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Contabilidade Básica - Aula 0 de 9

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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
Professor Thiago Ultra
Prof. Thiago Ultra www.estrategiaconcursos.com.br 1 
AULA DEMONSTRATIVA – CONTABILIDADE PARA INICIANTES – 
2013 – Teoria e Questões Comentadas
 
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 2
2. Cronograma 5
3. Conceituação da Contabilidade 7
4. Objeto da Contabilidade 8
5. Objetivo da Contabilidade 11
6. Campo de Aplicação 11
7. Usuários da informação contábil 12
8. Funções da Contabilidade 14
9. Técnicas Contábeis 16
10. 1ª Série de Exercícios 17
11. Princípios de Contabilidade 23
11.1 Princípio da Entidade 24
11.2 Princípio da Continuidade 26
11.3 Princípio da Oportunidade 26
11.4 Princípio do Registro pelo Valor Original 27
11.5 Princípio da Competência 31
11.6 Princípio da Prudência 32
12. Características qualitativas das informações contábeis 34
12.1 Características qualitativas fundamentais 35
12.2 – Características qualitativas de melhoria 37
12.3 – Restrição de custo na elaboração e divulgação de 
relatório contábil-financeiro útil 
39
12.3 – Outras alterações na NBC TG Estrutura Conceitual 40
13. 2ª Série de Exercícios 42
14. Lista de exercícios comentados na aula 62
15. Gabarito 75
 
Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
Professor Thiago Ultra
Bem vindos! Meu nome é Thiago Rodrigues Ultra Soares, 30 anos, e sou 
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil aprovado no concurso de 2009. 
Estou aqui com o objetivo de ensinar Contabilidade Geral, do jeito fácil!
Sou formado em Turismo e Hotelaria e atualmente curso Ciências 
Contábeis. Pra relaxar, costumo ler um livro ou desenhar. Aliás, os 
desenhos do Zé Luís (já já descobrirão quem é) que vocês encontrarem no 
curso foram feitos por mim, beleza? A corujinha queridinha, por sua vez, é 
do Estratégia ☺.
Hoje diversos concursos exigem conhecimento multidisciplinar, abarcando 
matérias que eventualmente nos são estranhas, mas que precisamos 
aprender ao longo da trajetória de conquista do cargo público. Meu 
primeiro contato com a Contabilidade foi na Faculdade de Turismo, mas de 
maneira superficial. Aprendi, mesmo, depois de muita dedicação para 
conquistar meu cargo. Hoje estou aqui com essa proposta de curso em 
exercícios, a fim de lhes ajudar a alcançar o tão sonhado cargo público.
Ao longo de quase 10 anos de concursos, fui reprovado em alguns e 
aprovado em outros. O que mais me marcou em toda essa caminhada foi o 
legado que a atitude de concurseiro me deixou. Tornei-me mais focado, 
mais organizado e mais confiante. Aprendi que a vida é um grande 
concurso, que exige disciplina, preparação intelectual (e física!), 
constante superação e muito foco. Além disso, as maiores barreiras que 
enfrentei nesta carreira de concurseiro não foram as provas, mas as 
inseguranças e dúvidas que persistiam até eu chegar ao momento da 
guinada, quando decidi por me tornar concurseiro e passei a canalizar 
todos os meus esforços neste sentido. A partir daí, tudo foi uma questão 
de tempo (e muita determinação) para que meus sonhos se tornassem 
realidade (e se tornaram!). Por isso, se você está aqui disposto a aprender, 
Prof. Thiago Ultra www.estrategiaconcursos.com.br 2 
1 Apresentação
Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
Professor Thiago Ultra
tenho certeza que o seu momento da guinada já ocorreu, e, portanto, a 
sua hora de vencer nas provas está chegando! Basta seguir determinado, 
focado e com muita disciplina. Ao final, seus esforços valerão a pena!
Meu histórico de aprovações é o seguinte:
• Técnico Bancário da Caixa Econômica Federal (2000)
• Técnico Judiciário - Tribunal Regional Federal da 2ª Região (2007)
• Técnico Administrativo do BNDES (2008)
• Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2009)
Mais uma coisinha! Já pedi que vocês se desfizessem de qualquer má 
impressão da contabilidade, né? Agora, vou pedir mais uma coisa (prometo 
que será a última): livrem-se dos padrões! Não existe padrão de sucesso 
para concurseiro. Se você trabalha, se estuda, se é casado e tem filhos, se 
é solteiro, se acabou de se formar, ou se não estuda há vários anos, você 
também tem chances de passar nas provas! Você que já passou pelo seu 
momento da guinada só precisa persistir com dedicação e abdicação até 
alcançar o êxito! Não se limite!
Pretendo dar uma abordagem bastante didática a este curso, sempre 
almejando a facilitação do aprendizado. Porém, ao mesmo tempo, iremos 
aprofundar a matéria a fim de deixá-los “casca-grossa” para suas provas. 
Tenho certeza que ao final do curso todos estarão preparados. Figura 
muito importante neste processo de aprendizado da Contabilidade é o Zé 
Luís.
Olha o Zé Luís aí gente!
Zé Luís é o nosso mascote. O cara é gente boa, concurseiro, dedicado e 
brincalhão. É um cara de bom coração, e com sua enorme compaixão e 
sentimento de colaboração com o grupo (de concurseiros alucinados, 
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
Professor Thiago Ultra
obviamente rsrs) pôs-se à disposição para toda e qualquer necessidade 
que se apresente. Estará permanentemente às ordens. Sempre que 
chamado, deixará seus estudos de lado (só por um tempinho) e aparecerá 
por aqui para nos ajudar. 
O Zé Luís é um personagem de ficção e, por isso, deixo claro que não me 
inspirei em nenhum Zé Luis da vida real, ok? Como nas novelas, qualquer 
semelhança é mera coincidência. Quem deu esse nome foi a minha esposa 
e, como sempre, não pude deixar de atender à sua ordem, digo, sugestão 
(rsrs). Segundo ela, nosso querido mascotinho tem “cara de Zé Luis”... só 
não me perguntem o porquê dela ter achado isso, não faço a menor idéia.
Sobre o Curso
Gente, o Contabilidade para Iniciantes é um curso completo de 
Contabilidade Geral. O “iniciantes” está aí apenas para indicar que ele foi 
preparado e conduzido de maneira a facilitar, ao máximo, a compreensão 
dos assuntos atinentes à Contabilidade, visando auxiliar, principalmente, 
aqueles que nunca tiveram contato com a matéria ou, ainda, os que não se 
deram bem com a disciplina em contatos anteriores.
Além disso, como se trata de um curso regular cujo único foco é ensinar 
contabilidade (sem ser direcionado a um ou outro concurso), as questões 
comentadas ao longo do curso são sortidas, selecionadas dentre diversas 
provas das principais bancas: ESAF, FGV, CESPE, FCC e CESGRANRIO. 
Esta versão do Contabilidade para Iniciantes, a 2013, equivale à 
“terceira edição” do curso. Portanto, já foi “lido, relido e revisado” para que 
você, futuro servidor público, possa estudar por um material de qualidade.
Confie, dedique-se e embarque conosco nesta jornada!
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
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2 - Cronograma do curso
Nosso curso será dividido da seguinte forma:
Aulas Data Conteúdo
Aula 00 -
Conceituação, objeto e finalidade da contabilidade, 
campo de aplicação, usuários da informação 
contábil, funções e técnicas contábeis. Princípios da 
Contabilidade. Características qualitativas das 
demonstrações contábeis.
Aula 01 25/01/13
Atos e Fatos Contábeis. Escrituração contábil: 
Partidas dobradas e Lançamentos. Teoria das 
Contas.
Aula 02 10/02/13
Escrituração de Operações Diversas. Erros de 
escrituração e suas correções. Livros obrigatórios.
Aula 03 25/02/13
Balancete de Verificação. Apuração do Resultado do 
Exercício. Balanço Patrimonial: Estrutura, formade 
evidenciação, critérios de elaboração e principais 
grupamentos de acordo com as modificações 
introduzidas pelas leis n.º 11.638/2007 e n.º 
11.941/2009
Aula 04 10/03/13
Balanço Patrimonial: Ativo. Estrutura, evidenciação, 
conceitos, formas e métodos de avaliação do ativo. 
