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Revisão rápida - Seleção de julgados - DPE

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Prévia do material em texto

I N F O R M A T I V O S 
P O R A S S U N T O 
D E 2 0 1 6 A T É O N T E M
Material elaborado por Roberto Coutinho 
professorroberto.com 
Instagram @r.couttinho 
Apostas dos informativos mais relevantes 
para concursos
REVISÃO  DE 
INFORMATIVOS 
DEFENSORIA 
PÚBLICA
 
Pessoal, fiz essa seleção de informativos para alguns alunos que sentiram a necessidade de um material mais curto 
para ler logo antes da prova. Uma sugestão, leiam o título, se estiverem familiarizados já passem para o próximo. A 
ideia desse material é focar na memória recente. 
Achei que esses julgados parecem ser mais interessantes de ter na cabeça, com enfoque nas provas de Defensoria 
Pública, mas claro que esse material não supre, e não se propõe a suprir, a revisão de reta final de sempre. 
Então chega de conversa e vamos em frente! Qualquer coisa é só chamar! Boa prova! Boa sorte! Abraços! 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Vedação ao homeschooling 
A Constituição estabelece princípios, preceitos e regras aplicáveis ao ensino, que integra a educação lato sensu. Isso 
vale para o Estado e para a família. Independentemente do ensino a ser trilhado, o texto exige alguns requisitos 
inafastáveis: a necessidade de ensino básico obrigatório entre quatro e dezessete anos (art. 208, I); a existência de 
núcleo mínimo curricular (art. 210); e a observância de convivência familiar e comunitária (art. 227). 
Aparentemente, a CF veda três das quatro espécies mais conhecidas do ensino domiciliar: a desescolarização radical, 
a moderada e o ensino domiciliar puro. Isso porque elas afastam completamente o Estado do seu dever de participar 
da educação, o que não ocorre com a quarta espécie, denominada homeschooling ou ensino domiciliar utilitarista ou 
por conveniência circunstancial. Essa modalidade pode ser estabelecida pelo Congresso Nacional. 
Para o redator, o ensino domiciliar carece de regulamentação prévia que firme mecanismos de avaliação e fiscalização, 
e respeite os mandamentos constitucionais, especialmente o art. 208, § 3º. Nesse sentido, é necessário que a lei 
prescreva o que será a frequência. Diversamente do ensino público regular, essa frequência possui, também, o fim de 
evitar a evasão, garantir a socialização do indivíduo, além da convivência com a pluralidade de ideias. RE 888815/RS, 
rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgamento em 12.9.2018. (RE-888815) 
 
Manifestações em universidades e normas eleitorais 
O Plenário referendou, com efeito vinculante e eficácia contra todos, decisão monocrática que, em arguição de 
descumprimento de preceito fundamental (ADPF), suspendeu os efeitos de atos judiciais ou administrativos emanados 
de autoridade pública que possibilitem, determinem ou promovam o ingresso de agentes públicos em universidades 
públicas e privadas, o recolhimento de documentos, a interrupção de aulas, debates ou manifestações de docentes e 
discentes universitários, a atividade disciplinar docente e discente e a coleta irregular de depoimentos desses cidadãos 
pela prática de manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento em ambientes universitários ou em 
equipamentos sob a administração de universidades públicas e privadas e serventes a seus fins e desempenhos. 
As autoridades judiciais e policiais, ao impor comportamentos restritivos ou impeditivos do exercício desses direitos, 
proferiram decisões com eles incompatíveis e em afronta, ainda, ao princípio democrático e ao modelo de Estado de 
Direito erigido e vigente no Brasil. 
Por sua vez, as normas previstas nos artigos 206, II e III, e 207 da CF se harmonizam com os direitos às liberdades de 
expressão do pensamento, de informar e de ser informado. Esses direitos são constitucionalmente assegurados, para 
o que o ensino e a aprendizagem se conjugam, de modo a garantir espaços de libertação da pessoa, a partir de ideias 
e compreensões do mundo convindas ou não e expostas para convencer ou simplesmente expressar o entendimento 
de cada qual. 
A autonomia é o espaço de discricionariedade conferido constitucionalmente à atuação normativa infralegal de cada 
universidade para o excelente desempenho de suas funções. As universidades são espaços de liberdade e de libertação 
pessoal e política. Seu título indica a pluralidade e o respeito às diferenças, às divergências para se formarem 
consensos, legítimos apenas quando decorrentes de manifestações livres. Por isso, a Constituição ali garante, de modo 
expresso, a liberdade de aprender e ensinar e, ainda, de divulgar livremente o pensamento. ADPF 548 MC-Ref/DF, rel. 
Min. Cármen Lúcia, julgamento em 31.10.2018. (ADPF-548) 
 
Censura e liberdade de expressão 
A retirada de matéria de circulação configura censura em qualquer hipótese, o que se admite apenas em situações 
extremas. Via de regra, a colisão da liberdade de expressão com os direitos da personalidade deve ser resolvida pela 
retificação, pelo direito de resposta ou pela reparação civil. Concluiu pela existência de interesse público presumido 
na livre circulação de ideias e opiniões. Ademais, a pessoa retratada se apresentou como pessoa pública a atuar em 
espaço público, sujeita, portanto, a um grau de crítica maior. Rcl 22328/RJ, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 
 
6.3.2018. 
 
Possibilidade de ressarcimento dos planos de saúde pelo SUS e ofensa reflexa à constituição 
É constitucional o ressarcimento previsto no art. 32 da Lei 9.656/1998, o qual é aplicável aos procedimentos médicos, 
hospitalares ou ambulatoriais custeados pelo SUS e posteriores a 4.6.1998, assegurados o contraditório e a ampla 
defesa, no âmbito administrativo, em todos os marcos jurídicos. 
Com esse entendimento, o Plenário negou provimento a recurso extraordinário no qual discutida a validade de débitos 
cobrados a título de ressarcimento ao SUS em decorrência de despesas referentes a atendimentos prestados a 
beneficiários de planos de saúde. 
A Corte registrou que eventual questão envolvendo a possibilidade de fixação de tabelas de ressarcimento dentro dos 
limites mínimo e máximo instituídos pelo § 8º do art. 32 da Lei 9.656/1998 deveria ser resolvida no campo da análise 
infraconstitucional. Isso porque eventual conflito entre normas de 1º e 2º graus reflete, no máximo, ofensa reflexa à 
Constituição, impassível de análise na via do recurso extraordinário. RE 597064/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgamento em 7.2.2018. (RE - 597064). 
 
Direito à saúde. Medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS. Fornecimento pelo Poder Público. 
Obrigatoriedade. Caráter excepcional. Requisitos cumulativos. 
A concessão dos medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS exige a presença cumulativa dos 
seguintes requisitos: (I) comprovação, por meio de laudo médico fundamentado e circunstanciado expedido por 
médico que assiste o paciente, da imprescindibilidade ou necessidade do medicamento, assim como da ineficácia, para 
o tratamento da moléstia, dos fármacos fornecidos pelo SUS; (II) incapacidade financeira de arcar com o custo do 
medicamento prescrito; e (III) existência de registro na ANVISA do medicamento. REsp 1.657.156-RJ, Rel. Min. Benedito 
Gonçalves, Primeira Seção, por unanimidade, julgado em 25/04/2018, DJe 04/05/2018 
 
Análise dos requisitos constitucionais de relevância e urgência e MP que trate sobre situação tipicamente financeira 
e tributária 
O art. 62 da CF/88 prevê que o Presidente da República somente poderá editar medidas provisórias em caso de 
relevância e urgência. A definição do que seja relevante e urgente para fins de edição de medidas provisórias consiste, 
em regra, em um juízo político (escolha política/discricionária) de competência do Presidente da República, controlado 
pelo Congresso Nacional. Desse modo, salvo em caso de notório abuso, o Poder Judiciário não deve se imiscuir na 
análise dos requisitos da MP. No caso de MP que trate sobre situaçãotipicamente financeira e tributária, deve 
prevalecer, em regra, o juízo do administrador público, não devendo o STF declarar a norma inconstitucional por 
afronta ao art. 62 da CF/88. STF. Plenário. ADI 1055/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/12/2016 (Info 851). 
 
Possibilidade de lei estadual versar sobre norma de consumo em referencia ao direito de informação 
O Plenário julgou improcedente pedido formulado em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada em face da Lei 
3.885/2010 do Estado de Mato Grosso do Sul, que dispõe sobre a obrigatoriedade de entrega ao usuário, por escrito, de 
comprovante fundamentado com informações pertinentes a eventual negativa, parcial ou total, de cobertura de 
procedimento médico, cirúrgico ou de diagnóstico, bem como de tratamento e internação. 
O Tribunal afirmou que, ao exigir da operadora de planos privados de assistência à saúde a entrega imediata e no local 
do atendimento médico de informações e documentos, nos termos da lei impugnada, o legislador estadual atuou dentro 
da competência legislativa que lhe foi assegurada constitucionalmente. 
Salientou que a lei questionada instituiu prática essencialmente extracontratual voltada à proteção do consumidor e ao 
acesso à informação. ADI 4512/MS, rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 7.2.2018. (ADI - 4512). 
 
Estado-membro pode legislar sobre a concessão, por empresas privadas, de bolsa de estudos para professores 
É constitucional lei estadual que preveja a possibilidade de empresas patrocinarem bolsas de estudo para professores 
em curso superior, tendo como contrapartida a obrigação de que esses docentes ministrem aula de alfabetização ou 
aperfeiçoamento para os empregados da empresa patrocinadora. Plenário. ADI 2663/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado 
em 8/3/2017 (Info 856). 
 
