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1 ANÁLISE DE ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS: ESTUDO DE CASO DA EMPRESA JBS S/A NO PERÍODO DE 2012 - 2015 Larissa Dallelaste Borilli1 Patricia Alves de Souza2 José Roberto Domingues da Silva³ RESUMO Diante da competitividade empresarial, o empresário deve aplicar métodos que facilitem a interpretação real do seu Patrimônio, bem como, fornecer tendências e perspectivas, para que possa projetar futuros investimentos ou evitar imprevistos. A análise de Balanço produz informações a respeito do desempenho empresarial, situação econômico-financeira, eficiência ou ineficiência na utilização de recursos, evidências e erros na administração para possíveis mudanças e reversão positiva das demonstrações contábeis de uma Organização. O presente artigo apresentou uma análise econômico-financeira através da Análise Horizontal e Vertical, cálculos dos índices de Liquidez, Endividamento e Rentabilidade e termômetro de Kanitz, por meio dos dados apresentados pela empresa JBS S/A no período de 2012 a 2015, possibilitando encontrar desenvolvimento positivo ou negativo das contas do Balanço Patrimonial e da DRE, a saúde financeira da empresa, medir sua capacidade de saldar obrigações de curto/longo prazo, verificar como a empresa utiliza recursos de terceiros, bem como, mensurar a rentabilidade em função dos investimentos e Patrimônio Liquido. Utilizou-se para este estudo, uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, dos dados apresentados no Balanço Patrimonial (B.P) e da Demonstração do Resultado do Exercício (D.R.E) da empresa JBS S/A companhia de Capital Aberto, tendo como referência os exercícios de 2012, 2013, 2014 e 2015. Como resultado da Análise dos índices a empresa JBS S/A apresenta uma situação econômica financeira favorável no período estudado. Palavras-chave: Liquidez. Endividamento. Rentabilidade. Kanitz. Resultados. INTRODUÇÃO A contabilidade é uma Ciência existente desde os primórdios das civilizações, quando o homem sentiu a necessidade de controlar os seus bens. Com o passar do tempo à contabilidade evoluiu, e o advento da globalização fez com que as empresas se tornassem cada vez mais competitivas, ou seja, para competirem no mercado atual precisam possuir um controle eficiente de seu patrimônio, pois, para tomar decisões não basta apenas basear-se nas tendências de mercado, porque a empresa pode sofrer imprevistos que comprometem sua capacidade financeira, daí a importância da análise da situação econômico-financeira da organização. Mesmo com as mudanças que a ciência contábil sofre, devido, a decorrência de uniformização dos mercados, a principal função da Contabilidade é “prover os usuários dos demonstrativos financeiros com informações que os ajudarão a tomar decisões”. (IUDÍCIBUS, 2007, p. 20). A análise das demonstrações contábeis é relevante para a gestão das empresas, pois, através dela podem-se identificar possíveis problemas e investigar as suas causas, ou até mesmo, detectar um problema antes mesmo que ele aconteça. Com a análise é possível observar informações que seriam impossíveis de enxergar somente com as atividades 1 Graduanda do curso de Ciências Contábeis (UNIVEL) (2016) ² Graduanda do curso de Ciências Contábeis (UNIVEL) (2016) 3 Professor Orientador, Mestre em Administração (PUC-PR) (2015). 2 operacionais da empresa. Para realizar a análise econômico-financeira de uma empresa, são utilizadas o estudo de índices, que são extraídos dos demonstrativos financeiros apresentados pela organização, relacionando sua evolução ao longo do período de atividade. O presente estudo tem foco na análise horizontal e vertical, índices de liquidez, endividamento e rentabilidade, e aplicação do termômetro de Kanitz, utilizando os demonstrativos financeiros da empresa JBS S.A no período de 2012 a 2015. O estudo avaliou a capacidade que a empresa JBS S.A possui para saldar compromissos e obrigações com terceiros, rentabilidade que a empresa apresenta, bem como o fator de solvência que ela apresenta em determinado período de atividade. Através dos indicadores de liquidez, endividamento, rentabilidade e solvência, pode-se avaliar o equilíbrio ou desequilíbrio financeiro da entidade em determinado período. Desta forma o assunto a ser estudado está inserido na área macro Análise das Demonstrações Contábeis. Serão detalhados os índices apresentados pela empresa, bem como, sua relevância como ferramenta gerencial para a empresa no processo de tomada de decisão. Para a aplicabilidade dos Índices será utilizado como fonte às demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício) da empresa JBS S/A no período de 2012-2015. Os índices fornecem uma visão ampla da situação econômica e financeira da empresa e são de grande importância para que a empresa possa ter uma boa saúde financeira, devido à necessidade de obter conhecimento sobre a situação da empresa, em relação a sua capacidade de