Tratamento contábil das provisões incidentes. 
Método da Equivalência Patrimonial. Teste do valor 
recuperável (impairment). Arrendamento mercantil.
Aula 05 20/03/13
Balanço Patrimonial: Passivo Exigível. Composição, 
classificação das contas, critérios de avaliação, 
aderência aos princípios e normas contábeis e 
tratamento das provisões. Resultado de exercícios 
futuros: extinção e tratamento dos saldos 
remanescentes.
Aula 06 30/03/13
Balanço Patrimonial: Patrimônio líquido. : Itens 
componentes, evidenciação, métodos de avaliação, 
tratamento contábil, classificação, formas de 
evidenciação, distribuição dos resultados, 
constituição e reversões de reservas, ações em 
tesouraria. Mudança no tratamento dado à 
contabilização de prêmios na emissão de debêntures 
e subvenções e doações para investimento
Aula 07 10/04/13
Demonstração do Resultado do Exercício. 
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados.
Aula 08 20/04/13
Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração 
do Valor Adicionado.
Aula 09 30/04/13 Operações com Mercadorias
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
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Ótimas aulas! Estou certo que todos aproveitarão esta experiência!
Prof. Thiago Ultra
thiagoultra@estrategiaconcursos.com.br
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
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3 - Conceituação Da Contabilidade
“Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das 
entidades mediante o registro de todos os atos e transações comerciais”.
E aí, todos preparados? A definição acima é clássica e apresenta de 
maneira bastante sintética a conceituação da Contabilidade. Entretanto, 
como estamos em nossa aula zero, possivelmente alguns dos termos acima 
não estão muito claros. Por isso, vamos destrinchar alguns elementos 
chaves dessa conceituação.
3.1 - Contabilidade é ciência
A contabilidade é uma ciência em razão de possuir métodos, sistemas, 
princípios e teorias próprias, desenvolvidas exclusivamente para o estudo 
de seu objeto, o patrimônio. Ao contrário do que se possa imaginar, a 
Contabilidade, apesar de ser amplamente baseada em números, não é uma 
ciência exata. É, antes, uma ciência social, pois se ocupa de estudar os 
efeitos das ações humanas sobre o seu objeto de estudo. Os números são 
meros instrumentos de medida das alterações ocorridas no patrimônio. 
3.2 – Registro de todos os atos e transações comerciais
A contabilidade, por meio da escrituração contábil (que será explicada 
na seção de técnicas contábeis), registra todos os atos e transações 
comerciais ocorridos, conhecidos por fatos contábeis. E por todos, 
entendam todos mesmo! Todas as situações que, de alguma maneira, 
possam impactar o patrimônio da entidade (aumentando ou diminuindo 
seu valor, ou simplesmente mudando sua composição) são acompanhadas 
e registradas pelos sistemas de informações contábeis. Este 
acompanhamento minucioso possibilita que seus usuários extraiam 
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
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informações atualizadas, de maneira clara e simples, sobre a situação da 
entidade. E tem mais, há preocupação inclusive por registrar 
acontecimentos futuros que, ainda que com algum grau de incerteza, 
possam vir a ferir o patrimônio das entidades. A título de exemplo, a 
contabilidade se preocupa em registrar tanto a aquisição de canetas ou de 
um novo veículo, quanto prováveis perdas futuras que possam impactar 
negativamente no conjunto no patrimônio da entidade. Isso tudo será visto 
com bastante calma no decorrer do curso.
4 – Objeto Da Contabilidade
O objeto da Contabilidade é o Patrimônio das entidades 
econômico-administrativas.
O Patrimônio corresponde ao conjunto de bens, direitos e obrigações 
vinculados a uma pessoa física ou jurídica (ou apenas entidades 
econômico-administrativas). Os bens e direitos são considerados os Ativos 
da entidade, enquanto que as Obrigações são o Passivo. O Balanço 
Patrimonial é a demonstração que evidencia os componentes 
patrimoniais. Do lado esquerdo do Balanço são registradas as contas do 
Ativo, e do lado direito, as do Passivo. O patrimônio líquido, em se tratando 
de uma entidade economicamente saudável, ficará ao lado direito (caso em 
que a situação líquida é positiva). Porém, ele poderá ficar localizado à 
esquerda do balanço ou simplesmente não aparecer no balanço 
patrimonial. Estas nuances serão vistas detalhadamente na aula 
apropriada.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO (A)
- BENS
- DIREITOS
PASSIVO (P)
OBRIGAÇÕES
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PL = A - P
Soma do Ativo = Soma do passivo + PL
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
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Bens – bens são coisas que a entidade possui e que podem ser 
avaliadas monetariamente. Os bens podem ser tangíveis (ou 
materiais) e intangíveis (ou imateriais). 
Bens tangíveis ou materiais – são aqueles que possuem forma 
física e podem ser tocados. Dividem-se, ainda, em móveis (dinheiro, 
veículos, utensílios, etc) e imóveis (prédios, terrenos, etc). 
Bens intangíveis ou imateriais – são bens “virtuais”, sem forma 
física, a exemplo das ações, das propriedades intelectuais (marcas), 
dos softwares, entre outros.
Direitos – engloba tudo aquilo que a entidade tem a receber (e 
que pode exigir) de outras pessoas. Se a entidade vende uma 
mercadoria a prazo a um terceiro, ela passa a ter direito a receber o 
pagamento por aquela mercadoria, no prazo estipulado em contrato. 
Se, por outro lado, ela antecipa a um terceiro um determinado valor, 
ela tem o direito de reaver o valor antecipado ou exigir a entrega do 
bem a que se referir. A entidade pode até mesmo se creditar de 
impostos pagos na aquisição de matéria-prima, nos termos da 
legislação tributária, e escriturar esses créditos como valores a 
recuperar do governo. Alguns exemplos de direitos são as contas de 
“Duplicatas a Receber”, “Aluguéis a Receber” e “ICMS a Recuperar”.
Obrigações – As obrigações correspondem a valores que a 
entidade está obrigada a pagar ou entregar a Terceiros. Nas 
obrigações se incluem tanto os valores a serem pagos a terceiros, 
frutos de compromissos assumidos, como aqueles bens ou valores 
que foram recebidos de terceiros e que deverão ressarcidos. Alguns 
exemplos são as contas de “Empréstimos a pagar”, “ICMS a recolher” 
e “adiantamentos de clientes”. 
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
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Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido (PL) é dado pela diferença entre o Ativo (A) e o 
Passivo (P) da entidade. PL = A – P (equação fundamental). Numa 
entidade saudável, o PL será sempre positivo (já que os Ativos serão 
maiores que os Passivos). Como o Ativo são os bens e direitos da entidade, 
e o Passivo corresponde àsobrigações com terceiros, o Patrimônio 
Líquido é a parcela do patrimônio que pertence à entidade. Em 
outras palavras, o PL é o que sobraria para o proprietário da entidade caso 
todos os bens e direitos fossem realizados (transformados em dinheiro, 
basicamente) e todas as obrigações quitadas. Diz-se, também, que o PL é 
o valor residual do patrimônio após quitadas todas as obrigações.
Em razão deste caráter residual, temos que o Patrimônio líquido 
representa os Recursos Próprios da Entidade. O Passivo, por outro 
lado, representa os Recursos de Terceiros, que podem ser exigidos 
contra a entidade, já que decorrem de obrigações. É por esse caráter de 
exigibilidade contra a entidade que o Passivo é também conhecido por 
Passivo Exigível.
O passivo total, por outro lado, corresponde ao somatório do Passivo 
Exigível com o Patrimônio Líquido. Ou seja, o total de recursos que a 
entidade tem a sua disposição.
Em decorrência da equação fundamental do patrimônio, conclui-se que o 
somatório dos ativos é necessariamente igual ao total do passivo 
somado ao patrimônio líquido. Em outras palavras, o lado direito 
balanço deverá totalizar o mesmo montante que o lado esquerdo do 
balanço! O porquê dessa igualdade será visto na próxima aula, quando 
estudarmos as partidas dobradas!
