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ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING Professor Me. Alexandre Pieske Professora Me. Grace Kelly Botelho Pain Professora Me. Maria Virgínia Cantagallo GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; PIESKE, Alexandre; PAIN, Grace Kelly Botelho; CANTAGALLO, Maria Virgínia. Administração de Marketing. Alexandre Pieske; Grace Kelly Botelho Pain; Maria Virgínia Cantagallo. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 154 p. “Graduação - EaD”. 1. Administração. 2. Marketing. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. CDD- 658.8 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção Operacional de Ensino Kátia Coelho Direção de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Direção de Operações Chrystiano Mincoff Direção de Mercado Hilton Pereira Direção de Polos Próprios James Prestes Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida Direção de Relacionamento Alessandra Baron Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli Gerência de Produção de Conteúdo Juliano de Souza Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Coordenador de Conteúdo Patricia Rodrigues da Silva Lideranças de área Angelita Brandão, Daniel F. Hey, Hellyery Agda Design Educacional Deborha Caroline Batista Rodrigues Arrias Iconografia Amanda Peçanha dos Santos Ana Carolina Martins Prado Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa André Morais de Freitas Editoração Victor Augusto Thomazini Revisão Textual Danielle Loddi Ilustração Bruno Cesar Pardinho Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e so- lução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilida- de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos- sos farão grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhe- cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi- tário Cesumar busca a integração do ensino-pes- quisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci- ência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al- meja ser reconhecido como uma instituição uni- versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con- solidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrati- va; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relaciona- mento permanente com os egressos, incentivan- do a educação continuada. Diretoria Operacional de Ensino Diretoria de Planejamento de Ensino Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu- nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con- tribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desenvolvendo competên- cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá- rios para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cresci- mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis- so, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza- gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica. A U TO RE S Professor Me. Alexandre Pieske Possui graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1993), especialização em Marketing Empresarial pela Universidade Federal do Paraná (2005) e mestrado em Administração pela Universidade Federal do Paraná (2008). Atualmente é doutorando em Administração na Universidade Estadual de Maringá na linha de pesquisa Marketing e Cadeias Produtivas (2015) e é graduando em Administração na Unicesumar (previsão de término em 2017). Atua como professor temporário no curso de Comunicação e Multimeios na Universidade Estadual de Maringá desde 02/2015. Professora Me. Grace Kelly Botelho Pain Possui graduação em Marketing e Propaganda (Propaganda e Publicidade) pela Universidade Norte do Paraná (2007), pós-graduação em Planejamento e Gerenciamento Estratégico pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2009), pós-graduação em Administração de Marketing e Propaganda pela Universidade Estadual de Londrina (2010) e mestrado em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (2013). Possui experiência na área da Docência, tanto na modalidade presencial quanto na modalidade EAD (ensino à distância), com ênfase em Marketing, Marketing e Propaganda, Empreendedorismo, Varejo, Liderança, Recursos Humanos, Administração Estratégica e Fundamentos da Administração. Atualmente atua como coordenadora de Processos Acadêmicos na Kroton para as marcas UNOPAR e Anhanguera. Professora Me. Maria Virgínia Cantagallo Possui mestrado em Administração na linha de pesquisa Empreendedorismo, Inovação e Mercado pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual de Maringá (2013) Especialização MBA em Gestão Empresarial (2008), graduação em Administração (1997) e vínculo na carreira técnica, no cargo de Agente Universitário, exercendo a função de técnico administrativo nível IX na mesma instituição. Atua como professora na FANP- UNIESP para o curso de graduação em administração (2014), ministrando atualmente disciplinas de Administração do Sistema de Informações, Consultoria e Introdução ao Marketing. Formação em língua francesa pelo Instituto de Línguas da Universidade Estadual de Maringá no período de 2010- 2013. Integrante do GIPEM - Grupo Interdisciplinar de Pesquisas e Estudosde Marketing, estudando principalmente Comunicação, Comunicação de Marketing, Varejo, Comportamento do Consumidor e Construção de Mercados. SEJA BEM-VINDO(A)! Olá, aluno(a) do ensino a distância da Unicesumar! Seja bem-vindo(a) a disciplina de Ad- ministração de Marketing. Gostaríamos de parabenizá-lo(a) por se dispor ao aprendiza- do e ao autodesenvolvimento que um curso superior pode proporcionar. Este material é destinado a você, aluno(a), e foi pensado e desenvolvido para que você seja o(a) princi- pal condutor(a) do seu aprendizado. Aqui, e nas outras ferramentas das quais dispomos, como fóruns, aulas ao vivo e conceituais, atividades, atividades presenciais, entre outras, você poderá encontrar tudo o que precisa para guiar seu desenvolvimento acadêmico e profissional. Por sermos autores do nosso desenvolvimento, é preciso confiança, per- sistência e autodisciplina. Com esses esforços, conseguimos, mediante a flexibilidade de horários e locais, encaixar o conhecimento e a busca do sucesso profissional dentro da nossa rotina e do nosso estilo de vida. O objetivo desse livro é mostrar a você, aluno(a) e futuro profissional da área de marke- ting, as principais questões mercadológicas para o exercício, estudo e prática da grande área de marketing. Por meio de cinco unidades proporcionamos a você o acesso a um amplo conteúdo sobre o marketing, seu uso e derivações, o ambiente interno e externo, onde a prática de marketing atua e exerce influência, ao mix de marketing (preço, pro- duto, praça e promoção), a como podemos administrar as comunicações de marketing e ainda a como utilizar o marketing dentro das estratégias e objetivos organizacionais. Nossa sociedade passou por eras as quais foram marcadas em sua grande maioria por fatores objetivos como propriedades, capital, maquinários e tecnologias que conferiam poder às organizações. Com as mudanças que foram ocorrendo nas áreas econômicas, sociais, políticas, familiares e tecnológicas, as organizações que sobreviveram à acirrada competitividade do mercado e principalmente aquelas que se destacaram dispunham de algo mais do que pode ser visto e tocado – na sociedade atual, a sociedade do co- nhecimento, o ponto de referência e que confere poder às organizações está relacio- nado a conceitos subjetivos como o conhecimento adquirido, os valores aprendidos, a confiança conquistada, a cultura disseminada, entre muitos outros que não podem ser facilmente vistos ou tocados pelo entorno que faz parte da organização. Sobre esse fator de sobrevivência e destaque dito, uma área de estudo tem total inte- resse e domínio para atuar como ferramenta operacional, gerencial e estratégica, além de ser capaz de disseminar e levar esses aspectos subjetivos, mas que são valiosos, da organização para a sociedade: o marketing. Para Darroch et al. (2004, p. 31), o Marketing é uma função organizacional e uma série de processos para a criação, comunicação e entrega de valor para clientes, e para o ge- renciamento de relacionamentos com eles, de forma que beneficie a organização e seus stakeholders. Enquanto área de estudos e ferramenta gerencial, as práticas de marketing têm o importante papel de serem ponte entre as organizações e a sociedade, dispondo e manifestando o que as primeiras têm de melhor e de mais valioso para oferecerem a um público consumidor. Durante a unidade I, de forma introdutória, convidamos você, aluno(a), a conhecer um pou- co mais sobre a evolução do conceito de marketing e seu atual papel na sociedade glo- balizada. Disporemos dos principais conceitos e aplicações do marketing contemporâneo APRESENTAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING para que você tenha conhecimento, familiaridade e entendimento prático dos princi- pais conceitos que são utilizados no exercício do marketing. Dentro das organizações, o marketing tem capacidade e responsabilidade de atuação nas mais diversas áreas. Ainda discorremos sobre o que implica essa responsabilidade, tanto dentro das orga- nizações quanto perante uma sociedade que espera retorno e disposição de produtos, serviços e valores da organização da qual