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relação entre historia e sociologia- eletiva

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Questão 1/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia a citação a seguir: 
“Para compreender o tempo histórico em toda sua complexidade, é necessário perceber que há diversos conceitos que contribuem para a sua apreensão. A Escola dos Analles foi importantíssima nesse movimento, e alguns dos seus principais nomes contribuíram para os debates em torno dessa temática”.
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em : Peres, M. V. M. O tempo histórico em perspectiva: a importância do debate sobre o tempo para o ensino de história. Educação básica revista, 2017, p. 43. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do texto-base História e Ciências Sociais: a longa duração, sobre a ideia da história ser metódica, identifique a alternativa correta: 
Nota: 0.0
	
	A
	A historiografia proposta pelos Annales era muito estabelecida a partir da forma como a Filosofia clássica estabelecia abordagens com o passado.
	
	B
	Uma nova "ciência" histórica nasceu, e continua a se interrogar e a se transformar , deixando de ser metódica. 
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois a apreensão da história deixou de ser metódica, ou presa a descrição do passado, considerando que: "E, no entanto, uma nova "ciência" histórica nasceu, e continua a se interrogar e a se transformar. Ela se anuncia, entre nós, desde 1900, com a Revue de Synthèse historique e com os Annales, a partir de 1929. O historiador quis estar atento a tôdas as ciências do homem. Eis o que deu a nosso trabalho estranhas fronteiras e estranhas curiosidades" (texto-base, p. 272).
	
	C
	Tal mudança excluiu possibilidades de abertura da História à interdisciplinaridade com outras ciências.
	
	D
	Tal perspectiva reforçou a compreensão de tempo histórico da escola metódica, ou tradicional.
	
	E
	A Escola dos Annales foi um movimento intelectual de impacto no campo das ciências sociais, na da História.
Questão 2/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia o trecho de texto a seguir: 
“[...] Elias aplica a metodologia de análises de processos de longa duração com resultados não previstos pelos agentes da ação inicial.  Na prática, Elias trabalha com documentação histórica referente à instituição de regras e padrões quanto a determinados comportamentos”.
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DA SILVA, Jefferson Alexandre. Norbert Elias. O Processo Civilizador: Uma História dos Costumes. Humanidades em diálogo, v. 4, n. 2, 2012, p. 198. 
Considerando o trecho de texto acima e os conteúdos do texto-base História e Sociologia: a contribuição de Norbert Elias, assinale a alternativa que informa corretamente as técnicas de pesquisa em Norbert Elias:
Nota: 0.0
	
	A
	Elias se apoiou apenas na descrição historiográfica descritiva, as análises das relações sociais e de cunho psicológica estão fora de suas obras.
	
	B
	Elias só utilizou o método quantitativo pois se apoiava nas técnicas de pesquisa que eram atreladas às ditas “ciências duras”.
	
	C
	Elias utilizou somente o método de pesquisa baseado na trajetória de vida, pois queria valorizar as condutas individuais que influenciaram as transformações identificadas no “Processo Civilizador.”
	
	D
	Norbert Elias construiu sua teoria a partir de pesquisa documental, empírica, e talvez essa seja uma das razões pelas quais tem atraído tanto a atenção dos historiadores.
Comentário: A alternativa está correta, pois: “A importância atribuída à história no pensamento sociológico de Norbert Elias” deve-se à “compreensão da relação indivíduo e sociedade em uma perspectiva histórica, tal como apresentada em algumas das suas obras teóricas, mas mais visível, sobretudo, nos seus estudos dedicados a processos históricos de longa duração temporal, mostra como a relação entre história e sociologia podem ser enriquecedoras, tanto para o sociólogo como para o historiador”. (Artigo-base, p. 62)
	
	E
	Entre as suas obras mais famosas, é possível citar Economia e Sociedade e O Capital.
Questão 3/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia o extrato de texto a seguir: 
“O tempo é algo invisível, um conceito quase indefinível, múltiplo. O que é então, o tempo para a História, se mesmo sua apreciação já é difícil? A primeira premissa para compreender essa relação é a interpretação do tempo não enquanto “ser” metafísico inalcançável."  
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Peres, M. V. M. O tempo histórico em perspectiva: a importância do debate sobre o tempo para o ensino de história. Educação básica revista, 2017, p. 42. 
Considerando o extrato de texto acima e os conteúdos do texto-base História e Ciências Sociais: a longa duração, assinale a alternativa que apresenta corretamente a compreensão de tempo histórico para os historiadores:
Nota: 10.0
	
	A
	O tempo histórico dos historiadores é o do calendário, da cronologia.
	
