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Envelhecimento e doenças

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Introdução
Você irá iniciar a seção sobre sinais de alerta para solicitar ajuda médica. Com esse intui-
to, vamos acompanhar as irmãs Marta, Inês e Lurdes.
Em consequência do que comentamos previamente, e salientando os fatores genéticos, 
menor reserva funcional dos órgãos e sistemas, em associação a exposição a fatores 
deletérios para a saúde, como tabagismo, etilismo e sedentarismo, além de uma alimenta-
ção inadequada, rica em gorduras saturadas, farinha refinada e açúcar, muito comum em 
nossa sociedade, o idoso é um indivíduo que, em geral, apresenta muitas doenças ― 
multimorbidade ― e, consequentemente, toma muitos medicamentos.1
A interação entre múltiplas doenças, muitos medicamentos e as 
alterações próprias do envelhecimento provocam quadros muitas 
vezes complexos, de difícil diagnóstico e tratamento.1 
Saiba mais
O efeito de uma doença pode alterar a manifestação de outra; o 
efeito de um medicamento também pode agir sobre outra condi-
ção, mascarando seus sintomas, por exemplo; as mudanças que 
vêm com a senescência podem influenciar, e muito, a apresenta-
ção clínica das doenças: assim, um idoso pode ter infecções até 
graves sem febre, infarto sem dor, hipoglicemia sem quaisquer 
sintomas, infecção urinária sem ardor ou dor durante a micção, 
entre outras.2 Além de, com muita frequência, a confusão 
mental aguda ser a única manifestação de uma gama variada 
de doenças.
Você sabia?
Mas não se esqueça, cuidador: é papel da equipe médica diagnos-
ticar e tratar as doenças que se apresentam. Por isso, a informa-
ção certa, no tempo certo, é de suma importância. Quem convive 
e cuida de um idoso é quem pode alertar ao médico os sintomas e 
mudanças ocorridas e, quanto melhor a informação, mais certeiro 
serão os diagnósticos, os tratamentos e o prognóstico do indiví-
duo.
Além disso, uma doença pode agravar ou piorar a evolução da outra: artrose do joelho, 
por dificultar o exercício físico, prejudica o emagrecimento e pode piorar o controle de 
um diabetes; incontinência urinária pode piorar a recuperação de um quadro depressivo; 
alterações visuais, como catarata e degeneração macular, aumentam o risco de queda já 
presente pela perda de massa muscular própria da idade etc.3
Por isso, a apresentação clínica das doenças nos idosos é, 
no mais das vezes, atípica e, para praticar um bom cuidado 
a essa população, é preciso conhecer essa característica 
fundamental da faixa etária.2
Logo, a multimorbidade envolve riscos à saúde, aumenta o número de hospitalizações, 
o tempo destas e as suas complicações. Como consequência, há um aumento no número 
de consultas a especialistas, com aumento do número de medicamentos utilizados e seus 
riscos.1
Vamos testar o seu conhecimento sobre o discutimos até agora? 
Responda ao Quiz a seguir e, caso julgue necessário, estude nova-
mente o conteúdo. 
No adoecimento entre idosos, é correto afirmar:
B. A existência de muitos medicamentos pode alterar os sintomas das doenças presentes.
D. A apresentação clínica dos sintomas pode ser diferente do que é nos mais jovens.
Alternativa Correta: E
Comentário: 
Idosos frequentemente têm mais de duas doenças ao mesmo tempo e, por isso, tomam muitos medica-
mentos. A coexistência desse conjunto de doenças e medicamentos, somados a mudanças próprias do 
envelhecimento do organismo, altera os sintomas, provoca um estado mais complexo de saúde e, por 
isso, apenas a equipe médica pode diagnosticar e manejar as alterações e medicações. Reconhecer essa 
complexidade e solicitar ajuda quando se verifica qualquer mudança no estado de saúde é uma atitude 
fundamental de alguém que presta cuidado ao idoso. 
A. É comum existirem mais de duas doenças ao mesmo tempo.
E. Todas as alternativas anteriores.
C. Um sintoma pode ser causado por mais de uma condição clínica.
Retomando a leitura, você viu que cuidar de um idoso requer muita atenção aos sinais de 
alerta, que devem ser reconhecidos o mais brevemente possível para que a equipe médica 
seja acionada!
Portanto, saiba quem é a equipe responsável pelo cuida-
do médico e tenha todos os contatos, assim como o con-
tato dos familiares responsáveis (Quadro 1).
Deste modo, fica clara a necessidade de você, cuidador, estar muito atento a alterações 
clínicas nos pacientes idosos, especialmente os mais velhos e os mais frágeis, pois, neles, 
a chance de ocorrer o que foi descrito, é muito maior.1
Quadro 1. Dicas para apoio médico
Fonte: Organizado pelo autor.
Há uma quantidade muito grande de doenças mais frequentes entre os idosos,1,2 e NÃO É 
FUNÇÃO DO CUIDADOR FAZER DIAGNÓSTICOS. Na Tabela 1, apresentamos os sintomas e 
sinais clínicos que deverão chamar a atenção do cuidador para que o auxílio médico seja 
procurado:
Tabela 1. Sinais de alerta
Fonte: Organizada pelo autor.
Conheça agora detalhadamente cada um desses sinais e sintomas. E caso fique com algu-
ma dúvida, releia o conteúdo. Lembre-se! Melhor um contato sem tanta necessidade do 
que um contato tardio (na dúvida, TELEFONE!)
Febre
É a elevação da temperatura axilar acima de 37,8°C. Está presente na maioria dos proces-
sos infecciosos – mas 30% deles podem aparecer sem febre nos idosos, especialmente os 
mais frágeis.1,2,4 Em geral, quando há febre em um processo infeccioso em um idoso, isso 
significa infecção mais grave.4
Responda ao Quiz a seguir sobre febre e, caso julgue necessário, 
estude novamente o conteúdo.
Em relação à febre em idosos, é correto afirmar:
B. O médico deve sempre ser procurado quando a febre aparecer.
Alternativa Correta: D
Comentário: 
A febre nunca é normal e o médico sempre deve ser avisado de sua ocorrência. Idosos podem ter infec-
ções muito graves sem aparecimento de febre e, por isso, outros sinais devem chamar a atenção. 
A. Nunca é normal.
D. Todas as alternativas anteriores.
C. Idosos podem ter infecção grave sem febre.
Nunca é normal (temperaturas até 370C podem ser excesso 
de agasalho ou ambiente pouco ventilado).
Lembre-se! Pneumonia, infecção urinária e feridas na pele são 
as principais causas de febre entre idosos.
No vídeo a seguir você encontra como esses sinais e sintomas acontecem na prática. 
E não se esqueça, nesses casos a ajuda médica deve ser solicitada. (vídeo disponível 
somente na versão online do curso)
Porém, cansaço durante esforços menores, respiração ofegante ou chiado no peito não 
são esperados em uma situação de normalidade e podem ser:
• pneumonia;
• asma descompensada;
• insuficiência cardíaca;
• embolia de pulmão;
• infarto do miocárdio;
• desidratação.
Falta de Ar
Você já leu nesse curso que o processo de envelhecimento provoca alterações nos 
diversos sistemas, entre eles, o sistema músculo-esquelético – com perda de massa 
e força muscular –, o pulmonar e o cardíaco.5 Deste modo, um idoso que esteja se-
dentário, sem condicionamento físico, pode apresentar cansaço ou falta de ar durante 
grandes esforços, sem que isso represente uma patologia específica.6
Dor
Em geral de caráter crônico, a dor é entendida pelos idosos, sua 
família e cuidadores como algo “próprio da idade”. É conhecida a 
brincadeira que existe a idade do lobo e a idade do condor – com 
dor – que representaria a velhice. Essa impressão errônea faz 
com que esses indivíduos acabem por conviver com níveis de dor 
desnecessários, que, por vezes, afetam de modo marcante suas 
vidas.7
Você sabia?
Nesse momento não abordaremos as doenças e condições relacionadas à dor crônica. 