faz parte. Nesta unidade ainda, você apren- derá sobre o que o consumidor espera receber em troca do que lhe é oferecido pelas empresas, ou seja, qual o custo x benefício decorrente da aquisição ou compra de um produto ou serviço e o que está embutido nisso tudo. Na unidade II, o mix de marketing é apresentado, diante de toda sua importância, enquanto principal ponto da estratégia organizacional. Entender o composto: pro- duto, preço, praça e promoção é o ponto central do gestor para informar, convencer e lembrar o consumidor sobre sua potencial compra, além de identificar oportuni- dades para exercer seu papel de ponte entre empresa e público consumidor. A unidade III nos explicita sobre como o marketing deve trabalhar em consonância com as estratégias organizacionais, funcionando como meio e ferramenta para o exercício do planejamento tático e estratégico delineado pela alta administração, sem contanto nos deixar esquecer que ela atua ainda em conjunto com cada um dos elementos do Mix de Marketing (Preço, Praça, Promoção e Produto). Na unidade IV, vamos juntos detalhar o que consiste cada uma das etapas para o desenvolvimento de um produto, para quê serve a prototipagem e o pré-teste. Em seguida, daremos sequência à proposta do livro e focaremos na marca: sua defini- ção, história e funções. Ao longo da unidade, você vai entender porque as marcas são importantes para o sucesso das empresas e conhecer as características para um nome de marca forte. Por fim, na unidade V, será desenvolvido como podemos administrar as comunica- ções de marketing de forma eficiente e eficaz, ou seja, atingindo os objetivos orga- nizacionais ao mesmo tempo em que, enquanto gestores, agimos coerentemente com o que se espera que a empresa possa oferecer. Você terá a oportunidade de entender como funciona o processo de comunicação e seus elementos e como es- tes trabalham em conjunto buscando atingir esses objetivos. Esperamos que você utilize sabiamente todo material disponível durante sua caminha- da para o sucesso. Leia atentamente o livro, assista às aulas conceituais e não se limite ao material proposto. Aqui, condensamos o que há de melhor e mais atual sobre os fundamentos de marketing, no entanto, a informação não é algo estático e se modifica todos os dias, encontrando e se desenvolvendo em novas aplicações. Empresas cres- cem e declinam no mercado todos os dias por meio das suas práticas de marketing. Por isso, esteja atento(a) ao que ocorre paralelamente aos seus estudos e busque mais in- formações para que sua participação nesta disciplina seja mais proveitosa e atualizada. Desejamos a você sucesso na sua caminhada, que seu conhecimento não tenha bar- reiras e que seus objetivos sejam alcançados! Um forte abraço e ótimos estudos! APRESENTAÇÃO SUMÁRIO 09 UNIDADE I A EMPRESA E SUAS ORIENTAÇÕES 15 Introdução 16 A Evolução do Conceito de Marketing 19 Complexidade do Ambiente Mercadológico 21 Orientações de Marketing 25 Orientação Societal 28 Considerações Finais 33 Referências 34 Gabarito UNIDADE II O MIX DE MARKETING 37 Introdução 38 O Mix de Marketing 41 Composto de Produto 44 Composto de Preço 45 Composto de Praça 48 Composto de Promoção 50 Considerações Finais 54 Referências 55 Gabarito SUMÁRIO 10 UNIDADE III ESTRATÉGIA DE MARKETING 59 Introdução 60 Estratégia de Marketing 67 Matrizes de Análise Estratégica de Marketing 73 Classificação de Bens de Consumo 75 Gestão Estratégica de Produtos 77 Gestão Estratégica de Distribuição 79 Gestão Estratégica de Comunicação 82 Gestão Estratégica de Preço 84 Considerações Finais 92 Referências 93 Gabarito UNIDADE IV DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E MARCAS 97 Introdução 98 Como o Marketing Define um Produto 99 Etapas de Desenvolvimento de um Produto 106 Marca: Sua Origem eFunções no Contexto Mercadológico 108 Força da Marca SUMÁRIO 11 111 Considerações Finais 116 Referências 117 Gabarito UNIDADE V ADMINISTRAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES DE MARKETING 121 Introdução 122 O Processo de Comunicação e Seus Elementos 125 Comunicação de Marketing 131 Ferramentas do Composto de Comunicação 137 Comunicação Integrada de Marketing 141 O Mix de Marketing Dentro de uma Perspectiva de Comunicação Integrada 144 Considerações Finais 149 Referências 151 Gabarito 152 CONCLUSÃO U N ID A D E I Professor Me. Alexandre Pieske A EMPRESA E SUAS ORIENTAÇÕES Objetivos de Aprendizagem ■ Refletir sobre o papel e a importância do marketing nas organizações contemporâneas. ■ Discutir sobre as concepções de marketing: troca, processo gerencial e filosofia empresarial. ■ Apresentar as orientações tradicionais de marketing. ■ Esclarecer sobre a orientação societal e suas interfaces com a sociedade. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ A Evolução do Conceito de Marketing ■ Complexidade do Ambiente Mercadológico ■ Orientações de Marketing ■ Orientação Societal INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à primeira unidade do livro Administração de Marketing. Antes de trabalharmos os conceitos sobre este tema tão importante para a gestão das empresas contemporâneas, vamos discutir sobre as concep- ções de marketing, como troca, processo gerencial e filosofia empresarial. Isso será importante para você conhecer a amplitude que o marketing possui e tam- bém entender melhor o sentido dinâmico do próprio conceito de marketing, uma propriedade que o faz ser constantemente revisitado, editado e ampliado, dependendo do contexto da sociedade e do mercado. Para auxiliar na sua com- preensão, vamos comentar também sobre algumas mudanças no macroambiente de marketing, aquelas grandes forças, em vários aspectos da sociedade, que têm o poder de afetar e influenciar empresas, mercados e consumidores. Para isso, a ideia é fazer uma breve revisão sobre as orientações de marketing que as organizações podem adotar. Esse será um passo importante para você enten- der do que se trata realmente a orientação para o mercado ou para o cliente e a sua ligação com o contexto mais amplo que será traçado nas próximas unidades. Após essa etapa, vamos conversar com mais detalhes sobre a orientação socie- tal, que serve para ampliar a orientação para mercado e auxiliar as empresas a serem cada vez mais relevantes nesta era dos consumidores conectados entre si e também com uma presença mais próxima das marcas que consomem. A orien- tação societal se apresenta como um poderoso ponto de vista que vai embasar as decisões tomadas pelos executivos de marketing na sociedade contemporâ- nea e vai exercer um papel fundamental na operacionalização das estratégias de marketing empresarial. Aproveite o máximo possível dos conteúdos e tenha um ótimo estudo. Desde já, fique atento(a) em concluir seus estudos com os materiais complementares que foram selecionados, como textos, livros e vídeos, sugeridos no final da uni- dade. Não esqueça também de realizar as atividades de estudo, pois elas são uma parte importante do livro e vão ajudá-lo(a) a fixar os conceitos trabalhados. Além disso, lembre-se que o modelo didático-pedagógico da Unicesumar disponibiliza vídeo-aulas conceituais com uma síntese do conteúdo de cada unidade. Acesse seu Ambiente Virtual de Aprendizagem e confira. Bons estudos! Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15 ©shutterstock A EMPRESA E SUAS ORIENTAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E16 A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE MARKETING Aluno(a), vamos iniciar nossos estudos com o entendimento do conceito de marketing e a sua aplicação no cotidiano das empresas e dos mercados. Podemos compreender que o marketing não é algo estático, desvinculado do que está acontecendo na sociedade, como a vida dos consumidores. A maneira como enxergamos as atividades que estão sob o termo marketing é reflexo direto da dinâ- mica dos mercados de uma economia globalizada e cada vez mais informatizada. Um exemplo esclarecedor é a reconceituação que o termo marketing sofre dependendo do momento histórico que se vive. A Associação Americana de Marketing (AMA), órgão reconhecido e respeitado por profissionais e pesquisadores da área em todo mundo, de tempos em tempos, faz uma atualização da definição. Segundo Urdan e Urdan (2010), a primeira definição da AMA foi realizada em 1948, ano de sua fundação, a segunda em meados da década de 80 e a ter- ceira em 2004. Repare que até aqui os espaços de tempo foram relativamente longos, não é mesmo? Mas acontece que os membros da AMA, logo depois, em 2007, percebe- ram a necessidade de novamente alterar o conceito de marketing. Por que isso? Justamente para fazer frente às alterações que aconteceram - e certamente continu- arão acontecendo - na sociedade. A definição da AMA, para o termo marketing, atualmente é a seguinte: A Evolução do Conceito de Marketing Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17 atividade, conduzida por organizações e indivíduos, que opera por meio de um conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entre- gar e trocar ofertas de mercado que tenham valor para consumidores, clientes, agentes de marketing e a sociedade como um todo (URDAN e URDAN, 2010, p. 5). Vamos analisar com atenção a definição anterior, uma vez que ela guarda ideias importantes acerca de como podemos enxergar as atividades