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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Pós-graduação em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico 
 
 
 
 
 
Resenha do Caso Phase Separation Solutions (PS2): a questão China 
 
 
 
 
LAÍZA LETÍCIA DA SILVEIRA LOPES 
 
 
 
 
TRABALHO DA DISCIPLINA: TOXICOLOGIA AMBIENTAL 
TUTOR (A): GISELE TEIXEIRA SALEIRO 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE - MG 
2019 
CASO: PHASE SEPARATION SOLUTIONS (PS2): A QUESTÃO CHINA 
PENG, George Z.; BEAMISH, Paul W. Phase Separation Solutions (PS2): a questão China. 
Richard Ivey School of Business Foundation, 2012. 
A Phase separation Solutions (PS2) é uma empresa canadense criada em 2004 com foco na 
gestão segura de responsabilidade ambiental, mediante a aplicação de tecnologia limpa e 
avançada: a tecnologia TPS (Separação Termal por Fase). Os autores apresentam um histórico 
da referida empresa, relatando em quais mercados atua e como a mesma planejava se 
internacionalizar de forma sustentável. A PS2 tinha como corolário o tratamento de solo, 
sedimento e resíduos impactados com vários contaminantes orgânicos, através da aplicação da 
tecnologia TPS. A empresa especializou-se na limpeza de dois fluxos de resíduos: remediação 
de solo contaminado com poluentes orgânicos persistentes (POPs), tais como pesticidas e 
bifenilpoliclorados (PCBs) e a recuperação de óleo utilizável de resíduos industriais, como os 
gerados na indústria de petróleo e gás. 
Segundo Montone (2013) "Poluentes orgânicos persistentes (POPs) são compostos sintéticos 
resistentes à degradação e altamente estáveis e, portanto muito persistentes no ambiente". 
Devido ao seu alto potencial poluente, estabeleceu-se a Convenção de Estocolmo, que visa à 
eliminação e/ou restrição dos POPs, seus estoques e resíduos, a redução da liberação de suas 
emissões não intencionais no meio ambiente, além da identificação e gestão de áreas 
contaminadas por essas substâncias. A aderência dos diversos países a esse documento 
garantiu à PS2 um potencial mercado a ser explorado. 
A tecnologia TPS foi concebida como uma tecnologia móvel, de correção in loco. Porém, 
devido ao seu design modular, poderia ser facilmente empregada em uma instalação fixa caso 
exigido devido às questões de custo. Os autores descrevem a tecnologia TPS como um 
processo indireto de dessorção térmica que adota um sistema de circuito fechado utilizando 
princípios de não-incineração em engenharia. A tecnologia TPS fora aprovada e 
internacionalmente reconhecida por seu desempenho, pelas emissões atmosféricas não 
prejudiciais, mobilidade e confiança. A tecnologia fora exportada para diversos países na 
forma de equipamentos, licenciamento e contratos de serviços. 
A PS2 mantinha uma planta em funcionamento em Wolseley, Saskatchewan, cuja instalação 
era capaz de tratar uma variedade de solo contaminado com POPs, lodo industrial e resíduos 
farmacêuticos. A locação dessa planta foi pensada estrategicamente pelos executivos da PS2, 
mirando mercados tanto na porção leste/oeste do Canadá quanto nos Estados Unidos. Uma 
das grandes barreiras enfrentadas pelo mercado de tratamento de solos é a distância, visto ser 
inviável o transporte de grandes quantidades de resíduos de um local para outro. Dessa forma 
a aplicação da tecnologia TPS era um fator atrativo, devido à sua característica de mobilidade. 
Como exposto no decorrer do artigo pelos autores, essa característica da tecnologia TPS seria 
de grande valia no atendimento ao mercado chinês. 
Em 2008, o CEO da PS2 foi contatado pela Agência Estadual de Proteção Ambiental da 
China, a mesma estava interessada na tecnologia TPS. Conforme explicitado durante a análise 
realizada pelos autores, a China se desenvolveu de forma muito rápida depois de sua abertura 
comercial; contudo, esse desenvolvimento se deu as expensas do meio ambiente. Uma 
mudança de mentalidade ocorreu a partir da escolha de Pequim como sede dos jogos 
olímpicos de 2008. Medidas foram tomadas pelo governo para tornar as cidades mais atrativas 
aos turistas, permitindo à população o vislumbre de um meio-ambiente mais equilibrado. 
Os autores trazem uma análise das potencialidades do mercado chinês no que tange as três 
áreas principais de atuação da PS2, demonstrando que este mercado poderia ser mais 
expressivo do que o mercado canadense. Além disso, apresentam algumas parcerias que 
poderiam ser estabelecidas pela PS2, resultando na minimização dos riscos envolvidos em sua 
inserção nesse novo país. A partir do exposto pelos autores, fica claro um horizonte de 
possibilidades a disposição dos executivos da PS2, apresentando-se como uma oportunidade 
única de crescimento e expansão. Apesar de trazer uma análise específica dos dilemas 
enfrentados pela PS2, o assunto tratado no artigo pode ser extrapolado para outras empresas; 
evidenciando como uma análise apurada de mercado é primordial para se evitar a tomada de 
decisões errôneas. 
Referências bibliográficas 
MONTONE, Rosalinda Carmela. Poluentes Orgânicos Persistentes. Instituto 
Oceanográfico, USP, 2013. Disponível em: 
http://www.io.usp.br/index.php/oceanos/textos/antartida/31-portugues/publicacoes/series-
divulgacao/poluicao/812-poluentes-organicos-persistentes 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Convenção de Estocolmo sobre Poluentes 
Orgânicos Persistentes. 1995. Disponível em: https://www.mma.gov.br/seguranca-
quimica/convencao-de-estocolmo 
http://www.io.usp.br/index.php/oceanos/textos/antartida/31-portugues/publicacoes/series-divulgacao/poluicao/812-poluentes-organicos-persistentes
http://www.io.usp.br/index.php/oceanos/textos/antartida/31-portugues/publicacoes/series-divulgacao/poluicao/812-poluentes-organicos-persistentes
http://www.io.usp.br/index.php/oceanos/textos/antartida/31-portugues/publicacoes/series-divulgacao/poluicao/812-poluentes-organicos-persistentes
https://www.mma.gov.br/seguranca-quimica/convencao-de-estocolmo
https://www.mma.gov.br/seguranca-quimica/convencao-de-estocolmo

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