Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
0 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS CURSO DE GESTÃO COMERCIAL MARIA ADRIANA SENA BEZERRA TEIXEIRA SUELLEN CRISTINA FERREIRA BRAZÃO TCC: Projeto Integrador I - Diagnóstico Estratégico MANAUS 2018 1 MARIA ADRIANA SENA BEZERRA TEIXEIRA SUELLEN CRISTINA FERREIRA BRAZÃO TCC: Projeto Integrador I – Diagnóstico Estratégico MANAUS 2018 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 1. DIAGNÓSTICO ENVOLVENDO ASPECTOS DE INVESTIGAÇÃO ....................... 5 1.1 PAPEL DA UNIVERSIDADE ...................................................................................... 6 1.2 PAPEL DO ACADÊMICO ........................................................................................... 7 1.3 FORMAÇÃO DO ESPÍRITO CIENTÍFICO................................................................. 8 2. ANÁLISE SOBRE O PROCESSO DE ESTÁGIO ..................................................... 11 2.1 PERPESCTIVAS DE ESTÁGIO ................................................................................ 13 2.2 CONDIÇÕES PARA INICIAR UM PROJETO DE ESTÁGIO .................................... 15 3. PROJETO DE PESQUISA ........................................................................................ 20 3.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 22 3.1.1 PROBLEMÁTICA DE PESQUISA ............................................................................. 22 3.1.2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 24 3.1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................... 25 3.1.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 28 3.1.5 METODOLOGIA ......................................................................................................... 29 3.1.5.1 Forma de Abordagem ........................................................................................... 30 3.1.5.2 Objetivos Metodológicos ..................................................................................... 32 3.1.5.3 Quanto ao gênero: teóricaxempíricaxmetodológicaxprática .......................... 36 3.1.5.4 Amostra .................................................................................................................. 37 3.1.5.5 Tamanho da Amostra ........................................................................................... 39 3.1.5.6 Coleta de Dados .................................................................................................... 40 3.1.5.7 Análise dos Dados ................................................................................................ 43 3.1.5.8 Procedimentos Técnicos...................................................................................... 43 3.1.5.9 Método .................................................................................................................... 44 1.6 CRONOGRAMA .......................................................................................................... 51 3 4. TRABALHO DE CONCLUSÃO ................................................................................ 53 5. ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DOS RESULTADOS DA PESQUISA NO TCC ..................................................................................................................... 59 5.1. IMPORTÂNCIA DO DISAGNÓSTICO POR MEIO DE UMA PESQUISA ............. 60 5.2. IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO .......................................... 61 5.3. DEFINIÇÃO DE MISSÃO, VISÃO E VALOR ......................................................... 62 5.4. ANÁLISE DO AMBIENTE ...................................................................................... 64 5.5. FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS ....................................................................... 66 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 70 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 71 4 INTRODUÇÃO O tema abordado Diagnóstico Estratégico é remetido ao acadêmico para promoção de uma análise continua sobre uma determinada organização, com o objetivo de aplicar inovações, tendências transformação e movimentação de conhecimento, mas para tanto deve-se ter um olhar crítico e planejador, analisar os fatores que envolve a organização para deixá-las, mas atuante perante o mercado. Está preparado para este envolvimento requer mais que conhecimento prático e experiência é necessário ter base cientifica e comprovação de métodos, a universidade tem como missão realizar o crescimento do acadêmico para discussão e formação de ideias e apoiá-los na intermediação para o mundo empresarial. 5 1 DIAGNÓSTICO ENVOLVENDO ASPECTOS DE INVESTIGAÇÃO Identifica que todos aspectos de sucessão de uma empresa devem provir de conhecimentos pautados em descobertas científicas e não associadas em outras visualizações de sucesso. Isto porque, cada empreendimento organizacional são baseados em missões e valores diferentes, ou, melhor dizendo nem tudo que dar certo em uma empresa será garantia de sucesso na outra. Analisa que pensar no futuro promissor na área da administração é buscar o diferente, ou seja, procurar trabalhar dentro de problemáticas. Isto porque, o processo de grandes atuações está concentrado na mentalidade polivalente, científica e crítica, e que só assim conseguirá realizar análises contundentes devido identificar problemas e determinar suas causas em assim buscando soluções. Vieira (2018, p.93), explica que é interessante aprender com outro e depois adotar suas próprias características. O autor esclarece que é difícil de entender como uma pessoa pode reproduzir o sucesso do outro olhando apenas para os resultados ou pontos isolados do comportamento dela, pois é contundente mapear seus comportamentos, pensamentos, sentimentos e crenças ligados a determinados resultados que desejamos, podemos desmitificar o sucesso, reproduzir-lo e conquistar resultados semelhantes. Um grande administrador é aquele que sabe reconhecer sua responsabilidade perante a função e tem convicção sobre o que constrói e tem clareza das circunstâncias (VIEIRA, 2018, p.41). O autor explica que as pessoas de sucesso sabem utilizar sua estrutura mental para colher resultados, e sendo que os resultados negativos servem de amadurecimento e os positivos são motivacionais e de bases para outros. Entende que um diagnóstico organizacional é de suma importância para uma empresa, pois é através deste que apuramos o potencial ou as dificuldades da mesma. Consiste numa análise minuciosa da organização cujo propósito é levantar todas as características: forças, fraquezas, ameaças e oportunidades (PERILLO, 2009). Constata que uma evolução profissional significativa e atuante depende do papel na universidade, pois realizar um processo reflexivo é salutar para alcançar os objetivos propostos profissionalmente. 6 1.1 PAPEL DA UNIVERSIDADE A Universidade, no Brasil, é interpretada como todo o sistema de ensino superior de terceiro grau. Esta confusão semântica cria certas implicações que levam as pessoas que freqüentam um curso superior ou um curso de pós-graduação a terem o desejo de usufruir de títulos acadêmicos, prestígio e reconhecimento que aquele espaço pode oferecer. Do ponto de vista histórico, o que caracteriza uma Universidadevai muito mais além desta condição. Aquela possui funções básicas que se complementam a partir da inter-relação entre os elementos ensino, pesquisa e extensão, em um processo que não incide apenas em um conjunto de ações que legitimam um espaço ocupado em um determinado contexto. Temos uma universidade que hoje é sinônimo de problemas, principalmente devido à crise financeira que enfrenta. Os professores são mal remunerados, não têm dinheiro para comprar livros, para fazer reformas, para investir na formação de professores. E todos estes problemas acarretam outros problemas na vida dos alunos. A universidade é o espaço em que as pessoas podem obter formação profissional que é necessária e exigida pelo mercado de trabalho. É a responsável pelo ensino superior de terceiro grau. É nela que são aprimorados os conhecimentos adquiridos nas etapas escolares anteriores”. De acordo com Schwartzman, três premissas estão prejudicando o ensino nas universidades, que são: a) O contraste crescente entre a rigidez e burocratização dos currículos universitários e os requisitos técnicos da atividade profissional, e poucos são os cursos que preparam efetivamente os profissionais para a vida e o trabalho; b) o monopólio profissional levou à proliferação das “profissões regulamentadas” que no Brasil hoje são talvez em maior quantidade do que em qualquer outra parte do mundo; c) os bons empregos e posições sociais de prestígio para os formados pelas universidades existem cada vez menos. (1985, p.03). A pesquisa na universidade enfrenta crises financeiras. Sabe-se que fazer pesquisa requer investimento, e a maioria das agências de fomento não direciona verbas para as Universidades, e quando o fazem, quase sempre privilegiam as Universidades das regiões do Brasil em que há incidência de pesquisadores com 7 titulação. Por exemplo, a nossa região, a região Norte, é vista e colocada como marginalizada quando se trata desta questão. O termo pesquisa na universidade é equivocado por duas razões. A primeira é a idéia de que fazer pesquisa é uma prerrogativa somente daqueles que querem obter uma posterior titulação acadêmica. A segunda é a separação da pesquisa da condição de atividade profissional do professor. ” Acredita-se que para avançar uma sociedade mais crítica é necessário que se tenha acadêmicos dispostos a mudança e pensamentos evoluídos baseados na ciência. Pensa-se que o papel do acadêmico é ter um raciocínio científico, pois ao sair da universidade deve ter atitudes e opiniões críticas e com uma personalidade diferenciada. 