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SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

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SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIOROL TAXATIVO
STJ: REsp 575.002/SC, julgado em 17/02/2005, DJ 26/09/2005, p. 182
aRT. 111 INTERPRETA-SE LITERALMENTE A LEGISLACAO TRIBUTÁRIA QUE DISPONHA SOBRE: I) SUSPENSAO OU EXCLUSAO DO CRÉDITO TRIBUTARIO
ART. 141 O CRÉDITO TRIBUTARIO REGULARMENTE CONSTITUIDO SOMENTE SE MODIFICA OU EXTINGUE, OU TEM SUA EXIGIBILIDADE SUSPENSA OU EXCLUIDA, NOS CAOS PREVISTOS NA LEI, FORA DOS QUAIS NÃO PODEM SER DISPENSADAS, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE FUNCIONAL NA FORMA DA LEI, A SUA EFETIVACAO OU AS RESPECTIVAS GARANTIAS. 
obrigação principal e obrigação acessória:
art. 113. a obrigação TRIBUTÁRIA e principal ou acessória 
§1º a obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o CRÉDITO dela decorrente. 
§2º a obrigação acessória decorre da legislação TRIBUTÁRIA e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos TRIBUTOS.
§3º a obrigação acessória, pelo simples FATO DA sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade.
Art. 151 CTN MO: I) Moratória; [prevista no art.152 ao 156] Trata-se da dilação por LEI do prazo para o pagamento regular do tributo. [LEGALIDADE TRIBUTÁRIA: Art. 97, VI do CTN: “Somente a lei pode estabelecer: VI- as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.] 
Geral ou objetiva: concedida pela lei de forma indistinta a todos os contribuintes gera direito adquirido aos beneficiários. art. 152. A moratória somente pode ser concedida: I- Em caráter geral: a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira(Moratória autonômica: quem cria o tributo é quem concede a moratória); b) Pela União, quanto aos tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado( Moratória heterônoma ou heterotopica quem concede será um ente federado distinto daquele responsável pela criação do tributo no que se refere a essa modalidade discute-se se ela é compatível com a autonomia dos entes federados primeira corrente: não é possível a União conceder essa moratória, se ela não pode conceder isenção quanto mais moratória segunda corrente: seria possível pois seria uma medida fiscal em prol da república federativa do brasil, tanto é que se houvesse essa moratória para união, ela deveria conceder para seus próprios tributos federais.) 
Individual ou subjetiva: não gera direito adquirido. Deve ser outorgada pela autoridade administrativa. Para sua concessão a lei poderá determinar a concessão de garantias. Art. 152, II- em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. Paragrafo Único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente, expressamente a sua aplicabilidade a determinada região do território (ESPACIAL) da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos (PESSOAL). 
CUIDADO! O Art. 155 refere-se a moratória em caráter individual e aí temos a possibilidade de aplicação de penas para moratória individual que foi conseguida irregularmente. Se o contribuinte não deu causa a irregularidade aplica-se juros de mora. Esse artigo é importante pois essas mesmas medidas são aplicadas para o parcelamento individual (art. 155-A, §2º CTN) também essas regras são aplicadas para remissão individual nos termos do art. 172 parágrafo único CTN e isenção individual parágrafo único do CTN e anistia individual art. 182 parágrafo único CTN. 
 DE: II) O depósito do montante integral;
Súmula 112 do STJ: “O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro” / se eu quiser que meu nome não seja inscrito na dívida ativa para que eu possa concorrer a alguma licitação( tem a fase da licitação que chama regularidade fiscal) basta que eu efetue o pagamento do montante do valor discutido com a fazenda e automaticamente eu terei a suspensão da exigibilidade [ trata-se de um direito subjetivo do contribuinte]. Atenção! Estou depositando para discutir, se ao final da discussão eu perder aquele valor será convertido em renda- aí extingue o crédito tributário [art. 156. Extingue-se o crédito tributário: VI- A conversão do depósito em renda]/ conforme jurisprudência do STJ (v.g., AgRg nos EAg 1300823/DF), “o depósito judicial realizado por sujeito passivo tributário [art. 151, II, CTN] somente poderá ser por ele levantado se vencedor no mérito da demanda. Em caso de extinção sem julgamento de mérito, o valor é convertido em renda do Fisco [art. 156, VI, CTN], exceto na hipótese de o ente político não ser sujeito ativo da exação( por exemplo, é uma questão de IPVA, você depositou, mas colocou o município nesse caso você mesmo levanta”./// O depósito pelo contribuinte dispensa o lançamento (STJ, REsp 898992, 895604, 953684) = correspondência ao lançamento por homologação; /// O depósito não é requisito indispensável para a propositura de ações judiciais pelo contribuinte: art. 38, LEF x Súmula Vinculante nº 28, STF (*). Art. 38, Lei nº 6.830/80. A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, na forma desta lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos. Súmula Vinculante nº 28, STF. É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. PENHORA(em uma execução fiscal a fazenda penhorou ou eu ofereci um bem em penhora) e MEDIDA CAUTELAR DE CAUÇÃO( nesse caso a fazenda não ajuizou uma execução fiscal, então eu ajuizo uma ação cautelar de caução e fato que tô devendo, mas quero discutir, assim estou ofertando um bem para garantir o valor do debito tributário, meu objetivo pode ser conseguir uma certidão positiva de débitos com efeitos de negativa) nesses dois casos Não suspendem a exigibilidade do crédito tributário (*). Conforme orientação jurisprudencial do STJ (v.g., AgRg-REsp 1.504.009, DJE 06/04/2015), muito embora a penhora e a medida cautelar de caução possam ensejar a expedição da certidão positiva de débitos com efeitos de negativa (art. 206, do CTN), não são elas meio apto a suspender a exigibilidade do crédito tributário, pois não previstas no art. 151 do CTN. 
 RE: III) As reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; => uma defesa no âmbito do processo administrativo fiscal tributário, se ela for apresentada tempestivamente, essa defesa de forma automática acarreta a suspensão do crédito tributário. Essa defesa por si só, uma vez apresentada, terá a finalidade de suspender a exigibilidade do crédito tributário. Enquanto não for resolvida administrativamente a fazenda não poderá resolver o crédito em dívida ativa, não poderá levar me nome para o CADIN, não poderá ajuizar a execução fiscal. Súmula vinculante nº 21, STF. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Súmula nº 373, STJ. É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo. - Suspensão da exigibilidade durante todo o contencioso administrativo: “Suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Art. 151, III, do CTN até o julgamento do pedido administrativo de compensação. ‘O recurso administrativo suspende a exigibilidade do crédito tributário enquanto perdurar o contencioso administrativo, nos termos do art.151, III, do CTN’ (AGRG no RESP 1.469.755/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 20/11/2014, dje 28/11/2014). Agravo regimental improvido. (STJ; AgRgREsp 1.498.850; Proc. 2014/0279628-6; RS; Segunda Turma; Rel. Min. Humberto Martins; DJE 03/03/2015).
 CO: IV) A concessão de medida liminar em mandado de segurança v) concessão de medida liminar ou tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; vamos imaginar que o juiz defere uma liminar, deferida a liminar houve imediata suspensão da exigibilidade do crédito tributário e automaticamente a suspensão do prazo prescricional tributário. Agora imagina você está com uma liminar e que a fazenda em agravo de instrumento conseguiu cassar a liminar, então nesse caso a prescrição tributária volta a correr a partir do momento em que há inércia do credor. Se a liminar não vigora o credor pode cobrar, se ele não cobra ele está inerte e a partir da inercia há prescrição => a partir do momento da cassação da liminar já volta a correr o crédito tributário e o credito volta a ser exibido- STJ( ERESP 449.679/RS). 
