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monografia fred remontada

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FREDERICO MACHADO TEIXEIRA
ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DO FORRAGEAMENTO DE Speotyto cunicularia Molina 1782 (AVES: STRIGIFORMES), NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA – MG.
Orientadora: Celine de Melo
Uberlândia – 1999
FREDERICO MACHADO TEIXEIRA
ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DO FORRAGEAMENTO DE Speotyto cunicularia Molina 1782 (AVES: STRIGIFORMES), NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA – MG.
Monografia apresentada como requisito à obtenção do grau de Bacharel. Curso de Ciências Biológicas, Departamento de Biociências, Universidade Federal de Uberlândia.
Orientadora: Celine de Melo
Uberlândia – 1999
FREDERICO MACHADO TEIXEIRA
ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DO FORRAGEAMENTO DE Speotyto cunicularia Molina 1782 (AVES: STRIGIFORMES), NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA – MG.
Monografia aprovada como requisito à obtenção do grau de Bacharel no Curso de Ciências Biológicas, Departamento de Biociências, Universidade Federal de Uberlândia.
Data: _____/_____/______		Conceito: ______________
Orientadora: _______________________________
 Profa. Msc. Celine de Melo
 Departamento de Biociências – UFU
Conselheiro: _______________________________
 Prof. Dr. Oswaldo Marçal Júnior	
		Departamento de Biociências – UFU
Conselheira: _______________________________
 							 Msc. Genilda Maria de Oliveira
 Departamento de Ecologia – UnB
Nesta hora, palavras de conforto sempre são ditas ... mas, aqui, é um lugar onde sempre estão querendo entrar, estar e permanecer.
Chegou a hora, chegou o fim ... chegou o início de uma longa e nova vida. 
Em toda a BIO-logia vimos sobre ciclos e mais ciclos; parasitas, plantas; e agora, é uma outra etapa, é hora de enxergar o meu ciclo de vida.
Que seu yin e seu yang se equilibrem e que seu caminho também seja encontrado. 
... e que isso aconteça em toda a Terra.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer MUITO OBRIGADO à minha Orientadora, Celine de Melo, que é uma pessoa muito LOUCA, pegar alguém para fazer uma monografia em SEIS meses não é fácil, não. Eu nunca vi Orientador, de ninguém, fazendo conta pro orientado ... será que era pra dar tempo de terminar??!!?!?!?
Bom, outra pessoa é o Oswaldo Marçal Júnior, todo mundo deve lembrar dele, aquele que no segundo período ensina a dança dos bivalvos.
Como todos os outros dependentes da famosa ESTATÍSTICA tenho que agradecer imensamente a Cecília Lomônaco, que sem sua ajuda, esse TANTO de números que eu tinha ... sei lá ... ou melhor num sabia lá ...
Sabia lá ?? ... parece sabiá ... e de ave e passarinho, tem a Genilda pra mi ajudá.
O mesmo caminho que ela, eu também quero traçar, mas volta pra cá ... quem sabe ... sei lá.
A Fernanda Santos do Centro de Controles de Zoonoses veio a calhar, sem ela ratos e aranhas não dava pra identificar.
Já deu quase meia página, e ainda tenho gente pra agradecer, se der mais de uma, eu vou ter que mudar todo meu índice ... ops ... Sumário, índice vem é no final né Celine !?
Gente, fazer Bacharelado e Licenciatura junto não dá certo não, eu devia ter ouvido a Coordenadora do Curso, Ana desculpa a amolação, mas agora, eu tô formando mesmo, olha só que bonitinha, essa aqui é minha monografia.
Seguindo a ordem então, é porque tudo tem ordem, espaços e tudo mais, mas então? ... ah, é chegada a hora daqueles que me ajudaram, bom os outros supracitados ajudaram com base teórica, agora é a vez de quem "meteu o pé na jaca".
Anselmito, que ficava até as altas da noite, na Sexta-feira, preparando meu NaOH a 10% por que eu estaria nos próximos dois dias seguintes (Sábado e Domingo) sozinho triando e preparando o material para a triagem.
Bom, também tem a turma que fez ecologia geral com a professora Celine de Melo, pois ajudaram em grande parte na triagem de meu material sem saberem ... ela também não sabia que eu iria utilizá-lo, não fiquem bravos. 
O Alexandre (Urso), Malaco, Flávia (de Brasília), Fernando Marino, Selma e Grace pelo bate papo, dicas e ajuda.
Além de jogarem RPG ... Aguto, Leo, Sylvio e Thiago serviram também para ajudar a triar o material, o Thiago ainda ajudou a coletar, junto com o Renato. 
Christian de Mello, se não fosse sua idéia de trabalhar com dieta de coruja, para apresentar no seminário de Ornitologia (1998-1), essa monografia não existiria, valeu pela deixa e pela ajuda.
Viviane, graças a você aqueles quebra-cabeças de insetos foram identificados, haja paciência né, “c pode ir hoje no museu pra me ajudá????”
Pai, valeu esperar não foi!? Cinco anos... é muita paciência, muita grana, congressos, discussões, cobrança ... Mas agora eu tô FORMANDO. Mãe, dia 24 eu levo as tábuas pra fazer as estantes (faz seis meses que eram pra ser levadas); aos meus irmãos e irmã, que sempre ficam sem o carro pra que eu tenha mais tempo. Amo vocês.
DANI, sem seu EMPURRÃO, eu ainda estaria esperando por uma luz, você foi e é a minha LUZ. Faz quatro anos que nos conhecemos, faz quatro anos que somos companheiros, e quero que estes se tornem quatrocentos, TE AMO.
É lá vou eu consertar meu Sumário ...
SUMÁRIO
	LISTA DE TABELAS .........................................................................................................
	viii
	RESUMO ............................................................................................................................
	vii
	LISTA DE FIGURAS .........................................................................................................
	ix
	