1.2 PAPEL DO ACADÊMICO Os três atos acadêmicos - O ato de estudar; - O ato de ler; - O ato de escrever textos. De acordo com Teixeira (2003), para facilitar o estudar e o aprender entre os estudantes é importante destacar e exercitar três aspectos: a) A atenção; b) a memória (# de decorar); e b) a associação de idéias. Severino (2000) adverte que o ensino superior exige dos universitários: a) Autonomia; b) postura de auto-atividade didática, crítica e criativa; e c) projeto de trabalho intelectual individualizado. Para o ato de estudar o discente necessita: a) Comprar livros; b) fazer assinaturas de revistas e periódicos; e c) consultar sites na internet ... 8 Outras fontes modalidades de estudo: a) Participação em eventos científicos: primeiramente como participante e com o tempo como palestrante; b) cursos on line ... Carlos (2013, p.02): Ser estudante universitário é muito mais do que ir lá e cumprir a estrutura curricular prevista para seu curso, pensamento de todos que estão envolvidos na academia. É vivenciar a interação entre calouros e veteranos (afinal, estamos dentro de uma mesma estrutura) e temos que colaborar para que a universidade cresça, tanto para formar profissionais para o mercado, quanto para evoluir cientificamente Acredita-se que promover o diferencial durante o centro acadêmico é buscar fazer o diferencial em um país com tantas desigualdades sociais. Isto porque, se pensa que não se deve somente falar, e sim ter atitudes que contribuam com desenvolvimento de uma nação melhor. 1.3 A FORMAÇÃO DO ESPÍRITO CIENTÍFICO O saber científico deve ser reconstruído a cada momento, nossas demonstrações epistemológicas só tem a ganhar se forem desenvolvidas no âmbito dos problemas particulares, sem a preocupação com a ordem histórica (BACHERLARD, 1996, p.10) Assimila que o saber científico é altamente salutar para o crescimento intelectual, pessoal e profissional. Logo é interessante que toda dúvida seja testada em razão de não se afirmar algo sem ser testado. Bacherlard (1996, p.10), que toda experiência científica é portanto uma experiência que contradiz com a experiência comum. O autor explica que para confirmar cientificamente a verdade, é preciso confrontá-la com vários e diferentes pontos de vista. Pensar uma experiência é, assim, mostrar a coerência de um pluralismo inicial. Acredita-se que se deve pensar o saber científico como uma contribuição social, em razão de perceber que as pessoas preferem repetir um conhecimento e não promover hipóteses que levam ao conhecimento científico. 9 Santos et al (2015, p.40), explana que uma pesquisa científica é sempre um empreendimento social, à medida que só é possível produzir conhecimento novo com base no conhecimento produzido a partir de outras pesquisas científicas Ilustra que os benefícios da ciência são, no entanto, distribuídos assimetricamente entre países, grupos sociais e sexos. O desenvolvimento científico tornou-se um fator crucial para o bem-estar social a tal ponto que a distinção entre povo rico e pobre é hoje feita pela capacidade de criar ou não o conhecimento científico (Unesco, 2000 apud, ZANCAN, 2000). Nos dias atuais pensar de forma científica é contribuir com uma evolução social, pois de acordo Angeloni (2002), as transformações ocorridas – frutos da globalização, da disseminação da tecnologia da informação, do surgimento das redes mundiais, etc. – trouxeram à tona uma nova era cuja fonte fundamental de riqueza é o conhecimento. Nesse contexto, as empresas passam a moldar ou adequar seus processos organizacionais - abandonando parâmetros industriais - à nova economia do conhecimento. Surge então a chamada organização de conhecimento, como sendo a empresa que habitará esse emergente cenário. Essa organização pode ser compreendida através de três dimensões fundamentais: infra-estrutura, pessoas e tecnologia, sendo estas compostas por diversas variáveis como estilo gerencial, visão holística, aprendizagem, criatividade, redes, “groupware”, entre outras, voltadas para a criação, captação, armazenamento, difusão e compartilhamento do conhecimento. Quadro 01: Exercício extra EXERCÍCIO 01: Crie grupo de cinco pessoas e destaque os seguintes itens: (0,25, extra) - Vieira (2018, p.93), explica que é interessante aprender com outro e depois adotar suas próprias características. O autor esclarece que é difícil de entender como uma pessoa pode reproduzir o sucesso do outro olhando apenas para os resultados ou pontos isolados do comportamento dela, pois é contundente mapear seus comportamentos, pensamentos, sentimentos e crenças ligados a determinados resultados que desejamos, podemos desmitificar o sucesso, reproduzir-lo e conquistar resultados semelhantes. 10 a) Como a equipe reflete este posicionamento do autor, pois realize uma discussão concordando ou discordando e não esqueça de justificar; Vieira (2018, p.41), explica que as pessoas de sucesso sabem utilizar sua estrutura mental para colher resultados, e sendo que os resultados negativos servem de amadurecimento e os positivos são motivacionais e de bases para outros. b)Relate um caso real qual equipe identifica como exemplo para seu desenvolvimentoprofissional; c) Qual seu papel na universidade e se defina como diferencial? Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira 11 2. ANÁLISE SOBRE O PROCESSO DE ESTÁGIO O autor Roesch (2000, p.25), relata que é comum ouvir dos alunos que as alas na universidade são muito teóricas e que os modelos são se aplicam à realidade. A universidade está muito distante da realidade – argumentam os profissionais. Pensa-se que a universidade mostra os caminhos, mas cabe o discente propor desafios e se colocar como diferencial como aluno e como profissional. Logo, se nota que muitas vezes o educando se comporta como uma pessoa robótica e só faz aquilo que se fala e não provoca a construção do novo. Destaca-se que o estágio curricular, entre outros objetivos, proporciona ao aluno (especialmente aquele que nunca teve uma experiência de trabalho) a oportunidade de testar esses argumentos (ROESCH, 2000, p.25). A autora explica que muitos alunos se interessam em aproveitar oportunidades de estágio durante o curso, porém outros relutam em procurar vagas de estágio, considerando que quase sempre as experiências são insatisfatórias. Pensa-se que muitas vezes o processo de estágio pode até ser repetitivo, mas sempre se aprende com a palavra do outro como, também, com atitudes positivas e negativas. Santos (2018, p.01), define que o estágio é uma etapa importante no processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno, porque promove oportunidades de vivenciar na prática conteúdos acadêmicos, propiciando desta forma, a aquisição de conhecimentos e atitudes relacionadas com a profissão escolhida pelo estagiário. Creio que a autora acima é muito sábia quando afirma que o estágio permite a troca de experiências entre os funcionários de uma empresa, bem como o intercâmbio de novas ideias, conceitos, planos e estratégias. Quadro 02: Quadro reflexivo PROCESSO REFLEXIVO 01: Você acredita que o processo de estágio é uma forma de exploração de mão-de –obra aliás não é peculiar ao Brasil? (ROESCH, 2000, p.26). Quais os benefícios e maléficos do processo de estágio? 12 Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira Roesch (2000, p.26), ressalta que qual experiência de trabalho é valido, mesmo que não seja na área profissional do discente, ensina-lhe como se relacionar com colegas e superiores, ou mesmo clientes e como funciona uma organização. Outros consideram que a aprendizagem e oportunidade de conseguir alguma estabilidade ou de promoção depende em grande parte da iniciativa individual. Autora menciona que o estágio está regulado por lei, pois o estágio está associado ao ensino médio como ensino superior pela lei federal n.6.494, de 7-12- 1977, e regulamentado pelo decreto nº 87.497, de 18-8-1982. Na lei, os estágios são considerados como uma forma de complementar o ensino e a aprendizagem acadêmica e devem ser planejados, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos, programas e calendários escolares, a fim de se constituírem em instrumento de integração, em termos de treinamento prático, de aperfeiçoamento técnico-cultural, científico e de relacionamento humano. Para Roesch (2000, p.26), a lei está correta, mas o problema é como assegurar sua implementação de modo que garanta a integração entre aprendizagem acadêmica e experiência política. Por meio da autora pensa-se que o estágio cria oportunidades para refletir, sistematizar e testar conhecimentos teóricos e instrumentos discutidos durante o curso de graduação. Roesch (2000, p.27), destaca as principais características: - Experiência concreta; - Observação e reflexão; - Formação de conceitos abstratos; - Testarem experiências futuras. Crê que o estágio independente de ser obrigatório ou não é uma possibilidade de adquirir novos conhecimentos. Imagem 01: Análise do processo de estágio 13 Fonte: Roesch (2000, p.28) adaptado por Maria Adriana Teixeira. Acredita-se que o processo teórico auxilia na construção de técnicas discursivas associadas ao conhecimento prático, o qual auxilia em uma formação de conceitos e atitudes baseadas em culturas empresariais, sociais, políticas e outras. 