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Disciplina: Educação alimentar e nutricional Aula 2: Mudanças no padrão de alimentação do brasileiro Apresentação Nesta aula, entenderemos as modi�cações que o padrão alimentar do brasileiro vem sofrendo nos últimos anos e os possíveis fatores de tais mudanças e conheceremos a classi�cação dos alimentos segundo o Guia Alimentar para População Brasileira. É de suma importância que o nutricionista compreenda as mudanças no padrão alimentar da população brasileira e os impactos nos indicadores antropométricos para que possa de fato realizar a educação alimentar e nutricional nos mais diversos espaços. Importante lembrar que não basta apenas “passar a informação”, sendo preciso levar em consideração todas as questões relacionadas ao comportamento alimentar. Objetivo Analisar a alimentação do brasileiro atualmente e suas mudanças no padrão alimentar; Examinar as categorias de alimentos baseadas no seu grau de processamento; Identi�car as razões de consumo de grupos alimentares. Mudança na alimentação ao longo dos tempos O padrão alimentar da população vem sofrendo rápidas mudanças, principalmente nos países economicamente emergentes. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Pode-se mencionar que as principais mudanças se relacionam com a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados de origem vegetal (arroz, feijão, mandioca, batata, legumes e verduras), bem como preparações culinárias à base desses alimentos por produtos industrializados prontos para consumo. Estas determinam, entre outras consequências, o desequilíbrio na oferta de nutrientes e a ingestão excessiva de calorias. Fonte: unsplash. Nossos avós se alimentavam de alimentos in natura, muitas vezes plantados, colhidos em casa, sendo os animais criados no quintal e abatidos para o consumo da família. Nos dias atuais vamos ao supermercado ecompramos alimentos embalados que muitas vezes passaram por tantos processos industriais que não conseguimos identi�car o que estamos consumindo. Esse fato tem sido objeto de estudo de pesquisas nacionais, como o Estudo Nacional de Despesas Familiares (ENDEF), que foi realizado pelo IBGE no ano de 1974, sendo o primeiro estudo de âmbito nacional a analisar informações sobre o orçamento familiar e consumo alimentar da população brasileira. (BRASIL, 2011) Depois do ENDEF, o IBGE começou a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que compreendeu os anos de: 1987/1988, 1995/1996, 2002/2003, 2008/2009. Analisando estes dados podemos constatar as mudanças no padrão do consumo alimentar que aconteceram no período entre o ENDEF e a última POF. Industrialização e Globalização e os impactos nos hábitos alimentares A qualidade dos alimentos produzidos e industrializados sofreu diversas modi�cações devido aos fenômenos da urbanização e da globalização, apresentando progressos na agricultura, na tecnologia e no comércio, sendo a indústria de alimentos a maior responsável por mudanças radicais na alimentação, especialmente dos norte-americanos. (BLEIL, 1998). Entretanto, a indústria progrediu num sistema em que a ética foi dominada pelos interesses do mercado capitalista. Os produtos prontos para consumo já são predominantes na alimentação, principalmente em países ricos com tradições culinárias menos acentuadas, como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália. Nos demais países de elevada renda e, de modo geral, nos países de média e baixa renda, a substituição de alimentos minimamente processados e preparações culinárias por produtos prontos para consumo é crescente. Fonte: unsplash. O estudo de Claro et al. (2015) faz relação com o consumo de alimentos não saudáveis e o risco aumentado para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Levando em consideração as mudanças nas características da população, podemos citar as três transições: Clique nos botões para ver as informações. As taxas de natalidade e mortalidade foram reduzidas. Com isso, temos mais pessoas vivendo por mais tempo e menos pessoas nascendo, caracterizando o envelhecimento da população. Transição demográ�ca São as mudanças de morbimortalidade; neste mesmo período, o brasileiro deixou de morrer por doenças infecciosas, parasitárias e carenciais, e passou a ter como causa de óbitos as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), associadas ao sobrepeso e obesidade, dislipidemias e síndrome metabólica. Transição epidemiológica Redução dos índices de desnutrição e aumento do sobrepeso e obesidade, tendo como uma das causas a substituição dos alimentos in natura, ou minimamente processados, por alimentos ultraprocessados. Transição nutricional Com todas essas modi�cações no padrão alimentar da população brasileira e os impactos nos índices antropométricos, passamos a entender a relevância do pro�ssional nutricionista na realização de projetos de educação alimentar e nutricional nas mais diversas áreas de atuação. Mas não basta apenas “passar a informação”, é necessário levar em consideração todas as questões relacionadas ao comportamento