	
	INTRODUÇÃO ..................................................................................................................
	1
	MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................
	5
	ÁREA DE ESTUDO ...........................................................................................................
	5
	COLETA E TRATAMENTO DOS REGURGITOS ...........................................................
	5
	IDENTIFICAÇÃO DA DIETA ...........................................................................................
	7
	ANÁLISE ESTATÍSTICA ..................................................................................................
	9
	RESULTADOS ...................................................................................................................
	10
	DISCUSSÃO .......................................................................................................................
	21
	CONCLUSÕES ...................................................................................................................
	25
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................
	27
LISTA DE TABELAS
	Tabela 1 – Biomassa e dimensões dos regurgitos de S. cunicularia .....................................
	11
	
	
	Tabela 2 – Biomassa total e parcial dos regurgitos de S. cunicularia ...................................
	15
	
	
	Tabela 3 – Representatividade de cada taxon em 45 regurgitos de S. cunicularia ...............
	18
	
	
	Tabela 4 – Índice de Diversidade de Shannon-Weaver e Equidade entre os itens alimentares de S. cunicularia ..............................................................................
	
20
LISTA DE FIGURAS
	Figura 1 – Speotyto cunicularia (coruja buraqueira) ............................................................
	3
	
	
	Figura 2 – Áreas de coleta dos regurgitos de S. cunicularia: 1) Cemitério Bom Pastor; 2) Bairro Cidade Jardim; 3) Clube de Caça e Pesca Itororó de Uberlândia ..............
	
6
	
	
	Figura 3 – Amostra de peças anatômicas encontradas em regurgitos de S. cunicularia: A) mandíbula, maxila e dentes de Rodentia; B) crânio de Anura; D) maxila de Squamata; E) outras peças ósseas; F) élitros; G) pernas; H) cabeças de Coleoptera; I) telsons e pinças; J) quelíceras; K) asas; L) escudos; M) não identificado; N) mandíbulas de Orthoptera .........................................................8
	
	
	Figura 4 – Variância entre área e biomassa dos regurgitos de S. cunicularia (P=0,800) ......
	12
	
	
	Figura 5 – Variância entre área e Índice Multivariado de Tamanho (volume) dos regurgitos de S. cunicularia (P=0,617) ................................................................
	
13
	
	
	Figura 6 – Correlação entre biomassa e Índice Multivariado de Tamanho (volume) dos regurgitos nas áreas (P<0,0001) ..........................................................................
	
14
	
	
	Figura 7 – Freqüência de peças encontradas em regurgitos (n=37) de Speotyto cunicularia: A) Invertebrados; B) Vertebrados e C) Outros. Mx-Md-Dt = maxila; mandíbula e/ou dentes ............................................................................
	