2.1 PERSPECTIVAS DE ESTÁGIO Roesch (2000, p.29), salienta que as principais perspectivas do estágio são: - Aplicar na prática os conhecimentos teóricos aprendidos no curso; - Avaliar a possibilidade de sugerir mudanças nas organizações; - Enfrentar problemas reais nas organizações; - Experimentar a resolução de problemas com uma responsabilidade limitada; - Avaliar o mercado de trabalho; - Aprofundar sua área de interesse; - Testar sua habilidade de negociação. Autora explica que estas características acima são extremamente válidas pela oportunidade de associar a teoria com a prática, e possibilita enfrentar problemas quais cabem soluções contundentes baseadas em pesquisas e não em hipóteses. O olhar da comunidade empresarial Roesch (2000, p.30), afirma que os profissionais empresariais analisam com bons olhos o sistema de estágio desde que esteja dentro das questões legais. Isto Experiência acadêmica teórica Experiência concreta Formação de conceitos provindos de testes teóricos com práticos 14 porque as empresas exigem as garantias legais para evitar a caracterização pelo centro de integração Escola Empresa (CIEE) Autora explica que existem empresários que duvidam da contribuição do aluno, mas que ainda assim aceitam o estagiário como parte da função social da empresa. Roesch (2000, p.30), explica que ao adotar esta atitude nem sempre implica permitir acesso de fato ao estagiário; é um processo em que se aceitam as visitas do estagiário, mas restringem informações. Por outro lado, há os que apresentam atitudes decididamente desfavoráveis: as razões estão ligadas a três aspectos: (a) restrição da empresa em divulgar informações; (b) a descrença de que o trabalho do aluno possa contribuir para a empresa; (c) a crença de que o período de estágio é muito curto e não permite ao aluno o conhecimento suficiente dos problemas da empresa e a implantação das propostas. Papel da universidade quanto ao estágio Roesch (2000, p.30- 31), destaca que é necessário ter um setor de estágio qual venha realizar convênios. Logo autora destaca as seguintes sugestões: - Tomar um banco de dados para facilitar o contato com as empresas. Por exemplo, alocar um técnico de nível superior no departamento para fazer os contatos; - Trabalhar a universidade no meio empresarial para facilitar o intercâmbio; - Estabelece um programa de consultoria a baixo custo para pequenas empresas, utilizando s graduandos como pesquisadores/consultores, orientados por professores experientes. Destaca-se que a universidade não necessita conduzir esta atividade diretamente. Segundo o Decreto nº87.497, de 18-8-1982, as instituições de ensino podem recorrer aos serviços de agentes de integração para realizar a intermediação dos estagiários. Quadro 03: Exercício extra Roesch (2000, p.29), salienta que as principais perspectivas do estágio são: - Aplicar na prática os conhecimentos teóricos aprendidos no curso; - Avaliar a possibilidade de sugerir mudanças nas organizações; - Enfrentar problemas reais nas organizações; - Experimentar a resolução de problemas com uma responsabilidade limitada; 15 - Avaliar o mercado de trabalho; - Aprofundar sua área de interesse; - Testar sua habilidade de negociação. Autora explica que estas características acima são extremamente válidas pela oportunidade de associar a teoria com a prática, e possibilita enfrentar problemas quais cabem soluções contundentes baseadas em pesquisas e não em hipóteses. a) Destaque alguma experiência de estágio e relata se elas estão em consonância com a fala do autor acima,pois caso alguns dos itens não esteja realize uma justificativa colocando uma proposta. Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira 2.2 CONDIÇÕES PARA INICIAR UM PROJETO DE ESTÁGIO Ao realizar o estágio é interessante que defina três aspectos: o tema do trabalho, a organização-alvo e o professor orientador do estágio. As demais etapas decorrem destas escolhas preliminares. A ordem destas escolhas vai depender das circunstâncias, mas a definição do trabalho depende de todas elas (2000, p.30- 34). A escolha do tema é talvez uma das etapas mais difíceis para a maioria dos alunos, por uma série de razões. Primeiro, porque exige uma definição. Escolher um tema e elaborar um projeto requerem maturidade e responsabilidade pela decisão. Roesch (2000, p.35), alega que a escolha do tema deve responder os seguintes itens: - Definir o tema mais cedo; - Destacar o tema na área de que mais gosta; - Procurar um professor da área para definir o tema; - Pegar autorização com a empresa. Imagem 02: Descrição da organização do projeto de estágio 16 Fonte: Roesch (2000, p.30- 36) Analisa que a escolha do tema tem que ser algo importante para o estagiário como, também, para empresa. No que refere ao discente é buscar um assunto qual tenha facilidade de informações como material de fácil acesso para desenvolver a base teórica. No que tange a empresa deve buscar propostas inovadoras qual auxilie com o desenvolvimento do local. Destaca-se que o discente deve relatar as idéias claras para o orientador, pois se deve mostrar interesse no tema. Isto porque a qualidade de conclusão do trabalho é muito mais responsabilidade do aluno do que o orientador, haja vista cabe ao aluno levantar questões para discutir com seu orientador, e explorar o tema de forma independente. No que refere a área da administração pode ser fazer o projeto nas seguintes áreas: ALUNO Interesse conhecimento habilidades e esforço EMPRESA Acesso e supervição PROFESSOR Orientação interesse conhecimento 17 - Administração científica: é um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor1 no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Taylor procurava uma forma de elevar o nível de produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais em menos tempo sem elevar os custos de produção. Assim, ele observou que os sistemas administrativos da época eram falhos. A falta de padronização dos métodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operários e a forma de remuneração utilizada foram as principais falhas estudadas por Taylor; - Organização e Ambiente: Está ligada ao ambiente em que a empresa inserida. A autora Roesch (2000, p.44), afirma que organização e ambiente é entendida como a capacidade de atender quantitativa e qualitativamente à determinada necessidade do ambiente, ou seja, está ligado ao processo de tomada de decisão. Já o autor Chivenato (2003), declara procura entender a relação entre as organizações e o ambiente externo chega-se à conclusão de que elas são sistemas abertos, ou seja, mantém uma dinâmica interação com seu meio ambiente, sejam clientes, fornecedores, concorrentes e unidades sindicais, órgãos governamentais e outros agentes externos. Influi sobre o ambiente e recebe influência dele; - Organização e pessoas: Visa facilitar satisfação do colaborador e sua integração no ambiente, e que o mesmo esteja incentivado a cumprir os objetivos da organização. O autor Queiroz (2007, p.01), destaca que todos nós sabemos que cada sociedade tem sua cultura, cada família, cada país, cada grupo social tem seus costumes, seus hábitos, delineando assim sua postura diante da sociedade. Pois é, o mesmo pode ser dito das organizações, onde começamos a perceber que elas são capazes de influenciar diretamente nas vidas das pessoas e assim o fazem. Compreende por meio do autor que é necessário que os colaboradores visem ás organizações que são importantes para as necessidades psicogênicas2, ou seja, o processo de estabilização profissional. - Administração geral e administração pública: As áreas de administração geral e administração pública incorporam a maioria dos desenvolvimentos da teoria organizacional. Há várias possibilidades para trabalhos e pesquisas, 1 Foi um engenheiro mecânico estadunidense. Técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro mecânico estudando à noite. Escreveu o livro "Os Princípios da Administração Científica", publicado em 1911. É considerado "o pai" da Administração Científica por propor a utilização de métodos científicos cartesianos 2 Necessidade relativas ao prestígio e afirmação pessoal, ambição, realização, reconhecimento e exibição;- Necessidades relativas á defesa da condição social e á evitação da humilhação e superação da derrota; Necessidades relativas ao poder, dominação ou submissão, independência, oposição e agressividade; Necessidades relativas às relações afetivas, afiliação, rejeição, cuidado e socorro; Necessidades relativas à alegria, lazer divertimento e bom humor; Necessidades relativas à cognição, as necessidades de explorar e de questionar, de adquirir conhecimentos e de curiosidade. https://www.infoescola.com/biografias/frederick-w.