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AMINOÁCIDOS, PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS Rodrigo Fráguas Definição: São constituídas por átomos de C, H e N (16%), enxofre e alguns minerais, organizados em Aminoácidos e apresentando alto peso molecular. A função da proteína será dada pela seqüência de Aa que ela irá apresentar BIOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS Funções: - Enzimas - Transporte - Defesa (anticorpos) - Estruturais (colágeno, queratina) - Regulação (hormônios) - Contração (actina /miosina) C C O OH H H 2 N R Funções das Proteínas Enzimas – Ribonuclease. Proteínas reguladoras – Insulina. Transportadoras e armazenadoras – Hemoglobina, albumina, lipoproteínas, ferritina. Sustentação e Estruturais – Colágeno, elastina, queratina. Contrácteis - Actina, Miosina. Imunidade – anticorpos e complemento. Impulsos nervosos – receptores (rodopsina na retina). Controle de crescimento e diferenciação – fatores de crescimento e hormônios. Coagulação – trombina, plasminogênio. Nutrição – caseína, albumina. Toxinas - toxinas botulínica e diftérica, veneno de cobra, ricina. Proteínas exóticas – Anti-congelante em peixes. ESTRUTURA GERAL DOS AMINOÁCIDOS Características estruturais comuns Grupos substituintes Configuração absoluta R CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Aminoácidos Apolares com grupo R Alifáticos Aminoácidos Polares com grupo R não carregados HIDROFÓBICOS HIDROFÍLICOS * * * * Aminoácidos presentes no BCAA (Branch Chain Amino Acids) CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Aminoácidos Apolares com grupo R Aromáticos ESPECTROS DE ABSORÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Peptide Bond --S—S-- CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Aminoácidos Polares com grupo R Carregados Positivamente Aminoácidos Polares com grupo R Carregados Negativamente ESTRUTURA GERAL DOS AMINOÁCIDOS (exceção Glicina) Carbono Assimétrico - Proteínas : L-aminoácidos AMINOÁCIDOS ESPECIAIS Cisteínas Cistina Ausência de Carbono Assimétrico São derivados de modificações de algum dos 20 aminoácidos, para melhor desempenho de uma função, são chamados de especiais porque são encontrados em locais específicos. Não sabe-se ao certo quantos existem. CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS ALBUMINA x BCAA (Branch Chain Amino Acids) * Recomendação pode ser de 0,20g/Kg Valina Leucina Isoleucina PROPRIEDADES DOS AMINOÁCIDOS PROTONADO DESPROTONADO Ponto Equivalência Ponto semi-equivalência CURVA DE TITULAÇÃO - GLICINA pI => pH onde carga elétrica é neutra?? pH pK - Forma protonada pH pK - Forma desprotonada pH = pK - 50% de cada forma Íon dipolar ou zwitterion SÍNTESE DE PROTEÍNA - LIGAÇÃO PEPTÍDICA É codificada pelo gene e é específica para cada proteína. - seqüência de aminoácidos ao longo da cadeia polipeptídica, determinando a ordem dos aminoácidos na cadeia polipeptídica. Ligação peptídica tem característica entre ligação simples e dupla ligação – interação entre as duas formas de ressonância. LIGAÇÃO PEPTÍDICA Pentapeptídio Característica: Caráter de Dupla Ligação devido a ressonância Consequência: Os átomas de carbono de nitrogênio não rodam e seus ligantes não mudam de plano COMO AS LIGAÇÕES PEPTÍDICAS SÃO FORMADAS?? COMO AS LIGAÇÕES PEPTÍDICAS SÃO FORMADAS PROPRIEDADES DOS PEPTÍDIOS PROPRIEDADES FUNCIONAIS DOS PEPTÍDIOS Hormônios Antibióticos Agentes redutores Aplicações terapêuticas Unidades funcionais das proteínas PROPRIEDADES FUNCIONAIS DOS PEPTÍDEOS PEPTÍDIOS DE IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA ENCEFALINAS 5 ADRENAL ANALGESIA OXITOCINA 9 HIPÓFISE CONTRAÇÃO UTERINA VASOPRESSINA 9 HIPÓFISE PRESSÃO SANGUÍNEA GLUCAGON 29 PÂNCREAS GLICEMIA GRAMIDICINA 10 Bacillus brevis ANTIBIÓTICO GLUTATIONA 3 CÉLULAS PROTEÇÃO RADICAIS LIVRES PEPTÍDIOS AMINOÁCIDOS PRODUÇÃO EFEITOS PEPTÍDEOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS Ocitocina – Contração da musculatura uterina no parto e da glândula mamária na lactação – produzida pela pituitária posterior Vasopressina – Aumento da pressão