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OAB - EXECUÇÃO TRABALHISTA

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Livro Eletrônico
Aula 19
Curso de Direito do Trabalho p/ OAB (2 fase) XXXI Exame de Ordem -
Com Monitoria
Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira
07772345488 - Eduardo
 
 
AULA – TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO E 
PEÇAS PROCESSUAIS 
 
1 - Considerações Iniciais ....................................................................................................................... 2 
2 – Execução no Processo do Trabalho e suas Peculiaridades. ............................................................. 3 
2.1 Teoria Geral da Execução Trabalhista. ............................................................................................. 3 
2.2 Título Executivo. ............................................................................................................................... 5 
2.3 Competência para Execução. ........................................................................................................... 6 
2.4 Execução Provisória e Definitiva. ..................................................................................................... 6 
2.5 Liquidação e Execução. .................................................................................................................. 10 
3 – Peças Processuais na Execução ...................................................................................................... 17 
3.1 – Embargos à Execução. ................................................................................................................. 17 
Principais Teses nos Embargos à Execução: ........................................................................................ 19 
Estrutura da Peca Prático Profissional: ................................................................................................ 22 
Peça Prático Profissional – XIII Exame de Ordem ................................................................................ 24 
3.2 – Embargos de Terceiro. ................................................................................................................ 27 
3.3 – Impugnação à Sentença de Liquidação. ...................................................................................... 29 
3.4 – Exceção de Pré-Executividade. ................................................................................................... 30 
3.5 – Agravo de Petição. ...................................................................................................................... 32 
Peça Prática - Autoral ........................................................................................................................... 34 
Gabarito ............................................................................................................................................... 35 
4 - Questões – PDF - Sem Gabarito ...................................................................................................... 36 
5 - Questões – PDF - Gabaritadas ........................................................................................................ 37 
 
 
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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Olá, queridos alunos. 
Nesta aula, iremos estudar os procedimentos da execução no processo do trabalho, analisando a execução 
provisória, definitiva, liquidação de sentença e todas as peças processuais cabíveis nesta fase processual. 
As peças prático-profissionais da fase executória já foram cobradas pela OAB, na modalidade de embargos 
à execução e de terceiros. 
Logo, tenham uma maior atenção a estas peças, especialmente, quanto aos temas que envolvem esta fase, 
já que a estruturação destas segue a de uma inicial, então, acredito que neste sentido não terão maiores 
problemas. 
Inicialmente, quanto aos preceitos legais que regem esta fase, deveremos nos valer da Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT) e leis esparsas e, de forma subsidiária da Lei de Execuções Fiscais, e por fim, aplicar 
o Código de Processo Civil, seguindo esta ordem preferencial (art. 889 da CLT e Art. 3º, XVI, IN 39/2016), 
caso a CLT seja omissa acerca de determinada matéria. 
Nesse sentido: 
 
 
Por fim, na Justiça do Trabalho prevalece o entendimento de que a execução judicial é uma fase 
processual. 
Ultrapassado este aspecto inicial, vamos nos aprofundar na execução trabalhista, nos tópicos que seguem. 
 
 
Bom estudo a todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC) 
LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS 
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT) E LEIS ESPARSAS 
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2 – EXECUÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO E SUAS PECULIARIDADES. 
2.1 TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO TRABALHISTA. 
A execução, regulamentada no artigo 876 e seguintes da CLT, tem a finalidade proporcionar a satisfação do 
credor determinada por título executivo judicial, devendo ser útil ao credor e não onerosa ao devedor. 
Assim, não haverá execução sem título, quer seja judicial ou extrajudicial. 
Desta forma, antes de qualquer estudo, devemos observar as premissas da execução, ou seja, os princípios 
balizares que regem a execução no processo do trabalho, quais sejam: 
 Princípio da Efetividade: A execução trabalhista deve ocorrer no menor tempo possível, pois estão 
envolvidas verbas de caráter alimentar. 
 
 Princípio da Dignidade da pessoa do devedor: A execução não pode atingir bens indispensáveis ao 
sustento do réu e sua família. 
Ex.: Bens de família (Lei. 8.009/90 e Artigos 833 e 834 do CPC). 
 