O que queremos apresentar são as ocasiões em que a presença da dor necessita de uma 
avaliação médica, como apresentamos na Tabela 2, a seguir. Leia com atenção:
Tabela 2. Dicas para apoio médico
Fonte: Organizada pelo autor.
Você se lembra que a Sra. Marta é dependente dos cuidados da sua irmã Lurdes. No vídeo 
abaixo, você encontra como o cuidador deve agir diante de um sinal de alerta de dor.
(vídeo disponível somente na versão online do curso)
Agitação
Ocorre quando o paciente está mais inquieto, agressivo, ”incomodado”, resistente. Caso 
eleapresente um padrão diferente do habitual ou um sintoma novo, pode ser (Quadro 2):
Quadro 2. Sintomas de agitação
Fonte: Organizada pelo autor.
O sintoma agitação é muito frequente em portadores de quadros demenciais, tais como 
Doença de Alzheimer, Demência Vascular e outros.8 Está presente, também, em idosos 
cujo funcionamento mental é normal, mas estão na vigência de algum quadro infeccioso 
ou alguma alteração clínica aguda, o que configura o que chamamos de Delirium.
Representa um estado confusional agudo devido a algum quadro 
de doença aguda, bem como efeito colateral de medicamentos ou 
da falta deles. e até consumo de bebida alcoólica*.
Mas afinal, o que é Delirium?
Nos pacientes com demência, a agitação pode significar algum 
desconforto físico ou psíquico que o paciente não consegue comu-
nicar, alguma dor e mesmo a resposta a algum comportamento 
inadequado de quem cuida deste indivíduo, como irritação, impaci-
ência, fala ou toque ríspidos.8
Alucinações e Delírios
Ver coisas, pessoas que não estão presentes (Alucinação) e falar coisas sem sentido, ima-
ginar coisas que não estão acontecendo, “embaralhar os fatos” (Delírios), são sintomas 
psiquiátricos que podem estar presentes em idosos que não apresentam doenças psiquiá-
tricas.
Muitas vezes são quadros até intensos, e, assim como a Agitação, estão presentes em 
quadros de Delirium – confusão mental aguda – provocada por quadros clínicos, abuso de 
álcool, ou mesmo seu uso em pouca quantidade; alucinação, delírio e agitação psicomoto-
ra, quando presentes em condições agudas, configuram o que denominamos de DELIRIUM 
HIPERATIVO, em contraposição ao apático ou hipoativo, que comentaremos a seguir.8,9
Prostração
Sinônimo de sonolência, moleza, fraqueza excessiva, a prostração é, na maioria das vezes, 
sintoma de afecção aguda, assim como os sintomas anteriores, porém, diferentemente de 
estar muito ativo, o paciente encontra-se hipoativo, como que sedado, apático.
Este tipo de manifestação é a mais comum apresentação clínica do Delirium em idosos: 
normalmente quando agudamente enfermos, esses pacientes ficam mais quietos, sono-
lentos, com dificuldade de se levantar, fazer atividades muito simples, e a equipe médica 
deve ser rapidamente comunicada.9
* ou outra substância com ação no sistema nervoso central.
E não se esqueça, a equipe médica deve ser prontamente contatada para esclarecer a cau-
sa desse muito relevante sintoma da prática clínica com idosos.
Quadro 3. As principais situações causais são:
Fonte: Organizado pelo autor.
A Sra. Inês costuma cozinhar e costurar pela manhã. Entretanto, na semana passada hou-
ve uma situação diferente. Assista, com atenção, o vídeo a seguir sobre as irmãs Lurdes e 
Inês. (vídeo disponível somente na versão online do curso)
Falta de Apetite
A falta de apetite ou anorexia, é uma causa frequente de perda de peso em idosos,10 e é 
consequência de diversos fatores, que incluem desde a diminuição natural do olfato, pala-
dar e digestão dos alimentos, até questões sociais como solidão, dificuldades em adquirir 
o alimento, tanto financeira quanto de acesso físico, e questões que envolvem a saúde e a 
falta desta.10 Além de condições de doença, muitos medicamentos utilizados são também 
importante causa de falta de apetite.11 Os principais fármacos causadores de falta de ape-
tite estão relacionados na Tabela 3.
O que queremos salientar aqui são as causas de perda recente do apetite, aquela que 
representa uma mudança no padrão habitual de aceitação alimentar do indivíduo. Abaixo, 
listamos as principais:
• infecção;
• dor;
• alterações na boca (dentes com cáries, inflamação na gengiva, má higiene com língua 
suja);
• dificuldade para deglutir (engolir);
• depressão.
Tabela 3. Fármacos que interferem com a ingestão de alimentos
Fonte: Organizada pelo autor.
Cuidador, ao notar alguma significativa mudança no padrão da ingestão alimentar, lem-
bre-se de comunicar prontamente à equipe médica.
Alterações Agudas da Marcha e Quedas
A marcha é a atividade diária na qual ocorre o maior número de eventos de queda na po-
pulação geriátrica que vive na comunidade.12 Como já foi dito, o envelhecimento condiciona 
muitas alterações no organismo, e o controle da marcha não é exceção.
Mudanças no eixo do corpo (que fica anteriorizado), menor flexibilidade articular, perda de 
massa muscular e força muscular, diminuição da visão de profundidade são exemplos de 
modificações fisiológicas que aumentam o risco de queda entre idosos.1,2,5,6,12 Além dessas 
alterações conhecidas, as quedas podem ser causadas por muitas doenças agudas em 
curso, tais como (Quadro 4):
Quadro 4. Doenças que podem causar quedas em idosos
Fonte: Organizado pelo autor.
A queda, qualquer que seja, é um evento que deve ser comu-
nicado à equipe de saúde que assiste o paciente. Tanto pelas 
suas consequências mais temidas, como fraturas maiores e 
traumatismo crânio-encefálico, como por suas causas, que 
muitas vezes representam doenças ameaçadoras da vida. 
Edema ou Inchaço
Muitas são as causas de acúmulo de líquidos nos tecidos corporais, o edema ou inchaço. 
Idosos muitas vezes apresentam alterações crônicas na circulação venosa periférica e 
têm inchaço crônico.13
Muitas vezes, associada a essa condição, está o sedentarismo e a permanência por horas 
a fio na posição sentada, o que dificulta sobremaneira a circulação do sangue. Sapatos e 
meias inadequadas também favorecem a má circulação.
Novamente, o que queremos aqui apontar, é que o edema agudo, recente ou mais pronun-
ciado é que deve ser comunicado ao médico com prontidão e listamos algumas de suas 
eventuais causas na Tabela 4.
Tabela 4. Causas do edema ou inchaço
Fonte: Organizado pelo autor.
Vômitos, Diarreia e Constipação Intestinal
Muitas são as modificações na anatomia e função dos órgãos da digestão dos idosos.14 
O envelhecimento reduz fatores de proteção da mucosa gástrica, o que favorece lesões 
induzidas por anti-inflamatórios e substâncias ácidas em geral.14,15 Ademais, alterações 
da motilidade do esôfago podem favorecer maior morbidade do refluxo gastroesofágico. 
Quanto ao intestino grosso, três situações claramente aumentam sua presença com a 
idade:
• constipação intestinal,
• divertículos, e 
• neoplasias.15
Quanto à constipação, em geral esta se deve a alterações como sedentarismo, dieta pobre 
em fibras e água, medicamentos obstipantes e algumas doenças16 (Quadro 5).
Quadro 5. Constipação – regra dos 4 D
Fonte: Organizado pelo autor.
A equipe médica deve ser contatada se as fezes estiverem resse-
cadas, em pedaços, em pouca quantidade ou ausentes por mais de 
três dias consecutivos.
A diarreia é um sintoma frequente entre idosos e, quando aguda, pode estar relacionada a 
problemas listados no Quadro 6.