 
É inconstitucional lei estadual que disponha sobre a segurança de estacionamentos e o regime de contratação dos 
funcionários 
Lei estadual que impõe a prestação de serviço de segurança em estacionamento a toda pessoa física ou jurídica que 
disponibilize local para estacionamento é inconstitucional, quer por violar a competência privativa da União para 
legislar sobre direito civil, quer por violar a livre iniciativa. 
Lei estadual que impõe a utilização de empregados próprios na entrada e saída de estacionamento, impedindo a 
terceirização, viola a competência privativa da União para legislar sobre Direito do Trabalho. STF. Plenário. ADI 451/RJ, 
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/8/2017 (Info 871). 
 
É inconstitucional lei estadual que exija que os supermercados do Estado ofereçam empacotadores para os produtos 
adquiridos 
O STF decidiu, em repercussão geral, que são inconstitucionais as leis que obrigam supermercados ou similares à 
prestação de serviços de acondicionamento ou embalagem das compras, por violação ao princípio da livre iniciativa. 
RE 839950/RS, rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 24.10.2018. (RE-839950) 
 
Inconstitucionalidade de lei estadual que estabeleça exigências nos rótulos dos produtos em desconformidade com 
a legislação federal 
É inconstitucional lei estadual que estabelece a obrigatoriedade de que os rótulos ou embalagens de todos os produtos 
alimentícios comercializados no Estado contenham uma série de informações sobre a sua composição, que não são 
exigidas pela legislação federal. STF. Plenário. ADI 750/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 3/8/2017 (Info 871). 
 
Constitucionalirudentdade de lei municipal que verse, de modo reflexo, direito do consumidor ou comercial, mas 
seja essencialmente, de interesse local 
É constitucional lei municipal que proíbe a conferência de produtos, após o cliente efetuar o pagamento nas caixas 
registradoras em empresas, assim como prevê sanções administrativas em caso de descumprimento. Nesse julgado, o 
STF entendeu que a decisão agravada está de acordo com sua jurisprudência no sentido de que os municípios detêm 
competência para legislar sobre assuntos de interesse local, ainda que, de modo reflexo, tratem de direito comercial 
ou do consumidor. RE 1.052.719 AgR/PB, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 25.9.2018. (RE-1052719) 
 
Réu em processo criminal é excluído da linha de sucessão do cargo de Presidente da República 
Os substitutos eventuais do Presidente da República a que se refere o art. 80 da CF/88, caso ostentem a posição 
de réus criminais perante o STF, ficarão impossibilitados de exercer o ofício de Presidente da República. No entanto, 
mesmo sendo réus, podem continuar na chefia do Poder por eles titularizados. STF. Plenário. ADPF 402 MC-REF/DF, 
Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 7/12/2016 (Info 850). 
 
Impedimento à advocacia envolvendo parlamentares 
O art. 30, II, da Lei nº 8.906/94, prevê que os membros do Poder Legislativo (Vereadores, Deputados e Senadores) são 
impedidos de exercer a advocacia contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou 
permissionárias de serviço público. Essa proibição abrange a advocacia envolvendo qualquer dos entes federativos 
(União, Estados, DF e Municípios). Assim, o desempenho de mandato eletivo no Poder Legislativo impede o exercício 
da advocacia a favor ou contra pessoa jurídica de direito público pertencente a qualquer das esferas de governo – 
municipal, estadual ou federal. STJ. 1ª Seção. EAREsp 519.194-AM, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 14/6/2017 (Info 
607). 
 
Procedimento de identificação das comunidades dos quilombos e decreto autônomo 
Segundo o STF, o critério da autoidentificação cumpriria a tarefa de trazer à luz os destinatários do art. 68 do ADCT, e 
não se prestaria a inventar novos destinatários, de forma a ampliar indevidamente o universo daqueles a quem a 
norma fora dirigida. Para os fins específicos da incidência desse dispositivo constitucional transitório, além de uma 
dada comunidade ser qualificada como remanescente de quilombo, também se mostraria necessária a satisfação de 
um elemento objetivo, empírico: que a reprodução da unidade social, que se afirma originada de um quilombo, 
 
estivesse atrelada a uma ocupação continuada do espaço. ADI 3239/DF, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red.p/ o ac. Min. 
Rosa Weber, julgamento em 8.2.2018. (ADI - 3239) 
 
Necessidade de intimação da Defensoria Pública para o julgamento de habeas corpus 
A intimação pessoal da Defensoria Pública quanto à data de julgamento de habeas corpus só é necessária se houver 
pedido expresso para a realização de sustentação oral. STF. 2ª Turma. HC 134.904/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado 
em 13/9/2016 (Info 839). 
 
Para em dobro para o assistido da Defensoria realizar pagamento voluntário (sob o rito do CPC/73) 
Se o devedor for assistido da Defensoria Pública, o prazo do art. 475-J do CPC/1973 deverá ser contado em dobro, ou 
seja, o executado terá 30 dias para o débito. A prerrogativa da contagem em dobro dos prazos tem por objetivo 
compensar as peculiares condições enfrentadas pelos profissionais que atuam nos serviços de assistência judiciária do 
Estado, que enfrentam deficiências de material, pessoal e grande volume de processos. A intimação para o 
cumprimento da sentença gera ônus para o representante da parte vencida, que deverá comunicá-la do desfecho 
desfavorável da demanda e alertá-la de que a ausência de cumprimento voluntário implica imposição de sanção 
processual. Logo, deve ser aplicado o prazo em dobro nesta situação. STJ. 4ª Turma. REsp 1.261.856-DF, Rel. Min. 
Marco Buzzi, julgado em 22/11/2016 (Info 594). 
 
Para que a DPE atue no STJ, é necessário que possua escritório de representação em Brasília 
A Defensoria Pública Estadual pode atuar no STJ, no entanto, para isso, é necessário que possua escritório de 
representação em Brasília. Se a Defensoria Pública estadual não tiver representação na capital federal,as intimações 
das decisões do STJ nos processos de interesse da DPE serão feitas para a DPU. 
Assim, enquanto os Estados, mediante lei específica, não organizarem suas Defensorias Públicas para atuarem 
continuamente nesta Capital Federal, inclusive com sede própria, o acompanhamento dos processos no STJ constitui 
prerrogativa da DPU. 
A DPU foi estruturada sob o pálio dos princípios da unidade e da indivisibilidade para dar suporte às Defensorias 
Públicas estaduais e fazer as vezes daquelas de Estados-Membros longínquos, que não podem exercer o múnus a cada 
recurso endereçado aos tribunais superiores. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 378.088/SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, 
julgado em 06/12/2016. STF. 1ª Turma. HC 118294/AP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, 
julgado em 7/3/2017 (Info 856). 
 
Defensoria Pública. Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB. Desnecessidade. Art. 3º, § 1º, da Lei n. 
8.906/1994. Interpretação conforme a Constituição Federal. Aplicação do art. 4º, § 6º, da Lei Complementar n. 
80/1994. 
O art. 3º, § 1º, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil merece interpretação conforme a CF/88 para obstar a 
necessidade de inscrição na OAB dos membros das carreiras da Defensoria Pública. REsp 1.710.155-CE, Rel. Min. Herman 
Benjamin, por unanimidade, julgado em 01/03/2018, DJe 02/08/2018 
 
 
 
DIREITO ADMINSTRATIVO 
Teste de alcoolemia, etilômetro ou bafômetro. Recusa em se submeter ao exame. Sanção administrativa. Art. 277, 
§ 3º c/c art. 165 do CTB. Autonomia das infrações. Identidade de penas. Desnecessidade de prova da embriaguez. 
A sanção do art. 277, § 3º, do CTB dispensa demonstração da embriaguez por outros meios de prova, uma vez que a 
infração reprimida não é a de embriaguez ao volante, prevista no art. 165, mas a de recusa em se submeter aos 
procedimentos do caput do art. 277, de natureza instrumental e formal, consumada com o comportamento contrário 
ao comando legal. REsp 1.677.380-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, por unanimidade, julgado em 10/10/2017, DJe 
16/10/2017. 
 
Possibilidade de o proprietário afastar a sanção do art. 243 da CF/88 se provar que não teve culpa 
A expropriação prevista no art. 243 da Constituição Federal pode ser afastada, desde que o proprietário comprove que 
não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo. STF. Plenário. RE 635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgado em 14/12/2016 (repercussão geral) (Info 851). 
 
Desistência da desapropriação 
Admite-se a desistência da desapropriação a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado, desde que: 
a) ainda não tenha havido o pagamento integral do preço (pois nessa hipótese já terá se consolidado a transferência 
da propriedade do expropriado para o expropriante); e 
b) o imóvel possa ser devolvido sem que ele tenha sido alterado de forma substancial (que impeça sua utilização como 
antes era possível). 
É ônus do expropriado provar a existência de fato impeditivo do direito de desistência da desapropriação. STJ. 2ª 
Turma. REsp 1.368.773-MS, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. para acórdão Min. Herman Benjamin, julgado em 6/12/2016 
(Info 596). 
Mandado de segurança. Ato de demarcação de terras indígenas. Ciência de interessados. Publicação afixada na 
Prefeitura Municipal. Notificação pessoal. Desnecessidade. 
Não há nulidade em processo de remarcação de terras indígenas por ausência de notificação direta a eventuais 
interessados, bastando que a publicação do resumo do relatório circunstanciado seja afixada na sede da Prefeitura 
Municipal da situação do imóvel. MS 22.816-DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, por unanimidade, julgado em 
13/9/2017, DJe 19/9/2017. 
 