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
Professor Thiago Ultra
5 – Objetivo Da Contabilidade
O objetivo da Contabilidade é estudar e controlar as variações 
ocorridas com o Patrimônio, com a finalidade de fornecer 
informações atualizadas para que os usuários da Contabilidade 
possam tomar suas decisões. 
Esquematicamente, podemos resumir o objeto e o objetivo da 
Contabilidade da seguinte maneira: 
 
6 - Campo De Aplicação Da Contabilidade
O patrimônio não existe por si só e não tem vontade própria. À exceção de 
alguns amigos que são possuídos por seus video-games, a regra é que o 
patrimônio seja possuído por alguém, que irá gerenciá-lo de maneira a 
preservá-lo e multiplicá-lo, a depender do fim social ou econômico ao qual 
se destina. 
Então pessoal, como o objeto da Contabilidade é o conjunto de bens, 
direitos e obrigações que constituem o patrimônio, o campo de aplicação 
da ciência contábil corresponde ao patrimônio considerado conjuntamente 
com as pessoas que possuem poderes de gestão e disponibilidade sobre 
ele. Este conjunto (patrimônio + gestão) é chamado de entidade 
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Objeto
Patrimônio: bens, 
direitos e Obrigações
Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
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econômico-administrativa, ou apenas Azienda (palavra italiana que 
significa fazenda). Esquematicamente:
Com isso, enquadram-se no sentido de Azienda (e fazem parte do campo 
de aplicação da Contabilidade) as pessoas físicas, os templos religiosos, os 
clubes, as micro-empresas, os partidos políticos. Assim, a Contabilidade se 
preocupa tanto com as entidades que visam ao lucro, quanto com as 
organizações sem finalidades lucrativas.
7 - Os Usuários Da Informação Contábil
As informações produzidas pela Contabilidade são 
valiosíssimas e, por isso, tem muita gente esperando 
ansiosamente pelas informações preparadas no âmbito desta 
ciência social. Estes interessados, os usuários das informações contábeis, 
acompanham a situação patrimonial (bens, direitos e obrigações), 
econômica (receitas e despesas, de maneira geral) e financeira (fluxo de 
caixa, disponibilidades financeiras) da entidade por meio das 
demonstrações contábeis produzidas. Uma delas eu já apresentei a 
vocês, apesar de sinteticamente: O Balanço Patrimonial. As demais serão 
vistas no decorrer do curso. Os usuários dividem-se em dois grupos: 
Internos e Externos.
Os usuários internos da informação contábil são aqueles que atuam na 
entidade e se aproveitam dos sistemas de informações para a tomada de 
decisões sobre o patrimônio, como é o caso do administrador da 
entidade. Com base na contabilidade, o gestor pode decidir qual o melhor 
momento para adquirir uma nova fábrica, ampliar seu processo produtivo 
ou contratar funcionários. Pode, ainda, controlar os estoques, prever uma 
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
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possível falta de disponibilidades financeiras no futuro e desde já se 
preparar para a tomada de empréstimos, entre outros.
Usuários externos, por sua vez, correspondem a todos os interessados 
externos à entidade que não possuem poderes de gestão sobre o 
patrimônio, mas, ávidos por acompanhar seu desempenho, fazem uso 
das informações produzidas pelos sistemas contábeis. Vejam alguns 
abaixo:
Governo: Interessa-se pelas informações contábeis pois, a partir 
delas, o governo pode avaliar a ocorrência de aumentos 
patrimoniais e eventuais fatos geradores de tributos, como 
também fiscalizar a correta apuração de créditos de impostos a 
restituir/compensar;
Investidores: por meio das informações contábeis podem avaliar a 
saúde econômico-financeira da empresa, a distribuição de 
dividendos e compará-la a outras opções no mercado, subsidiando 
a tomada de decisões de investimento (compra de ações e de 
quotas de capital social).
Bancos: através das informações contábeis, as instituições 
financeiras podem realizar análise de risco de crédito das 
entidades e, com isso, definir taxas de juros, determinar a 
capacidade de pagamento da entidade ou exigir garantias 
adicionais;
Clientes: Antes de assinarem um contrato de longo prazo, os 
clientes precisam ter certeza de que a empresa contratada 
continuará operacional até o termo final do contrato, 
informação que pode ser obtida por meio das Demonstrações 
Contábeis.
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
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A estes, também podemos incluir os empregados da entidade (em busca 
de informações sobre os lucros auferidos pela empresa, para distribuição), 
os fornecedores (que se preocupam em saber se receberão o pagamento 
pelas mercadorias no vencimento) e o público em geral.
 
8 – Funções Da Contabilidade
No item anterior, dissemos que os usuários das informações contábeis 
acompanham a situação patrimonial, econômica e financeira das 
entidades por meio das demonstrações contábeis produzidas pelos 
sistemas de informação. Agora, entenderemos estas situações.
O acompanhamento da situação patrimonial da entidade está 
relacionado à função administrativa da contabilidade, que cuida do 
controle do conjunto de bens, direitos e obrigações. Este controle pode 
ocorrer pelo ponto de vista estático, que considera a posição patrimonial 
em dado momento, ou pelo aspecto dinâmico, que controla as mudanças 
qualitativas e quantitativas do patrimônio ao longo do tempo. Vamos 
aproveitar e chamar o Zé Luís para nos dar uma mãozinha.
 
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de uma obrigação - uma conta a pagar), o controle do patrimônio será 
realizado pelo aspecto dinâmico. Bi! Bi!
O acompanhamento da situaçãoeconômica da entidade, por outro lado, 
corresponde à função econômica da contabilidade. Em regra, cuida de 
apurar o resultado (também conhecido por rédito) por meio da 
comparação das Receitas e Despesas incorridas pela entidade, e 
consequente determinação do seu Lucro ou Prejuízo.
A Contabilidade também realiza a análise da situação financeira das 
entidades econômico-administrativas. A análise financeira está relacionada 
aos estudos dos itens de alta liquidez do patrimônio (cujo melhor exemplo 
é a moeda, ca$h) e engloba análises como total de recursos financeiros 
disponíveis, capital circulante líquido e outras coisas. Isto é importante 
porque uma entidade pode estar incorrendo em lucro, mas pode não ter 
dinheiro em caixa para pagar uma conta a vencer em breve. Esta “falta de 
caixa” demanda um estudo financeiro da entidade, a ser conduzida pelo 
contador. 
As variações do patrimônio podem ser qualitativas ou quantitativas:
Alterações qualitativas no patrimônio são aquelas que alteram a sua 
composição, sem, contudo, alterar o seu valor. Por exemplo, quando uma 
entidade tira dinheiro do caixa e adquire títulos de investimento, a 
composição do patrimônio irá se alterar (a quantidade de numerários 
reduzirá, aumentando os valores de títulos em investimento). Contudo, 
quantitativamente, o patrimônio não alterará, visto que esta “aplicação” 
não logrará alterar o seu montante (o patrimônio da entidade não 
aumentará ou diminuirá por conta disso).
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Alterações quantitativas, por outro lado, são aquelas que promovem a 
alteração de valor no patrimônio, por exemplo: quando a entidade recebe o 
pagamento de um aluguel, os recursos recebidos irão aumentar, para 
mais, seu patrimônio. Por isso, diz-se que a alteração foi quantitativa.
9 – Técnicas Contábeis
Para alcançar o objetivo de controlar e estudar o patrimônio, bem como 
para atender à finalidade de fornecer informações aos usuários internos 
e externos, os estudiosos da Contabilidade desenvolveram diversas 
técnicas que lhes possibilitaram facilitar e racionalizar o estudo do 
patrimônio. As principais técnicas contábeis desenvolvidas foram a 
Escrituração, as Demonstrações Contábeis ou Financeiras, a Análise 
das Demonstrações Contábeis ou Financeiras e a Auditoria. 
