mais de 5m. Seus representantes atuais mais relevantes se encontram 
nas seguintes classes: Lycopsida (licopodium e selaginela), Equisetaceae (composta apenas pelo gênero Equisetum), e 
Filicatae ou Filicíneas (fetos arborescentes, salvinia, samambaias). Apresentam diferenciação em raiz, caule e folhas 
(cormófitos). Organização do corpo da planta em sistemas de revestimento, vascular e fundamental; presença de epiderme 
revestida por cutícula, tricomas, escamas e presença de estômatos. Têm tecidos condutores para o transporte de água e 
substâncias minerais e orgânicas, pelo que se denominam plantas vasculares. O corpo da planta é na sua maior parte 
constituído pela geração esporofítica (2n). 
A classe Filicinae é composta por aproximadamente 12000 espécies. Estes vegetais, conhecidos como samambaias,fetos e 
xaxim, podem apresentar várias formas e tamanhos, e são conhecidas pelo esporófito visível que utilizamos em decoração 
ou para fazermos vasos para o plantio de outros vegetais; o gametófito tem menos de um milímetro e não é conhecido pela 
população em geral. 
 
As raízes se formam na porção inferior de um caule aéreo ou na superfície inferior do rizoma, caule subterrâneo paralelo 
ao solo; as folhas (megáfilos) compostas são chamadas de fronde (a) e apresentam pecíolo e limbo, que pode ser inteiro 
ou pinado, geralmente dividido em folíolos, em cujo dorso encontraremos os soros, que são conjuntos de esporângios. 
As frondes jovens são chamadas de báculos e expandem - se por desenrolamento; as folhas de samambaia são recurvadas 
nas pontas pois a parte de fora cresce mais rápido que a de dentro. Este aspecto é mais pronunciado nas folhas jovens, o 
que sugeriu o nome de báculo, por lembrar o cajado dos bispos. 
 
Nos esporângios, por meiose espórica, formam-se os esporos (n). Os esporos caem diretamente no chão úmido, onde se 
desenvolvem. Algumas espécies de samambaias produzem esporos com formações aladas denominadas elatérios, que 
permitem a disseminação pelo vento. Estes, em condições normais, germinam e desenvolvem-se formando o protalo (n), 
que é a geração gametofítica. 
Os gametófitos (protalos), sempre haplóides, podem ser monóicos ou dióicos. Aqui também o gameta masculino 
(anterozóide) precisa de uma gota de água para nadar até o gameta feminino. 
 
O gametófito (n) ou protalo que é avascular, independente, clorofilado, fotossintetizante e sexuado (produz gametas por 
mitose). O protalo das samambaias tem cerca de 1cm, formato de coração e é monóico (hermafrodita), com anterídio e 
arquegônio na mesma planta. Nos anterídios formam-se os anterozóides, e em cada arquegônio forma-se uma oosfera. 
Quando maduros, os anterídios libertam os anterozóides. Após uma chuva ou garoa, eles nadam sobre a superfície 
umedecida do protalo até o arquegônio, onde um deles fecunda a oosfera. O zigoto se desenvolve no interior do 
arquegônio, originando uma pequena planta diplóide, o esporófito, que dará origem a uma nova samambaia adulta. Está 
formará esporos haplóides, repetindo o ciclo. 
 
Algumas espécies possuem importância médica ou econômica, além do uso decorativo e ornamental, e além da 
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importância ecológica: 
- Feto-Macho (Dryopteris filis-mas) 
- Família das Polipodiáceas. Seu rizoma contém substâncias usadas no combate a tênias e lombrigas. Erva-silvina 
(Polypodium vaccinnifolium). Muito comum nos troncos de mangueiras. Possui propriedades adstringentes, muito 
empregado no tratamento das hemoptises dos tuberculosos. Capilária (Adiantum capillus-veneris). Avenca nativa do 
Canadá e EUA. Suas folhas encerram uma substância com propriedades adstringentes, receitada contra falta de ar e tosse. 
Licopódio (Lycopodium clavatum) é uma erva cujos esporos constituem um pó amarelo que contém açúcar, uma cera e um 
óleo graxo, antigamente era usado como veículo na confecção de pílulas. 
- Família Equissetáceas. Cavalinha, Rabo de cavalo, cauda de cavalo, erva carnuda ou equisseto (Equisetum arvense). 
Medicinal. Por conter grande quantidade de silício, é uma excelente mineralizante, sendo boa para problemas nos ossos, 
como osteoporose; é conhecida também como erva da terceira idade, pois além dos ossos, protege também quem tem 
problemas de próstata. Diurética e antiúrica, a cavalinha é usada popularmente para tratar de retenção e irritação das vias 
urinárias (rins e bexiga), anemias, hemorróidas, hemorragias nasais, inflamações de útero, fraturas e descalcificação de 
dentes e ossos, sob forma de infusão (2 a 3 xícaras/dia), auxilia no tratamento de hemorragias ( sob forma de vapor ou 
compressas). 
- Outras podem destacar-se como "ervas-daninhas", como a Trapoeraba (Commelina benghalensis, Commelinaceae) - 
Planta originária da Ásia e disseminada na Índia, Austrália, África e Brasil. Cada vez mais freqüente nas lavouras de soja 
do sul do Brasil. 
 