Reintegração de posse. Mandado judicial. Cumprimento. Impossibilidade. Apossamento administrativo e ocupação 
consolidada. Conversão em ação indenizatória de ofício. Viabilidade. Supremacia do interesse público e social. 
Julgamento extra petita. Inexistência. 
A ação possessória pode ser convertida em indenizatória (desapropriação indireta) – ainda que ausente pedido 
explícito nesse sentido – a fim de assegurar tutela alternativa equivalente ao particular, quando a invasão coletiva 
consolidada inviabilizar o cumprimento do mandado reintegratório pelo município. REsp 1.442.440-AC, Rel. Min. 
Gurgel de Faria, por unanimidade, julgado em 07/12/2017, DJe 15/02/2018 
 
Demanda possessória entre particulares. Oposição pelo ente público. Defesa incidental do domínio e da posse de 
bem público. Possibilidade 
Em ação possessória entre particulares é cabível o oferecimento de oposição pelo ente público, alegando-se 
incidentalmente o domínio de bem imóvel como meio de demonstração da posse. E REsp 1.134.446-MT, Rel. Min. 
Benedito Gonçalves, por unanimidade, julgado em 21/03/2018, DJe 04/04/2018 
 
Não se pode caracterizar as terras ocupadas pelos indígenas como devolutas 
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, da CF/88) e, portanto, não podem ser 
consideradas como terras devolutas de domínio do Estado-membro. STF. Plenário. ACO 362/MT e ACO 366/MT, Rel. 
Min. Marco Aurélio, julgados em 16/8/2017 (Info 873). 
 
Responsabilidade civil do Estado em caso de morte de detento 
Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o Estado é 
 
responsável pela morte de detento. STF. Plenário. RE 841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 30/3/2016 (repercussão 
geral) (Info 819). 
 
Estado deve indenizar preso que se encontre em situação degradante 
É dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade 
previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação 
de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência 
das condições legais de encarceramento. STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. 
Gilmar Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854). 
 
Furto e responsabilidade civil de concessionária de serviços públicos 
A Primeira Turma reconheceu o nexo causal entre a conduta omissiva da empresa prestadora de serviços que deixou de agir com 
o cuidado necessário quanto à vigilância no posto de pesagem, por ocasião do estacionamento obrigatório do veículo para 
lavratura do auto de infração, e o dano causado ao recorrente. Desse modo, entendeu caracterizada a falha na prestação e 
organização do serviço. 
Afirmou não haver espaço para afastar a responsabilidade, independentemente de culpa, ainda que sob a óptica da omissão, ante 
o princípio da legalidade, presente a teoria do risco administrativo. A responsabilidade objetiva do Estado tem por fundamento a 
proteção do cidadão, que se encontra em posição de subordinação e está sujeito aos danos provenientes da ação ou omissão do 
Estado, o qual deve suportar o ônus de suas atividades. (RE-598356) 
 
Proibição do art. 9º, III, da Lei 8.666/93 permanece mesmo que o servidor esteja licenciado 
O fato de o servidor estar licenciado não afasta o entendimento segundo o qual não pode participar de procedimento 
licitatório a empresa que possuir em seu quadro de pessoal servidor ou dirigente do órgão contratante ou responsável 
pela licitação, pois o impedimento de contratar e licitar decorre da própria punição e não da publicidade.. STJ. 2ª 
Turma. REsp 1.607.715-AL, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 7/3/2017 (Info 602). 
 
Mandado de segurança. Penalidade aplicada com base na Lei n. 10.520/2002. Divulgação no Portal da Transparência 
gerenciado pela CGU. Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS. Caráter informativo. 
A divulgação do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas – CEIS pela CGU tem mero caráter informativo, 
não sendo determinante para que os entes federativosimpeçam a participação, em licitações, das empresas ali 
constantes. MS 21.750-DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, por unanimidade, julgado em 25/10/2017, DJe 
07/11/2017 
 
Prazo prescricional em caso de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto 
Súmula 412-STJ: A ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo prescricional 
estabelecido no Código Civil. 
O prazo prescricional para as ações de repetição de indébito relativo às tarifas de serviços de água e esgoto cobradas 
indevidamente é de: 
a) 20 (vinte) anos, na forma do art. 177 do Código Civil de 1916; ou 
b) 10 (dez) anos, tal como previsto no art. 205 do Código Civil de 2002, observando-se a regra de direito intertemporal, 
estabelecida no art. 2.028 do Código Civil de 2002. STJ. 1ª Seção. REsp 1.532.514-SP, Rel. Min. Og Fernandes, Primeira 
Seção, julgado em 10/5/2017 (recurso repetitivo) (Info 603) 
 
Decisão que suspende reajuste das tarifas de transporte público urbano viola a ordem pública 
A interferência judicial para invalidar a estipulação das tarifas de transporte público urbano viola a ordem pública, 
mormente nos casos em que houver, por parte da Fazenda estadual, esclarecimento de que a metodologia adotada 
para fixação dos preços era técnica. 
Segundo a “doutrina Chenery”, o Poder Judiciário não pode anular um ato político adotado pela Administração Pública 
sob o argumento de que ele não se valeu de metodologia técnica. Isso porque, em temas envolvendo questões técnicas 
e complexas, os Tribunais não gozam de expertise para concluir se os critérios adotados pela Administração são 
corretos ou não. 
 
Assim, as escolhas políticas dos órgãos governamentais, desde que não sejam revestidas de reconhecida ilegalidade, 
não podem ser invalidadas pelo Poder Judiciário. STJ. Corte Especial. AgInt no AgInt na SLS 2.240-SP, Rel. Min. Laurita 
Vaz, julgado em 7/6/2017 (Info 605). 
 
Prazo prescricional da ação de ressarcimento ao erário 
É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil. Dito de outro modo, se o Poder 
Público sofreu um dano ao erário decorrente de ilícito civil e deseja ser ressarcido, ele deverá ajuizar a ação no 
prazo prescricional previsto em lei. Vale ressaltar, entretanto, que essa tese não alcança prejuízos que decorram 
de ato de improbidade administrativa que, até o momento, continuam sendo considerados imprescritíveis (art. 37, 
§ 5º). STF. Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 3/2/2016 (repercussão geral) (Info 813). 
 
Prescritibilidade de ação de ressarcimento por ato de improbidade administrativa 
A imprescritibilidade da ação de ressarcimento se restringe às hipóteses de atos de improbidade dolosa, ou seja, que 
impliquem enriquecimento ilícito, favorecimento ilícito de terceiros ou dano intencional à Administração Pública. 
Para tanto, deve-se analisar, no caso concreto, se ficou comprovado o ato de improbidade, na modalidade dolosa, para, 
só então e apenas, decidir sobre o pedido de ressarcimento. RE 852475/SP, rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. 
Min. Edson Fachin, julgamento em 8.8.2018. (RE-852475) 
 
Lei de contratação temporária não pode prever hipóteses genéricas nem a prorrogação indefinida dos contratos 
São inconstitucionais, por violarem o art. 37, IX, da CF/88, a autorização legislativa genérica para contratação 
temporária e a permissão de prorrogação indefinida do prazo de contratações temporárias. STF. Plenário. ADI 
3662/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 23/3/2017 (Info 858). 
 
Magistrado que estava recebendo abono de permanência e foi promovido terá direito de continuar percebendo o 
benefício 
A ocupação de novo cargo dentro da estrutura do Poder Judiciário, pelo titular do abono de permanência, não implica 
a cessação do benefício. STF. 1ª Turma. MS 33424/DF e MS 33456/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 28/3/2017 
(Info 859). 
 
ilícitos. Recursos públicos. Princípios basilares da administração pública. Lei n. 8.112/1990. Aplicabilidade. 
É legal a instauração de procedimento disciplinar, julgamento e sanção, nos moldes da Lei n. 8.112/1990 em face de 
servidor público que pratica atos ilícitos na gestão de fundação privada de apoio à instituição federal de ensino 
superior. MS 21.669-DF, Rel. Min. Gurgel de Faria, por unanimidade, julgado em 23/08/2017, DJe 09/10/2017 
 
Servidor Público. Remoção de cônjuge a pedido. Acompanhamento. Art. 36, III, "a", da Lei n. 8.112/1990. 
O servidor público federal somente tem direito à remoção prevista no art. 36, parágrafo único, III, "a", da Lei n. 
8.112/1990, na hipótese em que o cônjuge/companheiro, também servidor, tenha sido deslocado de ofício, para 
atender ao interesse da Administração (nos moldes do inciso I do mesmo dispositivo legal). EREsp 1.247.360-RJ, Rel. 
Min. Benedito Gonçalves, por maioria, julgado em 22/11/2017, DJe 29/11/2017 
 
Possibilidade de desconto dos dias não trabalhos em virtude de greve no serviço público 
Não se mostra razoável a possibilidade de desconto em parcela única sobre a remuneração do servidor público 
dos dias parados e não compensados provenientes do exercício do direito de greve. STJ. 2ª Turma. RMS 49.339-SP, 
Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 6/10/2016 (Info 592). 
A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve 
pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida a compensação 
em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita 
do Poder Público. STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016 (repercussão geral) (Info 
845). 
 
 
 
Recebimento de auxílio moradia de má fé e inexistência de decadência 
Servidor que recebeu auxílio-moradia apresentando declaração falsa de que havia se mudado para outra cidade 
terá que ressarcir o erário e devolver os valores recebidos mesmo que já se tenha passado mais de 5 anos desde 
a data em que o pagamento foi autorizado. STF. 1ª Turma. MS 32.569/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ o ac. 
Min. Edson Fachin, julgado em 13/09/2016 (Info 839). 
 
A instauração de processo disciplinar contra servidor efetivo cedido deve ocorrer, preferencialmente, no órgão em 
que tenha sido praticada a suposta irregularidade. 
Por outro lado, o julgamento e a eventual aplicação de sanção só podem ocorrer no órgão ao qual o servidor efetivo 
estiver vinculado. STJ. Corte Especial. MS 21.991-DF, Rel. Min. Humberto Martins, Rel. para acórdão Min. João Otávio 
de Noronha, julgado em 16/11/2016 (Info 598). 
 