Neste ponto ressalto um aspecto relevante dentre a impenhorabilidade de bens: O artigo 3º, I, da Lei 
8.009/90 determinava que a impenhorabilidade fosse oponível em qualquer processo de execução 
civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, exceto em caso de ação proposta por 
empregado doméstico. 
Assim, era possível a penhora do bem de família em caso de pagamento de dívida trabalhista de 
empregado doméstico. 
Contudo, a Lei Complementar nº 150/2015, artigo 46, revogou este dispositivo, motivo pelo qual, 
atualmente, também é vedada a penhora do bem de família, mesmo para ações propostas por 
empregado doméstico. 
 
Neste ponto ressalto um aspecto relevante dentre a impenhorabilidade de bens: O artigo 
3º, I, da Lei 8.009/90 determinava que a impenhorabilidade fosse oponível em qualquer 
processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, exceto 
em caso de ação proposta por empregado doméstico. 
Assim, era possível a penhora do bem de família em caso de pagamento de dívida 
trabalhista de empregado doméstico. 
Contudo, a Lei Complementar nº 150/2015, artigo 46, revogou este dispositivo, motivo 
pelo qual, atualmente, também é vedada a penhora do bem de família, mesmo para 
ações propostas por empregado doméstico. 
 
 Princípio da Patrimonialidade: A execução gera efeitos no patrimônio do devedor, e não no seu 
corpo, logo, ninguém pode ser preso por dívida. Exceção: Pensão alimentícia. 
 Princípio da execução menos gravosa: Quando a execução puder ser realizada de diversas formas, 
deverá se dar preferência àquela que gerar menos prejuízo ao devedor. 
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Vale ressaltar que é válido o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado para 
garantir crédito do exequendo, não sendo cabível mandado de segurança, já que obedece à 
gradação prevista no art. 835 do CPC. 
Tome nota do artigo 805 do CPC: 
Art. 805. Quando por vários meios o exequentepuder promover a execução, o juiz 
mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. 
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe 
indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos 
executivos já determinados. 
 
*Estudar artigos 805 (execução menos gravosa – Ex.: penhora online) e 835 do CPC 
(ordem de preferência da penhora), bem como a Súmula n. 417 do TST. 
 
 Princípio da Iniciativa ex officio/de ofício: O magistrado poderá em determinadas hipóteses legais 
promover a execução de ofício, salvo quando tratar-se de execução provisória, liquidação por 
artigos, a qual esta envolve provas, e execução definitiva, quando as partes estiverem 
representadas por advogado (artigo 878 da CLT) 
Ex.: O magistrado pode desconsiderar a personalidade jurídica da empresa; colocar empresas do 
mesmo grupo econômico no polo passivo da demanda. 
São legitimados a promover a execução: 
- Qualquer interessado; 
- Juiz (execução definitiva); 
- MPT (nas ações de competência originária do TRT). 
 
Neste sentido, a Reforma Trabalhista alterou o artigo 878 da CLT para determinar que: A execução 
será promovida a requerimento das partes, ficando limitada a execução de ofício, ou seja, o 
impulso oficial apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogados. 
 Princípio da mitigação do contraditório: Nos termos do artigo 884, §1º, CLT, na fase de execução, a 
defesa é limitada, pois já se encerrou a fase de conhecimento. 
 Princípio da limitação expropriatória: A execução abrange apenas o que for necessário para pagar 
a dívida, ou seja, apenas poderá atingir a quantidade de bens necessários para garantia da 
execução, não devendo se operar de forma excessiva e nem tampouco gravosa ao executado. 
 Princípio da Responsabilidade das custas pelo executado: Nos termos do art. 789 – A, CLT, no 
processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao 
final. 
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2.2 TÍTULO EXECUTIVO. 
Os títulos executivos podem ser judiciais ou extrajudiciais. Desta forma, são considerados primordialmente 
títulos executivos no processo do trabalho, entre outros: 
 
 
 
O rol acima é meramente exemplificativo, cabendo outros títulos, como por exemplo: 
1) Artigo 114, VII, CF - Autoriza a competência da Justiça do Trabalho, para a execução fiscal, 
permitindo, portanto, a execução das multas impostas pela fiscalização do trabalho inscritas na 
Certidão da Dívida Ativa da União. 
 