relacionadas ao marketing. Com base na citação, podemos dizer que o marketing é uma ati- vidade social e gerencial em que indivíduos ou grupos de indivíduos buscam obter o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de valor uns com os outros. Quer dizer, envolve dois lados: alguém que necessita ou deseja algo e outro que está disposto a oferecer algo capaz de satisfazer a essa necessidade ou desejo. Outro ponto importante na definição da AMA é o termo valor. As ofertas criadas pelas empresas devem ser percebidas como interessantes pelos consumi- dores. Assim, os consumidores ficarão satisfeitos e poderão repetir a experiência de consumo outras vezes, contribuindo para a manutenção da empresa no mercado. Um aspecto que ainda merece ser destacado, na citação anterior, é a socie- dade como um todo. Nesse caso, podemos entender que o marketing passa a ter uma função mais ampla do que maximizar as trocas de valor entre organizações e indivíduos. Podemos pensar que existe um impacto positivo na sociedade, melho- rando a disponibilidade e a qualidade das ofertas. Essa ideia permite redefinir o próprio conceito de mercado, que passa a ser não mais um local que evidencia e, até mesmo, amplia a diferença entre as pessoas, mas um local onde essas tro- cas de valor são realizadas, beneficiando mutuamente os agentes envolvidos e, por conseguinte, a sociedade em geral. É fundamental, aqui, destacar a diferença entre o conceito mais amplo do marketing e as definições limitadas tecnicamente ou mesmo que carregam uma carga de preconceitos. A definição da AMA está longe de reduzir as atividades de marketing a um esforço por parte das empresas para aumentar em seu volume de vendas, lançando mão de artifícios que ludibriam o consumidor. Outro erro comum é reduzir o marketing à tarefa de comunicar algo para o mercado. A EMPRESA E SUAS ORIENTAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E18 A propaganda e outras ferramentas de comunicação são utilizadas pelo marketing, mas dentro de uma estratégia de promoção, que busca um enten- dimento comos demais elementos dos compostos de marketing, ou Marketing Mix, quais sejam o Produto, o Preço e a Praça. Além da limitação, essas noções guardam uma armadilha na qual, no atual cenário competitivo, as empresas não podem cair ao planejarem suas estraté- gias de marketing: o curto prazo. Veja, é bastante possível aumentar as vendas por um determinado tempo ou graças a uma campanha publicitária chamativa. Varejistas geralmente divulgam preços especiais e condições de pagamento ten- tadoras para chamar a atenção dos consumidores e fazem com que estes visitem a loja. Quem já não ficou instigado a conferir de perto uma oferta “arrasadora” de um grande varejista de eletrodomésticos, supermercados ou concessioná- rias de automóveis? É difícil resistir, não é mesmo? Porém o sucesso de vendas dessa ação promocional não significa necessariamente que a empresa atendeu, de maneira eficaz, os compradores daquela oferta e que eles voltarão a transacio- nar com a empresa no futuro ou manterão uma avaliação positiva da marca. Por isso, a importância em entender os vários perfis de consumidores que as empre- sas podem atender e, assim, continuar tendo-os como clientes. É primordial compreender o marketing, visto que ele deve ser seguido como uma filosofia, uma norma de conduta para a empresa. As necessidades ma- nifestadas pelo consumidor devem definir as características dos produtos ou serviços a serem criados e as respectivas quantidades a serem oferecidas. Até que ponto você percebe a afirmação acima nas ações das empresas que fabricam ou distribuem os produtos ou serviços que você consome? A pro- posta da empresa se transforma em atitudes efetivas ou se limita a um dis- curso desprovido de elementos tangíveis? ©shutterstock Complexidade do Ambiente Mercadológico Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19 COMPLEXIDADE DO AMBIENTE MERCADOLÓGICO Se pararmos para analisar, podemos dizer que o mercado não é como costumava ser, não é mesmo? Pois bem, isso não vem a ser apenas uma desculpa ou lamento de um empresário assustado com o aumento da concorrência e com dificuldades crescentes em satisfazer seus clientes. Oliveira (2004) comenta que a gestão de marketing se transformou em uma rede complexa, que envolve múltiplos mer- cados e uma grande malha de fornecedores e intermediários de mercado, como representantes, distribuidores, atacadistas e varejistas. Esse novo cenário mercadológico, sem dúvida mais complexo do que um ambiente competitivo estável e com poucos concorrentes, exige dos profissionais a supervisão de amplo portfólio de produtos e, ao mesmo tempo, o gerencia- mento permanente dos pontos de contato da empresa com o mercado. Para tentar lidar com essa situação de transformação e complexidade, os profissionais de marketing lançam mão da análise do ambiente mercadológico, buscando entender as mudanças que ocorrem no micro e no macroambiente. Para o foco deste livro de marketing empresarial, é primordial compreendermos alterações nesses dois níveis. Deste modo, seremos capazes de contextualizar os novos desafios a que as marcas e profissionais estão expostos, pois eles preci- sam encontrar soluções para conquistarem novos consumidores e fidelizarem os clientes da sua carteira. A EMPRESA E SUAS ORIENTAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E20 Urdan e Urdan (2010) assinalam que o macroambiente é composto dos seguintes aspectos: demográficos, sociais, econômicos, competitivos, legais e tecnológicos. Já o microambiente de marketing é composto por agentes que possuem algum tipo de relação com a empresa em análise. São exemplos des- ses agentes os concorrentes, fornecedores, varejistas, consumidores e potenciais clientes. Porém esse universo tem se expandido ultimamente. Hoje é necessário que as empresas trabalhem com os agentes que, anterior- mente, não exerciam tanta pressão sobre as organizações. A opinião pública, agências reguladoras do Governo, organizações não governamentais, sindica- tos, entre outros têm aumentado seu papel no acompanhamento das ações das empresas em relação a vetores como sustentabilidade ambiental, responsabili- dade social, governança e cidadania. Como podemos perceber, o grau de influência dos dois níveis, micro e macro ambientes, são diferentes. Enquanto é possível realizar ações para alterar a per- cepção dos agentes que constituem o microambiente de marketing, criando uma boa vontade desses em relação à empresa, os elementos que compõem o macro- ambiente não permitem influência, ao menos no curto e médio prazo. O motivo disso é que o macroambiente está relacionado com mudanças estruturais na sociedade e uma empresa ou os grupos de empresas certamente teriam pouca ou mesmo nenhuma efetividade para alterá-las. Vamos relembrar os elementos que formam o macroambiente de marketing e principais mudanças que ocorrem em cada um deles, segundo as observações dos autores Churchill e Peter (2012) e Urdan e Urdan (2010). ©shutterstock Orientações de Marketing Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21 ORIENTAÇÕES DE MARKETING Quando discorremos sobre a evolução do conceito de marketing, um ponto deve ter chamado a sua aten- ção: para que o marketing seja relevante, ele deve ser encarado como um processo, um fluxo entre produtores e consumidores. Agora, gostaríamos de acrescentar outra visão útil para você compreender o contexto do marketing empresarial, que é a noção de que o marketing também é uma filosofia empresarial. A EMPRESA E SUAS ORIENTAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E22 O que queremos dizer com isso? Como você já aprendeu, ao longo da sua trajetória acadêmica, o sentido de filosofia aqui são os “valores”, a “visão”, ou seja, a “maneira de enxergar” um determinado assunto. Desse modo, entender o marketing como uma filosofia empresarial nada mais é do que uma empresa percebê-lo como um jeito específico de atuar, de fazer negócios no mercado. Assim como podemos ter uma filosofia de vida que dirige as nossas ações na sociedade, um empresário ou os dirigentes de uma empresa também seguem uma determinada filosofia de negócios. Mas do que se trata exatamente o marketing como filosofia empresarial? Segundo autores da área (CHURCHILL e PETER, 2012; KOTLER e KELLER, 2013; URDAN e URDAN, 2010), a filosofia empresarial do marketing orienta todas as estratégias, táticas e ações da empresa para atender às necessidades e os desejos dos clientes de forma superior à concorrência, gerando satisfação. Ao ponto que é de grande importância todas as pessoas, que atuam em determi- nada empresa, estarem envolvidas em todos os momentos com a construção de uma percepção de qualidade que demonstre genuinamente a vontade de atender melhor, solucionar e até mesmo surpreender os clientes dessa empresa. Um exemplo claro é o papel de um funcionário que atende ao telefone ou responde ao e-mail de um cliente que entra em contato com a empresa para bus- car informações. A agilidade, o tom, o conteúdo e a autenticidade desse contato demonstram - e muito - a filosofia, a maneira de pensar, da empresa toda. A experiência que tal cliente guardará em sua memória sobre esse contato não deve ser um fato isolado, a sorte de ter sido atendido por um funcionário “de bem com a