16
	
	
RESUMO
Speotyto cunicularia (coruja buraqueira) possui hábitos noturnos e crepusculares, é encontrada em campos, pastos e restingas. Entretanto, com o avanço das cidades, ocupou terrenos baldios dentro do perímetro urbano. O objetivo deste foi verificar a dieta alimentar de S. cunicularia a fim de conhecer as espécies envolvidas em sua cadeia alimentar. Foram coletados 45 regurgitos, provenientes de 3 áreas de coleta: Cemitério Bom Pastor (julho de 1998), Bairro Cidade Jardim e Clube de Caça e Pesca Itororó de Uberlândia (abril – junho de 1999), totalizando 24 ninhos. Devido ao fato de ossos, penas, élitros (quitina) e pêlos não serem digeridos pelo estômago destas aves, os restos alimentares são compactados e regurgitados diariamente, permitindo, assim, a análise da dieta. Os regurgitos tiveram seus pesos (n=45) e medidas (n=39) aferidos e sofreram um tratamento em NaOH (10%). O peso médio foi de 1,31+0,59g; o comprimento médio foi de 2,53+0,63cm; a largura 1,41+0,17cm; a altura 1,14+0,20cm. Insecta foi a classe predominante na dieta de S. cunicularia (92,32%; n=589), sendo que as ordens mais representativas foram Coleoptera (49,06%; n=313), e Orthoptera (42,63%; n=272), outros insetos como Blattidae e Formicidae foram poucos representativos (0,62%; n=4). Artrópodes, foram representados apenas pela classe Arachnida (ordens Aranae e Scorpionida), com 29 itens (4,54%). A classe Mammalia foi exclusivamente representada pela ordem Rodentia (2,20%; n=14); Amphibia e Reptila apresentaram apenas um indivíduo (0,16%) cada, alguns ossos não foram identificados (0,63%). No total, foram registradas no mínimo 11 famílias de artrópodes, dentre as identificadas, Carabidae foi a mais abundante (27,43%; n=175), seguida por Scarabaeidae (8,46%; n=54). S. cunicularia possui uma vasta dieta alimentar, alimentando-se desde invertebrados até mamíferos, ocupando o topo de cadeia alimentar. Há diferenças significativas entre as áreas de coleta quanto ao tipo e quantidade de itens alimentares consumidos, existindo uma relação entre biomassa e área de coleta. Na área 1 o consumo de itens alimentares se mostrou mais homogêneo, enquanto que nas áreas 2 e 3 houve uma tendência a um certo tipo de item (Coleoptera e Orthoptera respectivamente). S. cunicularia possui uma dieta diversificada e beneficia a população humana como controladora de pragas urbanas, como insetos, araquinídeos e roedores.
ix
INTRODUÇÃO
A ordem Strigiformes é cosmopolita, podendo ser encontrada em todo o globo terrestre, excetuando-se a Antártica. Habita desde pântanos, cerrados até florestas (Storer et al. 1984; Marks et al. 1994). Conhecida popularmente como coruja, está dividida em duas famílias, Tytonidae e Strigidae que englobam juntamente, 146 espécies (Gill 1990). No Brasil, são encontrados aproximadamente 11 gêneros e 18 espécies (Sick 1985).
São aves que apresentam uma plumagem propícia à camuflagem durante o dia, com variações (individuais e específicas) na coloração (Sick 1985). Machos e fêmeas possuem coloração semelhante, sendo que as fêmeas são ocasionalmente maiores que os machos. Pesam de 100 a 1000g, possuindo uma grande variabilidade quanto ao tamanho, podendo Glaucidium minutissimum (caburé-miudinho) medir 14cm e Bubo virginianus (corujão-orelhudo) 60cm (Sick 1985; Chinery 1992 e Marks et al. 1994).
As corujas são as únicas aves a possuírem olhos frontais e a abaixarem a pálpebra superior (como o homem) (Peterson 1963). Algumas corujas, como Strix aluco, são capazes de diferenciar cores (Suthers 1978 apud Koivula et al. 1997). Possuem bico curvo e patas achatadas, próprias para agarrar a presa no solo; são denominadas aves predadoras, ou de rapina (Chinery 1992).