	B
	O tempo histórico dos historiadores é mesmo tempo dos físicos e astrônomos.
	
	C
	O tempo histórico está relacionado ao tempo humano, pois considera a sensibilidade de grandes personagens da história apenas.
	
	D
	O tempo histórico é essencialmente humano, mesmo em sua manifestação aparentemente mais descolada de nossa ação.
Você acertou!
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois o tempo histórico é uma categoria analítica, portanto a compreensão do tempo não pode estar descolada da ação humana, como visto em: “O tempo do mundo, o tempo histórico aí se encontra, como o vento em Eolo, mas fechado numa pele de bode. Não é contra a história que estão, final e inconscientemente, os sociólogos, mas contra o tempo da história - esta realidade que permanece violenta, mesmo se se procura dominá-la, diversificá-la. Esta sujeição, à qual o historiador nunca escapa, os sociólogos, eles próprios, quase sempre escapam: evadem-se, ou no instante, sempre atual, como que suspenso acima do tempo, ou nos fenômenos de repetição que não são de nenhuma idade; portanto, por uma conduta oposta do espírito, que os isola, seja no événementiel mais estrito, seja na duração mais longa. E' esta evasão lícita? Aqui está o verdadeiro debate entre historiadores e sociólogos, mesmo entre historiadores de opiniões diferentes” (texto-base, p 291).
	
	E
	O tempo histórico não é social pois é definido segundo transformações naturais.
Questão 4/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia o excerto de texto a seguir: 
“Norbert Elias pensou o papel do inconsciente na atitude formadora da personalidade dos indivíduos, mas sempre um inconsciente vinculado a um estágio civilizacional - leia-se histórico – específico”. 
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MALERBA, Jurandir. A influência intelectual de Norbert Elias. Mediações-Revista de Ciências Sociais, v. 9, n. 1, 2004, p. 60.
Considerando o excerto de texto acima e os conteúdos do texto-base História e Sociologia: a contribuição de Norbert Elias. De que modo Norbert Elias valorizou a psicologia em conjunção com o método histórico:
Nota: 10.0
	
	A
	Elias não teve influência dos estudos da psicanalise de Freud durante a formulação de suas teorias.
	
	B
	Elias referia-se ao mecanismo de repressão dos instintos e das emoções que acompanhou o processo civilizador ocidental. Ele reconheceu a importância do conceito freudiano de inconsciente, porém não o percebia como algo natural, mas, sim, cultural.
Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois: “Elias referia-se ao mecanismo de repressão dos instintos e das emoções que acompanhou o processo civilizador ocidental. Ele reconheceu a importância do conceito freudiano de inconsciente, porém não o percebia como algo natural, mas, sim, cultural. O inconsciente pessoal “é criado ao longo do processo civilizador, que modera nos homens suas emoções espontâneas”. Freud teria naturalizado o que devia ser considerado resultado de um processo sócio-histórico não redutívela uma única causa: a libido sexual”. (Artigo-base, p. 58).
	
	C
	O inconsciente pessoal não sofre influência da sociedade e o processo civilizador se constitui a parte dele.
	
	D
	O autor endossava  a noção de indivíduo construída pela filosofia ocidental: um indivíduo abstrato, a-histórico e completamente isolado da realidade social.
	
	E
	O autor pensava que a teoria psicanalítica não deveria inserir a perspectiva histórica em sua abordagem, pois a psique não sofria mudanças das transformações sociais.
Questão 5/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Ao longo de sua trajetória, a ciência histórica tem operado com diferentes fixações de sentido para o significante “tempo histórico”. Desde os primórdios do fazer historiográfico, esses profissionais  se preocupam com o tempo”.
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em : Peres, M. V. M. O tempo histórico em perspectiva: a importância do debate sobre o tempo para o ensino de história. Educação básica revista, 2017, p. 40. 
Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do texto-base História e Ciências Sociais: a longa duração, assinale a alternativa que apresenta corretamente o conceito de tempo histórico pensando na interdisciplinaridade:
Nota: 10.0
	
	A
	Etnólogos e etnográficos derivam seu método de pesquisa do tempo histórico destituído do presente.
	
	B
	Dentre as disciplinas que constituem a área de Ciências Humanas, a Filosofia compreende o tempo histórico de maneira mais descritiva. 
	