2) Artigo 13 da IN/39 do TST – Possibilita a aplicação do artigo 784, I do CPC, de forma a autorizar a 
execução na Justiça do Trabalho de cheque e nota promissória, quando estes forem decorrentes da 
relação de emprego/trabalho. 
 
3) Artigo 507-A, CLT – Sentença Arbitral não cumprida poderá ser executada na Justiça do Trabalho 
(art. 31 da Lei 9.307/1996). Neste sentido, prevê a CLT: 
“Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o 
limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, 
poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do 
empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei 
no 9.307, de 23 de setembro de 1996.” 
 
Por fim, ressalto aspecto já mencionado anteriormente, mas que, neste momento, considero de extrema 
importância, acerca da possibilidade de a Justiça do Trabalho executar contribuições previdenciárias 
decorrentes de sentença ou acordo, conforme Súmula n. 368, I do TST: 
 
• Decisões transitadas em julgado (artigo 876 da 
CLT); 
• Decisões com recurso sem efeito suspensivo e; 
• Acordos não cumpridos (artigo 876 da CLT). 
JUDICIAIS 
 
• TAC - Termo de Ajuste de Conduta firmados 
perante o Ministério Público - MP (artigo 876 da 
CLT); 
• Termo De Conciliação firmado perante a 
Comissão de Conciliação Prévia (artigo 625-A a 
625-H, CLT). 
 
EXTRAJUDICIAIS 
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“A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições 
fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições 
previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos 
valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.” 
 
2.3 COMPETÊNCIA PARA EXECUÇÃO. 
 
Art. 877 - É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal 
que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio. 
 Art. 877-A - É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que 
teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria. 
 
O artigo 877, da CLT regulamenta a matéria e nos deixa claro que na hipótese de título judicial, a 
competência para sua execução será a do juízo que proferiu a sentença ou que homologou o acordo. 
Quando tratar-se de título extrajudicial o artigo 877-A, CLT prevê que a competência para execução deve 
observar a regra da fase de conhecimento, qual seja, a do artigo 651, da CLT. 
2.4 EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA. 
 EXECUÇÃO PROVISÓRIA 
A execução provisória poderá se iniciar, quando houver sentença, não transitada em julgado, com recurso 
pendente de julgamento, sendo esse sem efeito suspensivo. Assim, tendo o recurso apenas efeito 
devolutivo, e sem suspensivo, possível torna-se o início da execução provisória, a qual segue até a 
penhora, ou seja, sem que haja, como regra, atos de expropriação de bens, apenas constrição. 
Assim, em se tratando de execução da sentença que ainda não tenha transitado em julgado e que possui 
as seguintes peculiaridades: 
 Depende da iniciativa do exequente (reclamante/credor) a execução provisória, ou seja, não se 
admite o impulso oficial; 
 
 Nos termos do artigo 899 da CLT, a execução provisória vai somente até a penhora, logo, não há 
atos de expropriação de bens. Desta forma, não se aplica a previsão do artigo 520, IV do CPC: 
 
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Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de 
efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, 
sujeitando-se ao seguinte regime: 
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem 
transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais 
possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, 
arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
 
 
 Na hipótese de reforma da sentença em razão de recurso, o exequente será responsável pelo 
pagamento de eventuais prejuízos do executado; 
 
 
 A execução provisória se dá através de carta de sentença, tendo em vista que os autos principais 
estarão no Tribunal para julgamento de recurso; 
 
 
 A Súmula 417 do TST foi recentemente alterada permitindo, após a vigência do novo CPC, a 
penhora de dinheiro em sede de execução provisória, ainda que o executado possua outros bens. 
Cabe destacar, que antes da vigência do novo CPC, a penhora de dinheiro não era possível em 
execução provisória, quando o executado possuía outros bens. Observe o preceito legal 
mencionado: 
 
I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em 
dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritáriae obedece à 
gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973). 
II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito 
líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio 
SENTENÇA - V.T 
R.O pendente - TRT 
Execução Provisória 
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banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 840, I, do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC 
de 1973). 
 