sangüínea e da reabsorção de água pelo rim – produzida pela pituitária posterior CARACTERÍSTICAS DE COMPOSIÇÃO DE ALGUMAS PROTEÍNAS PROTEÍNAS No. de AMINOÁCIDOS No. De CADEIAS POLIP. Insulina (bovina) 51 2 Lisozima (clara de ovo) 129 1 Mioglobina (cavalo) 153 1 Hemoglobina (humana) 574 4 Asp transcarbamoilase (E. coli) 2700 12 RNA polimerase (E. coli) 4100 5 Apolipoproteína B (humana) 4536 1 MECANISMO DE MATURAÇÃO DA INSULINA (Modelo Peptídico) MATURAÇÃO DA CADEIA POLIPEPTÍDICA DA INSULINA ESTRUTURA DE PROTEÍNAS CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS EM GLOBULARES E FIBROSAS Proteínas Globulares MIOGLOBINA Proteínas Fibrosas Três níveis de organização das Fibras de Colágenos vistos através de microscópio eletrônico. O Colágeno é uma estrutura rígida em forma de bastão, constituída por unidade repetitivas formadas por três filamentos enrolados, denominado por tropocolágeno. Em B temos as fibras de colágenos formando uma malha, devido o entrecruzamento, que possibilita as características de elasticidade e resistência do tecido conectivo. Em C se vê um nível maior de organização do colágeno. ORGANIZAÇÃO DAS FIBRAS DE COLÁGENOS PRESENÇA DE COLÁGENOS NOS TECIDOS Corte transversal do Osso Tendão Tecido conectivo Colágeno: tendão, cartilagem, matriz orgânica de osso, pele) ESTRUTURA BIOQUIMICA DO COLÁGENO Estriações cruzadas. 64 nm Cabeça das moléculas de tropocolágeno Secção de uma molécula de tropocolágeno 250 nm Três hélices enrolam-se uma ao redor da outra em uma torção orientada à direita, formando o tropocolágeno de 300 kDa. Uma molécula em forma de bastão com cerca de 300 nm de comprimento e apenas 1nm de espessura. Os três polipeptídios do tropocolágeno tem perto de 1.000 resíduos de aminoácidos. A hélice do colágeno é uma estrutura secundária repetitiva única e características desta proteína. ESTRUTURA BIOQUIMICA DO COLÁGENO A seqüência repetitiva tripeptídica (Gly-X-Pro ou Gly-X-Hyp adota uma estrutura orientada à esquerda com três resíduos por volta. Em alguns tipos de colágenos todas as três cadeias tem seqüência idêntica, mas em outros, duas cadeias são idênticas e a terceira é diferente. Os resíduos de glicina estão evidenciados em vermelho. A glicina devido seu pequeno tamanho é necessária nas junções apertadas onde as três cadeias estão em contato. Fibrilas e Fibras de Colágenos VISÃO GERAL DAS FIBRAS DE COLÁGENOS As cabeças das moléculas adjacentes são escalonadas e o alinhamento de grupos destas cabeças de cada quarta molécula produz o estriamento na micrografia eletrônica. -queratina : 85% proteína celular dímero 310 a.a (450Å) protofilamento (2 dímeros antiparalelos) microfibrila (4 protofilamentos) lig. cruzadas (covalentes dissulfeto) dureza/resistência (18% cisteínas) mamíferos -queratina (pássaros e répteis) PROTEÍNAS FIBROSAS QUERATINA Queratina – é uma proteína mecanicamente durável e quimicamente não-reativa – presente nos cabelos , unhas , penas Essas características são proporcionadas pela montagem de uma estrutura espiral-enrolada ou super-hélice e é uma conseqüência de sua estrutura primária QUERATINA DO CABELO Proteína fibrosa obtida de larvas cultivadas (Bicho da seda) da mariposa. Consiste de folhas antiparalelas com as cadeias laterais estendendo-se paralelamente ao eixo da fibra FIBROÍNA DA SEDA PROTEÍNAS FIBROSAS VISÃO GERAL DA ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL NAS PROTEÍNAS GLOBULARES Estrutura Terciária Estrutura Quaternária ESTRUTURA SECUNDÁRIA - ALFA-HÉLICE Estrutura Secundária – descreve o arranjo espacial dos resíduos de aminoácidos adjacentes na estrutura polipeptídica, formando organizações estáveis. Estrutura em alfa-hélice – é o enrolamento da cadeia polipeptídica ao redor de um eixo, é mantida por pontes de hidrogênio entre oxigênio do –C=O de uma unidade peptídica e o nitrogênio do grupo –NH da quarta unidade subseqüente. ESTRUTURA SECUNDÁRIA - BETA-PREGUEADAAs ligações são estabelecidas entre cadeias polipeptídicas diferentes, distendidas ou entre segmentos distantes e distendidos de uma mesma cadeia. Os grupos R dos aminoácidos