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ANÁLISE DE ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS: ESTUDO DE CASO DA EMPRESA JBS S/A NO PERÍODO DE 2012 - 2015

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1 
 
ANÁLISE DE ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS: ESTUDO DE CASO DA EMPRESA 
JBS S/A NO PERÍODO DE 2012 - 2015 
 
Larissa Dallelaste Borilli1 
Patricia Alves de Souza2 
José Roberto Domingues da Silva³ 
 
RESUMO 
Diante da competitividade empresarial, o empresário deve aplicar métodos que facilitem a 
interpretação real do seu Patrimônio, bem como, fornecer tendências e perspectivas, para que possa 
projetar futuros investimentos ou evitar imprevistos. A análise de Balanço produz informações a 
respeito do desempenho empresarial, situação econômico-financeira, eficiência ou ineficiência na 
utilização de recursos, evidências e erros na administração para possíveis mudanças e reversão 
positiva das demonstrações contábeis de uma Organização. O presente artigo apresentou uma 
análise econômico-financeira através da Análise Horizontal e Vertical, cálculos dos índices de 
Liquidez, Endividamento e Rentabilidade e termômetro de Kanitz, por meio dos dados apresentados 
pela empresa JBS S/A no período de 2012 a 2015, possibilitando encontrar desenvolvimento positivo 
ou negativo das contas do Balanço Patrimonial e da DRE, a saúde financeira da empresa, medir sua 
capacidade de saldar obrigações de curto/longo prazo, verificar como a empresa utiliza recursos de 
terceiros, bem como, mensurar a rentabilidade em função dos investimentos e Patrimônio Liquido. 
Utilizou-se para este estudo, uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, dos dados 
apresentados no Balanço Patrimonial (B.P) e da Demonstração do Resultado do Exercício (D.R.E) da 
empresa JBS S/A companhia de Capital Aberto, tendo como referência os exercícios de 2012, 2013, 
2014 e 2015. Como resultado da Análise dos índices a empresa JBS S/A apresenta uma situação 
econômica financeira favorável no período estudado. 
Palavras-chave: Liquidez. Endividamento. Rentabilidade. Kanitz. Resultados. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A contabilidade é uma Ciência existente desde os primórdios das civilizações, 
quando o homem sentiu a necessidade de controlar os seus bens. Com o passar do tempo 
à contabilidade evoluiu, e o advento da globalização fez com que as empresas se tornassem 
cada vez mais competitivas, ou seja, para competirem no mercado atual precisam possuir 
um controle eficiente de seu patrimônio, pois, para tomar decisões não basta apenas 
basear-se nas tendências de mercado, porque a empresa pode sofrer imprevistos que 
comprometem sua capacidade financeira, daí a importância da análise da situação 
econômico-financeira da organização. 
Mesmo com as mudanças que a ciência contábil sofre, devido, a decorrência de 
uniformização dos mercados, a principal função da Contabilidade é “prover os usuários dos 
demonstrativos financeiros com informações que os ajudarão a tomar decisões”. 
(IUDÍCIBUS, 2007, p. 20). 
A análise das demonstrações contábeis é relevante para a gestão das empresas, 
pois, através dela podem-se identificar possíveis problemas e investigar as suas causas, ou 
até mesmo, detectar um problema antes mesmo que ele aconteça. Com a análise é possível 
observar informações que seriam impossíveis de enxergar somente com as atividades 
 
1
 Graduanda do curso de Ciências Contábeis (UNIVEL) (2016) 
² Graduanda do curso de Ciências Contábeis (UNIVEL) (2016) 
3
 Professor Orientador, Mestre em Administração (PUC-PR) (2015). 
 