A diarreia pode causar desidratação, queda de pressão e confusão 
mental, e a equipe médica deve ser informada o quanto antes se 
os sintomas forem muito intensos ou se perdurarem por mais de 
24 horas.16,17
Saiba mais
É importante lembrar que, por vezes, pode estar ocorrendo o 
que se denomina de diarreia paradoxal, situação em que a al-
teração principal é a constipação intestinal, mas o sintoma que 
aparece são fezes líquidas em pouca quantidade, várias vezes 
ao dia – a distensão abdominal e a diminuição de ruídos intesti-
nais são as dicas para esse caso, se aventado, principalmente 
quando se trata de idosos frágeis e acamados.16
Quadro 6. Diarreias
Fonte: Organizado pelo autor.
Vômito é um sintoma que deve ser valorizado sempre que for recorrente. Episódio isolado 
pode representar alguma indisposição passageira, porém, pode ter consequências muito 
perigosas, tais como a pneumonia por aspiração. Assim, sempre que um vômito ocorrer, 
especialmente em pacientes acamados e frágeis, estes devem ser rigorosamente obser-
vados quanto a tosse, febre ou falta de ar.
Responda ao Quiz a seguir e, caso julgue necessário, estude nova-
mente o conteúdo.
Os sintomas de um idoso com infecção podem ser:
B. Desorientaçãono tempo e espaço.
Alternativa Correta: E
Comentário: 
É muito importante lembrar que os quadros de infecção nos idosos podem aparecer com febre, mas que 
um em cada três idosos terão infecção até grave sem febre, que os sintomas assinalados na questão po-
dem refletir um quadro infeccioso, e que a equipe médica deve ser imediatamente acionada. 
A. Febre.
D. Todas as alternativas anteriores.
C. Agitação.
C. Sonolência e prostração.
Alterações na Pele
A pele é um órgão que sofre muitas alterações condicionadas pelo envelhecimento intrín-
seco do organismo, mas também pelo prolongado tempo de exposição a fatores como o 
sol, poluição e radiações.18
Na videoaula abaixo, apresentamos mais detalhes sobre as alterações na pele. Assista 
com atenção: (vídeo disponível somente na versão online do curso)
A seguir, estão listadas as condições de pele mais frequentes, e que devem ser reporta-
das quando presentes.
Quadro 7. Sintomas da pele
Fonte: Organizado pelo autor.
Para concluir
Você chegou ao final da seção, assista ao vídeo sobre os sinais de alerta em que a ajuda 
médica deve ser solicitada. Caso julgue necessário, retorne ao conteúdo para reler o ma-
terial.
Riscos da Medicação sem Orientação Médica 
e o Papel do Cuidador na Terapia 
Medicamentosa
Nessa seção, você vai descobrir com as irmãs Lurdes, Marta e Inês sobre os riscos da me-
dicação sem orientação médica e o papel do cuidador na terapia medicamentosa. Muitos 
são os motivos pelos quais medicar um idoso requer atenção redobrada. Alterações fisio-
lógicas relacionadas à idade, elevado número de doenças e de uso de medicamentos são 
as principais.1,2 Desde a absorção pelo sistema digestivo, passando pelo metabolismo pelo 
fígado, distribuição pelos tecidos e, finalmente, a eliminação pelos rins, o organismo do 
idoso apresenta modificações que alteram de forma incisiva o efeito dos medicamentos.1
As alterações da absorção pelo estômago, condicionadas pelo processo natural do enve-
lhecimento, envolvem redução na acidez, retardo no esvaziamento gástrico, menor fluxo 
de sangue no sistema como um todo e menor superfície de absorção; em conjunto, essas 
mudanças afetam pouco a absorção dos remédios ingeridos. 
No entanto, se somarmos a essas alterações algumas doenças como gastrite atrófica – 
relativamente comum no envelhecimento – e o uso de alguns medicamentos como inibido-
res de bomba de prótons*, muito comumente utilizados, a absorção de alguns fármacos 
pode ser afetada.1
* por exemplo Omeprazol e correlatos.
Quando um medicamento é introduzido no organismo, ele se dis-
tribui através dos tecidos e se liga a proteínas para ser transpor-
tado e armazenado.
Você sabia?
 A composição corporal do organismo idoso se modifica, com aumento da massa gorduro-
sa e diminuição da água corporal total e da massa muscular.
Portanto, medicamentos solúveis em água ficarão mais con-
centrados, ou seja, com efeito aumentado, enquanto os medi-
camentos solúveis em gordura terão seus efeitos prolongados.
A redução dos níveis de proteínas, especialmente entre os idosos 
frágeis, faz com que a fração livre dos medicamentos aumente e, 
por isso, os seus efeitos são também maximizados.3 O envelheci-
mento altera de modo expressivo a capacidade do fígado em me-
tabolizar as drogas (medicamentos). Por diversos mecanismos, 
esse órgão tem um papel muito importante na transformação dos 
componentes desses medicamentos em substâncias inativas e 
prontas para serem eliminadas à medida de suas passagens pelo 
fígado. Com a redução de sua função, muitos fármacos têm seus 
efeitos aumentados no idoso.2
Saiba mais
A eliminação renal é a rota final do medicamento em nosso organismo. É bem conhecida a 
redução da função renal com o envelhecimento fisiológico*, por isso, essa etapa final fica 
prejudicada e alguns medicamentos ficam acumulados no sistema, com seus efeitos 
aumentados.
* envelhecimento natural
O envelhecimento biológico é obrigatório, variável entre os diferentes indivíduos e irre-
versível, provocando maior vulnerabilidade às agressões dos meios interno e externo e, 
portanto, maior suscetibilidade a diversas condições que afetam desde a célula até siste-
mas mais complexos.4
Note-se que muitos medicamentos com efeitos no sistema ner-
voso central e cardiovascular estão entre os que mais sofrem os 
efeitos do envelhecimento em sua ação e, portanto, todo o cuida-
do é necessário em sua prescrição e administração.1,2
À medida que o tempo passa, o organismo acumula exposição a fatores tóxicos e prejudi-
ciais à saúde que acabam por provocar doenças quando o organismo envelhece. EXEMPLO 
DISSO É a exposição a poluentes do ar e sonoros, dieta incorreta, consumo de tabaco e 
bebidas alcoólicas, que podem iniciar na juventude, mas seus efeitos maléficos aparecem 
quando o indivíduo está mais velho. Além disso, o envelhecimento é acompanhado da dimi-
nuição da reserva funcional dos órgãos – como já vimos em relação ao funcionamento do 
fígado e dos rins, por exemplo.
Portanto, idosos têm maior chance de apresentar múltiplas doenças ao mesmo tempo e 
necessitar de muitos medicamentos.4
Trata-se da utilização de cinco ou mais medicamentos ao mesmo 
tempo. Mesmo que esses medicamentos sejam todos necessários 
e bem indicados, seu uso concomitante aumenta o risco de efeitos 
prejudiciais.
Pensando nisso, você sabe o que é polifarmácia?
Cerca de 36% dos idosos utilizam cinco ou mais medicamentos no 
município de São Paulo, com todos os riscos associados a essa 
prática.6
Saiba mais
Quando utilizados simultaneamente, esses medicamentos podem ter seus efeitos modifi-
cados uns pelos outros — a isso de dá o nome de interação medicamentosa.2
 Introduzir qualquer medicamento para um paciente idoso 
requer muito cuidado e somente o médico está habilitado a 
fazê-lo.
Você conheceu a definição de polifarmácia e interação medicamentosa. Agora leia sobre a 
automedicação.
A automedicação, uma prática cada vez mais frequente entre po-
pulações, independentemente dos diferentes contextos socioeco-
nômicos e culturais em que elas estejam inseridas, tem sido favo-
recida pela multiplicidade de produtos farmacêuticos lançados no 
mercado e pela publicidade que os cerca, pela ideia de saúde que 
o medicamento pode representar e pelo incentivo ao autocuidado, 
além de outros fatores. 
Você sabia?
Essa prática acrescenta aos riscos relacionados ao consumo de medicamentos pres-
critos pelo médico a possibilidade de se mascarar ou retardar o diagnóstico de con-
dições mais sérias, dificultando a atuação do médico, pois nem sempre o paciente, 
ou seu cuidador, mencionam essa prática durante a consulta médica.5
Diante do que foi exposto até o momento, entende-se que os medicamentos, mesmo os 
que são necessários, têm consequências mais preocupantes na população idosa. As rea-
ções adversas* ou os efeitos colaterais** dos remédios empregados são uma causa impor-
tante de agravos à saúde dos idosos. 