 EXECUÇÃO DEFINITIVA 
 
A execução definitiva ocorre quando se estiver diante de uma sentença / acórdão já transitado em julgado, 
podendo iniciar-se a requerimento da parte, ou ainda, de ofício pelo juiz, quando as partes não estiverem 
representadas por advogados. 
Ademais, a execução definitiva, diferentemente da provisória, não se limita a penhora, sendo nesta fase 
praticados atos de constrição e expropriação do bem, haja vista que presente o trânsito em julgado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste sentido, observe a régua processual na execução definitiva: 
 
 
 
 
SENTENÇA / ACÓRDÃO 
Transitado em 
Julgado 
Execução Defintiva 
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SENTENÇA - V.T 
Não há recurso pendente Transito em julgado 
Execução Definitiva Liquidação da sentença 
Sentença de Liquidação 
MCPA - Mandado de Citação, 
penhora e avaliação. 
Indicação de Bens / Pagamento 
*Executado: Embargos à 
execução 
 
*Exequente: Impugnação a 
sentença de liquidação. 
Sentença Agravo de Petição 
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2.5 LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO. 
Quando no processo se estiver diante de uma sentença ilíquida, necessário se fará a sua liquidação, a qual 
poderá se dar por: Cálculos, Arbitramento, ou ainda, por Artigos / Procedimento Comum. 
 
Nesse sentido, observe: 
 Cálculos: É quando a liquidação se dará através de simples cálculos aritméticos, já que a sentença 
não exige maiores elementos para a sua apuração, conforme Súmula n. 200 e 211 do TST. 
 
 Arbitramento: É a liquidação que depende de exame pericial, ou seja, conhecimentos técnicos 
específicos. 
Ex.: art. 460, CLT – salário equitativo – salário que não foi fixado pelo empregador e deverá ser 
fixado pelo juiz. 
 
 Por Artigos ou Procedimento Comum: Artigo 879 da CLT –Quando na liquidação há necessidade de 
se alegar e provar fatos novos, deverá se valer deste procedimento para, assim, individualizar o 
objeto da condenação. 
 
Assim, quando proferida a sentença, e sendo esta ilíquida, iniciar-se-á a fase de liquidação. Nesse sentido, 
vale ressaltar que na fase de execução não mais será possível discutir matéria referente à causa principal 
do processo. 
Na liquidação por cálculos, os cálculos poderão ser apresentados pelas partes, pelos órgãos auxiliares da 
Justiça do Trabalho, ou ainda, pelo perito, segundo critério determinado pelo juiz. 
Apresentados os cálculos, o magistrado deverá abrir às partes, reclamante e reclamada, prazo comum de 
08 (oito) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, 
sob pena de preclusão – Artigo 879, § 2º da CLT. 
A União também será intimada a se manifestar acerca das contribuições previdenciária no prazo de dez 
dias, conforme Artigo 879, § 3º da CLT. 
Em sequência, o magistrado proferirá sentença de liquidação, a qual poderá ser impugnada, quando 
garantido o juízo, por meio de embargos à execução (executado) e impugnação à decisão (ou sentença) de 
liquidação (exequente). 
 
 
 
 
 
 
 
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Uma vez proferida a sentença de liquidação pelo magistrado, em ato sequencial, se expedirá o Mandado 
de Citação, Penhora e Avaliação - MCPA. Neste sentido: 
 Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir manda
do de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo m
odo e sob as cominações estabelecidas ou,quando se tratar de pagamento em dinheiro, i
nclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito)
 horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. 
 
Assim, quando citado, o executado, no prazo de 48 horas, poderá adotar um dos três procedimentos: 
I. Pagar a quantia devida e apurada na execução, e colocando, assim, fim ao processo, 
conforme artigo 881, CLT; 
 
II. Garantir a execução depositando o valor correspondente, nomeando bens a penhora (artigo 
882 da CLT), ou ainda, através de seguro-garantia judicial. Tal procedimento não acaba com 
a fase processual, prosseguindo-se com as ferramentas da execução, uma vez que garantido 
o juízo. 
 
