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FACULDADES INTEGRADAS DE ARARAQUARA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS ELIAS SILVA GUILHERME ROSSI WILTON CANHAMERO A APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS E ÍNDICES FINANCEIROS PARA ANÁLISE DA SITUAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA DE UMA EMPRESA DE GRANDE PORTE DO SETOR INDUSTRIAL Araraquara – SP Dezembro 2017 Araraquara / SP, 30.11.2017 Fátima H. Negrini Logatti Bibliotecária das FIAR FICHA CATALOGRÁFICA PARA USO NOS TCCs: ASSAF NETO, Alexandre, 2006 A Aplicação de Ferramentas e Índices Financeiros para Análise da Situação Econômica e Financeira de uma Empresa de Grande Porte do Setor Industrial. Araraquara, FIAR, 2017. 44p. il. 1. Autor(es) do TCC – a) ASSAF NETO, Alexandre, 2006 b) ASSAF NETO, Alexandre, 2006- et alli;FLEURIET, Michael, 2003- ;GITMAN, Lawrence J.,2006- ;MATARAZZO, Dante C.,2003- ;PADOVEZE, Luís Clóvis,2004- ;MARION, José Carlos,2007. 2. Título completo - A Aplicação de Ferramentas e Índices Financeiros para Análise da Situação Econômica e Financeira de uma Empresa de Grande Porte do Setor Industrial. 3. Imprenta – Araraquara-SP; Faculdades Integradas de Araraquara; 2017. 4. Nº de páginas – 44 5. Palavras Chaves; Análise Econômica Financeira, Análise do Capital de Giro, Índices de Liquidez e Modelo de Fleuriet. FACULDADES INTEGRADAS DE ARARAQUARA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS Trabalho de Conclusão de Curso A aplicação de ferramentas e índices financeiros para análise da situação econômica e financeira de uma empresa de grande porte do setor industrial por ELIAS SILVA GUILHERME ROSSI WILTON CANHAMERO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Bacharel no Curso de Administração de Empresas das Faculdades Integradas de Araraquara. Orientador: Prof. Me. Emerson Minotti Julho 2017 Araraquara – SP AGRADECIMENTOS Eu Elias Rodrigues da Silva, durante todos esses anos, primeiramente agradeço a Deus por me agraciar com essa conquista que, não foi nada fácil, mas com persistência alcancei o objetivo. Aa meu pai Juracy Rodrigues da Silva In memoriam, à minha mãe Maria de Lourdes da Silva, às minhas irmãs Léia Rodrigues da Silva, e Laudicéia Rodrigues de Almeida, Shirley Rodrigues da Silva In memoriam, meus cunhados Oséias Costa de Almeida e João Luiz Ferreira e às minhas sobrinhas Débora e Isabela, pois, sem vocês todos, eu nada seria! Obrigado por me ensinar a viver, a ser responsável e lutar por objetivos não olhando as adversidades. Ao meu orientador Prof. Me. Emerson Minotti e todos os professores, pelo empenho e cobrança para que o trabalho atendesse ao que pautamos como objetivo. À Elizete, pois, sem a sua ajuda, este meu sonho jamais se realizaria! Aqui vai minha sincera gratidão por tudo que fez por mim! Aos amigos, Wilton e Guilherme, pelo companheirismo e amizade nos últimos dois anos! Eu, Guilherme, agradeço a Deus, pela oportunidade de estudar e por ter me dado saúde e força para superar todas as dificuldades. Aos meus pais, por terem me apoiado e ajudado durante todo o período de graduação. A esta faculdade, todos os docentes, diretores, amigos, que de alguma forma, contribuíram para meu crescimento intelectual e apoio constantes. Ao professor orientador, que tornou nosso trabalho possível através do material disponibilizado, paciência, orientação e incentivo. A todos, os que foram ou não aqui mencionados, uma vez que não é possível falar de todos em particular, mas todos foram importantes para meu percurso. Eu, Wilton Canhamero, agradeço em primeiro lugar a Deus por estar me dando a alegria da realização de mais um sonho, me auxiliando na caminhada, diante dos altos e baixos que ocorreram no decorrer desses anos. À a minha família, pilares que me sustentam, minha mãe Ruth Aparecida de Oliveira Canhamero, meu pai Devanir Canhamero e meu irmão Willian Canhamero que sempre estiveram ao meu lado, apoiando, não deixando nunca abaixar a cabeça para nenhum problema. Aos amigos Elias e Guilherme, pela amizade verdadeira, que, com certeza levarei por toda minha vida. Ao meu professor e orientador Emerson Minotti, pela atenção e empenho em nos auxiliar no desenvolvimento deste trabalho. À Laryssa e à Elizete, que me ajudaram e encorajaram a continuar seguindo adiante com o meu sonho. “Há dois tipos de pessoas que vão te dizer que você não pode fazer a diferença neste mundo: as que têm medo de tentar e as que têm medo que você se de bem” (Ray Goforth) "Que nossa preocupação antecipada se torne reflexão e planejamento adiantados" (Winston Churchill) “Se estiver a dar o seu melhor, nem vai ter tempo para se preocupar com o fracasso”. (H. Jackson Brown) Resumo O objetivo deste estudo consiste em demonstrar a aplicação de ferramentas financeiras em uma empresa através de demonstrações contábeis a fim de analisar e identificar as principais causas e consequências do efeito tesoura e os riscos nos recursos operacionais da empresa por sua má utilização. Foi utilizado como estudo o desempenho financeiro da Empresa EMBRAER S.A, com dados que constam na BM & F Bovespa, no período de 2014 à 2016. Após a coleta, os dados foram organizados e foram aplicadas algumas ferramentas financeiras e por fim, foi feito a análise dos resultados através do modelo de Fleuriet. Conclui-se que o estudo e as analises demonstradas oferecem parâmetros de variáveis que melhoram a qualidade da análise da saúde financeira de uma organização, o que possibilita melhor entendimento das oscilações financeiras, com o intuito de melhor precisão nas decisões estratégicas. Palavras chaves: Análise Econômico-Financeira, Análise do Capital de Giro, Índices de Liquidez e Modelo de Fleuriet. Abstract The objective of this study is to demonstrate the need for an application of financial tools in a company through financial statements in order to analyze and identify as the main causes and consequences of the scissors effect and the risks in the operational resources of the company by its misuse. It was used as a study of the financial performance of the Company EMBRAER SA, with data included in the BM & FBovespa, from 2014 to 2016. After a collection, the data were organized and some financial tools were applied and, finally, of the results using the Fleuriet model. It is concluded that the study and how it analyzes the demonstrations, is a method of analysis of an economy, an analysis solution of a company, an analysis platform of an organization, an analysis platform of an organization, an analysis platform of an organization. Key-words: Economic-financial analysis, working capital analysis, liquidity indexes, Fleuriet Model. Lista de Figuras Figura 1 - Objetivos da Análise Econômico-Financeira 14 Figura 2 – Fórmula Ebtida 20 Figura 3 - Efeito Tesoura 21 Figura 4 - Fórmula das necessidades de capital de giro 22 Quadro 1 - Resumo dos indicadores 24 Tabela 1 - Estrutura financeira e efeito tesoura 10 Tabela 2 - DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo - (Reais Mil) 30 Tabela 3 - DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo - (Reais Mil) 31 Tabela 4 - DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado - (Reais Mil) 32 Lista de Gráficos Gráfico 1 - Índice de Liquidez Imediata 33 Gráfico 2 - Índice de Liquidez Corrente 33 Gráfico 3 – Índice de Liquidez Seca 34 Gráfico 4 – Índice de Liquidez Geral 35 Gráfico 5 – Índice de Composição do Endividamento 35 Gráfico 6 – Índice de Participação de Terceiros 36 Gráfico 7 – Índice de endividamento geral 37 Gráfico 8 – Necessidade de Capital de Giro 37 Gráfico 9 – Capital Circulante Líquido 38 Gráfico 10 – Tesouraria 38 Gráfico 11 – Capital de Giro Próprio 39 Gráfico 12 – Longo Prazo 40 Gráfico 13 – Termômetro Financeiro 40 Gráfico 14 – Termômetro Financeiro 40 Lista de Siglas ACO = Ativo Circulante Operacional BP = Balanço Patrimonial CCL = CapitalCirculante Líquido CE = Composição do Endividamento CGP = Capital de Giro Próprio DFC = Demonstração dos Fluxos de Caixa DLPA = Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados DMPL = Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DRE = Demonstração do Resultado do Exercício DVA = Demonstração do Valor Adicionado EG = Endividamento Geral Fig. = figura IBRACON = Instituto dos Auditores Independentes do Brasil LC = Liquidez Corrente LI = Liquidez Imediata LG = Liquidez Geral LP = Longo Prazo LS = Liquidez Seca NCG = Necessidade de Capital de Giro NPC = Normas PCO = Passivo Circulante Operacional PCT = Participação do Capital de Terceiros T = Tesouraria TSF = Termômetro da Situação Financeira Sumário 1 Introdução 1 1.1 Tema e Problema: Análise do Capital de Giro 2 1.2 Objetivos 3 1.2.1 Objetivo Geral 3 1.2.2 Objetivos específicos 3 1.3 Justificativa 3 2 Revisão da literatura 5 2.1 Capital de giro 5 2.2 Fluxo de caixa 6 2.3 O Modelo de Fleuriet 7 