vida”, mas uma característica essencial da empresa, a sua forma de fazer negócios. Tecnicamente, essa descrição se denomina orientação para o mercado ou para o cliente. Conforme Urdan e Urdan (2010, p. 16), esta orientação é “fun- damental em mercados concorridos, onde o consumidor tem alternativas e, por isso, exerce soberania para decidir”. Esses mesmos autores sublinham que a orientação paramarketing possui como pilares o foco no cliente, algo que você acabou de perceber no exemplo do atendimento telefônico/eletrônico, e também alguns outros pontos, quais sejam: foco na concorrência, coordenação interfun- cional e rentabilidade. Orientações de Marketing Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 23 O que isso significa? Ora, se a empresa precisa ser relevante para o cliente, ela deve conhecer muito bem o que seus concorrentes estão propondo para esse mesmo consumidor. Além disso, as ações da empresa devem acontecer ao longo de todo o processo de contato do cliente com a empresa. Mas atenção, não se esqueça do último pilar da orientação para marketing: a rentabilidade. Se no final de todo este esforço o cliente não gerar rentabilidade para a empresa, mesmo no longo prazo, tal orientação será muito difícil de ser mantida, pois a empresa terá prejuízo. Justamente uma forma de diminuir esse risco é adotar uma abor- dagem que vai além da orientação para marketing, mas isso veremos logo mais, ainda nesta unidade. Apesar da orientação para o mercado ou o cliente já ser algo como uma unanimidade entre os gestores das empresas, existem outras formas de orientar os negócios de uma empresa, são elas: orientação para a produção, orientação para vendas, orientação para o produto e orientação societal. Dependendo dos autores, essa nomenclatura sofre alterações. Churchill e Peter (2012), por exem- plo, não falam de orientação para produto e mencionam orientação para valor. Estamos utilizando, neste trabalho, novamente o que Urdan e Urdan (2010) apon- tam. A justificativa disso é que eles são autores brasileiros, possuem formação de primeira linha e conhecem com grande propriedade a realidade empresarial e mercadológica de nosso País. Vamos ver agora do que trata cada uma dessas orientações para que você tenha uma visão abrangente sobre o assunto. Orientação para a produção: quando a empresa está orientada nesse sen- tido, o atendimento das necessidades e desejos do consumidor não é seu foco. É um olhar mais interno, mais para “dentro de casa”. Apesar de parecer uma filo- sofia empresarial quase que “pré-mercado”, na verdade há uma justificativa: em mercados inexplorados ou em momentos que a demanda supera a oferta, as empresas não precisam fazer tanto esforço para atenderem o consumidor. Imagine um mercado a ser desenvolvido, em que os consumidores estão ávi- dos para experimentarem determinado produto. Certamente o que se colocar à sua frente será visto com bons olhos para ser consumidor. Um exemplo foi a abertura do mercado automobilístico, nos anos 90, no Brasil, quando a impor- tação foi facilitada pelo governo. De uma vez, o mercado brasileiro foi invadido por modelos e marcas de carros diferentes que causaram um verdadeiro frisson A EMPRESA E SUAS ORIENTAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E24 no consumidor que via todo carro importado como sinônimo de grande quali- dade, o que não foi totalmente verdade. Interessante ressaltar que os cenários em que a orientação para a produção ocorre são raros e curtos. Geralmente, não é saudável uma empresa manter essa visão de negócios, pois o mercado é muito dinâmico e competitivo. Mesmo que a empresa se beneficie de uma janela de oportunidade provocada por uma grande demanda, podem surgir outros concorrentes tentando fazer o mesmo e ela terá que se adequar às novas condições mercadológicas. Orientação para vendas: é uma orientação utilizada pelas empresas em situa- ções contrárias a que foi relatada na orientação para produção. Nesse cenário, a oferta supera a demanda e, por isso, a empresa precisa fazer um esforço extra para baixar seus estoques e fazê-lo girar. Isso pode ocorrer porque existem muitos concorrentes disputando o mesmo consumidor ou, então, o mercado pode estar retraído, talvez com receio da inflação, da desvalorização da moeda ou do aumento do desemprego. O que a empresa faz em casos como esses? Pode negociar com seus fornecedo- res, diminuir sua margem de lucro e lançar uma promoção de vendas para chamar a atenção dos consumidores para aproveitarem a oportunidade e adquirirem os produtos em oferta. Tal qual a orientação para produção, se adotada realmente, a orientação para vendas possui limitações sérias como uma filosofia empresarial. Você sabe dizer por que isso acontece? Mesmo aumentando as vendas da empresa em função do esforço da equipe e de um preço convidativo no curto prazo, essa orientação geralmente cria uma imagem negativa. A empresa pode ser percebida pelos clientes como tendo problemas e precisa fazer ofertas para se livrar do estoque. Quando o esforço da equipe é muito grande, o rótulo de “empurroterapeutas” pode ser associado à marca da empresa e é difícil fazer que isso se altere. Quem já não sofreu com um vendedor por telefone oferecendo com muita insistência uma “oferta imperdível, exclusiva para clientes especiais e selecionada por nossos computadores?” Orientação para o produto: mesmo com a soberania do consumidor que temos assistido nas últimas décadas, empresas de alguns setores conseguem se manter um pouco distantes da tensão entre “o que é bom para a empresa” e “o que é bom para o cliente”. Na orientação para o produto, o objetivo é conquistar o consumidor como decorrência da criação e desenvolvimento de produtos inovadores, superiores à Orientação Societal Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 25 concorrência e capazes de surpreender e encantar os consumidores. Esses efeitos podem ocorrer pelo fato de a empresa ser capaz de oferecer uma tecnologia real- mente avançada, decorrente do investimento em pesquisa e desenvolvimento (o chamado P&D) que cria novos produtos. São organizações com grande competência e também capital para, continu- amente, oferecerem coisas que, muitas vezes, o consumidor nem espera, mas, realmente, ou precisa daquilo ou quando as conhecer ficará encantado. Vamos a alguns exemplos para ilustrar. A indústria farmacêutica normalmente é orientada para o produto, pois um novo medicamento é fruto de pesquisas internas ou em parceria com universida- des. O paciente e a maioria dos médicos não são consultados sobre o que o novo produto deveria conter ou realizar. Sistemas de segurança e defesa também pos- suem essa orientação, pois, para serem eficazes, devem ser mantidos em sigilo, com acesso restrito e confidencial. Mesmo tecnologias de consumo de massa, como smartphones, seguem tal linha. Boa parte do sucesso da Apple, com o Iphone e o Ipad, é pelo fato de trazer para o consumidor comum tecnologia de ponta que ele não esperava: um tocador de música sem leitor de CD, um telefone sem teclado físico e um computador portátil com tela de toque. Por último, e ponto fundamental para o desenvolvimento do raciocínio no assunto que estamos trabalhando nesta unidade, é a orientação denominada societal. É justamente este o foco do tópico a seguir. ORIENTAÇÃO SOCIETAL Uma vez que o marketing é percebido como um processo e que este procura melhorar e maximizar as trocas realizadas entre os agentes envolvidos (produto- res e consumidores), uma empresa estará oferecendo algo de valor e cumprindo sua missão como empresa, como organização. Mas será que isso é o suficiente? A EMPRESA E SUAS ORIENTAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E26 No século passado o poder das empresas aumentou substancialmente. Como você deve ter consciência, o mercado atual é constituído de grandes corpora- ções transnacionais, que operam inúmeros negócios, empregam milhões de pessoas, detêm patentes tecnológicas importantes e estão presentes na maior parte do globo. Esse aumento depoder fez com que as empresas começassem a serem vistas quase como países. Aliás, alguns grupos empresariais geram mais riqueza que a população de alguns países e possuem um peso político capaz de influenciar as decisões de governos. Esse cenário é justamente o pano de fundo do surgimento da orientação societal. Segundo Urdan e Urdan (2010), a orientação societal pode ser pensada como uma extensão, um passo além da orientação para marketing de qual fala- mos no item anterior desta unidade. Você lembra das ações da orientação para marketing trabalhados no início da unidade? Vamos reforçar: focar no cliente e na concorrência por meio da coordenação entre as várias funções exercidas na empresa para, por fim, gerar rentabilidade. Junta-se a isso, na orientação societal, a preocupação com a sociedade, com o bem-estar não só de seus clientes, mas de todos. Esse equilíbrio de forças (satisfação do cliente, lucro da empresa e bem- -estar da sociedade) pode ser representado graficamente conforme a Figura 1. Figura 1 – Interação da Orientação Societal Fonte: elaborada pelo autor com base em Urdan e Urdan (2010). Orientação Societal Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27 Depois do que já trabalhamos nesta unidade, essa preocupação “macro” com a sociedade