III. Inércia do executado, o que em tal situação, gerará a penhora dos seus bens, nos termos do 
artigo 883 da CLT. 
Assim, caso o executado não tenha indicado bens e nem pago a dívida, terá penhorado tantos bens, 
quantos sejam necessários para a garantia do juízo, observada a ordem de preferência da penhora, contida 
no artigo 835 do CPC. Observe: 
 
Sentença 
Liquidação de 
Sentença 
Apresentação de 
Cálculos 
Manifestação das 
partes em 8 dias 
(União - 10 dias) 
ou não. 
Sentença de 
Liquidação - 
Homologação dos 
Cálculos. 
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Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: 
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em 
mercado; 
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
IV - veículos de via terrestre; 
V - bens imóveis; 
VI - bens móveis em geral; 
VII - semoventes; 
VIII - navios e aeronaves; 
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
X - percentual do faturamento de empresa devedora; 
XI - pedras e metais preciosos; 
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação 
fiduciária em garantia; 
XIII - outros direitos. 
Acerca do tema, ainda, observe o artigo 882, 883 e 883-A da CLT: 
 Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a 
execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das 
despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à 
penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei no 13.105, de 
16 de março de 2015 - Código de Processo Civil. 
Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora 
dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, 
acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da 
data em que for ajuizada a reclamação inicial. 
Art. 883-A. A decisão judicial transitada em julgado somente poderá ser levada a 
protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no 
Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de 
transcorrido o prazo de quarenta e cinco dias a contar da citação do executado, se não 
houver garantia do juízo. 
 
Há alguns bens que sãotidos como impenhoráveis, ou seja, se ainda assim realizado, estaremos diante de 
uma ilegalidade. Nesse sentido, prevê o artigo 833 do CPC: 
 
 
 
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Art. 833. São impenhoráveis: 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; 
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do 
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns 
correspondentes a um médio padrão de vida; 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de 
elevado valor; 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos 
de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias 
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua 
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, 
ressalvado o § 2o; 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens 
móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; 
VI - o seguro de vida; 
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem 
penhoradas; 
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela 
família; 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória 
em educação, saúde ou assistência social; 
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) 
salários-mínimos; 
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da 
lei; 
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de 
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. 
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, 
inclusive àquela contraída para sua aquisição. 
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para 
pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às 
importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a 
constrição observar o disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529, § 3o. 
§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, os 
implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa 
individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de financiamento 
e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou quando respondam por dívida de 
natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária. 
 
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PENHORA DE BENS: 
A nomeação de bens à penhora, ou ainda, a penhora de bens realizada pelo magistrado, deverá ocorrer 
em conformidade com a ordem contida no artigo 835 do CPC e 882 da CLT. Nesse sentido, cumpre 
destacar que a penhora em dinheiro possui preferência sobre outros bens. 
No mais, a penhora sobre determinado percentual do faturamento da empresa nunca poderá ser total, de 
forma que se isso ocorrer, o executado poderá questionar sua legalidade por meio das ferramentas 
próprias da execução, já que tal penhora não pode comprometer o funcionamento da empresa, conforme 
OJ 93 SDI-II TST: 
Nos termos do art. 866 do CPC de 2015, é admissível a penhora sobre a renda mensal ou 
faturamento de empresa, limitada a percentual, que não comprometa o 
desenvolvimento regular de suas atividades, desde que não haja outros bens penhoráveis 
ou, havendo outros bens, eles sejam de difícil alienação ou insuficientes para satisfazer o 
crédito executado. 
 
IMPENHORABILIDADE DE BENS: 
São absolutamente impenhoráveis: 
a) os bens descritos no artigo 833 do CPC; 
b) o bem de família previsto na Lei nº 8.009/90; e 
c) as contas do FGTS dos trabalhadores (art. 2º, §2º, da Lei n o 8.036/90). 
Assim, além da ordem de preferência, a ser observada, sob os bens passíveis de penhora, deve-se também 
atentar-se aos bens impenhoráveis, conforme artigo 833, CPC: 
 
Acercado tema, ... 
 