2.4 Efeito Tesoura 8 2.5 Ferramentas para análise financeira 11 2.5.1 Análise horizontal e vertical 12 2.5.2 Análise utilizando indicadores contábeis 13 2.6 Índices de liquidez 14 2.6.1 Liquidez imediata 15 2.6.2 Liquidez seca 15 2.6.3 Liquidez corrente 15 2.6.4 Liquidez geral 16 2.6.5 Índices de endividamento 16 2.6.6 Composição de endividamento 16 2.6.7 Participação de capital de terceiros 17 2.6.8 Endividamento geral 17 2.6.9 Composição do endividamento 17 2.6.10 Imobilização do patrimônio líquido 17 2.7 Grau de alavancagem operacional e financeira 18 2.7.1 Grau de alavancagem operacional 18 2.7.2 Grau de alavancagem financeira 18 2.8 Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) 18 2.9 Taxa de Retorno sobre o Ativo Total (ROA) 19 2.9.1 Giro do Ativo 19 2.9.2 Margem Líquida 19 2.9.3 Prazo Médio de Estocagem (PME) 19 2.9.4 Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) 19 2.9.5 Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) 19 2.10 EBTIDA – indicador financeiro globalizado 20 2.11 Capital Circulante Líquido 20 2.12 Saldo da Tesouraria 21 2.12.1 Necessidade de Capital de Giro 22 2.13 Longo Prazo 22 2.13.1 Termômetro da Situação Financeira 23 3 Apresentação e Análise dos Dados 26 3.1 Caracterização da Empresa EMBRAER 26 3.2 Procedimentos de Coleta de Dados 28 3.3 Descrição e Análise dos Resultados 28 3.4 Identificação da Estrutura Patrimonial 29 3.5 Indicadores Financeiros de Liquidez e Endividamento 33 3.6 Indicadores da Análise Dinâmica de Balanços 37 4 Conclusão 42 Referências 43 VI 1 Introdução Cada vez mais torna-se imprescindível a formulação de modelos de análise econômico-financeira ao processo decisório de uma empresa, pois a preocupação com a saúde financeira dessa tem impacto direto na sua capacidade de sobrevivência, bem como a apresentar à sociedade como investimentos viáveis. Conforme Gitman (1995), competem aos profissionais de finanças planejar, coordenar e controlar todas as atividades referentes à geração de informações financeiras necessárias à administração que incluem registros contábeis e fiscais, estoques, custos, fluxos de caixa, orçamentos financeiros e bens patrimoniais. O objetivo final dos profissionais de finanças é analisar e criar valor para os acionistas no longo prazo. Devido a esta necessidade cada vez mais crescente de melhor apuração das atividades das empresas, foi desenvolvido pelo pesquisador francês Michel Fleuriet, em conjunto com uma equipe de pesquisadores da Fundação Dom Cabral, e publicado em 1977, um trabalho cujo objetivo era desenvolver técnicas de gerenciamento financeiro focadas na realidade das empresas brasileiras. Este trabalho ficou conhecido como Modelo Fleuriet, pelo qual podia-se analisar a gestão financeira das empresas, por meio de indicadores que pudessem dar a dinâmica de suas operações. Estavam sendo analisados neste contexto, seus ciclos financeiro e operacional (intimamente ligados à gestão de capital de giro). Tratava-se de um modelo que veio a revolucionar o modo de gestão das finanças corporativas das empresas. O assunto valor agregado, ganhou maior destaque por volta de 1986, quando passou a ser utilizado como medida de desempenho das companhias, e teve como foco a análise da geração de valor ao acionista. Esta tendência partiu do Estados Unidos, e ao longo da década difundiu-se para o resto do mundo. O valor agregado tem suas bases ligadas ao conceito de lucro residual. Neste capítulo apresenta-se, inicialmente, o tema e a questão problema. Na sequência, descrevem-se os objetivos da pesquisa. Em seguida, apresentam-se a justificativa do trabalho. Por fim, tem-se a metodologia da pesquisa. 1.1 Tema e Problema: Análise do Capital de Giro Este trabalho tem como tema o aumento dos riscos das operações e exposição à insolvência, proporcionados pela má gestão do capital de giro, equilíbrio financeiro, pois o comportamento do Capital de Giro é extremamente dinâmico. Quais as principais causas e consequências do efeito tesoura na administração do capital de giro? Para Assaf Neto (2002, p. 214): O capital de giro líquido é igual ao ativo circulante menos o passivo circulante. Quando é positivo, corresponde ao volume de fundos de longo prazo (empréstimo e recursos próprios) aplicados no financiamento de estoques e contas a receber. Se for negativo (passivo circulante maior que o ativo circulante), significa que a empresa estará financiando seus ativos permanentes com recursos financeiros de curto prazo, o que denota um quadro de risco. 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Analisar e identificar as principais causas e consequências do efeito tesoura na rentabilidade na empresa e os possíveis riscos na má utilização dos recursos operacionais da empresa. Consiste em apresentar uma abordagem para a análise de desempenho, medido pelo Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício (D.R.E.) utilizando indicativos baseados em índices financeiros de rentabilidade e liquidez que apontam a situação econômica e financeira de uma grande empresa. 1.2.2 Objetivos específicos a) Fazer uma revisão da literatura especializada para identificar os principais conceitos da administração financeira e as ferramentas essenciais no estudo dos índices de rentabilidade e liquidez aplicáveis à gestão empresarial; b) Coletar demonstrativos de uma Sociedade Anônima de capital aberto no segmento da indústria do site da Bovespa para análise de dados; c) Utilizar as ferramentas e os índices escolhidos a partir da literatura, nos demonstrativos coletados da empresa objeto do estudo; d) Apresentar os resultados obtidos com a aplicação das ferramentas de gestão financeira, apontando a situação financeira e econômica da empresa objeto do estudo. 1.3 Justificativa Numa economia com as características observadas no Brasil, onde há a dificuldade de crédito de fontes de financiamento e a elevada taxa de juros, os gestores buscam respaldo para uma melhor análise da situação do capital de giro das empresas na administração financeira, essencialmente no processo de tomada de decisões. Para Assaf Neto (2010) essas decisões estão relacionadas às mais diversas atividades operacionais e financeiras da organização. Diante desse cenário, há um aumento significativo dos riscos das operações e exposição à insolvência, proporcionando maior complexidade na gestão do capital de giro vislumbrando o equilíbrio financeiro, que depende de decisões alinhadas quanto à gestão de ativos e passivos. A partir dessa premissa, esta pesquisa demonstrará se a administração da empresa que servirá como objeto de estudo, está gerindo cada ativo circulante (estoques, contas a receber, caixa e aplicações financeiras de curto prazo) e cada passivo circulante (contas a pagar, despesas a pagar e instituições financeiras a pagar) de maneira a alcançar um equilíbrio entre rentabilidade e risco, que contribua positivamente para o valor da empresa. 2 Revisão da literatura Neste capítulo apresenta-se a base teórico-conceitual, constituindo uma sustentação teórica sobre a qual toda a análise dos dadosestá embasada. Assim abordou-se, inicialmente, a administração do capital de giro e as ferramentas para análise das demonstrações financeiras. 2.1 Capital de giro Capital de Giro são os recursos mantidos em caixa pelas empresas com a finalidade de suprir suas necessidades operacionais básicas do dia-a-dia e a curto prazo, como exemplo, adquirir mercadorias e pagar salários e impostos. Fazem parte do capital de giro, o dinheiro em caixa, aplicações financeiras, créditos e estoque (KOCH, 2009). Para Braga (1995, p. 81), o capital de giro “corresponde aos recursos aplicados no ativo circulante, formado basicamente pelos estoques, contas a receber e disponibilidades. ”. A administração do capital de giro envolve um processo contínuo de tomada de decisões, voltadas principalmente para a preservação da liquidez da empresa, mas que também podem afetar sua rentabilidade (BRAGA, 1995). De acordo com Padoveze (2007, p. 253), a administração do capital de giro “corresponde basicamente ao monitoramento completo do ciclo operacional padrão ou ideal e do impacto financeiro que a magnitude do ciclo provoca nas necessidades dos recursos empresariais. ”. Padoveze (2007, p. 254) ainda sugere que: [...] a função de controladoria em relação à gestão do capital de giro consiste em apoiar os gestores das diversas áreas e atividades da empresa, na busca de desempenho operacional em termos dos padrões identificados, para cada atividade, do ciclo operacional. Ou seja, seu objetivo é gerir cada ativo circulante e cada passivo circulante, a fim de alcançar um equilíbrio entre rentabilidade e risco que contribua de forma positiva para a agregação de valor da empresa (GITMAN, 2006). “A Administração do Capital de Giro está relacionada com os problemas de gestão dos ativos e passivos circulantes e com as inter-relações entre esses grupos patrimoniais” (BRAGA, 1995, p. 81). Um ponto importante na gestão do Capital de Giro, é o impacto que ele terá no Fluxo de Caixa da empresa. O volume de Capital de Giro a ser utilizado por uma empresa dependerá da quantidade de vendas e do estoque mantido, além dos prazos médios adotados. A Necessidade de Capital de Giro surge em função do Ciclo de Caixa da empresa. Portanto, se o ciclo de caixa da empresa for curto, a Necessidade de Capital de Giro diminui e vice-versa. 