* reações adversas: RAM. ** efeitos colaterais: EC.
Apesar de, em sua maioria, serem de gravidade leve a moderada, 
pouco mais de um terço são graves e podem levar ao óbito do pa-
ciente em 2 a 5% dos casos;2 são a quinta causa de óbito na popu-
lação geriátrica e causam até 24% das suas internações.2
Saiba mais
O Papel do Cuidador na Terapia Medicamento-
sa
Dentre as funções desempenhadas pelos cuidadores de idosos, 
inclui-se a conduta do tratamento medicamentoso e quanto às 
atribuições, a comunicação e a busca por esclarecimentos acer-
ca das informações referentes à terapia medicamentosa com os 
profissionais de saúde têm importante destaque. 
Você sabia?
No cuidado da população idosa, a polifarmácia, a automedicação, o uso abusivo de outras 
formas de tratamento (como fitoterápicos, polivitamínicos, plantas medicinais, por exem-
plo) e a falta de adesão ao tratamento compõem fatores presentes na farmacoterapia que 
acentuam a sua complexidade, conforme anteriormente comentado.7
É de competência dos cuidadores o acompanhamento do idosoaos serviços de saúde. Nesse momento, ele atua como im-
portante relator das informações sobre a saúde do idoso e, 
ao se comunicar com os profissionais de saúde, ele colabora 
na realização de uma avaliação clínica efetiva, inclusive, e de 
modo muito relevante, na avaliação das reações benéficas e 
adversas da terapia medicamentosa, pormenorizando as alte-
rações comportamentais e funcionais do paciente, de modo a 
subvencionar os julgamentos clínicos da farmacoterapia pelos 
profissionais de saúde.7
A boa comunicação entre cuidadores e profissionais de saúde, na qual estes abram espaço 
para escutar com atenção as impressões de quem cuida quanto aos efeitos dos medica-
mentos, e a capacitação dos cuidadores de idosos para a observação das alterações fisio-
lógicas/patológicas do idoso em uso de terapia farmacológica, auxiliarão os profissionais 
de saúde na detecção e classificação das reações adversas a medicamentos, constituindo 
ferramentas indispensáveis nas ações de farmacovigilância.7
Confira no vídeo a seguir as orientações do profissional de saúde concedidas às irmãs 
Lurdes e Inês em relação aos cuidados com os medicamentos: (vídeo disponível somente 
na versão online do curso)
Cuidados com a Medicação
Pacientes idosos, com doenças crônicas, usam geralmente mais de três medicamentos 
diferentes ao dia e maiores são as chances de erros.4,5,6 Para recuperação da saúde, evitar 
problemas maiores, sugerimos alguns planos de cuidados gerais ao administrar medica-
ções:
Tabela 5. Planos de cuidados gerais ao administrar medicações
Fonte: Organizado pelo autor.
Figura 1. Organizador de Remédios Semanal com Períodos do Dia
Fonte: Leite, Campinas.
Por fim, leia com atenção algumas dicas para você, cuidador, se atentar no cuidado com 
os medicamentos. Caso tenha alguma dúvida, releia o conteúdo.
Quadro 8. Dicas para o cuidador
Fonte: Organizado pelo autor.
Exercícios de Fixação
Que tal testar o seu conhecimento sobre o que discutimos nessa seção? Responda os 
exercícios a seguir.
1. Quanto ao uso de medicamentos em idosos, é INCORRETO afirmar que:
Alternativa Correta: B
Comentário: 
A polifarmácia de fato aumenta os riscos de efeitos indesejados à saúde do idoso, porém, por vezes, 
todos os medicamentos em uso são necessários e somente a equipe médica pode alterar a prescrição 
dos medicamentos. 
A.
A existência de múltiplas doenças ao mesmo tempo provoca o uso de muitos medicamentos, e que isso 
aumenta o risco de efeitos indesejados.
B. A polifarmácia, que é o uso de cinco ou mais medicamentos é muito perigosa e, por isso, deve-se sus-
pender alguns remédios, mesmo sem falar com a equipe médica.
C.
A polifarmácia, que é o uso de cinco ou mais remédios ao mesmo tempo, aumenta o risco de efeitos inde-
sejados, mas a equipe médica é quem deve manejar a medicação.
D.
É papel do cuidador alertar a equipe médica quanto aos possíveis efeitos indesejados dos medicamentos 
em uso, sem, no entanto, alterar a prescrição, sem a devida orientação médica. Em caso de efeito muito 
grave, SUSPENDER E procurar ajuda imediata.
2. Assinale (V) Verdadeiro ou (F) Falso. Em relação aos medicamentos, é boa prática:
A.
Levar sempre a lista dos remédios que o idoso usa a todas as consultas médicas.
Verdadeiro Falso
B.
Anotar os efeitos adversos e comentar com a equipe médica.
D. Pedir ajuda da equipe não médica para mudar alguma prescrição de medicamentos quando o médico não 
for encontrado.
E.
Ler a bula do medicamento prescrito pelo médico e suspender se encontrar algum efeito colateral rela-
cionado a ele.
Verdadeiro Falso
C. Introduzir um novo medicamento natural, que não tem efeito colateral conhecido, para auxiliar o trata-
mento de uma doença que não está melhorando com os remédios tradicionais.
F. Ler a bula e entrar em contato com a equipe médica no caso de suspeitar de algum efeito indesejado 
ligado ao medicamento em questão.
Verdadeiro Falso
G.
Reduzir a dose de algum medicamento quando há algum sintoma novo, que deve ser do excesso de medi-
camentos em uso.
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
• Todos os médicos devem saber os medicamentos que o idoso já utiliza, para evitar duplicidade de pres-
crição e interações medicamentosas.
• Quem cuida é o maior aliado da equipe médica quanto ao monitoramento dos resultados do tratamento 
com remédios.
• Nunca introduzir qualquer substância sem orientação médica – remédios naturais também possuem 
efeitos colaterais, por vezes, graves.
• A equipe de saúde é fundamental na promoção de saúde e no cuidado das doenças, mas medicar é uma 
atribuição exclusivamente médica.
• Ler a bula é ótima prática. Detectado algum sintoma que, possivelmente, possa ser causado pelo remé-
dio em uso, a equipe médica deve ser contactada.
• Nunca mexer na prescrição médica sem orientação.
Comentário: 
Resposta correta: V, V, F, F, V, F
Para Concluir
Você chegou ao final da seção sobre medicamentos. Assista ao vídeo abaixo para retomar 
as principais informações discutidas. (vídeo disponível somente na versão online do 
curso)
Introdução
Você agora vai iniciar a seção sobre imobilismo. Para tanto, continue acompanhando as 
histórias de Lurdes, Inês e Marta. 
O processo de envelhecimento pode levar, como já vimos, a alterações e limitações nas 
atividades de vida diária (AVD’s), enquanto a diminuição e/ou ausência de atividades le-
vam à dependência, ou seja, diminuição da qualidade de vida do idoso. Portanto, a perda 
de massa muscular e consequentemente a diminuição da força muscular é um fator de 
risco muito importante de perda da mobilidade e da capacidade funcional do idoso. 
A seguir você encontra a classificação da Síndrome do Imobilismo. Leia com atenção:
Trata-se do conjunto de alterações encontradas em indivíduos 
que estejam acamados por períodos prolongados apresentando: 
diminuição da capacidade funcional do “sistema osteomuscular”*, 
sistema respiratório, sistema metabólico e sistema geniturinário. 
Considerando tais informações, você sabe a definição da 
Síndrome do Imobilismo (SI)? 
* tecido conjuntivo, tecido articular
Temporária
 Na qual a imobilização pode ser resultante de repouso prescrito ou restrição por contenções externas 
(por exemplo fraturas, hipotensão ortostática). 