Escrituração – É a técnica contábil desenvolvida para registrar as 
transações que afetem o patrimônio das entidades. Essas transações 
são chamadas de Fatos Contábeis (que serão estudados nas próximas 
aulas). O registro dos fatos é feito mediante a sua descrição em 
livros contábeis específicos. O ato de descrever um fato contábil é 
chamado de Lançamento. Assim, a escrituração nada mais é que 
um conjunto de lançamentos realizados nos livros contábeis.
Demonstrações Contábeis – É a técnica contábil de recuperação 
dos fatos registrados nos livros contábeis. Demonstrações são 
relatórios que evidenciam a situação patrimonial, econômica ou 
financeira da entidade. As Demonstrações podem conter notas 
explicativas sempre que for necessário esclarecer algum detalhe para 
a correta interpretação das Demonstrações. 
Análise das Demonstrações Contábeis – É a técnica contábil que 
cuida de Analisar as informações econômicas e financeiras 
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Contabilidade para Iniciantes – 2013
Teoria e Questões Comentadas
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apresentadas nas Demonstrações Contábeis. São realizados 
cálculos de índices e quocientes das informações presentes nas 
Demonstrações contábeis, tomadas isoladamente ou 
comparativamente umas com as outras. Estes cálculos 
possibilitam concluir a respeito do desempenho operacional da 
entidade.
Auditoria – É a técnica contábil encarregada de verificar a 
fidelidade das informações contábeis produzidas. Divide-se em 
Auditoria Interna (desenvolvida por empregados da entidade, no 
sentido de apresentar melhorias aos sistemas de controle interno) e 
Auditoria Externa (desenvolvida por um Auditor Independente, sem 
vinculo empregatício com a entidade, que emite uma opinião imparcial 
e técnica a respeito das demonstrações). Em geral, a Auditoria faz 
com que os usuários sintam-se à vontade para confiarem nas 
Demonstrações e decidirem.
01 – (FGV – Fiscal de Rendas SEFAZ/RJ – 2010) No momento da 
elaboração das demonstrações contábeis, o profissional de 
contabilidade responsável deverá definir a estrutura do balanço 
patrimonial, considerando a normatização contábil. Esse 
procedimento tem como objetivo principal:
A) aprimorar a capacidade informativa para os usuários das 
demonstrações contábeis.
B) atender às determinações das autoridades tributárias.
C) seguir as cláusulas previstas nos contratos de financiamento 
com os bancos.
D)acompanhar as características aplicadas no setor econômico de 
atuação da empresa.
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10 - 1ª Série de Exercícios!
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E) manter a consistência com os exercícios anteriores.
Comentários: 
Muito bem pessoal, já estão todos aquecidos! A definição da estrutura do 
balanço patrimonial (que é uma demonstração contábil) deve ser pensada 
de maneira a deixá-lo o mais compreensível possível, facilitando a 
obtenção de informações por parte dos usuários. Logo, a sua estruturação 
tem como objetivo principal aprimorar a capacidade informativa para os 
usuários. 
Gabarito Letra A.
02 – (ESAF – Fiscal de Rendas ISS/RJ – 2010) Assinale abaixo a 
única opção que contém uma afirmativa falsa. 
A) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do 
patrimônio administrado e fornecer informações sobre a 
composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o 
resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade 
para alcançar seus fins.
B) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo “a ciência que 
estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no 
patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”.
C) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a 
entidade econômico-administrativa, seja ou não de fins lucrativos.
D) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens, 
direitos e obrigações vinculado a uma entidade econômico-
administrativa.
E) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da 
Contabilidade, o patrimônio é o seu campo de aplicação.
Comentários: 
Essa está fácil. As alternativas de “A” a “D” estão corretas, foram todas 
vistas em aula. A alternativa E, no entanto, inverteu as definições de 
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objeto e campo de aplicação da contabilidade. Como apresentado 
esquematicamente ao longo da aula, o objeto da contabilidade é o 
patrimônio, enquanto que o campo de aplicação é a entidade econômico-
administrativa que possui patrimônio, ou Azienda. 
Gabarito Letra E.
03 – (FGV – Analista Legislativo (Contabilidade) Senado Federal – 
2008) Em relação aos interesses dos principais usuários da 
informação contábil, assinale a afirmativa incorreta. 
A) Os acionistas atuais da empresa têm grande interesse na sua 
rentabilidade atual.
B) Os investidoresque podem se tornar acionistas futuros efetuam 
um confronto da rentabilidade da empresa comparando com as 
diversas opções existentes no mercado.
C) O governo foca na análise do fluxo de caixa da empresa para 
determinar o imposto a ser pago. 
D) Os financiadores concentram-se na capacidade de a empresa 
pagar os valores dos financiamentos e dos juros.
E) Os empregados analisam a capacidade da empresa em efetuar o 
pagamento dos salários e em sua capacidade de expansão.
Comentários: 
Letras “A”, “B” e “D” e “E” estão tranquilas, foram vistas em aula. A 
alternativa incorreta é a letra “C”. Esta alternativa exige conhecimento 
tributário, em especial no que diz respeito às bases de cálculo dos 
impostos. O Fluxo de Caixa não é base de cálculo de imposto (como a 
alternativa dá a entender). O governo, ao avaliar a contabilidade da 
empresa, costuma sair a busca de informações patrimoniais e 
econômicas, sustentadas principalmente pelo Balanço Patrimonial e pela 
Demonstração do Resultado do Exercício. O governo quer saber se a 
empresa realmente faturou aquilo que declarou, se ela de fato teve as 
despesas que disse incorrer, entre outros.
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Gabarito Letra C.
04 – (ESAF – TTN (atual Analista Tributário da RFB) – 1994)
“... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla, 
registrando todas as ocorrências nele verificadas”.
“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações 
sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado 
econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial”.
As proposições indicam, respectivamente:
A) o objeto e a finalidade da Contabilidade;
B) a finalidade e o conceito da Contabilidade;
C) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade;
D) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade;
E) a finalidade e as técnicas contábeis da Contabilidade.
Comentários: 
A primeira proposição do enunciado define o Objeto da Contabilidade: o 
Patrimônio. A segunda proposição define a finalidade da Contabilidade: 
estudar e controlar o patrimônio, visando o fornecimento de informações 
aos usuários.
Gabarito Letra A.
05 – (Simulado) Azienda é comumente usada em Contabilidade 
como sinônimo de fazenda, na acepção de:
A) conjunto de bens e direitos;
B) mercadorias;
C) finanças públicas;
D) grande propriedade rural;
E) patrimônio, considerado conjuntamente com a pessoa que tem 
sobre ele poderes de administração e disponibilidade.
Comentários: 
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Esta também está tranquila. Como vimos, o Campo de aplicação da 
contabilidade é a Azienda, que corresponde à entidade econômico-
administrativa (patrimônio + gestão). 
Gabarito Letra E.
06 – (CESPE – SECGE / PE – AUDITOR EXTERNO – 2010) A 
contabilidade é uma ciência exata.
Comentários:
Aprendemos na aula que a contabilidade é uma ciência social. Os números 
são meros instrumentos de medida das alterações ocorridas com o 
patrimônio. Portanto, não há que se falar em ciência exata.
Gabarito: ERRADA.
07 - (CESPE - Embasa - Assist de Saneamento - Téc. Contábil - 
2009) A principal finalidade da contabilidade é prover informações 
para auxiliar a tomada de decisões. 
Comentários:
Isso mesmo! A finalidade da contabilidade é fornecer informações aos 
usuários, para que eles possam tomar suas decisões com mais segurança.
Gabarito: CERTA.
08 - (CESPE – FUB – Auditor – 2009) As funções da contabilidade 
incluem a orientação dos usuários, assim entendida a prestação de 
informações úteis que possam evidenciar as mutações 
patrimoniais, tanto qualitativas quanto quantitativas. 
Comentários:
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Também está certa, gente! A contabilidade precisa apresentar informações 
úteis (que sejam relevantes e confiáveis) de maneira a informar seus 
usuários sobre as alterações quantitativas e qualitativas ocorridas com o 
patrimônio.
Gabarito: CERTA.