2.2 Fluxo de caixa O Fluxo de Caixa é um Instrumento de análise financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da Empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. Para empresas que possuem controles financeiros bem organizados, deve ser usado como instrumento de tomada de decisões. O Fluxo de Caixa, é uma ferramenta flexível no qual deve-se inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da empresa. Não há como se congelar um Fluxo de caixa, pois ele gira em torno das entradas e saídas da empresa, e isso é resposta da decisão que foi tomada anteriormente. Com as informações do Fluxo de Caixa, o empresário pode elaborar a Estrutura Gerencial de Resultados, a Análise de Sensibilidade, calcular a Rentabilidade, a Lucratividade, o Ponto de Equilíbrio e o Prazo de retorno do investimento. O objetivo é verificar a saúde financeira do negócio a partir de análise, e obter uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do investimento e do estágio atual da empresa. Assaf Neto e Silva (1997, p.35) define que “o fluxo de caixa é de fundamental importância para as empresas, constituindo-se numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios”, pois a falta de caixa pode causar uma séria descontinuidade em suas operações. Para NEVES (2007, p.115), o fluxo de caixa “[...] é um dos instrumentos mais eficientes de planejamento e controle financeiro [...]”, constituindo-se, em consequência, em elemento básico e indispensável para o administrador, sendo de grande importância para avaliar a posição financeira da empresa a longo prazo. 2.3 O Modelo de Fleuriet Michel Fleuriet, desenvolveu um modelo de administração do capital de giro, que foi denominado análise financeira, que retoma o tema da liquidez e seus indicadores, fazendo sugestões para uma abordagem nova e diferente da abordagem da análise de balanço tradicional (PADOVEZE, 2007). Para desenvolver seu modelo, Fleuriet, primeiramente, reclassifica e isola as contas do balanço patrimonial que são ligadas diretamente ao giro, em: Contas Operacionais ou Cíclicas: contas circulantes relacionadas diretamente ao ciclo operacional, tendo como reflexo em seus saldos o nível de operações da empresa (PADOVEZE, 2007). Contas Financeiras ou Erráticas: demais contas circulantes, que não são diretamente ligadas ao ciclo operacional, cujos valores se alteram de forma aleatória (PADOVEZE, 2007). Após a reclassificação das contas do balanço patrimonial, Fleuriet elaborou três variáveis que servem como base para a análise financeira, são elas: Capital de Giro (CDG) ou Capital circulante Líquido (CCL): é a diferença entre o ativo circulante (AC) e o passivo circulante (PC). Quando a soma dos elementos do ativo circulante for maior do que a soma dos elementos do passivo circulante, o CCL será positivo. Em caso contrário, o CCL será negativo. E em caso de igualdade do ativo circulante e do passivo circulante o CCL será nulo (HOJI, 2009). Necessidade de Capital de Giro (NCG): é a diferença entre o ativo circulante operacional (ACO) e do passivo circulante operacional (PCO). Quando ACO = PCO, existe um equilíbrio entre o CDG e as fontes naturais de financiamento do negócio, resultando em uma NCG nula. Se o ACO > PCO, demonstra uma necessidade da empresa em adquirir recursos de natureza financeira para financiar o giro do negócio, NCG positiva. E em uma situação inversa, ACO < PCO, a empresa mantém um excesso de fontes naturais do negócio, para aplicações financeiras, ou seja, NCG negativa (HOJI, 2009). Tesouraria (T): é a diferença entre o ativo financeiro (AF) e o passivo financeiro (PF). Essa variável, vão informar se o CDG está financiando a NCG. No caso de AF > PF, a empresa possui aplicações financeiras, ou seja, tem uma folga na situação financeira em curto prazo. E ocorrendo AF < PF, a empresa está utilizando recursos de terceiros, de natureza financeira, para financiar suas atividades operacionais (HOJI, 2009). Através do modelo de Fleuriet, pode ser avaliada, ao longo do tempo, a posição de liquidez da empresa, assim identificando a saúde financeira e operacional da mesma. Demonstrando, dependendo do resultado, se a empresa está ou não passando por problemas sérios de liquidez. 2.4 Efeito Tesoura Assaf Neto e Silva (2006, p.219) dizem que: O acompanhamento da evolução da necessidade de investimento em giro (NIG) e do capital circulante liquido (CCL) é fundamental para uma avaliação melhor da saúde financeira da empresa. Muitas vezes, esse desempenho pode ocorrer de maneira desequilibrada, permitindo o crescimento da atividade empresarial acima de sua capacidade de financiamento. Ou seja, a expansão dos negócios passa a exigir uma elevada aplicação de recursos no capital de giro, ultrapassando o nível do CCL. Quando uma empresa apresenta, por vários exercícios seguidos um crescimento do NIG superior ao do CCL, diz-se que ela convive com o denominado efeito tesoura, identificado por um crescente saldo de disponível negativo. A medida que as necessidades cíclicas de giro são financiadas por dívidas de curto prazo, há um aumento na diferença entre o NIG e o CCL, agravando o efeito tesoura. É importante ressaltar, uma vez mais, que um saldo de disponível negativo, característica do efeito tesoura, revela que a empresa é incapaz de financiar adequadamente seus investimentos operacionais em giro, operando com recursos de maturidade incompatível com suas efetivas necessidades financeiras. O efeito tesoura pode ocorrer por várias razões, ou seja: · Crescimento elevado do nível de atividade empresarial (overtrade); · Desvio de recursos do giro para imobilizações; · Inflação, entre outros. ParaKoch (2009), “[...] frequentemente, os problemas de capital de giro surgem como consequência de uma redução de vendas.” E com a finalidade de aumentar as vendas, muitas empresas optam por utilizar alavancagem operacional. Todavia, quando a empresa utilizar a alavancagem operacional de forma muito abrupta (aumentar as vendas de forma muito abrupta), geralmente a alavancagem financeira é negativa porque a empresa precisa financiar suas vendas a prazo (clientes) e estoque com outras fontes de financiamento que não são o fornecedor, aumentando muito a despesa financeira. Efeito Tesoura decorre do fato de que, ao analisar um gráfico, o processo que provoca o afastamento das curvas da Necessidade de Capital de Giro (aplicações operacionais) e do Capital De Giro (fontes de longo prazo) produz um efeito visual semelhante ao obtido pelas duas partes de uma tesoura. O espaço aberto entre as duas lâminas da tesoura imaginária, representa a participação dos recursos financeiros de curto prazo contidos no Saldo de Tesouraria (T), utilizados no financiamento da demanda operacional de recursos (NCG). O efeito tesoura é o valor do capital de giro líquido que excede a necessidade de capital de giro. Corresponde à diferença entre o ativo flutuante e o passivo flutuante. Assaf Neto e Silva (2006, p. 220-221), ilustrativamente, com base nos resultados de uma empresa apurados nos cinco últimos exercícios, conforme descrito na tabela 1. No exercício 1992, a saúde financeira da empresa não foi afetada pelo aumento de 20% das vendas. A empresa financiou-se equilibradamente, mantendo a proporcionalidade de sua estrutura financeira. O aumento da necessidade de giro foi lastreado mediante recursos de longo prazo, mantendo constante o nível de capital circulante líquido. A empresa ainda mantém uma reserva financeira (saldo disponível) visando compensar necessidades crescentes de investimento de giro. A saúde financeira da empresa implica a manutenção de um capital circulante líquido (CCL) superior à necessidade de investimento operacional em giro (NIG), de forma a preservar um saldo de disponível positivo. No exercício de 1993 o incremento da atividade absorveu integralmente o saldo de disponível da empresa, determinando a necessidade de novas captações para repor sua reserva financeira. Isso ocorreu pelo crescimento mais que proporcional do NIG (75%) em relação ao CCL (40%). Nos dois últimos exercícios, a situação financeira deteriora-se, revelando as características básicas do efeito tesoura. O NIG situa-se acima do CCL, produzindo um SD negativo. Nesses anos, a empresa financia suas necessidades de investimento em giro mediante recursos financeiros de curto prazo, assumindo maior risco à medida que a continuidade de seus negócios se vê dependente da manutenção dessas dívidas. Tabela 1 - Estrutura financeira e efeito tesoura 1991 1992 1993 1994 1995 Vendas Evolução $7.000 - $8.400 20% $11.760 40% $20.580 75% $41.160 100% NIG Evolução $2.800 - $3.360 20% $5.880 75% $11.760 100% $25.872 120% CCL Evolução $3.500 - $4.200 20% $5.880 40% $10.584 80% $20.533 94% SD $700 $840 - (1.176) (5.339) Fonte: Assaf Neto e Silva (2006, p. 220-221) A análise de liquidez por meio de classificação de seus elementos em ciclos financeiros é bem mais dinâmica, permitindo um melhor entendimento da solvência e liquidez de uma empresa. Esse modelo supera a análise tradicional, revelando evidências do comportamento futuro do equilíbrio financeiro. Os resultados permitem, ainda, uma avaliação de investimento em giro mantido pela empresa em relação as suas necessidades determinadas pelo volume de atividade (produção e vendas) Graficamente, esse comportamento de crescimento mais que proporcional da necessidade de investimento em giro em relação ao capital circulante liquido e que se encontra representado na tabela 1 a partir do 1993, o CCL apresenta-se insuficiente para financiar as necessidades de giro da empresa descrevendo a abertura da tesoura. 