Crônica
 Resultado de doenças crônicas incapacitantes, confusão mental, quedas, incontinência urinária, desnutri-
ção, lesões por pressão e problemas socioeconômicos. 
Os idosos estão mais suscetíveis a SI pela própria característica 
do envelhecimento, associados a diversos fatores, tais como: psi-
cológicos (depressão, demência e até mesmo o medo de quedas); 
sociais (isolamento, restrições físicas muitas vezes causadas por 
quedas e ausência de estímulos) e físicos (osteoporose, fraturas e 
fraqueza muscular).1 
A imobilidade é considerada apenas a ausência de movimento, 
enquanto a síndrome do imobilismo é caracterizada por sinais e 
sintomas resultantes da diminuição dos movimentos, que pre-
judica a mudança postural, compromete a independência desse 
indivíduo, leva à incapacidade, à fragilidade, podendo levar até à 
morte.1
Qual diferença significativa entre imobilidade e Síndrome 
do Imobilismo? 
 Quais desses sinais indicariam que Dona Inês estaria apresentando um quadro de síndrome do Imobilismo: 
B. Aumento da capacidade funcional.
A. Aumento da capacidade pulmonar.
D. Aumento da força muscular.
Alternativa Correta: C
Comentário: 
As alterações apresentadas pelo idoso em um quadro de imobilidade prolongada levam à diminuição da 
capacidade funcional desse indivíduo podendo levar à morte se não diagnosticada e devidamente tratada. 
C. Diminuição da capacidade funcional.
Vamos testar o seu conhecimento sobre imobilismo e Síndrome do 
Imobilismo. Responda as questões, e caso julgue necessário releia 
o conteúdo.
Prevenção de Quedas
As mudanças fisiológicas causadas pelo envelhecimento associadas ao aumento na inci-
dência de doenças crônicas, degenerativas e incapacitantesaumentam o risco de quedas 
em idosos. Por isso, essas quedas são consideradas preocupantes nessa fase da vida. 
No infográfico a seguir apresentamos o percentual de quedas no Brasil: 
Infográfico do percentual de quedas de idosos no Brasil.
Fonte: Organizado pelo autor.
 Caracterizamos quedas quando ocorre a mudança não intencional 
de posição do indivíduo para um nível inferior em relação a sua 
posição inicial, e que não tenha influência de nenhum fator intrín-
seco (como um acidente vascular cerebral ou uma síncope).2
Pensando nisso, você sabe como as quedas são 
caracterizadas? 
As quedas nas pessoas idosas são relevantes tanto pela frequ-
ência que ocorrem quanto pelas consequências, podendo levar à 
incapacidade funcional e gerar custos sociais e econômicos para 
esses idosos e suas famílias, necessitando de cuidadores e ser-
viços de saúde. Para o setor saúde, a queda ainda leva à neces-
sidade da utilização de recursos auxiliares e ocupação de leitos 
hospitalares.2
Essas quedas são resultados da interação entre diferentes fatores de risco que podem ser 
intrínsecos e extrínsecos. Os fatores de risco intrínsecos estão relacionados ao próprio 
envelhecimento, como a idade, a diminuição da capacidade funcional, alterações da mar-
cha e do equilíbrio, a diminuição da acuidade visual, e a presença de doenças crônicas 2,3 
(video disponível somente na versão online do curso).
As quedas nos idosos, na maioria das vezes, são causadas pela interação desses fatores 
de risco e o conhecimento sobre estes é fundamental para a prevenção das mesmas. Os 
idosos passam a valorizar a queda como potencial problema de saúde apenas quando a vi-
venciam ou estejam próximos de outro idoso que passe por esta situação, passando assim 
a desenvolver o medo de cair. Um estudo sobre a influência das quedas na qualidade de 
vida dos idosos verificou que:
Infográfico do percentual de quedas de idosos no Brasil.
Fonte: Organizado pelo autor.
Conheça mais alguns números sobre quedas nos idosos.
Os atendimentos médicos mais comuns são: ferimentos dos braços, lesões de tecidos 
moles, fratura de quadril/fêmur como o caso de D. Inês e traumatismo craniano. 20% 
dos idosos que fraturam o quadril decorrente de alguma queda, morrem em um período 
de um ano e no Brasil, as quedas representam a sexta causa de óbitos em idosos com 65 
anos de idade ou mais. 2,3
Infográfico do percentual de quedas de idosos.
Fonte: Organizado pelo autor.
Dona Inês tem histórico de queda da própria altura com fratura de fêmur e consequente prótese de quadril, com 
relação aos fatores intrínsecos existentes nas quedas podemos afirmar que: 
B. Estão relacionados ao próprio envelhecimento e seus acometimentos.
A. Estão relacionados às condições sociais desse idoso.
D. Estão relacionados às alterações no ambiente em que esse idoso vive.
Alternativa Correta: B
Comentário: 
Os fatores intrínsecos estão relacionados às alterações provenientes do próprio envelhecimento como 
diminuição da acuidade visual, alterações de equilíbrio e consequentemente de marcha entre outras, jun-
tamente com as doenças e acometimentos existentes. 
C. Estão relacionados apenas às alterações visuais desse idoso.
Que tal testar o seu conhecimento sobre prevenção de quedas? 
Então, responda as questões, e caso julgue necessário releia o 
conteúdo.
Ainda falando da fratura de Dona Inês, lembrando que a mesma sofreu uma queda da própria altura durante 
uma caminhada na calçada, podemos encontrar fatores extrínsecos diante desse fato. Quais destes fatores 
abaixo se enquadram como fatores de risco extrínsecos? 
B. A união dos fatores ambientais e do próprio envelhecimento.
A. Todos os fatores encontrados no ambiente em que esse idoso vive e/ou frequenta.
D. Fatores relacionados à alterações de marcha e equilíbrio.
Alternativa Correta: A
Comentário: 
 Os fatores Extrínsecos também chamados de fatores externos são todos os fatores encontrados no 
ambiente que podem levar esse idoso a uma queda e consequentemente a períodos prolongados de 
imobilização. 
C. Apenas fatores encontrados fora da rotina desse idoso.
Auxílio à Marcha
A prescrição de um Dispositivo Auxiliar de Marcha (DAM) pode ser feita em várias situ-
ações: quando o indivíduo apresentar algum “tipo de lesão”*, dificuldade na locomoção, 
alterações do equilíbrio, fase de reabilitação por alterações neurológicas ou ainda lesões 
que afetam o “aparelho locomotor”** entre outras. Os DAM podem ser indicados também 
aos indivíduos que apresentam instabilidades e alterações durante a marcha. 
Os DAM, além de auxiliarem no equilíbrio, melhorando a estabilidade, são eficazes também 
para: 
* permanente ou temporária
** Proteção articular
• minimizar as consequências das fraquezas musculares;
• diminuir a sobrecarga articular em processos de consolidação de fraturas ósseas ou 
até mesmo na presença das degenerações articulares como artroses;
• aumentar a base de suporte melhorando a estabilidade e confiança durante a marcha 
principalmente em idosos.4
Estudos mostram que grande parte dos idosos deixa de utilizar 
os DAM após a indicação, por apresentarem dificuldades durante 
a utilização e por sentirem uma certa insegurança, o que é muito 
comum quando esse DAM é utilizado de maneira inadequada. Isso 
nos leva a pensar cada vez mais que os dispositivos podem trazer 
prejuízos aos seus usuários quando utilizados de forma inadequa-
da, tanto prejuízos psicológicos quando falamos no medo quanto 
motores quando falamos em quedas por muitas vezes esse dispo-
sitivo atrapalhar por não estar sendo utilizado corretamente. 