alimentar. Evidências na mudança alimentar do brasileiro A pesquisa sobre o padrão alimentar da população brasileira iniciou-se com o Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF), realizado nos anos de 1974 e 1975, e elaborado pelo Instinto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE) com assessoria da Food and Agriculture Organization (FAO). A Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística analisou o consumo alimentar pessoal do brasileiro e demonstrou que o teor de proteínas das dietas foi adequado; a presença de frutas, verduras e legumes foi insu�ciente e o excesso de calorias foi proveniente de açúcares livres e gorduras saturadas. Além disso, contatou que: houve aumento na compra de alimentos ultraprocessados, tais como pão francês, biscoito, refrigerantes, bebidas alcoólicas, refeições prontas e misturas industrializadas; houve diminuição na compra de arroz, feijão, leite, farinha de trigo e de mandioca, óleo de soja e açúcar; e pouco mais de 30% do orçamento com alimentação foi consumido com refeições fora do domicílio. (BRASIL, 2011) Fonte: unsplash. Devido à relevância das doenças crônicas não transmissíveis na de�nição do per�l epidemiológico da população brasileira, e pelo fato de que grande parte de seus determinantes são passíveis de prevenção, o Ministério da Saúde implantou, em 2006, a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Segundo a VIGITEL (2018), a frequência de adultos com excesso de peso variou entre 47,2% em São Luís e 60,7% em Cuiabá. As maiores frequências de excesso de peso foram observadas, entre homens, em Porto Alegre (66,7%), Rio Branco (65,2%) e Cuiabá (65,1%) e, entre mulheres, no Rio de Janeiro (58,4%), Manaus (56,8%), São Paulo e Cuiabá (56,6%). As menores frequências de excesso de peso, entre homens, ocorreram em Teresina (49,3%), São Luís (49,6%) e Curitiba (53,0%) e, entre mulheres, em Palmas (44,1%), São Luís (45,2%) e Florianópolis (46,0%). javascript:void(0); Percentual de homens (≥ 18 anos) com excesso de peso (IMC ≥ 25 kg/m ), segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal Fonte: VIGITEL, 2018. 2 Percentual de mulheres (≥ 18 anos) com excesso de peso (IMC ≥ 25 kg/m ), segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal Fonte: VIGITEL, 2018. 2 No conjunto das 27 cidades, a frequência de excesso de peso foi de 55,7%, sendo ligeiramente maior entre homens (57,8%) do que entre mulheres (53,9%). Entre homens, a frequência dessa condição aumentou com a idade até os 44 anos e foi maior nos estratos extremos de escolaridade. Entre mulheres, a frequência do excesso de peso aumentou com a idade até os 64 anos, e diminuiu notavelmente com o aumento da escolaridade. A frequência de adultos obesos variou entre 15,7% em São Luís e 23,0% em Cuiabá e Manaus. As maiores frequências de obesidade foram observadas, entre homens, em Manaus (27,1%), Cuiabá(25,4%) e Porto Velho (23,2%) e, entre as mulheres, no Rio de Janeiro (24,6%), Rio Branco (23,0%) e Recife (22,6%). As menores frequências de obesidade ocorreram, entre homens, em Aracajú (14,4%), Curitiba (14,8%) e Goiânia (15,5%) e, entre mulheres, em Palmas (14,9%), São Luís (15,7%) e Florianópolis (16,4%). Percentual de homens (≥ 18 anos) com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m ), segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal Fonte: VIGITEL, 2018. 2 Percentual de mulheres (≥ 18 anos) com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m ), segundo as capitais dos estados brasileiros e o Distrito Federal Fonte: VIGITEL, 2018. 2 No conjunto das 27 cidades, a frequência de adultos obesos foi de 19,8%, sendo ligeiramente maior entre as mulheres (20,7%) do que entre os homens (18,7%). A frequência de obesidade aumentou com a idade até os 44 anos para homens e até os 64 anos para mulheres. Em ambos os sexos, a frequência de obesidade diminuiu com o aumento do nível de escolaridade, de forma notável para mulheres. Em relação ao consumo alimentar, a frequência de adultos que consomem regularmente frutas e hortaliças variou entre 23,0% em Belém e 44,7% em Florianópolis. As maiores frequências, entre homens, foram encontradas em Florianópolis (38,7%), Belo Horizonte (36,9%) e João Pessoa (35,5%) e, entre mulheres, em Palmas (51,4%), Curitiba (50,8%) e Belo Horizonte e Florianópolis (50,1%). As menores frequências do consumo regular de frutas e hortaliças no sexo masculino ocorreram em Belém (16,7%), Macapá (20,5%) e Salvador (21,8%) e, no sexo feminino, em Belém (28,3%), Manaus (28,8%) e Rio Branco (29,1%). No conjunto da população adulta estudada, a frequência de consumo regular de frutas e hortaliças foi de 33,9%, sendo menor entre homens (27,7%) do que entre mulheres (39,2%). Em ambos os sexos, esta frequência tendeu a aumentar com a idade, e com o nível de escolaridade em homens. Fonte: unsplash. Fonte: unsplash. A frequência de adultos que referiram o consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana variou entre 6,0% em João Pessoa e Salvador e 23,0% em Porto Alegre. As maiores frequências dessa condição, entre