2.5 Ferramentas para análise financeira As ferramentas de análise do capital de giro, foram criadas para auxiliar a empresa a manter sua saúde financeira, garantindo sua atividade operacional, sua solvência e também crescimento. Quando uma empresa está equilibrada financeiramente, ela tende a cumprir com seus compromissos financeiros que foram assumidos, o que nada mais é que manter seu Fluxo de Caixa saudável (em liquidez). Com o uso das ferramentas e a correta interpretação, é possível saber a real situação financeira da empresa e com base nesses dados tomar a decisão correta. Segundo ESPINDOLA (2012, p.40), “a análise das demonstrações financeiras é um estudo da situação financeira e patrimonial de uma empresa ou entidade”. Tem como objetivo gerar informações que serão úteis para a tomada de decisões, a partir da análise dos dados financeiros disponíveis de uma empresa. Segundo ASSAF (2010, p,101), “a análise das demonstrações financeiras constitui um dos estudos mais importante da administração financeira, e desperta enorme interesse tanto para os administradores internos da empresa, como para os diversos segmentos de analistas externos”. Com a finalidade de simplificar o estudo da situação da empresa, esta análise foi dividida em três subgrupos: análise vertical, análise horizontal e análise utilizando indicadores financeiros e econômicos (BRAGA, 1989). Fica evidente, a importância que as ferramentas de análise financeira têm para tomadas de decisões, pois ela auxilia tanto o empresário, investidores, credores e administradores, cada qual colhendo informações que lhes são necessárias para que possam, de forma sucinta, acertar da melhor forma possível em sua decisão com base nos dados que as ferramentas lhes proporcionam. 2.5.1 Análise horizontal e vertical O montante de uma conta ou de um grupo patrimonial, quando tratado isoladamente, não retrata adequadamente a importância do valor apresentado ou muito menos seu comportamento ao longo do tempo. As duas principais características de análise de uma empresa são: comparação de valores obtidos em determinado período com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com outros afins. Para transformar esses valores em demonstrações financeiras ou em números relativos ou percentuais, a identificação de vantagens e desvantagens se torna uma ferramenta de grande utilidade para análise financeira. “Análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais” (ASSAF 2006, p. 115). Pela identidade, revela-se que o número índice é a relação existente em valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) em determinada data (VD) e o seu valor obtido na data base (BB). Para PAZOVEZE, a Análise Horizontal é uma avaliação de crescimento (ou de variação). Toma-se como 100% todas as contas de um determinado período e faz-se uma relação percentual em cima dos dados desse período. “Baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica”. (MATARAZZO, 2010, p. 72). “Denominamos análise vertical a verificação de participação de percentual ou de estrutura dos elementos de demonstrativos contábeis” (PADOVEZE, 2011, p. 220). Assume-se como 100% de um determinado elemento patrimonial, que, em princípio, deve ser o mais importante, e face uma relação percentual de todos ou de mais elementos sobre ele. De acordo com Padoveze, (2011), a análise vertical de demonstração de resultados é muito mais significativa que a do balanço patrimonial, pois, pelo fato de atribuir 100% à receita operacional, permite uma visão da estrutura de custos e despesas da empresa. Na visão de Assaf Neto, (2002, p. 108),“É um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com valor afim ou relacionado, identificado no mesmo demonstrativo.” Dessa forma, dispondo-se dos valores absolutos em formavertical, pode-se apurar facilmente a participação relativa de cada item contábil no ativo, no passivo ou na demonstração de resultados, e sua evolução no tempo. (ASSAF NETO, 2002). A análise horizontal e vertical, demonstra índices da situação da empresa nos anos correntes e em comparação com anos anteriores e na sua correta análise, poderão ser diagnosticados os problemas da empresa. A insolvência, que é a capacidade da empresa de pagar suas dívidas é um dos índices estudados na análise horizontal e vertical (MARION, 2012). 2.5.2 Análise utilizando indicadores contábeis Segundo Padoveze, (2005, p. 215), “A avaliação da empresa tem por finalidade analisar seu resultado e seu desempenho, detectando os pontos fortes e fracos dos seus processos operacional e financeiro, com o objetivo de propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores.” Analisando de forma mais aprofundada, Assaf Neto, (2010), diz que a análise das demonstrações financeiras visa fundamentalmente ao estudo do desempenho econômico-financeiro de uma empresa em determinado período passado, para diagnosticar em consequência, sua posição atual e produzir resultados que sirvam de base para previsão de tendências futuras. Na realidade, o que se pretende avaliar são os reflexos que as decisões tomadas por uma empresa determinam sobre a sua liquidez, estrutura patrimonial e rentabilidade. Figura 1 - Objetivos da Análise Econômico-Financeira Fonte: Padoveze (2004, p. 76) Observa-se na Figura1, que a análise financeira possui como base as informações geradas pela empresa, bem como a utilização de seus indicadores para a visualização da sua capacidade, estrutura e potencial da organização. Segundo Padoveze, 2011, o balanço patrimonial mostra, além dos elementos patrimoniais existentes, o caixa e o lucro gerado. Por tanto, fica claro que essa demonstração financeira é a mais importante e deve ser o guia para toda gestão financeira. 2.6 Índices de liquidez De acordo com Assaf Neto, (2006), os índices de liquidez evidenciam a situação financeira de uma empresa frente a seus diversos compromissos financeiros. O estudo tradicional da liquidez inclui alguns indicadores financeiros. Nesse sentido, MATARAZZO (2010) aponta que uma empresa com boa liquidez possui capacidade de saldar suas dívidas, mas isso não significa que sua empresa pague suas contas em dia, possuem outras variáveis tais como: prazo, renovação de dividas e etc. 2.6.1 Liquidez imediata Revela a porcentagem das dívidas em curto prazo (circulante) em condições de serem liquidadas imediatamente. Assaf Neto, (2006) complementa que, esse cociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade. 2.6.2 Liquidez seca Para Assaf Neto (1997), o cociente demonstra a porcentagem das dívidas em curto prazo em condições de serem saudadas mediante a utilização de itens monetários de maior liquidez do ativo circulante. Essencialmente, a liquidez seca determina a capacidade de curto prazo de pagamento da empresa mediante a utilização das contas do disponível e valores a receber. Para Sá (2005, p. 99) isso “fundamentou-se no fato de que as mercadorias podem ou não ser vendidas e que isso pode colocar em dúvida a real capacidade de pagamento”. 2.6.3 Liquidez corrente ASSAF NETO (2006) diz “que a Liquidez Corrente indica o quanto existe de ativo circulante para cada R$ 1 de dívida a curto prazo. Quanto maior a liquidez corrente, mais alta se apresenta a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro. ” Segundo Gitman (2006, p. 46) “é um dos índices mais frequentemente citados, mediante a capacidade da empresa de saldar suas obrigações de curto prazo”. 