Utilização no PAD de dados obtidos em descoberta fortuita na investigação criminal 
 É possível a utilização de dados obtidos por descoberta fortuita em interceptações telefônicas devidamente 
autorizadas como prova emprestada em processo administrativo disciplinar. STF. 1ª Turma. MS 30361 AgR/DF, Rel. 
Min. Rosa Weber, julgado em 29/8/2017 (Info 875). 
 
Aplicação de crime continuado no PAD 
Há fatos ilícitos administrativos que, se cometidos de forma continuada pelo servidor público, não se sujeitam à sanção 
com aumento do quantum sancionatório previsto no art. 71, caput, do CP. STJ. 1ª Seção. REsp 1.471.760-GO, Rel. Min. 
Benedito Gonçalves, julgado em 22/2/2017 (Info 602). 
 
STJ, 611 - Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração 
de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela 
imposto à Administração. Primeira Seção, aprovada em 09/05/2018, DJe 14/05/2018. 
 
Impossibilidade de restrição a candidatos com tatuagem 
Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações excepcionais em 
razão de conteúdo que viole valores constitucionais. STF. Plenário.RE 898450/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado 
em 17/8/2016 (repercussão geral) (Info 835). 
 
Concurso público. Candidatos aprovados fora do limite de vagas. Surgimento de novas vagas. Manifestação 
inequívoca da administração sobre a necessidade de seu provimento. Ausência de prova de restrição orçamentária. 
Direito subjetivo à nomeação. 
O candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas tem direito subjetivo à nomeação caso surjam 
novas vagas durante o prazo de validade do certame, haja manifestação inequívoca da administração sobre a 
necessidade de seu provimento e não tenha restrição orçamentária. MS 22.813-DF, Rel. Min. Og Fernandes, por 
maioria, julgado em 13/06/2018, DJe 22/06/2018 
 
CONSTITUCIONALIDADE DA PREVISÃO DE RESERVA DE VAGAS PARA PESSOAS PDE 
O Plenário do STF, reconheceu a constitucionalidade da previsão de reserva de vagas no serviço público para pessoas 
portadoras de deficiência, conforme previsto no art. 307 da CRFB ADI 825/AP, rel. Min. Alexandre de Moraes, 
julgamento em 25.10.2018. (ADI-825) 
 
POSSIBILIDADE DE REMARCAÇÃO DE EXAME DE APTIDÃO FÍSICA POR GESTANTE 
É constitucional, com base no direito ao planejamento familiar e no direito de concorrência em igualdade de condições, 
a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época de sua realização, independentemente 
da previsão expressa em edital do concurso público. RE 1058333/PR, rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 23.11.2018. 
(RE-1058333) 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
Possibilidade de alteração do registro civil após aquisição de dupla cidadania 
O brasileiro que adquiriu dupla cidadania pode ter seu nome retificado no registro civil do Brasil, desde que isso não 
cause prejuízo a terceiros, quando vier a sofrer transtornos no exercício da cidadania por força da apresentação de 
documentos estrangeiros com sobrenome imposto por lei estrangeira e diferente do que consta em seus documentos 
brasileiros. STJ. 3ª Turma. REsp 1.310.088-MG, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Rel. para acórdão Min. Paulo de Tarso 
Sanseverino, julgado em 17/5/2016 (Info 588). 
 
Transexual: alteração de nome e gênero e cirurgia de redesignação de sexo 
O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua classificação de gênero no 
registro civil, não se exigindo, para tanto, nada além da manifestação de vontade do indivíduo, o qual poderá exercer 
tal faculdade tanto pela via judicial como diretamente pela via administrativa. 
Essa alteração deve ser averbada à margem do assento de nascimento, vedada a inclusão do termo “transgênero”. 
Nas certidões do registro não constará nenhuma observação sobre a origem do ato, vedada a expedição de certidão 
de inteiro teor, salvo a requerimento do próprio interessado ou por determinação judicial. 
Efetuando-se o procedimento pela via judicial, caberá ao magistrado determinar de ofício ou a requerimento do 
interessado a expedição de mandados específicos para a alteração dos demais registros nos órgãos públicos ou 
privados pertinentes, os quais deverão preservar o sigilo sobre a origem dos atos. 
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, ao apreciar o Tema 761 da repercussão geral, deu provimento 
a recurso extraordinário em que se discutia a possibilidade de alteração de gênero no assento de registro civil de 
transexual — como masculino ou feminino — independentemente da realização de procedimento cirúrgico de 
redesignação de sexo (Informativo 885). RE 670422/RS, rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 15.8.2018. (ADI-670422) 
Prevaleceu o voto do ministro Dias Toffoli (relator). Este reajustou o voto proferido na assentada anterior para se 
adequar ao que decidido na ADI 4.275/DF (Informativo 892), no sentido de conceder aos transgêneros, e não só aos 
transexuais, o direito a referidas alterações, na via administrativa ou judicial, em procedimento de jurisdição 
voluntária. 
 
Abuso de direito em ação proposta por terceiro para impedir que mulher realize aborto 
Caracteriza abuso de direito ou ação passível de gerar responsabilidade civil pelos danos causados a impetração do 
habeas corpus por terceiro com o fim de impedir a interrupção, deferida judicialmente, de gestação de feto portador 
de síndrome incompatível com a vida extrauterina. STJ. 3ª Turma. REsp 1.467.888-GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, 
julgado em 20/10/2016 (Info 592). 
 
Agressões físicas ou verbais praticadas por adulto contra criança geram dano moral in re ipsa 
A conduta de um adulto que pratica agressão verbal ou física contra criança ou adolescente configura elemento 
caracterizador da espécie do dano moral in re ipsa. STJ. 3ª Turma. REsp 1.642.318-MS, Rel. Min. Nancy Andrighi, 
julgado em 7/2/2017 (Info 598). 
 
A vítima de um ato ilícito praticado por menor pode propor a ação somente contra o pai do garoto, não sendo 
necessário incluir o adolescente no polo passivo 
Em ação indenizatória decorrente de ato ilícito, não há litisconsórcio necessário entre o genitor responsável pela 
reparação (art. 932, I, do CC) e o menor causador do dano. 
É possível, no entanto, que o autor, por sua opção e liberalidade, tendo em conta que os direitos ou obrigações derivem 
do mesmo fundamento de fato ou de direito, intente ação contra ambos – pai e filho –, formando-se um litisconsórcio 
facultativo e simples. 
 
Não há como afastar a responsabilização do pai do filho menor simplesmente pelo fato de que ele não estava 
fisicamente ao lado de seu filho no momento da conduta 
O art. 932 do CC prevê que os pais são responsáveis pela reparação civil em relação aos atos praticados por seus filhos 
menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia. 
 
O art. 932, I do CC, ao se referir à autoridade e companhia dos pais em relação aos filhos, quis explicitar o poder familiar 
(a autoridade parental não se esgota na guarda), compreendendo um plexo de deveres, como proteção, cuidado, 
educação, informação, afeto, dentre outros, independentemente da vigilância investigativa e diária, sendo irrelevante 
a proximidade física no momento em que os menores venham a causar danos. 
Em outras palavras, não há como afastar a responsabilização do pai do filho menor simplesmente pelo fato de que ele 
não estava fisicamente ao lado de seu filho no momento da conduta. STJ. 4ª Turma. REsp 1.436.401-MG, Rel. Min. Luis 
Felipe Salomão, julgado em 2/2/2017 (Info 599). 
 
Execução de título extrajudicial. Mensalidades escolares. Dívidas contraídas em nome dos filhos da executada. 
Ausência de bens em nome da mãe para a satisfação do débito. Pretensão de inclusão do pai na relação jurídica 
processual. Possibilidade. Sustento e manutenção do menor matriculado em ensino regular. Responsável solidário. 
Legitimidade extraordinária. 
A execução de título extrajudicial por inadimplemento de mensalidades escolares de filhos do casal pode ser 
redirecionada ao outro consorte, ainda que não esteja nominado nos instrumentos contratuais que deram origem à 
dívida. REsp 1.472.316-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, por unanimidade, julgado em 05/12/2017, DJe 
18/12/2017 
 
Ação indenizatória. Danos morais e materiais. Acidente automobilístico. Transporte de passageiros. Morte do 
genitor. Filhas menores. Demora para ajuizamento da demanda. Desinfluência no arbitramento. 
A demora na busca da compensação por dano moral, quando justificada pela interrupção prescricional da pretensão 
dos autores – menores à época do evento danoso – não configura desídia apta a influenciar a fixação do valor 
indenizatório. REsp 1.529.971-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, por unanimidade, julgado em 12/9/2017, DJe 
19/9/2017. 
 
Cláusula penal. Controle judicial. Norma de ordem pública. Redução de ofício. Possibilidade. 
Constatado o caráter manifestamente excessivo da cláusula penal contratada, o magistrado deverá, 
independentemente de requerimento do devedor, proceder à sua redução.REsp 1.447.247-SP, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, por unanimidade, julgado em 19/04/2018, DJe 04/06/2018 
 
Compra e venda de veículo com intermediação. Impossibilidade de transferência da propriedade pela adquirente. 
Bloqueio judicial. Existência de gravame. Resolução do contrato. Evicção. 
Caracteriza-se evicção a inclusão de gravame capaz de impedir a transferência livre e desembaraçada de veículo objeto 
de negócio jurídico de compra e venda. REsp 1.713.096-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 
20/02/2018, DJe 23/02/2018 
 
É de 3 anos o prazo para o fiador cobrar do locatário inadimplente o valor que pagou ao locador 
É trienal o prazo de prescrição para fiador que pagou integralmente dívida objeto de contrato de locação pleitear o 
ressarcimento dos valores despendidos contra os locatários inadimplentes cujo termo inicial é a data em que houve o 
pagamento do débito pelo fiador, considerando que é a partir daí que ocorre a sub-rogação, e, via de consequência, 
inaugura-se ao fiador a possibilidade de demandar judicialmente a satisfação de seu direito. STJ. 3ª Turma. REsp 
1.432.999-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 16/5/2017 (Info 605). 
 