Strigiformes tem como base alimentar: insetos (larvas, gafanhotos, besouros, baratas e homópteros) (Capizzi e Luiselli 1996), assim como anfíbios (rãs) (Sick 1985), répteis (lagartos e cobras), pequenos pássaros e pequenos mamíferos (De Villafañe et al. 1988; Jaksic et al. 1997) incluindo marsupiais (Motta-Júnior e Talamoni 1996), lebres (Rohner e Krebs 1996) e roedores (gerbis, mussaranhos, camundongos-do-campo e rato doméstico) (Martins e Eagler 1990; Hakkarainen e Korpimäki 1994; Abramsky et al. 1996; Norell 1997) e pequenos primatas (Stafford e Ferreira 1995). Desde o Pleistoceno, as corujas já se alimentavam de pequenos mamíferos e roedores (Peterson 1963; Sick 1985).
Segundo Sick (1985), dentre os onze gêneros ocorrentes no Brasil, sete são também encontrados fora das Américas (Otus, Bubo, Glaucidium, Ciccaba, Strix, Asio e Aegolius). Os demais, Lophostrix, Pulsatrix e Rhinoptinx são neotropicais e o gênero Speotyto, encontra-se distribuído da Terra do Fogo ao Canadá.
Speotyto cunicularia (coruja buraqueira) (Figura 1) foi descrita por Molina como Strix cunicularia no Chile em 1782 (Dubs 1992). Sua distribuição coincide com a do gênero. Essa espécie possui hábitos noturnos e crepusculares. Geralmente é encontrada em campos, pastos e restingas (Sick 1985; Martins e Eagler 1990), mas com o avanço das cidades em direção ao campo, S. cunicularia utiliza terrenos dentro do perímetro urbano. Sick (1985) afirma que corujas nas proximidades de habitações humanas caçam ratos à noite e, segundo Norell (1997), juntamente com falcões e cães, ocupam o topo da cadeia alimentar nas grandes cidades.
De acordo com Jaksic et al. (1997) as corujas podem utilizar uma área de habitação e caça de aproximadamente 40Km2. As corujas utilizam estratégias que aumentam sua eficiência de caça. Por exemplo, Tyto alba caça melhor em noites claras (Koivula et al. 1997) e é capaz de capturar um rato em escuridão absoluta, usando apenas sua audição (Sick 1985). O gênero Speotyto pode caçar durante o dia ou noite (Oliveira 1980; Chinery 1992). Asio, Glaucidium, Ketupa e Scatopeli (os dois últimos, endêmicos da África) são diurnos, caçando apenas durante o dia. Alguns representantes de Glaucidium perseguem formigas de correição, capturando os insetos espantados por estas (Willis et al. 1983).
Figura 1 – Speotyto cunicularia (coruja buraqueira).
A dieta das corujas pode ser bem exemplificada devido ao fato de ossos, penas, élitros (quitina) e pêlos não serem digeridos no estômago destas aves. Estes restos alimentares são compactados e regurgitados diariamente em forma de pelotas, possibilitando a análise da dieta (Motta-Junior e Talamoni 1996).
Este trabalho teve como objetivos: 1) traçar um padrão da dieta de Speotyto cunicularia no município de Uberlândia; 2) identificar e avaliar diferenças quanto aos itens alimentares no ambiente urbano e no campo.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
A coleta de dados foi efetuada no município de Uberlândia, MG (18º55’23”S e 48º17’19”W). A região apresenta uma vegetação do tipo Cerrado sensu lato. O clima é tropical do tipo “Aw”, havendo uma nítida sazonalidade com seca no inverno e chuvas no verão (Schiavini e Araújo 1980). Para a coleta dos regurgitos foram selecionadas três áreas: 1) Cemitério Bom Pastor; 2) Bairro Cidade Jardim, ambos no perímetro urbano; e 3) Clube Caça e Pesca Itotoró de Uberlândia, no qual há remanescentes de Cerrado sensu lato (Figura 2).
Coleta e tratamento dos regurgitos
Foram coletados 45 regurgitos de S. cunicularia de três diferentes áreas sendo 15 pertencentesa cada área deste estudo. A coleta na área 1 foi realizada em julho de 1998 e nas áreas 2 e 3, entre abril e junho de 1999. Foram visitados 24 ninhos, oito em cada área. 