Saiba mais
A falta de conhecimento quanto à maneira adequada de utilização 
pode trazer algumas complicações seja pela dificuldade ou au-
sência de regulagem desse DAM para adequação destes às carac-
terísticas dos idosos ou até mesmo pela escolha inadequada do 
DAM. Isso pode levar à lesões articulares, marcha instável ou com 
um gasto energético elevado, e pode ainda passar a ser um fator 
de risco muito grande de queda.5
Lembre-se! Muitos idosos associam o motivo da indicação de um 
DAM ao “medo de cair”, à fraqueza muscular e às alterações de 
equilíbrio apresentadas por eles, explicando o uso na melhoria 
das alterações e dificuldades e principalmente pela reconquista de 
sua independência. 4
Essas informações nos faz enfatizar a importância da indicação de 
um DAM por um profissional da saúde, pois essa indicação reali-
zada de maneira inadequada interfere no desempenho funcional 
desse idoso.4
Para que o uso de um DAM cumpra com a sua finalidade de auxiliar a marcha, é funda-
mental que seja feita a indicação do dispositivo correto, que seja adaptado e ajustado 
com relação a altura e distância do próprio corpo do idoso e que sejam realizados treinos 
de marcha com esse DAM. Isso só é possível quando essa indicação é feita por um profis-
sional capacitado e que tenha bem delineado os objetivos da indicação desse DAM. 4
Em relação ao treino de marcha, o idoso cuja indicação é realizada por um profissional 
da saúde sente menos dificuldades por ter um treino de marcha adequado. Isso mostra a 
importância do treino de marcha quando se faz uso de qualquer tipo de DAM. 4
No Brasil, onde os dispositivos são vendidos livremente, não ne-
cessitando de prescrição para esta compra, pode de certa forma 
trazer prejuízo ao idoso, por muitas vezes não terrem as orien-
tações adequadas de qual dispositivo é o mais adequado para o 
quadro, quais alturas e como utilizar. Além disso, quando o idoso 
não tem a orientação profissional adequada, isso pode influenciar 
no desempenho do idoso com o uso do DAM, pois com pouca ou 
nenhuma orientação sobre o uso, esse idoso terá dificuldades e 
pode estar mais predisposto a quedas e as demais complicações 
já citadas. 4 
Você sabia?
Os DAM são divididos em três categorias principais: bengalas, muletas e andadores. 
A escolha do dispositivo ideal se faz de acordo com a necessidade de cada idoso e a sua 
condição financeira tambéminterfere na decisão. A indicação pode ser por diversos pro-
blemas como alterações de equilíbrio, dor, fadiga, fraqueza muscular, instabilidade articu-
lar, entre outras. 5
Bengala
 As bengalas possuem a função de aumentar a base de apoio do idoso, melhorando assim 
o equilíbrio e consequentemente a marcha. 
A prescrição do DAM deverá ser sempre de acordo com a indica-
ção e após a avaliação da força muscular, resistência, equilíbrio, 
marcha, função cognitiva, dor e demandas ambientais desse ido-
so. Após essa avaliação pode-se indicar para o mesmo indivíduo 
dois dispositivos, um para uso domiciliar e outro para ambientes 
externos. 5
Sua utilização é feita na mão oposta ao membro afetado diminuin-
do a sobrecarga na musculatura do quadril (as bengalas podem 
transmitir, das extremidades inferiores, de 20 a 25% do peso do 
corpo), diminuindo a compressão das articulações e favorecendo 
esse idoso em situações como subir e descer escadas. 5
Imagem esquemática da função da bengala.
Fonte: Organizado pelo autor.
Já no vídeo abaixo, você encontra como deve ser o uso da bengala para subir e descer 
escadas e para sentar-se e levantar-se: (video disponível somente na versão online do 
curso).
Ouça no podcast a seguir os fatores de risco extrínsecos que são considerados pelos ido-
sos como os mais relevantes e causadores das quedas (podcast disponível somente na 
versão online do curso).
Andador
Os andadores fornecem três a quatro pontos de contato com o solo permitindo aumento 
da base de suporte garantindo assim melhor equilíbrio, maior estabilidade e suporte do 
peso da pessoa. 
Auxiliam também na segurança para os que possuem medo de cair. Há cinco tipos de 
andador:
Estudos mostram que grande parte dos idosos deixa de utilizar 
os DAM após a indicação, por apresentarem dificuldades durante 
a utilização e por sentirem uma certa insegurança, o que é muito 
comum quando esse DAM é utilizado de maneira inadequada. Isso 
nos leva a pensar cada vez mais que os dispositivos podem trazer 
prejuízos aos seus usuários quando utilizados de forma inadequa-
da, tanto prejuízos psicológicos quando falamos no medo quanto 
motores quando falamos em quedas por muitas vezes esse dispo-
sitivo atrapalhar por não estar sendo utilizado corretamente. 
Saiba mais
No andador articulado, não há necessidade de erguer o andador. O idoso move um lado 
do andador para frente junto ao membro inferior e depois faz o mesmo no outro lado. Os 
andadores com três e quatro rodas promovem uma progressão suave e contínua à frente, 
não havendo necessidade de erguer o dispositivo. 4,5 
Para levantar-se, o idoso é orientado a inclinar o tronco anteriormente, pressionar para 
baixo com as mãos nos apoios de braços/assento da cadeira, se necessário, e, assim que 
se levantar, estender as mãos (uma de cada vez) para segurar o andador. 5
O andador fixo deve ser retirado completamente do chão, colocado à frente — cerca de 
um braço de comprimento —, leva-se o primeiro membro inferior (comprometido ou não) 
para frente e, depois, o segundo membro inferior, com um passo à frente do primeiro. 
Durante a marcha os quatro apoios do andador devem ser trans-
feridos e posicionados simultaneamente, evitando o balanço dos 
apoios ou deslizamento anterior do andador. A pessoa é instruída 
a não pisar perto demais da parte anterior do dispositivo para não 
reduzir a base de sustentação e ter o risco de queda posterior. 5
Ajuste dos DAM
Na interação a seguir apresentamos como devem ser realizados os ajustes nos DAM: 
Bengala
Para medir a altura, a bengala é colocada aproximadamente a 15 cm da borda lateral dos dedos dos pés. 
O topo da bengala deve ficar aproximadamente na altura do trocanter maior (quadril), e o cotovelo deve 
estar flexionado de 15° a 30°, assim como o ajuste do andador. 
Muleta
As muletas axilares deve situar-se dois a três dedos abaixo da axila até um ponto cerca de 15 a 20 cm 
afastado lateralmente do seu pé. As mãos devem estar posicionadas de tal forma que permitam uma fle-
xão de cotovelo de cerca de 30°. Nas muletas de antebraço, o posicionamento deve permitir uma flexão de 
cerca de 30° de cotovelo. 5
Que tal ver na prática como deve ser utilizado o andador? Confira no vídeo a seguir como a 
Sra. Inês utilizou (video disponível somente na versão online do curso).
Infográfico do percentual de quedas de idosos.
Fonte: Organizado pelo autor.
Exercícios de Fixação
D. Inês utiliza uma bengala como dispositivo auxiliar de marcha, observe a altura do 
apoio das mãos e a angulação do cotovelo. É responsabilidade do cuidador saber iden-
tificar quando um dispositivo está sendo utilizado da maneira incorreta ou com a al-
tura inadequada. Tendo como base a altura do apoio das mãos e a angulação do coto-
velo. Estes precisam estar confortáveis para o idoso (cotovelos muito flexionados ou 
mãos muito abaixo da linha do quadril resultarão em posturas desconfortáveis para 
esse idoso e poderão levar à futuras lesões. Após identificar essas alterações, o cui-
dador deverá avisar aos familiares para que procurem um profissional especializado, 
garantindo que esse dispositivo seja utilizado da maneira correta e evitando futuras 
complicações para D. Inês.
1. Assinale a alternativa incorreta. Diante do conhecimento adquirido sobre os DAM: 
B. Os dispositivos de marcha podem ser indicados por cuidadores e qualquer profissional da área da saúde.
A. Os DAM são utilizados para a prevenção de quedas.
D. As bengalas devem ser utilizadas no membro superior oposto ao membro afetado.
Alternativa Correta: B
Comentário: 
No curso apresentamos as maneiras corretas de utilização e sinais que ajudem o cuidador a identificar o 
uso inadequado e incorreto desse dispositivo, apenas como forma de auxiliar nos cuidados e apresentar 
essas alterações para os responsáveis. Somente profissionais habilitados poderão fazer a indicação cor-
reta desses dispositivos. 
