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RESENHA O DEMONIO DO MEIO DIA

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CURSO DE PSICOLOGIA
Disciplina: Psicopatologia II 
Profª.:
Aluno: / Data: 
Resenha: “Depressão”
À priori, cabe identificar e apresentar o capítulo 1 “Depressão”. Trata-se da primeira parte da literatura O demônio do meio-dia: uma anatomia da depressão, do professor de Psicologia Clínica no Columbia University Medical Center Andrew Solomon que foi lançado em 2001 e publicado no Brasil em 2014 pela Companhia das letras. A tradução foi feita por Myriam Campelli. 
No capítulo 1, o autor escreve sobre a própria depressão; depois, sobre depressão similar em outros; em seguida, sobre diferentes tipos de depressão em outros, e finalmente sobre depressão em contextos completamente diferentes. O capítulo é parte do esforço para abarcar a extensão do alcance temporal e geográfico da depressão e, em especial, contribui para diminuir o estigma sobre a doença.
Na versão digital, fornecida pela Amazon, o capítulo 1 está estruturado em 25 páginas. O autor utiliza do gênero da narrativa para compor o texto. Sua linguagem não se prende ao academicismo, ao contrário disso revela-se em um capítulo de fácil compreensão para o público leigo, isso por descrever a doença com riqueza de detalhes, especialmente por vasta experiência. Em suma, o tratamento sensível e lúdico na composição do capítulo Depressão torna-o didático.
Dentre outros recursos da linguagem, o autor também se utiliza de metáfora para descrever a depressão: escolhe a alegoria de Santo Antônio no deserto. Nos dá conta que a doença é a “imperfeição do amor e como o demônio que nos deixa aterrados”. Explicará que a pessoa deprimida não tem significado da própria vida e vive profunda tristeza e, depois, o terror é o sentimento que se têm quando o demônio sai da presença de quem está deprimido (p.13). Contudo, situa a doença na mente do acometido, mas pode ter real impacto no corpo (p.17). Sentimento de angústia, solidão, sofrimento e morte se somam para explicar, ao menos parcialmente, os sintomas da depressão. Numa visão “pessimista”, a literatura dá conta que a depressão não será extinta mesmo considerando os avanços da ciência farmacêutica: “vivemos numa época de paliativos crescentes... e, contê-la é tudo que os atuais tratamentos para a depressão almejam”. Sobretudo não se sabe o que causa a depressão e o que a constitui, nem a eficácia de certos tratamentos e, por fim, onde a depressão nasce ou evolui (p.27). Não obstante, o autor nos dá pista que “as taxas crescentes de depressão são sem dúvida uma consequência da modernidade” (p.29) e que a “experiência” é um caminho positivo (p.35). 
Descreve ainda como a depressão tem sido vivida: em menor e maior. Na forma mais branda o autor a define como dístimica e, em maior, define-a como severa. No estágio leve, é tida como gradual e permanente que enfraquece a pessoa. Também fala de dois modelos de depressão: o dimensional e o categórico. Fato é que nos meandros da narrativa do autor a doença vai sendo “desenhada” por diversos conceitos e definições. Noutra visão, é possível montar uma espécie de glossário da doença.
Quanto à forma, o texto não apresenta as fontes ou referências bibliográficas diretamente no capítulo, somente quem tem acesso à obra completa pode consultá-las, pois as fontes utilizadas pelo autor estão na parte final da literatura. Para o público “curioso”, penso que essa disposição pode aguçar o interesse pela investigação mais pormenorizada e continuada sobre o assunto. Talvez para alguns leitores sirva como uma literatura de autoajuda ou manual de consultas. Aliás, não é via de regra, mas temos visto atualmente em livrarias que estas literaturas têm ocupado muitos lugares nas prateleiras e diversas áreas de conhecimento têm se ocupado com o tema. Talvez denote a presença da depressão na sociedade ou, então, que não somente o tratamento medicamentoso seja o único “remédio” para as pessoas. 
Pois bem, por derradeiro, a literatura destina-se a todos os que se interessam pelo assunto, não se restringe a um público. No caso do público de estudantes de psicologia, “O demônio do meio dia”, serve como norte para buscas empíricas. Exemplo disso, é que se buscarmos no Google Acadêmico é possível encontrar vasto acervo disponível. De fato a depressão tem sido um dos motivos aterrorizadores da pessoa e da sociedade (p.35) e, por isso, têm toda uma importância nas principais pautas de discussões.

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