2.6.4 Liquidez geral No que diz respeito a liquidez geral, Assaf Neto (2006, p. 191), diz que: [...] esse indicador revela a liquidez, tanto a curto como longo prazo. De cada R$ 1 que a empresa tem de dívida, o quanto existe de direitos e haveres no ativo circulante quando realizável a longo prazo. A liquidez geral é utilizada também como uma medida de segurança financeira da empresa a longo prazo, revelando sua capacidade de saldar todos seus compromissos. Em outras palavras, MARION (2007, p. 87) expõe que este índice “mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, considerando tudo que ela convertera em dinheiro (a curto prazo) relacionando-se com tudo que já assumiu como dívida (a longo prazo)”. 2.6.5 Índices de endividamento Em relação aos índices de endividamento, conceitua-se: É obtido pela relação entre o capital de terceiros (curto e longo prazo) e o capital próprio. Mostra quanto a empresa tomou de empréstimo para cada R$ 1 de capital próprio aplicado. Por exemplo, se o cociente for igual a R$ 0,90, significa que, para cada R$ 1.000,00 dos acionistas, a empresa assumiu R$ 900 de dividas. Ou, em outras palavras, 90% do capital próprio encontra-se representado por dividas. (ASSAF NETO, 2006, p. 165) Os índices de endividamento são: Composição de endividamento (CE), Participação de capital de terceiros (PCT) e Endividamento geral (EG). 2.6.6 Composição de endividamento Segundo Matarazzo (2010), tem uma análise de quanto as obrigações de curto prazo que representam das obrigações totais com terceiros. Fica evidente a concentração de recursos de terceiros no curto prazo. Quanto menor for esse indicador, melhor a situação financeira da empresa. 2.6.7 Participação de capital de terceiros Segundo Matarazzo (2010) a participação de capital de terceiros (PCT) aponta quanto a empresa utilizou de capital de terceiros em relação a recursos próprios, indica o quanto a empresa tomou de Capitais de terceiros para cada R$ 1 de capital próprio. O PCT evidencia a concentração dos recursos de terceiros em relação ao capital próprio. Quanto menor for esse indicador, melhor é a situação financeira da empresa. 2.6.8 Endividamento geral Segundo Gitman (2001, p. 140), o Endividamento Geral “mensura a proporção do total dos ativos financiados pelos credores da empresa. Demonstra o quanto a empresa precisa utilizar de capital de terceiros para a geração de resultado. Quanto menor for esse indicador, melhor a situação financeira da empresa, pois a empresa utiliza poucos recursos de terceiros para financiamentos. 2.6.9 Composição do endividamento Segundo Matarazzo (1998, p. 161), composição do endividamento indica qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação as obrigações totais, ou seja, quanto menor for o percentual de capital de terceiros, melhor para a empresa. 2.6.10 Imobilização do patrimônio líquido Segundo Matarazzo (1998, p. 162), “imobilização do patrimônio líquido indica quanto a empresa aplicou no ativo permanente para cada R$ 100,00 do patrimônio líquido, ou seja, quanto menor, melhor. ” 2.7 Grau de alavancagem operacional e financeira A alavancagem operacional, mede a proporção dos custos fixos em relação às variáveis. A alavancagem financeira refere-se ao montante da dívida na estrutura de capital da empresa, para que seja possível adquirir mais ativos. 2.7.1 Grau de alavancagem operacional Segundo Assaf (2006, p. 132), [...] a alavancagem operacional é possível pela presença de custos e despesas fixas na estrutura de resultados de uma empresa. Esses custos (despesas) não sofrem, por definição, nenhuma variação diante de mudanças no volume de atividade mantendo-se constantes no tempo. 2.7.2 Grau de alavancagem financeira Segundo Assaf (2006, p. 138), [...] alavancagem financeira resulta da participação de recursos de terceiros na estrutura do capital da empresa. Em princípio, pode-se admitir que interessa o endividamento sempre que seu curso for menor que o retorno produzido pela aplicação desses recursos. De acordo com ESPINDOLA (2012), pode-se definir Alavancagem Financeira como o potencial de uso de custos fixos financeiros para maximizar os efeitos de variações em lucro antes dos juros e IR (LAJIR) nos lucros da empresa. 2.8 Taxa de Retorno sobre o PatrimônioLíquido (ROE) Mensura o retorno dos recursos aplicados na empresa por seus proprietários, ou seja, para cada unidade monetária de Recursos Próprios (Patrimônio Líquido) investido na empresa, medem-se quanto os proprietários auferem de lucro (MATARAZZO, 2010). 2.9 Taxa de Retorno sobre o Ativo Total (ROA) Também chamada de retorno sobre o investimento (ROI), mede a eficiência da administração na geração de lucros com seus Ativos Totais (MATARAZZO, 2010). 2.9.1 Giro do Ativo Indica quanto a empresa vendeu para cada unidade monetária de investimento total (MATARAZZO, 2010). 2.9.2 Margem Líquida Indica quanto a empresa obtém de lucratividade. A Margem Líquida é uma medida bastante citada para indicar o sucesso da empresa em termos da lucratividade sobre vendas (MATARAZZO, 2010). 2.9.3 Prazo Médio de Estocagem (PME) Demonstra, nas empresas comerciais, a quantidade média de dias que a empresa retém seus produtos no estoque a partir da compra. E nas empresas industriais, demonstra o tempo de produção e estocagem (MATARAZZO, 2010). 2.9.4 Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) Demonstra o tempo decorrido entre a venda e o recebimento (MATARAZZO, 2010), ou seja, a quantidade média de dias que a empresa demora a receber suas vendas. 2.9.5 Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) Demonstra a quantidade média de dias que a empresa paga seus fornecedores a partir da compra (ASSAF NETO, 2010) 2.10 EBTIDA – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Para calcular o Ebtida, é necessário antes descobrir o lucro operacional. No Brasil, ele resulta da subtração, a partir da receita líquida, do custo das mercadorias comercializadas, das despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas (despesas menos receitas com juros e instrumentos financeiros) Segundo Assaf Neto (2006, p. 225), [...] com a globalização da economia, as empresas percebem que sua continuidade está vinculada a atender, de forma mais eficiente possível, aos desejos estabelecidos pelo mercado. Em verdade, a atual abertura de mercado, ao mesmo tempo em que promove os consumidores ao papel de poder patronal, coloca a competitividade como principal desafio contemporâneo a ser vencido pelas empresas na busca de sua viabilização. Figura 2 – Fórmula Ebtida Fonte: Assaf Neto (2006, p. 225) 2.11 Capital Circulante Líquido O Capital Circulante Líquido (CCL) representa o capital disponibilizado para os investimentos na empresa. Segundo Assaf Neto (1997, p. 60), o CCL “constitui-se em uma importante fonte de investimento necessário em giro de uma empresa”. Para ASSAF NETO “a análise do Capital de Giro tem por finalidade identificar os fatores que contribuem para sua evolução e, como tais fatores expressam as decisões tomadas pela empresa”. É aconselhável que esta variável seja sempre positiva, pois se seu saldo for negativo, indica que a empresa está se utilizando de recursos de curto prazo para o financiamento de investimentos. 2.12 Saldo da Tesouraria Outra variável importante utilizada por Fleuriet, é o cálculo do saldo da Tesouraria (T). Para Fleuriet (2003, p. 49), [...] a maioria das empresas que operam com o saldo de tesouraria crescentemente negativo, apresentam uma estrutura financeira inadequada, revelando uma dependência excessiva de empréstimos a curto prazo, que poderá levá-las, até mesmo, ao estado de insolvência. Segundo Espindola “essa variável identifica o grau e utilização de recursos de terceiros de curto prazo para financiar as necessidades líquidas de capital de giro da organização”. Assaf Neto (2006, p. 219) observa que “quando uma empresa apresenta, por vários exercícios seguidos um crescimento do NCG superior ao do CCL, diz-se que ela convive com o denominado efeito tesoura, identificada por um crescente saldo de disponível negativo”. A fig.3 a seguir, demonstra a fórmula da tesouraria. Figura 3 - Efeito Tesoura Fonte: Fleuriet (2003, p. 39) 2.12.1 Necessidade de Capital de Giro A Necessidade de Capital de Giro (NCG) é uma variável importante a ser analisada na empresa. Ela evidencia o quanto a empresa necessita de caixa para garantia dos pagamentos. Kedy e Blanc (1978 citado por LOPES; MENEZES, 2006, p. 139) conceituam a NCG como “a necessidade de caixa, no momento em que, no ciclo financeiro, as saídas ocorrem antes das entradas”. A fig. 4, demonstra a fórmula da necessidade de capital de giro. Figura 4 - Fórmula das necessidades de capital de giro Fonte: Matarazzo (2010, p. 284) Segundo Matarazzo (2010, p. 284), com a NCG tem-se as seguintes situações: ACO > PCO é a situação normal na maioria das empresas. Há uma NCG para a qual a empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamentos. ACO = PCO neste caso a NCG é igual a zero e, portanto a empresa não tem necessidade de financiamento para o giro. ACO < PCO a empresa tem mais financiamentos operacionais do que investimentos operacionais. Sobram recursos das atividades operacionais, os quais poderão ser usados para aplicação no mercado financeiro ou para expansão da planta fixa. Com base nas três situações, os gestores devem tomar as medidas cabíveis, para otimizar o resultado organizacional. Observa-se que, quanto menor o valor da NCG, melhor a situação financeira da empresa. 