-taylor/ https://www.infoescola.com/administracao_/padronizacao-do-trabalho/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenheiro_mec%C3%A2nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Estadunidense https://pt.wikipedia.org/wiki/Taylorismo https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_Cient%C3%ADfico https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_Cient%C3%ADfico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Descartes 18 como estruturação de empresas, racionalização e simplificação do trabalho, distribuição de espaço físico e condições ambientais, manuais e formulários, todos dentro do que se convenciona chamar de Análise Administrativa ou Análise Organizacional. Outros temas importantes são política e estratégia organizacional, estratégia de mudança (ROESCH, 2000, p.49). A autora explica que na área pública os temas privilegiados são: eficiência, eficácia e efetividade do serviço público, planejamento governamental e políticas públicas, orçamento público, a empresa e o ambiente, transferência de tecnologia, reforma administrativa, informatização na área pública, privatização, ética empresarial e impacto das empresas estatais na economia; - Administração de recursos humanos: Perante Chiavenato (2003), enfatiza que consiste em planejar, organizar, desenvolver, coordenar e controlar os métodos capazes de promover o desempenho eficiente do pessoal. Observa-se que está associado no processo de contratação e desenvolvimento de funcionários para que eles se tornem mais valiosos para a organização. Destaca-se que perante o autor acima a administração de recursos humanos inclui: Realização de análises de trabalho; Planejamento de necessidades de pessoal; Recrutamento das pessoas certas para o trabalho; Gerenciamento de salários, oferecendo benefícios e incentivos e Avaliação do desempenho; - Administração de Marketing: De acordo com Bartels (1988) citado por Roesch (2000, p.50), destaca que o desenvolvimento do Marketing dá-se a partir do início do século XX, tendo em vista os problemas da distribuição de mercadorias. A partir dos anos 10-29, com o crescimento industrial e o aparecimento das grandes organizações, o campo de marketing desenvolveu- se ainda mais, e os conceitos básicos cristalizaram-se. As décadas seguintes levaram à integração dos conceitos, seu desenvolvimento, reavaliação, reconceitualização e socialização. Sales (2018), salienta que a maioria das pessoas imaginam que o marketing se baseia somente em elaboração da propaganda, criação de peças publicitárias,comerciais, e demais aspectos da publicidade, porém estão enganados. Isto porque, o marketing atual se chama a alma do negócio em razão de visar á satisfação das necessidades que os consumidores possuem (necessidades atuais), criando uma inter-relação entre o marketing da empresa (propaganda) e cliente interno e externo da mesma. O autor explica que o marketing é o setor que atua como elo majoritário, facilitando a comunicação entre a empresa e seus consumidores, bem como, possibilitando sua compreensão da melhor maneira possível. Em resumo, a administração de marketing é o processo no qual se determina quais produtos e serviços são mais interessantes aos consumidores e qual melhor estratégia para se descobrir isso. 19 - Administração de produção e sistemas: A Administração da Produção ou Administração de operações é a função administrativa responsável pelo estudo e pelo desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e serviços. Segundo Slack (1996, p.34) a produção é a função central das organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir. • Estratégia de produção: as diversas formas de organizar a produção para atender a demanda e ser competitivo; • Projeto de produtos e serviços: criação e melhora de produtos e serviços; • Sistemas de produção: arranjo físico e fluxos produtivos; • Arranjos produtivos: produção artesanal, produção em massa e produção enxuta; • Ergonomia; • Estudo de tempos e movimentos; • Planejamento da produção: planejamento de capacidade, agregado, plano mestre de produção e seqüenciamento; • Planejamento e controle de projetos. Roesch (2000, p.51), produção e sistemas, em sua versão quantitativa, trabalha com modelos de planejamento da produção, modelos de previsão e com aplicação de redes, bem como com sistemas de informação gerencial e sistemas de apoio à decisão. Além desses, cobre temas como técnicas modernas de produção, novas formas de organização da produção, controle total da qualidade, técnicas motivacionais (interface com a área de recursos humanos), calculo e controle dos custos da produção, análise da produtividade e da qualidade, certificação pela ISSO 9000. Outra área que se destaca é a área de Administração de Materiais, sua estrutura organizacional e relações com as áreas financeiras, de produção e comercialização. - Administração de finanças: é arte de administrar fundos, Mais especificamente, ela trata do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos. O administrador financeiro pode auxiliar desde a administração do orçamento doméstico, até orientar na aplicação de recursos nas modalidades mais adequadas para cada perfil de investidor. Quadro 03: Exercício extra (0,25) PROCESSO REFLEXIVO 02: Divida a classe em grupos, os quais irão levantar possíveis temáticas da administração quais podem ser trabalhados em razão da facilidade de acesso como, também, pelo material disponível. Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira 20 3 PROJETO DE PESQUISA O projeto é importante para organizar as idéias do pesquisador, pois para Metring (2009, 34) declara que o pesquisador deve demonstrar aptidão para expressar com clareza, concisão, coerência e objetividade, os resultados obtidos e as conclusões a que chegou no desenvolvimento do seu discurso. Azevedo (2003), relata que para um sucesso de um diagnóstico estratégico eficaz é preciso promover um processo de análise continuo. Isto porque, o verdadeiro investigador é aquele que possui inquietação constante e procure sempre está em um desenvolvimento contínuo. Portanto aplicar inovações na empresa exige a organização de conhecimento qual passa a funcionar como um fluxo contínuo de transferência e transformação de informações e conhecimento, envolvendo os clientes internos e externos bem como suas estruturas internas, podendo ser metaforicamente comparada a uma rede. Entende que para realizar um diagnóstico se deve pensar em uma contribuição desde a academia e em seu papel de forma diferenciada durante o processo de estágio. Portanto todo processo de diagnóstico deve provir de um projeto científico. Santos et al (2015, p.35), aborda que ao desenvolver um projeto de pesquisa, deverá ser levada em consideração a sua inovação científica ou tecnológica e a sua condução por pesquisador qualificado, contribuindo para a geração de novos conhecimentos. O autor explica: A pesquisa é a busca fundamentada na lógica da descoberta e da criação para elucidação e interpretação sistemática dos fatos ou fenômenos. Ela parte quase sempre de um problema, transformado em questão de pesquisa e hipótese. Depois são escolhidos os métodos mais adequados para solucionar tal problema e, consequentemente, responder a questão de pesquisa. A solução somente poderá quando o problema levantado tiver sido trabalhado com instrumentos científicos adequados. Todos estes procedimentos começam com um projeto de pesquisa (SANTOS et al, 2015, p.35). Nos tópicos abaixo seguem o exemplo da estrutura de projeto tais como: 1 INTRODUÇÃO 21 1.1 PROBLEMÁTICA DE PESQUISA 1.2 JUSTIFICATIVA 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral 1.3.2 Objetivos específicos 1.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.5 METODOLOGIA 1.5.1 Forma de abordagem 1.5.2 Objetivos metodológicos 1.5.3 Amostra 1.5.4 Tamanho da Amostra 1.5.5 Coleta de dados 1.5.6 Procedimentos técnicos 1.5.7 Métodos 1.6 CRONOGRAMA Imagem 03: Estrutura do projeto de pesquisa TEMA INTRODUÇÃO PROBLEMÁTICA DE PESQUISA JUSTIFICATIVA OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 22 • TEMA Dencker (1998), salienta que o tema define área de interesse do pesquisador e está situado em sua área de conhecimento. Severino (2002) afirma que o tema pode ser de ordem geral e técnica; este último aparece como subtítulo do trabalho e o de ordem geral indica mais genericamente o teor do trabalho. 3.1 INTRODUÇÃO Faz uma abordagem sobre o assunto a ser abordado. Portanto, se procura dar uma visão geral e sintética de sua situação dentro de uma visão global. Barros e Lehfeld (1999) destacam que na introdução se deve fazer uma breve abordagem sobre a relevância do trabalho e de que forma pretende atingir os objetivos propostos. Wilkison (1991) citado Creswell (2007), salienta que é na introdução a primeira passagem em um artigo de periódico, tese ou estudo de pesquisa acadêmica. Isto porque se prepara o terreno para todo o seu estudo. Diante disto, se compreende que a introdução viabiliza uma visão ampla sem mencionar os resultados de uma pesquisa para o leitor, ou seja, o que compõe este trabalho. Silva (2007), afirma que a introdução visa anunciar a ideia central do trabalho delimitando o ponto de vista enfocado em relação ao assunto e a extensão; deverá se situar o problema ou o tema abordado, no tempo e no espaço. OBS: A introdução é a primeira parte do projeto, mas é a última etapa a se fazer. Isto porque, se deve conhecer o seu estudo para desenvolver a introdução que é ponto significativo, o qual se descreve quais os reais objetivos do estudo e como o mesmo se encontra dividido. 