pagamento e equilíbrio aos prazos de pagamento e recebimento. Logo o trabalho buscou responder a seguinte questão: Qual é a situação econômico- financeira da empresa JBS S/A no período de 2012 a 2015? O estudo busca demonstrar a importância da análise de índices, e aprofunda-se na Análise horizontal, Vertical, liquidez, endividamento, rentabilidade e Solvência baseado nos demonstrativos financeiros que a empresa JBS S/A apresenta. Para os acadêmicos, é uma contribuição para o processo de análise das demonstrações contábeis, bem como a prática de conteúdos aplicados em sala de aula. Para ciência contábil, o processo de Análise das demonstrações contábeis está ligado ao gerenciamento da empresa e permite indicar pontos fortes e fracos no desenvolvimento empresarial, bem como fornecer informações relevantes sobre o desenvolvimento empresarial de uma entidade em determinado período. Santos (2014) e Araújo (2010) publicaram artigos sobre a Análise das demonstrações Contábeis, o objetivo dos trabalhos era averiguar a situação econômica e financeira das empresas abordadas. Os autores destacam a importância de uma visão global da empresa e de suas demonstrações para que se tenha a possibilidade de fazer uma análise que vá mostrar a verdadeira situação da empresa, os índices não podem ser analisados isoladamente. Os autores concluem que se as empresas fizessem um estudo mais detalhado em seus balanços e planejamentos não enfrentariam tantas dificuldades, dando ênfase na importância que possui os índices para se analisar a saúde financeira e econômica das empresas. REFERENCIAL TEÓRICO A necessidade de analisar demonstrações contábeis é pelo menos tão antiga quanto a própria origem de tais peças. Nos primórdios da contabilidade, quanto este se resumia, basicamente, à relação de inventários, já o “analista” se preocupava em anotar as variações 3 quantitativas e qualitativas das várias categorias de bens incluídos em seu inventário. (IUDÍCIBUS, 2013, p. 3). Mais recentemente, a importância da moderna análise de balanços é notada desde a segunda metade do século passado. Os banqueiros foram responsáveis, em boa parte, pela vulgarização da análise de balanços através de quocientes. Desde fins do século passado, é prática relativamente comum o banqueiro analisar o relacionamento entre os valores a receber e os valores a pagar de cada empreendimento a fim de determinar com mais base o risco envolvido em conceder empréstimo à entidade. (IUDÍCIBUS, 2013, p. 3). Segundo Iudícibus (2013, p. 3) o surgimento de bancos governamentais de desenvolvimento, regionais ou nacionais, em vários países, deu origem à análise de balanços, pois estas entidades exigem, como parte do projeto de financiamento, uma análise completa da situação econômico-financeira da empresa. A finalidade da Análise de demonstrações contábeis é transformar os dadosextraídos das demonstrações financeiras em informações uteis para a tomada de decisão por parte de pessoas e ou entidades interessadas. (RIBEIRO, 2011, p. 8) Análise Horizontal A Análise Horizontal também é conhecida como Análise de tendência e de evolução. Segundo Assaf Neto (2009, p. 115) a Análise Horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números-índices, sendo seus cálculos processados de acordo com a seguinte expressão: mero ndice Pela identidade, revela-se que o número-índice é a relação existente entre o valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) em determinada data (VD) e seu valor obtido na data- base (VB). Em outras palavras, VD representa um valor monetário identificado no exercício que se pretende comprar por meio de um índice, e VB exprime esse mesmo valor apurado no exercício em que se efetua a comparação. Análise Vertical Segundo Assaf (2009, p. 123), a Análise Vertical também é um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo. nálise ertical do alanço atrimonial Conta ou grupo de contas tivo ou assivo nálise ertical Conta ou item da eceita quida de endas Ao ser processado um estudo comparativo das demonstrações contábeis de uma 4 empresa, é importante que sejam utilizados tanto a análise horizontal como a vertical, a fim de melhor identificar as várias mutações sofridas por seus elementos contábeis. (ASSAF, 2009, p. 125) Análise de Liquidez Em conformidade a Marion (2010) os indicadores ou índices de liquidez são usados para verificar a habilidade de pagamento da empresa, ou seja, são utilizados para averiguar se a empresa consegue pagar todos os seus compromissos. Os principais índices de liquidez são: Liquidez Corrente, Liquidez Seca, Liquidez Geral e Liquidez Imediata. Segundo Ribeiro (2011, p. 161) os quocientes de liquidez evidenciam o grau de solvência da empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira que garanta o pagamento dos compromissos assumidos com terceiros. Liquidez Geral Este quociente tem o objetivo de detectar a saúde financeira a curto e longo prazo da empresa, sendo assim utilizada