Prazo prescricional para cobrança de cotas condominiais: 5 anos 
Na vigência do Código Civil de 2002, é quinquenal o prazo prescricional para que o condomínio geral ou edilício (vertical 
ou horizontal) exercite a pretensão de cobrança de taxa condominial ordinária ou extraordinária, constante em 
instrumento público ou particular, a contar do dia seguinte ao vencimento da prestação. STJ. 2ª Seção. REsp 1.483.930-
DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 23/11/2016 (recurso repetitivo) (Info 596). 
 
Plágio. Prescrição trienal. Termo inicial. Data da ciência. 
O termo inicial da pretensão de ressarcimento nas hipóteses de plágio se dá quando o autor originário tem 
comprovada ciência da lesão a seu direito subjetivo e de sua extensão, não servindo a data da publicação da obra 
 
plagiária, por si só, como presunção de conhecimento do dano. REsp 1.645.746-BA, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 
por maioria, julgado em 6/6/2017, DJe 10/8/2017. 
 
Possibilidade do proprietário de imóvel construir em terreno alheio aqueduto para passagem de águas 
O proprietário de imóvel tem direito de construir aqueduto no terreno do seu vizinho, independentemente do 
consentimento deste, para receber águas provenientes de outro imóvel, desde que não existam outros meios de 
passagem de águas para a sua propriedade e haja o pagamento de prévia indenização ao vizinho prejudicado. STJ. 3ª 
Turma. REsp 1.616.038-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/9/2016 (Info 591). 
 
Ação de cobrança. Cotas condominiais. Obrigação propter rem. Legitimidade da arrendatária de imóvel para figurar 
no polo passivo da demanda juntamente com o proprietário. 
A ação de cobrança de débitos condominiais pode ser proposta contra o arrendatário do imóvel. REsp 1.704.498-SP, 
Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 17/04/2018, DJe 24/04/2018 
 
Indivíduo que comprou e tem a posse de veículo pode propor usucapião se o automóvel estiver registrado em 
nome de terceiro 
O indivíduo que tem a propriedade de um veículo que, no entanto, está registrado em nome de um terceiro no DETRAN, 
possui interesse de agir para propor ação de usucapião extraordinária (art. 1.261 do CC) já que, com a sentença 
favorável, poderá regularizar o bem no órgão de trânsito. STJ. 3ª Turma. REsp 1.582.177-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, 
julgado em 25/10/2016 (Info 593). 
 
Possibilidade parcial de intentar ação possessória em caso de ocupação de bem público 
O particular que invade imóvel público e deseja proteção possessória em face do poder público não poderá intentar 
ação possessória, pois exerce mera detenção. Em contrapartida, o particular invade que imóvel público e deseja 
proteção possessória em face de outro poderá intentá-la, pois entre ambos a disputa será relativa à posse. STJ. 4ª 
Turma. REsp 1.296.964-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 18/10/2016 (Info 594). 
 
Inexigência de notificação prévia para propositura de ação de reintegração de posse 
A notificação prévia dos ocupantes não é documento essencial à propositura da ação possessória. STJ. 4ª Turma. REsp 
1.263.164-DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 22/11/2016 (Info 594). 
 
O art. 12, § 2º do Estatuto da Cidade estabelece uma presunção relativa de que o autor da ação de usucapião especial 
urbana é hipossuficiente 
O art. 12, § 2º da Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) estabelece uma presunção relativa de que o autor da ação 
de usucapião especial urbana é hipossuficiente. Isso significa que essa presunção pode ser ilidida (refutada) a partir da 
comprovação inequívoca de que o autor não é considerado "necessitado". STJ. 3ª Turma. REsp 1.517.822-SP, Rel. Min. 
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 21/2/2017 (Info 599). 
 
Ação de reintegração de posse. Veículo. Reparo. Serviço contratado. Pagamento. Recusa. Direito de Retenção. 
Concessionária. Benfeitoria. Impossibilidade. Posse de boa-fé. Ausência. Detenção do bem. 
O veículo é deixado pelo proprietário somente para a realização de reparos, sem que isso caracterize posse, pois jamais 
a empresa poderia exercer poderes inerentes à propriedade do bem, relativos à sua fruição ou mesmo inerentes ao 
referido direito real (propriedade), nos termos do art. 1.196 do CC/2002. Assim, não há o direito de retenção, sob a 
alegação da realização de benfeitoria no veículo, pois, nos termos do art. 1.219 do CC/2002, tal providência é permitida 
ao possuidor de boa-fé, mas não ao mero detentor do bem. REsp 1.628.385-ES, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 
por unanimidade, julgado em 22/8/2017, DJe 29/8/2017. 
 
Aquisição de imóvel com proventos de crime. Ocupação posterior por terceiros. Alegação de usucapião. Sequestro 
e posterior confisco do bem pelo juízo criminal. Prevalência sobre o juízo cível. Extinção da ação de usucapião. Perda 
de objeto. 
Há perda de objeto da ação de usucapião proposta em juízo cível na hipótese em que juízo criminal decreta a perda 
do imóvel usucapiendo em razão de ter sido adquirido com proventos de crime., cabendo à parte interessada insurgir-
 
se perante aquele juízo, por meio dos embargos do art. 130, CPP. REsp 1.471.563-AL, Rel. Min. Paulo de Tarso 
Sanseverino, por unanimidade, julgado em 26/09/2017, DJe 10/10/2017 
 
Ação de usucapião. CPC/73. Cumulação de pretensões: usucapião e delimitatória. Citação do cônjuge do confinante. 
Não ocorrência. Nulidade relativa do feito. Necessidade de demonstração do prejuízo. 
A ausência de citação dos confinantes e respectivos cônjuges na ação de usucapião ensejará nulidade relativa, caso se 
constate o efetivo prejuízo. REsp 1.432.579-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por maioria, julgado em 24/10/2017, 
DJe 23/11/2017 
 
Usucapião extraordinária. Prescrição aquisitiva. Prazo. Implementação. Curso da demanda. Possibilidade. Fato 
superveniente. Art. 462 do Código de Processo Civil de 1973. Contestação. Interrupção da posse. Inexistência. 
É possível o reconhecimento da usucapião de bem imóvel com a implementação do requisito temporal no curso da 
demanda. REsp 1.361.226-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, por unanimidade, julgado em 05/06/2018, DJe 
09/08/2018 
 
STJ, 619 - A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção 
ou indenização por acessões e benfeitorias 
 
Possibilidade de penhora de bem de família dado em hipoteca, ainda que não registrada 
A ausência de registro da hipoteca em cartório de registro de imóveis não afasta a exceção à regra de 
impenhorabilidade prevista no art. 3º, V, da Lei nº 8.009/90. Em outras palavras, o fato de a hipoteca não ter sido 
registrada não pode ser utilizado como argumento pelo devedor para evitar a penhora do bem de família. STJ. 3ª 
Turma.REsp 1.455.554-RN, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 14/6/2016 (Info 585). 
 
Impenhorabilidade do único imóvel comercial do devedor que esteja alugado 
É impenhorável o único imóvel comercial do devedor que esteja alugado quando o valor do aluguel é destinado 
unicamente ao pagamento de locação residencial por sua entidade familiar. STJ. 2ª Turma. REsp 1.616.475-PE, Rel. 
Min. Herman Benjamin, julgado em 15/9/2016 (Info 591). 
 
Impenhorabilidade do bem de família e contratos de locação comercial 
Não é penhorável o bem de família do fiador, no caso de contratos de locação comercial. Com base neste entendimento, 
a Primeira Turma, por maioria e em conclusão de julgamento, deu provimento a recurso extraordinário em que se 
discutia a possibilidade de penhora de bem de família do fiador em contexto de locação comercial. RE 605709/SP, rel. 
Min. Dias Toffoli, red. p/ ac. Min. Rosa Weber, julgamento em 12.6.2018. (RE-605709) 
 
Bem de família. Garantia real hipotecária. Proprietários do imóvel e únicos sócios da Pessoa Jurídica devedora. 
Proveito revertido em benefício da entidade familiar. Presunção. Impenhorabilidade. Exceção. 
É possível a penhora de bem de família dado em garantia hipotecária pelo casal quando os cônjuges forem os únicos 
sócios da pessoa jurídica devedora. EAREsp 848.498-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 
25/04/2018, DJe 
 
Seguro de vida. Indenização. Natureza alimentar. Impenhorabilidade. 40 (quarenta) salários mínimos. Limitação. 
Aplicação analógica do art. 649, X, do CPC/1973. 
A impenhorabilidade dos valores recebidos pelo beneficiário do seguro de vida limita-se ao montante de 40 (quarenta) 
salários mínimos. REsp 1.361.354-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, por unanimidade, julgado em 22/05/2018, 
DJe 25/06/2018 
 
A cotas sociais a serem partilhadas obedecem ao valor referente ao momento da partilha 
Verificada a existência de mancomunhão, o pagamento da expressão patrimonial das cotas societárias à ex-cônjuge, 
não sócia, deve corresponder ao momento efetivo da partilha, e não àquele em que estabelecido acordo prévio sobre 
os bens que fariam parte do acervo patrimonial. STJ. 3ª Turma. REsp 1.537.107-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado 
em 17/11/2016 (Info 594). 
 
 
É possível que o herdeiro testamentário suceda autor de ação investigatória de paternidade cumulada com partilha 
Ocorrido o falecimento do autor da ação de investigação de paternidade cumulada com nulidade da partilha antes da 
prolação da sentença, sem deixar herdeiros necessários, detém o herdeiro testamentário, que o sucedeu a título 
universal, legitimidade e interesse para prosseguir com o feito, notadamente, pela repercussão patrimonial advinda 
do potencial reconhecimento do vínculo biológico do testador. STJ. 3ª Turma. REsp 1.392.314-SC, Rel. Min. Marco 
Aurélio Bellizze, julgado em 6/10/2016 (Info 592). 
 
