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APELAÇÃO, AGRAVO DE INSTRUMENTO E EMBARGO DECLARATÓRIO

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As leis nºs. 13.105/2015, 13.256/2016 e 13.363/2016, foram as responsáveis pela concretização de uma das mais importantes reformas do nosso ordenamento jurídico, resultando no Novo código de Processo Civil, que apresenta aspectos amplos dos mais importantes do país que visa além da proteção aos direitos tidos como fundamentais, ainda se dispõe a buscar a maior efetividade nos atos da vida civil e na busca pela solução frente a controvérsia jurídica, ainda de forma supletivamente, afeta a aplicação prática de outras formas de litígios presente em diplomas diversos, como trabalhista, familiar, tributário, entre outros.
· Apelação
O recurso utilizado para interposição frente a sentenças proferidas, seja ela de mérito ou terminativa, pelo juízo de primeiro grau de Jurisdição com o objetivo de se encaminhar a causa para o reexame junto ao juízo de segundo grau, a fim de, se conseguir uma reforma total ou parcial, ou até mesmo a invalidação da decisão impugnada.
A apelação era usada para toda e qualquer sentença, sendo essa de mérito ou terminativa, o que nem sempre era cabível, afinal, esse padrão servia como base para solucionar a matéria, que deveria ser solucionada em outra espécie de ato judicial.
Diante de tal embaraço o legislador ao definir o critério de sentença que estaria presente no NCPC/2015, passou então a redefinir o significado de sentença através do artigo 203, §1º, trazendo em seu contexto: “Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim a fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução” (DONIZETTI, 2015, p. 89), passando a levar em consideração a fase de desenvolvimento do processo sem necessariamente levar em conta com o objeto decidido, adotando assim uma postura clara e objetiva a cerca do novo conceito de sentença facilitando a aplicação do dispositivo recursal de forma correta “Assim se o ato decisório é proferido durante a marcha processual, sem colocar fim à fase cognitiva ou à execução, trata-se de decisão interlocutória, que desafia o recurso de agravo de instrumento. Se, contudo, a decisão finaliza a atividade jurisdicional da primeira instância, é sentença, contra qual deve ser interposto recurso de apelação. ” (THEODOR JUNIOR, 2017, p. 1021).
-> O recurso de apelação será interposto, em 15 dias úteis, contra a sentença desfavorável ao recorrente.
-> Divide-se tal recurso em parte de mérito e parte preliminar
-> O recurso de apelação deve ser preparado, isto é: recolhidas as custas necessárias e comprovado o recolhimento, sob pena de não conhecimento do recurso de apelação por deserção (desrespeito a um dos pressupostos extrínsecos).
Podendo ser esquematizado o procedimento atinente ao recurso de apelação do seguinte modo:
1. Interposição do recurso de apelação no primeiro grau;
2. Recebido o recurso de apelação, deverá o juiz atribuir a este os efeitos conforme taxados na lei (regra da suspensividade);
3. Ato contínuo, o juiz intimará o apelado para, em 15 dias úteis, apresentar contrarrazões do recurso de apelação.
4. Caso em sede de preliminar das contrarrazões do recurso de apelação, o apelado requeira a revisão de decisões interlocutórias que não suportaram recurso de agravo de instrumento, deverá o juiz intimar o apelante para se manifestar em 15 dias úteis acerca do alegado.
5. Depois de juntados o recurso de apelação, as contrarrazões e a possível resposta às contrarrazões, deverá o juiz remeter os autos ao Tribunal competente.
6. Recebidos os autos no Tribunal competente, tem-se o sorteio do relator.
7. Se for o caso de decisão monocrática, o relator julgará, sozinho, o recurso de apelação. Podendo, todavia, a parte prejudicada opor agravo interno para levar a decisão à análise do Colegiado.
8. Não sendo caso de decisão monocrática, o relator deverá elaborar seu voto, expondo o resumo dos fatos e os fundamentos de seu voto, para - por fim - votar pelo conhecimento ou não do recurso de apelação e se conhecido, pelo provimento ou não deste.
