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Prova de Direito Civil - Aberta tipo 7 - 9º Noturno

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FAVAG
	FACULDADE VALE DO GORUTUBA
ASSOCIAÇÃO DE ENSINO VALE DO GORUTUBA
	CURSO: Direito
DISCIPLINA: Direito Civil - Sucessões
PROFESSOR: Troy Steve Ribeiro
	PERÍODO/TURNO: 9º/matutino
VALOR: 20 PONTOS
NOTA DO ALUNO: 
Prova tipo 07
	
ACADÊMICO(a): Nathalia Pereira dos Santos DATA: 24/04/2020
No dia 12/12/2010, Dr. Marte Silva, advogado, foi ao Tabelionato de Notas do 1º Ofício da Comarca de Apostas, para lavrar uma Escritura Pública de Inventário e Partilha dos bens deixados pelo falecimento do Sr. Saturno Costa, que ao tempo do seu falecimento era solteiro. Dr. Marte Silva apresentou toda a documentação necessária ao tabelião, dentre ela, as certidões de óbito, comprovando que o Sr. Saturno Costa faleceu no dia 09/09/2000. O advogado da família salientou que ele teve 04 (quatro) irmãos: Lua Costa; Vênus Costa; Terra Costa e Plutão Costa. Dr. Marte Silva, depois de especificar os herdeiros, juntou ainda certidões de óbito de Lua Costa e de Plutão Costa. Esclareceu ao tabelião que a morte da primeira ocorreu em 15/12/1988, deixando dois filhos (Lambari Costa Souza e Tilápia Costa Souza) e o viúvo meeiro (Salomão Souza), cujo casamento foi celebrado sob o regime da comunhão parcial de bens, em data de 23/08/1978. Já a morte do segundo, ocorreu posteriormente, em data de 13/11/2005, deixando quatro filhos (Rosa Costa, Margarida Costa, Cravo Costa e Violeta Costa) e a viúva meeira (Pedra de Oliveira Costa), cujo casamento também foi celebrado sob o regime da separação convencional de bens, em data de 30/10/1980. Verificou-se, ainda, que, conforme a certidão do registro imobiliário, Saturno Costa possuía apenas um único bem a ser partilhado, qual seja, o imóvel urbano situado na Rua das Couves, n. 80, Centro, na cidade de Quero Mais. O tabelião de Notas do 1º Ofício lavrou a Escritura Pública de Inventário e Partilha dos bens deixados por falecimento de Saturno Costa, na qual figuraram como herdeiros: Vênus Costa, Terra Costa, Lambari Costa Souza, Tilápia Costa Souza, Rosa Costa, Margarida Costa, Cravo Costa, Violeta Costa e, como meeiros, Salomão Souza e Pedra de Oliveira. Ficando a partilha assim definida: Vênus Costa e Terra Costa herdaram, cada um, a fração correspondente a 1/4 do imóvel; Salomão Souza, como viúvo meeiro, ficou com a fração correspondente a 1/12 do imóvel; Lambari Costa Souza e Tilápia Costa Souza herdaram, cada um, a fração correspondente a 1/12 do imóvel; Pedra de Oliveira, como viúva meeira, ficou com a fração correspondente a 1/8 do imóvel; Rosa Costa, Margarida Costa, Cravo Costa e Violeta Costa herdaram, cada um, a fração correspondente a 1/16 do imóvel. Dr. Marte Silva, de posse da referida escritura pública, apresentou a mesma ao Registro Imobiliário para o devido registro. Todavia, foi surpreendido com uma nota de devolução que, em síntese, exigia a apresentação de uma escritura pública de re-ratificação, tendo em vista que a escritura apresentada feria o direito sucessório, bem como o direito tributário vigentes em nosso ordenamento pátrio. 
Questão 01: Como se dará corretamente a partilha do bem deixado pelo Sr. Plutão Costa? (Valor: 20 pontos)
Primeiramente, conforme o princípio do seisime a posse dos bens do de cujus transfere-se aos herdeiros imediatamente com a decretação de sua morte no momento exato dessa. Sendo assim, tendo ocorrido a morte do de cujus no ano de 2000, a partilha dos bens deste será regida pelo código civil de 1916 vigente no momento desta.
Portanto, conforme o Art. 1.617 deste, em falta de irmãos, herdarão os filhos destes: sendo assim a quota parte de Lua será herdada por meio de representação pelos seus filhos Lambari e Tilápia correspondendo a cada um 12,5% do imóvel em questão. Conforme o § 1º desse mesmo artigo só concorrerem a herança filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça excluindo assim o cônjuge. Sendo assim Salomão viúvo de Lua não concorre a herança, (sendo meeiro) respeitando também o Art. 269 que afirma que quando os contraentes declarem que adaptam o regime da comunhão limitada ou parcial, ou usarem de expressões equivalentes, entender-se-á que excluem da comunhão: Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhes sobrevierem, na constância do matrimônio, por doação, ou sucessão.
Vênus e Terra são herdeiros próprios receberão a quota parte que lhes pertence: 25% do imóvel a cada um deles.
A quota parte de plutão (25% do imóvel) foi recebida ainda regida pelo CC de 1916, porém tendo sua morte ocorrida em 13 de novembro de 2005, ele foi herdeiro próprio até a data de sua morte. Sua sucessão será regida pelo código civil de 2002. Ficando estabelecido o entendimento do STJ de que, o artigo 1.829, inciso I, do Código Civil de 2002 confere ao cônjuge casado sob o regime de separação convencional de bens a condição de herdeiro necessário, que concorre com os descendentes do falecido independentemente do período de duração do casamento, com vistas a lhe garantir o mínimo para uma sobrevivência digna. Sendo assim Pedra, viúva de plutão não é meeira, concorrendo com seus filhos Rosa, Margarida, Cravo e Violeta 5% do imóvel (sem contar os bens deixados pelo falecido, que não entram na questão).
Questão 02: Em que ponto a partilha errônea do bem imóvel deixado por Saturno Costa fere o Direito Tributário? (Valor: 02 pontos extras) 
A partir do momento em que foi recolhido o ITCMD com a base de cálculos incorreta, pois a divisão da herança estava incorreta, lesando o Estado. Sendo a partilha correta: Lambari e Tilápia com 12,5% do imóvel; Vênus e Terra com 25% cada um do imóvel; e por fim, Rosa, Margarida, Cravo e Violeta com 5%.

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