Ex-cônjuge que está utilizando o bem comum de forma exclusiva poderá ser condenado a indenizar o outro mesmo 
que ainda não tenha havido partilha 
A indenização pelo uso exclusivo do bem por parte do alimentante pode influir no valor da prestação de alimentos, 
pois afeta a renda do obrigado, devendo as obrigações serem reciprocamente consideradas pelo juiz, sempre atento 
às peculiaridades do caso concreto. STJ. 2ª Seção. REsp 1.250.362-RS, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 8/2/2017 (Info 
598). 
 
Ação de reconhecimento e dissolução de união estável. Partilha de direitos sobre concessão de uso de bem público. 
Possibilidade. 
Na dissolução de união estável, é possível a partilha dos direitos de concessão de uso para moradia de imóvel público. 
REsp 1.494.302-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 13/6/2017, DJe 15/8/2017. 
 
Ação de prestação de contas. Bens e direitos em estado de mancomunhão (entre a separação de fato e a efetiva 
partilha). Patrimônio comum administrado exclusivamente por ex-cônjuge. 
No tocante especificamente à relação decorrente do fim da convivência matrimonial, infere-se que, após a separação 
de fato ou de corpos, o cônjuge que estiver na posse ou na administração do patrimônio partilhável - seja na condição 
de administrador provisório, seja na de inventariante - terá o dever de prestar contas ao ex-consorte. 
 Isso porque, uma vez cessada a afeição e a confiança entre os cônjuges, aquele titular de bens ou negócios 
administrados pelo outro tem o legítimo interesse ao pleno conhecimento da forma como são conduzidos, não se 
revelando necessária a demonstração de qualquer irregularidade, prejuízo ou crédito em detrimento do gestor. Por 
fim, registre-se que a Terceira Turma do STJ já se manifestou nesse sentido, conforme se depreende dos seguintes 
julgados: REsp 1.300.250-SP, DJe 19/4/12; REsp 1.287.579-RN, DJe 2/8/13 e REsp 1.470.906-SP, DJe 15/10/15. REsp 
1.274.639-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por maioria, julgado em 12/09/2017, DJe 23/10/2017 
 
Dissolução de união estável. Partilha de bens. Companheiro sexagenário. Súmula 377 do STF. Bens adquiridos na 
constância da união estável. Partilha igualitária. Demonstração do esforço comum dos companheiros para legitimar 
a divisão. Necessidade. Prêmio de loteria. Fato eventual ocorrido na constância da união estável. Necessidade de 
meação. 
O prêmio de loteria, recebido por ex-companheiro sexagenário, durante a relação de união estável, deve ser objeto 
de meação entre o casal. REsp 1.689.152-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 24/10/2017, 
DJe 22/11/2017 
 
Casamento contraído sob causa suspensiva. Separação obrigatória de bens (CC/1916, art. 258, II; CC/2002, art. 1.641, 
II). Partilha. Bens adquiridos onerosamente. Necessidade de prova do esforço comum. Pressuposto da pretensão. 
Moderna compreensão da Súmula 377/STF. 
No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento, desde que 
comprovado o esforço comum para sua aquisição. EREsp 1.623.858-MG, Rel. Min. Lázaro Guimarães (Desembargador 
Convocado do TRF 5ª Região), por unanimidade, julgado em 23/05/2018, DJe 30/05/2018 
 
Ação de divórcio. Exclusão de patronímico adotado pela cônjuge por ocasião do casamento. Revelia. Manifestação 
expressa da vontade. Necessidade. Direito da Personalidade. Indisponibilidade. 
A revelia em ação de divórcio na qual se pretende, também, a exclusão do patronímico adotado por ocasião do 
casamento não significa concordância tácita com a modificação do nome civil. REsp 1.732.807-RJ, Rel. Min. Nancy 
Andrighi, por unanimidade, julgado em 14/08/2018, DJe 17/08/2018 
 
Ação de inventário. Suspensão. Possibilidade. Regularização dos bens imóveis. Averbação. Condicionante razoável. 
É legítima a decisão judicial que determina a averbação, no respectivo registro, das modificações realizadas em bens 
imóveis submetidos à partilha como condição de procedibilidade da ação de inventário. REsp 1.637.359-RS, Rel. Min. 
Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 08/05/2018, DJe 11/05/2018 
 
Sucessão. Bens à colação. Valor dos bens doados. Valor atribuído no ato de liberalidade com correção monetária 
até a data da sucessão. Aplicação do art. 2.004, caput, do CC/2002 
O valor de colação dos bens doados deverá ser aquele atribuído ao tempo da liberalidade, corrigido monetariamente 
até a data da abertura da sucessão. REsp 1.166.568-SP, Rel. Min. Lázaro Guimarães (Desembargador convocado do 
TRF da 5ª Região), por unanimidade, julgado em 12/12/2017, DJe 15/12/2017 
 
Direito das sucessões. Direito real de habitação. Art. 1.831 do Código Civil. União estável reconhecida. Companheiro 
sobrevivente. Patrimônio. Inexistência de outros bens. Irrelevância. 
O reconhecimento do direito real de habitação, a que se refere o artigo 1.831 do Código Civil, não pressupõe a 
inexistência de outros bens no patrimônio do cônjuge/companheiro sobrevivente. REsp 1.582.178-RJ, Rel. Min. Ricardo 
Villas BôasCueva, por maioria, julgado em 11/09/2018, DJe 14/09/2018 
 
Não incidência da proteção ao idoso quanto ao regime de bens não se aplica em caso de união estável anterior 
A proteção matrimonial conferida ao noivo, nos termos do art. 258, parágrafo único, II, do Código Civil de 1916, não 
se revela necessária quando o enlace for precedido de longo relacionamento em união estável, que se iniciou quando 
os cônjuges não tinham restrição legal à escolha do regime de bens. STJ. 4ª Turma. REsp 1.318.281-PE, Rel. Min. Maria 
Isabel Gallotti, julgado em 1/12/2016 (Info 595). 
 
Paternidade socioafetiva e responsabilidade do pai biológico (pluriparentalidade) 
A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de 
filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios, inclusive no campo sucessório. 
STF. Plenário. RE 898060/SC, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21 e 22/09/2016 (Info 840). 
 
Não se pode mais rediscutir a coisa julgada em situação na qual a ação de investigação foi julgada procedente pelo 
fato de o investigado ter se recusado a fazer o DNA 
A relativização da coisa julgada estabelecida em ação de investigação de paternidade não se aplica às hipóteses em 
que o reconhecimento do vínculo se deu, exclusivamente, pela recusa do investigado ou seus herdeiros em 
comparecer ao laboratório para a coleta do material biológico. STJ. 3ª Turma. REsp 1.562.239/MS, Rel. Min. Paulo de 
Tarso Sanseverino, julgado em 09/05/2017 (Info 604). 
 
Inexistência de transferência automática do dever de alimentar pelos avós (responsabilidade subsidiária e 
complementar) 
O falecimento do pai do alimentante não implica a automática transmissão do dever alimentar aos avós. STJ. 4ª Turma. 
REsp 1.249.133-SC, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, Rel. para acórdão Min. Raul Araújo, julgado em 16/6/2016 (Info 
587). 
 
Impossibilidade do filho requerer que sua genitora falecida seja reconhecida como filha por seus avós 
O filho, em nome próprio, não tem legitimidade para deduzir em juízo pretensão declaratória de filiação socioafetiva 
entre sua mãe - que era maior, capaz e, ao tempo do ajuizamento da ação, pré-morta (já falecida) - e os supostos pais 
socioafetivos dela. STJ. 3ª Turma. REsp 1.492.861-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 2/8/2016 (Info 588). 
 
É possível a fixação de astreintes para forçar a genitora que está com a guarda da criança a respeitar o direito de 
visita do pai 
É válida a aplicação de astreintes quando o genitor detentor da guarda da criança descumpre acordo homologado 
judicialmente sobre o regime de visitas, uma vez que é a medida menos drástica para a criança. STJ. 3ª Turma. REsp 
1.481.531-SP, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 16/2/2017 (Info 599). 
 
 
Possibilidade da genitora prosseguir com execução de alimentos a fim de que seja ressarcida prestações pretéritas 
A genitora que, ao tempo em que exercia a guarda judicial do filho, representou-o em ação de execução de débitos 
alimentares possui legitimidade para prosseguir no processo executivo com intuito de ser ressarcida, ainda que, no 
curso da cobrança judicial, a guarda tenha sido transferida ao genitor (executado). STJ. 4ª Turma. REsp 1.410.815-
SC, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 9/8/2016 (Info 590). 
 
Se o filho é maior de 18 anos, mas apresenta doença mental incapacitante, seus pais têm dever de prestar alimentos, 
sendo a necessidade presumida 
É presumida a necessidade de percepção de alimentos do portador de doença mental incapacitante, devendo ser 
suprida nos mesmos moldes dos alimentos prestados em razão do poder familiar, independentemente da maioridade 
civil do alimentado. STJ. 3ª Turma. REsp 1.642.323-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 28/3/2017 (Info 600) 
 
A prisão por dívida de natureza alimentícia está ligada ao inadimplemento inescusável de prestação 
A prisão por dívida de natureza alimentícia está ligada ao inadimplemento inescusável de prestação, não alcançando 
a cobrança de saldo devedor (STF. 1ª Turma. HC 121426/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/3/2017 (Info 857). 
 