2.13 Longo Prazo O Longo Prazo (LP) evidencia o montante de recursos de origens ou aplicações de longo prazo nas atividades operacionais da empresa. Segundo Santi Filho e Olinquevitch (2004, p.131) “a variável longo prazo, é obtida pela diferença entre o Exigível a Longo Prazo e o Realizável a Longo Prazo e pode apresentar resultado positivo ou negativo” Um saldo positivo de LP significa que existem recursos de terceiros de longo prazo financiando as atividades operacionais da empresa. Casos o saldo seja negativo, existem aplicações de longo prazo exigindo recursos para financiá-las. Tais recursos podem ser oriundos dos proprietários ou de terceiros de curto prazo. (MATARAZZO, 2003, citado por GIMENES; GIMENES; CAMPOS 2005). 2.13.1 Termômetro da Situação Financeira O Termômetro da Situação Financeira (TSF) mostra o grau de participação dos recursos de terceiros de curto prazo no financiamento das necessidades de capital de giro da empresa. Gimenes, Gimenes e Campos (2005) assevera que o resultado deste índice, pode medir a grandeza da tesouraria negativa em comparação com as necessidades de capital de giro e sua capacidade do futuro ao longo do tempo, uma vez que persiste esta situação um desequilíbrio financeiro. Por meio do TSF verifica-se o quanto a empresa utiliza de recursos de terceiros para financiar a necessidade de capital de giro. Quanto menor o montante desse indicador, melhor, pois significa a empresa depende pouco de capital de terceiros. Na página seguinte é apresentado no Quadro 1 a seguir, todos os índices citados neste estudo e suas referentes fórmulas: Quadro 1 - Resumo dos indicadores Continua Fonte: Adaptado de Matarazzo,2010 3 Apresentação e Análise dos Dados Nessa parte do trabalho, é apresentado um estudo de caso de uma Empresa de Capital Aberto do ramo de Aviação Civil, com ações na BOVESPA, que tem sua sede em São José dos Campos. Primeiramente, caracterizou-se a empresa, o que faz, que área atende. Em seguida explanou-se os dados foram coletados e, para concluir, demonstrou-se o resultado da pesquisa. 3.1 Caracterização da Empresa EMBRAER No Brasil, após a Revolução de 1932, lideranças militares associadas a Getúlio Vargas, então presidente na época, começou a intuir os vínculos entre potência industrial e potência militar. Perceberam que a Segurança Nacional, à época chamada "Defesa Nacional", dependia, em grande medida, de um projeto mais amplo de industrialização nacional conduzida pelo Estado. Assim, a doutrina político-militar do Estado Novo e as exigências de ampliação da defesa nacional, decorrentes da Segunda Guerra Mundial, nutriram o ambiente no qual a arma mais nova das Forças Armadas, a Aeronáutica, começou a planejar o seu futuro. Desse modo, nos anos de 1940 e de 1950 foram criados a FAB,o Ministério da Aeronáutica, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Centro Tecnológico de Aeronáutica (CTA), instituições que formaram o embrião da Embraer. Em 19 de agosto de 1969 foi criada a Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A., companhia de capital misto e controle estatal. Com o apoio do Governo Brasileiro, a Empresa iria transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial. Além de iniciar a produção do Bandeirante, a Embraer foi contratada pelo Governo Brasileiro para fabricar o jato de treinamento avançado e ataque ao solo EMB 326 Xavante, sob licença da empresa italiana Aermacchi. Outros desenvolvimentos que marcaram o início das atividades da Embraer foram o planador de alto desempenho EMB 400 Urupema e a aeronave agrícola EMB 200 Ipanema. Ao final da década de 1970, o desenvolvimento de novos produtos, como o EMB 312 Tucano e o EMB 120 Brasília, seguidos pelo programa AMX, em cooperação com as empresas Aeritalia (hoje Alenia) e Aermacchi, permitiram que a Empresa alçasse a um novo patamar tecnológico e industrial. O Brasília tornou-se importante marco na história da Embraer. Desenvolvido como resposta às novas demandas do transporte aéreo regional, seu projeto utilizou as mais avançadas tecnologias disponíveis à época, estabelecendo novos padrões para a aviação regional, tornando-se o mais veloz, o mais econômico e o mais leve avião de sua categoria. Durante crise financeira vivida na primeira metade da década de 1990, a Embraer reduziu o seu quadro de empregados, retardou o desenvolvimento do EMB 145 e cancelou o projeto do CBA 123 Vector. Finalmente, após longo processo e enfrentando muitas dificuldades, a Empresa foi privatizada em 7 de dezembro de 1994. A partir daquele momento decisivo e contando com o comprometimento e apoio dos novos acionistas controladores – a Cia. Bozano, Simonsen e os fundos de pensão Previ e Sistel – a Embraer embarcou em profunda transformação cultural e empresarial, que culminou com sua recuperação e retomada do crescimento, impulsionada pelo projeto EMB 145, mais à frente rebatizado como ERJ 145. Nos anos seguintes, com o lançamento dos novos produtos para o mercado de Defesa & Segurança, e a entrada no mercado de Aviação Executiva, a Embraer expandiu ainda mais sua atuação no mercado aeronáutico, ampliando receitas e diversificando mercados. A entrada em operação da nova família de jatos comerciais EMBRAER 170/190 a partir de 2004, a confirmação da presença definitiva da Embraer no mercado de Aviação Executiva, com o lançamento de novos produtos, assim como a expansão de suas operações no mercado de Serviços Aeronáuticos, estabeleceram bases sólidas para o desenvolvimento futuro da Empresa. Com mais de oito mil aeronaves entregues em todos os continentes desde sua fundação, a Embraer é hoje líder no mercado de jatos comerciais com até 130 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros. A Embraer foi a primeira grande empresa brasileira com controle acionário pulverizado, com capital aberto e ações negociadas tanto em São Paulo (BM&FBOVESPA: EMBR3) quanto em Nova York (NYSE: ERJ). Com práticas estruturadas de governança, integra as carteiras do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa e do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI). Em 2015, a receita líquida da Embraer foi de R$ 20,3 bilhões. A Aviação Comercial representou 56% desse montante, a Aviação Executiva 30%, a Defesa & Segurança 13% e outros negócios 1%. Ao final do ano, a carteira de pedidos firmes a entregar alcançou US$ 22,5 bilhões. O quadro de pessoal da Empresa em 31 de dezembro de 2015 era composto de 19.373 empregados diretos, dos quais 17.007 no Brasil e 2.366 no exterior. O efetivo das empresas controladas e coligadas correspondia a 3.677 profissionais. 3.2 Procedimentos de Coleta de Dados Realizou-se a coleta de dados das informações do Balanço Patrimonial dos anos de 2014, 2015 e 2016 no site da BOVESPA. Esses dados estão disponíveis para que investidores, de diferentes segmentos, os analisem e tomem a decisão de investir ou não em ações da empresa. 3.3 Descrição e Análise dos Resultados Foram seguidas, para efeito de análise, a seguinte ordem: · Identificar a Estrutura Patrimonial da Companhia; · Calcular os indicadores financeiros de liquidez e endividamento; · Calcular os indicadores da análise dinâmica de balanço proposto por Fleuriet. 