 PA: VI) O parcelamento; (i) lei específica (art. 155-A, CTN); (ii) Não exclui, como regra, os juros e multas (§ 1º)( na moratória normalmente há exclusão desses encargos, aqui no parcelamento não a regra é de que o parcelamento não exclui juros e multas; (iii) Aplicação subsidiária das normas da moratória (§ 2º); (iv) segunda lei específica para devedores em recuperação judicial (§§ 3º e 4º); - homologação expressa ou tácita(não há um direito subjetivo do parcelamento pelo mero requerimento, o parcelamento se qualifica pela homologação expressa ou tácita do pedido formulado pelo devedor junto ao fisco) => No entanto, de acordo com orientação jurisprudencial do STJ, firmada em Recurso Especial Repetitivo (957.509), "o parcelamento fiscal, concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica, é causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário, à luz do disposto no artigo 151, VI, do CTN. 2. Consequentemente, a produção de efeitos suspensivos da exigibilidade do crédito tributário, advindos do parcelamento, condiciona-se à homologação expressa ou tácita do pedido formulado pelo contribuinte junto ao Fisco”. - Parcelamento de ofício: não configuração de suspensão do crédito tributário ou de interrupção da prescrição JULGADO: DÍVIDA TRIBUTÁRIA – PARCELAMENTO DE OFÍCIO – NÃO CONFIGURAÇÃO DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO OU DE INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. O parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa suspensiva do crédito tributário e não configura causa interruptiva da contagem da prescrição, uma vez que o contribuinte não anuiu, inexistência qualquer manifestação de sua vontade (STJ, REsp Repetitivo 1.658.517-PA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Seção, por unanimidade, julgado em 14/11/2018, DJe 21/11/2018 - Tema 980 – informativo 638). Parágrafo único: o disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. (Por exemplo, não precisa pagar o ICMS, mas tem que pagar as obrigações acessórias que lhes são próprias, emitir nota fiscal, não retirar os livros do estabelecimento comercial, suportar e tolerar eventuais fiscalizações). [cuidado! a parcelamento suspende o crédito tributo, todavia, o parcelamento como é uma causa de reconhecimento do débito pelo contribuinte é uma causa de interrupção da prescrição: Art. 174, Paragrafo único IV “ por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecer do débito pelo devedor. CTN.] 
Art. 175 CTN Excluem o crédito tributário: Art. 155-A: o Parcelamento será concedido na forma e na condição estabelecidas em lei específica (basta uma lei ordinária) : §1ºSalvo disposição em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência dos juros e multas. §2º Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta lei, relativas à moratória. §3º Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial (art. 68 da lei 11.101/2005=> lei de recuperação de empresas e falências). §4º A inexistência da lei especifica a que se refere o §3º deste artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica. 
 I: I) Isenção 
 A: II) Anistia 
Parágrafo único: A suspensão do Crédito Tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. 
Note: Uma vez suspenso o crédito tributário haverá a configuração da suspensão da prescrição (Ora, o credor não estar inerte, então não haverá não há de se falar em prescrição)
Note: Uma vez suspenso o crédito tributário impede a inscrição do devedor em dívida ativa. 
Note: Haverá a suspensão do CADIN (que é uma espécie de SPC para os devedores de tributos)
Note: suspenso o crédito tributário é possível obter certidão positiva de débitos com efeito de negativa. Art. 206 do CTN “Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a exigência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa” => IMPORTANTE! PARA QUEM VAI CONCORRER EM LICITAÇÃO. 
CAUSAS DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (ART. 156 ATÉ ART. 174)PRESCRICAO INTERCORRENTE NO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
O STJ nega a possibilidade de prescrição intercorrente no processo administrativo tributário, pois essa possibilidade de prescrição intercorrente precisaria de lei: “sendo certo que somente a partir da notificação do resultado do recurso ou da sua revisão, tem início a contagem do prazo prescricional, afastando-se a incidência da prescrição intercorrente em sede de processo administrativo fiscal, pela ausência de previsão normativa específica”. (REsp 1.113.959/RJ, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, Dje de 11/03/2010). 
rol taxativo (art. 156 c/c art. 141, CTN) x exemplificativo (art. 156 c/c art. 111, I, CTN, a contrario sensu)??
Art. 141, CTN. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei( ou seja CTN), fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. Art. 111, CTN. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário (então aqui um problema, pois só a suspensão ou exclusão do credito tributário que merece interpretação literal. Causa de extinção do credito tributário não necessitaria dessa interpretação literal). 
Conclusão: o rol do art. 156 para jurisprudência atual do STF e taxativo. 1) ADI nº 2.405, STF (DJ 17.02.2006) lei do RS que colocou como forma de extinção a dação em pagamento essa lei de 2000 o STF disse que essa lei seria constitucional incialmente (lembre-se que ainda não havia a previsão no CTN da dação em pagamento). 2) ADI nº 1.917, STF (DJ 24.08.2007): uma lei do DF havia estabelecido como forma de extinção do crédito distrital a dação em pagamento inclusive de bens moveis. O STF declarou essa lei inconstitucional no caso em relação o problema da licitação, pois no momento que a lei distrital permitia ao DF extinguir créditos tributários por meio de bens moveis o DF estaria adquirindo bens moveis sem licitação, assim haveria licitação ao princípio licitatório que se encontra no art. 37 da CF. 3. STF, ADI 124 essa ADI tinha como objeto de controle uma lei do Estado de Santa Catarina, essa lei permitia a extinção do credito tributário quando o estado de santa catarina demorasse pra decidir as defesas administrativas nos processos ficais( seria uma espéciede prescrição intercorrente) o STF por ultimo disse que os Estados não podem aumentar as causas de extinção do credito tributário. 
Art. 156, CTN. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento; (arts. 157/164, CTN). O pagamento exige quitação integral (abranger não o tributo, mas também a penalidade tributária) Art. 157 CTN: “A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário. 
Art. 158 CTN: “O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento: I- quando parcial, das prestações em que se decomponha; II- quanto total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. (regra da falta de presunção de pagamento no caso de parcelas, então não há presunção no campo tributário de que as parcelas anteriores estejam quitadas unicamente porque o contribuinte pagou a parcela posterior ≠ Art. 322, Código Civil. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores (essa presunção do código civil e relativa, admite prova em contrário) . - Exemplo: CRL Veículos
(...) A expedição de certificado de registro e licenciamento de veículo – CRLV -, embora condicionada à quitação de tributos incidentes sobre a propriedade de veículo automotor, não serve como comprovação de quitação do IPVA e tão pouco a sua emissão relativa a exercícios posteriores gera presunção do pagamento de valores anteriores, conforme diz o artigo 158, II do Código Tributário Nacional. 2. Apenas a apresentação da GA (Guia de Arrecadação), RPV (Recibo de Pagamento do Veículo) ou recibo de alguma modalidade de autoatendimento está apto a demonstrar a quitação do IPVA. (STJ, REsp 525.600/RS, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/10/2003, DJ 17/11/2003, p. 217).
(iii) arts. 159/160, CTN: Art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. (domicílio do sujeito passivo – obrigação quesível) cá entre nós, do ponto de vista prático esse artigo pouco tem importância, pois hoje o pagamento é feito por atendimento bancário e você paga onde você quiser. 
Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça (esse parágrafo único fala que o desconto pode acontecer e que esse desconto pode se dá por legislação tributária). (normalmente o prazo paga o pagamento do tributo é estabelecido pela legislação tributária e não havendo essa legislação ai vamos para o art. 160 que traz a regra que prazo de pagamento – 30 dias da notificação do lançamento NÃO HAVENDO LEGISLAÇAO TRIBUTARIA SOBRE O PRAZO. Lembrem-se que essa previsão para a fixação do pagamento de tributo se contenta com legislação tributária (é suficiente legislação tributária (art. 96, CTN)) , ou seja, não precisa ser lei, pode ser um decreto, uma instrução normativa. De acordo com o princípio da anterioridade estudado não há necessidade da sua incidência (seja anterioridade tributária anual, nonagesimal para hipótese de alteração de data para o pagamento de tributo. Súmula vinculante nº 50, STF. Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. - p.ú. do art. 160 do CTN: desconto sujeita-se à legislação tributária;
(iv) art. 161, CTN: Juros e penalidades – cumulação cabível=> esse artigo traz os encargos moratórios do pagamento do tributo pagos de maneira intempestiva. Se você pagou o tributo fora do prazo regular incidirão encargos moratórios, os encargos moratórios básicos que você aplica em toda condenação é a correção monetária e juros de mora. Como são encargos moratórios diversos, não há que se falar em bis in idem. Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante a falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta lei ou em lei tributária. §1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros e mora são calculados à taxa de um por cento ao mês. §2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. (consulta é uma dúvida que você apresenta perante o fisco. é um requerimento que você está levando para o fisco, se essa consulta for realizada antes do vencimento do tributo ótimo, qual a relevância dessa quando apresentada no regular prazo paga o pagamento do tributo ela impede os efeitos da mora, ou seja, enquanto não respondida a consulta não há efeito da mora, se demora para responder e vem a resposta que eu tenho que pagar eu pagarei). 