Família. Abandono material. Menor. Descumprimento do dever de prestar assistência material ao filho. Ato ilícito. 
Danos morais. Compensação. Possibilidade. 
A omissão voluntária e injustificada do pai quanto ao amparo material do filho gera danos morais, passíveis de 
compensação pecuniária. REsp 1.087.561-RS, Rel. Min. Raul Araújo, por unanimidade, julgado em 13/6/2017, DJe 
18/8/2017. 
 
Família. Alimentos. Inclusão dos valores percebidos pelo devedor a título de participação em lucros e resultados. 
Impossibilidade e desnecessidade. (STJ dividido) 
Os valores recebidos a título de participação nos lucros e resultados não se incorporam à verba alimentar devida ao 
menor. 
Ademais, o próprio art. 3º da Lei n. 10.101/2000 estabelece, em sintonia com o texto constitucional, que a participação 
nos lucros e resultados da empresa não substitui ou complementa a remuneração devida ao trabalhador, não se 
configura em fator de incidência de quaisquer encargos trabalhistas e não tem caráter habitual, não havendo que se 
falar em incorporação automática desta bonificação aos alimentos prestados à menor. REsp 1.465.679-SP, Rel. Min. 
Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 09/11/2017, DJe 17/11/2017. 
 
Ação de oferta de alimentos. Participação nos lucros e resultados. Integração na base de cálculo da verba alimentar. 
Acréscimo patrimonial decorrente do contrato de trabalho. Incremento da possibilidade do alimentante. (STJ 
dividido) 
A participação nos lucros ou resultados deve ser considerada como base de cálculo para se aferir o quantum devido a 
título de alimentos, fixados sobre a "remuneração líquida", "salário líquido", "rendimentos líquidos". Dessa forma, com 
base em tais premissas e para fins de apuração do valor relativo aos alimentos, deve ser reconhecida a natureza 
salarial/remuneratória da verba em questão, porquanto inegavelmente implica um acréscimo em uma das variáveis 
do binômio da prestação alimentar, isto é, na possibilidade do alimentante. Reitera-se, por oportuno, o entendimento 
já adotado pela Quarta Turma, quando do julgamento do REsp n. 1.332.808/SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe 
24/02/2015 (Informativo de Jurisprudência n. 553). 
 
Prisão civil por alimentos. Obrigação alimentar avoenga. Natureza complementar e subsidiária. Existência de meios 
executivos e técnicas mais adequadas. Desnecessidade da medida coativa extrema. 
Havendo meios executivos mais adequados e igualmente eficazes para a satisfação da dívida alimentar dos avós, é 
admissível a conversão da execução para o rito da penhora e da expropriação, a fim de afastar o decreto prisional em 
desfavor dos executados. HC 416.886-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 12/12/2017, DJe 
18/12/2017 
 
 
Ação de prestação de contas. Demanda ajuizada pelo filho em desfavor da mãe. Condição de administradora de 
seus bens por ocasião de sua menoridade. Art. 1.689, I e II do CC/2002. Causa de pedir fundada em abuso de direito. 
Pedido juridicamente possível. Caráter excepcional. 
A ação de prestação de contas ajuizada pelo filho em desfavor dos pais é possível quando a causa de pedir estiver 
relacionada com suposto abuso do direito ao usufruto legal e à administração dos bens dos filhos. REsp 1.623.098-MG, 
Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, por unanimidade, julgado em 13/03/2018, DJe 23/03/2018 
 
Ação de alimentos. Diferença de valor ou percentual entre filhos. Possibilidade. Excepcionalidade. Necessidades 
distintas entre os alimentandos. Capacidades de contribuições diferenciadas dos genitores. 
Excepcionalmente, é admissível a fixação de alimentos em valores ou em percentuais diferentes entre os filhos. REsp 
1.624.050-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 19/06/2018, DJe 22/06/2018 
 
Prisãocivil. Débito alimentar incontroverso. Teoria do adimplemento substancial. Não aplicabilidade pela via 
estreita do writ. 
A teoria do adimplemento substancial não tem incidência nos vínculos jurídicos familiares, revelando-se inadequada 
para solver controvérsias relacionadas a obrigações de natureza alimentar. HC 439.973-MG, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, Rel. Acd. Min. Antonio Carlos Ferreira, por maioria, julgado em 16/08/2018, DJe 04/09/2018 
 
 
 
PROCESSO CIVIL 
Não compete ao STF julgar execução individual de sentença coletiva mesmo que tenha julgado a lide que originou 
o cumprimento de sentença 
Não compete originariamente ao STF processar e julgar execução individual 
 de sentenças genéricas de perfil coletivo, inclusive aquelas proferidas em sede mandamental. Tal atribuição cabe aos 
órgãos judiciários competentes de primeira instância. STF. 2ª Turma. PET 6076 QO /DF, rel. Min. Diás Toffoli, julgado 
em 25/4/2017 (Info 862). 
 
Não se aplica a regra do art. 53, V, do CPC para a ação de indenização proposta pela seguradora em caso de acidente 
de veículo envolvendo o locatário 
A competência para julgar ação de reparação de dano sofrido em razão de acidente de veículos é do foro do domicílio 
do autor ou do local do fato (art. 53, V, do CPC/2015), salvo em relação a pessoa jurídica locadora de frota de veículos, 
em ação de reparação dos danos advindos de acidente de trânsito com o envolvimento do locatário. STJ. 4ª Turma. 
STJ. 4ª Turma. EDcl no AgRg no Ag 1.366.967-MG, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, 
julgado em 27/4/2017 (Info 604). 
 
Competência. Juizado Especial Cível. Ação de cobrança. Associação de moradores de loteamento urbano. Taxas de 
manutenção de áreas comuns. Morador não associado. 
O Juizado Especial Cível é competente para o processamento e o julgamento de ação proposta por associação de 
moradores visando à cobrança de taxas de manutenção de loteamento em face de morador não associado. RMS 
53.602-AL, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 05/06/2018, DJe 07/06/2018 
 
Possibilidade de concessão de justiça gratuita ao contratante de serviços advocatícios ad exitum (quota litis) 
É possível o deferimento de assistência judiciária gratuita a jurisdicionado que tenha firmado com seu advogado 
contrato de honorários com cláusula ad exitum . STJ. 2ª Turma. REsp 1.504.432-RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado 
em 13/9/2016 (Info 590). 
 
Honorários com cláusula ad exitum e renúncia do advogado antes do fim da demanda 
Nos contratos em que estipulado o êxito como condição remuneratória dos serviços advocatícios prestados, a renúncia 
do patrono originário, antes do julgamento definitivo da causa, não lhe confere o direito imediato ao arbitramento de 
verba honorária proporcional ao trabalho realizado, sendo necessário aguardar o desfecho processual positivo para a 
apuração da quantia devida. STJ. 4ª Turma. REsp 1.337.749-MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 14/2/2017 
(Info 601). 
 
Fixação de honorários recursais mesmo quando não há a apresentação de contrarrazões ou contraminuta 
É cabível a fixação de honorários recursais, prevista no art. 85, § 11, do CPC/2015, mesmo quando não apresentadas 
contrarrazões ou contraminuta pelo advogado. STF. Plenário. AO 2063 AgR/CE , rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ 
o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 18/5/2017 (Info 865). 
 
Honorários advocatícios de sucumbência. Direito intertemporal. Regime jurídico aplicável. Sentença proferida na 
vigência do CPC/2015. Aplicabilidade do art. 85 da novel legislação. Arbitramento pelo STJ. Supressão de instância. 
Configura supressão de grau de jurisdição o arbitramento no STJ de honorários de sucumbência com base no 
CPC/2015, na hipótese em que as instâncias ordinárias utilizaram equivocadamente o CPC/1973 para a sua fixação. 
Sendo assim, o arbitramento dos honorários advocatícios com base em normatização errônea (CPC/73), resulta na 
devolução dos autos ao Tribunal de origem para que proceda a novo julgamento do recurso e analise a verba honorária 
de sucumbência à luz do novo estatuto de processo civil. REsp 1.647.246-PE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. 
Acd. Min. Regina Helena Costa, por maioria, julgado em 21/11/2017, DJe 19/12/2017 
 
Mesmo que o dispositivo da sentença mencione apenas a condenação em custas processuais, é possível incluir a 
cobrança dos honorários periciais 
 
É adequada a inclusão dos honorários periciais em conta de liquidação mesmo quando o dispositivo de sentença com 
trânsito em julgado condena o vencido, genericamente, ao pagamento de custas processuais. STJ. 3ª Turma. REsp 
1.558.185-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 2/2/2017 (Info 598). 
 
Cumprimento de sentença. Condenação genérica ao pagamento de custas processuais. Honorários periciais. 
Inclusão. Art. 20, § 2º, do CPC/1973. 
É adequada a inclusão dos honorários periciais em conta de liquidação quando o dispositivo da sentença com trânsito 
em julgado condena o vencido, genericamente, ao pagamento de custas processuais EREsp 1.519.445-RJ, Rel. Min. Og 
Fernandes, Rel. Acd. Min. Nancy Andrighi, por maioria, julgado em 19/09/2018, DJe 10/10/2018. 
 
É possível que as astreintes sejam alteradas de ofício no recurso, no entanto, para isso, é indispensável que o recurso 
tenha sido conhecido 
O valor das astreintes não pode ser reduzido de ofício em segunda instância quando a questão é suscitada em recurso 
de apelação não conhecido. STJ. 3ª Turma. REsp 1.508.929-RN, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 7/3/2017 (Info 
600). 
 
É possível a imposição de astreintes contra a Fazenda Pública para fornecimento de medicamento 
É permitida a imposição de multa diária (astreintes) a ente público para compeli-lo a fornecer medicamento a pessoa 
desprovida de recursos financeiros. STJ. 1ª Seção. REsp 1.474.665-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 
26/4/2017 (recurso repetitivo) (Info 606). 
 