C. Os DAM quando utilizados de maneira errada podem se tornar um risco de queda para o idoso.
 2. Dona Inês deambula com o auxílio de um DAM, quanto aos dispositivos de marcha é correto afirmar: 
B. Indicados somente quando o indivíduo possui alterações de equilíbrio.
A. Aumentam a base de suporte melhorando a estabilidade durante a marcha.
D. A maneira correta de utilizar esses dispositivos não interfere na eficácia dos mesmos.
Alternativa Correta: A
Comentário: 
Os dispositivos quando bem indicados e utilizados da maneira correta proporcionam maior segurança 
durante a marcha e consequentemente menores riscos de quedas desse indivíduo. 
C. São indicados apenas durante a o processo de consolidação de fraturas.
Transferências
Para se realizar as transferências posturais de um idoso inicialmente, deve-se fazer uma 
avaliação das condições físicas, da capacidade desse idoso de colaborar com essa trans-
ferência, bem como a observação da presença de soros, sondas e outros equipamentos 
instalados.
Sempre que possível, o idoso deverá ajudar e colaborar durante as transferências, reco-
menda-se a mudança de posição de maneira lenta e gradativa e o idoso deverá estar usan-
do sapatos ou meias com sola antiderrapante. 6
É necessário que seja realizado o preparo do ambiente, dos equipamentos e materiais a 
serem utilizados.
É de extrema importância, uma explicação, ao idoso, do modo 
como se pretende movê-lo, como pode cooperar e para onde será 
encaminhado. 6
Quadro 9. Preparo do ambiente, equipamentos e materiais para transferência postural.
Fonte: Organizado pelo autor.
Movimentação do idoso no leito
O idoso sempre deve ser estimulado a colaborar com as transferências de forma inde-
pendente, sempre que não existir contra-indicações nesse sentido. O ideal são camas com 
altura regulável, que possam ser ajustadas, dependendo do procedimento que será reali-
zado. Durante a movimentação, deve-se, sempre que possível, utilizar elementos auxilia-
res, tais como: 
• barra tipo trapézio no leito;
• plástico antiderrapante para os pés;
• plástico facilitadorde movimentos, entre outros. 6
Colocar o idoso em decúbito lateral
• Permanecer do lado para o qual você vai virar a pessoa;
• Cruzar o braço e a perna no sentido em que ele vai ser virado, flexionando o joelho;
• Rolar a pessoa gentilmente, utilizando seu ombro e joelho como alavancas;
• Pode-se também realizar esse procedimento usando-se plásticos deslizantes e resis-
tentes: 
1. virar o idoso e colocar o plástico sob seu corpo;
2. ficar no lado oposto ao que o idoso será virado;
3. puxar o plástico, movendo o idoso em sua direção e para a beira da cama;
4. elevar o plástico, fazendo o idoso virar cuidadosamente. Manter, no lado oposto da 
cama, uma grade de proteção.
Sentar o idoso na beira da cama
Auxiliar o idoso a levantar de cadeira ou poltrona
1. Colocar o idoso em decúbito lateral, e de frente para o lado em que vai se sentar;
2. Elevar a cabeceira da cama se possível;
3. Apoiar a região dorsal e o ombro do idoso e ao mesmo tempo os membros inferiores;
4. De uma forma coordenada, elevar e girar o idoso até ele ficar sentado.
No vídeo a seguir mostramos como deve ser realizado essa transferência (video disponí-
vel somente na versão online do curso):
Escolher as cadeiras ou poltronas de acordo com as necessidades de cada idoso e não 
esquecer também os equipamentos auxiliares, como andadores e bengalas. 
Confira no vídeo a seguir como essa transferência deve ser realizada (video disponível 
somente na versão online do curso):
Agora assista o vídeo de demonstração desse procedimento (video disponível somente 
na versão online do curso):
Quadro 10. Auxiliar o idoso a levantar da cadeira ou poltrona
Fonte: Organizado pelo autor.
Transferir o idoso do leito para uma poltrona ou cadeira de rodas
O idoso pode executar essa transferência de uma forma independente ou com alguma aju-
da, utilizando uma tábua de transferência, das seguintes maneiras: 
1a
• Posicionar a cadeira próxima à cama, na mesma altura;
• Travar a cadeira e o leito, remover o braço da cadeira e elevar o apoio dos pés da ca-
deira;
• Posicionar a tábua apoiada seguramente entre a cama e a cadeira.
2a
• Colocar a cadeira ao lado da cama;
• Travar as rodas e levantar o apoio para os pés da cadeira;
• Sentar o idoso na beira da cama;
• Calçar o idoso com sapato ou chinelo antiderrapante;
• Segurar o idoso pela cintura, auxiliando-o a levantar, virá-lo e sentá-lo na cadeira.
Exercícios de Fixação
Chegou o momento de você testar o seu conhecimento.
1. Dona Inês necessita de auxílio para levantar-se da cama. A partir disso, como o cuidador deverá realizar essa 
transferência?
B. O cuidador deverá estimular ao máximo a independência de D. Inês e a ajudará somente no momentos necessários e quando D. Inês apresentar dificuldades.
A. O Cuidador deverá estimular ao máximo a independência de D. Inês, portanto deixará ela levantar-se sem auxílio.
Alternativa Correta: B
Comentário: 
O cuidador precisa estimular a independência desse idoso, mantendo sua integridade e evitando maiores 
complicações. Portanto deverá auxiliar diante das dificuldades apresentadas pelo idoso. 
C. O cuidador deverá realizar todo o movimento para D. Inês visando evitar que a mesma se machuque.
2. Dona Inês apresenta dificuldade para levantar-se do sofá. Quais comandos deverão ser dados pelo cuidador? 
B. Incline-se para frente, não apoie as mãos e levante-se sem se segurar.
A. Incline o tronco para frente, apoie as mãos no andador e levante-se.
Alternativa Correta: C
Comentário: 
O cuidador deverá sempre estimular e orientar com comando de voz, lembrando sempre esse idoso qual a 
maneira correta de realizar o movimento. Como foi visto durante as orientações com DAM. 
C. Coloque o corpo para a ponta do sofá, incline-se para frente, apoie as mãos no sofá e levante-se. 
Alongamentos
A flexibilidade é fundamental para manutenção da aptidão fí-
sica, é definida como a amplitude máxima de um movimento 
articular. A flexibilidade tende a diminuir lentamente dos 16 aos 
40 anos de idade, a partir dessa idade de acordo com a diminui-
ção das atividades físicas essa diminuição ocorre de forma mais 
acelerada e o treinamento e a prática dessa atividade melhora 
os índices e evita grandes impactos na vida desse idoso. 7,8
O declínio da flexibilidade e do desempenho muscular decorrente da idade está relaciona-
da com a diminuição da autonomia e capacidade de realizar as atividades. O exercício físico 
é uma prática benéfica para a qualidade de vida dos idosos para o controle do corpo diante 
de todas as alterações que estão ocorrendo. 7
Um dos motivos que leva os idosos a praticar atividade física, 
além do bem estar é o aumento da capacidade funcional se tor-
nando mais ativos e mais dispostos para realizar as atividades. 7
No quadro a seguir, discorremos sobre a diferença entre exercício Ativo e Passivo, analise 
com atenção:
Sabe-se que a qualidade de vida, independência funcional, melhora na força muscular, 
resistência, flexibilidade, agilidade e equilíbrio são itens fundamentais na vida de um idoso, 
principalmente no ambiente domiciliar, onde temos os maiores índices de quedas e fratu-
ras nessa fase da vida. 7,8
No vídeo a seguir, você encontra alguns exemplos de atividades de vida diárias que podem 
servir de exercícios ativos para os idosos (video disponível somente na versão online do 
curso):
Quadro 11. Diferença entre exercício ativo e passivo
Fonte: Organizado pelo autor.
