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TAREFA 3.1 - FÓRUM
Muito se tem discutido sobre a repercussão geral e sua regulamentação no ordenamento jurídico brasileiro, como requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, sob a ótica do dispositivo constitucional do art. 5º, XXXV, que enuncia a garantia de inafastabilidade da jurisdição e a previsão de acessibilidade do Judiciário, estabelecendo que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Com base na referida norma constitucional, você entende que o requisito da repercussão geral na admissibilidade dos recursos extraordinários configura negativa de prestação jurisdicional à tutela individual?
Em análise ao art. 5ª, XXXV, da Constituição Federal, que garante o que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, ou seja, o direito da inafastabilidade da jurisdição e o acesso ao judiciário por parte da pessoa lesada em seu direito. 
Assim entendo que o requisito da repercussão geral na admissibilidade dos recursos extraordinários não configuram negativa de prestação jurisdicional à tutela individual. Entende-se que os acessos a justiça foram realizados e obtiveram julgamento nos âmbitos de primeiro e de instância superior. 
O recurso extraordinário deve obedecer para admissibilidade o requisito que determina o art. 102, III e seus incisos, da Constituição Federal, assim em análise de admissibilidade realizado, a inadmissibilidade somente poderá ser realizada por dois terços de seus membros, conforme art. 102, § 3º, da Constituição Federal. Sendo aceito o recurso extraordinário, este será julgamento pelos Ministros do Superior Tribunal Federal. 
Contudo não sendo aceito o recurso extraordinário por não preencher os requisitos da repercussão geral, não vislumbrando violação de direito constitucional, não há que se falar de restrição ao judiciário.
É o que entendo.
Mas contudo entendo que 
Eu acredito que não haja negativa de prestação jurisdicional à tutela individual, já que as instâncias inferiores prestarão a necessária jurisdição sobre o caso.
O instrumento da Repercussão Geral foi apenas regulamentada para que o Supremo Tribunal Federal não fique afogado em causas sem qualquer relevância do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos daquela causa, podendo debruçar-se com o necessário tempo sobre aquelas situações que realmente importem a coletividade.
Tarefa 3.1
O instituto da repercussão geral foi criado para por frente ao excessivo acúmulo de processos para julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Ao Supremo compete preservar e interpretar as normas constitucionais e assim, a uniformização da jurisprudência nacional no que concerne a interpretação da Constituição, assim, suas decisões devem servir de parâmetro para as decisões dos demais tribunais.
Dessa forma, o instituto da repercussão geral serve para “peneirar” os processos que chegam ao STF, visando com que a corte máxima se debruce somente em questões novas e relevantes, mesmo que ao preço de o cidadão comum entender que lhe é negado acesso a essa Corte, mas o acesso as Cortes inferiores lhe foi assegurado. Cumpre-nos compreender, enquanto operadores do direito, que o recurso extraordinário não tem caráter de defesa das partes ou subjetivo e sim caráter de defesa da ordem constitucional frente a relevância do assunto para a coletividade..
 “Enfim, o papel do Recurso Extraordinário, no quadro dos recursos cíveis, é o de resguardar a interpretação dada pelo STF aos dispositivos constitucionais, garantindo a inteireza do sistema jurídico constitucional federal e assegurando-lhe validade e uniformidade de entendimento”.( DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais. 7 ed. Salvador: Edições JusPODIVM, 2009, p. 325.)
Concluindo, “Não há que se falar em negativa de prestação jurisdicional à tutela individual, mas, sim, na utilização do requisito da repercussão geral na admissibilidade dos recursos extraordinários, como meio ao efetivo desempenho do Supremo Tribunal Federal, em sua atividade primeira, que é a proteção à Constituição Federal” (Erica Torres Passos Marinho in Repercussão geral enquanto requisito para admissão de recurso extraordinário frente à atuação do Supremo Tribunal Federal na organização judiciária brasileira         - http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9011
Trata-se de possível conflito entre o inciso XXXV do art. 5º e o inciso LXXVIII do mesmo artigo, a inafastabilidade da apreciação de lesão ou ameaça a direito e o princípio da efetividade do processo. Ao meu veer, penso que se trata de 
conflito aparente, que o segundo não exclui o primeiro, pelo contrário, um processo efetivo concretamente permite que a lesão ou ameaça a direito seja analisado mais celeremente, e possa dar fim a conflitos que se arrastam por muitos anos.
Levantamento publicado no site de notícias Folha.com em março de 2013 (1) mostra que 10% dos processos estão parados na Suprema Corte desde 2011, com alguns processos da década de 1980 entre eles. Por outro lado, um processo de furto de cinco galinhas e dois sacos de ração foi parar na mais alta corte do país em 2002. Concluo que muitas questões importantes estão paradas, muitas vezes por questões que não deveriam, pelo menos, figurar como pauta de reuniões do STF.
Nesse ponto, a repercussão geral mostra-se um instrumento de cidadania, uma vez que ajuda a desatolar a Suprema Corte de temas que não apresentam envergadura constitucional, analisando apenas lides que não possuam fundamento em idêntica controvérsia já enfrentada pelo Supremo Tribunal.
Vale a pena destacar que não se trata de aniquilar qualquer chance de não conhecimento de recursos por parte do STF, mas sim, em caso de renovação de discussão de tema, permitir ainda que as questões suscitadas voltem ao crivo do Plenário, ainda que por um mecanismo mais complexo, configurando o mandamento do art. 5º, XXXV, da CF/88.
Ressalto que trata-se ainda de importante instrumento de uniformização de decisões, que vai ao encontro de auxiliar a segurança jurídica e a evitar decisões díspares entre os diversos tribunais e juizos do país.
Pelo exposto acima, entendo que não há afastabilidade do Judiciário em função da adoção do instrumento da repercussão geral, mas sim um ganho de eficência que valoriza o trabalho dos magistrados e ministros dos Tribunais Superiores.
( 1)http://www1.folha.uol.com.br/poder/1067091-10-dos-casos-no-supremo-estao-parados-ha-mais-de-2-anos.shtml
Através do princípio conhecido como “amplo acesso ao judiciário” ou” inafastabilidade de jurisdição”, previsto no art. 5º, XXXV da CF/88, é garantida as pessoas (físicas e jurídicas) a possibilidade de recorrer ao Poder Judiciário sempre que julgarem sofrer lesão ou ameaça de direitos.
O art. 102, III da CF/88 estabelece a figura do recurso extraordinário nos casos em que especifica. Porém, em seu §3º dispõe que, para que sejam aceitos os recursos extraordinários, o recorrente deve demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais levantadas.
A Lei nº 11.418/2006 estabelece, ainda, que, para as questões de repercussão geral, deve-se levar em conta assuntos relevantes sob o prisma político, social, econômico ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.
Importante destacar que a negativa da repercussão geral só pode ser decidida por 2/3 dos membros do STF, ou seja, somente pelo Plenário. Porém, sua aceitação pode ocorrer em uma de suas Turmas, quando atingido o mínimo de 4 (quatro) votos.
Entendo que o legislador, ao possibilitar a recusa do recurso extraordinário pelo STF, assim o fez para evitar que temas que não se revestissem de relevância fossem apreciados pela Suprema Corte, reduzindo, assim, a grande quantidade de processos que lá chegariam.
Além disso não há que se falar de negativa de prestação jurisdicional, tendo em vista que o suposto interessado obteve decisão de outro(s)tribunal(is).
Após análise do inciso XXXV do art. 5º da Constituição da República Federativa, entendo que o requisito da repercussão geral na admissibilidade dos recursos extraordinários não configura negativa de prestação jurisdicional à tutela individual, pois a Jurisdição não foi afastada, muito pelo contrário, ela foi prestada; como regra, em 1º Grau, por juiz singular, e em 2º Grau, pelos Tribunais dos Estados e dos Territórios, pairando irresignação Constitucional na decisão a ser vergastada.
 