pode parecer óbvia, mas vale a pena nos atermos a ela. A ideia é que “apenas” a satisfação do cliente ou “apenas” a rentabilidade da empresa ou ainda “apenas” o bem-estar da sociedade não são objetivos a serem perseguidos isola- damente. Eles precisam ser pensados e trabalhados em conjunto e em equilíbrio. Se a empresa buscar somente a satisfação dos seus clientes, ela pode ir à falência e ainda prejudicar os demais consumidores. Se a empresa estiver focada em obter lucro, a chance de não satisfazer os clientes e gerar impactos ambientais e sociais é grande. E, para continuar o raciocínio, se a empresa for totalmente altruísta e procurar apenas o bem comum, ela poderá não dar continuidade nesse intento, visto que não será economicamente viável e sustentável. Como você percebe, a orientação societal almeja um equilíbrio de forças e uma retroalimentação entre seus agentes. Uma parte não vive sem a outra, são interdependentes. Porém existe um ponto que precisa ser sublinhado aqui: o gera- dor deste processo é uma organização que visa lucro. Se praticado de maneira correta será um lucro justo, que permite a consolidação e até mesmo amplia- ção da ação desta organização, sem causar prejuízos para os demais envolvidos. Apesar da dificuldade do poder público - por inúmeras razões - investir em trans- porte público com qualidade e eficiência, bem como na resistência cultural do brasileiro em perceber o carro como um objeto de status, já existem iniciativas que buscam soluções inteligentes de mobilidade urbana: caronas solidárias, fle- xibilização de horários de entrada e saída em empresas, home office, entre outras. Com base nesse contexto, a maior instituição financeira privada do Brasil, resol- veu apoiar serviços de locação de bicicletas em grandes cidades brasileiras para facilitar a locomoção das pessoas. Em parceria com prefeituras e com ONGs que defendem a mobilidade urbana, o banco abriu mais uma frente nas suas inúme- ras iniciativas de responsabilidade social e ambiental. Para você conhecer mais detalhes sobre o funcionamento do serviço, acesse o link: <https://ww2.itau.com.br/hotsites/sustentabilidade/_/iniciativas/socieda- de/mobilidade_urbana.html>. Acesso em: 17 de dez. 2014. Fonte: o autor. A EMPRESA E SUAS ORIENTAÇÕES Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E28 CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro(a) aluno(a), chegamos ao fim da primeira unidade do livro de Administração de Marketing. Esperamos que você tenha acompanhado a proposta de reflexão até aqui e o ponto de vista a respeito do conceito dinâmico de marketing e as orientações que uma empresa pode assumir perante o mercado e a sociedade. Um ponto vale a pena ressaltar neste momento: as mudanças que surgiram gradativamente se consolidam no macroambiente de marketing e se desdobram no modo como as pessoas se relacionam com as marcas e produtos que conso- mem. Sem dúvida, um novo cenário que força as empresas a repensarem seu lugar e papel na sociedade e, com isso, o próprio conceito de marketing neces- sita ser atualizado. Como você percebeu, a orientação para o mercado ou para o cliente não pode ser vista mais como um simples esforço para tornar disponíveis os bens e serviços para clientes, mas, sobretudo, um processo de troca entre dois polos de uma relação que busca a maximização de valor para todos os envolvidos. Ao acompanhar o conteúdo com atenção e realizar as reflexões e atividades propostas, foi possível entender com mais clareza do que se trata a orientação para o mercado ou para o cliente e também as demais orientações. Outro aspecto fundamental, nesta unidade, foi o detalhamento que fizemos sobre a orientação societal, uma forma contemporânea de atuação das empresas privadas, na sociedade, e os desdobramentos disso. Antes de passar para a próxima unidade do livro, procure realizar as ativi- dades de estudo propostas. Elas são importantes e, por meio delas, você poderá verificar o seu nível de entendimento até aqui. Bons estudos! 29 1. O entendimento do conceito de marketing e a sua aplicação no cotidiano das empresas e dos mercados não é algo estático, desvinculado do que está acon- tecendo na sociedade. A esse respeito, avalie as alternativas a seguir e assinale a opção incorreta: a. ( ) Pela definição mais atualizada, marketing é uma atividade social, mas não gerencial. b. ( ) A forma como visualizamos atividades sob o termo marketing é reflexo direto da dinâmica dos mercados. c. ( ) Na atividade de marketing, indivíduos ou grupo buscam obter o que ne- cessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de valor. d. ( ) A reconceituação do termo marketing é possível, tendo em vista o mo- mento histórico que determinado mercado ou a sociedade atravessa. 2. Segundo a AMA (American Marketing Association), o termo marketing significa atualmente “a atividade, conduzida por organizações e indivíduos, que opera por meio de um conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, en- tregar e trocar ofertas de mercado que tenham valor para consumidores, clien- tes, agentes de marketing e a sociedade como um todo.” Avalie as alternativas abaixo e indique a opção correta: a. ( ) A definição proposta pela AMA permite entender o mercado como um local que amplia a diferença entre as pessoas. b. ( ) Uma vez que as ofertas criadas pelas empresas devem ser percebidas como interessantes pelos consumidores, o conceito de “valor” é algo secun- dário. c. ( ) A atividade de marketing envolve alguém que necessita ou deseja algo e outro que está disposto a oferecer algo capaz de satisfazer esta necessidade ou desejo. d. ( ) Consumidores insatisfeitos com a relação de troca estabelecida com a em- presa tendem a repetir a experiência de consumo outras vezes com a mesma empresa. e. ( ) Nenhuma das anteriores. 30 3. Sobre a orientação para vendas, julgue as afirmações abaixo e depois aponte a opção adequada: I - O esforço da equipe de vendas em fazer o estoque da empresa girar vai criar uma imagem positiva perante o consumidor, que percebe a empresa financeira- mente saudável. II - Em um cenário de confiança do consumidor na economia, a orientação para vendas pode ser aplicada por mais tempo. III - A orientação para venda é típica de situações em que a oferta de produtos supera a demanda por parte dos consumidores. a. ( ) As assertivas I e II estão corretas. b. ( ) As assertivas I e III estão corretas. c. ( ) Apenas a assertiva III está correta. d. ( ) Todas as assertivas estão corretas. e. ( ) As assertivas II e III estão corretas.4. Na orientação para o produto, o objetivo da empresa é conquistar por meio da criação e desenvolvimento de produtos inovadores e superiores à concorrência. A esse respeito, avalie as alternativas a seguir e assinale a opção correta: a. ( ) Para os dirigentes que seguem essa orientação, a melhor fonte de novas ideias é sempre o consumidor. b. ( ) Quando a empresa está engajada na orientação para o produto, o esforço de marketing deve se concentrar em oferecer preços competitivos. c. ( ) O segmento farmacêutico é adepto da orientação para o produto. d. ( ) O investimento em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) não se justifica nesse tipo de orientação de marketing. 31 MERCADO INTERCONECTADO E O NOVO CONSUMIDOR Outro desafio que se apresenta para os estudos de marketing em geral e para o compor- tamento do consumidor em particular é a utilização cada vez mais ampla e democrática da Internet. Na medida em que o ambiente digital se torna mais presente, no que tange ao número de pessoas que o utilizam e às diferentes atividades passíveis de serem reali- zadas virtualmente, ocorre uma crescente percepção sobre suas funções sociais. Conhecer e compreender o comportamento do consumidor no ambiente digital e em interações com empresas e outros consumidores que não sejam mais presenciais é uma questão que merece atenção. Um exemplo é o fato da multiplicidade de web sites e gru- pos de discussão não-oficiais que hoje existem, cujo principal tema é uma determinada marca. Tal agrupamento de consumidores pode ser excelente para divulgar e reforçar in- formações e sentimentos em relação à marca objeto de discussão, como também pode ser uma ameaça na medida em que um consumidor insatisfeito com a qualidade de um produto ou do atendimento prestado pela empresa pode, em instantes, por meio dos novos canais de comunicação proporcionados pela Internet, se transformar em milhares ou milhões de pessoas, ameaçando a imagem da marca. O MSI (Marketing Science Institute), entidade norte-americana que reúne empresas e pro- fissionais do marketing, elegeu como prioridade de pesquisa para o triênio 2006/2008 o tema “The Connected Consumer”. Após levantamento realizado com seus membros sobre as questões que os estão desa- fiando na atualidade, a noção de que os clientes estão cada vez mais conectados com os fornecedores e concorrentes, com outros clientes e também com provedores de infor- mação que os alimentam com serviços de comparação de preço e análise de produtos ficou evidente. O resultado disso, segundo o MSI, é que os consumidores contemporâ- neos estão mais bem informados e utilizam a informação para influenciarem toda a ca- deia de valor, alterando a maneira como as empresas devem pensar em suas estratégias de marketing, uma