2 
 
operacionais da empresa. 
Para realizar a análise econômico-financeira de uma empresa, são utilizadas o 
estudo de índices, que são extraídos dos demonstrativos financeiros apresentados pela 
organização, relacionando sua evolução ao longo do período de atividade. O presente 
estudo tem foco na análise horizontal e vertical, índices de liquidez, endividamento e 
rentabilidade, e aplicação do termômetro de Kanitz, utilizando os demonstrativos financeiros 
da empresa JBS S.A no período de 2012 a 2015. 
O estudo avaliou a capacidade que a empresa JBS S.A possui para saldar 
compromissos e obrigações com terceiros, rentabilidade que a empresa apresenta, bem 
como o fator de solvência que ela apresenta em determinado período de atividade. Através 
dos indicadores de liquidez, endividamento, rentabilidade e solvência, pode-se avaliar o 
equilíbrio ou desequilíbrio financeiro da entidade em determinado período. Desta forma o 
assunto a ser estudado está inserido na área macro Análise das Demonstrações Contábeis. 
Serão detalhados os índices apresentados pela empresa, bem como, sua relevância 
como ferramenta gerencial para a empresa no processo de tomada de decisão. Para a 
aplicabilidade dos Índices será utilizado como fonte às demonstrações financeiras (Balanço 
Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício) da empresa JBS S/A no período de 
2012-2015. 
Os índices fornecem uma visão ampla da situação econômica e financeira da 
empresa e são de grande importância para que a empresa possa ter uma boa saúde 
financeira, devido à necessidade de obter conhecimento sobre a situação da empresa, em 
relação a sua capacidade de pagamento e equilíbrio aos prazos de pagamento e 
recebimento. 
Logo o trabalho buscou responder a seguinte questão: Qual é a situação econômico-
financeira da empresa JBS S/A no período de 2012 a 2015? 
O estudo busca demonstrar a importância da análise de índices, e aprofunda-se na 
Análise horizontal, Vertical, liquidez, endividamento, rentabilidade e Solvência baseado nos 
demonstrativos financeiros que a empresa JBS S/A apresenta. Para os acadêmicos, é uma 
contribuição para o processo de análise das demonstrações contábeis, bem como a prática 
de conteúdos aplicados em sala de aula. Para ciência contábil, o processo de Análise das 
demonstrações contábeis está ligado ao gerenciamento da empresa e permite indicar 
pontos fortes e fracos no desenvolvimento empresarial, bem como fornecer informações 
relevantes sobre o desenvolvimento empresarial de uma entidade em determinado período. 
Santos (2014) e Araújo (2010) publicaram artigos sobre a Análise das 
demonstrações Contábeis, o objetivo dos trabalhos era averiguar a situação econômica e 
financeira das empresas abordadas. Os autores destacam a importância de uma visão 
global da empresa e de suas demonstrações para que se tenha a possibilidade de fazer 
uma análise que vá mostrar a verdadeira situação da empresa, os índices não podem ser 
analisados isoladamente. Os autores concluem que se as empresas fizessem um estudo 
mais detalhado em seus balanços e planejamentos não enfrentariam tantas dificuldades, 
dando ênfase na importância que possui os índices para se analisar a saúde financeira e 
econômica das empresas. 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
 
A necessidade de analisar demonstrações contábeis é pelo menos tão antiga quanto 
a própria origem de tais peças. Nos primórdios da contabilidade, quanto este se resumia, 
basicamente, à relação de inventários, já o “analista” se preocupava em anotar as variações 
3 
 
quantitativas e qualitativas das várias categorias de bens incluídos em seu inventário. 
(IUDÍCIBUS, 2013, p. 3). 
Mais recentemente, a importância da moderna análise de balanços é notada desde a 
segunda metade do século passado. Os banqueiros foram responsáveis, em boa parte, pela 
vulgarização da análise de balanços através de quocientes. Desde fins do século passado, é 
prática relativamente comum o banqueiro analisar o relacionamento entre os valores a 
receber e os valores a pagar de cada empreendimento a fim de determinar com mais base o 
risco envolvido em conceder empréstimo à entidade. (IUDÍCIBUS, 2013, p. 3). 
Segundo Iudícibus (2013, p. 3) o surgimento de bancos governamentais de 
desenvolvimento, regionais ou nacionais, em vários países, deu origem à análise de 
balanços, pois estas entidades exigem, como parte do projeto de financiamento, uma 
análise completa da situação econômico-financeira da empresa. 
A finalidade da Análise de demonstrações contábeis é transformar os dadosextraídos das demonstrações financeiras em informações uteis para a tomada de decisão 
por parte de pessoas e ou entidades interessadas. (RIBEIRO, 2011, p. 8) 
 
Análise Horizontal 
 
A Análise Horizontal também é conhecida como Análise de tendência e de 
evolução. Segundo Assaf Neto (2009, p. 115) a Análise Horizontal é a comparação que se 
faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios 
sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de 
números-índices, sendo seus cálculos processados de acordo com a seguinte expressão: 
 
 mero ndice 
 
 
 
Pela identidade, revela-se que o número-índice é a relação existente entre o valor de 
uma conta contábil (ou grupo de contas) em determinada data (VD) e seu valor obtido na 
data- base (VB). Em outras palavras, VD representa um valor monetário identificado no 
exercício que se pretende comprar por meio de um índice, e VB exprime esse mesmo valor 
apurado no exercício em que se efetua a comparação. 
Análise Vertical 
 
Segundo Assaf (2009, p. 123), a Análise Vertical também é um processo 
comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo 
de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo. 
 
 
 nálise ertical do alanço atrimonial 
Conta ou grupo de contas 
 tivo ou assivo 
 
 
 
 nálise ertical 
Conta ou item da 
 eceita quida de endas
 
 
Ao ser processado um estudo comparativo das demonstrações contábeis de uma 
4 
 
empresa, é importante que sejam utilizados tanto a análise horizontal como a vertical, a fim 
de melhor identificar as várias mutações sofridas por seus elementos contábeis. (ASSAF, 
2009, p. 125) 
 
Análise de Liquidez 
 
Em conformidade a Marion (2010) os indicadores ou índices de liquidez são usados 
para verificar a habilidade de pagamento da empresa, ou seja, são utilizados para averiguar 
se a empresa consegue pagar todos os seus compromissos. Os principais índices de 
liquidez são: Liquidez Corrente, Liquidez Seca, Liquidez Geral e Liquidez Imediata. 
Segundo Ribeiro (2011, p. 161) os quocientes de liquidez evidenciam o grau de 
solvência da empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira que 
garanta o pagamento dos compromissos assumidos com terceiros. 
 