09 - (CESPE – MPU – CONTABILIDADE – 2010) O patrimônio não é 
objeto de estudo exclusivo da contabilidade, haja vista que ciências 
como a administração e a economia também se interessam pelo 
patrimônio, mas é a única que restringe o estudo do patrimônio a 
seus aspectos quantitativos.
Comentários:
Este é mais um besteirol “cespeano” rsrsrs.. De fato, o patrimônio das 
entidades é objeto de estudo de outras ciências, como a administração e a 
economia. No entanto, o erro da questão está em afirmar que a 
contabilidade “restringe o estudo do patrimônio a seus aspectos 
quantitativos”! Ta aí o besteirol! 
A contabilidade cuida de estudar e controlar todos os atos e transações 
comerciais (fatos contábeis) que logrem alterar o patrimônio, tanto 
em termos quantitativos, quanto em termos qualitativos.
Gabarito: ERRADA.
10 - (CESPE – TRE/BA – 2009) Para os usuários da informação 
contábil, é dispensável que as demonstrações contábeis 
apresentem as Correspondentes informações de períodos 
anteriores, pois seu interesse é em informações futuras. 
Comentários:
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Pessoal, o desempenho passado de uma entidade é fundamental para os 
usuários das informações contábeis, pois, por meio das informações de 
períodos anteriores, os usuários podem determinar “tendências” futuras e 
avaliar a repercussão econômica e financeira de projetos anteriores. O 
desempenho passado diz muito sobre a atuação da administração na 
gestão da entidade, dando mais segurança aos usuários da informação 
contábeis para decidir sobre o futuro. 
Vejam que as informações de períodos passados auxiliam na 
avaliação de desempenhos futuros mas, jamais, dão absoluta 
garantia de que, no futuro, tudo correrá como planejado. Já diz o ditado, 
“o futuro a Deus pertence!”.
Portanto, o erro da afirmativa está em afirmar que as informações de 
períodos anteriores são “dispensáveis”! Ao contrário, elas são 
importantíssimas para a correta aferição do desempenho das entidades ao 
longo do tempo e, por isso, servem de subsídios para a tomada de 
decisões sobre o futuro das companhias! 
Gabarito: ERRADA.
11 – Princípios de Contabilidade
Esse tópico não cai em prova, 
DESPENCA!
Todo post-it na corujinha é pouco!!! 
Mas antes, uma coisa. Como os princípios contábeis estão normatizados na 
Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC – e 
considerando que algumas bancas cobram a literalidade da norma, irei 
reproduzir, um por um, os artigos da resolução, e em seguida comentá-los 
para facilitar a fixação.
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Os princípios da Contabilidade estão elencados na Resolução CFC 750/93, e 
são os seguintes: da Entidade, da Continuidade, da Oportunidade, do 
Registro pelo Valor Original, da Competência e da Prudência. 
A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da 
profissão, e constituicondição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade! (Art. 1º, § 1º da Res. CFC 750/93). 
Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. 
Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência 
social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. (Art. 2 º da Res. CFC 
750/93)
Vejam que os princípios não são “meros enfeites” na contabilidade. Os 
artigos 1º e 2º da Resolução CFC 750/93, transcrito acima, evidenciam que 
os princípios constituem verdadeiros fundamentos nos quais se alicerça a 
ciência contábil, e são de observância obrigatória no exercício da profissão 
de contabilista.
11.1 Princípio da Entidade 
Res. CFC 750/93
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação 
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta 
em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
Se o objeto da contabilidade é o patrimônio, é necessário que se adotem 
mecanismos no sentido de DIFERENCIAR e IDENTIFICAR cada patrimônio 
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individualmente, caso contrário seria impossível estudá-los (se todos se 
confundissem entre si). Por isso, o princípio da Entidade reconhece o 
patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial. Por autonomia patrimonial entende-se a necessidade de 
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos 
patrimônios existentes, independente de quem o possua (pessoa física 
ou jurídica, com ou sem finalidade lucrativa). Com isso, todo patrimônio 
pertence a alguma entidade, mas a recíproca não é verdadeira. 
É necessário ressaltar que o patrimônio da entidade não se confunde 
com o dos sócios ou proprietários (em caso de pessoa jurídica). Além 
disso, o princípio da entidade está fortemente alicerçado no direito 
de propriedade, afinal, sem esta garantia jurídica, a diferenciação do 
patrimônio no conjunto de patrimônios existentes na sociedade não seria 
possível. 
O princípio da Entidade também diz que a soma ou agregação contábil 
de patrimônios autônomos não resulta numa nova entidade, mas numa 
unidade de natureza econômico-contábil. A “soma ou agregação 
contábil” de patrimônios representa a consolidação, numa mesma 
demonstração, de informações contábeis de entidades diferentes que 
compõem um grupo econômico. Um grupo econômico consiste na relação 
entre pessoas jurídicas, onde uma delas é controladora das demais. Apesar 
de o patrimônio de cada uma dessas empresas ser autônomo, a 
demonstração contábil delas pode vir a ser unificada (consolidada) com a 
finalidade de demonstrar a situação patrimonial do grupo econômico. Essa 
consolidação das informações numa única demonstração não constitui um 
novo patrimônio, mas tão somente uma unidade de natureza econômico-
contábil para fins informativos.
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11.2 Princípio da Continuidade
Res. CFC 750/93
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes 
do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução 
CFC nº. 1.282/10)
O princípio da continuidade pressupõe que a entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a apresentação e mensuração dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. Este 
princípio é muito importante porque diversos ativos que a entidade possui 
são avaliados com base na sua capacidade de geração de receitas no 
futuro. Se, por qualquer motivo, há a indicação de quebra na continuidade 
da entidade, encerra-se a possibilidade de geração de receitas e, com isso, 
vários ativos precisarão ser reavaliados, reduzindo substancialmente seu 
valor. A avaliação de alguns componentes do Passivo também 
depende da observância ao princípio da continuidade, pois o encerramento 
das atividades poderá dar ensejo à antecipação do vencimento das 
obrigações, além da alteração de seus valores.
11.3 Princípio da Oportunidade
Res. CFC 750/93
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e 
tempestivas.
 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por 
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
O princípio da Oportunidade relaciona-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações 
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íntegras e tempestivas. A Integridade orienta o registro completo das 
informações, sem omissões nem excessos. A tempestividade, por sua 
vez, está relacionada ao registro das informações no momento em 
que ocorrem. Esta dualidade entre Integridade e Tempestividade das 
informações contábeis é fundamental para a aferição da relevância das 
informações, e conseqüente confiabilidade das demonstrações contábeis.
11.4 Princípio do Registro pelo Valor Original
Res. CFC 750/93
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes 
do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das 
transações, expressos em moeda nacional.
Este princípio determina que os componentes do patrimônio devem ser 
inicialmente registrados pelos valores originais das transações, 
expressos em moeda nacional. 
O registro inicial dos componentes do patrimônio obedece à regra do 
Custo Histórico (inciso I, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93):
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Avaliação pelo Custo Histórico
Ativos Passivos
Ativos são registrados pelos valores 
pagos ou a serem pagos em caixa ou 
equivalentes de caixa ou pelo valor 
justo (valor de mercado) dos recursos 
que são entregues para adquiri-los na 
data da aquisição.
Passivos são registrados pelos valores dos 
recursos que foram recebidos em troca da 
obrigação ou, em algumas circunstâncias, 
pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, os quais serão necessários para 
liquidar o passivo no curso normal das 
operações.
Ex: Um Veículo adquirido será 
registrado pelo valor de aquisição.
Ex: Obrigações com fornecedores são 
registradas pelos valores de mercadorias 
recebidos pela empresa.
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Teoria e Questões ComentadasProfessor Thiago Ultra
No entanto, uma vez registrados, os componentes patrimoniais poderão 
sofrer alterações de valor. Estas alterações são avaliadas pelos 
seguintes métodos:
• Custo Corrente (item a, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93) 
• Valor Realizável (item b, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93)
Avaliação pelo Valor Realizável
Ativos Passivos
Os ativos são mantidos pelos valores 
em caixa ou equivalentes de caixa, os 
quais poderiam ser obtidos pela venda 
em uma forma ordenada. 