vez que os clientes desejam participar das decisões e processos das empresas. Essa preocupação do MSI corrobora com a noção do “novo comportamento do consu- midor”, perspectiva que se distancia da visão tradicional dos consumidores como pro- cessadores de informação para conceituá-los como indivíduos socialmente conectados. Fonte: o autor. MATERIAL COMPLEMENTAR Meu Jeito de Fazer Negócios Anita Roddick Editora: Negócio Sinopse: autobiografi a da fundadora da The Body Shop, empresa de cosméticos inglesa que foi precursora das empresas ambiental e socialmente responsáveis. Desde os anos 70, Anita inovou o mercado e as práticas empresariais ao defender o respeito à diversidade, o uso consciente dos recursos naturais, o comércio justo entre outros valores que hoje a maioria das organizações persegue. Além da história da empresa, o livro apresenta o ponto de vista da empreendedora e como uma ideia pode ganhar força e inspirar novas práticas de mercado. Uma Verdade Inconveniente Ano: 2006 Sinopse: dentre as várias questões macroambientais que mobilizam e alteram a dinâmica dos mercados, as forças naturais ganharam destaque neste início de século. Com esse pano de fundo, Al Gore, ex-vice-presidente americano e membro de conselhos de administração de empresas como Disney e Apple, apresenta sua análise sobre o aquecimento global, evidenciando mitos e equívocos a respeito do tema e desafi os para a atuação do mundo corporativo. REFERÊNCIAS CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2012. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2013. OLIVEIRA, S. R. G. Cinco décadas de marketing. EGV Executivo, v.3, no 3, Ago/Out, 2004, p. 37-43. URDAN, A. T.; URDAN, F. T. Marketing Estratégico no Brasil – Teoria e Aplicações. São Paulo: Atlas, 2010a. URDAN, F. T.; URDAN, A. T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2010b. 33 GABARITO 1. Alternativa A. 2. Alternativa C. 3. Alternativa C. 4. Alternativa C. U N ID A D E II Professora Me. Maria Virgínia Cantagallo O MIX DE MARKETING Objetivos de Aprendizagem ■ Conhecer o mix de marketing como o coração da estratégia de marketing. ■ Entender o composto de produto dentro do mix de marketing no que diz respeito a exemplos, serviços, presença no ponto de venda e operações básicas da embalagem. ■ Compreender o composto de preço dentro do mix de marketing no que diz respeito à sua exposição e dinâmica. ■ Desvendar o composto de praça dentro do mix de marketing na sua dinâmica, como sistema organizado e a possibilidade da experiência no ponto de venda. ■ Apresentar o composto de promoção dentro do mix de marketing na sua lógica, funções, experiências e dinâmica. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ O Mix de marketing ■ Composto de produto ■ Composto de preço ■ Composto de praça ■ Composto de promoção INTRODUÇÃO Olá aluno(a)! Neste momento do seu aprendizado sobre marketing, você terá contato com o que é considerado o coração da estratégia de marketing: o Mix de Marketing. Amplamente estudado na literatura de marketing, esse mix se des- dobra em quatro pilares básicos: produto, preço, praça e promoção. Para sua melhor compreensão e ambientação nessa temática, esta unidade lhe apresentará cada um dos pilares, utilizando o respaldo de diversos autores, para que, a partir deste primeiro contato com essa ferramenta estratégica e geren- cial, você possa seguir em frente, passeando pelas outras unidades deste livro, outros estudos e leituras. Para começar, será feito um breve resgate e desdobramentos do mix de marketing e seus respectivos compostos de produto, preço, praça e promoção. Em seguida, parte-se para discorrer sobre cada um deles de forma ilustrativa. Dentro do composto de produto, você descobrirá o que pode ser considerado produto, e terá contato com um exemplo do mesmo. Você vai perceber também que o serviço pode ser um produto abstrato, e que há produtos que não precisam de embalagem para serem expostos e comercializados. Porém, outros precisam, e a embalagem tem, junto a eles, suas operações básicas. Falando do composto de preço, você vai descobrir como ele pode aparecer no produto. Trazemos também uma abordagem sobre a dinâmica dos preços dentro do mix de marketing. No que diz respeito ao composto de praça, você terá contato com sua dinâ- mica, verá que o composto de praça pode ser considerado um sistema organizado e vislumbrará uma dentre muitas possibilidades de experiências no ponto de vendas. O composto de promoção será apresentado sob uma ótica de comunicação, dentro de uma lógica e algumas funções importantes. Você terá ciência da expe- riência com o composto de promoção, bem como de sua dinâmica. As atividades de estudo, leituras complementares, alguns livros, vídeos e sites sugeridos irão lhe auxiliar na compreensão dos temas aqui trabalhados. Bons estudos! Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 37 ©shutterstock O MIX DE MARKETING Reprodução proibida.A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E38 O MIX DE MARKETING O mix de marketing pode ser conside- rado o coração da estratégia de marketing e é amplamente estudado na literatura. Para Yanaze (2011), é no momento da aquisição, da compra do produto ou ser- viço, que se dá a consagração da prática de marketing. O mix de marketing representa a empresa e lhe confere capacidade de con- corrência. Apresentam-se, dessa forma, quatro variáveis indispensáveis para que uma empresa possa trabalhar com seu mercado, atuar nele e estar nele representada. A formulação do mix de marketing como estratégia, que aconteceu em meados de 1960, se deve a Jerome McCarthy. Com o tempo, os usos e interações dos 4Ps: produto, preço, praça e promoção, herdados da língua inglesa (product, price, place and promotion), passaram a ter outras compreensões e nomenclaturas mais adequadas à nova realidade. A lógica de raciocínio do mix de marketing destaca que um produto já de- senvolvido e que tenha já recebido um preço e sido distribuído em seu pon- to de vendas precisa ser promovido, compondo as bases de interação com o mercado. (Keith Crosier e Mitsuro Higuchi Yanaze). O Mix de Marketing Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 39 Yanaze (2011, p. 33) ressalta que “evoluiu-se depois para um conceito mais atualizado e mais abrangente (...), assim definidos: produto/serviço, preço/remu- neração, distribuição e comunicação”. No Quadro 1, destaca-se essa perspectiva para seu conhecimento e contextualização com a presente realidade. Embora neste livro sejam utilizadas as nomenclaturas tradicionais de origem, tenha em mente que, estrategicamente, o pensamento sobre as mesmas deve ser estratégico e amplo, como a atualização desses conceitos. Assim sendo, mais que produtos ou além deles, temos os serviços. Mais que o preço pago pelo bem, há a remuneração por todos os custos, valores agregados e trabalho investidos nesse bem. Mais que praça, ou lugar do ponto de venda, acontece a distribuição e disponibilização. Mais que promover o produto e os outros elementos de mix de marketing, é preciso se comunicar de forma abran- gente, estratégica e, sobretudo, integrada. Quadro 1 – Conceituação atualizada e ampliada dos 4Ps de McCarthy Produto Preço Praça Promoção ↓ ↓ ↓ ↓ Serviço Remuneração Distribuição Comunicação Fonte: baseado em Yanaze (2011). Abordado de forma tradicional, conforme Doyle (apud BAKER, 2005, p. 204), esse mix tem nos seus 4 P’s as respectivas etapas das suas decisões a fim de atin- gir a eficácia, oferecendo “um produto que resolve o problema com baixo custo para o cliente, que comunica eficazmente os benefícios e que pode ser comprado com extrema conveniência”. Na Figura 1, é possível visualizar o mix de marketing e seus desdobramentos nos compostos de produto, preço, praça e promoção. Alguns desdobramen- tos de cada um são mencionados para seu conhecimento. Especialmente sobre Promoção, no sentido mais amplo da comunicação de marketing, esses desdo- bramentos serão tratados mais detalhadamente na unidade V deste livro. O MIX DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E40 Figura 1 – O Mix de marketing, seus compostos e desdobramentos Fonte: baseada em Kotler e Armstrong (2007); Baker (2005); Urdan e Urdan (2006) e Yanaze (2011). Conforme é possível visualizar na Figura 1, quando se pensa em composto de produto, consideram-se os bens, serviços, atributos tangíveis e intangíveis, ou seja, qualidades e atrativos que podemos ver e tocar, e outros que não, como no caso dos serviços. O composto de preço nos remete ao valor do bem ou serviço, na forma de preço exposta das mais diversas formas, bem como as formas de pagamento e possíveis juros envolvidos. O composto de praça diz respeito ao ponto de vendas, aos vendedores, à dis- tribuição dos produtos, bem como à sua movimentação por meio de transporte dentro de uma atividade logística. O composto de promoção se desdobra nas ferramentas de comunicação de marketing: propaganda, promoção de vendas, publicidade, venda pessoal, merchandising, marketing direto e relações públicas. Essas ferramentas serão abordadas de forma integrada na unidade V. ©shutterstock Composto de Produto Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 41 COMPOSTO DE PRODUTO Neste momento dos seus estudos, dentro do composto de produto, você descobrirá, dentre outros, o