3.1.1. PROBLEMÁTICA DE PESQUISA 23 Perante Lakatos e Marconi (1991) apud Metring (2009, 45) afirmam que o problema vai indicar exatamente qual a dificuldade que se pretende resolver. Bianchi (2004) relata que problema de pesquisa é uma pergunta que o pesquisador que ver respondida ao longo de sua trajetória de pesquisa. São as dúvidas que existem a respeito determinado fenômeno que ainda não tem uma resposta clara para responder as incertezas do pesquisador. Bacherlard (1996, p.18), afirma que não se pode afirmar questões os quais não se tem certeza. Desse modo relata “o espírito científico proíbe quetenhamos uma opinião sobre questões que não compreendemos, sobre questões que não sabemos formular claramente”. Através da citação acima se compreende que se não há pergunta, não pode haver conhecimento científico. Nada é evidente. Nada é gratuito. Tudo é construído. Crê que o homem movido pelo espírito científico deseja saber, mas para, imediatamente, melhor questionar (BACHERLARD, 1996, p.21). Michel (2009) declara que o problema de pesquisa, ou problemas, traduzem uma dúvida, uma curiosidade em torno do assunto, a dificuldade, teórica ou prática, que originou a necessidade de pesquisa, para qual se quer encontrar uma solução. Perante o autor a formulação do problema da pesquisa3 é feita em formato interrogativo como condição para que haja um problema, uma questão em aberto. Deve-se evitar direcionar a perguntar para respostas passíveis de serem mensuradas, como: quantos? quais? Imagem 05: Surgimento de problemática de pesquisa O PROBLEMA SURGE: DE UMA NECESSIDADE 3 Para Michel (2009) a pergunta deve conduzir o raciocínio para uma reflexão sobre o assunto: é importante...? por que é importante...? por que fazer?...? ajudaria...? deveria....? como explicar...? o que se pode entender por....? 24 DE UM INTERESSE Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira Quadro 04: Exemplo de problemática de pesquisa EXEMPLO DE PROBLEMÁTICA DE PESQUISA: Qual a importância da comunicação interna no setor de recursos humanos na empresa do segmento de distribuição de bebidas? Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira. 3.1..2 JUSTIFICATIVA Todo o projeto de pesquisa deve-se se iniciar por exposições dos motivos pelos quais motivaram a executar a pesquisa, ou seja, o motivo que levou a definição do tema escolhido e enfatizar a finalidade da investigação (BARROS E LEHFELD, 1999). O pesquisador deve ressaltar de forma breve a situação do fenômeno investigado e explicar as finalidades que o levaram a escolher. Destacando sua relevância para a sociedade. Dencker (1998) enfatiza que a justificativa deve conter: - Os motivos que o levaram a escolha do tema; - Especificação do nível de abrangência da pesquisa; 25 - Definição clara do que deverá ser abordado e quais os aspectos que deverão ser considerados; - Explicação sobre a viabilidade da execução da proposta; - Referência aos aspectos originais da pesquisa; - Utilidade e necessidade da realização da pesquisa. Compreende-se que a justificativa consiste em apresentar motivos que levaram o desenvolvimento da pesquisa. Pois, a intenção é que o leitor adquira convicção semelhante à do pesquisador, ou seja, saiba a relevância do estudo como, também, o porquê do tema escolhido e o que motivou a fazer a pesquisa. Para consolidar o parágrafo acima o autor Santos et al (2015, p.87), fundamenta que a justificativa vem explicitar a importância do tema que vai pesquisar. Depois deve apontar a contribuição que o seu estudo pode trazer à ciência (por exemplo, a sociologia) e a sociedade (por exemplo, deficientes físicos). Quadro 05: Avaliação (3.0) a)Crie o item 1.1 que é uma problemática de pesquisa de acordo com área escolhida no exercício anterior. OBS: A problemática você fala sobre o assunto na terceira pessoa e transforma sua dúvida em pergunta. b) Realize uma justificativa destacando os seguintes itens: - A motivação do assunto; - Relevância para sociedade e academia; - Importância para você pesquisador. Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira 3.1..3 OBJETIVOS Santos et al (2015, p.38), os objetivos estão diretamente relacionados aos fins teóricos aos fins teóricos e práticos que se propõe alcançar com a pesquisa. Sendo 26 assim, os objetivos consistem na elaboração de alvos a serem alcançados com o termino da pesquisa. A citação explana que os objetivos de pesquisa, primeiramente é preciso lembrar que eles têm uma estrutura gramatical composta de VERBO + COMPLEMENTO. Michel (2009) destaca que o objetivo geral representa o interesse maior, principal do trabalho, sintetizando o que se pretende alcançar, e único; é a grande questão que se pretende comprovar, o principal alvo que se quer demonstrar. Deve estar contido ou implícito no título do trabalho, e associado diretamente às hipóteses de solução do problema levantado. Barros e Lehfeld (1999) nesta parte o pesquisador deve estabelecer o que espera conseguir com sua investigação e define onde pretende alcançar com sua proposta. Devem atender a pergunta seguinte: O que eu quero? Os objetivos se subdividem em: - Geral: Faz-se uma abordagem ampla do que se pretende atingir com a pesquisa; Quadro 06: Exemplo de objetivo geral EXEMPLO DE OBJETIVO GERAL: Analisar a importância da comunicação interna no setor de recursos humanos na empresa do segmento de distribuição de bebidas. Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira. 27 Os objetivos Específicos4 pertencem ao campo de conhecimento do objetivo geral, são partes dele, subprodutos contidos no objetivo geral. Funcionam como ganhos ou conhecimentos adicionais obtidos com o trabalho. Logo os específicos podem ser mais de um e devem ser numerados para facilitar a análise (MICHEL, 2009). O autor acima diz que os objetivos direcionam a escolha dos assuntos que deverão ser estudados com mais profundidade para composição do referencial teórico e determinam todos os procedimentos metodológicos a serem seguidos, como a empresa, as pessoas e documentos pesquisados, tipos de pesquisa, métodos e técnicas de coleta de dados. - Específico: Enfatizar as questões que serão abordadas a respeito do fenômeno estudado. Santos et al (2015, p.40), informa não há uma quantidade de objetivos específicos predeterminada, uma vez que ela depende da natureza e da complexidade do próprio objetivo geral. Quadro 07: Exemplo de objetivos específicos EXEMPLO DE OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Identificar os erros de comunicação interna ocorridos no setor RH; - Pesquisar o olhar dos colaboradores em relação ás retificações ocorridas por meio da comunicação interna; - Observar quais as estratégias traçadas pelo gestor do setor de RH para melhorar a comunicação. Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira. Quadro 08: Avaliação (2.0) a) Formule seu objetivo geral; 4 Objetivos devem ser construídos com frases curtas, objetivas, claras, orações simples elaboradas na ordem direta, e INICIADAS por um verbo de AÇÃO no infinitivo, e, preferencialmente, numerando- se um a um, de forma a facilitar o acompanhamento do seu alcance ao longo da pesquisa. 28 OBS: Objetivo geral é igual o meu problema, pois só acrescento o verbo de pesquisa e tiro o ponto de interrogação b) Formule seus objetivos específicos OBS: Os objetivos específicos é o que desejo saber do objetivo geral, pois são formulados no mínimo dois e no máximo quatro objetivos; OBS: Devem iniciar com verbos de pesquisa. Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira 3.1.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Perante a Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC (2006) o desenvolvimento é a parte mais extensa do trabalho, pois é onde discutimos as idéias de vários autores sobre o tema em questão a fim de fornecer uma base conceitual sólida para o problema em questão. Lembrando que os autores citados no corpo do trabalho devem estar contidos nas referências. Koche (2003) destaca que é fundamental que se tenha em mente que não existe pesquisa sem teoria. A teoria é a base sobre a qual se desenvolve o modelo de explicação a qual é testado na pesquisa. O autor menciona que é a partir da teoria que se define o objeto, formula-se as hipóteses e escolhem-se os modelos e métodos apropriados de análise. Interpreta-se que o desenvolvimento teórico possibilitaum conhecimento vasto sobre o fenômeno investigado, pois auxilia no processo discursivo do estudo onde se contrapõe os resultados de forma positiva ou negativa com os principais argumentos teóricos. Figueiredo e Souza (2011, p.181), explica que a fundamentação teórica é a base de suporte ao tema qual deve conter explicação, discussão e demonstração. O autor destaca que a base teórica deve conter seções que estejam encadeadas com idéias, que as seções e subseções sejam hierarquizadas e portadoras de sentidos lógicos. O quadro abaixo demonstra exemplo baseados nos objetivos específicos. 