Os passivos são mantidos pelos valores 
em caixa e equivalentes de caixa, não 
descontados, que se espera seriam pagos 
para liquidar as correspondentes 
obrigações no curso normal das operações 
da Entidade. 
Em outras palavras, o ativo é 
avaliado pelos valores que seriam 
obtidos na sua realização (venda).
Pelo curso normal da operação 
entenda-se “ao longo do tempo”, ou 
seja, não se considera o valor de 
liquidação naquele momento, mas sim o 
valor que precisará ser desembolsado 
ao longo do tempo (por isso é não-
descontado).
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Avaliação pelo Custo Corrente
Ativos Passivos
Os ativos são reconhecidos pelos 
valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, os quais teriam de ser pagos se 
esses ativos ou ativos equivalentes 
fossem adquiridos na data ou no 
período das demonstrações contábeis. 
Os passivos são reconhecidos pelos 
valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, não descontados, que seriam 
necessários para liquidar a obrigação na 
data ou no período das demonstrações 
contábeis.
O ativo é avaliado pelos recursos que 
deveriam ser empregados para adquiri-
lo na data ou período das 
demonstrações.
Os passivos são avaliados pelo valor 
necessário para a sua liquidação na data 
ou período das demonstrações.
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• Valor Presente (item c, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93) 
Avaliação pelo Valor Presente (descontado)
Ativos Passivos
Os ativos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro 
de entrada líquida de caixa que se 
espera seja gerado pelo item no curso 
normal das operações da Entidade. 
Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de 
saída líquida de caixa que se espera seja 
necessário para liquidar o passivo no 
curso normal das operações da Entidade.
Em outras palavras, estima-se a 
capacidade de geração de caixa de um 
ativo ao longo do tempo para, em 
seguida, descontar esse fluxo de caixa 
a um taxa determinada, a fim de 
estimar seu valor no presente.
Estima-se o montante total a ser pago ao 
longo do tempo e se desconta estes 
valores a um taxa específica, trazendo-os 
a valores presentes.
• Valor Justo (item d, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 750/93): É o 
valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, 
entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimento. Pode-se entender valor justo por valor de mercado, 
mas apenas para fins didáticos! O Valor Justo é mais específico, pois 
pressupõe partes conhecedoras e ausência de favorecimento a 
qualquer uma delas. Esta ponto é importante pois há casos em que 
as empresas manipulam o valor de mercado, principalmente em 
relação entre pessoas jurídicas integrantes de um grupo econômico, 
destoando do “valor justo”.
• Atualização monetária (item e, inciso II, § 1º, Art. 7º - Res CFC 
750/93): Os efeitos da alteração do poder da moeda nacional devem 
ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento 
dos valores dos componentes patrimoniais. Resultam da adoção da 
Atualização monetária as seguintes acepções:
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o A Moeda, embora aceita universalmente, não é constante em 
termos de poder aquisitivo em razão da inflação.
o Para que o patrimônio mantenha o valor das transações 
originais, é necessário atualizar a sua expressão formal (seu 
valor) em moeda nacional, a fim de deixar substantivamente 
corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por 
consequência, o Patrimônio líquido. 
o A Atualização Monetária não representa nova avaliação dos 
componentes patrimoniais, mas, apenas, o ajustamento dos 
valores originais, a fim de refletir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em determinado período. 
Detalhe importante. A Atualização Monetária não é um princípio 
Contábil, beleza pessoal? Digo isto, porque a Atualização Monetária já foi 
um princípio, mas desde a Resolução CFC 1282/10 ela passou a integrar o 
Princípio do Registro do Valor Original, como um método de ajustamento 
dos componentes patrimoniais!
Apenas para deixar bem claro, valores descontados ou não descontados se 
referem às operações de Desconto, lá da matemática financeira, ok? E tem 
mais um detalhe, estes diversos métodos de avaliação dos componentes 
patrimoniais não existem para serem utilizados arbitrariamente. É que a 
legislação, em especial a lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) 
determina nos seus artigos 183 e 184 a aplicação de métodos específicos 
para a avaliação de determinados componentes patrimoniais e, portanto, 
dependendo do caso utiliza-se um ou outro método. Vejam que estes 
métodos (exceto a atualização monetária) constituem exceções ao 
princípio do Registro pelo Valor Original, já que têm o condão de 
alterar o valor original do componente patrimonial. Iremos aprofundar 
estes assuntos nas próximas aulas.
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11.5 Princípio da Competência
Res. CFC 750/93
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da 
confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução 
CFC nº. 1.282/10)
O princípio da competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. Além disso, as 
Receitas e Despesas deverão ser apresentadas simultaneamente, 
sempre que se correlacionem. 
Por exemplo, se o Zé Luís, agora empresário (olha a graça... ), realiza 
uma venda hoje, com pagamento apenas para daqui a 60 dias, ele deverá 
registrar a receita de venda na data de hoje, ainda que o pagamento se dê 
no futuro. Da mesma maneira, se uma empresa contrata o serviço de um 
terceiro, a despesa por esta contratação deverá ser integralmente 
registrada na data de prestação do serviço, ainda que o pagamento seja 
realizado em diversas parcelas no futuro. 
Além do Regime de Competência, existe o chamado Regime de Caixa. 
Pelo Regime de Caixa, as receitas e despesas devem ser registradas 
no momento do efetivo recebimento e pagamento, 
respectivamente. Vejam a diferença.
Se pelo Regime de Competência o Zé Luís registraria a venda no momento 
de sua concretização (ainda que o pagamento ocorresse no prazo de 60 
dias), pelo regime de Caixa, a mesma venda só deveria ser reconhecida a 
partir do recebimento do efetivo pagamento. Esse regime é bastante 
intuitivo e provavelmentevocês utilizam o Regime de Caixa em suas 
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finanças pessoais. Assim, receitas e despesas só são registradas no 
momento do seu efetivo recebimento e pagamento, respectivamente. 
11.6 Princípio da Prudência
Res. CFC 750/93
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor 
para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre 
que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação 
das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
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Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo 
grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas 
em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não 
sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, 
atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação 
dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10)
Prudência é Precaução. Sempre que se apresentem alternativas 
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que 
alterem o patrimônio líquido, deveremos adotar aquela que represente o 
menor Patrimônio Líquido (menor valor para os componentes do 
ativo ou o maior valor para os componentes do passivo).
Se a fórmula para cálculo do patrimônio líquido é dada por PL = A – P, o 
menor PL será obtido quando: 1) reduzirmos o valor do ativo; 2) 
aumentarmos o valor do passivo. 
Porém, há de se fazer um ressalva. O princípio da prudência não é uma 
“carta branca” para a entidade manipular a sua composição 
patrimonial de maneira a, artificialmente, atingir um PL menor. Ele 
orienta apenas que, em caso de incertezas e dúvidas, em alternativas 
igualmente válidas, a entidade adote aquela que implique menor valor dos 
componentes do ativo ou maior valor dos componentes do passivo. 
Em essência, o princípio da prudência existe para dar maior 
confiança às demonstrações contábeis. Na prática, adota-se uma 
posição conservadora para que os usuários tomem suas decisões e fiquem 
menos sujeitos a “surpresas” desagradáveis (como uma redução do lucro, 
ou mesmo um prejuízo imprevisto). Ademais, o princípio da prudência 
trabalha com incertezas de grau variável, em mutações 
patrimoniais posteriores ao registro inicial. Havendo certeza, ou 
quando se tratar de registro original de componentes patrimoniais, 
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não há que se falar em princípio da prudência, pois nestes casos cabe 
reconhecimento pelo valor efetivo do componente.