1) 
2)
3)
Figura 2 – Áreas de coleta dos regurgitos de S. cunicularia: 1) Cemitério Bom Pastor; 2) Bairro Cidade Jardim; 3) Clube de Caça e Pesca Itororó de Uberlândia.
Os regurgitos foram coletados com o auxílio de uma pinça e acondicionados em recipientes etiquetados com um código próprio, cada regurgito teve sua biomassa (n=45) e medidas (n=39) aferidas. Foram utilizados para isto, uma balança analítica de precisão 10-4g e um paquímetro. Fez-se o tratamento com uma solução de NaOH (10%) (Marti 1987 apud Motta-Junior e Talamoni 1996), por aproximadamente 2 horas (100ml para cada regurgito). Após a dissolução dos pêlos, o material foi coado em papel de filtro número 1, que foi lavado com o auxílio de uma pinceta. Após a triagem, as peças anatômicas, foram separadas em uma placa de Petri para uma posterior identificação (Figura 3).
Após o tratamento, a biomassa dos componentes dos regurgitos foi medida, sendo denominada biomassa parcial. Para cada grupo de componentes (invertebrados, vertebrados, sementes e pedras), a biomassa total por área também foi medida.
Identificação da dieta
O material foi analisado com o auxílio de uma lupa e/ou microscópio, a fim de identificar taxonômicamente os itens encontrados. Para cada peça encontrada, foram coletadas as seguintes informações: a) nome da parte; b) taxon; c) número mínimo de indivíduos ingeridos. Para as peças anatômicas pares (élitros e asas), cada dupla simétrica foi considerada como pertencente a um único indivíduo; as peças únicas como telsons representavam um indivíduo. A biomassa total e parcial das peças foi medida e para isso utilizou-se uma balança analítica. No cálculo da biomassa parcial, as peças foram agrupadas em: a) vertebrados; b) invertebrados e c) outros (sementes e pedras).
Os insetos foram identificados por comparação com espécimes da coleção do Museu de Biodiversidade do Cerrado da Universidade Federal de Uberlândia. Os roedores encontrados foram identificados em nível de família, de acordo com as possíveis espécies ocorrentes no perímetro urbano de Uberlândia: Mus musculus, Rattus rattus e Rattus norvegicus, todos pertencentes à família Muridae. (Centro de Controle de Zoonoses – Prefeitura Municipal de Uberlândia).
Figura 3 – Amostra de peças anatômicas encontradas em regurgitos de S. cunicularia: A) mandíbula, maxila e dentes de Rodentia; B) crânio de Anura; D) maxila de Squamata; E) ossos; F) élitros; G) pernas; H) cabeças de Coleoptera; I) telsons e pinças; J) quelíceras; K) asas; L) escudos; M) não identificado; N) mandíbulas de Orthoptera.
Análise estatística
Foram realizadas análises de variância entre: itens e áreas; volume e áreas; e biomassa e áreas. A Análise de Componente Principal foi utilizada para criar um Índice Multivariado de Tamanho (volume) para os regurgitos, a partir de três variáveis: altura, largura e comprimento. Para a relação entre biomassa e volume foi utilizada a Correlação de Pearson.
O X2 foi calculado para a relação tipo de item consumido por área, a fim de confirmar se havia ou não uma diferença entre as áreas. Para cada área de coleta foi calculado, o Índice de Diversidade de Shannon-Weaver e o grau de Equidade dos itens. 
Embora tenham sido encontrados sementes e pedras nos regurgitos, estes itens não foram analisados como partes integrantes da dieta de S. cunicularia. Optou-se por não incluí-los nos cálculos e análises estatísticas, visto que a exclusão dos mesmos não influenciou os resultados finais.
RESULTADOS