homens, foram encontradas em Porto Alegre (29,0%), Rio de Janeiro (23,7%) e Goiânia (22,1%) e, entre mulheres, em Porto Alegre (18,1%), São Paulo (16,0%) e Cuiabá (15,3%). As menores frequências, no sexo masculino, ocorreram em Salvador (5,4%), João Pessoa (7,8%) e Natal (9,1%) e, no sexo feminino, em Fortaleza (4,2%), João Pessoa (4,6%) e Maceió (4,7%). No conjunto das 27 cidades, a frequência do consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana foi de 14,4%, sendo mais elevada entre homens (17,7%) do que entre mulheres (11,6%). Em ambos os sexos, o consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana tendeu a diminuir com a idade, e foi mais elevado no estrato intermediário de escolaridade. Guia Alimentar para a População Brasileira O Guia Alimentar para a População Brasileira é um instrumento que apoia e incentiva práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo, além de subsidiar políticas, programas e ações que objetivem o incentivo, apoio, proteção e promoção à saúde e à segurança alimentar e nutricional da população. No Guia Alimentar publicado em 2006, há as primeiras diretrizes alimentares para a população brasileira. Entretanto, diante das transformações sociais que vêm ocorrendo no Brasil, as quais impactam na saúde e nutrição, foi necessária a elaboração de novas recomendações. Neste contexto, o Ministério da Saúde elaborou o novo guia alimentar após um processo de consulta pública, permitindo amplo debate. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online 1 O novo guia justi�ca sua importância trazendo para o brasileiro a relação da alimentação com a saúde e orientações gerais de como devem ser feitas as escolhas alimentares e suas combinações, com conceitos de alimentação saudável, receitas culinárias e dez passos para uma alimentação saudável. Fonte: unsplash. Características dos produtos ultraprocessados, a hiperpalatabilidade e seu impacto na saúde De acordo com o guia alimentar, alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modi�cado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes). A composição nutricional dos alimentos ultraprocessados faz com que, em sua grande maioria, eles sejam ricos em gorduras ou açúcares e, muitas vezes, simultaneamente ricos em gorduras e açúcares. Observa-se também alto teor de sódio, devido à adição de grandes quantidades de sal, necessárias para aumentar a duração dos produtos e intensi�car o sabor, ou mesmo para encobrir sabores indesejáveis oriundos de aditivos ou de substâncias geradas pelas técnicas envolvidas no ultraprocessamento. 2 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0287/aula2.html http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0287/aula2.html Os alimentos ultraprocessados, geralmente, são muito pobres em �bras, componente essencial para a prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes e alguns cânceres. A ausência de �bras decorre da ausência ou da presença limitada de alimentos in natura ou minimamente processados nesses produtos. Assim, os alimentos ultraprocessados podem ser pobres em vitaminas, minerais e outras substâncias com atividade biológica naturalmente presentes em alimentos in natura ou minimamente processados. De forma paralela, a população e os pro�ssionais de saúde estão cada vez mais preocupados com o valor nutricional e os riscos do consumo excessivo de produtos industrializados. Neste contexto, a indústria alimentícia vem desenvolvendo produtos reformulados com denominações especi�cas, tais como light ou diet. Porém, estas formulações não trazem benefícios claros, visto que a retirada de algum ingrediente ou a sua redução é à custa de adição de outro nocivo. Quando o conteúdo de gordura do produto é reduzido à custa do aumento no conteúdo de açúcar ou vice-versa, ou mesmo quando se adicionam �bras ou micronutrientes sintéticos aos produtos, sem a garantia de que o nutriente adicionado reproduza no organismo a função do nutriente naturalmente presente nos alimentos. Fonte: unsplash. Os alimentos ultraprocessados agradam muito a população em geral devido ao seu sabor pronunciado, sendo este conferido com a “ajuda” de açúcares, gorduras, sal e vários aditivos. A indústria alimentícia formula produtos extremamente saborosos objetivando induzir hábito ou mesmo criar dependência no consumidor. Dietas com elevada densidade calórica podem comprometer a capacidade do organismo humano em regular o balanço energético, tendo como consequência o aumento do risco de excesso de peso. O consumo excessivo de açúcar na alimentação diária também eleva o risco de sobrepeso e obesidade. Teores excessivos de gorduras trans e saturadas podem aumentar a morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Estudos já realizados no Brasil indicam associações signi�cativas do consumo de alimentos ultraprocessados com a síndrome metabólica em adolescentes (TAVARES et al., 2012), com dislipidemias em crianças (RAUBER et al., 2015) e com a obesidade em todas as idades (CANELLA et al., 2014). Atividade 1. O padrão alimentar da população vem