O exemplo clássico de aplicação do princípio da Prudência ocorre na 
constituição de Provisões. Provisões representam uma expectativa de 
obrigações ou de perdas de ativos, e a sua constituição representa 
uma despesa incorrida para a entidade. A título de exemplo, se uma 
entidade é alvo de uma ação judicial de indenização por danos materiais, 
com o risco de ser sentenciada a pagar entre 10.000 e 20.000 reais de 
indenização, ela deverá constituir uma Provisão para refletir essa possível 
perda. No momento da constituição da Provisão a empresa deverá escolher 
o “pior dos cenários possíveis”, em obediência ao princípio da prudência, 
razão pela qual o valor provisionado deverá ser de 20.000 reais (dentre as 
alternativas igualmente válidas e tecnicamente estimáveis, adotou-se 
aquela que implica no maior Passivo e, portanto, menor Patrimônio 
líquido). Como o princípio da Prudência não autoriza excessos, a entidade 
não poderia, por exemplo, constituir uma provisão de 30.000 reais, 
simplesmente para “garantir um pouco mais”, beleza? Vamos seguir em 
frente.
12 – Características Qualitativas Das Demonstrações Contábeis
 “Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela 
precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que 
se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-
financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, 
tempestiva e compreensível. “
Resolução 1.374/11 CFC – NBC TG Estrutura Conceitual 
Gente, a NBC TG Estrutura Conceitual forma os pilares para a divulgação 
dos relatórios econômico-financeiros (as demonstrações contábeis) de 
maneira a proteger a qualidade das informações a serem passadas aos 
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usuários, de maneira a garantir que elas sejam úteis na tomada de 
decisões.
Até Dezembro de 2011, as característica qualitativas das demonstrações 
contábeis eram as seguintes: compreensibilidade, relevância, 
confiabilidade e comparabilidade. Contudo, em Dezembro de 2011 a 
Resolução nº 1.374/11 alterou a redação da NBC TG Estrutura Conceitual e 
inseriu no universo contábil as seguintes características qualitativas:
Características qualitativas fundamentais:
• Relevância: materialidade
• Representação Fidedigna: completa, neutra, livre de erros
Características qualitativas de melhoria.
• Comparabilidade
• Verificabilidade
• Tempestividade
• Compreensibilidade
Vamos estudá-las.
12.1 – Características qualitativas fundamentais
A informação para ser útil (que é o que interessa para os 
usuários) precisa ser, ao mesmo tempo, relevante e 
fidedigna. De nada adianta uma informações relevante não fidedigna, ou 
uma informação não relevante e fidedigna.
Relevância
“Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer 
diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A 
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informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo 
no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou 
já tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes.” Resolução 
1.374/11 CFC - QC6 – NBC TG Estrutura Conceitual 
Rapaziada, as demonstrações contábeis devem ser úteis e, por isso, não 
podem apresentar qualquer informação. As Demonstrações precisam 
conter informações relevantes às necessidades dos usuários na tomada 
de decisões.
A relevância é afetada pela materialidade da informação. A materialidade 
toma por base o valor, em termos monetários, que a informação 
representa. Assim, quanto maior o valor, mais material e de maior 
relevância é a informação, e sua omissão ou distorção irá alterar 
consideravelmente as Demonstrações Contábeis, em última análise 
prejudicando a tomada de decisões pelos usuários, porque embasadas em 
demonstrações incorretas.
Representação Fidedigna
 
Para ser útil, a informação contábil-financeira, além de representar um 
fenômeno relevante, tem que representá-lo com fidedignidade. Para 
que a representação seja perfeitamente fidedigna ela deverá retratar a 
realidade de forma completa, neutra e livre de erro.
O retrato completo deve incluir toda a informação necessária para que os 
usuários das informações contábeis consigam entender a situação que está 
sendo retratada nas demonstraçõescontábeis, incluindo todas as 
descrições e informações necessárias para tanto.
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Para ser confiável (fidedigna), a informação contábil também precisa ser 
neutra, imparcial. As demonstrações não neutras (e não confiáveis) são 
aquelas que apresentam informações manipuladas, no sentido de induzir a 
tomada de decisões com um desfecho ou resultado predeterminado.
Por último, a ausência de erros é fundamental para a fidedignidade das 
demonstrações contábeis. Uma demonstração livre e erros ou omissões, 
contudo, não pressupõe informações absolutamente exatas, pois a 
contabilidade também trabalha com estimativas que, por si só, 
representam uma incerteza. O que se pretende pela característica da 
ausência de erros é que, mesmo em caso de estimativas, a informação 
pode ser considerada fidedigna se os valores obtidos pela estimativa forem 
descritos claramente e precisamente como sendo uma estimativa, e as 
técnicas utilizadas no desenvolvimento das estimativas tenho sido 
empreendidas com ausência de erros.
12.2 – Características qualitativas de melhoria
com fidedignidade. São as seguintes: comparabilidade, verificabilidade, 
tempestividade e compreensibilidade.
Comparabilidade
A característica da Comparabilidade leva em conta a necessidade que os 
usuários têm de comparar as demonstrações contábeis de uma 
entidade ao longo do tempo, a fim de avaliar as variações patrimoniais 
e financeiras ocorridas. Os usuários também têm interesse em comparar 
demonstrações contábeis de diferentes entidades para, em termos 
relativos, avaliar seu desempenho e variações patrimoniais. Assim, a 
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comparabilidade das demonstrações orienta que as entidades mensurem 
e apresentem as informações contábeis de maneira consistente ao 
longo do tempo, informando sempre que houver alterações nas práticas 
contábeis. Vejam que a comparabilidade não pressupõe “uniformidade” 
ou “congelamento” das práticas contábeis. O que se pretende é 
consistência e, portanto, alterações são bem-vindas, desde que 
informadas!
Verificabilidade
Verificabilidade é a característica que ajuda os usuários a terem 
mais segurança de que a informação apresenta está condizente com 
a realidade da entidade. O ideal é que as informações sejam verificáveis, 
mas é certo que, em vista da enorme quantidade de informações 
existentes nos sistemas contábeis, nem sempre essa verificação 
pormenorizada é viável.
A Resolução nº 1.374/11, no item QC27, estabelece que a verificação pode 
ser direta ou indireta. A verificação direta é aquela em que o usuário 
verifica, diretamente, as informações apresentadas. Por exemplo, se ele 
quiser se certificar de que o saldo do Caixa está correto (dinheiro em posse 
da entidade), ele poderá contá-lo para realizar esta verificação.
A verificação indireta, por sua vez, é aquela em que o usuário recalcula 
os resultados de um determinado item, utilizando-se da mesma 
metodologia, para ver se ele também chega ao mesmo resultado 
apresentado nas demonstrações. Um exemplo é a verificação do valor 
contábil dos estoques por meio da checagem do seu saldo inicial, das 
entradas e saídas de mercadorias, a partir de onde o usuário poderá 
recalcular o saldo final dos estoques, utilizando-se do mesmo método 
aplicado pela entidade.
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Tempestividade
Por tempestividade devemos entender a necessidade de a informação 
contábil ser apresentada a tempo de poder influenciar a tomada de 
decisões de seus usuários. Uma informação ainda que relevante e 
fidedigna, pode perder sua utilidade se for apresentada muito tardiamente. 
Compreensibilidade
As demonstrações contábeis precisam ser compreensíveis para que os 
usuários consigam encontrar com razoável facilidade as informações de 
que precisam. Afinal, qual seria a utilidade de uma demonstração contábil 
incompreensível para alguém? Nenhuma, né? No entanto, a característica 
da compreensibilidade presume que o usuário tenha razoável 
conhecimento da contabilidade e do negócio da entidade, não basta ser 
leigo. E tem mais, se houver alguma informação indispensável à 
tomada de decisões, ela deve ser incluída nas demonstrações contábeis, 
ainda que muito complexa e específica.
12.3 – Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório 
contábil-financeiro útil 
A preparação das informações contábeis envolve custos, que se 
apresentam como restrições ao processo de elaboração e 
divulgação das demonstrações contábeis. Por isso, é importante que o 
benefício gerado pela divulgação da informação contábil justifique 
os seus custos.
Este processo de análise do custo-benefício das informações contábeis 
envolve consultas a fornecedores da informação (pessoas de dentro da 
entidade), usuários, auditores independentes, acadêmicos e outros 
agentes. Estas pessoas irão dar sua opinião sobre a natureza e 
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quantidade esperada de benefícios e custos envolvidos na 
elaboração e divulgação das informações. A partir destas opiniões, a 
entidade a administração da entidade deverá traçar um padrão para avaliar 
a viabilidade de produção de determinadas informações.