Liquidez Geral 
 
 Este quociente tem o objetivo de detectar a saúde financeira a curto e longo prazo 
da empresa, sendo assim utilizada como uma medida de segurança financeira da empresa 
a longo prazo. Segundo Ribeiro (2011, p. 161) esse quociente evidencia se os recursos 
financeiros aplicados no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo são 
suficientes para cobrir as Obrigações totais, isto é, quanto a empresa tem de Ativo 
Circulante mais Realizável a Longo Prazo para cada $ 1 de Obrigação total. 
 
 rmula 
 tivo Circulante tivo ealizável a longo razo
 assivo Circulante assivo ig vel a ongo razo
 
 e acordo com Silva 2 6, p. 3 7 “a interpretação do ndice de liquidez geral é no 
sentido de quanto maior, melhor, mantidos constantes os demais fatores”. 
 
Liquidez Corrente 
 
 A liquidez Corrente também conhecida como Liquidez Comum, possui a função de 
demonstrar a capacidade de pagamento da empresa, em curto prazo. (MARION, 2010). 
Se o índice de Liquidez corrente for superior que $ 1 de maneira geral, percebe-se a 
existência de um capital circulante (capital de giro) líquido positivo, se menor que $ 1, 
conclui-se que seu capital de giro líquido será negativo (ativo circulante menor que passivo 
circulante). 
 
 rmula 
 tivo Circulante
 assivo Circulante
 
 Conforme a interpretação de Ribeiro (2011) quanto maior este quociente, melhor. 
 
Liquidez Seca 
 
Liquidez Seca, de acordo com Ribeiro (2011, p. 165) é o quociente que revela a 
capacidade financeira líquida da empresa para cumprir os compromissos de curto prazo, 
isto é, quanto a empresa tem de Ativo Circulante Líquido para cada $ 1 do Passivo 
Circulante. Liquidez Seca permite estimar uma situação de estagnação ou paralisação das 
5 
 
vendas. (MARION, 2010). 
 rmula 
 tivo Circulante stoques
 assivo Circulante
 
Neste ponto de vista, o referido índice revela se a empresa possui condições de 
pagar suas obrigações de curto prazo apenas com os seus valores do disponível e contas a 
receber a prazo. Seguindo o mesmo raciocínio dos índices de liquidez geral e corrente, 
quanto maior melhor. 
 
Liquidez Imediata 
 
Este índice faz uma comparação entre o Disponível e o Passivo Circulante, sem 
considerar os outros itens que fazem parte do Ativo Circulante, indicando a porcentagem 
dos compromissos que uma empresa pode liquidar imediatamente. A liquidez imediata 
permite visualizar a capacidade de pagamento da empresa, na forma, imediata. (MARION, 
2010). 
As instituições devem manter os limites de segurança, não desejando, obter altos 
índices, pois dinheiro parado é dinheiro perdido, uma vez que ele perde poder aquisitivo, 
com a inflação. Por outro lado, constantes e crescentes atrasos no pagamento a fornecedor, 
demonstram as dificuldades financeiras. (MARION, 2010). 
 
 rmula 
 isponibilidades
 assivo Circulante
 
Para Ribeiro (2011, p. 167) este quociente revela a capacidade de liquidez imediata 
da empresa para saldar seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresa possui 
de dinheiro em Caixa, nos Bancos e em Aplicações de Liquidez Imediata, para cada $ 1 do 
Passivo Circulante. 
 
Principais Índices de Estrutura Patrimonial 
 
Estes quocientes relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar a 
posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros. São quocientes de 
muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com capital de 
terceiros. (IUDÍCIBUS, 2013, p. 97) 
 
Endividamento 
 
É obtido pela relação entre o capital de terceiros (curto e longo prazo) e o capital 
próprio, isto é: 
 rmula 
Capital de erceiros
 atrim nio iquido
 
Este quociente é um dos mais utilizados para retratar o posicionamento das 
empresas com relação a capital de terceiros. Grande parte das empresas que vão à falência 
apresenta durante um período relativamente longo, altos quocientes de capital de terceiros/ 
Capital Próprio. Isto não significa que uma empresa com alto quociente necessariamente irá 
à falência, mas todas ou quase todas as empresas que vão à falência apresentam este 
6 
 
sintoma. Daí o cuidado deve ser tomado com relação à projeção de captação de recursos 
quando vislumbramos uma necessidade de ou oportunidade de expansão. (IUDÍCIBUS, 
2013, p. 98) 
 
Composição do Endividamento 
 
Após conhecer o grau de Endividamento, o passo seguinte é saber qual a 
composição dessas dívidas. O índice representa a composição do endividamento Total ou 
qual a parcela que se vence à Curto prazo, no Endividamento total. (IUDÍCIBUS, 2013, p. 
98). 
 
 rmula 
 assivo Circulante
Capital de erceiros
 
A empresa em franca expansão deve procurar financiá-la, em grande parte, com o 
endividamento de longo prazo, de forma que, à medida que ela ganhe capacidade 
operacional adicional com a entrada em funcionamento dos novos equipamentos e outros 
recursos de produção, tenha condições de começar a amortizar suas dívidas. (IUDÍCIBUS, 
2013, p. 99). 
 