3.4 Identificação da Estrutura Patrimonial Em 16 de setembro de 2010, o Conselho de Administração aprovou a sugestão da diretoria para que o nome empresarial fosse alterado de Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para simplesmente Embraer S.A. Decisão que foi ratificada pela Assembleia Geral dos acionistas em 19 de novembro de 2010. Nesta mesma assembleia foi também aprovada a ampliação da área de atuação da empresa, que passou a ser não apenas a área aeroespacial, mas também a de sistemas de energia e a área de sistemas de defesa e segurança. Na tabela 2 a seguir, é possível verificar a evolução do Balando Patrimonial Ativo. Tabela 2 - DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo - (Reais Mil) Descrição 2016 2015 2014 Ativo Total 38.016.671 45.566.910 27.653.600 Ativo Circulante 22.102.148 25.035.864 15.434.358 Caixa e Equivalentes de Caixa 4.046.185 8.455.771 4.550.200 Títulos para Negociação 3.478.357 2.430.821 1.884.830 Contas a Receber 2.661.871 3.452.044 1.910.943 Financiamentos a Clientes 27.750 42.068 36.045 Contas a Receber Vinculadas 465.387 357.000 23.923 Estoques 8.136.162 9.037.943 6.388.910 Despesas Antecipadas 56.667 100.617 62.716 Outros Ativos Circulantes 909.217 786.112 212.827 Outros 909.217 786.112 212.827 Outros Ativos 840.642 765.773 198.898 Ativo Não Circulante 15.914.523 20.531.046 12.219.242 Ativo Realizável a Longo Prazo 3.455.700 7.122.002 3.488.084 Contas a Receber 682.672 1.419.839 1.271.113 Clientes 149 6.005 18.223 Outras Contas a Receber 682.523 1.413.834 1.252.890 Tributos Diferidos 11.021 17.385 21.585 Imp. de Renda e Contrib. Social Diferidos 11.021 17.385 21.585 Despesas Antecipadas 8.214 16.555 3.101 Outros Ativos Não Circulantes 2.205.559 2.741.164 2.070.639 Outros Ativos 261.775 264.492 356.097 Depósito em Garantia 1.666.787 2.254.072 1.545.852 Investimentos 12.725 4.853 1.070 Imobilizado 7.020.841 7.916.496 5.381.011 Intangível 5.425.257 5.487.695 3.349.077 Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) Tabela 3 - DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo - (Reais Mil) Descrição 2016 2015 2014 Passivo 38.016.671 45.566.910 27.653.600 Passivo Circulante 10.367.249 12.029.013 6.781.058 Fornecedores 3.102.979 4.041.176 2.604.594 Obrigações Fiscais 226.654 737.483 356.351 Obrigações Fiscais Federais 84.519 461.183 22.784 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar 84.519 461.183 22.784 Empréstimos e Financiamentos 1.663.204 856.518 238.146 Outros 4.931.856 6.019.656 3.328.175 Contas a Pagar 1.236.854 1.136.729 861.917 Passivo Não Circulante 14.804.564 18.529.227 10.607.056 Empréstimos e Financiamentos 10.590.818 12.929.250 6.423.876 Em Moeda Nacional 1.953.421 2.463.477 2.068.544 Em Moeda Estrangeira 8.637.271 10.465.521 4.355.059 Outros 2.400.946 3.086.586 2.671.916 Contas a Pagar 54.932 154.458 232.585 Patrimônio Líquido Consolidado 15.008.670 10.265.486 Ações em Tesouraria -115.364 -67.012 -104.767 Subvenção para Investimentos 81.903 79.420 76.894 Reservas para Investimentos e Capital de Giro 3.949.275 3.549.2913.454.364 Ajustes de Avaliação Patrimonial 3.367.368 5.797.456 1.367.087 Resultado nas operações com acionistas não controladores -12.400 -12.400 -12.400 Ganho (Perda) com benefícios pós-emprego -106.624 -82.877 -94.111 Ajustes acumulados de conversão 3.449.302 5.892.702 1.474.466 Outros resultados abrangentes 37.090 31 -868 Participação dos Acionistas Não Controladores 301.258 397.714 265.517 Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) Tabela 4 - DFs Consolidadas / Demonstração de Resultado do Exercício – D.R.E. (Reais Mil) Descrição 2016 2015 2014 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 21.435.696 20.301.771 14.935.910 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -17.166.104 -16.545.358 -11.977.173 Resultado Bruto 4.269.592 3.756.413 2.958.737 Despesas/Receitas Operacionais -3.551.800 -2.653.346 -1.654.963 Despesas com Vendas -1.289.043 -1.206.620 -989.413 Despesas Gerais e Administrativas -574.129 -609.223 -489.122 Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos Outras Receitas Operacionais 472.463 928.384 376.808 Outras Despesas Operacionais -2.160.136 -1.764.909 -553.088 Despesas Operacionais -1.998.147 -1.622.606 -440.483 Resultado de Equivalência Patrimonial -955 -978 -148 Result. Antes do Result. Financ. e dos Trib. 717.792 1.103.067 1.303.774 Resultado Financeiro -161.971 -1.175 -102.723 Receitas Financeiras 1.749.350 -1.061.709 -192.063 Variações Monetárias Ativas 1.035.043 -1.667.906 -610.935 Receitas Financeiras 714.307 606.197 418.872 Despesas Financeiras -1.911.321 1.060.534 89.340 Variações Monetárias Passivas -1.024.222 1.741.646 571.242 Despesas Financeiras -887.099 -681.112 -481.902 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 555.821 1.101.892 1.201.051 Imp. de Renda Contrib. Social sobre o Lucro 35.990 -820.284 -374.451 Corrente -493.077 -440.247 -180.956 Diferido 529.067 -380.037 -193.495 Result. Líquido das Operações Continuadas 591.811 281.608 826.600 Resul. Líquido de Operações Descontinuadas Lucro/Prej. Líquido das Op.Descontinuadas Ganhos/Perdas Líq. Sob. Ativos de Op. Desc. Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 591.811 281.608 826.600 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 585.433 241.601 796.085 Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) 3.5 Indicadores Financeiros de Liquidez e Endividamento Gráfico 1 - Índice de Liquidez Imediata Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017). No Índice de Liquidez Imediata, (gráfico 1) houve uma pequena queda entre os anos de 2014 para o ano de 2016, sendo apenas 0,20 de queda. Este indicador é pouco utilizado, pois as Empresas cada vez menos procuram investir seus recursos em aplicações imediatas. Gráfico 2 - Índice de Liquidez Corrente Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) Percebe-se no ano de 2014 que, a cada R$1,00 investido, há R$ 2,28 de recursos correntes. No próximo ano, em 2015 este índice diminuiu para R$ 2,08 em recursos. No ano de 2016, para cada R$ 1,00 de obrigação de curto prazo, há R$ 2,13 para pagamentos das dívidas. Apesar da queda entre os três períodos, este índice é considerado bom, para honrar com as dívidas de curto prazo da Empresa. Observou-se que, para o ano de 2014 a 2015, a conta que mais cresceu foi Contas a Receber. Tal Ativo apresenta média conversão em dinheiro. Já para o ano de 2015 a 2016 teve-se um aumento nas Aplicações Financeiras. Gráfico 3 – Índice de Liquidez Seca Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) O Índice de Liquidez Seca teve um aumento de R$ 1,32 em 2014 para R$ 1,34 em 2016. Isso mostra a capacidade da Empresa em liquidar suas contas, somente com os valores do Ativo Circulante. A conta Estoque não é relacionada na Liquidez Seca. Observa-se no (gráfico 3), que nos três períodos, se a Empresa parasse de vender, ela seria capaz de liquidar 100% de suas dívidas, somente com as contas do disponível, Duplicatas a Receber dentre outras. Vale ressaltar que a conta Estoque não faz parte da Liquidez Seca. Gráfico 4 – Índice de Liquidez Geral Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) A liquidez geral obteve uma pequena queda entre os anos de 2014 a 2016. O índice passou de R$ 2,70 em 2014 para R$ 2,12 em 2016. Entende-se que para cada R$ 1,00 de dívida total, a Empresa possui R$ 2,12 de Ativo de Curto e Longo Prazo. Entre os períodos de 2014 a 2016, conforme se vê no gráfico 4, a Empresa obteve um aumento considerável na conta Empréstimos e Financiamentos utilizados para o Capital de Giro da Empresa e Financiamento do Imobilizado. Gráfico 5 – Índice de Composição do Endividamento Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) Observando o (gráfico 5), é possível se analisar que em 2014 a Empresa apresenta um índice de R$ 0,75 de dívidas que vencem no Curto Prazo em relação ao total de obrigações. Já em 2015, houve uma pequena queda nesse percentual que foi de R$ 0,71 e no próximo período voltou a subir e foi para R$ 0,76. Conforme as contas vão se concentrando no Passivo Circulante, esse índice tende a aumentar, pois haverá a necessidade de recorrer a Empréstimos, que muitas vezes são em curto prazo e com juros maiores. Gráfico 6 – Índice de Participação de Terceiros Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) O Índice de Participação de Capital de Terceiros mostra uma razoável participação do Capital de Terceiros no Financiamento dos ativos. Conforme o (gráfico 6), no ano de 2014, o índice foi de R$ 0,47,. Em 2015, passou a ser de R$ 0,32 e em 2016 R$ 0,37. Isso indica que para cada R$ 1,00 de capital de Capital Próprio a Empresa, em 2016 teve R$ 0,37 de Capital de Terceiros financiando os Ativos. Este índice é mediano, devido a Empresa financiar a maior parte de seus Ativos Fixos com Capital Próprio. Gráfico 7 – Índice de endividamento geral Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) No Índice de Endividamento Geral, conforme (gráfico 7), apresentou-se um crescimento de R$ 0,33 em 2014 para R$ 0,37 em 2015. Isso indica que para cada R$ 1,00 de ativos a Empresa utilizou apenas R$ 0,37 de recursos de terceiros para financiá-la no ano de 2015. Os Índices de Endividamento, evidenciam que há uma forte presença de recursos próprios financiando seus ativos. 