CORREÇÃO MONETÁRIA: é a atualização da moeda diante do fenômeno inflacionário. Eu tinha que pagar o tributo há um ano, paguei um ano depois, naturalmente depois de um ano não há correspondência líquida entre o que eu devia a um ano e depois de um ano, então eu tenho que pagar aquele valor natural com inflação, ou seja, com correção monetária. JUROS DE MORA: é o preço pelo capital indevidamente retido. Eu não quis pagar a um ano, eu preferi aplicar na poupança ( fez besteira) você vai ter que pagar o juro de mora. 
MULTAS TRIBUTÁRIAS. Equivale a sanções administrativas, ou seja, as multas tributárias. Nós temos 3 espécies de multas tributárias: 1) MULTA TRIBUTÁRIA MORATÓRIA: é a multa derivada da mera mora( inadimplemento) eu imprimi a guia pro pagamento e me esqueci da data de vencimento, veja que não teve má-fé, mas você vai ter que pagar com correção, juros de mora e multa moratória. Por exemplo, art. 61 da lei 9430 de 96 temos a previsão da multa moratória de 0.33% ao dia e que deve ter por limite máximo 20%. 2) MULTA PUNITIVA OU MULTA DE OFÍCIO: é aquela decorrente do tributo não pago, não declarado, em que houve a omissão de informação. Eu não prestei a minha declaração de imposto de renda, não prestei as informações que me caberiam. Vem a fazenda e lança de ofício o tributo. Essa multa nos termos da lei federal 9430 de 96 no art. 44 temos como regra essa incidindo na base de 50%, de 75% e dependendo da hipótese até mesmo podendo ser duplicada valendo 100%, 150%. Quando nos estudamos o art. 150,IV da CF que fala da vedação do tributo com efeito confiscatório, a pacifica jurisprudência do STF a vedação do caráter confiscatório do tributo se estende para multa moratórias. O STF não entende como confiscatória a multa moratória de até 20%. Existe no STF a discussão se a multa de 150% é confiscatória. 3) MULTA ISOLADA (é a multa pelo descumprimento das obrigações tributárias acessórias. Obrigação tributária acessória se configura por um fazer ou não fazer em prol da fiscalização tributária. Jurisprudência: “São cumuláveis os encargos da divida relativos aos juros de mora, multa e correção monetária – Precedentes.” (STJ, 2º T. AgRg no AREsp 113.634 RS, Relator Ministra Eliana Calmon, out. de 2013). 
DIREITO PENAL TRIBUTÁRIO: Se relaciona com as sanções criminais. Pro exemplo, a lei 8137 de 1990 que trata dos crimes contra a ordem tributária, aí nós temos o direito penal tributário. 
SELIC que é usada no plano federal discutia-se se ela poderia ter sua utilização no âmbito estadual e municípios inclusive no caso de repetição do indébito (A SELIC é uma taxa de liquidação e custódia federal ela abrange correção monetária e juros moratórios, por isso é que eu não posso ter cumulativamente com a SELIC correção monetária e juros moratórios): “É legítima a utilização da taxa SELIC como índice de correção monetária e juros de mora dos débitos do contribuinte para com a Fazenda Pública (REsp 879.844/MG, DJe 25.11.2009, julgado sob o rito dos recursos repetitivos).” “É cediço nesta Corte o entendimento de que é cabível a aplicação da Taxa SELIC, na hipótesede haver Lei estadual nesse sentido, vedada a cumulatividade com outro índice.” (STJ, 2ª T., AgRg no AREsp 362.763/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, set/2013). Súmula 523, STJ. A taxa de juros de mora incidente na repetição de indébito de tributos estaduais deve corresponder à utilizada para cobrança do tributo pago em atraso, sendo legítima a incidência da taxa Selic, em ambas as hipóteses, quando prevista na legislação local, vedada sua cumulação com quaisquer outros índices.( se o tributo inadimplido é exigido pelo fisco com SELIC, na hipótese desse tributo ser exigido pelo fisco ele também será devolvido com SELIC. 
(iv) restituição de tributo indireto que também é chamado de “tributo que repercute” ou seja, que há a repercussão econômica ( é o tributo cuja carga tributária é suportada pelo contribuinte de fato/consumidor final – exemplos: ICMS, IPI: é até fácil de você visualizar, quando você paga o carro para concessionária você tem a nota fiscal emitida, nessa nota fiscal você verifica que dentre os componentes do preço final estão os valores de ICMS e IPI- mesmo você não sendo comerciante você tem que saber que ICMS e IPI são impostos indiretos, ou seja são aqueles cuja carga econômica é suportada pelo consumidor final, pelo contribuinte de fato quando. Existe a possibilidade de quitação do débito tributário indireto e consequente repetição, porém tem que tomar cuidado com as regras do artigo 166) – art. 166, CTN (*) e S. 546, STF (*); - contribuinte de direito (sujeito passivo da obrigação tributária) e contribuinte de fato (quem arca com o ônus tributário). Art. 166, CTN. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem (i) prove haver assumido referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro( ao contribuinte de fato, ao consumidor final), estar por este expressamente autorizado a recebê-la. (então no exemplo do automóvel, vamos supor que no primeiro momento houve o primeiro repasse. Se houve o primeiro repasse não se satisfaz o primeiro requisito, porque a concessionária vai ter que demonstrar que ela mesmo que arcou com aquele ônus do ICMS ou do IPI e ela não vai conseguir demonstrar até porque ela não nós repassa esse referido valor. Existe a possibilidade da repetição do indébito de tributos indiretos desde que o contribuinte de direto não tenha repassado a carga tributária para o contribuinte de fato e se repassou também cabe, porém é mais complicado porque ele precisará para o ingresso dessa ação da prévia autorização do contribuinte de fato. Súmula nº 546, STF. Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão que o contribuinte ‘de jure’ não recuperou do contribuinte ‘de facto’ o ‘quantum’ respectivo.
“Contribuinte de direito é o sujeito passivo que tem relação pessoal e direta com o fato gerador, nos termos do art. 121, parágrafo único, I, do CTN. Indicado na lei para ocupar o polo passivo da obrigação tributária, é também quem deve, em última análise, recolher o tributo ao Fisco. 5. Assim, contribuinte de direito é, por definição, aquele e somente aquele determinado pela lei. 6. Contribuinte de fato é quem suporta o ônus econômico do tributo, ou seja, a quem a carga do tributo indireto é repassada, normalmente o consumidor final” (STJ, 2ª T., REsp 928875/MT, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, mai /2010).
Eu, nesse caso do carro envolvendo o ICMS e IPI tenho legitimidade para entrar com ação de repetição do indébito tributário contra a união questionando o valor do IPI indevidamente recolhido? Não, ilegitimidade ativa: - ilegitimidade, como regra, do contribuinte de fato para a propositura da ação de repetição do indébito tributário*: “1. Segundo o decidido no recurso representativo da controvérsia REsp. n. 903.394/AL, Primeira Seção, Rel. Ministro Luiz Fux, DJe de 26.04.2010, submetido ao rito do artigo 543-C do CPC/73, em regra o contribuinte de fato não tem legitimidade ativa para manejar a repetição de indébito tributário, ou qualquer outro tipo de ação contra o Poder Público de cunho declaratório, constitutivo, condenatório ou mandamental, objetivando tutela preventiva ou repressiva, que vise a afastar a incidência ou repetir tributo que entenda indevido” (STJ, 2ª T., AgRg no AgRg no REsp 1228837/PE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, set/2013). 