Imobilização do Patrimônio Líquido 
 
É apurado pela relação entre o ativo não circulante (menos o realizável a longo 
prazo) e o Patrimônio Líquido, ou seja: 
 
 rmula 
 tivo ão Circulante tivo ealizável a longo razo
 atrim nio iquido
 
A aplicação deste quociente revela qual a parcela do Patrimônio Liquido foi utilizada 
para financiar a compra do ativo permanente, isto é, quanto a empresa imobilizou no ativo 
permanente para cada $ 1 de Patrimônio Liquido. (RIBEIRO, 2011, p. 157) 
 
Imobilização dos Recursos Não correntes 
 
Éapurado pela relação entre o ativo permanente e o passivo permanente (exigível a 
longo prazo e patrimônio líquido menos o que é realizável no longo prazo), ou seja: 
 
 rmula 
 tivo ão Circulante
 atrim nio iquido assivo ão Circulante
 
 
Segundo Ribeiro (2011, p.159) este quociente revela qual a proporção existente 
entre ativo fixo e os recursos Não correntes, isto é quanto a empresa investiu no ativo não 
circulante para cada $ 1 de Patrimônio Liquido mais Exigível em Longo Prazo. 
 
Análise de Rentabilidade – Retorno sobre o investimento 
 
Os quocientes de rentabilidade servem para medir a capacidade econômica da 
empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo Capital investido na 
7 
 
empresa. São calculados com base nos valores extraídos da demonstração do Resultado do 
Exercício e do Balanço Patrimonial. (RIBEIRO, 2011, p. 168). 
 
Giro do Ativo 
 
Este quociente evidencia a proporção existente entre o volume de vendas e os 
Investimentos totais efetuados na empresa. A interpretação deste índice deve ser 
direcionada para verificar se o volume das vendas realizadas no período foi adequado em 
relação ao Capital Total investido na empresa. (RIBEIRO, 2011, p.169). 
 
 rmula 
 endas iquidas
 tivo
 
Como os gastos efetuados pelas empresas para o desenvolvimento normal de suas 
atividades variam em função do ramo de atividade por elas exercido, também o volume de 
vendas ideal para cada empresa dependerá de seu ramo de negócio. O ideal é que este 
quociente seja superior a um, caso em que estará indicando que o volume das vendas 
superou o valor investido na entidade. (RIBEIRO, 2011, p. 169). 
 
Margem Liquida 
 
 O quociente revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do 
seu faturamento, a interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar a margem 
de Lucro da empresa em relação às vendas. (RIBEIRO, 2011, p 170) 
 Quando o quociente Giro do Ativo é superior a um, a situação, aparentemente é 
favorável; se o quociente Margem Líquida é inferior a um, indica que a aparente situação 
favorável não é suficiente para cobrir custos necessários a sua obtenção. Quando o Giro do 
Ativo é inferior a um, indica, em princípio, situação desfavorável, o que poderá não 
corresponder a realidade se o Quociente Margem Líquida for maior que um. Isso revela que, 
embora as vendas tenham sio baixas em relação ao Capital Total investido na empresa, 
foram suficientes para cobrir os custos necessários à sua obtenção. (RIBEIRO, 2011, p. 
170) 
 
 rmula 
 ucro quido
 endas iquidas
 
 
Portanto nem sempre um volume de vendas alto é sinônimo de lucratividade 
garantida e vice-versa, ou seja, nem sempre um volume de vendas baixo é sinônimo de 
prejuízo. Há casos em que, estrategicamente, a empresa reduz o volume de vendas como 
medida necessária para aumentar sua lucratividade. Isto é possível quando um menor 
movimento de vendas resulta na redução de gastos. (RIBEIRO, 2011, p. 171) 
 
Rentabilidade do Ativo 
 
Este índice evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, sua 
interpretação deve ser direcionada para verificar o tempo necessário para que haja o retorno 
dos Capitais Totais (Próprios e de terceiros) investidos na empresa. (RIBEIRO, 2011, p. 
171). 
8 
 
 rmula 
 ucro quido
 tivo otal
 
Quanto maior for este quociente, maior será a lucratividade obtida pela empresa em 
relação aos investimentos totais. Trabalhando com Capitais de Terceiros, a empresa 
obviamente precisará remunerar esses capitais com lucratividade apurada no 
desenvolvimento de suas atividades normais. Quanto isto for possível, a situação será 
favorável; se a lucratividade obtida não for suficiente para remunerar os Capitais de 
Terceiros, será preciso buscar outras fontes de recursos, aumentando o endividamento da 
empresa. (RIBEIRO, 2011, p. 171) 
 