A biomassa média dos regurgitos (n=45) foi 1,31+0,59g. As dimensões médias em cm (n=39) foram: comprimento 2,53+0,63; largura 1,41+0,17; altura 1,14+0,20 (Tabela 1). A análise de variância para a relação área e biomassa do regurgito (P=0,800) (Figura 4) e área pelo volume (P=0,617) (Figura 5) não foram significativas.
A Correlação de Pearson entre volume e biomassa mostrou-se significativa, o que possibilitou o cálculo de uma regressão linear, cuja a equação da reta é: y= -1,095 + 0,877x, com F=28,584 e P<0,0001 (Figura 6).
A biomassa parcial corresponde a 29,02% (15,20g) da biomassa inicial dos regurgitos. Invertebrados foram mais freqüentes, contribuindo com 19,92% (10,43g), seguido por vertebrados 7,97% (4,16g). Pedras e sementes representaram menos de 1,16% (0,61g) da biomassa inicial (Tabela 2).
Tabela 1 – Biomassa e dimensões dos regurgitos de S cunicularia.
	Medidas
	N
	Mínimo
	Máximo
	Média
	Desvio
	Peso (g)
	45
	0,41
	3,87
	1,31
	0,59
	Comprimento (cm)
	39*
	1,12
	5,03
	2,53
	0,63
	Largura (cm)
	39*
	0,92
	2,03
	1,41
	0,17
	Altura (cm)
	39*
	0,47
	1,57
	1,14
	0,20
* - Os demais regurgitos (n=6) encontravam-se fragmentados.
Tabela 2 – Biomassa parcial e total dos regurgitos de S. cunicularia.
	Local
	Biomassa inicial*
	Invertebrados
	Vertebrados
	Sementes
	Pedras
	Biomassa total dos componentes
	Área 1
	18,81
	3,07
	1,26
	0
	0
	4,33
	Área 2
	17,36
	1,76
	1,48
	0,49
	0,07
	3,80
	Área 3
	16,19
	5,60
	1,42
	0,02
	0,03
	7,07
	TOTAL
	52,36
	10,43
	4,16
	0,51
	0,10
	15,20
* - Anterior ao tratamento de NaOH.
Figura 4 – Variância entre área e biomassa dos regurgitos (P=0,800).
Figura 5 – Variância entre área e Índice Multivariado de Tamanho (volume) dos regurgitos (P=0,617).
Figura 6 – Correlação entre (volume) dos regurgitos nas áreas (P<0,0001).
Foram encontrados 12 tipos de peças anatômicas em 37 regurgitos analisados. Os tipos mais freqüentemente registrados, foram mandíbula (n=33; 89,19%) e élitro (n=30; 81,10%) para invertebrados; outras peças ósseas (n=15; 40,54%) para vertebrados; pedras (n=6; 16,21%) e sementes (n=13; 35,13%) (Figura 7).
Foram identificadas nove ordens, sendo as mais freqüentes para invertebrados: Coleoptera (n=313; 49,06%) e Orthoptera (n=272; 42,63%) e para vertebrados: Rodentia (n=14; 1,91%). Anura e Squamata apresentaram apenas um indivíduo. Dentre as 10 famílias identificadas, a mais freqüente foi Carabidae (n=175; 27,43%) (Tabela 3). Alguns indivíduos não puderam ser identificados taxonomicamente, pois as peças encontradas foram insuficientes.
As quelíceras de aranhas encontradas possibilitaram a identificação até a subordem Labidognatha (Araneomorphae), que nesta região é representada pelas famílias Ctenidae (gênero Phoneutria: armadeira), Lycosidae (Lycosa: tarântula de jardim), Theridiidae (Latrodectus: viúva negra) e Scytodiidae (Laxosceles: aranha marrom). Os telsons de Scorpionidae possibilitaram a identificação da espécie Bothriurus araguayae. Foi registrada somente a captura de um coleóptero (Carabidae) às 16:30h na área 3; S. cunicularia utilizou a tática de captura "poleiro-chão". Foram observados regurgitos fora das proximidades dos ninhos e, formigas carregando fragmentos de regurgito.
A análise do X2 para o tipo de item consumido por área, revelou que existe diferença significativa (p<0,005; gl=2) quanto aos itens consumidos (vertebrados e invertebrados) e freqüências dos mesmos nos regurgitos entre as áreas. As análises de variância em relação à biomassa dos itens e áreas de coleta não se mostraram significativas (P<0,05), para vertebrados (P=0,447), invertebrados (P=0,074), pedras (P=0,350) e sementes (P=0,652).
Tabela 3 – Representatividade de cada taxon em 45 regurgitos de S. cunicularia.
	Filo (n)
	Classe (n)
	Ordem (n)
	Família
	N*
	%
	Artropoda (618)
	Arachnidae (29)
	Scorpionida (13)
	Buthidae
	13
	2,04
	