12.3 – Outras alterações na NBC TG Estrutura Conceitual
A nova redação dada à NBC TG Estrutura Conceitual, trazida pela 
Resolução CFC nº 1.374/11, suprimiu duas características qualitativas de 
seu texto e que, por isso, merecem destaque.
Na redação anterior pela Resolução CFC nº 1.121/08, a NBC TG Estrutura 
Conceitual trazia como características explícitas a Primazia da Essência 
sobre a Forma e a da Prudência. Vamos vê-las:
Primazia da Essência sobre a Forma
Este é um desdobramento da característica da Confiabilidade (hoje, 
fidedignidade). As Demonstrações Contábeis, pelo requisito da primazia 
da essência sobre a forma, devem informar o que de fato acontece no 
mundo real, a sua substância ou realidade econômica, ainda que outra 
seja a forma legal atribuída à transação. A Res. CFC 1.121/08 
apresentava um exemplo interessante para esta situação:
Uma entidade vende um ativo a um terceiro de tal maneira que a 
documentação indique a transferência da propriedade, mas, 
entre as partes, é firmado um acordo que assegure à entidade a 
fruição dos futuros benefícios econômicos gerados pelo ativo, 
com possibilidade de recompra ao final do prazo. 
Esta operação é chamada de Arrendamento Mercantil Financeiro e, em 
geral, realizada com o objetivo de obter Capital de Giro.
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Pelo requisito da essência sobre a forma, ainda que a forma legal da 
transação seja de Transferência de Propriedade (venda), a Contabilidade 
não poderá dar este mesmo tratamento à informação, uma vez que, em 
sua essência, existem outras circunstânciasenvolvidas. Assim, 
reportar a operação de venda não representaria adequadamente a 
transação formalizada e reduziria a confiabilidade da Demonstração. No 
caso do Arrendamento Mercantil Financeiro, o bem vendido deverá 
permanecer no ativo da entidade vendedora (arrendatária), e, em razão do 
contrato de arrendamento, surgirá uma nova obrigação no Passivo.
 
 
condição de integrante da representação fidedigna (confiabilidade). Mas 
isso, apenas, porque o CFC entendeu que isto se tratava de uma 
redundância. Portanto, a apresentação da essência econômica das 
transações nas demonstrações contábeis (ainda que outra seja a forma 
legal da transação) continua indispensável à fidedignidade das 
informações.
Prudência
A prudência, além de ser um princípio contábil, também era 
apresentada como uma característica qualitativa das demonstrações. A 
prudência se traduz em confiabilidade, desde que a entidade não incorra 
em excessos, como a subavaliação deliberada de ativos ou superavaliação 
deliberada de passivos. 
 
 
ser inconsistente com a neutralidade. Subavaliações de ativos e 
superavaliações de passivos, com consequentes registros de desempenhos 
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posteriores inflados, são incompatíveis com a informação que pretende ser 
neutra.
É isso! encerramos a nossa aula zero por aqui! Espero que tenham 
aproveitado e aprendido tudo! Qualquer dúvida, escrevam! Fico à 
disposição de vocês! Forçaaaaaaa e até a próxima aula!
Thiago Ultra
thiagoultra@estrategiaconcursos.com.br
www.aromacontabil.com.br
11 – (FCC – Auditor Fiscal ISS/SP – 2007) A Cia. Beta possui bens e 
direitos no valor total de R$ 1.750.000,00 em 31/12/2005. 
Sabendo-se que, nessa mesma data, inexistem resultados de 
exercícios futuros e que o passivo exigível da companhia 
representa 2/5 (dois quintos) do valor do Patrimônio Líquido, este 
último corresponde a, em R$:
A) 1.373.000,00
B) 1.250.000,00
C) 1.050.000,00
D) 750.000,00
E) 500.000,00
Comentários: 
O patrimônio líquido é calculado pela seguinte fórmula: PL = A – P. Os 
bens e direitos de que trata o enunciado compõe o Ativo, portanto A = 
1.750.000,00. O passivo exigível representa as obrigações, que são 2/5 
do patrimônio líquido da companhia. Então, P = 2/5.PL. Aplicando a 
equação fundamental, temos que:
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13 - 2ª Série de Exercícios!
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PL = 1.750.000,00 – 2/5.PL
PL + 2/5.PL = 1.750.000,00
7/5.PL = 1.750.000,00
PL = 1.750.000,00 . 5/7 = 1.250.000,00
Esta questão introduz a noção de Passivo Exigível, que na terminologia 
contábil representa as Obrigações (que são exigíveis da entidade). Existe 
também o conceito de Passivo Total, que considera o passivo exigível 
somado ao patrimônio líquido da entidade.
Gabarito Letra A.
12 – (ESAF – Técnico da Receita Federal - 2003) Com relação aos 
Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção 
incorreta:
A) O princípio da Prudência determina a adoção do menor valor 
para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, 
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio 
Líquido.
B) O princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese que 
resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções 
igualmente aceitáveis diante dos demais princípios da 
contabilidade.
C) O Princípio da Prudência somente se aplica às mutações 
posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável á 
aplicação correta do princípio da competência.
D) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, 
para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, 
devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau 
variável.
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E) O princípio da prudência refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das 
suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e 
com a extensão correta, independentemente das causas que 
originaram o registro.
Comentários: 
Alternativas de “A” a “D“ estão corretas, e foram vistas ao longo da aula! A 
Alternativa “E” está errada, pois define o princípio da Oportunidade, e não 
o princípio da prudência! Lembrem, o princípio da Oportunidade relaciona-
se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes 
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. As bancas 
adoram esse tipo de “troca” para confundir o candidato! Fique atento. 
Gabarito Letra E.
13 – (FGV – Auditor Fiscal Angra dos Reis/RJ - 2010) A afirmação 
de que as demonstrações contábeis são normalmente preparadas 
partindo da ideia de que a entidade se manterá em operação no 
futuro previsível está vinculado com qual conceito da 
contabilidade? 
A) Postulado da Entidade
B) Convenção da Consistência
C) Pressuposto da Continuidade
D) Característica qualitativa da essência sobre a forma
E) Característica qualitativa da comparabilidade.
Comentários: 
Tenho certeza que todos acertarão essa aí! Como vimos ao longo da aula, 
é o princípio da continuidade que adota a presunção de que a entidade 
continuará operacional ao longo do tempo, e essa presunção afeta 
diretamente a mensuração e avaliação dos itens patrimoniais. 
Gabarito Letra C.
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14 – (FGV – Cia das Docas - Contador - 2010) Assinale a alternativa 
que apresente, na ordem, de cima para baixo, o relacionamento 
entre o fato e as características qualitativas das Demonstrações 
Contábeis conforme o Pronunciamento Conceitual Básico emitido 
pelo CPC.
• não antecipação de lucros e antecipação de prejuízos;
• capacidade de analisar a demonstração contábil de uma 
empresa de diversos exercícios;
• reconhecimento do ativo e passivo decorrente de um contrato 
de arrendamento mercantil financeiro;
• não omissão de nenhuma transação econômica realizada pela 
empresa nas Demonstrações Contábeis.
A) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma, 
Integridade
B) Integridade, Confiabilidade, Prudência, Primazia da Essência 
sobre a Forma
C) Integridade, Comparabilidade, Prudência, Confiabilidade
D) Prudência, Confiabilidade, Primazia da Essência sobre a Forma, 
comparabilidade
E) Prudência, Comparabilidade, Primazia da Essência sobre a 
Forma, Integridade
Comentários: 
1ª alternativa – Tanto a não antecipação de lucros como a antecipação de 
prejuízos reduzem o patrimônio líquido da entidade e, portanto, obedecem 
ao princípio da prudência. 
2ª alternativa – a capacidade de analisar a demonstração contábil de uma 
empresa de diversos exercícios correspondente à Comparabilidade - 
característica qualitativa das demonstrações contábeis.
3ª alternativa – A alternativa trata da característica da Primazia da 
essência sobre a forma. No arrendamento mercantil financeiro ocorre a 
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