	C
	A História, enquanto ciência, afirma sua diferença em relação a outros campos das ciências humanas pelo seu trato diferenciado com relação ao tempo.
Você acertou!
Comentário: Esta é alternativa correta, pois “Entre os tempos diferentes da história, a longa duração apresenta-se, assim, como uma personagem embaraçosa, complicada, muitas vezes inédita. Admiti-la no coração de nosso trabalho não será um simples jogo, o habitual alargamento de estudos e curiosidades. [...] Todos os andares, todos os milhares de andares, todos os milhares de fragmentos do tempo da história são compreendidos a partir desta profundidade, desta semi-imobilidade; tudo gira em torno dela” (texto-base, p. 271). 
	
	D
	A compreensão do tempo histórico é de pouca importância para a história enquanto ciência.
	
	E
	As distintas disciplinas como Geografia, Filosofia, Sociologia, compreendem e abordam o tempo histórico de uma mesma perspectiva.  
Questão 6/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia o trecho a seguir: 
“O conjunto das obras dos diversos historiadores que compuseram a Escola dos Annales, notadamente Bloch, Febvre e Braudel, é responsável por grande avanço nas análises sobre o tempo histórico”. 
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Peres, M. V. M. O tempo histórico em perspectiva: a importância do debate sobre o tempo para o ensino de história. Educação básica revista, 2017, p. 46. 
Considerando o trecho de texto acima e os conteúdos texto-base História e Ciências Sociais: a longa duração, assinale a alternativa que apresenta corretamente os principais motivos de distanciamento dos historiadores e sociólogos:
Nota: 10.0
	
	A
	Objetos de pesquisas e estudos econômicos.
	
	B
	Recusa da teoria e multiculturalismo.
	
	C
	Experimentação, alteridade e docilidade dos corpos.
	
	D
	Interatividade digital e metodologias ativas.
	
	E
	O tempo do mundo e o tempo histórico.
Você acertou!
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois "[...] O tempo do mundo, o tempo histórico aí se encontra, como o vento em Eolo, mas fechado numa pele de bode. Não é contra a história que estão, final e inconscientemente, os sociólogos, mas contra o tempo da história - esta realidade que permanece violenta, mesmo se se procura dominá-la, diversificá-la. Esta sujeição, à qual o historiador nunca escapa, os sociólogos, eles próprios, quase sempre escapam: evadem-se, Ou no instante, sempre atual, como que suspenso acima do tempo, ou nos fenômenos de repetição que não são de nenhuma idade; portanto, por uma conduta oposta do espírito, que os isola, seja no événementiel mais estrito, seja na duração mais longa" (texto-base, p. 291). 
Questão 7/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia o trecho de texto a seguir: 
“Passando a considerar às permanências, o historiador desloca o olhar dos objetos tradicionais da história para outros nos quais o papel do que resiste, do que muda somente a longo termo, se destacam." 
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRACCO, Rodrigo Bianchini. A Longa duração e as estruturas temporais em Fernand Braudel: de sua tese O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrânico na Época de Felipe II até o artigo História e Ciências Sociais: A longa duração (1949-1958). São Paulo, UNESP, 2009, p 26. 
Considerando o trecho de texto acima e os conteúdos do texto-base História e Ciências Sociais: a longa duração, assinale a alternativa que define corretamente a mudança que a Escola dos Annales propôs no modo de pensar a História:
Nota: 10.0
	
	A
	História descritiva continuou a ter maior relevância dentro da nova perspectiva de tempo histórico.
	
	B
	A geração dos Annales foi definidora para o estabelecimento dessa nova perspectiva na medida que comtemplou a interdisciplinaridade em suas análises.
Você acertou!
Comentário: Esta é a alternativa correta, pois a interdisciplinaridade permitiu uma abordagem histórica para além da descrição, do acontecimento ou biografia. Análises econômicas e sociais ganharam lugar nessa nova perspectiva histórica, segundo o texto-base: "[...] Assim, não imaginamos, entre o historiador e o observador das ciências sociais, as barreiras e as diferenças de antigamente. Todas as ciências do homem, com a história compreendida, são contaminadas umas pelas outras. Falam a mesma linguagem ou podem falá-la" (Artigo-base, p 272).
	
	C
	O tempo histórico dos historiadores é mesmo tempo dos físicos e astrônomos.
	
	D
	Mesmo com uma abertura para a interdisciplinaridade, a história enquanto ciência não mudou sua forma de apreensão da realidade permanecendo tradicional.
	