O professor estar falando com REGRA, porém excepecionamente o contribuinte e fato, mesmo não participando da relação jurídico tributária tem legitimidade ativa para ação de repetição do indébito tributário no caso do ICMS sobre energia elétrica, é o caso da demanda contratada e efetivamente utilizada, nesse caso o STJ atribuiu legitimidade. Ora, qual o interesse de uma concessionária de energia elétrica de ingressar com uma repetição de indébito contra o estado ? A concessionária nos repassa o valor do ICMS ela quita isso perante o fisco estadual e nos repassa na fatura. Veja o julgado: REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/73. CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. ENERGIA ELÉTRICA. INCIDÊNCIA DO ICMS SOBRE A DEMANDA ‘CONTRATADA E NÃOUTILIZADA’. LEGITIMIDADE DO CONSUMIDOR PARA PROPOR AÇÃO DECLARATÓRIA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. – Diante do que dispõe a legislação que disciplina as concessões de serviço público e da peculiar relação envolvendo o Estado-concedente, a concessionária e o consumidor, esse último tem legitimidade para propor ação declaratória c/c repetição de indébito na qual se busca afastar, no tocante ao fornecimento de energia elétrica, a incidência do ICMS sobre a demanda contratada e não utilizada. – O acórdão proferido no REsp 903.394/AL (repetitivo), da Primeira Seção, Ministro Luiz Fux, DJe de 26.4.2010, dizendo respeito a distribuidores de bebidas, não se aplica ao casos de fornecimento de energia elétrica. Recurso especial improvido. Acórdão proferido sob o rito do art. 543-C do Código de Processo Civil/73.” (STJ, Primeira Seção, REsp 1299303/SC, Rel. Min. CESAR ASFOR ROCHA, ago/2012).
No STJ houve uma discussão interessante em relação ao ICMS, eram casos de pagamentos de impostos que teriam sido quitados indevidamente pela ECT(Correios) o STF tem reconhecido aos correios a imunidade recíproca de impostos (imunidade do art. 150,VI, a CF). a ECT vinha sendo constantemente cobrada pelos municípios a titulo de ISS, IPTU, pelos estados a título de IPVA sobre seus carros, de um tempo pra cá como o STF pacificou ela resolver cobrar o que pagou. Alguns desses tributos que os correios pagaram eram indiretos, então no campo do ISS, do IPTU ela pagava para o município e passava para o contribuinte final. A ECT pode entrar com ação de repetição do indébito para cobrar tributos indiretos e não precisa da autorização do contribuinte, assim, a jurisprudência entende que para os correios há uma presunção do art. 166 do CTN havendo a dispensa para os correios do cumprimento da parte final( ou seja, da entrega da declaração do contribuinte de fato para que ele peça a repetição de tributos indiretos). 
- Pagamento Indevido e Repetição do Indébito (arts. 165/169, CTN)
Considerações sobre a repetição do indébito tributário: (i) é preciso a prova do erro? Não, é Desnecessária (“independentemente de prévio protesto” – art. 165, caput, CTN); Art. 165 CTN “ O sujeito Passivo tem direito, independentemente de prévio protesto(significa que o contribuinte não tem que demonstrar erro, a fazenda não pode alegar que ele pagou e não questionou), à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no §4º do artigo 162, nos seguintes casos: I-cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstância materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II- Erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;III- reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. 
De quem é a legitimidade ativa e de quem é a legitimidade passiva? cuidado! quem tem legitimidade passiva e ativa são os sujeitos que participam da relação jurídico tributário. Então quem é o sujeito ativo? Sujeito ativo é o credor. O credor do tributo, e o passivo é o devedor do tributo. Quem não figura na relação jurídico tributário, não tem legitimidade em regra para repetição do indébito tributário. Então, por exemplo, eu chamo atenção o mero pagador de tributo não tem legitimidade para repetição do indébito tributário, se ele não figura na relação jurídico tributária ele é parte ilegítima. Vamos imaginar o IPTU, nos contratos de locação é habitual se passar para o locatário o pagamento do aluguel, dos encargos condominiais e dos tributos incidentes sobre o imóvel, nessa relação jurídico tributária o credor é o município e o devedor vai ser o proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título. Súmula 614, STJ. O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos. 
- Ilegitimidade passiva à repetição do mero arrecadador: Determinados professores estavam se queixando em reclamação por meio de sindicato de descontos indevidos de contribuições previdenciárias sobre seus salários. A universidade federal de Pernambuco retinha essa contribuição previdenciária e repassava para União. Quem erar credor? A união. O sindicato entrou com a ação de repetição do indébito contra a universidade, porém o STF entendeu incabível ação de repetição do indébito em face do mero arrecadador. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. LEGIMITIDADE PASSIVA EM DEMANDA QUE OBJETIVA A RESTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INDEVIDAMENTE ARRECADADA. Não é cabível o ajuizamento de demanda judicial na qual se pleiteie a restituição de contribuição previdenciária indevidamente arrecadada em face do sujeito que apenas arrecada o tributo em nome do sujeito ativo da relação jurídico-tributária. Pertence ao sujeito ativo da relação jurídico-tributária, e não ao sujeito que apenas arrecada a contribuição previdenciária em nome do sujeito ativo, a legitimidade para figurar no polo passivo de demanda em que se pleiteie a restituição do tributo indevidamente arrecadado (STJ, AREsp 199.089-PE, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 05/02/2013).
(iii) Cabível a repetição para crédito decaído ou prescrito (STJ): A repetição do indébito tributário pode acontecer quando o crédito tributário já estava decaído ou prescrito, então aqui não tem a distinção que normalmente se costuma fazer no âmbito civil para repetição do indébito( no direito civil se alega que crédito prescrito não pode ter repetição do indébito, pois não há obrigação de pagar dívida prescrita). Aqui não importa, o débito tributário pago deve ser restituído. 
(vi) art. 163, CTN*: imputação em pagamento – PARA O CASO DE FALÊNCIA. 
- 1. contribuinte → responsável;
- 2. grau de retributividade;
- 3. ordem crescente da prescrição;
- 4. ordem decrescente dos montantes – S. 464, STJ* – inaplicabilidade da regra do art. 354, CC;
Art. 163, CTN. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas( então tem que observar essa ordem que vem em quatro incisos) : I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria( na condição de contribuinte), e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária( ou seja, na qualidade de responsável) ( esse artigo tem importância no âmbito de uma execução concursal, vamos imaginar em uma falência, então tem a falência, a habilitação dos credores, a verificação dos créditos que devem ser pagos pelo falo, você tem os créditos tributários, impostos, taxas, contribuição federal que não foi paga pelo falido, ou seja o sujeito passivo é o mesmo e há mais de um débito para o mesmo credor) II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição( quanto menor for o prazo de prescrição o crédito eventualmente arrecadado do falido deve cobrir aquele crédito tributário que está próximo a prescrever); IV - na ordem decrescente dos montantes( aqui é uma ordem diferente, paga primeiro os créditos de maior valor e o que for sobrando você aplica para os créditos de menor valor). 
Súmula nº 464, STJ. A regra de imputação de pagamentos estabelecida no art. 354 do Código Civil não se aplica às hipóteses de compensação tributária.
 X
Art. 354 do Código Civil. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
art. 162, CTN: formas de pagamento (moeda corrente(a regra é que seja em moeda corrente como prever o art. 3º do CTN), cheque, vale postal, estampilha, papel selado e processo mecânico( cujo valor nela se possa exprimir) ); Art. 162. O pagamento é efetuado: I- em moeda corrente, cheque ou vale postal; II-nos caos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. §1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente; §2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado. §3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com o a inutilização regular daquela, ressalvado o disposto no art. 150. §4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade não dão direito à restituição, salvo nos casos expressamente previstos na legislação tributária, ou naqueles em que o erro seja imputável à autoridade administrativa. §5º O pagamento em papel selado ou por processo mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha. 
(v) Crédito oriundo de repetição do indébito pode ser exigido por precatório ou compensação – S. 461, STJ (*); Súmula nº 461, STJ. “O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.” 
UMA VEZ RECONHECIDO O DIREITO A REPETIÇÃO COMO ESSE VALOR VAI SER DEVOLVIDO? restituição com juros de mora e correção monetária (art. 167, CTN: “A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Parágrafo Único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar.) 
Súmula nº 162, STJ. Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir do pagamento indevido. 
Súmula nº 188, STJ. Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença. 
ECT e REPETIÇÃO DE INDÉBITO. Como recentemente decidiu o STJ, “a Empresa de Correios e Telégrafos pode pleitear à repetição do indébito relativo ao ISS sobre serviços postais, independentemente de provar ter assumido o encargo pelo tributo ou estar expressamente autorizada pelos tomadores dos serviços” (art. 166, CTN) (REsp 1.642.250-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, por unanimidade, julgado em 16/3/2017, DJe 20/4/2017, Informativo nº 602). Então meus amigos tome muito cuidado! se lembre que o art. 166 não é aplicado para os correios de acordo com esse julgado do STJ. 