	
	Araneae (16)
	NI 
	16
	2,51
	
	Insecta (589)
	Orthoptera (272)
	NI 
	272
	42,63
	
	
	Blattodea (2)
	Blattidae
	2
	0,31
	
	
	Coleoptera (313)
	Scarabaeidae
	54
	8,46
	
	
	
	Cerambycidae
	43
	6,74
	
	
	
	Carabidae
	175
	27,43
	
	
	
	Curculionidae
	20
	3,13
	
	
	
	Tenebrionidae
	15
	2,35
	
	
	
	Chrysomelidae
	6
	0,94
	
	
	Hymenoptera (2)
	Formicidae
	2
	0,31
	Vertebrata (20)
	Amphibia (1)
	Anura (1)
	NI 
	1
	0,16
	
	Reptilia (1)
	Squamata (1)
	NI 
	1
	0,16
	
	Mammalia(14)
	Rodentia (14)
	Muridae **
	12
	1,88
	
	
	
	NI 
	2
	0,31
	
	VNI (4)
	NI 
	NI 
	4
	0,63
	TOTAL
	
	
	
	638
	100
NI – Taxon não identificado.
VNI – Vertebrado não identificado.
* – Representa o número mínimo de indivíduos registrados para cada família identificada.
** – Áreas 1 e 2 (Fonte: Centro de Zoonoses/Prefeitura Municipal de Uberlândia).
Na área 1 houve maior Equidade (96,53%) de itens alimentares ingeridos, não demonstrando preferência por um tipo de item alimentar. Nas áreas 2 (35,26%) e 3 (42,72%), há uma tendência à preferência de um item alimentar, sendo estes Coleoptera e Orthoptera respectivamente (Tabela 4).
Tabela 4 - Índice de Diversidade de Shannon-Weaver e Equidade entre os itens alimentares de S. cunicularia.
	Área
	Ordens (n)
	Indivíduos (n)
	H'
	E (%)
	1
	7
	85
	1,8784
	96,53
	2
	6
	207
	0,6317
	35,26
	3
	5
	346
	0,7654
	42,72
H'= Índice de diversidade.
E= Equidade.
A dieta de S. cunicularia permite traçar um perfil dos possíveis níveis tróficos ocupados pela espécie. Os resultados sugerem que sejam ocupados os 2o, 3o, 4o e 5o níveis tróficos; uma vez que S. cunicularia consome: consumidores primários (Blattidae, Scarabaeidae, Chrysomelidae, Cerambycidae, alguns Orthoptera e Rodentia), secundários (Blattidae, alguns Aranae e Scorpionida, Anura e Squamata), terciários (Anura, Reptila, Carabidae, Aranae e Scorpionida) e quaternários (Anura e Reptila). Sua dieta também é composta por detritívoros ou microconsumidores (alguns Formicidae e Cerambycidae).
DISCUSSÃO
Apesar de não haver diferenças significativas nas variâncias para a biomassa dos itens e áreas, deve ser considerado o baixo valor de P para invertebrados, possivelmente pela heterogeneidade de habitat ou pela época de coleta, uma amostra maior pode se mostrar significativa. A regressão linear possibilitou o cálculo do Índice Multivariado de Tamanho a partir da biomassa, visto que esta se mostrou correlacionada ao volume. A relação entre volume e biomassa pode estar retratando o tipo alimentar consumido, ou o tamanho do indivíduo que regurgitou (adulto ou filhote).
S. cunicularia utiliza a tática de forrageamento “procurador”, isto é, procura ativamente sua presa (Pianka 1982). A predominância de insetos em sua dieta pode ser justificada pela teoria do forrageamento ótimo, ou seja, a tendência à captura de presas menores se deve a maior facilidade de manipulação, a densidade e previsibilidade do recurso (Sherry e McDade 1982). Outro fator é o ajuste temporal, ou seja, o pico de atividade de alguns destes insetos é também crepuscular e noturno (Storer et al.1984), coincidindo com o período de maior forrageio de S. cunicularia (Martins e Eagler 1990). 
Uma vez que as mesmas não possuem dentes, as pedras encontradas podem estar auxiliando na digestão das aves triturando seus alimentos (Gill 1990; com. pess. R. J. Donatelli 1999). Em termos de biomassa, as sementes foram pouco representativas, podendo estar presentes devido a ingestão ocasional durante a captura de um inseto ou serem provenientes de estômagos de animais ingeridos, como roedores.
Motta-Junior e Talamoni (1996) encontraram que na dieta de Tyto alba roedores são mais freqüentes do que insetos. Para S. cunicularia, os itens mais encontrados foram insetos, o que condiz com Jaksic et al. (1997). A presença de outros itens como artrópodes, répteis, aves e anfíbios em sua dieta também havia sido descrita anteriormente (Sick 1985). 
Neste estudo não foram encontrados indícios de aves na dieta de S. cunicularia. É possível que a inclusão das mesmas seja mais freqüente durante o período reprodutivo. A coleta de dados foi durante a seca, período em que as aves não estão se reproduzindo na região, o que pode ter interferido no registro de aves na dieta de S. cunicularia. A preferência pela ingestão de filhotes pode ser devido à vulnerabilidade, densidade e facilidade de manipulação. A preferência de S. cunicularia em ingerir filhotes de mamíferos foi registrada por Rohner e Krebs (1996). 