	E
	A História só pode existir como ciência se for pensada a partir da forma como as ciências da natureza abordam seus objetos.
Questão 8/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O conjunto das obras dos diversos historiadores que compuseram a Escola dos Annales, notadamente Bloch, Febvre e Braudel, é responsável por grande avanço nas análises sobre o tempo histórico. Tal conjunto é responsável por apresentar e desenvolver uma série de conceitos importantes ."
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em : Peres, M. V. M. O tempo histórico em perspectiva: a importância do debate sobre o tempo para o ensino de história. Educação básica revista, 2017, p. 46. 
Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do texto-base História e Ciências Sociais: a longa duração, assinale a alternativa que apresenta corretamente a maneira que a geração dos Annales passou a compreender o tempo histórico:
Nota: 10.0
	
	A
	O tempo histórico para os annalistas era compreendido como aquilo que estivesse presente em documentos oficiais.
	
	B
	A maior contribuição da escola dos Annales foi o desenvolvimento da História-problema.
Você acertou!
A escola dos Annales também trouxe importante contribuição ao desenvolver a ideia de História-problema. Nessa concepção metodológica, a relação entre presente e passado é colocada em perspectiva, e passa a ser enxergada enquanto via de mão dupla: enxergar o presente através do passado, mas também enxergar o passado através do presente. Para os historiadores dos Annales, a relação entre passado e presente é dialética e construtiva. "Mais ainda, o pesquisador do tempo presente não chega às tramas "finas" das estruturas,a não ser sob a condição, êle também, de reconstruir, de avançar hipóteses e explicações, de recusar o real tal como êle se apresenta, de truncá-lo, de ultrapassá-lo, operações essas que permitem escapar ao dado para melhor dominá-lo, mas que são tôdas reconstruções. Duvido que a fotografia sociológica do presente seja mais "ver que o quadro histórico do passado, e tanto menos, quanto ela se afastará mais do reconstruído.
Philippe Ariês insistiu sôbre a importância do alheamento, da surprêsa na explicação histórica: aspira-se, no século XVI, a uma coisa estranha, estranha para nós, homens do século XX. Por que esta diferença? O problema está posto. Mas direi que a surprêsa, o alheamento, o afastamento — êsses grandes meios de conhecimento — não são menos necessários para compreender o que nos cerca, e de tão perto que nós não o vemos com nitidez. Se vivermos em Londres um ano, conheceremos muito mal a Inglaterra. Mas, por comparação, à luz de nosso espanto, compreenderemos bruscamente alguns dos traços mais profundos e originais da França, êstes que não conhecemos à fôrça de conhecê-los. Face ao atual, o passado, êle também, é alheamento.
Historiadores e social scientists poderiam, pois, eternamente, lançar mão do documento morto e do testemunho bastante vivo, (Ê passado longínqüo, a atualidade demasiado próxima. Não creio que êste problema seja essencial. Presente e passado iluminam-se com sua luz recíproca. E se observarmos exclusivamente a estreita atualidade, nossa atenção irá para a que se move rapidamente, grilha com razão ou sem ela, ou acaba de mudar, ou faz barulho, ou se revela sem dificuldade. Todo um événementiel, tão fastidioso quanto o das ciências históricas, surpreende o observador apressado, o etnógrafo que dá acolhida por três meses a uma povoação polinésia, o sociólogo industrial que exibe fotos de sua última pesquisa, ou que pensa, com questionários hábeis e as combinações das fichas perfuradas, dominar perfeitamente um mecanismo social. O social é uma prêsa enganadora.” (Artigo-base, p. 274-275)
	
	C
	A perspectiva de retomar as maneiras de abordagem ao passado na Antiguidade.
	
	D
	Os estudos históricos desenvolvidos a partir de perspectivas antropológicas.
	
	E
	A afirmação da História como uma ciência no século XXI.
Questão 9/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia a citação a seguir: 
“O Processo civilizador se constitui como uma obra marcada cronológica e espacialmente, isto é, inserida no desenvolvimento histórico e científico específicos da Europa e, mais precisamente do alemão”. 
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DA SILVA, Jefferson Alexandre. Norbert Elias. O Processo Civilizador: Uma História dos Costumes. Humanidades em diálogo, v. 4, n. 2, 2012, p. 196. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do texto-base História e Sociologia: a contribuição de Norbert Elias, assinale a alternativa que apresenta corretamente a perspectiva de sociedade e indivíduo de Norbert Elias:
Nota: 10.0
	
	A
	Em toda sua obra observa-se o emprego de categorias rígidas e dicotômicas para examinar seres humanos e sociedades.
	
	B
	Em O processo civilizador, ao pesquisar as mudanças de hábitos e comportamentos que caracterizaram a história europeia do começo do período medieval.
	
	C
	O livro revela uma apropriação metodológica  a partir de de Marx, Weber e Simmel.
	