projetam-se para cima ou para baixo do plano da folha pregueada. Estrutura de folha pregueada ou configuração beta é a interação lateral de segmentos de uma cadeia polipeptídica, através de pontes de hidrogênio. jjj 6,8Å 6,4Å 2,7Å ESPECTRO DE DICROÍSMO CIRCULAR Estrutura em alfa Hélice Estrutura beta pregueada UM RESUMO Estrutura Randômica DOMÍNIO DE RECONHECIMENTO A CARBOIDRATO Domínio: parte da cadeia polipeptídica estruturalmente independente, tem função específica - Geralmente apresentam-se em polipeptídios com mais de 200 resíduos; - Em pequenas proteínas o domínio é a própria proteína ESTRUTURA TERCIÁRIA Estrutura Terciária – descreve o dobramento final da cadeia polipeptídica por interações de regiões com estrutura regular (alfa-hélice, folha pregueada e curvaturas) ou de regiões sem estrutura definida – interações através do grupo R. Interações de Hidrogênio – união do grupo C=O e o próton de um grupamento NH. Interações eletrostática ou iônica – interação de grupos de carga positiva com os de carga negativa – Camada de Solvatação – íon dipolo com a água Ligações dissulfeto – ligação covalente entre cadeias laterais através de dois grupos SH de cisteína por desidrogenação. INTERAÇÕES QUE MANTÉM A ESTRUTURA TERCIÁRIA ESTRUTURA QUATERNÁRIA Estrutura Quartenária – descreve associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas (subunidades) para compor uma proteína funcional . A estrutura quartenária é mantida por ligações não covalentes ESTRUTURA QUATERNÁRIA EFEITO DO pH E TEMPERATURA Desnaturação de proteína por temperatura Efeito do pH na Estrutura de Proteínas Desnaturação: perda da estrutura tridimensional , com consequente perda de função. - Pode ser reversível (Ribonuclease 124aa) e irreversível; -Não altera a estrutura primária; -Não causa perda de valor nutritivo; Agentes desnaturantes: rompem as interações fracas entre os aa da proteína, MÉTODOS - PURIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS Cromatografias (tamanho, carga, afinidade). Cromatografias (troca iônica). Cromatografia de Filtração em gel Cromatografia de Afinidade PAGE Focalização isoelétrica - (pI): mistura de ácidos e bases orgânicos de baixo peso molecular (anfólitos) sob a ação de campo elétrico ao longo de um gel /estabelecendo um gradiente de pH. As proteínas migram no gel até alcançar a região pH = pI A carga líquida de cada proteína neste ponto é zero e elas param de migrar. Anfólitos são incorporados ao gel pH decrescente Estabelece-se gradiente de pH estável após aplicação de campo elétrico Adição das proteínas e aplicação de campo Após coloração, proteínas distribuídas ao longo do gradiente de pH, de acordo com os pIs. COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE ALGUMAS SEMENTES 100 g do produto Umidade (%) Energia (kcal) Proteína (g) Lípídeos (g) Carboidratos (g) Fibra Alimentar (g) Amêndoa 3,1% 581 18,6 47,3 29,5 11,6 Castanha de caju 3,5 570 18,5 46,3 29,1 3,7 Castanha do Brasil 3,5 643 14,5 63,5 15,1 7,9 Gergelim* 3,9 584 21,2 50,4 21,6 11,9 Linhaça* 6,7 495 14,1 32,3 43,3 33,5 Pinhão 50,5 174 3 0,7 43,9 15,6 Semente de abóbora** 3,53 501 29,78 32,44 30,02 7,56 Semente de girassol** 3,06 475 16,96 25,88 51,31 7,84 Semente de baru** 6,10 502 23,9 38,2 29,1 13,4 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE ALGUMAS CARNES VERMELHAS COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE ALGUMAS BEBIDAS Quais vantagens?? Escreva as reações de ionização dos grupamentos carboxila (pKa1 = 1,9) e (pKa2 = 3,9) e do grupamento amina (pKa3 = 9,9) do aminoácido aspartato e complete a tabela abaixo com as formas iônicas predominantes nos pH assinalados. E calcule o PI (Ponto Isoelétrico) Reações de ionização do COOH COO- + H+ (pk1 = 1,9) Ácido aspártico COOH COO- + H+ (pk2 = 3,9) (R = CH2-COO- NH3+ NH2 + H+ (pk3 = 9,9) pH 1,0 pH 1,9 pH 3,0 pH 3,9 pH 7,4 pH 9,9 pH 12,0 Formas Iônicas COOH __________ COOH __________ NH3+ __________ __________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ __________ __________ 24.bin 25.bin 26.bin
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