É fundamental manter a flexibilidade com os alongamentos visan-
do a manutenção da amplitude articular, diante de pessoas se-
dentárias que as limitações poderão comprometer de uma forma 
incisiva na qualidade de vida. Os alongamentos tendem a restabe-
lecer a mobilidade articular e reduzir as tensões musculares que 
normalmente provocam dores, resultando uma melhor mecânica 
articular. 7
A amplitude articular pode ser agravada com algumas limitações 
patológicas como processos inflamatórios, diminuição no líquido 
sinovial, lesões de cartilagem e até presença de corpos estranhos 
na articulação. 7 
O alongamento estático é utilizado para alongar uma musculatura 
isolada e atingindo uma determinada postura deve ser mantido 
por um determinado período para que o mesmo seja efetivado, já 
o alongamento global estende vários músculos de uma vez de uma 
mesma cadeia muscular. 7,8 
Saiba mais
Para a cuidadora (irmã) manter a amplitude de movimento de D. Inês ela precisará mantê-la alongada. Com rela-
ção aos alongamentos é correto afirmar que: 
B. Devemos manter a região na máxima amplitude permitida, evitando assim futuras deformidades.
A. Devemos manter a posição mesmo se o idoso apresentar fortes dores.
D. Os alongamentos não são utilizados para manutenção da amplitude articular.
Alternativa Correta: B
Comentário: 
É necessário respeitar os limites articulares, possíveis deformidades e alterações dessa região a ser 
alongada. Manter a máxima amplitude que essa região permitir sempre dentro dos limites de dor e des-
conforto, que podem ser percebidos pela expressão facial quando não verbalizado. 
C. É necessário atingir uma amplitude total da região a ser alongada, mesmo que seja incomodo e doloroso para esse idoso.
Que tal testar o seu conhecimento sobre prevenção de quedas? 
Então, responda as questões, e caso julgue necessário releia o 
conteúdo.
Assinale a alternativa incorreta: 
B. Os alongamentos provocam um relaxamento muscular e alivia dores causadas pelos exercícios.
A. Os alongamentos são utilizados para prevenção de lesões.
D. Os alongamentos servem apenas para manter a musculatura ativa.
Alternativa Correta: D
Comentário: 
Com os alongamentos evitamos deformidades, aumentamos a mobilidade dessa região, aliviamos a dor e 
prevenimos futuras lesões. 
C. Os alongamentos tendem a melhorar a mobilidade articular e diminuir as tensões musculares.
Para Concluir
Você chegou ao final da seção sobre imobilismo, assista ao vídeo a seguir sobre os princi-
pais assuntos discutidos nessa unidade (video disponível somentena versão online do 
curso). 
Cuidados com a Pele
Cuidar da pele, para os idosos é um dos mais importantes cuidados devido à pele ser o 
maior órgão, e os fatores que o agridem diariamente como o calor, poluição, frio, e raios 
UV solares aumentarem o processo de envelhecimento. 
Quanto mais nos expomos durante todas fases da vida, mais será perdida a vitalidade com 
o envelhecimento tendendo a ficar mais desidratada e fina. 9,10
7 Dicas de cuidados básico com a Pele
Infográfico dos cuidados com a pele em pessoas idosas.
Fonte: Organizado pelo autor.
Cuidados com a Pele do Idoso Acamado
As lesões na pele com a chegada da terceira idade podem aparecer também motivadas por 
doenças crônicas como hipertensão e diabetes, aliadas ao tabagismo. Uma vez instalada 
as dificuldades na mobilidade, pode ocorrer lesões por pressão, por fricção, dificulda-
des de retornos venosos, entre outras consequências. Se ocorrer quedas e batidas e não 
forem tratadas, as lesões tendem a trazer um problema ainda maior, formando feridas/
escaras, principalmente em locais de proeminências ósseas. 9,11,12
Buscando evitar complicações na pele do idoso, em especial acamado, segue algumas su-
gestões de cuidados: 
1. Mudar o idoso de posição a cada duas horas como ilustrado na figura abaixo:
Figura 3. Posições de Mudança de Decúbito
Infográfico dos cuidados com a pele em pessoas idosas.
Fonte: Organizado pelo autor.
2. Atenção! Muito cuidado ao muda-lo de posição, se você deslocar o corpo brutamente de 
deitado para sentado ou de sentado para de pé, a pressão arterial pode cair e o idoso pode 
desmaiar. 
3. Utilizar um colchão “caixa de ovo”, aumentando a superfície de contato, diminuindo as-
sim a pressão que é exercida na pele do idoso. 
4. Reforço de deixar a pele do idoso sempre bem hidratada, usar creme hidratante após o 
banho, pois a pele muito fina e ressecada predispõe a lesões. 
5. Observar a presença de vermelhidões, tomando cuidado especial com estas regiões, 
protegendo-as com travesseiros/almofadas. 
6. Regiões com pontas de ossos merecem atenção especial, como região do sacro (parte 
inferior das costas), calcanhar e cotovelos. 
7. Estimular o idoso a movimentar as pernas várias vezes ao dia, a contração muscular 
favorece o retorno do sangue evitando o inchaço das pernas. 
8. Estimular o idoso a andar quando for possível em condições clínicas e físicas, para este 
tipo de atividade. Ofereça o apoio quando necessário e incentive poucos passos por dia. 
Considerações Finais
Chegamos ao final da seção sobre cuidados da pele no idoso. Agora a assista ao vídeo de 
conclusão e se julgar necessário, releia o conteúdo multimídia. (vídeo disponível somente 
na versão online do curso)
Vamos testar o seu conhecimento sobre cuidados com a pele. 
Responda as questões, e caso julgue necessário releia o conteúdo. 
1. São dicas de cuidados com a pele:
Alternativa Correta: A
Comentário: 
Os cuidados com a pele são essenciais e devem ser avaliados diariamente, entretanto cuidados como evi-
tar pontos de pressão e observar umidade/ressecamento devem ser realizadas diversas vezes ao longo 
do dia.
B. Otimizar nutrição e hidratação adequada para o aporte calórico do paciente.
C. Minimizar pontos de pressão da pele.
Exercícios de Fixação
D. Elevar a cebeceira no máximo 30 graus para não causar força de pressão na região sacra.
A. Inspeção da pele diariamente, manejo da umidade, manutenção do paciente seco e com pele hidratada.
2. Assinale a alternativa correta com relação a higiene corporal:
Alternativa Correta: B
Comentário: 
Movimentos grosseiros e com muita fricção podem ocasionar lesões na pele do idoso devido sua fragili-
dade. O excesso de sabonete mantém a pele extremamente ressecada, por isso o banho deve ser rápido e 
com sabonete em quantidade suficiente. Lembre-se de enxaguar bem. 
A. Devemos fazer movimentos bruscos.
C. Devemos usar grande quantidade de sabonete.
D. Não há necessidade de enxague.
B. Devemos fazer movimentos suaves, com pouca quantidade de sabonete e enxaguar bem.
3. Assinale (V) Verdadeiro ou (F) Falso em relação aos cuidados com a pele:
A.
Aliviar os pontos de pressão não são adequados para evitar lesões.
B.
Devemos estimular a saída do leito, com caminhadas orientadas após avaliação médica.
Verdadeiro Falso
C. A pessoa cuidada não pode ficar deitada ou sentada em superfícies duras, devendo-se usar colchão ou 
almofada específica.
D. Devemos oferecer água, suco ou chás claros várias vezes ao dia e em pequenas quantidades para a boa 
manutenção da hidratação da pele.
Comentário: 
Lembre-se sempre de evitar pontos de pressão. Utilize almofadas e/ou coxins. Sempre que possível 
movimente-o fora do leito e mantenha a pele hidratada (beber líquidos e usar hidratantes). 
Resposta correta: F,V,F,V
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
4. Leias as sentenças abaixo:
Alternativa Correta: D
Comentário: 
Fique atento:
Quaisquer dobras ou rugas em roupas ou lenções podem se tornar um ponto de pressão. Arrastar ou 
escorregar o corpo podem levar ao aparecimento de lesões na pele.
A. I é correta.
B. I e II são corretas.
C. III e II são corretas.
D. Todas estão corretas.

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