como uma medida de segurança financeira da empresa a longo prazo. Segundo Ribeiro (2011, p. 161) esse quociente evidencia se os recursos financeiros aplicados no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo são suficientes para cobrir as Obrigações totais, isto é, quanto a empresa tem de Ativo Circulante mais Realizável a Longo Prazo para cada $ 1 de Obrigação total. rmula tivo Circulante tivo ealizável a longo razo assivo Circulante assivo ig vel a ongo razo e acordo com Silva 2 6, p. 3 7 “a interpretação do ndice de liquidez geral é no sentido de quanto maior, melhor, mantidos constantes os demais fatores”. Liquidez Corrente A liquidez Corrente também conhecida como Liquidez Comum, possui a função de demonstrar a capacidade de pagamento da empresa, em curto prazo. (MARION, 2010). Se o índice de Liquidez corrente for superior que $ 1 de maneira geral, percebe-se a existência de um capital circulante (capital de giro) líquido positivo, se menor que $ 1, conclui-se que seu capital de giro líquido será negativo (ativo circulante menor que passivo circulante). rmula tivo Circulante assivo Circulante Conforme a interpretação de Ribeiro (2011) quanto maior este quociente, melhor. Liquidez Seca Liquidez Seca, de acordo com Ribeiro (2011, p. 165) é o quociente que revela a capacidade financeira líquida da empresa para cumprir os compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresa tem de Ativo Circulante Líquido para cada $ 1 do Passivo Circulante. Liquidez Seca permite estimar uma situação de estagnação ou paralisação das 5 vendas. (MARION, 2010). rmula tivo Circulante stoques assivo Circulante Neste ponto de vista, o referido índice revela se a empresa possui condições de pagar suas obrigações de curto prazo apenas com os seus valores do disponível e contas a receber a prazo. Seguindo o mesmo raciocínio dos índices de liquidez geral e corrente, quanto maior melhor. Liquidez Imediata Este índice faz uma comparação entre o Disponível e o Passivo Circulante, sem considerar os outros itens que fazem parte do Ativo Circulante, indicando a porcentagem dos compromissos que uma empresa pode liquidar imediatamente. A liquidez imediata permite visualizar a capacidade de pagamento da empresa, na forma, imediata. (MARION, 2010). As instituições devem manter os limites de segurança, não desejando, obter altos índices, pois dinheiro parado é dinheiro perdido, uma vez que ele perde poder aquisitivo, com a inflação. Por outro lado, constantes e crescentes atrasos no pagamento a fornecedor, demonstram as dificuldades financeiras. (MARION, 2010). rmula isponibilidades assivo Circulante Para Ribeiro (2011, p. 167) este quociente revela a capacidade de liquidez imediata da empresa para saldar seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresa possui de dinheiro em Caixa, nos Bancos e em Aplicações de Liquidez Imediata, para cada $ 1 do Passivo Circulante. Principais Índices de Estrutura Patrimonial Estes quocientes relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros. São quocientes de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com capital de terceiros. (IUDÍCIBUS, 2013, p. 97) Endividamento É obtido pela relação entre o capital de terceiros (curto e longo prazo) e o capital próprio, isto é: rmula Capital de erceiros atrim nio iquido Este quociente é um dos mais utilizados para retratar o posicionamento das empresas com relação a capital de terceiros. Grande parte das empresas que vão à falência apresenta durante um período relativamente longo, altos quocientes de capital de terceiros/ Capital Próprio. Isto não significa que uma empresa com alto quociente necessariamente irá à falência, mas todas ou quase todas as empresas que vão à falência apresentam este 6 sintoma. Daí o cuidado deve ser tomado com relação à projeção de captação de recursos quando vislumbramos uma necessidade de ou oportunidade de expansão. (IUDÍCIBUS, 2013, p. 98) Composição do Endividamento Após conhecer o grau de Endividamento, o passo seguinte é saber qual a composição dessas dívidas. O índice representa a composição do endividamento Total ou qual a parcela que se vence à Curto prazo, no Endividamento total. (IUDÍCIBUS, 2013, p. 98). rmula assivo Circulante Capital de erceiros A empresa em franca expansão deve procurar financiá-la, em grande parte, com o endividamento de longo prazo, de forma que, à medida que ela ganhe capacidade operacional adicional com a entrada em funcionamento dos novos equipamentos e outros recursos de produção, tenha condições de começar a amortizar suas dívidas. (IUDÍCIBUS, 2013, p. 99). Imobilização do Patrimônio Líquido É apurado pela relação entre o ativo não circulante (menos o realizável a longo prazo) e o Patrimônio Líquido, ou seja: rmula tivo ão Circulante tivo ealizável a longo razo atrim nio iquido A aplicação deste quociente revela qual a parcela do Patrimônio Liquido foi utilizada para financiar a compra do ativo permanente, isto é, quanto