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
 
 O quociente revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pela Capital Próprio 
investido na empresa, a intepretação deste quociente deve ser direcionada para verificar 
qual o tempo necessário para se obter o retorno do Capital Próprio Investido na empresa, ou 
seja, quantos anos serão necessários para que os proprietários obtenham de volta o valor 
do capital que investiram na empresa. (RIBEIRO, 2011, p. 172) 
 Quanto maior for este quociente, maior será o grau de lucratividade apurado pela 
empresa em relação ao Capital Próprio Investido. (RIBEIRO, 2011, p. 173) 
 
 rmula 
 ucro quido
 atrim nio iquido
 
 
Fator de Insolvência de Kanitz 
 
O modelo de insolvência de Kanitz foi desenvolvido no Brasil nos recintos da USP 
(Universidade de São Paulo) em meados da década de 70. O professor Stephen Charles 
Kanitz, do departamento de contabilidade da FEA/USP, não revelou como chegou às 
fórmulas que denotam insolvência. (JUNIOR e BEGALLI, p. 278, 2009). 
Após cálculos, que são de caráter eminentemente estatístico, obtém-se um número 
denominado fator de insolvência que determina a tendência de uma empresa falir ou não. 
Para facilitar, Kanitz criou uma escala chamada de termômetro de insolvência, indicando 
três situações diferentes: solvência, penumbra e insolvência. (JUNIOR e BEGALLI, p. 278, 
2009). 
 Figura 1 – Termômetro de Insolvência de Kanitz 
 
Fonte: Kanitz (1980). 
 
9 
 
Segundo Junior e Begalli (2009, p. 279) o FI – Fator de Insolvência de Kanitz – é 
obtido por meio da seguinte fórmula: 
 
“ I , 5 ,65 3,55 C-1,06xD- ,33 ” 
Onde: 
A = Rentabilidade do Patrimônio Liquido: Lucro Líquido/ Patrimônio Líquido; 
B = Liquidez Corrente: Ativo Circulante (+) realizável a longo prazo / Exigível total; 
C = Liquidez Seca: Ativo circulante (-) Estoques / Passivo Circulante 
D = Liquidez Corrente: Ativo Circulante/ Passivo Circulante; 
E = Grau de Endividamento: Passivo Total / Patrimônio Líquido. 
 
Neste fator, a região de insolvência da empresa é apresentada quando o fator de 
insolvência- FI – Apresentar resultado inferior a -3. 
 
PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 
 
O presente estudo utilizou a pesquisa descritiva que configura-se como um estudo 
intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão preliminar 
como a primeira nem tão aprofundada como a segunda. Nesse contexto, descrever significa 
identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos. (BEUREN, 2006) 
No que se refere ao tipo de pesquisa, caracterizou-se por um estudo de caso. O 
estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso. 
Esse estudo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofundar seu conhecimento a 
respeito de determinado caso específico. (BEUREN, 2006). 
Os dados e informações para o desenvolvimento do estudo foram coletados por meio 
de consultas a artigos e livros publicados sobre o tema, além dos demonstrativos contábeis, 
Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício da empresa pesquisada. 
A abordagem do problema utilizou a pesquisa qualitativa em que concebem-se 
análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. A abordagem 
qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, 
haja vista a superficialidade deste último. (BEUREN, 2006) 
 
APRESENTAÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES E ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
Histórico empresarial 
A empresa JBS S/A é uma empresa brasileira de Goiás, fundada em 1953, é 
considerada uma das maiores indústrias alimentícias do mundo. A companhia abriu seu 
capital em março de 2007 e suas ações são negociadas na BM&FBovespa no mais elevado 
nível de governança corporativa do mercado de capitais do Brasil, o Novo Mercado. Ela é 
uma empresa de capital aberto, do gênero sociedade anônima e com sua sede em São 
Paulo (SP). 
 A expansão internacional da JBS se iniciou com a compra da unidade da Swift na 
Argentina em 2005 e, posteriormente,com a incorporação da matriz americana e a unidade 
australiana da marca. A companhia está presente em todos os continentes, com plataformas 
de produção e escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai, Paraguai, 
10 
 
México, Rússia, entre outros países. Possui 140 unidades de produção no mundo e mais de 
120 mil colaboradores (JBS, 2010). 
 Os dados analisados (balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício) 
encontram-se disponíveis no site http://www.jbs.com.br/pt-br. 
 
Análise Horizontal e Vertical 
 
A Análise Horizontal aponta o crescimento das contas do balanço e da 
Demonstração de Resultado de Exercícios, através dos anos analisados com o objetivo de 
caracterizar tendências, enquanto a Análise Vertical avalia a estrutura e a composição de 
itens e sua evolução ao longo dos anos. O ano de 2012 é a base para comparação dos 
anos seguintes. 
 
Tabela 1 – Análise Horizontal e Vertical do BP JBS S/A (2012 a 2015). 
 