De acordo com Ille (1991) a escolha da presa através de seu tamanho e atividade, beneficia em termos energéticos o predador; Rohner e Krebs (1996) constataram que predadores preferem capturar infantes à indivíduos adultos. As espécies de roedores encontradas foram M. musculus e R. rattus. Entretanto o infante de R. rattus e muito semelhante ao adulto de M. musculus, impossibilitando a identificação das peças em nível de espécie.
A área 3 não teve suas espécies de roedores identificadas. Há poucos estudos em ambientes naturais na região de estudo. Borges (1999), em um censo de pequenos mamíferos, relatou Orysomys sp. na região.
A captura do tipo “poleiro-chão” foi descrita por Martins e Eagler (1990), que também registraram para S. cunicularia as táticas: “caça-caminhando”, “vôos curtos”, “peneirando” e “caça aérea”. Segundo Martins e Eagler (1990) S. cunicularia regurgita próximo ao crepúsculo ou durante à noite. O fato de formigas retirarem o regurgito e a ocorrência dos mesmos fora do perímetro do ninho, possivelmente leva a dados subestimados. Para uma melhor avaliação são necessárias visitas mais sistematizadas a estes locais e um maior número de horas de observação.
A vegetação da área 3, onde há remanescentes do Cerrado sensu lato, é a mais heterogênea que nas áreas 1 e 2, ambas no perímetro urbano, caracterizadas por terrenos baldios e arborizações. Devido à ação antrópica estas últimas podem estar apresentando um grau de saturação, podendo ser um fator que limitaria e/ou reduziria a abundância de um determinado recurso alimentar.
A tendência à preferência de S. cunicularia por um tipo de item alimentar nas áreas 2 e 3 pode ser devido à abundância do mesmo; à sazonalidade do recurso (Norrdahl e Korpimäki 1997). Para a área 1, não houve tendência ao consumo de um tipo de item alimentar, isto possivelmente deve-se ao fato da área ser um habitat saturado e com pouca vegetação, o que acarretaria em uma baixa diversidade de presas, baixa abundância e uma menor possibilidade de escolha de itens alimentares.
Segundo Ricklefs (1996), carnívoros do topo das comunidades terrestres não podem alimentar-se mais do que o terceiro nível trófico, em média. S. cunicularia exerce uma função de controle e manutenção das espécies envolvidas em sua teia alimentar (Begon et al. 1996; Norell 1997), atuando ativamente como reguladora de agentes vetores de doenças tais como: Tifo, Peste, Leptospirose, Febre Tifoide, Giardíase e outras doenças gastrointestinais; e sobre escorpiões que, ao picar, podem causar dor e insuficiência cardíaca e/ou respiratória a um homem adulto (Bailão 1998). Deste modo, é relevante conhecer a biologia de S. cunicularia para a manutenção da mesma em perímetros urbanos e naturais, enfatizando seu benefício à sociedade.
CONCLUSÕES
A biomassa e o volume do regurgito estão relacionados a outro fator que não seja a área. Possivelmente, tais medidas estejam ligadas ao tipo e tamanho do item alimentar ingerido por S. cunicularia. 
A dieta de S. cunicularia mostrou-se bastante diversificada, abrangendo várias classes de animais como Arachnida, Insecta, Amphibia, Reptila e Mammalia.
Não houve uma diferença entre a biomassa dos itens consumidos nas áreas, contudo, observou-se uma tendência à escolha de alimento no Bairro Cidade Jardim e Clube de Caça e Pesca Itororó de Uberlândia, o que reflete a qualidade do ambiente em que se encontram.
A diferença entre os itens consumidos nas áreas de estudo pode ser explicado pela diferença entre as áreas na oferta de recursos, tanto numérico quanto ao tipo de itens.
S. cunicularia, no perímetro urbano, auxilia no controle de pragas como Rattus rattus (rato doméstico), Mus musculus (camundongo de jardim), baratas e escorpiões. Portanto, a conservação das mesmas dentro deste ambiente é benéfica à população humana.
S. cunicularia utiliza estratégias de forrageamento que podem estar aumentando sua eficiência na captura de presas.
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