Prazo para a repetição do indébito no âmbito administrativo – 5 anos (art. 168, CTN): Art. 168, CTN. O direitode pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipóteses dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória=>sempre do pagamento indevido é que se conta o prazo de 5 anos para repetição do indébito tributário. 
Precisamos saber se esse prazo de 5 anos é decadencial ou prescricional: há uma discussão muito grande sobre isso no âmbito doutrinário e jurisprudencial. Para o STJ o prazo é prescricional STJ, REsp 1.274.495, Rel. MAURO CAMPBELL MARQUES, j. em abril/2012). Todavia, a doutrina majoritária entende que a natureza jurídica é decadencial. 
Note: Súmula 625, STJ. O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe o prazo prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra a Fazenda Pública=> então veja que esse prazo não é interrompido, seja pelo mero requerimento administrativo de restituição, seja pelo mero pedido ou declaração de compensação. Eu vou pegar a data do pagamento do trib uto e tenho que tomar cuidado com o prazo de 5 anos. 
Note: No caso do absolutamente incapaz o prazo é contado ou é obstando? Não tem norma tributária dispondo sobre isso, então aplica-se o art. 108 que dispõe sobre as normas de integração tributária e a primeira regra é a analogia. Portanto, o STJ apreciando essa questão do absolutamente incapaz, aplicando analogia disse que não há a contagem de 5 anos para ação de repetição do indébito tributário para o absolutamente incapaz. O absolutamente incapaz não tem contra si contagem do prazo prescricional quinquenal. Veja o julgado: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PESSOA FÍSICA ABSOLUTAMENTE INCAPAZ E JUDICIALMENTE INTERDITADA. MOLÉSTIA GRAVE. ISENÇÃO PREVISTA NO ART. 6º, XIV E XXI, DA LEI Nº 7.713/88. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. CAUSA IMPEDITIVA DE PRESCRIÇÃO. ART. 198, I, DO CÓDIGOCIVIL. INCIDÊNCIA. ART. 108, I, DO CTN. ANALOGIA. PRESCRIÇÃO AFASTADA. 1. Tratando-se de autor absolutamente incapaz e judicialmente interditado, portador de moléstia grave prevista no artigo 6º, XIV e XXI, da Lei nº7.713/88, não há falar em prescrição de quaisquer parcelas referentes à repetição do imposto de renda indevidamente cobrado sobre pensão previdenciária por ele recebida após o surgimento da incapacidade (o caso era de isenção do tributo), uma vez que, nos termos do art. 198, I, do Código Civil, a prescrição não corre contra os absolutamente incapazes. 2. Não possuindo o Código Tributário Nacional regra própria que discipline a prescrição contra incapazes, lícito se revela o emprego da analogia, tal como previsto no art. 108, I, do CTN. Nesse contexto de lacuna, em benefício de incapaz, a regra impeditiva da prescrição, de que trata o art. 198, I, do CC, tem prevalência sobre a regra prescricional do art. 168, I, do CTN. 3. Como refere Regina Helena Costa, "o uso de analogia, cercado das devidas cautelas, serve à praticabilidade tributária, na medida em que, como meio de integração da legislação tributária, permite suprir as lacunas do ordenamento, que poderiam causar dificuldades tanto no exercício de direitos pelo contribuinte quanto na fiscalização e arrecadação dos tributos" (Praticabilidade e justiça tributária. Exequibilidade de Lei tributária e direitos do contribuinte. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 194). 4. Recurso Especial da Fazenda Nacional a que se nega provimento. (STJ; REsp 1.125.528; Proc. 2009/0102608-9; RS; Primeira Turma; Rel. Min. Sérgio Kukina; DJE 12/04/2016). Esse julgado é para o âmbito administrativo. O prazo para levar a ação eventualmente a ser anulada pelo judiciário é bienal. 
Vejamos o art. 169 Prescreve em 2 anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Então esse prazo bienal só é aplicado quando eu fui para via administrativa dentro do prazo de 5 anos, meu pedido é julgado improcedente, e então eu vou ao judiciário com ação anulatória daquela minha ação administrativa, mas eu devo levar a questão para o judiciário dentro do prazo de 2 anos. Ou ao contrário se eu não fui para via administrativa qual é que é o prazo para ação de repetição do indébito na via judicial direta ? o prazo é de 5 anos. Esse prazo de 2 anos é só para ação anulatória da decisão administrativa. 
Observações: o prazo de 5 anos deve ser contado desde o pagamento indevido, essa é a regra. Por muito tempo o STJ bateu cabeça quanto a esse prazo de 5 anos na situação de inconstitucionalidade da lei tributária pelo STF, em um primeiro momento o STJ falou que esses 5 anos deveria ser contados quando o STF julga a ADI e declara a lei inconstitucional. Noutro momento o STJ diz que esse prazo de 5 anos deveria ser contado da resolução do Senado Federal se a Declaração de inconstitucionalidade se deu no controle difuso. Então não era do pagamento, passou a ser da declaração de inconstitucionalidade. Depois o STJ muda novamente a jurisprudência que se firma até hoje no sentido de que é irrelevante a data da declaração de inconstitucionalidade pelo STF da lei tributária. Se o STF declara só depois de 20 anos do pagamento que você fez você não terá direito a repetição do indébito, pois prescrito estará Azzar seu kkk: STJ: A declaração de inconstitucionalidade da Lei instituidora do tributo em controle concentrado, pelo STF, ou a resolução do senado (declaração de inconstitucionalidade em controle difuso) é despicienda para fins de contagem do prazo prescricional tanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, quanto em relação aos tributos sujeitos ao lançamento de ofício (REsp 1.110.578/SP, Rel. Min. Luiz Fux, DJE 21.5.2010, submetido ao regime do art. 543-C do CPC/73 e da resolução STJ 8/2008).
Um determinado contribuinte estava na iminência de ganhar seu direito de repetição do indébito embasado na primeira posição do STJ no sentido de que o prazo de prescrição era a data do julgamento de inconstitucionalidade da lei. Todavia o STJ mudou a posição e negou seu pedido. Neste sentido, o contribuinte recorreu para o STF que assim decidiu: Prazo prescricional e tributo declarado inconstitucional (STF): A Segunda Turma, por maioria, conheceu de agravo para dar provimento a recurso extraordinário em que se discute o termo inicial do prazo prescricional para postular restituição de valores pagos a título de cota de contribuição do café, tributo declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Quando do ajuizamento da ação, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendia que o prazo prescricional tinha início a partir da data da declaração de inconstitucionalidade da exação pelo STF no controle concentrado, ou de resolução do Senado Federal (SF), no controle difuso. Essa foi a orientação utilizada pelo tribunal de origem para superar a arguição de prescrição e declarar a incompatibilidade da cota de contribuição do café, determinando a restituição dos valores indevidamente recolhidos. Em momento posterior, o STJ promoveu revisão abrupta de sua jurisprudência para considerar que, nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, o transcurso do prazo prescricional ocorre a partir do recolhimento indevido, independentemente do STF ou do SF (REsp 435.835/SC). Esse novel entendimento foi aplicado pelo Tribunal Superior no julgamento do recurso especial para reformar o aresto de segundo grau e julgar prescrito o direito à devolução. O recurso extraordinário foi interposto contra esse acórdão. Para o colegiado, no entanto, a aplicação imediata de novo entendimento do STJ aos processos em curso representa retroação da regra de contagem do prazo prescricional às pretensões já ajuizadas, em afronta ao princípio da segurança jurídica e aos postulados da lealdade, da boa-fé e da confiança legítima, sobre os quais se assenta opróprio Estado Democrático de Direito. Com base nesse entendimento, restabeleceu o acórdão de segundo grau que, diante da ausência de prescrição, reconhecera o direito à restituição. A modificação na jurisprudência em matéria de prescrição não pode retroagir para considerar prescrita pretensão que não o era à época do ajuizamento da ação, em respeito ao posicionamento anteriormente consolidado. Toda inflexão jurisprudencial que importe restrição a direitos dos cidadãos deve observar certa regra de transição para produção de seus efeitos, levando em consideração os comportamentos então tidos como legítimos, porquanto praticados em conformidade com a orientação prevalecente, em homenagem aos valores e princípios constitucionais. (STF, ARE 951533/ES, rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. acórdão o Min. Dias Toffoli, j. em 12.6.2018 - Informativo 906, Segunda Turma) . 