2012 2013 2014 2015 
BALANÇO PATRIMONIAL AV AH AV AH AV AH AV AH 
ATIVO TOTAL 100% 100% 100% 38% 100% 19% 100% 48% 
ATIVO CIRCULANTE 38,96 100% 42,10% 49% 45,76% 30% 40,91% 33% 
Disponibilidades 3,92% 100% 6,89% 42% 10,20% 78% 8,85% 29% 
Aplicações Financeiras 6,90% 100% 6,26% 25% 7,97% 52% 6,63% 23% 
Valores a Receber 11,43% 100% 12,99% 57% 11,67% 7% 9,95% 27% 
Estoques 10,42% 100% 10,05% 33% 10,08% 20% 9,12% 34% 
Outros Ativos Circulantes 6,29% 100% 5,94% 30% 5,83% 17% 6,35% 62% 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 61,04% 100% 57,90% 31% 54,24% 12% 59,09% 62% 
Ativo Realizável longo prazo 4,42% 100% 5,19% 62% 5,69% 31% 4,64% 21% 
Ativo Permanente 56,63% 100% 52,71% 28% 48,55% 10% 54,45% 66% 
Investimentos 0,52% 100% 0,40% 7% 0,36% 6% 0,29% 20% 
Imobilizado 32,57% 100% 30,49% 29% 29,37% 15% 29,06% 47% 
Intangível 23,53% 100% 21,81% 28% 18,81% 3% 25,10% 98% 
Passivo Total + Patrimônio Liquido 100% 100% 100% 38% 100% 19% 100% 48% 
PASSIVO CIRCULANTE 23,19% 100% 25% 53% 30,31% 40% 32,61% 60% 
Obrigações Trabalhistas 2,15% 100% 2,32% 49% 2,27% 17% 2,38% 55% 
Fornecedores 7,16% 100% 7,78% 50% 8,46% 30% 10,20% 79% 
Obrigações Fiscais 0,44% 100% 0,25% 78% 0,97% 343% 0,69% 13% 
Empréstimos e Financiamentos 12,26% 100% 13,73% 55% 16,68% 45% 17,17% 53% 
Outros Passivos Curto prazo 1,18% 100% 1,71% - 1,98% 39% 2,17% 63% 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 33,74% 100% 40,52% 66% 38,43% 13% 43,32% 67% 
Passivo Exigível a longo prazo 33,74% 100% 41% 66% 38,43% 13% 43,32% 67% 
Empréstimos 28,92% 100% 33,97% 62% 32,17% 13% 36,94% 70% 
Tributos Diferidos 2,57% 100% 3,09% 66% 3,46% 34% 3,54% 52% 
Provisões Longo Prazo 0,41% 100% 1,24% 318% 0,86% -12% 1,26% 117% 
Outros Passivos Longo Prazo 1,84% 100% 2,23% 67% 1,94% 400% 1,58% 21% 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43,08% 100% 33,69% 8% 31,25% 11% 24,07% 14% 
Capital Social 43,22% 100% 31,32% - 26,21% - 19% 10% 
http://www.jbs.com.br/pt-br
11 
 
Reservas de Capital -0,98% 100% -0,43% -39% -0,18% -50% -0,65% 433% 
Reservas de Reavaliação 0,19% 100% 0,13% -5% 0,11% -5% 0,07% -12% 
Reservas de Lucros 4,01% 100% 3,94% 36% 5,19% 58% 3,91% 12% 
Ajustes Av. Patrimonial 0,19% 100% 0,19% 43% 0,12% -23% 0,17% 102% 
Part. Acion. Não Cont. 1,65% 100% 1,72% 44% 2,16% 50% 1,31% -10% 
Ajustes Acum. De Conv. -5,21% 100% -3,18 84% -2,36% -12% -10,10% -94% 
Fonte: Balanço Patrimonial da empresa JBS S/A no período de: 2012 a 2015. 
 
A seguir na tabela 2 apresentou-se o resultado obtido através da análise vertical e 
horizontal que envolveu as contas de resultado. 
 
 Tabela 2 - Análise Horizontal e Vertical DRE JBS S/A (2012 a 2015). 
DRE 
2012 2013 2014 2015 
AV AH AV AH AV AH AV AH 
(=) RECEITA DE VENDAS 100% 100% 100% 23% 100% 30% 100% 35% 
(-) CMV 89% 100% 87% 21% 84% 26% 86% 38% 
(=) RESULTADO BRUTO 11% 100% 13% 36% 16% 41% 14% 21% 
(-) Despesas Operacionais 8% 100% 8% 29% 9% 41% 8% 24% 
 Despesas com Vendas 5% 100% 6% 36% 6% 36% 6% 31% 
Despesas Gerais e Adm 3% 100% 3% 22% 3% 32% 2% 21% 
(=) Resultado Antes dos juros 4% 100% 4% 53% 7% 88% 6% 17% 
(+) Receitas Financeiras 2% 100% 5% 170% 5% 31% 12% 249% 
(-) Despesas Financeiras 4% 100% 7% 128% 8% 39% 13% 125% 
(=) RESULT. ANT. IR/CSSL 2% 100% 2% 28% 3% 136% 5% 88% 
(-) Provisão para IR e CSLL 1% 100% 1% 6% 1% 172% 2% 54% 
(=) RESULTADO LÍQUIDO 1% 100% 1% 47% 2% 115% 3% 113% 
(=) Lucro Líq.do Exercício 1% 100% 1% 47% 2% 115% 3% 113% 
 Fonte: Demonstração do Resultado do Exercício da empresa JBS S/A no período de: 2012 a 
2015. 
 