a empresa imobilizou no ativo permanente para cada $ 1 de Patrimônio Liquido. (RIBEIRO, 2011, p. 157) Imobilização dos Recursos Não correntes Éapurado pela relação entre o ativo permanente e o passivo permanente (exigível a longo prazo e patrimônio líquido menos o que é realizável no longo prazo), ou seja: rmula tivo ão Circulante atrim nio iquido assivo ão Circulante Segundo Ribeiro (2011, p.159) este quociente revela qual a proporção existente entre ativo fixo e os recursos Não correntes, isto é quanto a empresa investiu no ativo não circulante para cada $ 1 de Patrimônio Liquido mais Exigível em Longo Prazo. Análise de Rentabilidade – Retorno sobre o investimento Os quocientes de rentabilidade servem para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo Capital investido na 7 empresa. São calculados com base nos valores extraídos da demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial. (RIBEIRO, 2011, p. 168). Giro do Ativo Este quociente evidencia a proporção existente entre o volume de vendas e os Investimentos totais efetuados na empresa. A interpretação deste índice deve ser direcionada para verificar se o volume das vendas realizadas no período foi adequado em relação ao Capital Total investido na empresa. (RIBEIRO, 2011, p.169). rmula endas iquidas tivo Como os gastos efetuados pelas empresas para o desenvolvimento normal de suas atividades variam em função do ramo de atividade por elas exercido, também o volume de vendas ideal para cada empresa dependerá de seu ramo de negócio. O ideal é que este quociente seja superior a um, caso em que estará indicando que o volume das vendas superou o valor investido na entidade. (RIBEIRO, 2011, p. 169). Margem Liquida O quociente revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do seu faturamento, a interpretação deste quociente deve ser direcionada a verificar a margem de Lucro da empresa em relação às vendas. (RIBEIRO, 2011, p 170) Quando o quociente Giro do Ativo é superior a um, a situação, aparentemente é favorável; se o quociente Margem Líquida é inferior a um, indica que a aparente situação favorável não é suficiente para cobrir custos necessários a sua obtenção. Quando o Giro do Ativo é inferior a um, indica, em princípio, situação desfavorável, o que poderá não corresponder a realidade se o Quociente Margem Líquida for maior que um. Isso revela que, embora as vendas tenham sio baixas em relação ao Capital Total investido na empresa, foram suficientes para cobrir os custos necessários à sua obtenção. (RIBEIRO, 2011, p. 170) rmula ucro quido endas iquidas Portanto nem sempre um volume de vendas alto é sinônimo de lucratividade garantida e vice-versa, ou seja, nem sempre um volume de vendas baixo é sinônimo de prejuízo. Há casos em que, estrategicamente, a empresa reduz o volume de vendas como medida necessária para aumentar sua lucratividade. Isto é possível quando um menor movimento de vendas resulta na redução de gastos. (RIBEIRO, 2011, p. 171) Rentabilidade do Ativo Este índice evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, sua interpretação deve ser direcionada para verificar o tempo necessário para que haja o retorno dos Capitais Totais (Próprios e de terceiros) investidos na empresa. (RIBEIRO, 2011, p. 171). 8 rmula ucro quido tivo otal Quanto maior for este quociente, maior será a lucratividade obtida pela empresa em relação aos investimentos totais. Trabalhando com Capitais de Terceiros, a empresa obviamente precisará remunerar esses capitais com lucratividade apurada no desenvolvimento de suas atividades normais. Quanto isto for possível, a situação será favorável; se a lucratividade obtida não for suficiente para remunerar os Capitais de Terceiros, será preciso buscar outras fontes de recursos, aumentando o endividamento da empresa. (RIBEIRO, 2011, p. 171) Rentabilidade do Patrimônio Líquido O quociente revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pela Capital Próprio investido na empresa, a intepretação deste quociente deve ser direcionada para verificar qual o tempo necessário para se obter o retorno do Capital Próprio Investido na empresa, ou seja, quantos anos serão necessários para que os proprietários obtenham de volta o valor do capital que investiram na empresa. (RIBEIRO, 2011, p. 172) Quanto maior for este quociente, maior será o grau de lucratividade apurado pela empresa em relação ao Capital Próprio Investido. (RIBEIRO, 2011, p. 173) rmula ucro quido atrim nio iquido Fator de Insolvência de Kanitz O modelo de insolvência de Kanitz foi desenvolvido no Brasil nos recintos da USP (Universidade de São Paulo) em meados da década de 70. O professor Stephen Charles Kanitz, do departamento de contabilidade da FEA/USP, não revelou como chegou às fórmulas que denotam insolvência. (JUNIOR e BEGALLI, p. 278, 2009). Após cálculos, que são de caráter eminentemente estatístico, obtém-se um número denominado fator de insolvência que determina a tendência de uma empresa falir ou não. Para facilitar, Kanitz criou uma escala chamada de termômetro de insolvência, indicando três situações diferentes: solvência, penumbra e insolvência. (JUNIOR e BEGALLI, p. 278, 2009). Figura 1 – Termômetro de Insolvência de Kanitz Fonte: Kanitz (1980). 