Multa compensatória e possível cobrança por descumprimento em demanda anterior 
É cabível o pedido de indenização por danos morais em razão de descumprimento de ordem judicial em demanda 
pretérita envolvendo as mesmas partes, na qual foi fixada multa cominatória REsp 1.689.074-RS, Rel. Min. Moura 
Ribeiro, por unanimidade, julgado em 16/10/2018, DJe 18/10/2018. REsp 1.709.562-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, por 
unanimidade, julgado em 16/10/2018, DJe 18/10/2018 
 
Para a aplicação da multa por litigância de má-fé não se exige a comprovação de dano 
O dano processual não é pressuposto para a aplicação da multa por litigância de má-fé tratando-se de mera sanção 
processual, aplicável inclusive de ofício, e que não tem por finalidade indenizar a parte adversa. STJ. 3ª Turma. REsp 
1.628.065-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. p/acórdão Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 21/2/2017 (Info 
601). 
Impenhorabilidade de pequena propriedade rural e ônus da prova 
Existe uma presunção juris tantum (relativa) de que a pequena propriedade rural é trabalhada pela família. Tal 
presunção é relativa e admite prova em sentido contrário. O ônus dessa prova, no entanto, é do exequente (credor). 
STJ. 3ª Turma. REsp 1.408.152-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 1/12/2016 (Info 596). 
 
Execução para entrega de coisa incerta. Conversão para procedimento executivo por quantia certa. Coisa perseguida 
entregue com atraso. Possibilidade. 
É possível a conversão do procedimento de execução para entrega de coisa incerta para execução por quantia certa 
na hipótese em que o produto perseguido for entregue com atraso, gerando danos ao credor da obrigação. REsp 
1.507.339-MT, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, por unanimidade, julgado em 24/10/2017, DJe 30/10/2017 
 
Alienação judicial de bem objeto de compromisso de compra e venda. Possibilidade jurídica do pedido. 
Concordância do promitente-vendedor. Condição. 
É juridicamente possível opedido de alienação judicial de bem imóvel objeto de compromisso de compra e venda. 
REsp 1.501.549-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 08/05/2018, DJe 11/05/2018 
 
Execução de título extrajudicial. Contrato eletrônico de mútuo assinado digitalmente. Executividade. Ausência de 
testemunhas. Possibilidade. 
O contrato eletrônico de mútuo com assinatura digital pode ser considerado título executivo extrajudicial. REsp 
1.495.920-DF, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, por maioria, julgado em 15/05/2018, DJe 07/06/2018 
 
 
Embargos de terceiro. Reconvenção. Não cabimento. CPC/1973. Incompatibilidade de ritos. 
Não é cabível a reconvenção apresentada em embargos de terceiro, sob a égide do Código de Processo Civil de 1973. 
REsp 1.578.848-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, por unanimidade, julgado em 19/06/2018, DJe 25/06/2018 
 
Contrato de mútuo com pacto adjeto de hipoteca. Credor hipotecário. Interesse de agir. Ajuizamento de execução 
para a observância de padrões construtivos. Possibilidade. 
O credor hipotecário tem interesse de agir para propor ação em face do mutuário visando ao cumprimento de cláusula 
contratual que determina a observância dos padrões construtivos do loteamento. REsp 1.400.607-RS, Rel. Min. Luis 
Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 17/05/2018, DJe 26/06/2018 
 
Execução de título extrajudicial. Medidas coercitivas atípicas. CPC/2015. Retenção de passaporte. Coação à 
liberdade de locomoção. Ilegalidade. 
Revela-se ilegal e arbitrária a medida coercitiva de retenção do passaporte em decisão judicial não fundamentada e 
que não observou o contraditório, proferida no bojo de execução por título extrajudicial. RHC 97.876-SP, Rel. Min. Luis 
Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 05/06/2018, DJe 09/08/2018 , assim como é possível sua impugnação 
via habeas corpus. RHC 97.876-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 05/06/2018, DJe 
09/08/2018 
 
Execução de título extrajudicial. Réu falecido antes do ajuizamento da ação. Habilitação, sucessão ou substituição 
processual. Desnecessidade. Ausência de citação válida. Emenda à inicial para correção do polo passivo. Faculdade. 
Pretensão dirigida ao espólio. Arts. 43, 265 e 1.055 do CPC/1973. 
É admissível a emenda à inicial, antes da citação, para a substituição de executado pelo seu espólio, em execução 
ajuizada em face de devedor falecido antes do ajuizamento da ação. REsp 1.559.791-PB, Rel. Min. Nancy Andrighi, por 
unanimidade, julgado em 28/08/2018, DJe 31/08/2018 
 
Cumprimento de sentença. Autos físicos. Prazo para pagamento voluntário. Cômputo em dobro em caso de 
litisconsortes com procuradores distintos. 
O prazo comum para cumprimento voluntário de sentença deverá ser computado em dobro no caso de litisconsortes 
com procuradores distintos, em autos físicos. REsp 1.693.784-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, 
julgado em 28/11/2017, DJe 05/02/2018 
 
Decisão que julga procedente impugnação em cumprimento de sentença. Encerramento de fase processual. Recurso 
cabível. Apelação. 
No sistema regido pelo NCPC, o recurso cabível da decisão que acolhe impugnação ao cumprimento de sentença e 
extingue a execução é a apelação. REsp 1.698.344-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 
22/05/2018, DJe 01/08/2018 
 
Desnecessidade de mencionar todos os tópicos das partes para proferir sentença 
O julgador possui o dever de enfrentar apenas as questões capazes de infirmar (enfraquecer) a conclusão adotada na 
decisão recorrida. Assim, mesmo após a vigência do CPC/2015, não cabem embargos de declaração contra a decisão que 
não se pronunciou sobre determinado argumento que era incapaz de infirmar a conclusão adotada. STJ. 1ª Seção. EDcl 
no MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi (Desembargadora convocada do TRF da 3ª Região), julgado em 8/6/2016 (Info 
585). 
 
A autodeclaração de suspeição superveniente não anula os atos processuais anteriores ao fato ensejador da 
suspeição 
A declaração pelo magistrado ("autodeclaração") de suspeição por motivo superveniente não tem efeitos retroativos, 
não importando em nulidade dos atos processuais praticados em momento anterior ao fato ensejador da suspeição. 
STJ. 1ª Seção. PET no REsp 1.339.313-RJ, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Assusete Magalhães, julgado 
em 13/4/2016 (Info 587). 
 
Cabimento de condenação em honorários sucumbenciais em julgamento de embargos de declaração 
Após 18 de março de 2016, data do início da vigência do Novo Código de Processo Civil, é possível condenara parte 
sucumbente em honorários advocatícios na hipótese de o recurso de embargos de declaração, interposto perante 
Tribunal, não atender os requisitos previstos no art. 1.022 e tampouco se enquadrar em situações excepcionais que 
autorizem a concessão de efeitos infringentes. STF. 1ª Turma. RE 929925 AgR-ED/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado 
em7/6/2016 (Info 829) - Obs: a doutrina entende que, mesmo com o novo CPC, não cabem honorários advocatícios 
no julgamento de embargos de declaração, seja em1ªinstância, seja nos Tribunais. Por todos: Fredie Didier Jr e 
Leonardo Carneiro da Cunha. 
 
Possibilidade de aplicação da teoria da causa madura em julgamento de agravo de instrumento 
Admite-se a aplicação da teoria da causa madura (art. 1.013, § 3º do CPC/2015) em julgamento de agravo de 
instrumento STJ. Corte Especial. REsp 1.215.368-ES, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 1/6/2016 (Info 590). 
 
É possível que as peças do agravo de instrumento sejam entregues em DVD 
As peças que devem formar o instrumento do agravo podem ser apresentadas em mídia digital (DVD). STJ. 2ª Turma. 
REsp 1.608.298-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 1/9/2016 (Info 591). 
 
ALTERAÇÃO POSTERIOR DA JURISPRUDÊNCIA E SEGURANÇA JURÍDICA 
A alteração posterior de jurisprudência pelo STF não legitima, conforme sua súmula 343, o pedido rescisório, 
notadamente em razão de, à época de sua prolação, a interpretação sobre o tema ser controvertida no próprio 
Tribunal. 
Em consonância com o instituto da prospective overruling, a mudança jurisprudencial deve ter eficácia ex nunc, porque, 
do contrário, surpreende quem obedecia à jurisprudência daquele momento. Ao lado do prestígio do precedente, há 
o prestígio da segurança jurídica, princípio segundo o qual a jurisprudência não pode causar uma surpresa ao 
jurisdicionado a partir de modificação do panorama jurídico. AR 2422/DF, rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 
25.10.2018. (AR-2422) 
Ação civil pública. Dignidade de crianças e adolescentes ofendida por quadros de programa televisivo. Dano moral 
coletivo. Existência. 
A conduta de emissora de televisão que exibe quadro que, potencialmente, poderia criar situações discriminatórias, 
vexatórias, humilhantes às crianças e aos adolescentes configura lesão ao direito transindividual da coletividade e dá 
ensejo à indenização por dano moral coletivo. REsp 1.517.973-PE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, 
julgado em 16/11/2017, DJe 01/02/2018 
 
Ação civil pública. Cobrança de tarifa de renovação de cadastro bancário. Interesses Individuais Homogêneos. 
Município. Legitimidade ativa. Pertinência temática e representação adequada presumidas. 
Município tem legitimidade ad causam para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos consumeristas 
questionando a cobrança de tarifas bancárias. REsp 1.509.586-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado 
em 15/05/2018, DJe 18/05/2018 
 
Defensoria Pública e ação civil pública 
A Defensoria Pública pode propor ação civil pública na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos. 
É constitucional a Lei nº 11.448/2007, que alterou a Lei 7.347/85, prevendo a Defensoria Pública como um dos 
legitimados para propor ação civil pública. STF. Plenário. ADI 3943/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 6 e 7/5/2015. 
Defensoria Pública. Promoção

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