O ativo total da empresa cresceu 48% em 2015, impulsionado principalmente pelo 
ativo não circulante que aumentou 62% e representa 59,09% do total do ativo. Já o ativo 
circulante cresceu 33%, representando 40,91% do total do Ativo. A conta mais relevante do 
Ativo circulante é disponibilidades (29%), ainda assim, teve um crescimento inferior a 
demais contas do ativo circulante (8,85%). No ativo não circulante o grupo de contas mais 
relevante é o ativo permanente, suas contas mais relevantes são o imobilizado e intangível, 
representando 29,06% e 25,10%, respectivamente, o intangível que por sua vez, apresentou 
um crescimento de 98% (AH). 
O passivo total da empresa cresceu 48% em relação ao ano base, o passivo não 
circulante é grupo com mais representatividade (43,32%), seguido do passivo circulante 
(32,61%) e por último o Patrimônio Líquido (24,07). A conta mais relevante do passivo 
circulante é Empréstimos e Financiamentos (17,17%) e cresceu 53%ao longo dos quatro 
anos, seguida da conta „ ornecedores‟ ,2 % que apresentou crescimento de 79%. O 
grupo que apresentou maior crescimento no passivo não circulante foi o exigível a longo 
prazo (43,32%), a conta mais relevante foi Empréstimos (36,94%) e teve um aumento de 
12 
 
70%. Em relação às contas do PL, a conta mais relevante é o Capital Social e representa 
19% (AV) do total do passivo, e apresentou um crescimento de 10% em relação ao período 
analisado. 
 
Análise de Liquidez 
 
Os indicadores de liquidez são usados para verificar a capacidade de pagamento da 
empresa. 
 Tabela 3 – Indicadores de Liquidez 
Liquidez 2012 2013 2014 2015 
Corrente 1,68 1,63 1,51 1,25 
Seca 1,23 1,24 1,18 0,97 
Geral 1,76 1,51 1,45 1,32 
Imediata 0,17 0,27 0,34 0,27 
 Fonte: Balanço Patrimonial empresa JBS S/A no período de: 2012 a 2015. 
 
 Os resultados de liquidez apresentaram que a entidade possui uma liquidez corrente 
boa, apesar de ter diminuído ao passar dos períodos. Para cada R$1,00 de dívidas a curto 
prazo a empresa tem R$1,25 de recursos de curto prazo referente ao ano de 2015.A 
liquidez imediata da empresa não apresentou quocientes bons. 
 A liquidez seca apresentou indicadores considerados bons, apenas no ano de 2015 
mostrou quociente inferior a 1. A entidade pode arcar com as dívidas de curto prazo 
utilizando itens de maior liquidez no ativo circulante. 
 Em relação a sua liquidez geral a empresa apresenta índices satisfatórios apesar de 
ter sofrido uma queda de 0,44 no período de 2012 a 2015. Em uma visão geral percebe-se 
que a entidade tem uma boa liquidação, pois em 4 anos: 2012 a 2015, seus indicadores são 
superiores a 1, ou seja, que para cada um real de dívida exigível da empresa ela possui 
valor no Ativo Circulante e no Realizável para cobrir as dívidas e ter sobras. 
 
Endividamento 
 
 Os índices de Estrutura de Capital estabelecem relações entre as fontes de 
financiamento próprio e de terceiros. Visam evidenciar a dependência da entidade em 
relação aos recursos de terceiros. 
 
 Tabela 4 – Indicadores de Estrutura de Capital 
Endividamento 2012 2013 2014 2015 
Grau 132% 197% 220% 316% 
Composição 41% 39% 44% 43% 
Imobilização PL 1,31 1,56 1,55 2,26 
Imobilização RNC 0,79 0,78 0,78 0,88 
 Fonte: Balanço Patrimonial empresa JBS S/A no período de: 2012 a 2015. 
 
O grau de endividamento da empresa JBS vem aumentando ao passar dos anos, 
para cada $ 1 de recursos próprios, a empresa possui R$ 3,16 de dívidas com terceiros 
referenteao ano de 2015. A empresa apresenta uma boa composição de endividamento, 
pois suas obrigações no longo prazo prevalecem sobre as de curto prazo. 
13 
 
O índice de imobilização do Patrimônio Líquido mostrou que para cada $ 1 de 
Patrimônio Liquido a empresa imobilizou$ 2,26, notou-se um aumento ao longo dos anos. 
O índice de Imobilização de recursos não correntes mostra que para cada $ 1 de 
Capital próprio mais o Exigível em longo prazo a empresa investiu $ 0,79 no ativo não 
circulante revelando a proporção desfavorável entre ativos fixos e os recursos não correntes 
 
Rentabilidade 
 
Os índices de Rentabilidade servem para medir a capacidade econômica da 
empresa. 
 Tabela 5 – Indicadores de Rentabilidade Empresarial 
Rentabilidade 2012 2013 2014 2015 
Ativo 1,53% 1,63% 2,93% 4,21% 
Patrimônio Líquido 3,56% 4,83% 9,38% 17,50% 
Margem Liquida 1% 1,20% 2% 3,15% 
Giro do Ativo 1,52% 1,35% 1,47% 1,34% 
 Fonte: Balanço Patrimonial e DRE da empresa JBS S/A no período de: 2012 a 2015. 
 