29 Quadro 09: Modelo de tópicos da fundamentação teórica EXEMPLO DE FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: - O que é comunicação interna; - Importância da saúde organizacional para comunicação interna; - Comunicação interna como ferramenta estratégica; Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira. Para finalizar este tópico, se pode dizer que a fundamentação é a parte mais árdua do trabalho acadêmico, e sendo assim é preciso dedicação por parte do pesquisador. Quadro 10: Avaliação (2.0) Crie tópicos associados aos objetivos específicos Fonte: Maria Adriana S. B. Teixeira 3.1.5 METODOLOGIA Bianchi et al (2002) destaca que é na metodologia que o estagiário deve justificar sua escolha por esse ou aquele método, essa ou aquela técnica, especificando as etapas que serão utilizadas. Tatim e Diehl (2004), mencionam que a metodologia pode ser definida como o estudo e a avaliação dos diversos métodos, com o propósito de identificar possibilidades e limitações no âmbito de sua aplicação no processo de pesquisa científica. Pois se entende que a metodologia permite a escolha da melhor maneira 30 de abordar determinado problema, integrando os conhecimentos a respeito dos métodos em vigor nas diferentes disciplinas científicas. Os autores relatam que o método deriva da metodologia e trata do conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecerem uma realidade específica, produzir um dado objeto ou desenvolver certos procedimentos ou comportamentos. O detalhamento dos procedimentos metodológicos inclui a indicação e a justificativa do paradigma que orienta o estudo, etapas de desenvolvimento da pesquisa, descrição do contexto, processo de seleção dos participantes, procedimentos e o instrumento de coleta e análise dos dados e os recursos utilizados para maximizar a precisão dos resultados. Diante disto, elabora-se o referido organograma de formas de pesquisa e métodos científicos: 3.1.5.1 Forma de abordagem Quadro 11: Forma de Abordagem PESQUISA Quanto à forma de abordagem do problema Quantitativa Tudo pode ser quantificável. Requer o uso de técnicas de estatísticas. Qualitativa Há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Há necessidade de interpretação dos fenômenos e atribuição de significados. Quantitativa Tudo pode ser quantificável. Requer o uso de técnicas de estatísticas. Qualitativa Há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Há necessidade de interpretação dos fenômenos e atribuição de significados. Quantitativa X Qualitativa 31 Elementos da abordagem de pesquisa - Amostra - Formulário para Coleta -Abordagem - Análise Quantitativa Probabilística Roteiro estruturado Superficial Estatístico Qualitativa Não Probabilística Roteiro não estruturado Profundo Conteúdo Fonte: Maria Adriana Sena Bezerra Michel (2009) diz que os fenômenos da área de ciências sociais se manifestam de forma mais qualitativa do que quantitativa. Isto porque a realidade social se apreende de forma muito mais efetiva com a aproximação, a vivência, do que com a teoria. O autor declara que a análise qualitativa é fundamental na pesquisa em ciências sociais, pois necessita de uma avaliação robusta e consistente de seus termos, ao invés da comprovação matemática ou estatística de suas realidades. Em relação ao relato e análise dos dados obtidos na pesquisa de campo significa que na pesquisa qualitativa é necessário essencialmente: COMENTAR, ANALISAR, CRITICAR as respostas e informações obtidas dos consultados e reunir as percepções colhidas do objeto de pesquisa (MICHEL, 2009). O autor acima fala que a pesquisa quantitativa parte do princípio de que tudo pode ser quantificável, ou seja, que opiniões, problemas, informações, serão bem entendidas se traduzidas em forma de números. Portanto este tipo de pesquisa se realiza na busca de resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas variáveis preestabelecidas, na qual se procura verificar e explicar sua influência sobre outras variáveis, através da análise da frequência de incidências e correlações estatísticas. A pesquisa é considerada qualiquanti quando o estudo que quantifica e percentualiza opiniões, submetendo seus resultados a uma análise crítica qualitativa. Isso permite levantar atitude, pontos de vista, preferências que as pessoas têm respeito de determinados assuntos, fatos de um grupo definido de pessoas. Permite 32 identificar falhas, erros, descrever procedimentos, descobrir tendências, reconhecer interesses, identificar e explicar comportamentos (MICHEL, 2009). 3.1.5.2 Objetivos Metodológicos Os objetivos metodológicos vem mostrar quais características dos objetivos da pesquisa para responder as hipóteses caracterizadas dentro dos objetivos específicos, ou melhor, os meios que o pesquisador pretende realizar. para garantir a eficácia da pesquisa. Quadro 12: Objetivos da Pesquisa Quanto aos objetivos da Pesquisa Exploratóri a Pesquisa Teórica Pesquisa Prática ou Experime ntal, Pesquisa de Campo Pesquisa empírica Pesquis a-Ação Pesquisa Aplicada Pesquisa de inovação ou tecnológic a Descritiv a Explicativa 33 Proporcion a familiaridad e com o problema, facilitando a construção de hipóteses. Propõe-se a discutir e criticar teorias existentes e é mais comument e utilizada nas áreas das ciências teóricas, como Matemátic a, Estatística Realizam- se testes práticos de ideias e proposiçõ es discutidas na teoria No ambiente natural, é particular mente important e na pesquisa social, apropriad a para estudos de indivíduos , grupos, comunida des, organizaç ões, sociedade s, Caracteriz a-se pela observaçã o e experime ntação dos fenômeno s É quando o pesquis ador se envolve tanto na análise crítica do problem a, quanto na implanta ção das soluçõe s. Procura transform ar o conhecim ento puro em elementos , situações destinada s a melhorar a qualidade de vida da humanida de. È a transformaç ão do produto já criado em produtos tecnológico s, comercializ áveis, melhorados Descreve as caracterís ticas da população ou fenômeno . Explica a razão e o porquê das coisas. Identifica os fatores que contribuem para a ocorrência de fenômenos. Nas ciências naturais, método experimental. Nas sociais, método observaciona l. Fonte: Maria Adriana Sena Bezerra A pesquisa exploratória tem o propósito de identificar informações e subsídios para definição dos objetivos, determinação do problema e definição dos tópicos do referencial teórico. Pois este tipo de pesquisa busca proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode- se dizer que esta pesquisa tem como ideal principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta da intuição (MICHEL, 2009). Perante o autor a pesquisa bibliográfica pode ser considerada uma forma de pesquisa, na medida em que se caracteriza pela busca, recorrendo a documentos, deuma resposta a uma dúvida, uma lacuna de conhecimento. Esse tipo de pesquisa procurar explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. O Gil, (2008) apud Gil, (2018), declara que a Pesquisa Exploratória: proporcionar maior familiaridade com o problema (explicitá-lo). Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso. 34 Compreende que a pesquisa exploratória é aquela que o pesquisador conhece o assunto, mas não com profundidade. Quanto à pesquisa teórica se propões a discutir e criticar teorias existentes e é mais comumente utilizada nas áreas das ciências teóricas, como Matemática, Estatística. Este tipo de estudo fornece a base de conhecimento, a explicação básica dos fenômenos, necessária para futuras aplicações e investimentos (MICHEL, 2009). A pesquisa teórica busca discutir conceitos conhecidos e algumas vezes alguns autores buscam confrontar a eficacia destas teorias. Na pesquisa prática ou experimental, realizam-se testes práticos de ideias e proposições discutidas na teoria. Esse tipo de estudo implica na simulação de ambiente laboratorial para verificação de teorias. Mais comumente utilizada nas áreas das ciências naturais e biológicas, como biologia, química, física (MICHEL, 2009). Na área de ciências sociais pode ser aplicada a situações, nas quais são simuladas condições de laboratórios: provocando conflitos, simulando ambientes específicos, reproduzindo problemas para se verificar, na prática, como se comportam as variáveis discutidas na teoria (MICHEL, 2009). Para Gil, (2018) apud Gil, (2008), a pesquisa experimental: quando se determina um objeto de estudo, seleciona-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, define-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto Estudo de Campo: procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorrem naquela realidade. A pesquisa de campo, no ambiente natural, é particularmente importante na pesquisa social, apropriada para estudos de indivíduos, grupos, comunidades, organizações, sociedades, considerando que, para que a pesquisa social, mais importante que encontrar soluções e explicar os fenômenos, entender realidades, criando significados sociais (MICHEL, 2009). Entende-se por meio do autor que a pesquisa na área de ciências sociais tem como objeto de estudo o homem seu comportamento e experiências, inserido no determinado contexto social, necessita de instrumento que possibilitem coletar dados 35 da vida real, das experiências e vivências do dia a dia para verificar, testar e confirmar como a teoria estudada aplica a realidade. Estudo de Campo: procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorrem naquela realidade (GIL, 2018 apud Gil,,2008). O autor declara que o estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Pesquisa empírica5 se caracteriza pela observação e experimentação dos fenômenos. É a pesquisa que busca respostas e soluções através da observação e prática dos fenômenos, que embasam suas conclusões. Neste tipo de pesquisa, o suporte teórico não é essencial, embora, às vezes, importante para o atendimento e comprovação (MICHEL, 2009). O autor deixa claro que é a pesquisa voltada, sobretudo, para a face experimental, vivenciada e observável dos fenômenos. É aquela que manipula os dados, fatos concretos. Procura traduzir os resultados em dimensões mensuráveis. Por esse motivo, tende a ser quantitativa, na medida do possível. O seu grande valor é trazer a teoria para a realidade concreta. A pesquisa-ação é quando o pesquisador se envolve tanto na análise crítica do problema, quanto na implantação das soluções. Destaca-se que é um tipo de investigação social com base empírica, no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (MICHEL, 2009). Pesquisa Aplicada procura transformar o conhecimento puro em elementos, situações destinadas a melhorar a qualidade de vida da humanidade. Implicam na ação do homem sobre as descobertas para a criação de produtos, serviços, visando à qualidade de vida na terra. Ex.: proposição de vacina a partir do mapeamento do veneno de animais peçonhentos (separação e quantificação exatas do veneno estudado com o propósito de se obter um remédio, uma vacina (MICHEL, 2009). 