9 Segundo Junior e Begalli (2009, p. 279) o FI – Fator de Insolvência de Kanitz – é obtido por meio da seguinte fórmula: “ I , 5 ,65 3,55 C-1,06xD- ,33 ” Onde: A = Rentabilidade do Patrimônio Liquido: Lucro Líquido/ Patrimônio Líquido; B = Liquidez Corrente: Ativo Circulante (+) realizável a longo prazo / Exigível total; C = Liquidez Seca: Ativo circulante (-) Estoques / Passivo Circulante D = Liquidez Corrente: Ativo Circulante/ Passivo Circulante; E = Grau de Endividamento: Passivo Total / Patrimônio Líquido. Neste fator, a região de insolvência da empresa é apresentada quando o fator de insolvência- FI – Apresentar resultado inferior a -3. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS O presente estudo utilizou a pesquisa descritiva que configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão preliminar como a primeira nem tão aprofundada como a segunda. Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos. (BEUREN, 2006) No que se refere ao tipo de pesquisa, caracterizou-se por um estudo de caso. O estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso. Esse estudo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofundar seu conhecimento a respeito de determinado caso específico. (BEUREN, 2006). Os dados e informações para o desenvolvimento do estudo foram coletados por meio de consultas a artigos e livros publicados sobre o tema, além dos demonstrativos contábeis, Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício da empresa pesquisada. A abordagem do problema utilizou a pesquisa qualitativa em que concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último. (BEUREN, 2006) APRESENTAÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES E ANÁLISE DOS RESULTADOS Histórico empresarial A empresa JBS S/A é uma empresa brasileira de Goiás, fundada em 1953, é considerada uma das maiores indústrias alimentícias do mundo. A companhia abriu seu capital em março de 2007 e suas ações são negociadas na BM&FBovespa no mais elevado nível de governança corporativa do mercado de capitais do Brasil, o Novo Mercado. Ela é uma empresa de capital aberto, do gênero sociedade anônima e com sua sede em São Paulo (SP). A expansão internacional da JBS se iniciou com a compra da unidade da Swift na Argentina em 2005 e, posteriormente,com a incorporação da matriz americana e a unidade australiana da marca. A companhia está presente em todos os continentes, com plataformas de produção e escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai, Paraguai, 10 México, Rússia, entre outros países. Possui 140 unidades de produção no mundo e mais de 120 mil colaboradores (JBS, 2010). Os dados analisados (balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício) encontram-se disponíveis no site http://www.jbs.com.br/pt-br. Análise Horizontal e Vertical A Análise Horizontal aponta o crescimento das contas do balanço e da Demonstração de Resultado de Exercícios, através dos anos analisados com o objetivo de caracterizar tendências, enquanto a Análise Vertical avalia a estrutura e a composição de itens e sua evolução ao longo dos anos. O ano de 2012 é a base para comparação dos anos seguintes. Tabela 1 – Análise Horizontal e Vertical do BP JBS S/A (2012 a 2015). 2012 2013 2014 2015 BALANÇO PATRIMONIAL AV AH AV AH AV AH AV AH ATIVO TOTAL 100% 100% 100% 38% 100% 19% 100% 48% ATIVO CIRCULANTE 38,96 100% 42,10% 49% 45,76% 30% 40,91% 33% Disponibilidades 3,92% 100% 6,89% 42% 10,20% 78% 8,85% 29% Aplicações Financeiras 6,90% 100% 6,26% 25% 7,97% 52% 6,63% 23% Valores a Receber 11,43% 100% 12,99% 57% 11,67% 7% 9,95% 27% Estoques 10,42% 100% 10,05% 33% 10,08% 20% 9,12% 34% Outros Ativos Circulantes 6,29% 100% 5,94% 30% 5,83% 17% 6,35% 62% ATIVO NÃO CIRCULANTE 61,04% 100% 57,90% 31% 54,24% 12% 59,09% 62% Ativo Realizável longo prazo 4,42% 100% 5,19% 62% 5,69% 31% 4,64% 21% Ativo Permanente 56,63% 100% 52,71% 28% 48,55% 10% 54,45% 66% Investimentos 0,52% 100% 0,40% 7% 0,36% 6% 0,29% 20% Imobilizado 32,57% 100% 30,49% 29% 29,37% 15% 29,06% 47% Intangível 23,53% 100% 21,81% 28% 18,81% 3% 25,10% 98% Passivo Total + Patrimônio Liquido 100% 100% 100% 38% 100% 19% 100% 48% PASSIVO CIRCULANTE 23,19% 100% 25% 53% 30,31% 40% 32,61% 60% Obrigações Trabalhistas 2,15% 100% 2,32% 49% 2,27% 17% 2,38% 55% Fornecedores 7,16% 100% 7,78% 50% 8,46% 30% 10,20% 79% Obrigações Fiscais 0,44% 100% 0,25% 78% 0,97% 343% 0,69% 13% Empréstimos e Financiamentos 12,26% 100% 13,73% 55% 16,68% 45% 17,17% 53% Outros Passivos Curto prazo 1,18% 100% 1,71% - 1,98% 39% 2,17% 63% PASSIVO NÃO CIRCULANTE 33,74% 100% 40,52% 66% 38,43% 13% 43,32% 67% Passivo Exigível a longo prazo 33,74% 100% 41% 66% 38,43% 13% 43,32% 67% Empréstimos 28,92% 100% 33,97% 62% 