 Ademais, também deve ser observada, a impenhorabilidade do bem de família previsto na Lei 
8009/90, a qual foi recentemente alterada com a revogação do inciso I, do artigo 3º, este que 
autorizava a penhora do bem de família quando se tratava de dívidas de empregado doméstico. 
Agora, com tal revogação legislativa, a impenhorabilidade do bem de família na Justiça do Trabalho 
trona-se absoluta, não se admitindo qualquer exceção frente à proteção do bem de família, 
inclusive, para pessoa solteira, divorciada ou viúva (Súmula n. 364, STJ). 
 
 Na execução definitiva, o juiz poderá realizar a penhora on-line, inclusive afastando outro bem já 
nomeado à penhora pelo executado, nos termos da Súmula n. 417, TST: 
 
 
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I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em 
dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária e obedece à 
gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973). 
II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito 
líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio 
banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 840, I, do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC 
de 1973). 
 
 No mais, o bloqueio de dinheiro e sua conversão em penhora deve observar o procedimento do 
artigo 854 do CPC: 
Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, 
o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, 
determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela 
autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos 
financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor 
indicado na execução. 
§ 1o No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta, de ofício, o juiz 
determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o que deverá ser 
cumprido pela instituição financeira em igual prazo. 
§ 2o Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este será intimado na 
pessoa de seu advogado ou, não o tendo, pessoalmente. 
§ 3o Incumbe ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar que: 
I - as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis; 
II - ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros. 
§ 4o Acolhida qualquer das arguições dos incisos I e II do § 3o, o juiz determinará o 
cancelamento de eventual indisponibilidade irregular ou excessiva, a ser cumprido pela 
instituição financeira em 24 (vinte e quatro) horas. 
§ 5o Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, converter-se-á a 
indisponibilidade em penhora, sem necessidade de lavratura de termo, devendo o juiz da 
execução determinar à instituição financeira depositária que, no prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, transfira o montante indisponível para conta vinculada ao juízo da 
execução. 
§ 6o Realizado o pagamento da dívida por outro meio, o juiz determinará, 
imediatamente, por sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema 
financeiro nacional, a notificação da instituição financeira para que, em até 24 (vinte e 
quatro) horas, cancele a indisponibilidade. 
§ 7o As transmissões das ordens de indisponibilidade,de seu cancelamento e de 
determinação de penhora previstas neste artigo far-se-ão por meio de sistema eletrônico 
gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional. 
§ 8o A instituição financeira será responsável pelos prejuízos causados ao executado em 
decorrência da indisponibilidade de ativos financeiros em valor superior ao indicado na 
execução ou pelo juiz, bem como na hipótese de não cancelamento da indisponibilidade 
no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, quando assim determinar o juiz. 
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§ 9o Quando se tratar de execução contra partido político, o juiz, a requerimento do 
exequente, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido 
por autoridade supervisora do sistema bancário, que tornem indisponíveis ativos 
financeiros somente em nome do órgão partidário que tenha contraído a dívida 
executada ou que tenha dado causa à violação de direito ou ao dano, ao qual cabe 
exclusivamente a responsabilidade pelos atos praticados, na forma da lei. 
 
Assim, depois de garantido o juízo, com a penhora, pagamento ou indicação de bens, no prazo de 05 dias, 
o executado poderá apresentar embargos à execução, e o exequente impugnação a sentença de 
liquidação. 
Diante de tais ferramentas processuais utilizadas pelas partes, o magistrado proferirá uma sentença, frente 
a qual será cabível recurso de Agravo de Petição, no prazo de 8 (oito) dias, para o TRT correspondente, e 
com fundamento no artigo 897 da CLT. O TRT se pronunciará acerca do Agravo de Petição, e frente a esta 
decisão será oponível Recurso de Revista ao TST, por violação Constitucional (Súmula n. 266, TST), o qual 
também proferirá um acórdão, e em havendo nova violação constitucional, será possível opor Embargos 
de Divergência ao TST (Súmula n. 433 do TST). 
Em última análise, caso a decisão do TST confronte preceitos constitucionais, cabível será a propositura 
de Recurso Extraordinário, ao STF, em última análise jurisdicional. 
 