Esse prazo para o pagamento dos tributos também será aplicado para os tributos sujeitos a homologação. LC 118/05 (*): “Tanto o STF quanto o STJ entendem que para as ações de repetição de indébito relativas a tributos sujeitos a lançamento por homologação ajuizadas de 09.06.2005 em diante, deve ser aplicado o prazo prescricional quinquenal previsto no art. 3º, da Lei Complementar n. 118/2005, ou seja, prazo de cinco anos com termo inicial na data do pagamento” (STJ, REsp 1.472.182, DJE 01/07/2015). 
II - a compensação; (arts. 170 e 170-A, CTN)Art. 170 A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos u vincendos, do sujeito passivo contra a fazenda pública. Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de um por cento ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. Art. 170-A É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. 
(i) pressupostos: mesmas partes, lei( lei de cada um dos entes tributantes, então tem que ser uma lei própria no âmbito federal, distrital, estadual, municipal) (não é autoaplicável a compensação no CTN) essa lei deve fazer referência a dívida líquida, certa e de crédito vencido ou vincendo; (ii) art. 170, CTN: não gera direito subjetivo; necessidade de lei específica à compensação concreta (opção política do ente federado competente); (iii) art. 170-A, CTN: trânsito em julgado imperioso (aplicabilidade só às ações propostas depois da vigência da Lei. 
Note que eu só posso utilizar a compensação de crédito havendo trânsito em julgado. O art. 7º do mandado de segurança no seu §2º estabelece algumas regras para a concessão de liminar dentre elas é a compensação tributária. 
III - a transação; (art. 171, CTN)Art. 171 “A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção de crédito tributário. Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso” 
- Imprescindibilidade de lei (ex.: art. 8º da Lei nº 12.153/09 no âmbito dos juizados especiais da fazenda pública possibilita a transação) e de processo (“litígio”) – administrativo ou judicial. É indispensável a existência de litígio, o litígio pode ser tanto administrativo quanto judicial. 
- S. 212, STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória. Comentário: porque não pode liminar: você tem o art. 179-A vedando. 
- S. 213/STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária. Pra declarar o mandado de segurança pode. 
- S. 460, STJ: É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte. Pra convalidar não pode, porque de acordo com o STJ pra convalidar haveria necessidade de ampla instrução processual que a gente sabe que não cabe no rito estreito( rito sumário) do mandato de segurança. 
- S. 461, STJ: O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado. 
- S. 464, STJ: A regra de imputação de pagamentos estabelecida no art. 354 do Código Civil não se aplica às hipóteses de compensação tributária. 
- S. 625, STJ. O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe o prazo prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra a Fazenda Pública. O pedido administrativo de compensação por si só não influencia o prazo de 5 anos para repetição do indébito tributário. 
IV - a remissão; (remissão com 2 s é no sentido e perdão) a remição com ç equivale ao pagamento. (art. 172, CTN)art. 172 “ A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I- à situação econômica do sujeito passivo; II- ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III- à diminuta importância do crédito tributário; IV- a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; V- a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante; Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no art. 155. Note: a remissão é o perdão legal ao crédito tributário. 
(i) Necessidade de “lei específica” (art. 150, § 6º, CF=> toda vez que esse artigo se reporta a um benefício fiscal, determina que esse benefício fiscal deve ser veiculado por lei específica. Busca-se com isso evitar o contrabando legislativo que significa uma técnica imoral porque meio do qual ao longo de um projeto você coloca um benefício fiscal sem qualquer nexo e seu objetivo é pra que o benefício passe e seja aprovado pelos outros parlamentares, por isso a constituição exige lei específica.); (ii) A remissão abrange tanto o tributo quanto a multa tributária ≠ da anistia ( que só abrange a multa tributária); ≠ da isenção (que só o tributo).
V - a prescrição e a decadência (também chamada de caducidade);DECADÊNCIA: A decadência tributária, na realidade, impede o nascimento do crédito tributário. Entretanto, no CTN a decadência aparece como causa de extinção do crédito tributário, como se o crédito tributário tivesse nascido e então na sequência tivesse sido extinto. Esse tipo de questionamento foi feito na magistratura de São Paulo, de fato qualquer que é o problema da decadência? O lançamento não foi feito no prazo adequando e assim, pela ausência do lançamento no tempo devido teremos a decadência. Ora, se o lançamento não foi realizado não há crédito tributário pela falta de lançamento configurando-se a decadência. Por isso do ponto de vista doutrinário e técnico é complicado ver a decadência como causa de extinção do crédito tributário, uma vez que por meio da decadência o crédito tributário não se consolida. 
ART. 173 DO CTN. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após cinco anos, contados: I- do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (essa é a regra! Vamos pegar por exemplo o IPTU de 2019, normalmente o fato gerador do IPTU acontece no dia 1 de janeiro de cada ano. O IPTU de 2019 teve seu fato gerador lançado no dia 1 de janeiro de 2019, quando que poderia ter sido lançado o IPTU de 2019, no próprio ano de 2019 kkk. Se você não recebeu o carne do IPTU não houve o aperfeiçoamento do IPTU de 2019 não há motivo para comemorar, poisesse lançamento poderá ser realizado no prazo de 5 anos que kkk então não há porque comemorar e olhe! A contagem do prazo de 5 anos de prescrição desse IPTU só começaria no dia 1 de janeiro de 2020 é que começaria a contar esse prazo de 5 anos que só começa no primeiro dia do exercício seguinte, no caso o ano de 2020); II- da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.( dentro do prazo de 5 anos foi realizado o lançamento, houve a notificação do lançamento e contra ele o contribuinte interpôs defesa administrativa e foi acolhida a defesa por vicio formal. Pois bem, a partir dessa decisão o fisco tem o prazo de 5 anos para realizar o segundo lançamento sem aquele vício formal pretérito o prazo vai começar da decisão de nulidade. Assim, reabre-se o prazo. Temos aí um problema que é fruto de inúmeras críticas doutrinárias, qual a natureza jurídica desse inciso II? Tem doutrinador que atribui essa situação do inciso II de natureza jurídica de novo prazo, há doutrinadores que atribui a pecha de causa de suspensão de prazo prescricional, tem um terceira corrente que atribui ao inciso II de causa de interrupção de prazo decadencial( esse terceira corrente tem mais rumo já foi cobrado pela CESP que entendeu que essa situação tem natureza jurídica de prazo de interrupção decadencial) Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido indiciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. (o que é “qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento”? se tiver teremos a antecipação da contagem da regra do inciso I, regra que só começa o prazo de prescrição no primeiro dia do exercício seguinte aquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Se eventualmente nós tivermos uma medida, como no nosso exemplo, antes do dia 1 de janeiro de 2020 nós teremos o condão de abrir o prazo da decadência quinquenal. Vamos supor que o IPTU de 2019 não foi objeto ainda de lançamento porque o município está em dúvida da área construída do meu imóvel, o município acha que tem mais área construída do aquela que está averbada no âmbito do cartório de registro de imóveis. Assim, a prefeitura não lança, a prefeitura encaminha fiscais para meu imóvel para efetuar uma fiscalização, esses fiscais vão no meu imóvel em maio de 2019 para efetuar essa notificação relativa ao IPTU de 2019, verificar se estar correta a área construída, ora o que a gente percebe é que essa fiscalização em maio de 2019 é uma medida preparatória indispensável ao lançamento, pois bem qual é a consequência prática dessa medida preparatória ao lançamento? Ela dá ensejo a contagem então no nosso exemplo a contagem vai ocorrer do dia em que foi feito a fiscalização, ou seja, de maio para frente.)
