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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS TÉCNICO EM RADIOLOGIA 1 MÉTODO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Aula 3: DENSITOMETRIA OSSEA Professor: Rodrigo Otávio INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS TÉCNICO EM RADIOLOGIA 2 INTRODUÇÃO A Densitometria Óssea (DO) é um método diagnóstico por imagem simples e indolor, que analisa a densidade mineral óssea a partir do teor de cálcio de um paciente, a partir de um scanner de raio x com baixa quantidade de radiação ionizante, onde é radiografado as vértebras lombares ou o colo do fêmur, pois são nessas áreas ósseas que ocorrem as principais fraturas por perda de massa óssea quando se atinge a terceira idade. Exame padrão ouro para diagnosticar patologias como a osteoporose e osteopenia, a DO foi desenvolvida por John Cameron e James Sorenson em 1963. O primeiro equipamento de Densitometria Óssea comercial da história foi desenvolvido na Universidade de Wisconsin – Madison USA em 1972, sob a tutela de Richard B. Mazess, Ph. D. fundador da Lunar Corporation. O aparelho chegou ao Brasil em 1989 (BONNICK, 2012; FRAZÃO; NAVEIRA, 2006). A densidade mineral óssea é expressa em glcm2 e representa a massa de cálcio expressa em gramas em uma área de 1 centímetro quadrado de tecido. Os valores obtidos junto à população e que representam a média populacional são importantes para as conclusões diagnósticas do médico. Esses valores precisam ser significativos, e isto requer cuidados na amostragem. Os valores precisam ainda estar distribuídos por faixa etária, peso e considerar as características regionais da população. No Brasil os valores DMO da população estão relativamente bem definidos para as mulheres. O referencial para os indivíduos do sexo masculino ainda é feito com base nos valores da população americana. A quantidade de exames realizados em homens no Brasil ainda é muito baixa para se traçar um perfil confiável da média populacional. O exame de densitometria está especialmente indicado na avaliação da osteoporose, estado em que os ossos perdem cálcio, na osteopenia, estado em que ocorre redução do número de Osteócitos no tecido ósseo e nas patologias em que está presente hipercalcificação. A osteoporose é uma doença silenciosa que se caracteriza pela perda gradual e progressiva de massa óssea com comprometimento da resistência dos ossos, tornando os mais frágeis e mais propensos às fraturas. Pode manifestar-se sem etiologia definida ou de forma secundária associada a outras doenças. Hipotireoidismo, insuficiência renal, hepática, mielomatose, anemia e imobilizações prolongadas, são situações que podem desencadear estado de osteoporose. As mulheres na menopausa e os homens que se encontram acima de 60 anos apresentam, não raramente, índices significativos de osteoporose. Normalmente a osteoporose é precedida da osteopenia. INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS TÉCNICO EM RADIOLOGIA 3 Na Tabela abaixo são listadas as indicações para a realização de exames de Densitometria Óssea de acordo com o Consenso Brasileiro de Osteoporose 2012 CAUSAS E TIPOS DE OSTEOPOROSE Qualquer fenômeno que leva ao aumento do numero de profundidade das lacunas de reabsorção ou que impeça ou prejudique o preenchimento das mesmas pode levar a osteoporose. Osteoporose é a diminuição global da massa óssea com o comprometimento da microarquitetura trabecular e conseqüentemente da susceptibilidade a fraturas. CAUSAS: Diminuição do estrógeno; Sedentarismo; Pouca exposição solar; Dieta pobre em cálcio; Envelhecimento; Tabagismo; Antecedentes familiares de osteoporose; Mulher de raça branca e asiática. TIPOS: I - Osteoporose Primária I - Osteoporose Secundária I - Osteoporose Juvenil IV - Osteoporose Idiopática V - Osteoporose Focal. Normalmente essa doença (sobre tudo as de tipo I e I) evolui de maneira silenciosa, sem manifestações clinicas especificas. Lamentavelmente o primeiro achado da osteoporose, via de regra é uma fratura, que representa um estágio já avançado da doença quando detectadas. Os pacientes acometidos por fraturas osteoporóticas têm grande prejuízo da qualidade de vida, especialmente pelas suas conseqüências de longo prazo. As fraturas vertebrais causam dor e INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS TÉCNICO EM RADIOLOGIA 4 alteram progressivamente a curvatura da coluna, deixando as pessoas mais corcundas e com estatura reduzida ao longo do tempo. Já as fraturas do colo do fêmur são mais graves. Exigem tratamento cirúrgico com a colocação de próteses e longos programas de fisioterapia reabilitadora. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (sinais e sintomas): Dor lombar específica. Limitação física para realizar os afazeres normais e habituais. Diminuição da estatura, encurvamento do tronco para frente. EQUIPAMENTOS Uma fonte emissora de fótons, que pode ser tanto um radioisótopo (SPA e DPA) quanto um tubo de raios X (DXA), emite fótons que são colimados em um feixe. O feixe de fótons passa através do paciente (onde alguns fótons sofrerão os efeitos já descritos acima, reduzindo a intensidade do feixe) e continua até alcançar o detector, onde é registrada a intensidade do feixe transmitido. O sistema fonte-colimador-detector é cuidadosamente alinhado e mecanicamente conectado. O mecanismo se movimenta de um lado para o outro formando as linhas de varredura que irão compor a imagem.
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