sofrendo rápidas mudanças, principalmente nos países economicamente emergentes. Pode-se mencionar que as principais mudanças se relacionam com: a) A substituição de alimentos in natura ou minimamente processados de origem vegetal (arroz, feijão, mandioca, batata, legumes e verduras) e preparações culinárias à base desses alimentos por produtos industrializados prontos para consumo.b) A substituição de alimentos integrais ou processados de origem vegetal (arroz, feijão, mandioca, batata, legumes e verduras) e preparações culinárias à base desses alimentos por produtos ultraprocessados. c) A substituição de alimentos in natura ou ultraprocessados de origem animal e preparações culinárias à base desses alimentos por produtos industrializados prontos para consumo. d) A substituição de alimentos in natura ou minimamente processados de origem vegetal (peixe, carne bovina e de aves) e preparações culinárias à base desses alimentos por produtos industrializados prontos para consumo. e) A combinação de alimentos minimamente processados e processados de origem vegetal (arroz, feijão, mandioca, batata, legumes e verduras) e preparações culinárias à base desses alimentos com produtos industrializados prontos para consumo. 2. A qualidade dos alimentos produzidos e industrializados sofreu diversas modi�cações devido aos fenômenos da urbanização e da globalização, apresentando progressos na agricultura, na tecnologia e no comércio, sendo a indústria de alimentos a maior responsável por mudanças radicais na alimentação, especialmente dos norte-americanos. Levando em consideração as mudanças nas características da população, cite e explique as três transições. 3. O Guia Alimentar para a População Brasileira é um instrumento que apoia e incentiva práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo, além de subsidiar políticas, programas e ações que objetivem o incentivo, apoio, proteção e promoção à saúde e à segurança alimentar e nutricional da população. Neste contexto, relacione as quatro categorias de alimentos de�nidas de acordo com o tipo de processamento empregado na sua produção, bem como os tipos de alimentos que as compõem. A) Alimentos in natura ou minimamente processados B) Óleos, gorduras, sal e açúcar C) Alimentos processados D) Alimentos ultraprocessados digite a resposta legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães. digite a resposta refrigerantes, biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote” e “macarrão instantâneo”. digite a resposta óleo de soja, manteiga, sal e açúcar demerara. digite a resposta grãos secos, polidos e empacotados ou moídos na forma de farinhas, raízes e tubérculos lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado. Notas Guia Alimentar para a População Brasileira1 O Brasil tem um Guia Alimentar para a População Brasileira desde o ano de 2006 e, em 2011, o Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da Universidade de São Paulo (NUPENS-USP), e com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), começou um importante processo de revisão das recomendações propostas pela 1ª versão do Guia, lançando em 2014 uma nova edição. Gorduras2 As gorduras utilizadas nos alimentos ultraprocessados são resistentes à oxidação e objetivam que tais alimentos não se tornem rançosos precocemente; todavia, estas tendem a obstruir as artérias, comprometendo assim a circulação sanguínea. Ressalta-se ainda que é comum o uso de óleos vegetais naturalmente ricos em gorduras saturadas e hidrogenadas, que contêm gorduras trans. Referências BLEIL, S.I. O Padrão Alimentar Ocidental: considerações sobre a mudança de hábitos no Brasil. Cadernos de Debate, Vol. VI, 1998. BRASIL. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. - Rio de Janeiro: IBGE, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2.ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância Alimentar e Nutricional. Estudo Nacional de Despesas Familiares (ENDEF-1977). BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. CANELLA, D.S. et al. Ultra-processed food products and obesity in Brazilian households (2008-2009). PLoS One. 2014;9(3):e92752. CLARO, R.M. et al. Consumo de alimentos não saudáveis relacionados a doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, n. 24, v. 2, p. 257-265, abr-jun 2015. MONTEIRO, C.A. et al. A estrela brilha. Classi�cação dos alimentos. Saúde Pública. World Nutrition, n.7, v.1-3, p.28-40, 2016. RAUBER, F. et al. Consumption of ultra-processed food products and its effects on children’s lipid pro�les: a longitudinal study. Nutr Metab Cardiovasc Dis. 2015;25(1):116-22. TAVARES, L.F. et al. Relationship between ultra-processed foods and metabolic syndrome in adolescents from a Brazilian Family Doctor Program. Public Health Nutr. 2012;15(1):82-7. Próxima aula Comunicação em saúde. Explore mais Assista ao vídeo O que é Alimentação Saudável? Leia o texto Guia alimentar para população brasileira. Assista ao documentário Muito além do peso. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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