NOTE: Diferença entre decadência e prescrição: Quem separa decadência de prescrição é o LANÇAMENTO. A decadência se configura pela ausência de lançamento no prazo legal, então a decadência está antes do lançamento. Se o lançamento foi realizado no prazo de 5 anos, houve a constituição do crédito tributário e não houve a tipificação da decadência tributária e o CRÉDITO TRIBUTÁRIO ESTÁ CONSTITUÍDO. Se o crédito tributário está constituído nos conseguimos pensar na cobrança desse crédito tributário e aí é que entra a prescrição. Na prescrição o que prescreve é o direito a cobrança do crédito tributário já constituído pelo lançamento. 
Note: o crédito tributário e sua eventual prescrição é matéria de lei complementar como exige a constituição federal. Art. 146, III, b, CF. Cabe à lei complementar: (...) III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:(...) b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; Súmula Vinculante nº 8, STF. São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.( no caso esse decreto lei era incompatível com constituição anterior que previa o tratamento de decadência tributária em lei complementar. da mesma for a lei 8212 que é lei ordinária aí já sobre a vigência da atual constituição). 
d) Regra da contagem da decadência nos tributos sujeitos a lançamento por homologação: (esse tributo por homologação é aquele no qual tudo no que tange a constituição do crédito tributário fica nas mãos do contribuinte, ou seja, do sujeito passivo. Por exemplo, ICMS, IPI, IR. O sujeito passivo presta as informações fáticas, faz o enquadramento jurídico, antecipa o pagamento do tributo, e aguarda a respectiva homologação pelo Fisco) nesse caso podemos ter três informações distintas: I) Tributo não declarado e não pago: Nessa situação, diante da minha omissão, quem terá que realizar o lançamento será a fazenda( receita federal) nessa situação o lançamento deverá ser realizado no prazo de 5 anos sob pena de decadência e esse prazo conta-se na regra do inciso I do art. 173 do CTN. Ou seja, o primeiro dia do exercício seguinte aquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Então o imposto de renda de 2019 que leva em conta o ano base de 2018, quando que a gente tem que realizar o pagamento e fazer a declaração ? até o final de abril de 2019 eu não paguei, se o fisco souber que eu tive renda e me omiti o fisco vai fazer o lançamento de ofício. Vide: Súmula nº 555 do STJ. Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. JURISPRUDENCIA: DECADÊNCIA TRIBUTÁRIA e FRAUDE. Conforme orientação jurisprudencial do STJ, “o prazo decadencial nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, caso tenha havido dolo, fraude ou simulação por parte do sujeito passivo, tem início no primeiro dia do ano seguinte ao qual poderia o tributo ter sido lançado” (REsp 1.086.798/PR, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 24/04/2013). Logo, incide, no caso, a regra geral de decadência tributária prevista no art. 173, I, do CTN, pouco importando a data em que a Fazenda toma ciência da irregularidade praticada. II) TRIBUTO DECLARADO, PORÉM SONEGADO (ocorrência de dolo, fraude ou simulação): Nesse caso o prazo também será de anos nos termos do art. 173, I, CTN. III) TRIBUTO DECLARADO E A FAZENDA ACHA QUE FOI DEDUZIDO UM VALOR A TÍTULO DE SAÚDE QUE NÃO PODERIA TER SIDO DEDUZIDO nesse caso o início da contagem do prazo decadencial para fazer lançar de ofício aquela valor não pago indevidamente está no Art. 150, § 4º, CTN. Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. ( se não ter dolo, fraude simulação é 5 anos a contar da ocorrência do fato gerador, ou seja, de um momento bem anterior aquele regra do art. 173,I do CTN) 
– PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: a prescrição intercorrente é a inercia do credor ao não movimentar o processo. Então ele tinha que praticar um determinado ato e não praticou. Não é prescrição anterior ao processos é nó processo. 
Art. 40, LEF (Lei nº 6.830/80). O juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
 § 1º Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da Fazenda Pública.
 § 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamentodos autos. 
§ 3º Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os autos para prosseguimento da execução.
 § 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.(*) a prescrição é a inercia da fazenda no âmbito da execução fiscal. O procurador se manteve inerte. Como é que se conta isso? uma vez não encontrado o devedor ou não encontrado bens para penhora haverá a suspensão do prazo de prescrição por 1 ano e o processo também fica suspenso. De 1 a partir da intimação da fazenda sobre a não localização do devedor ou não localização de bens a penhora. Ciente a fazenda dá-se o início do prazo de 1 ano. Esse prazo de 1 ano uma vez transcorrido dará ensejo a contagem da prescrição intercorrente e qual é o prazo da prescrição intercorrente? é o mesmo prazo para propositura da ação. O prazo para propositura de execução fiscal é de 5 anos e a prescrição intercorrente também é de 5 anos. Lembrando-se que esse prazo é automático, a partir do momento que não se encontra o devedor ou que não se encontram bens a penhora o juiz dá ciência pro procurador da fazenda e automaticamente ( pois é disposição legal) o processo fica suspenso por um ano ) e começa o prazo da prescrição quinquenal intercorrente e essa contagem não é interrompida por outros despachos da fazenda pedido novo bacenjud novas penhoras de ativos financeiros isso não meche na contagme que já se iniciou o juiz deve após 5 anos declarar extinta a execução fiscal diante da prescrição intercorrente. Se eventualmente a fazenda cita o devedor ou encontra bens a penhora se há resultado deixar de ser contada a prescrição intercorrente. 
§ 5º A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4º deste artigo será dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda. 
Súmula nº 314 do STJ. Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ARTS. 1.036 E SEGUINTES DO CPC/2015 (ART. 543 - C, DO CPC/1973). PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. SISTEMÁTICA PARA A CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (PRESCRIÇÃO APÓS A PROPOSITURA DA AÇÃO) PREVISTA NO ART. 40 E PARÁGRAFOS DA LEI DE EXECUÇÃO FISCAL (LEI N. 6.830/80). 1. O espírito do art. 40, da Lei n. 6.830/80 é o de que nenhuma execução fiscal já ajuizada poderá permanecer eternamente nos escaninhos do Poder Judiciário ou da Procuradoria Fazendária encarregada da execução das respectivas dívidas fiscais. 2. Não havendo a citação de qualquer devedor por qualquer meio válido e/ou não sendo encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora (o que permitiria o fim da inércia processual), inicia-se automaticamente o procedimento previsto no art. 40 da Lei n. 6.830/80, e respectivo prazo, ao fim do qual restará prescrito o crédito fiscal. Esse o teor da Súmula n. 314/STJ: "Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente". 3. Nem o Juiz e nem a Procuradoria da Fazenda Pública são os senhores do termo inicial do prazo de 1 (um) ano de suspensão previsto no caput, do art. 40, da LEF, somente a Lei o é (ordena o art. 40: "[...] o juiz suspenderá [...]"). Não cabe ao Juiz ou à Procuradoria a escolha do melhor momento para o seu início. No primeiro momento em que constatada a não localização do devedor e/ou ausência de bens pelo oficial de justiça e intimada a Fazenda Pública, inicia-se automaticamente o prazo de suspensão, na forma do art. 40, caput, da LEF.Indiferente aqui, portanto, o fato de existir petição da Fazenda Pública requerendo a suspensão do feito por 30, 60, 90 ou 120 dias a fim de realizar diligências, sem pedir a suspensão do feito pelo art. 40, da LEF. Esses pedidos não encontram amparo fora do art. 40 da LEF que limita a suspensão a 1 (um) ano. Também indiferente o fato de que o Juiz, ao intimar a Fazenda Pública, não tenha expressamente feito menção à suspensão do art. 40, da LEF. O que importa para a aplicação da Lei é que a Fazenda Pública tenha tomado ciência da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido e/ou da não localização do devedor. Isso é o suficiente para inaugurar o prazo, ex lege. 4. Teses julgadas para efeito dos arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543 - C, do CPC/1973): 4.1.) O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do respectivo prazo prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei n. 6.830/80 - LEF tem início automaticamente na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução; 4.1.1.) Sem prejuízo do disposto no item 4.1., nos casos de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido antes da vigência da Lei Complementar n. 118/2005), depois da citação válida, ainda que editalícia, logo após a primeira tentativa infrutífera de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.1.2.) Sem prejuízo do disposto no item 4.1., em se tratando de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido na vigência da Lei Complementar n. 118/2005) e de qualquer dívida ativa de natureza não tributária, logo após a primeira tentativa frustrada de citação do devedor ou de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.2.) Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não pronuciamento judicial nesse sentido, findo o prazo de 1 (um) ano de suspensão inicia-se automaticamente o prazo prescricional aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) durante o qual o processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/80 - LEF, findo o qual o Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato; 4.3.) A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a interromper o curso da prescrição intercorrente, não bastando para tal o mero peticionamento em juízo, requerendo, V.g., a feitura da penhora sobre ativos financeiros ou sobre outros bens. Os requerimentos feitos pelo exequente, dentro da soma do prazo máximo de 1 (um) ano de suspensão mais o prazo de prescrição aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser processados, ainda que para além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda que por edital) os devedores e penhorados os bens, a qualquer tempo - mesmo depois de escoados os referidos prazos -, considerase interrompida a prescrição intercorrente, retroativamente, na data do protocolo da petição que requereu a providência frutífera. 4.4.) A Fazenda Pública, em sua primeira oportunidade de falar nos autos (art. 245 do CPC/73, correspondente ao art. 278 do CPC/2015), ao alegar nulidade pela falta de qualquer intimação dentro do procedimento do art. 40 da LEF, deverá demonstrar o prejuízo que sofreu (exceto a falta da intimação que constitui o termo inicial - 4.1., onde o prejuízo é presumido), por exemplo, deverá demonstrar a ocorrência de qualquer causa interruptiva ou suspensiva da prescrição. 4.5.) O magistrado, ao reconhecer a prescrição intercorrente, deverá fundamentar o ato judicial por meio da delimitação dos marcos legais que foram aplicados na contagem do respectivo prazo, inclusive quanto ao período em que a execução ficou suspensa. 5. Recurso Especial não provido. Acórdão submetido ao regime dos arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543 - C, doCPC/1973). (STJ; REsp 1.340.553; Proc. 2012/0169193-3; RS; Primeira Seção; Rel. Min. Mauro Campbell Marques; Julg. 12/09/2018; DJE 16/10/2018; Pág. 1697).