Embora a Cia JBS apresente uma queda no giro do ativo no ano de 2015, a situação 
econômica nesse período foi melhor que nos anos anteriores, os quocientes do giro do ativo 
representam que o volume de vendas realizadas no período foi adequado em relação ao 
Capital Total investido na empresa. 
Observou-se que a empresa está lucrando na margem líquida em vez do giro do 
ativo. A rentabilidade do ativo apresenta índices bons, crescendo 2,68% em comparação 
com o ano de 2012, evidenciando que a empresa possui potencial de geração de lucros. A 
rentabilidade do PL mostrou indicadores satisfatórios e está aumentando ao passar dos 
anos, o que é bom para o desempenho da empresa, pois quanto maior este índice menor o 
tempo necessário para se obter o retorno do Capital Próprio investido na empresa. 
 
Termômetro de Kanitz 
 
 Através da análise do Fator de Insolvência é possível verificar a possibilidade ou não 
de falência da empresa. 
 
 Tabela 6 – Fator de Insolvência de Kanitz 
Fator de Insolvência 2012 2013 2014 2015 
A - Rentabilidade do Ativo x 0,05 0,08 0,08 0,15 0,21 
B - Liquidez Geral x 1,65 2,9 2,05 2,39 2,18 
C- Liquidez Seca x 3,55 4,37 4,4 4,19 3,44 
D - Liquidez Corrente x 1,06 1,78 1,73 1,6 1,33 
E - Endividamento x 0,33 0,44 0,65 0,73 1,04 
FI= (A+B+C+D-E) 8,69 7,61 7,6 6,12 
Avaliação Solvente Solvente Solvente Solvente 
Fonte: Balanço Patrimonial e DRE da empresa JBS S/A no período de: 2012 à 2015. 
 
 Conforme ilustrado na figura 1, a empresa é solvente quando alcança índices 
14 
 
positivos, na penumbra quando possui índices negativos de -1 a -3, e insolvência quando 
possui índices de -4 a -7. 
 Na análise realizada nos demonstrativos financeiros da empresa JBS S.A no período 
de 2012 a 2015, observou-se que a empresa encontra-se solvente em todos os períodos 
analisados. Ressaltando que no ano de 2012 apresentou o maior índice, entre todos os 
períodos analisados, e vem apresentando uma queda significativa ao longo dos anos. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 O presente estudo teve o objetivo de averiguar a situação financeira e econômica da 
empresa JBS S/A. A pesquisa utilizou os dados do Balanço Patrimonial e Demonstração do 
Resultado de Exercício da entidade, no lapso temporal de 2012 a 2015. Foi evidenciada a 
relevância que possui a Análise de Balanço e os seus métodos como: Análise Vertical e 
Análise Horizontal, indicadores de Liquidez, Endividamento, Rentabilidade e Fator de 
Insolvência de Kanitz para averiguar a saúde econômica e financeira das empresas. 
 Através do processo de análise verificou-se a situação financeira por meio dos 
quocientes de liquidez e endividamento e a situação econômica utilizando os quocientes de 
rentabilidade, respondendo o problema e o objetivo geral da pesquisa que era 
respectivamente conhecer e analisar a situação econômico-financeira da empresa JBS S.A. 
De acordo com os índices liquidez constatou-se que a empresa possui recursos para 
saldar suas dívidas, mantém esses índices em situação favorável, apresentando bons 
índices de Liquidez Corrente, Liquidez Seca e Liquidez Geral, apesar de estarem diminuindo 
com o passar dos períodos. Apenas a Liquidez Imediata não revelou quocientes 
satisfatórios, o que significa que a empresa não possui dinheiro parado em caixa. 
 Os índices de endividamento demonstram que a entidade apresentou constantes 
aumentos na Participação de Capital de Terceiros, o Grau de Endividamento da empresa 
aumentou 184% no período de 2012 a 2015, porém a Composição do Endividamento é boa, 
pois a empresa buscoua mais capital a longo prazo que a curto. 
 Pode-se observar que os índices de Imobilização do Patrimônio Líquido estão 
aumentando com o passar dos anos, o que significa que a empresa está utilizando o 
Patrimônio Líquido para financiar a compra do ativo permanente. A entidade apresentou 
aumento em relação ao índice de Imobilização de Recursos Não Correntes, cerca de 9% em 
relação ao ano de 2012 a 2015, mostrando que a empresa investiu no ativo não circulante. 
A empresa JBS S/A apresentou índices positivos de rentabilidade, revelando que a 
entidade possui uma boa capacidade econômica. Observou-se que a JBS S/A está lucrando 
em sua margem líquida, ou seja, a empresa está ganhando em seu faturamento. Os índices 
de Rentabilidade do Ativo aumentaram cerca de 2,68% no lapso temporal de 2012 a 2015, 
evidenciando que a entidade possui potencial de geração de lucros. Em relação à 
Rentabilidade do PL pode-se observar que revelaram índices satisfatórios, aumentando ao 
passar dos períodos, pois este índice quanto maior, menor será o tempo necessário para 
obter o retorno do Capital Próprio investido na empresa. 
Analisando o fator de solvência de Kanitz observou-se que a empresa é solvente, ou 
seja, não apresenta risco de falência, alcançando bons níveis de solvência conforme 
indicado no termômetro de Kanitz. 
 
 
 
15 
 
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