	D
	O sociólogo alemão enfrentou o desafio de pesquisar o ser humano apenas na dimensão psicológica restringindo a aspectos particulares da sua existência.
	
	E
	Elias aprofundou a ideia de sociedade como uma rede de relações humanas interdependentes e concretizou a aproximação entre a sociologia e a história.
Você acertou!
O autor valorizava o método histórico para a compreensão e analises das relações sociais e do progresso da sociedade, logo que: "Segundo Elias, a condenação radical das teorias do século XIX excluiu a possibilidade de tratar processos sociais de longo prazo isentas de motivações ideológicas, como, por exemplo, o ideal de progresso. Além disso, não avançou no problema da relação entre o indivíduo e a sociedade. Para o sociólogo, era indispensável incluir o conceito de processo histórico-social nas teorias sociológicas, bem como enfrentar teoricamente a questão da relação entre indivíduo e sociedade." (Artigo-base, p. 59).
Questão 10/10 - Relações entre História e Sociologia - Eletiva
Leia a citação a seguir: 
“Foi somente neste momento que se deu a entrada de Braudel no debate. O historiador respondeu ao desafio da antropologia com a categoria da duração, ausente tanto na resposta de Lefort . Ao fazê-lo, apresentou o que pode ser tomado como a principal formulação teórica de todo o movimento dos Annales [...]”. 
Após essa avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DE BIVAR MARQUESE, Rafael; DA SILVA JÚNIOR, Waldomiro Lourenço. Tempos históricos plurais: Braudel, Koselleck e o problema da escravidão negra nas Américas. Ouro Preto, História e historiografia, 2018, p. 50. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do texto-base História e Ciências Sociais: a longa duração, assinale a principal formulação teórica de todo o movimento dos Annales:
Nota: 0.0
	
	A
	A junção do tempo a partir da longa duração.
	
	B
	a decomposição do tempo histórico entre longa duração, conjuntura e evento.
Os conceitos de duração, permanência, ruptura, processo e evento ajudaram a expandir a percepção da apreensão do tempo histórico. Tais conceitos explorados pela escola francesa.  "Mas trata-se, neste caso, de verdadeiras evasões? Pessoalmente, no decurso de um cativeiro bastante moroso, muito lutei para escapar à crônica dêsses anos difíceis (1940-1945) . Recusar os acontecimentos e o tempo dos acontecimentos era colocar-se à margem, ao abrigo, para olhá-los de um pouco longe, julgá-los melhor e não acreditar muito nêles. Do tempo curto, passar ao tempo menos curto e ao tempo muito longo (se existe, êste último não pode ser senão o tempo dos avisados); depois, chegado a esta etapa, parar, considerar tudo de nôvo e reconstruir, ver tudo girar à sua volta: a operação tem com o que tentar um historiador.
Mas estas fugas sucessivas não o rejeitam, em definitivo, fora do tempo do mundo, do tempo da história, imperioso porque irreversível e porque corre ao mesmo ritmo em que a terra gira. De fato, as durações que distinguimos são solidárias umas das outras: não é a duração que é a tal ponto criação de nosso espírito, mas os fragmentos dessa duração. Ora, êstes fragmentos reunem-se no têrmo de nosso trabalho. Longa duração, conjuntura, acontecimento encaixam-se sem dificuldade, pois todos se medem por uma mesma escala. Tanto mais que participar em espírito num dêstes tempos, é participar em todos. O filósofo, atento ao aspecto subjetivo, interior da noção de tempo, nunca sente êste pêso do tempo da história, de um tempo concreto, universal, tal como êste tempo da conjuntura que Ernest Labrousse esboça, no início de seu livro (38), como um viajante sempre idêntico a si próprio, que corre o mundo, impõe as mesmas sujeições, qualquer que seja o país em que desembarque, o regime político ou a ordem social que adote.
Para o historiador, tudo começa, tudo acaba, pelo tempo, um tempo matemático e demiurgo, do qual seria fácil escarnecer, tempo como que exterior aos homens, "exógeno", diriam os economistas, que os impele, os constrange, leva seus tempos particulares às côres diversas: sim, o tempo imperioso do mundo.” (Artigo-base, p. 288-289)
	
	C
	Uma compreensão focada na descrição, sem o intuito de produzir analises.
	
	D
	Compreensão de que o tempo histórico da longa duração não seria  uma ferramenta analítica capaz de unificar os esforços de investigação da história aos da sociologia, da antropologia e da economia.
	
	E
	A Estrutura foi tomada como um conceito descritivo e não analítico, desse modo, pouco relacionada com o conceito de evento.

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