Por fim, vale mencionar que o CPC/15 simplifica a técnica para o pedido de concessão de efeito diferenciado do recurso de apelação, de modo que basta ao requerente fazer uma petição simples dirigida ao Tribunal competente, justificando a razão para a atribuição do efeito diferenciado.
De tal modo, se o pedido de concessão de efeito diferenciado for feito entre a interposição do recurso de apelação e a remessa dos autos ao Tribunal, a petição deverá ser endereçada ao Presidente do Tribunal, que promoverá o sorteio de um relator: este deferirá ou não o pedido de efeito diferenciado e ficará prevento para julgar o recurso de apelação quando os autos chegarem ao Tribunal.
Mas, se os autos com o recurso de apelação já estiverem no Tribunal, a petição simples de pedido de concessão de efeito diferenciado deverá ser dirigida ao relator do recurso de apelação.
· Agravo de instrumento
É relevante dizer que desde que o CPC/73 entrou em vigor, o agravo de instrumento passou por diversas modificações. Dentre elas, a regra imposta pela Lei 11.187/2005 que tornava o agravo retido a regra e limitava a interposição do agravo de instrumento apenas em três situações que eram previstas no antigo artigo 522 do CPC/73: 
· quando a decisão recorrida for suscetível de causar lesão grave e de difícil reparação à parte;
· quando for proferida decisão que inadmita apelação;
· quando a decisão recorrida trate dos efeitos em que a apelação é recebida.
Posteriormente acrescentou-se a possibilidade de agravo para as decisões proferidas no meio do processo de execução, na fase de cumprimento e liquidação de sentença.
Advindo o novo Código de Processo Civil, de 2015, foi abolida a figura do agravo retido, sendo novas possibilidades para o cabimento do agravo de instrumento. Além disso, ampliou o prazo de 10 dias corridos para 15 dias úteis.
Outra novidade trazida pelo Novo CPC é que se algum dos requisitos do artigo 1.017 não forem atendidos, o agravante será intimado para fazê-lo no prazo de 5 dias. Sua inércia ensejará no não conhecimento do recurso, nos termos do parágrafo único do artigo 932 do Código de Processo Civil.
Os incisos I ao XIII do artigo 1.015 elenca um rol taxativo de decisões que são passíveis de serem atacadas pelo agravo de instrumento: 
I – tutelas provisórias; 
II – mérito do processo; 
III – rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV – incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI – exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII – exclusão de litisconsorte; 
VIII – rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X – concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI – redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; 
XII – (VETADO); XIII – outros casos expressamente referidos em lei; 
XIII – outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
· Artigo 1.016 - regra de competência para a interposição do agravo de instrumento.
Os seus incisos dispõem sobre os requisitos pertinentes ao preenchimento da petição de agravo de instrumento, que são: 
I – os nomes das partes; 
II – a exposição do fato e do direito; 
III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido; 
IV – o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
· Artigo 1.017 - documentos obrigatórios para a interposição do recurso.
Devem estar presentes no recurso as cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividadee das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado (inciso I).
· Artigo 1.017, inciso II
O advogado do agravante poderá fazer uma declaração de inexistência de tais documentos, sob pena de sua responsabilidade pessoal. Já o inciso III permanece com igual previsão do CPC de 1973, que faculta o agravante juntar outras peças que reputar úteis.
· Rol taxativo - artigo 1.015 do CPC
Esse dispositivo legal, em redação inovadora, estabeleceu o rol de decisões que serão sujeitas ao agravo de instrumento.
Tem a sua taxatividade mitigada e admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada urgência.
As mudanças do Agravo de Instrumento, não acarretam quaisquer prejuízos a quem dele necessitar, pois mesmo que o agravante não o faça no momento oportuno, terá nova possibilidade, podendo ser suscitadas em preliminar, razões ou contrarrazões de apelação.
As mudanças propostas pelo legislador possibilita que o agravo de instrumento seja instruído com outro documento oficial que comprove a tempestividade do recurso, não sendo necessário a juntada da certidão de intimação da decisão agravada, também seu conhecimento pelo Tribunal não passará mais a estar sujeito à comprovação da sua interposição pelo agravante perante o juízo de primeiro grau, sendo essa providência cabível somente para o fim de provocar a retratação do juiz prolator da decisão agravada.