3.6 Indicadores da Análise Dinâmica de Balanços Gráfico 8 – Necessidade de Capital de Giro Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) A Necessidade de Capital de Giro manteve-se positiva nos três períodos, conforme gráf. 8. Seus valores variaram durante os períodos. Em 2014 foi de R$ 4.312.054. Em 2015 foi de R$ 7.599.253 e teve um aumento de 76,23%. No período de 2016 foi de R$ 2.382.981, o que representa uma queda de 318% em relação ao ano de 2015. Significa que ocorreram saídas do tipo: fornecedores, salários a pagar e impostos que acontecem antes do recebimento das vendas. Gráfico 9 – Capital Circulante Líquido Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) O Capital Circulante Líquido,em 2014, 2015 e 2016 foi positivo, conforme se observa no gráf. 9, Um CCL positivo mostra que a companhia não utilizou Recursos de Curto prazo para financiar seus ativos de Longo Prazo. Gráfico 10 – Tesouraria Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) O Saldo de Tesouraria, apresentado no (gráfico 10), é positivo em todos os períodos. Apesar das variações de valores nos períodos, não houve um Saldo Negativo. Isso mostra que o Ativo Financeiro da Empresa é maior que seu Passivo Financeiro. E isso indica que a Empresa não utiliza de Recursos Financeiros deCurto Prazo para financiar sua Necessidade de Capital de Giro. Gráfico 11 – Capital de Giro Próprio Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) O Capital de Giro Próprio é positivo nos três períodos. Em 2014 obteve seu maior valor R$ 3.280.890 e nos 2 próximos períodos valores menores, no entanto positivos, conforme (gráfico 11) Isso indica que a Empresa utiliza seus recursos próprios (Patrimônio Líquido) para financiar os Ativos Fixos, sem necessidade de fontes de terceiros. Gráfico 12 – Longo Prazo Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) O Longo Prazo em todos períodos apresentou resultado positivo, conforme (gráfico 12). Em 2014, foi de R$ 7.118.972, em 2015 foi de R$ 11.407.225 e em 2016 R$ 11.348.864. Com base nisso, fica claro que a Empresa, utiliza cada vez mais, Recursos de Terceiros para financiar seus Ativos Correntes. Gráfico 13 – Termômetro Financeiro Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) O (gráfico 13), mostra que o Termômetro da Situação Financeira nos três períodos é positivo. Isso significa que para pagar suas contas de Capital de Giro, a Empresa não utiliza financiamentos de Curto Prazo. Mostra-se numa situação estável, pois o Capital de Giro é suficiente para atender as Necessidades Operacionais. Gráfico 14 – Termômetro Financeiro Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pelos autores, adaptado de BOVESPA (2017) O Capital Circulante Líquido, conforme se observa no (gráfico 14), se mostra em todos períodos, superior a Necessidade de Investimento em Giro. Isso mostra que a Empresa se encontra em situação estável e não corre risco de ocorrer o Efeito Tesoura. Devido a não utilizar Empréstimos de Curto Prazo, cujos juros são mais elevados e isso tende a ampliar o Efeito Tesoura, a companhia trabalha com folga financeira sem riscos. 4 Conclusão A saúde financeira de uma empresa, dará a possibilidade de verificar o seu passado e projetar os seus resultados futuros. Ao término desta pesquisa pode-se afirmar que sua proposta foi atingida em relação a seus objetivos e problemática. Para tanto, foi imprescindível o estudo comparativo do Modelo Tradicional com o Modelo Dinâmico proposto por Fleuriet por meio do qual foi possível verificar a condição financeira da empresa e classifica-la de acordo com uma das estruturas apresentadas (perfis), oferecendo parâmetros de variáveis que melhoram a qualidade da análise da saúde financeira da empresa, o que possibilita melhor entendimento das oscilações financeiras, com o intuito de melhor precisão nas decisões estratégicas da empresa. A análise dinâmica apresenta variáveis mais adequadas, com a Necessidade de Capital de Giro, o Capital de Giro Liquido, Saldo de Tesouraria, bem como possibilitar a avaliação do Efeito Tesoura. Já o modelo tradicional utiliza indicadores operacionais de avaliação de liquidez no qual busca explicar e qualificar a capacidade de honrar seus pagamentos. Constatou-se que a empresa possui liquidez crescente e acima do proposto pela referência dos autores estudados, é capaz de cumprir com suas obrigações de curto e longo prazo. Da mesma forma, as variáveis do modelo dinâmico apresentaram crescimento compatível com a capacidade de pagamento em todos os períodos estudados, apresentando folga financeira e consequente saldo de tesouraria positivo. Nos anos de 2014 a 2016 é possível identificar que a mesma apresentou perfil financeiro confortável. Desta forma, mediante as análises realizadas, foi possível verificar que a empresa pesquisada enquadra-se numa posição de liquidez crescente e com situação econômica e financeira sustentável apresentando adequado equilíbrio. Referências ASSAF NETO, Alexandre, SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do capital de giro. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1997. ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do capital de giro. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2002. 214p. ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro. 8º Ed. São Paulo: Atlas: 2006. ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: Um Enfoque Econômico-Financeiro. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2010. BOVESPA. Bolsa de Valores de São Paulo. 2017. Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/produtos/listados-a-vista-e-derivativos/renda-variavel/empresas-listadas.htm acessado em 15/10/2017. BRAGA, Roberto Silveira. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. 1º Ed. São Paulo: Atlas, 1989. BRAGA, Roberto Silveira. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1995. 408p. EMBRAER: Resultados das demonstrações financeiras. Disponível em << http://ri.embraer.com.br/Download.aspx?Arquivo=H++Hor5hup7nW4yC4NXzvw==>> acesso em nov/2017 ESPINDOLA, Fabio. Estrutura e Análise Financeiro-Econômica das Demonstrações Contábeis. São Paulo, 2012. Disponível em < http://monografias.brasilescola.com/administracao-financas/estrutura-analise-financeiroeconomica-das-demonstracoes-.htm> Acesso em 24 Set., 2017. FLEURIET, Michael; BLANC, George; KEHDY, Richard. O modelo Fleuriet: a dinâmica financeira das empresas brasileiras: um novo modelo de análise, orçamento e planejamento financeiro. Belo Horizonte, Campus, 2003. 169p. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira: 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 610p. GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo, 10ª Ed. Pearson Addison Wesley, 2006 GITMAN, Lawrence Jeffrey, Princípios da Administração Financeira, 12ª Ed. São Paulo: Pearson, 2010. HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2009. KOCH, Adilson. Administração do Capital de Giro. 2009. Disponível em <http://www.webartigos.com/artigos/administracao-do-capital-de-giro/20147/>. Acesso em 24 Out., 2017. MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 306p. MARION, José C. Analise das Demonstrações Contábeis. 7º Ed. São Paulo: Atlas, 2012. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços. Abordagem Básica e Gerencial. 5ª. Ed., São Paulo: Atlas, 1998. MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços. 7º Ed. São Paulo: Atlas, 2010. NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade Avançada e análise das demonstrações financeiras. 15º Ed. São Paulo: Frase Editora, 2007 PADOVEZE, Luís Clóvis; Benedicto, Gideon Carvalho. Análise das demonstrações financeiras. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. 267p. NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade Avançada e análise das demonstrações financeiras. 15º Ed. São Paulo: Frase Editora, 2007 115p. Liquidez Imediata 2014 2015 2016 1.2343053252162126 1.2216826102025162 1.0274471077139171 Liquidez Corrente 2014 2015 2016 2.276098803461053 2.0812899611963176 2.1319202422937851 Liquidez Seca 2014 2015 2016 1.324680013059909 1.3215800830874487 1.3416595858747098 Liquidez Geral 2014 2015 2016 2.6958102371721924 2.495657028026241 3 2.1244293959670513 Índice de composição do endividamento INDICE DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO 2014 2015 2016 0.75107498834243236 0.70882210028198467 0.7570762878988202 Índice de Participação de terceiros INDICE DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS 2014 2015 2016 0.46657479246476979 0.31912334670560416 0.37288205132357244 Índice de endividamento geral INDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL 2014 2015 2016 0.32648443602279631 0.37242872075372241 0.36730641144249587 Necessidade de Capital de Giro NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 2014 2015 2016 4312054 7599253 2382981 Capital Circulante Líquido CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 2014 2015 2016 20872542 33537897 27649422 Tesouraria TESOURARIA 2014 2015 2016 2730373 4852169 1521505 Capital de Giro Próprio CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 2014 2015 2016 3280890 1252767 1466334Longo Prazo LONGO PRAZO 2014 2015 2016 7118972 11407225 11348864 Termômetro Financeiro TERMÔMETRO FINANCEIRO 2014 2015 2016 0.63319545627211538 0.63850604789707621 0.63848809537298035 Efeito Tesoura NIG 2014 2015 2016 5311409 7215304 4825926 CCL 2014 2015 2016 20872542 33537897 27649422
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