32,17% 13% 36,94% 70% Tributos Diferidos 2,57% 100% 3,09% 66% 3,46% 34% 3,54% 52% Provisões Longo Prazo 0,41% 100% 1,24% 318% 0,86% -12% 1,26% 117% Outros Passivos Longo Prazo 1,84% 100% 2,23% 67% 1,94% 400% 1,58% 21% PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43,08% 100% 33,69% 8% 31,25% 11% 24,07% 14% Capital Social 43,22% 100% 31,32% - 26,21% - 19% 10% http://www.jbs.com.br/pt-br 11 Reservas de Capital -0,98% 100% -0,43% -39% -0,18% -50% -0,65% 433% Reservas de Reavaliação 0,19% 100% 0,13% -5% 0,11% -5% 0,07% -12% Reservas de Lucros 4,01% 100% 3,94% 36% 5,19% 58% 3,91% 12% Ajustes Av. Patrimonial 0,19% 100% 0,19% 43% 0,12% -23% 0,17% 102% Part. Acion. Não Cont. 1,65% 100% 1,72% 44% 2,16% 50% 1,31% -10% Ajustes Acum. De Conv. -5,21% 100% -3,18 84% -2,36% -12% -10,10% -94% Fonte: Balanço Patrimonial da empresa JBS S/A no período de: 2012 a 2015. A seguir na tabela 2 apresentou-se o resultado obtido através da análise vertical e horizontal que envolveu as contas de resultado. Tabela 2 - Análise Horizontal e Vertical DRE JBS S/A (2012 a 2015). DRE 2012 2013 2014 2015 AV AH AV AH AV AH AV AH (=) RECEITA DE VENDAS 100% 100% 100% 23% 100% 30% 100% 35% (-) CMV 89% 100% 87% 21% 84% 26% 86% 38% (=) RESULTADO BRUTO 11% 100% 13% 36% 16% 41% 14% 21% (-) Despesas Operacionais 8% 100% 8% 29% 9% 41% 8% 24% Despesas com Vendas 5% 100% 6% 36% 6% 36% 6% 31% Despesas Gerais e Adm 3% 100% 3% 22% 3% 32% 2% 21% (=) Resultado Antes dos juros 4% 100% 4% 53% 7% 88% 6% 17% (+) Receitas Financeiras 2% 100% 5% 170% 5% 31% 12% 249% (-) Despesas Financeiras 4% 100% 7% 128% 8% 39% 13% 125% (=) RESULT. ANT. IR/CSSL 2% 100% 2% 28% 3% 136% 5% 88% (-) Provisão para IR e CSLL 1% 100% 1% 6% 1% 172% 2% 54% (=) RESULTADO LÍQUIDO 1% 100% 1% 47% 2% 115% 3% 113% (=) Lucro Líq.do Exercício 1% 100% 1% 47% 2% 115% 3% 113% Fonte: Demonstração do Resultado do Exercício da empresa JBS S/A no período de: 2012 a 2015. O ativo total da empresa cresceu 48% em 2015, impulsionado principalmente pelo ativo não circulante que aumentou 62% e representa 59,09% do total do ativo. Já o ativo circulante cresceu 33%, representando 40,91% do total do Ativo. A conta mais relevante do Ativo circulante é disponibilidades (29%), ainda assim, teve um crescimento inferior a demais contas do ativo circulante (8,85%). No ativo não circulante o grupo de contas mais relevante é o ativo permanente, suas contas mais relevantes são o imobilizado e intangível, representando 29,06% e 25,10%, respectivamente, o intangível que por sua vez, apresentou um crescimento de 98% (AH). O passivo total da empresa cresceu 48% em relação ao ano base, o passivo não circulante é grupo com mais representatividade (43,32%), seguido do passivo circulante (32,61%) e por último o Patrimônio Líquido (24,07). A conta mais relevante do passivo circulante é Empréstimos e Financiamentos (17,17%) e cresceu 53%ao longo dos quatro anos, seguida da conta „ ornecedores‟ ,2 % que apresentou crescimento de 79%. O grupo que apresentou maior crescimento no passivo não circulante foi o exigível a longo prazo (43,32%), a conta mais relevante foi Empréstimos (36,94%) e teve um aumento de 12 70%. Em relação às contas do PL, a conta mais relevante é o Capital Social e representa 19% (AV) do total do passivo, e apresentou um crescimento de 10% em relação ao período analisado. Análise de Liquidez Os indicadores de liquidez são usados para verificar a capacidade de pagamento da empresa. Tabela 3 – Indicadores de Liquidez Liquidez 2012 2013 2014 2015 Corrente 1,68 1,63 1,51 1,25 Seca 1,23 1,24 1,18 0,97 Geral 1,76 1,51 1,45 1,32 Imediata 0,17 0,27 0,34 0,27 Fonte: Balanço Patrimonial empresa JBS S/A no período de: 2012 a 2015. Os resultados de liquidez apresentaram que a entidade possui uma liquidez corrente boa, apesar de ter diminuído ao passar dos períodos. Para cada R$1,00 de dívidas a curto prazo a empresa tem R$1,25 de recursos de curto prazo referente ao ano de 2015.A liquidez imediata da empresa não apresentou quocientes bons. A liquidez seca apresentou indicadores considerados bons, apenas no ano de 2015 mostrou quociente inferior a 1. A entidade pode arcar com as dívidas de curto prazo utilizando itens de maior liquidez no ativo circulante. Em relação a sua liquidez geral a empresa apresenta índices satisfatórios apesar de ter sofrido uma queda de 0,44 no período de 2012 a 2015. Em uma visão geral percebe-se que a entidade tem uma boa liquidação, pois em 4 anos: 2012 a 2015, seus indicadores são superiores a 1, ou seja, que para cada um real de dívida exigível da empresa ela possui valor no Ativo Circulante e no Realizável para cobrir as dívidas e ter sobras. Endividamento Os índices de Estrutura de Capital estabelecem relações entre as fontes de financiamento próprio e de terceiros. Visam evidenciar a dependência da entidade em relação aos recursos de terceiros. Tabela 4 – Indicadores de Estrutura de Capital Endividamento 2012 2013 2014 2015 Grau 132% 197% 220% 316% Composição 41% 39% 44% 43% Imobilização PL 1,31 1,56 1,55 2,26 Imobilização RNC 0,79 0,78 0,78 0,88 Fonte: Balanço Patrimonial empresa JBS S/A no período de: 2012 a 2015. O grau de endividamento da empresa JBS vem aumentando ao passar dos anos, para cada $ 1 de recursos próprios, a empresa possui R$ 3,16 de dívidas com terceiros referenteao ano de 2015. A empresa apresenta uma boa composição de endividamento, pois suas obrigações no longo prazo prevalecem sobre as de curto prazo. 