Nesse sentido: 
 
 
FASE DE EXPROPRIAÇÃO DE BENS (ARTIGO 888 DA CLT E ART.13 LEI Nº 5584/1970): 
Depois de solucionado os embargos / impugnação, proferindo-se a sentença, se iniciará paralelamente à 
possibilidade de recurso, a expropriação do bem penhorado, ou seja, a sua venda, a qual poderá se 
concretizar através de três figuras jurídicas, quais sejam: 
 
 ADJUDICAÇÃO - O exequente fica com o bem penhorado, abatendo do seu crédito; 
 
 ARREMATAÇÃO - Um terceiro arremata o bem penhorado, adquirindo-o em hasta pública através 
do maior lance, o que não se admitirá a aquisição por preço vil (artigo 891, § único, CPC). 
 
 Em tal situação, nos termos do artigo 888, CLT, o arrematante deve pagar de imediato 20% do valor 
devido e, o saldo restante em 24 horas. 
Observe que a IN n. 39 do TST, autoriza a aplicação do artigo 895, CPC, o qual prevê a possibilidade 
de parcelamento do lance. 
 
Sentença 
(Execução) 
Agravo de 
Petição - 
TRT 
Rec. de 
Revista - 
TST 
Embargos 
ao TST 
Rext. - STF 
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 REMIÇÃO – Em tal hipótese, o executado paga o valor integral da execução, evitando a alienação 
do seu bem já penhorado. 
 
Não confunda Remição com Remissão, esta que consiste no perdão da dívida, e não se aplica na 
Justiça do Trabalho, em razão da irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas. 
 
Por fim, ainda é possível alegar eventuais irregularidades na fase de expropriação por meio dos Embargos 
à Arrematação, ou seja, este meio de defesa será utilizado pelo executado para se alegar vício na alienação 
do bem(OJ 66 da SDI-II/TST), no prazo de cinco dias, contados a partir da adjudicação ou arrematação do 
bem. Ou seja, os embargos à execução é gênero do qual os embargos à penhora, à arrematação e 
adjudicação são espécies. 
Tal peça processual é endereçada para o juízo da execução, devendo o adquirente do bem ser intimado 
sobre os Embargos para manifestação. Após análise, o magistrado proferirá decisão, e desta caberá Agravo 
de Petição. 
3 – PEÇAS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO 
Neste tópico, vamos analisar as peças processuais cabíveis na execução, algumas já mencionadas, e a sua 
estrutura para fins de prova. 
3.1 – EMBARGOS À EXECUÇÃO. 
 Fundamentação: Artigo 884 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 
319 do Código de Processo Civil (CPC), aplicado ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 e 
889 da CLT e artigo 15 do CPC. 
 
OBS.: A fundamentação, em complemento, também poderia ser no Artigo 525 e 917 do CPC, mas para fins 
de prova, o embasamento principal é o artigo 884 da CLT, combinado com o artigo 319 do Código de 
Processo Civil (CPC), aplicado por força do artigo 769 e 889 da CLT e artigo 15 do CPC. 
 
 Conceito: Trata-se de uma ação incidental na execução, a qual o executado poderá alegar vícios 
ocorridos nesta fase, em especial: 
- Cumprimento da Decisão; 
- Cumprimento do Acordo; 
- Quitação; e 
- Prescrição. 
 
 É válido esclarecer que para utilização dos embargos à execução, como regra, necessário se faz a 
garantia prévia do juízo, esta que pode se caracterizar pelo depósito do valor, nomeação de bens à 
penhora, ou ainda, pela penhora de bens propriamente dita. 
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Logo, não há como embargar sem que o juízo esteja garantido, em regra. 
A exceção a tal regramento encontra-se prevista no artigo 884, parágrafo sexto da CLT: 
Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias 
para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. 
(...) 
 § 6º A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou 
àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições. 
A única hipótese de se questionar aspecto da execução sem que haja a garantia do 
juízo é por meio de exceção de pré-executividade, este de criação doutrinária e jurisprudencial, para a 
pessoa que não tem condições de garantir a execução. 
A exceção de pré-executividade não tem prazo estipulado, sempre cabível quando se ferir matéria de 
ordem pública. 
 