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO NCPC/2015=> DA SUSPENSÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO Art. 921, NCPC. Suspende-se a execução: (...) III - quando o executado não possuir bens penhoráveis; § 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição. § 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.§ 3º Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis. § 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente. § 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e extinguir o processo. Art. 924, NCPC. Extingue-se a execução quando: (...) V - ocorrer a prescrição intercorrente.
PRESCRIÇÃO Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. (primeira regra eu vou tomar cuidado com a data da constituição definitiva do crédito tributário, e quando é que nós temos em regra a constituição definitiva do crédito tributário? Veja uma súmula de um tribunal que nem existe mais que é o Tribunal REginal de Recurso(TRF) ele dizia na sua súmula 153 “ O prazo prescricional previsto no art. 174 do CTN só tem início com a decisão definitiva do recurso administrativo” então eu sou notificado de um lançamento tributário, nessa notificação do lançamento tem um prazo para defesa administrativa e eu apresento uma impugnação administrativa como o crédito tributário ainda não estar constituído a fazenda não pode cobrar e portanto não estar sendo contado o prazo prescricional. A prescrição no direito civil se refere a inercia prolongada do credor, se o credor não pode cobrar não pode contar prescrição.) Parágrafo Único. A prescrição se interrompe( na interrupção o prazo é zerado e voltará a ser contado do zero):
 I- Pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; vamos imaginar que o procurador do estado distribui uma ação de execução fiscal já no limite 4 anos e 9 meses. Só que vocês verificarão que existem milhões de execuções fiscais e por isso há um certo atraso, vamos imaginar um juiz que só dá o cite-se depois de 1 ano. Se você contar vai dar 5 anos e nove meses. Nesse caso está prescrito? Estaria se não houvesse a aplicação do art. 240, § 1º, Código de Processo Civil vigente. Esse artigo diz que a citação, ainda que ordenada por juiz incompetente terá o condão de RETROAGIR A INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO a data da propositura da ação. Nesse caso o despacho do juiz terá o condão de retroagir a data da propositura da ação não havendo o condão de se falar em prescrição tributária. STJ, REsp nº 1.120.295 - SP (2009/0113964-5) - Repetitivo: (...) 14. O Codex Processual [de 1973], no § 1º, do artigo 219 [art. 240, § 1º, do NCPC], estabelece que a interrupção da prescrição, pela citação, retroage à data da propositura da ação, o que, na seara tributária, após as alterações promovidas pela Lei Complementar 118/2005, conduz ao entendimento de que o marco interruptivo atinente à prolação do despacho que ordena a citação do executado retroage à data do ajuizamento do feito executivo, a qual deve ser empreendida no prazo prescricional. DÍVIDA TRIBUTÁRIA – PARCELAMENTO DE OFÍCIO – NÃO CONFIGURAÇÃO DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO OU DE INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. O parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa suspensiva do crédito tributário e não configura causa interruptiva da contagem da prescrição, uma vez que o contribuinte não anuiu; inexistência de qualquer manifestação de sua vontade (STJ, REsp Repetitivo 1.658.517-PA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Seção, por unanimidade, julgado em 14/11/2018, DJe 21/11/2018 - Tema 980 – informativo 638). 
 II- pelo protesto judicial; 
III- Por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; (como por exemplo uma interpelação, uma notificação, uma ação cautelar de caução, são atos judiciais que constitui em mora do devedor)
IV- por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. 
Súmula nº 622, STJ. A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial. Comentário: então a súmula resume a fórmula de contagem da prescrição tributária. Se não tem inercia do credor não tem princípio de contagem da prescrição tributária. 
CAUSAS DE SUSPENSÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL: hipóteses do art. 151 do CTN e moratória, parcelamento, remissão, isenção e anistia de caráter individual (arts. 155, p.ú., 155-A, § 2º, 172, p.ú., 179, § 2º e 182, p.ú., CTN);nas situações em que há dolo ou simulação na concessão desse benefícios tributários individuais é que haverá suspensão. art. 2º, § 3º, LEF? Não incide para dívida tributária – STJ (*):*Art. 2º, § 3º, LEF (Lei nº 6.830/80). A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 (cento e oitenta) dias ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. ... então note eu tenho um crédito tributário para fazenda, passou um tempo e não foi pago, esse crédito é inscrito em um livro dívida ativa e vem a CDA que é o título executivo extrajudicial que irá embasar a execução fiscal. Note: a relevância desses 180 dias estar no fato de inscrever no livro que falei agora, assim, inscreveu no livro suspensão por até 180 dias ou poderá ser menor essa suspensão se a ação de execução fiscal for menor que 180 dias. Essa suspensão se aplica para os créditos tributários? Veja que a lei de execução serve para outras execuções multas administrativas do procon, contratos administrativos que não tem natureza jurídica tributária. O art. 2º §3º que traz essa suspensão de 180 dias não é aplicável para crédito tributário, só é aplicável para crédito fiscal não tributário( suspende para multas administrativas, contratuais) para os créditos tributários essa causa de suspensão é inaplicável porque ela é uma lei ordinária que veiculou prescrição tributária, para atual constituição e para a pretérita de 69 precisa de lei complementar. assim já decidiu o STJ Acrescenta-se que a corte especial, por ocasião do julgamento do AI no AG 1.037.765/SP, relatado pelo ilustre Ministro Teori Albino Zavascki, acolheu o incidente para reconhecer a inconstitucionalidade, em relação aos créditos de natureza tributária, dos arts. 2º, § 3º e 8º, § 2º, da Lei nº 6.830/80. Assim são ilegítimas, em relação aos créditos tributários, as normas estabelecidas no § 2º, do art. 8º e do § 3º do art. 2º da Lei nº 6.830/80, que, por decorrerem de Lei ordinária, não podiam dispor em contrário às disposições anteriores, previstas em Lei complementar (STJ; AgRg-Ag 1.334.788; Proc. 2010/0140756-9; RJ; Primeira Turma; Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho; DJE 20/08/2014).
IV) EU DECLAREI, A RECEITA TEM CIENCIA DO QUE EU ESTOU DEVENDO, SÓ QUE EU NÃO PAGUEI A GUIA DARF: Nessa situação quando eu declaro e não pago qual é o prazo da decadência tributária? Não tem decadência, se eu já declarei confessando a existência de débito já serve para constituir o crédito tributário da União, nessa situação não haverá se falar em decadência. 
Súmula nº 436 do STJ. A entrega de declaração pelo contribuinte

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