O agravo de instrumento tem papel fundamental no nosso sistema recursal, pois é ferramenta processual que tem a difícil função de atacar as decisões interlocutórias, cujo as mudanças ocorridas com o novo CPC trarão a expectativa de uma melhor performance desse recurso na prática.
Dessa forma, ficam nossas expectativas de quão célere será na prática o recurso de agravo de instrumento, seu melhor aproveitamento, como será recepcionado no mundo jurídico contemporâneo e se atenderá os anseios da sociedade.
· Embargos Declaratórios
Os Embargos Declaratórios, são uma espécie de recurso com a finalidade específica de esclarecer contradição ou omissão ocorrida em decisão proferida por juiz ou por órgão colegiado.
Em regra, esse recurso não tem o poder de alterar a essência da decisão, e serve apenas para sanar os pontos que não ficaram claros ou que não foram abordados.
Constituem uma forma pela qual se pode solicitar ao juiz que reveja uma decisão, tornando-a mais compreensível, ou corrigindo-a. Assim, sempre que for proferida decisão que contenha erro material, seja contraditória, obscura ou omissa, é cabível esse recurso. Não é necessário recolhimento de custas.
· Novo CPC
- A principal mudança no Código de Processo Civil diz respeito à possibilidade de sua apresentação não só quando houver na decisão embargada os vícios de obscuridade, contradição e omissão, como já previa o CPC de 1973. O erro material passou a constar expressamente como possibilidade de interposição de embargos de declaração no novo CPC.
- Artigo 1.022 do novo CPC. 
Apresenta, de modo não exaustivo, algumas hipóteses em que fica configurada a omissão da decisão.
Pela nova regra, considera-se omissa a decisão que deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos, ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento.
Além disso, na ausência de quaisquer dos elementos essenciais para fundamentação das decisões previstos no artigo 489, § 1º do CPC também serão cabíveis embargos de declaração por omissão.
- CPC/2015, Artigo 1.024, §5º
Declara desnecessária a ratificação de recurso interposto antes da publicação da decisão dos embargos, regramento que simplifica um pouco a dinâmica dos recursos especial e extraordinário no tribunal de origem.
· O prazo para interpor os embargos de declaração no novo CPC é de 5 dias, sendo, a contagem do prazo realizada em dias úteis, começando após a intimação.
· O mesmo prazo de 5 dias será concedido à parte embargada para manifestação sobre os embargos de declaração opostos, conforme § 2º do artigo 1.023 do CPC.
· O prazo para julgamento será de 5 dias (artigo 1.024 do CPC).
· O o artigo 1.024 do CPC também prevê a possibilidade de os embargos de declaração serem conhecidos como agravo interno.
Isso se o órgão julgador entender que o recurso é cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais. A inclusão de tal possibilidade no texto legal observa o princípio da fungibilidade recursal.
· Efeitos dos embargos de declaração
1. Efeito interruptivo - Artigo 1.026 do CPC
Essa ação interrompe o prazo para a interposição de outros recursos para todas as partes do processo.
Após intimação da decisão dos embargos, o prazo recursal é devolvido.
2. Efeito suspensivo – Artigo 1.026 do CPC
Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
Anteriormente, na vigência do CPC de 1973, parte da doutrina afirmava que continham efeito suspensivo. Ou seja, a parte poderia obter a sustação dos efeitos da decisão recorrida. Atualmente, não possuem tal eficácia.
3. Efeitos modificativos ou infringentes
Quando os embargos de declaração tiverem efeitos modificativos ou infringentes, a sentença de mérito pode ser alterada. Pode ocorrer, excepcionalmente, a reformatio in pejus, ressalvando, no entanto, a necessidade de intimação da parte adversa, que poderá apresentar contrarrazões, sob pena de nulidade.
O efeito do provimento dos embargos de declaração que modifica a decisão recorrida é atípico, já que o saneamento do vício não apenas esclarece omissão, contradição ou obscuridade, mas também altera o conteúdo da decisão.
Fontes:
https://ambitojuridico.com.br/
https://ebradi.jusbrasil.com.br
https://www.aurum.com.br/
https://www.tjdft.jus.br/

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