5 Este tipo de pesquisa constrói modelos a partir de análises de experiências. 36 Pesquisa de inovação ou tecnológica é a transformação do produto já criado em produtos tecnológicos, comercializáveis, melhorados. A tecnologia se caracteriza pela ação de melhoria de um produto existente, em termos de praticidade, modernização, conservação, produção em alta escala, aperfeiçoamento, incremento de tecnologia, avanços de produtos existentes (MICHEL, 2009). Pesquisa descritiva se propõe a verificar e explicar problemas, fatos ou fenômenos da vida real, com a precisão possível, observando e fazendo relações, conexões, à luz da influência que o ambiente exerce sobre eles. Não interfere no ambiente; seu objetivo é explicar os fenômenos, relacionando-os com o ambiente (MICHEL, 2009). Para pesquisa descritiva, os fatos e os fenômenos devem ser extraídos do ambiente natural, da vida real, onde ocorrem, e analisados à luz das influências que o ambiente exerce sobre eles. Por esse motivo, uma pesquisa de campo deve ser orientada pelos princípios da pesquisa descritiva. Cervo, Bervian e da Silva (2007) dizem que a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com maior precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e suas características. Oliveira Netto (2006) enfatiza que os objetivos descritivos têm como intuito a identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo. Destacando os objetivos explicativos são os que exigem maior investimento em síntese, teorização e reflexão a partir do o objeto em estudo (OLIVEIRA NETTO, 2006). Logo o autor afirma que nos objetivos explicativos o pesquisador deve explicar as razões que contribuem para ocorrência dos fenômenos. 3.1.5.3 Quanto ao gênero: teórica x empírica x metodológica x prática Menciona-se que existem três tipos de gêneros, os quais podem caracterizar o estilo de sua pesquisa. Portanto analise quais dos gêneros que se identifica com sua pesquisa e explique o porquê. 37 O autor Fantinato (2015), explica que os gêneros podem ser: A) Teórica: dedicada a (re)construir teoria, conceitos, ideias, ideologias, polêmicas, tendo em vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos. Não implica intervenção na realidade, mas cria condições para tal intervenção; B) Empírica: baseado na experiência comum e na observação; um fato que se apoia somente em experiências vividas, na observação de coisas, e não em teorias; - Empírico: baseado na experiência comum e na observação; um fato que se apoia somente em experiências vividas, na observação de coisas, e não em não em teorias; - Método empírico: feito por meio de tentativas e erros, caracterizado pelo senso comum, e cadaum compreende À sua maneira. Conhecimento empírico é muitas vezes superficial, sensitivo e subjetivo - o método empírico: feito por meio de tentativas e erros, caracterizado pelo senso comum, e cada um compreende á sua maneira. Conhecimento empírico é muitas vezes superficial, sensitivo e subjetivo C) Metodológica: voltada para a inquirição de métodos e procedimentos adotados como científicos. Ex: estudos de paradigmas científicos, crises da ciência, métodos e técnicas dominantes da produção científica. E) Prática: trata-se da pesquisa ligada à prática de conhecimento científico para fins explícitos de intervenção na realidade, mas sem perder o rigor metodológico. 3.1.5.4 Amostra Quadro 13: Tipo de Amostra QUANTO A AMOSTRA É uma parte essencial do procedimento científico. Logo, a amostra é a menor representação de um todo maior (o universo). Existem basicamente dois procedimentos para determinação da amostra: a probabilística e não probabilística. 38 Probabilística – Neste tipo de amostragem os elementos do universo têm a mesma chance de serem escolhidos. A.1. Amostra Casual Simples – É a forma básica da amostra probabilística, ou seja, a seleção é realizada permitindo que cada membro da população tenha mesma chance de ser selecionado. O exemplo a seguir demonstra como se pode proceder para se compor uma amostra casual simples de dois casos de uma população de cinco casos. Os casos são: A, B, C, D e E e há dez possíveis pares de casos: AB, AC, AD, BC, BD, BE. Após combinação escreva estas num papel e coloque os dez papeis dentro de um chapéu e faço o sorteio. A.2 Amostra Casual Estratificada – Nesta amostragem a população é cadastrada e dividida. Para se constituir estes estratos deve se basear nos seguintes critérios tais como: sexo, idade, etnia, moradia e outros. A.3 Amostra por agrupamentos ou por conglomerados – A amostra por grupos se apresenta como variação da aleatória simples. A.4 Amostra por área – É um tipo de pesquisa muito utilizada em pesquisas de comunidade e se torna mais útil quando não se conhece a população. Os pesquisadores para compor esta amostragem podem fazer usos de mapas cartográficos ou de fotos de área. Dividem-se os mapas em áreas ou em unidades e procede-se ao sorteio. Logo, as áreas serão sorteadas primeiramente e todos os elementos daquelas áreas serão pesquisados. Amostra não Probabilística – são aquelas compostas de forma acidental ou intencional, ou seja, os elementos não são selecionados aleatoriamente. A.1 Amostra Acidental – É uma amostra que é formada por aqueles casos ou elementos que vão aparecendo. Este tipo de amostra é de grande utilidade em estudos exploratórios de um problema, quando os pesquisadores não têm definição clara sobre as variáveis a serem selecionadas. A.2 Amostra Intencional – nesta amostra os elementos já são escolhidos. Entretanto não é representativa no universo e, portanto, é impossível a generalização dos 39 resultados da pesquisa. Destaca-se que os resultados têm validade para o grupo específico selecionado para o estudo. Fonte: Barros e Lehfeld (2007) 3.1.5.5 Tamanho da Amostra Para Figueiredo e Souza (2011, p.150), alegam que as pesquisas são realizadas por meio de estudos dos elementos que compõem uma determinada amostra extraída da população que se pretende analisar. Os autores revelam que raramente se estuda uma população inteira, pois, uma amostra, desde que representativa daquele universo, é suficiente para produzir resultados idênticos caso fosse utilizada com o conjunto da população. Porém, para que a representação seja significativa existem princípios que determinam o tamanho da amostra e a margem de precisão esperada. O processo estatístico dispõe de procedimentos que possibilitam determinar o tamanho da com as respectivas margens de erros. Para tanto são realizados desde cálculos estatísticos a parâmetros pré- estabelecidos em tabelas de amplitude da população. Para calcular o tamanho de uma amostra finita, pode levar em consideração apenas os dados pré-determinados numa tabela de amplitude (FIGUEIREDO e SOUZA, 2011, p.150). Os autores explicam que para estimar o tamanho da amostra, a partir de um universo infinito, utiliza-se a seguinte fórmula: N= o².p.q ___________ E² N= Tamanho da amostra; o²= Nível de confiança escolhido, em número de desvios (sigmas); P= Proporção das características pesquisadas no universo, calculada em percentagem; q= Proporção do Universo que não possui a característica pesquisada (q= 1- p). Em porcentagem: q = 100 – p. E² = Erro de estimação permitido. 40 Observa-se que a fórmula não inclui a amplitude do universo, somente da amostra, pois se trata de uma população infinita. Destaca-se que o nível de confiança de 99% e um erro permitido de 4% (FIGUEIREDO e SOUZA, 2011, p.152). 