que pode ser considerado produto, e terá contato com um exemplo do mesmo. Perceberá também que o serviço pode ser um produto abstrato e que há pro- dutos que não precisam de embalagem para serem expostos e comercializados, porém, outros precisam, e a embalagem tem junto a eles suas operações básicas. O QUE PODE SER UM PRODUTO? O produto ou serviço são protagonistas da comunicação, pois é para eles que conver- gem todas as ações no mix de marketing e no composto de promoção. Eles se fazem presentes em todas as ferramentas de comunicação. O produto consiste no que é oferecido ao cliente visando à troca (CHURCHILL; PETER, 2010), e existe em sen- tido mais amplo, conforme Yanaze (2011), para atender às necessidades do mercado. Nesse sentido amplo, Kotler e Armstrong (2007) consideram que um produto pode consistir também em organizações, pessoas, lugares e ideias, conforme a Figura 2. Jerome McCarthy (1928) foi o precursor da ideia do Mix de Marketing que acabamos de estudar. Você não pode deixar de acessar o artigo intitulado Os 4 Ps e a Sopa de Letrinhas para saber mais sobre esse autor e a saga dos 4Ps até chegar a ser o coração da estratégia de marketing e um dos tópicos mais estudados da área. Para saber mais, acesse: <http://www.administradores.com.br/artigos/marke- ting/os-4-ps-do-marketing-e-a-sopa-de-letrinhas/21464/>. Fonte: a autora. O MIX DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E42 Figura 2 – O que pode ser um produto? Fonte: a autora. Dessa forma, entende-se que um produto, então, envolve serviços, ideias e toda sorte de bens tangíveis e intangíveis, que também podem atuar estrategicamente por meio de sua disposição no ponto de venda. A Figura 3 mostra uma gôn- dola de frutas na sessão de um supermercado, organizadas de forma a atrair a atenção para sua compra e consumo. Observe que a separação por tipo facilita a escolha do consumidor. ©shutterstock Figura 3 – Frutas como exemplo de produtos no ponto de vendas Composto de Produto Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 43 Serviço: um produto abstrato O produto é considerado um objeto, o qual pode ser concreto ou abstrato (URDAN; URDAN, 2006), a fim de atender às necessidades de quem procura consumi-lo. O produto é “algo que pode ser oferecido ao mercado para aprecia- ção, aquisição, uso ou consumo, e que pode satisfazer desejos ou necessidades” (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 200). Assim, um serviço pode ser consi- derado um produto abstrato. Tome como exemplo viagens e programações de lazer e cultura. ©shutterstock Figura 4 – Viagens e programações de lazer e cultura são exemplos de produtos abstratos OPERAÇÕES BÁSICAS DAS EMBALAGENS Na Figura 3, foram mostradas frutas como exemplo de produtos expostos no ponto de vendas. Para exposição, veja que os mesmos não precisam de emba- lagem. Um exemplo de produto que vem na embalagem é o leite longa vida. A embalagem de um produto está ligada às “operações básicas como abrir, utilizar, fechar e descartar” (URDAN; URDAN, 2006, p. 55). A Figura 5 procura fixar as operações básicas das embalagens. O MIX DE MARKETING Reproduçãoproibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E44 Figura 5 – Operações básicas das embalagens Fonte: adaptada de Urdan e Urdan (2006). COMPOSTO DE PREÇO No que tange ao composto de preço, você vai descobrir como ele pode aparecer no produto, bem como é a dinâmica dos mesmos dentro do mix de marketing. COMO O PREÇO APARECE O preço é a expressão monetária em valor, a fim de promover a venda. A expo- sição do preço atrai consumidores conforme sua classificação: baixo, médio ou alto. Pode aparecer inteiro, quebrado, com destaque nos dígitos da direita ou até parcelado. A Figura 6 procura fixar essas opções. Figura 6 – Como o preço aparece Fonte: a autora. Composto de Praça Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 45 O preço também pode ser considerado, conforme Churchil e Peter (2010), o mon- tante em dinheiro dispendido para obter, dentro da relação de troca, o produto ou serviço. Para Yanaze (2011), a transação envolve a remuneração da compra, a aquisição do produto, políticas de descontos, crédito, financiamento e, ainda, prazos de pagamento. A DINÂMICA DO PREÇO O preço, conforme destacam Ferrell et. al. (2000, p. 96), “pode ser o elemento mais crítico, mais visível e mais manipulado do composto de marketing”. Porém, sua capacidade de ajustamento faz dele também um elemento flexível, o qual tem a necessidade de ser modificado e adaptado conforme as necessidades do mer- cado, para intensificar as vendas, ou a participação do produto no seu mercado. A Figura 7 organiza o pensamento da dinâmica possível em relação ao preço. Figura 7 – A dinâmica do preço Fonte: a autora. COMPOSTO DE PRAÇA Neste seu contato com o composto de praça, você conhecerá um pouco de sua dinâ- mica. Verá ainda que este composto pode ser considerado um sistema organizado e vislumbrará uma dentre muitas possibilidades de experiências no ponto de venda. O MIX DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E46 A DINÂMICA DA PRAÇA Praça é o lugar do encontro, onde as trocas e as experiências de consumo acon- tecem. É o local da distribuição e disponibilização do produto. O ponto de distribuição, a praça, consiste nos canais por meio dos quais são disponibiliza- dos os produtos ao mercado (CHURCHILL; PETER, 2010). A Figura 8 marca e organiza essa fala. Figura 8 – A dinâmica do composto de praça Fonte: adaptada de Churchill e Peter (2010). PRAÇA COMO SISTEMA ORGANIZADO O canal de distribuição é um sistema organizado que envolve pessoas, proces- sos, produtos e serviços. É um trabalho conjunto para que o produto esteja “no lugar, momento e forma que o consumidor espera” (URDAN e URDAN, 2006, p. 126). A praça envolve, então, o lugar ou ponto de distribuição, a especializa- ção do trabalho necessário para disponibilizar ao consumidor cada produto ou serviço, e também envolve contatos e lugar. Composto de Praça Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 47 Figura 9 – Praça como sistema organizado Fonte: a autora. Como ponto de venda, a praça remete diretamente à loja e à experiência que esse lugar pode propiciar ao consumidor. Desde a busca pela loja, a chegada ao estabe- lecimento, as impressões sobre o ambiente externo, até a concretização da compra e assistência de pós-venda temos experiências que marcam o consumidor. A Figura 10 pode ser um exemplo de oferecimento de boa experiência ao consumidor. Ela traz a fachada de uma loja de departamentos. Veja que o letreiro com a marca corpora- tiva é marcante e faz com que o ponto de venda seja identificado, mesmo de longe, pelo potencial ou fiel consumidor que o procura. Ter facilidade em encontrar o esta- belecimento é sempre um ponto positivo para a empresa na mente do consumidor. ©shutterstock Figura 10: Experiência no ponto de vendas O MIX DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E48 COMPOSTO DE PROMOÇÃO O último e não menos importante composto tratado é o composto de promo- ção. Esse será apresentado sob uma ótica de comunicação, dentro de uma lógica e algumas funções importantes. Você poderá conhecer um pouco da experiên- cia com o composto de promoção, bem como de sua dinâmica. Na unidade V, você terá a oportunidade de conhecer melhor tal composto e, então, o desco- brirá de forma integrada e perceberá que, nessa perspectiva, ele carrega todo o mix de marketing dentro de si. Por enquanto, seguem os primeiros contatos. LÓGICA DO COMPOSTO DE PROMOÇÃO Promoção é o composto das ferramentas de comunicação, a fim de divulgar ao consumidor tudo que diz respeito ao mix de marketing ao qual ele pertence. Crosier (2005) desenvolve o raciocínio do mix de marketing do ponto de vista que, tomando um produto já desenvolvido, tendo recebido um preço e já distri- buído em seu PDV (ponto de venda), o tal produto precisa então ser promovido, compondo, conforme Yanaze (2011), as bases de interação com o mercado. É possível visualizar esse raciocínio na Figura 11. Figura 11 – Lógica do composto de promoção Fonte: adaptada de Crosier (2005) e Yanaze (2011). Composto de Promoção Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 49 A promoção ou comunicação compõe-se, dessa forma, de meios para informar, convencer e lembrar o cliente em relação aos produtos (CHURCHILL; PETER, 2010). É disso que trata, particularmente, o “quarto P” do mix de marketing. Figura 12 – Funções do composto de promoção Fonte: adaptada de Churchill e Peter (2010). A comunicação de marketing tem se apresentado como o tópico mais importante de todo o mix de marketing (RAAIJ et. al., 2001). O composto de comunicação de marketing deve identificar os melhores momentos, lugares ou situações para comunicar as mensagens elaboradas ao seu público-alvo (SOLOMON; ENGLIS, 1996). A Figura 13 procura destacar esse raciocínio. Figura 13 – Experiência com o composto de promoção Fonte: adaptada de Raaij et al. (2001) e Solomon e Englis (1996). Considerando que “o consumo é a causa primária e o efeito final pretendido pelo marketing” (YANAZE, 2011, p. 36), o composto de promoção dentro do mix de marketing deve abranger, conforme destacam Vieira, Maia e Silva (2010, p. 68), “toda a forma de comunicação que a empresa estabelece com o ambiente que a cerca”, para atingir