Se no que tange ao foro por prerrogativa de função (Penal) que, a par de não ter duplo grau de jurisdição obrigação, jurisprudência e doutrina entendem haver, ainda assim, prestação jurisdicional, ainda que exercida pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal, com recurso para os Tribunais Superiores, ou nestes, a criação do requisito da repercussão geral no âmbito do recurso extraordinário é nada mais nada menos do que um mecanismo desafogar o Supremo Tribunal Federal do volume de recursos extraordinários despiciendos  interpostos pelas partes. Obviamente que limita a utilização de uma via recursal; entretanto, não há que se falar em afastamento da jurisdição, quando esta foi devidamente prestada, como regra, em 1º e em 2º graus de Jurisdição.
 
Ante o exposto, tenho que o requisito da repercussão geral na admissibilidade dos recursos extraordinários não configura negativa de prestação jurisdicional à tutela individual, pois a Jurisdição não foi afastada, muito pelo contrário, ela foi prestada; como regra, em 1º Grau, por juiz singular, e em 2º Grau, pelos Tribunais dos Estados e dos Territórios, pairando irresignação Constitucional na decisão a ser combatida.
Considerando que a repercussão geral é um requisito de admissibilidade do recurso extraordinário perante o Supremo Tribunal Federal, tendo sido incluído no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda Constitucional 45 de 2004 com o objetivo de exigir a repercussão geral da questão constitucional suscitada, regulada mediante alterações no Código de Processo Civil e no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal para admitir o RE.
A repercussão geral não é somente mais um requisito de admissibilidade do RE, para ser admitido o RE é necessário que o recurso acolha uma das seguintes questões a) contrariar dispositivo da Constituição do Brasil; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal; E, obrigatoriamente, necessita que haja repercussão geral demonstrada como preliminar formal (art. 543-A, CPC, § 2º).
O legislador brasileiro não conceituou o que seria a expressão "repercussão geral", mas demonstrou no Art. 543-A, § 1º do CPC que "será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa", ou seja, a questão suscitada não pode ser benéfica somente para o caso concreto proposto mas para o interesse da coletividade.
Portanto, entendo que que nao configura negativa de prestação jurisdicional, mas sim mecanimismo de tentar desafogar o judiciario com questoes repetivivas, onde decisoes beneficiam um todo.

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