 Gimnospermas 
 
Fanerógamas de óvulos nus, desprovidas de um perianto (cálice e corola) e de ovário por não haver enrolamento dos 
macrosporófilos durante o seu desenvolvimento. Apresentam as seguintes inovações evolutivas: formação de grãos de 
pólen, de óvulos formados sobre macrosporófilos ou estruturas análogas e produção de sementes. 
As flores (em conjuntos, por isto chamados estróbilos) são formadas apenas de microsporófilos (folhas modificadas que 
originarão esporos que ao germinarem originarão estruturas masculinas) ou estames reunidos em inflorescências ou 
estróbilos (:amentos) e de macrosporófilos (folhas modificadas que originarão esporos que ao germinarem originarão 
estruturas femininas) ou carpelos (:cones), também em geral agrupados entre si, mas nunca microsporófilos e 
macrosporófilos no mesmo estróbilo. Os esporângios femininos localizam-se nos CONES, freqüentemente recobertos por 
escamas endurecidas (carpelos). As escamas encaixam-se perfeitamente umas nas outras e só se abrem depois da 
fecundação, para liberar a semente. Não esquecer que os cones são estróbilos com as flores femininas. 
 
Os esporângios masculinos encontram-se nos órgãos chamados cones masculinos, amentos ou amentilhos, bastante 
semelhantes às pinhas, mas com escamas menos duras e menores (estames). 
Os estróbilos masculinos são estruturas muito mais frágeis, que se abrem para liberar os grãos de pólen. Ocorrida a 
fecundação originam-se pinhas que são conjuntos de sementes popularmente denominadas pinhões. Nas Coníferas, os 
gametas desnudos situam-se acima de escamas consideradas como as folhas modificadas da flor, formando cones. Os 
cones masculinos são amarelos, formados por numerosas escamas, com bolsas cheias de pólen, os cones femininos são 
verdosos formados por escamas nas quais existem óvulos descobertos. Em sua maturação os cones masculinos ou amentos 
liberam ao vento milhões de grãos de pólen, que transportados pelo vento caem nos cones femininos, fecundando aos 
óvulos. Fecundado, o cone feminino fecha-se formando a pinha, no interior da qual encontram-se os pinhões, produto dos 
óvulos fecundados. Ao final de um ano, aproximadamente, a pinha abre-se e deixa cair os pinhões que se dispersam ao 
vento até caírem num lugar propício para sua germinação. 
No pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia) os esporófilos masculinos e femininos encontram-se em indivíduos 
separados e os estróbilos são diferentes entre si. 
a. Cone (estróbilo feminino) com óvulos 
b. Uma escama (macrosporófilos) com óvulos 
c. Amento produtor de pólen (estróbilo masculino) 
c. Ovocélula 
d. Corte através de um microsporângio 
e. Grão de pólen (:micrósporo) 
f. Zigoto 
g. Semente madura (:pinhão) na escama do cone 
h. Plântula (esporófito em início de desenvolvimento) 
i. Esporófito maduro 
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Os micrósporos (:grãos de pólen) ainda dentro dos microsporângios iniciam a formação do gametófito masculino que é 
formado pela célula do tubo e a célula geradora. 
parede do micrósporo desenvolve duas projeções em forma de asa que permitem que ele seja levado pelo vento. Quando 
ele desenvolve estas projeções passa a ser chamado propriamente de grão de pólen. Estas projeções aladas foram o fator 
decisivo para a conquista da terra pelas gimnospermas pois elas não dependem da água para se reproduzir como os 
criptógamos. 
Os macrosporófilos possuem dois ou mais macrosporângios ou óvulos que dão origem às sementes. Os óvulos possuem 
um tegumento, uma abertura, uma câmara polínica que recebe os grãos de pólen, um ou mais arquegônios que repousam 
sobre um protalo ou endosperma

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