1.5.6 Coleta de dados A coleta de dados explica os instrumentos utilizados para realizar os devidos questionamentos associados aos objetivos específicos. Destaca-se que todas as perguntas utilizadas nos instrumentos de coleta de dados devem se encontrar em consonância com os objetivos específicos. Quadro 14: Coleta de Dados COLETA DE DADOS Questionário Formulário Entrevista As perguntas são entregues aos informantes e estes preenchem as respostas. OBS: Tanto no questionário como no formulário as perguntas podem ser construídas de forma aberta e fechada. Na pergunta aberta o entrevistado tem mais liberdade para responder. As perguntas são elaboradas pelo entrevistador, o qual faz o questionamento aos entrevistados. Nas entrevistas é o entrevistador que elabora as questões, anota e grava. OBS: As entrevistas podem ser estruturadas e não estruturadas. As entrevistas não estruturadas são realizadas por meio de uma conversa informal entre entrevistado e entrevistador. Já nas entrevistas estruturadas o pesquisador já vem com 41 Ex: Qual a importância do Teatro Amazonas para o Turismo? No que se refere à pergunta fechada o entrevistado fica mais restringido. Ex: Você conhece o interior do teatro Amazonas? () Sim () Não as questões previamente prontas. Fonte: Maria Adriana Sena Bezerra Rodrigues (2007, p.137), clarifica que o questionário é uma técnica de coletas de informações constituídos por indagações escritas. Destina-se aos sujeitos eleitos como informantes da pesquisa, seja por conhecerem o assunto sob investigação, por terem testemunhado algum aspecto daquilo que se quer estudar, ou ainda por haver interesse em conhecer a percepção dos ditos sujeitos relativamente a alguma coisa. O autor informa que as indagações contidas nos questionários devem ser breves. Isto porque longos textos com perguntas podem levar alguns respondentes a querer livrar –se do encargo de respondê-los, seja pela via da recusa peremptória, seja deixando de devolvê-los, seja marcando resposta sem ler, ou respondendo de forma vago e leviano às questões abertas. Destaca-se que os questionários se caracterizam com questões abertas e fechadas. Rodrigues (2007, p.139), explica as vantagens e desvantagens das questões abertas: - Os respondentes dominem com relativa desenvoltura a arte da escrita. É mais fácil marcar um sinal do que escrever; - O número de respondentes ou de questões não for muito grande, ou a organização dos dados poderá tornar-se muito trabalhosa. Não é fácil classificar e organizar todas as possíveis respostas que serão colhidas; - O informante for mais um narrador que um simples respondente. Aí as perguntas abertas têm o mérito de facultar ao respondente –narrador a oportunidade de apresentar informações não previstas pelo pesquisador, que 42 dizer, quandopesquisador reconhecer que o informante pode ter informações que ele não prevê e por isso não formula indagações a respeito delas; - O questionário aberto tem desvantagens de ensejar respostas imprecisas, evasivas, contendo desvio temático e cuja leitura pode ser difícil, ou pela letra do respondente, ou pela falta de clareza do discurso do depoente. Vantagens e desvantagens do questionário fechado - Simplicidade de compreensão e organização das respostas, para o respondente; - Clareza das respostas, para o pesquisador; - Praticidade para o respondente; - Limitando, porém, o depoente às previsões do pesquisador. Entende que as entrevistas é um instrumento de coleta de informações. Sua importância, porém, faz com que seja tratada como um tópico autônomo (RODRIGUES, 2007, p.133). O autor elenca que as perguntas devem ser formuladas com maior clareza possível. Perseguir a clareza é uma meta que pode ser favorecida pelo uso de frases em ordem direta, pela simplificação do período, que deve ser singelo, contendo um só ponto a ser esclarecido de cada vez. Michel (2009) descreve as seguintes técnicas de coleta de dados conforme o quadro abaixo: Quadro 15: Técnicas de Coleta de Dados OBSERVAÇÃO INDIRETA Dados Secundários OBSERVAÇÃO DIRETA Dados Primários OBSERVAÇÃO DIRETA Dados terciários Análise documental DIRETA INTENSIVA Observação • Sistemática e assistemática • Participante e não participante • Individual e em gruo; • Na vida real ou no laboratório Entrevista • Estruturada Citados, fornecidos por outros, sem comprovação 43 • Semiestruturada • Painel • Grupo Focal Análise de Conteúdo DIRETA EXTENSIVA • Formulário; • Questionário Fonte: MICHEL,( 2009). 3.1.5.7 Análise dos dados Quadro 16: Análise dos dados Análise dos Dados A análise dos dados poderá ser de caráter qualitativo ou quantitativo. Poderão ser utilizados varias técnicas. Logo, podem utilizar gráficos e tabelas, mas, também, deve se fazer uma análise descritiva, ou seja, dando uma visão geral dos resultados. Dencker (1998) relata que é interessante fazer o cruzamento dos dados pelo fato de poder evidenciar as relações entre as várias categorias de informação. Fonte: Maria Adriana Sena Bezerra 3.1.5.8 Procedimentos técnicos Quadro 17: Procedimentos Técnicos Quanto aos procedimentos técnicos Bibliográfico Documental Levantamento Estudo de caso Ex post facto Ação Participante 44 Material escrito Documentos Interrogação Observação Após evento Problema coletivo Interação do pesquisador Fonte: Maria Adriana Sena Bezerra Destaca-se que a pesquisa bibliográfica é aquela que utiliza material escrito. Portanto, são consideradas fontes bibliográficas os livros (de leitura corrente ou de referência, tais como dicionários, enciclopédias, anuários etc.), as publicações periódicas (jornais, revistas, panfletos etc.), fitas gravadas de áudio e vídeo, páginas de web sites, relatórios de simpósios / seminários, anais de congressos e outros; Enfatiza-se que a pesquisa documental é a que utiliza fontes de informação que ainda não receberam organização, tratamento analítico e publicação, como tabelas estatísticas, relatórios de empresas, documentos arquivados em repartições públicas, associações, igrejas, hospitais, sindicatos, fotografias, epitáfios, obras originais de qualquer natureza, correspondência pessoal ou comercial e outros; Quanto ao levantamento (pesquisa de opinião, de motivação etc.) é a que busca informação diretamente com um grupo de interesse a respeito dos dados que se deseja obter, utilizando questionários, formulários ou entrevistas. Os dados são tabulados e analisados estatisticamente; Estudo de caso é quando se deseja estudar com profundidade os diversos aspectos característicos de um determinado objeto de pesquisa restrito; Salienta-se que pesquisa ex post facto provem de uma pesquisa experimental, o qual ocorre após um fato ou fenômeno ter ocorrido, tenta-se explicá- lo ou entendê-lo; Pesquisa-ação é quando os pesquisadores e os participantes envolvem-se no trabalho de pesquisa de modo participativo ou cooperativo, interagindo em função de um resultado esperado; Pesquisa participante é a que ocorre por meio do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado para se obter informações sobre a realidade dos atores sociais em seus próprios contextos. 3.1.5.9 Método 45 Quadro18: Métodos MÉTODOS ESPECÍFICOS Dialético Estudo de Caso História de vida e História oral Método Funcional Matemático Experimental Observacional Comparativo Econométrico As contradições dão origem a novas contradições que requerem solução Consistem na investigação de casos isolados ou de pequenos grupos, com o propósito básico de entender fatos, fenômenos sociais São métodos que utilizam como fontes de informação pessoas, em relatos escritos ou falados, cuja experiência de vida esteja diretamente relacionada com o objeto de estudo. Este método guarda forte relação com a teoria e sistema, na medida em que estuda e procura entender os fenômenos sociais, através do estudo das partes integrantes do todo, o sistema que envolve o problema. Tem como objeto o estudo das noções ideais, sejam, as noções que não têm existência real, a razão, as abstrações deverão criá-las, defini-las. Consiste em submeter o objeto de estudo à influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas, para observar os resultados que a variáveis produz no objeto. Consiste na observação, no uso dos sentidos para captar dados da realidade que se quer investigar. É o que possibilita o estudo comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tempo. Tem como objetivo o estudo do aspecto quantitativo das ralações entre os fenômenos econômicos MÉTODOS Método Indutivo Método Dedutivo Hipotético-Dedutivo Provém do particular para o geral. Logo, inicia-se do processo de observação de números de casos concretos e Procede do geral para o particular. Assim sendo, vêm de princípios considerados verdadeiros indiscutíveis Começa com o problema, passa pela hipótese e por dedução que vai testar a ocorrência. 46 superficialmente confirmadores da suposta realidade (PINTO, 2007). Fonte: Maria Adriana Sena Bezerra Destaca-se que método científico é um conjunto de processos e operações mentais que se deve empregar na investigação científica. É a linha de raciocínio adotada no processo da pesquisa. Os principais métodos de abordagem que fornece as bases lógicas da investigação são: Indutivo, dedutivo, hipotético –dedutivo e dialético. Métodos específicos de cada área do conhecimento com suas peculiaridades e problemas específicos vão exigir métodos, caminhos específicos a serem seguidos. A especificidade e a complexidade de cada problema irão determinar o método (ou métodos) ideal a ser utilizado, aquele que melhor atenda às exigências do objeto pesquisado, aos meios e processos necessários à pesquisa (MICHEL, 2009). Os métodos específicos têm por objetivo proporcionar ao investigador os meios técnicos para garantir a objetividade e a precisão no estudo dos fatos sociais. Eles fornecem a orientação necessária à realização da pesquisa social, sobretudo no que se refere à obtenção, processamento, análise e validade dos dados pertinentes à problemática que está sendo investigada (MICHEL, 2009). Destaca-se que podem ser identificados vários métodos específicos de que dispõem as ciências sociais nem sempre são suficientes para orientar todos os procedimentos a serem desenvolvidos ao longo
Compartilhar