13 O índice de imobilização do Patrimônio Líquido mostrou que para cada $ 1 de Patrimônio Liquido a empresa imobilizou$ 2,26, notou-se um aumento ao longo dos anos. O índice de Imobilização de recursos não correntes mostra que para cada $ 1 de Capital próprio mais o Exigível em longo prazo a empresa investiu $ 0,79 no ativo não circulante revelando a proporção desfavorável entre ativos fixos e os recursos não correntes Rentabilidade Os índices de Rentabilidade servem para medir a capacidade econômica da empresa. Tabela 5 – Indicadores de Rentabilidade Empresarial Rentabilidade 2012 2013 2014 2015 Ativo 1,53% 1,63% 2,93% 4,21% Patrimônio Líquido 3,56% 4,83% 9,38% 17,50% Margem Liquida 1% 1,20% 2% 3,15% Giro do Ativo 1,52% 1,35% 1,47% 1,34% Fonte: Balanço Patrimonial e DRE da empresa JBS S/A no período de: 2012 a 2015. Embora a Cia JBS apresente uma queda no giro do ativo no ano de 2015, a situação econômica nesse período foi melhor que nos anos anteriores, os quocientes do giro do ativo representam que o volume de vendas realizadas no período foi adequado em relação ao Capital Total investido na empresa. Observou-se que a empresa está lucrando na margem líquida em vez do giro do ativo. A rentabilidade do ativo apresenta índices bons, crescendo 2,68% em comparação com o ano de 2012, evidenciando que a empresa possui potencial de geração de lucros. A rentabilidade do PL mostrou indicadores satisfatórios e está aumentando ao passar dos anos, o que é bom para o desempenho da empresa, pois quanto maior este índice menor o tempo necessário para se obter o retorno do Capital Próprio investido na empresa. Termômetro de Kanitz Através da análise do Fator de Insolvência é possível verificar a possibilidade ou não de falência da empresa. Tabela 6 – Fator de Insolvência de Kanitz Fator de Insolvência 2012 2013 2014 2015 A - Rentabilidade do Ativo x 0,05 0,08 0,08 0,15 0,21 B - Liquidez Geral x 1,65 2,9 2,05 2,39 2,18 C- Liquidez Seca x 3,55 4,37 4,4 4,19 3,44 D - Liquidez Corrente x 1,06 1,78 1,73 1,6 1,33 E - Endividamento x 0,33 0,44 0,65 0,73 1,04 FI= (A+B+C+D-E) 8,69 7,61 7,6 6,12 Avaliação Solvente Solvente Solvente Solvente Fonte: Balanço Patrimonial e DRE da empresa JBS S/A no período de: 2012 à 2015. Conforme ilustrado na figura 1, a empresa é solvente quando alcança índices 14 positivos, na penumbra quando possui índices negativos de -1 a -3, e insolvência quando possui índices de -4 a -7. Na análise realizada nos demonstrativos financeiros da empresa JBS S.A no período de 2012 a 2015, observou-se que a empresa encontra-se solvente em todos os períodos analisados. Ressaltando que no ano de 2012 apresentou o maior índice, entre todos os períodos analisados, e vem apresentando uma queda significativa ao longo dos anos. CONCLUSÃO O presente estudo teve o objetivo de averiguar a situação financeira e econômica da empresa JBS S/A. A pesquisa utilizou os dados do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado de Exercício da entidade, no lapso temporal de 2012 a 2015. Foi evidenciada a relevância que possui a Análise de Balanço e os seus métodos como: Análise Vertical e Análise Horizontal, indicadores de Liquidez, Endividamento, Rentabilidade e Fator de Insolvência de Kanitz para averiguar a saúde econômica e financeira das empresas. Através do processo de análise verificou-se a situação financeira por meio dos quocientes de liquidez e endividamento e a situação econômica utilizando os quocientes de rentabilidade, respondendo o problema e o objetivo geral da pesquisa que era respectivamente conhecer e analisar a situação econômico-financeira da empresa JBS S.A. De acordo com os índices liquidez constatou-se que a empresa possui recursos para saldar suas dívidas, mantém esses índices em situação favorável, apresentando bons índices de Liquidez Corrente, Liquidez Seca e Liquidez Geral, apesar de estarem diminuindo com o passar dos períodos. Apenas a Liquidez Imediata não revelou quocientes satisfatórios, o que significa que a empresa não possui dinheiro parado em caixa. Os índices de endividamento demonstram que a entidade apresentou constantes aumentos na Participação de Capital de Terceiros, o Grau de Endividamento da empresa aumentou 184% no período de 2012 a 2015, porém a Composição do Endividamento é boa, pois a empresa buscoua mais capital a longo prazo que a curto. Pode-se observar que os índices de Imobilização do Patrimônio Líquido estão aumentando com o passar dos anos, o que significa