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Disciplina CCE0426 – Instalações de baixa tensão – Aula 9 Professor Bruno Sampaio Andrade Dispositivos de proteção utilizados em uma IBT Seletividade Seletividade amperimétrica; Seletividade cronométrica; Seletividade lógica Dispositivo Diferencial residual É a característica de um sistema elétrico, quando submetido a correntes anormais, de fazer atuar seus dispositivos de proteção de maneira a isolar somente a parte afetada do circuito. Dispositivos de Proteção Seletividade Seletividade cronológica Seletividade amperimétrica Seletividade lógica Existem três tipos de procedimentos de seletividade: Dispositivos de Proteção Seletividade Amperimétrica Da figura ao lado, dada uma corrente de curto-circuito Ics e valores de ajuste das proteções P1 e P2 iguais a IP1 e IP2, a seletividade amperimétrica estará satisfeita se: IP1 > Ics > IP2 Ip2 ajustada para: Ip2≤0,8 x Ics (1ª proteção a jusante da falha) Ip1 ajustada para: Ip1 > Ics (para que não venha a atuar antes da P2) O uso de disjuntores somente magnéticos com diversas valores de corrente de ajuste dos disparadores magnéticos. Baseia-se no princípio que quanto mais distante da fonte de tensão, as correntes de curto-circuito serão menores. Como as impedâncias envolvidas nas IBT são significativas, esse procedimento de seletividade é mais eficaz. Dispositivos de Proteção Seletividade Cronométrica Deve-se usar as curvas características de tempo inverso para adequar a seletividade. A diferença entre os tempos de disparo deve ser igual ao tempo de disparo dos disjuntores acrescido de um tempo de incerteza da atuação das proteções. Essa diferença é denominada de intervalo de coordenação (0,3 a 0,5s) Baseia-se no princípio de que a temporização intencional do dispositivo de proteção próximo ao ponto do defeito seja inferior à temporização intencional do dispositivo de proteção a montante Dispositivos de Proteção Seletividade Lógica Esse tipo de seletividade é aplicável para sistemas elétricos industriais. Apenas o relé de sobrecorrente do primeiro dispositivo a montante do defeito deverá enviar um sinal para sua abertura, e, simultâneamente, enviar um sinal de bloqueio para os relés dos dispositivos de proteção localizados a montante desse primeiro. Baseia-se na utilização de relés de sobrecorrente digitais que, conectados entre si através de um fio piloto que tem a função de conduzir um sinal lógico de bloqueio. Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR Princípio de funcionamento: Na eventualidade de uma falha no isolamento de algum equipamento alimentado pelo circuito, causando uma falha para a terra, a soma vetorial deixa de ser nula e o dispositivo “detecta” a diferença de corrente. O DR mede permanentemente a soma vetorial das correntes que percorrem os condutores de um circuito que, em regime normal é nula. O dispositivo diferencial residual é um dispositivo destinado a assegurar o seccionamento automático da alimentação visando proteção contra choques elétricos. Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR Princípio de funcionamento (cont): Quando a diferença atinge determinado valor, um relé será acionado, que irá promover a abertura dos contatos principais do próprio dispositivo ou do dispositivo associado (disjuntor ou uma contactora). A corrente que percorre o corpo de uma pessoa que venha a tocar um condutor vivo irá provocar um desequilíbrio na soma vetorial das correntes medidas pelo dispositivo . Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR Relé diferencial e seu respectivo TC toroidal. (4) Tomada diferencial; (3) e As normas referem-se a DR de maneira genérica. Esses dispositivos podem ser dos seguintes tipos : Disjuntor diferencial – DDR (2) Interruptor diferencial - Bipolar ou tetrapolar – IDR (1a/1b); Um DR é composto dos seguintes componentes: Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR Disparador - transforma uma grandeza elétrica em ação mecânica (Creder denomina-o disparador diferencial ou relé polarizado); Trafo toroidal - detecção de corrente de falta fase-terra; Mecanismo móvel e os respectivos elementos de contato. Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR Quanto à sensibilidade um DR pode ser: Alta sensibilidade - Atuam com correntes de fuga ≤ 30 mA e servindo como proteção contra contatos diretos aos condutores vivos ou indiretos, quando o contato à massa, em situações de fuga para terra e, portanto com tensões perigosas entre a massa e a terra; Baixa sensibilidade – Atuam com correntes de fuga > 30 mA, servindo apenas como proteção contra contatos indiretos. Qualquer que seja o sistema de aterramento, deve ser objeto de proteção complementar contra contatos diretos por DR de alta sensibilidade. Premissas básicas para o uso dos DR: Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR O uso de DR não dispensa o uso do condutor de proteção; O DR deve garantir o seccionamento de todos os condutores do circuito protegido; O circuito magnético do DR deve envolver todos os condutores vivos dos circuitos protegidos, inclusive o condutor neutro; O condutor de proteção não deve ser envolvido em hipótese nenhuma pelo circuito magnético do DR; A corrente de fuga dos circuitos não podem ultrapassar 50% do valor de disparo ajustado em um DR; O uso de proteção diferencial residual – DR – de alta sensibilidade é obrigatória nas seguintes situações. Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR Circuitos que alimentem tomadas situadas na área externa à edificação; Circuitos que sirvam a pontos situados em locais que contenham banheira ou chuveiro; Circuitos que alimentem tomadas situadas na área interna à edificação, mas que porém possam alimentar cargas na área externa à edificação; Circuitos que alimentem tomadas de cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e em todo local interno molhado em uso normal ou que venham a ser molhados para lavagens. Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR A figura abaixo mostra as diferentes zonas de proteção de um DR inserida na curva tempo x corrente das reações fisiológicas dos seres humanos: Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR São elas: Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR Zona 2 – não provoca distúrbios fisiológicos prejudiciais; Zona 1 – não provoca distúrbios perceptíveis; Zona 3 – provoca distúrbios fisiológicos sérios, porem reversíveis, tais como parada cardíaca, parada respiratória e contrações musculares; Zona 4 – provoca distúrbios fisiológicos graves e geralmente irreversíveis, tais como fibrilação cardíaca e parada respiratória; Zona 5 – representa a faixa de atuação do dispositivo de proteção DR para a corrente de fuga de 30 mA. Tipos de faltas detectáveis pelos DR Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR DR tipo AC – Sensível apenas à corrente alternada; DDR tipo A – Sensível a corrente alternada e a corrente contínua pulsante (retificada); DDR tipo B - Sensível a corrente alternada e a corrente contínua pulsante (retificada) e a corrente contínua pura. DDR tipo B, onde: R – relé de disparo; A – Unidade de medição e comparação para correntes residuais contínuas lisas; T – botão de teste; W1 – sensor de correntes senoidais e contínuas pulsantes; e W2 – sensor de correntes contínuas puras. DR do tipo AC O que dizem os símbolos? Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR DR do tipo A DR do tipo B DR de uso geral ou sem retardo DR Seletivo DR ensaiado contra atuação incorreta devido a transitório. O que dizem os símbolos? Dispositivos de Proteção Dispositivo diferencial residual - DR Sensibilidade de 30 mA; Dispositivo do tipo G (instantâneo); É tipo A (sensível à CA e CC pulsante); In = 16 A – DDR; Curva dedisparo termomagnética B; Capacidade de interrupção de 10 KA. Esquema TN – Pode ser protegido pelos seguintes dispositivos; Dispositivos de Proteção Dispositivo de proteção contra choque de acordo com o esquema de aterramento Dispositivo de sobrecorrente; Dispositivo DR Esquema TN-S - O condutor neutro não precisa ser seccionado, desde que seja assegurado que esteja no potencial de terra; Esquema TN-S e no trecho TN-S do TN-C-S - O DR pode ser utilizado normalmente; Dispositivos de Proteção Esquema TN-C – Não é admitido o uso de DR, a menos que esse sistema seja convertido em TN-C-S logo a montante da instalação do DR, sendo a separação dos condutores neutro e terra realizado na fonte do DR. Somente o condutor neutro deve passar pelo circuito magnético do DR. Esquema TT – Pode ser protegido pelos seguintes dispositivos; Dispositivo DR, desde que dimensionado de acordo com 5.1.2.2.4.3 da NBR5410; Esquema IT – Pode ser protegido pelos seguintes dispositivos; Dispositivo de sobrecorrente, desde que dimensionado de acordo com 5.1.2.2.4.4-e e 6.3.3.1.1 da NBR5410; Dispositivo DR; Restará sempre muito o que aprender!!
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