as pessoas que possam comprar, consumir e repetir experiência. O MIX DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E50 CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro(a) aluno(a), ao longo desta unidade, a respeito do mix de marketing, procu- ramos conhecer um pouco da história, da estratégia, do contexto e dos compostos que o envolvem: de produto, preço, praça e promoção. Quanto ao mix de marketing como um todo, visamos atingir o objetivo de conhecer o mix de marketing como o coração da estratégia de marketing. Sobre o composto de produto, foi proposto o objetivo de entendê-lo den- tro do mix de marketing no que diz respeito a exemplos, serviços, presença no ponto de venda e operações básicas da embalagem. A respeito do composto de preço, estabeleceu-se o objetivo de compreendê- -lo dentro do mix de marketing no que diz respeito à sua exposição e dinâmica. No que tange ao composto de praça, o objetivo definido foi desvendá-lo dentro do mix de marketing na sua dinâmica, como sistema organizado e a possibili- dade da experiência no ponto de vendas, e apresentar o composto de promoção dentro do mix de marketing na sua lógica, funções, experiências e dinâmica. A fim de ajudar na fixação dos conteúdos, na aprendizagem dos mesmos e na sua contextualizaçãoe interação com a realidade, foram propostas ativida- des de estudo, livros, vídeo e link com a Web. Ao final desta unidade e com os objetivos propostos atingidos, esperamos dar passos rumo às outras unidades e experiências de conhecimento, aprendi- zagem e conexão com a realidade e aspirações de cada um que aceitou fazer esta jornada por meio do marketing. Vamos em frente! 51 1. O mix de marketing, como estratégia de ligação com o mercado, se desdobra em quatro compostos. Quais são eles? Assinale a alternativa correta. a. Os compostos de produto, preço, praça e promoção. b. Os compostos de decisão, preço, praça e promoção. c. Os compostos de produto, vendas, praça e promoção. d. Os compostos de produto, preço, valor e promoção. e. Os compostos de produto, preço, praça e informação. 2. Em quê consiste o composto de produto dentro do mix de marketing? a. Ponto de vendas, vendedores, distribuição, transporte. b. Bem, serviços, atributos tangíveis e intangíveis. c. Propaganda, promoção de vendas, publicidade, venda pessoal, merchandising, marketing direto, relações públicas. d. Desdobramentos, eficácia, ponto de vendas, conveniência. e. Valor, exposição, formas de pagamento, juros, descontos. 3. Em quê consiste o composto de preço dentro do mix de marketing? a. Propaganda, promoção de vendas, publicidade, venda pessoal, merchandising, marketing direto, relações públicas. b. Ponto de vendas, vendedores, distribuição, transporte. c. Valor, exposição, formas de pagamento, juros, descontos. d. Bem, serviços, atributos tangíveis e intangíveis. e. Desdobramentos, eficácia, ponto de vendas, conveniência. 52 Como leitura complementar, a fim de se conhecer teoricamente o mix de marketing dentro de um estudo de caso, recomendo minha dissertação de mestrado intitulada: Comunicação de marketing no varejo para a baixa renda: Um estudo de caso do Programa Pinga-Fogo na TV. Trata-se de um programa regional veiculado em Maringá-PR e região, o qual atinge com sua audiência mais de um milhão de habitantes. Todos compostos do mix de marketing se fazem presentes em cada anúncio veiculado durante o referido programa e nos inter- valos comerciais. Segue resumo para que você fique por dentro de como foi a trajetória deste estudo de caso. RESUMO A temática ‘comunicação de marketing’ foi abordada neste estudo dentro do contexto do varejo e por meio do recorte da baixa renda. Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratório-descritiva, com abordagem por meio de um estudo de caso com o objetivo de investigar como é construída a comunicação de marketing no varejo para a baixa renda no Programa Pinga-Fogo na TV. Para tal, o estudo foi conduzido por meio de qua- tro objetivos: a descrição do programa, a caracterização da comunicação de marketing, o posicionamento dos anunciantes e o comportamento da audiência consumidora. Tenha acesso ao texto na íntegra em:<http://www.ppa.uem.br> Ao acessar o site acima, o qual pertence ao Programa de Pós-Graduação em Adminis- tração da Universidade Estadual de Maringá, clique em Dissertações. Você encontrará a opção de buscar por autor ou título, ou logo abaixo terá acesso ao rol de dissertações defendidas. A sugestão que propomos é a de número 023. Fonte: a autora. Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR Administração de Marketing Michael Baker Editora: Campus - RJ Inativar Sinopse: organizado por Michael Baker, este livro conta com a presença de uma equipe de autores de reconhecimento na academia e entre os profi ssionais de marketing, como Robin Wensley e Stephen Brown. A obra aborda, entre outros, o conceito de marketing, marketing pós-moderno e marketing de relacionamento. Marketing direto, interativo e de serviços; bem como varejo, também fazem parte do rol de assuntos tratados. Princípios de Marketing Gary Armstrong, Philip Kotler Editora: Prentice Hall Brasil Sinopse: este livro discute valor e relacionamento com o cliente, abordando temas que dizem respeito à construção e gerenciamento de marcas fortes, criação de valor, novas tecnologias em marketing e ainda marketing socialmente responsável. Onde mora o coração Ano: 2000 Sinopse: Novalee Nation, interpretada por Natalie Portman, vive uma jovem de 17 anos e grávida. Ela nunca teve uma família de verdade, e o mais próximo disso que conseguiu chegar foi ter perto de si seu namorado egoísta, Willy Jack, vivido por Dylan Bruno. Em uma viagem com ele à Califórnia, uma parada em Oklahoma para ir ao banheiro serviu de pretexto para que Willy a abandonasse à própria sorte, sem nenhum dinheiro. Sozinha e sem opção, Novalee começa a rondar uma loja perto dali, onde pega comida e suprimentos de suas prateleiras. Em certo momento, a moça entra em trabalho de parto em plena loja e dá à luz a uma criança ali mesmo, tornando-se ambas personalidades instantâneas. Depois disso, Novalee conhece novos amigos e passa a fazer parte de uma família não convencional, a qual iria ajudá-la a se transformar de uma adolescente sem-teto e sem recursos para uma forte mulher de sucesso. Comentário: assistir a este fi lme levará o leitor e estudante a ter contato com os compostos do mix de marketing, a viver junto com a protagonista a experiência do ambiente da loja onde ela se encontra abrigada sem que ninguém a veja. Durante sua permanência, ela utiliza os produtos da loja. Veja o fi lme e confi ra quais produtos ela utiliza. Veja quais outros compostos do mix de marketing aparecem e quais os desdobramentos. REFERÊNCIASREFERÊNCIAS BAKER, M. J. (org). Administração de marketing. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2005. CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: Criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2010. CROSIER, K. Promoção. In: BAKER, M. J. Administração de marketing. Rio de Janei- ro: Elsevier, 2005. FERRELL, O.C.; HEARTLINE, M.D.; LUCAS JR., G.H.; LUCK, D. Estratégia de marketing. São Paulo: Atlas, 2000. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 12. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007. SOLOMON, M. R.; ENGLIS, B. G. Using consumption constellations to develop inte- grated marketing communications. Journal of Business Research, New York, n. 37, p. 183-191, 1996. RAAIJ, W. F.; STRAZZIERI, A.; WOODSIDE, A. New developments in marketing commu- nications and consumer behavior. Journal of Business Research, New York , v. 53, n. 2, p. 59-61, August, 2001. URDAN, F. T.; URDAN, A. T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006. VIEIRA, F. G. D.; MAIA, G. L.; SILVA, L. C. Comportamento do consumidor no varejo. Maringá: Sebrae, 2010. YANAZE, Mitsuru Higuchi. Gestão de marketing e comunicação: Avanços e aplica- ções. São Paulo: Saraiva, 2011. 54 REFERÊNCIAS 55 GABARITO 1. A. 2. B. 3. C. U N ID A D E III Professora Me. Grace Kelly Botelho Pain ESTRATÉGIA DE MARKETING Objetivos de Aprendizagem ■ Analisar as estratégias de Marketing para cada etapa do ciclo de Vida do Produto. ■ Destacar as matrizes de Análise Estratégica de Marketing. ■ Realizar a classificação de Bens de Consumo. ■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Produtos. ■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Distribuição. ■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Comunicação. ■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Preço. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Estratégia de marketing ■ Matrizes de análise estratégica de marketing ■ Classificação de bens de consumo ■ Gestão estratégica de produtos ■ Gestão estratégica de distribuição ■ Gestão estratégica de comunicação ■ Gestão estratégica de preço INTRODUÇÃO Olá aluno(a)! Chegamos à unidade III do nosso livro. Nas demais unidades, você aprendeu um pouco mais sobre o marketing, o mix de marketing, o ambiente de marketing, entre outros temas. Nesta unidade, vamos estudar sobre as estraté- gias de marketing, pois a análise do ambiente é uma das principais ferramentas para elaborar boas estratégias. Todos os produtos
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