que a empresa está utilizando o Patrimônio Líquido para financiar a compra do ativo permanente. A entidade apresentou aumento em relação ao índice de Imobilização de Recursos Não Correntes, cerca de 9% em relação ao ano de 2012 a 2015, mostrando que a empresa investiu no ativo não circulante. A empresa JBS S/A apresentou índices positivos de rentabilidade, revelando que a entidade possui uma boa capacidade econômica. Observou-se que a JBS S/A está lucrando em sua margem líquida, ou seja, a empresa está ganhando em seu faturamento. Os índices de Rentabilidade do Ativo aumentaram cerca de 2,68% no lapso temporal de 2012 a 2015, evidenciando que a entidade possui potencial de geração de lucros. Em relação à Rentabilidade do PL pode-se observar que revelaram índices satisfatórios, aumentando ao passar dos períodos, pois este índice quanto maior, menor será o tempo necessário para obter o retorno do Capital Próprio investido na empresa. Analisando o fator de solvência de Kanitz observou-se que a empresa é solvente, ou seja, não apresenta risco de falência, alcançando bons níveis de solvência conforme indicado no termômetro de Kanitz. 15 REFERENCIAS ARAÚJO, Ana Mayara Oliveira. A importância da interpretação dos indicadores de liquidez para a tomada decisões em uma empresa. Disponível em: http://peritocontador.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Ana-Mayara-de-Oliveira- Ara%C3%BAjo-%C3%8Dndices-de-Liquidez.pdf. Acesso em: 30 de Setembro de 2016. ASSAF, Neto Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: Um Enfoque Econômico- Financeiro. 8. Ed. – 4. Reimp. – São Paulo : Atlas, 2009. BEUREN, Ilse Maria; II. LONGARAY, André Andrade; III. RAUPP, Fabiano Maury.IV SOUSA, Marco Aurélio Batista de V. Colauto, ROMUALDO, Douglas. VI. PORTON, Rosimere Alves de Bona .Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: Teoria e Prática. 3. Ed – São Paulo: Atlas, 2006. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; CARVALHO, L. Nelson. Contabilidade: Aspectos Relevantes da Epopéia de sua Evolução. R. Cont. Fin. – USP, São Paulo, n. 38, p. 7 – 19, Maio/Ago., 2005. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços –Análise de Liquidez e do endividamento, Análise de giro, Rentabilidade e Alavancagem financeira Indicadores e Análises Especiais (Análise de Fleuriet, EVA e EBITDA) – 10 ED. –São Paulo: Atlas, 2013. JBS. Histórico da Empresa. Disponível em: http://www.jbs.com.br/pt-br/historia. Acesso em: 30 de Setembro de 2016. JUNIOR, José Hernandez Perez e BEGALLI, Glauco Antônio (Coord.). Elaboração de Análise das Demonstrações Contábeis. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. KANITZ, Stephen. Como Prever Falências. Ed. Atlas, 1980. MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: Contabilidade Empresarial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem básica e Gerencial. – 6. Ed. – São Paulo: Atlas, 2003. RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços fácil/ Osni Moura Ribeiro. 9.ed.,ampl. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2011. SANTOS, Geovane Camilo. Análise da situação de Liquidez e Endividamento de uma Empresa da Bolsa deValores BM&F Bovespa. Disponívelem: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8& ved=0ahUKEwj1woaZ9NrPAhUJ8WMKHbBjD3MQFggcMAA&url=http%3A%2F%2Flinkania. org%2Fmaster%2Farticle%2Fdownload%2F152%2F102&usg=AFQjCNF7Dss9IgW1Cg2HO ydIHKcdS8ZSjA&sig2=lmxh2HWFrc1StZ51a5Ki1Q&bvm=bv.135475266,d.cGc.Acesso em: 30 de Setembro de 2016. SILVA, José Pereira. Análise Financeiras das Empresas, 8.ed. São Paulo: Atlas, 2006. http://peritocontador.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Ana-Mayara-de-Oliveira-Ara%C3%BAjo-%C3%8Dndices-de-Liquidez.pdf http://peritocontador.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Ana-Mayara-de-Oliveira-Ara%C3%BAjo-%C3%8Dndices-de-Liquidez.pdf http://www.jbs.com.br/pt-br/historia https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj1woaZ9NrPAhUJ8WMKHbBjD3MQFggcMAA&url=http%3A%2F%2Flinkania.org%2Fmaster%2Farticle%2Fdownload%2F152%2F102&usg=AFQjCNF7Dss9IgW1Cg2HOydIHKcdS8ZSjA&sig2=lmxh2HWFrc1StZ51a5Ki1Q&bvm=bv.135475266,d.cGc https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj1woaZ9NrPAhUJ8WMKHbBjD3MQFggcMAA&url=http%3A%2F%2Flinkania.org%2Fmaster%2Farticle%2Fdownload%2F152%2F102&usg=AFQjCNF7Dss9IgW1Cg2HOydIHKcdS8ZSjA&sig2=lmxh2HWFrc1StZ51a5Ki1Q&bvm=bv.135475266,d.cGc https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj1woaZ9NrPAhUJ8WMKHbBjD3MQFggcMAA&url=http%3A%2F%2Flinkania.org%2Fmaster%2Farticle%2Fdownload%2F152%2F102&usg=AFQjCNF7Dss9IgW1Cg2HOydIHKcdS8ZSjA&sig2=lmxh2HWFrc1StZ51a5Ki1Q&bvm=bv.135475266,d.cGc https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj1woaZ9NrPAhUJ8WMKHbBjD3MQFggcMAA&url=http%3A%2F%2Flinkania.org%2Fmaster%2Farticle%2Fdownload%2F152%2F102&usg=AFQjCNF7Dss9IgW1Cg2HOydIHKcdS8ZSjA&sig2=lmxh2HWFrc1StZ51a5Ki1Q&bvm=bv.135475266,d.cGc
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