Observe que a Fazenda Pública não necessita garantir o juízo porque seus bens são impenhoráveis. 
 
 Natureza Jurídica: É o meio processual de defesa do executado, mas a doutrina majoritariamente 
entende como a sua natureza jurídica sendo de ação. 
 
 Competência: Juízo da execução. 
 
 Prazo: Cinco dias a partir da garantia do juízo, quando tratar-se de Fazenda Pública, o prazo será de 
trinta dias (art. 884 da CLT c/c Lei 9494/97). 
 
 Contraditório: Os Embargos à Execução possuem natureza de ação, por isso, o contraditório se 
exerce por meio de impugnação. Nesta fase, é possível a oitiva de testemunhas, desde que haja 
necessidade, de fato, conforme art. 884, parágrafo segundo da CLT. 
 Recurso frente aos Embargos: Da decisão dos embargos à execução caberá à interposição do 
recurso de agravo de petição (art. 897, “a” da CLT). Sendo importante ressaltar que é cabível agravo 
de petição em decisão que acolhe ou não embargos à execução, bem como da decisão que julga 
procedente ou improcedente os embargos. 
 
 
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PRINCIPAIS TESES NOS EMBARGOS À EXECUÇÃO: 
PRESCRIÇÃOINTERCORRENTE Trata-se da prescrição que ocorre dentro do 
processo já em curso. 
A Súmula 327 do STF afirmava o seu cabimento 
já anteriormente a reforma trabalhista, o que 
veio a ser reforçado pelo artigo 11-A da CLT, o 
qual determina o cabimento da prescrição 
intercorrente no prazo de dois anos, diante da 
inercia do exequente em cumprir o ato. 
A prescrição trata-se de matéria dos Embargos à 
Execução, nos termos do art. 884, §1º da CLT, 
bem como a do art. 40 da Lei de Execução Fiscal - 
LEF, Lei 6830/80, aplicada subsidiariamente por 
força do art. 889 da CLT. 
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA 
PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
A desconsideração da personalidade jurídica 
ocorre quando houver a responsabilização do 
patrimônio dos sócios. 
Se o incidente se der no processo de 
conhecimento, dessa decisão não cabe recurso; 
já em sede do processo de execução, diante da 
decisão do incidente cabível seráo agravo de 
petição. Neste sentido, o incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica está 
previsto no artigo 855-A da CLT e arts. 133 a 137 
do CPC. 
Neste sentido, tome nota: 
Art. 855-A. Aplica-se ao processo do 
trabalho o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica previsto nos arts. 
133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março 
de 2015 - Código de Processo 
Civil. 
§ 1o Da decisão interlocutória que acolher 
ou rejeitar o incidente: 
I - na fase de cognição, não cabe recurso de 
imediato, na forma do § 1o do art. 893 
desta Consolidação; 
II - na fase de execução, cabe agravo de 
petição, independentemente de garantia 
do juízo; 
III - cabe agravo interno se proferida pelo 
relator em incidente instaurado 
originariamente no tribunal. 
§ 2o A instauração do incidente suspenderá 
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o processo, sem prejuízo de concessão da 
tutela de urgência de natureza cautelar de 
que trata o art. 301 da Lei no 13.105, de 16 
de março de 2015 (Código de Processo 
Civil) 
Desta forma, desconsiderada a personalidade 
jurídica, em razão da insuficiência de bens da 
pessoa jurídica, o sócio torna-se parte, e cabível 
serão os embargos à execução, como meio de 
impugnação. 
 
JUROS E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA 
 
 Art. 883, CLT - Os juros incidem a partir 
da propositura da Reclamação 
Trabalhista; 
 Súmula nº 381, TST – A atualização 
monetária é devida a partir do 
vencimento da obrigação (mês seguinte à 
prestação de serviços); 
 Súmula nº 439, TST – Em caso de dano 
moral, os juros incidem a partir da data 
do ajuizamento da Reclamação 
Trabalhista; já a correção monetária 
incide a partir da data da decisão que 
arbitrou/fixou os danos morais ou da 
decisão que alterou o valor dos danos 
morais; 
 Súmula nº 200, TST – Em um primeiro 
momento incide a atualização monetária 
e, posteriormente, incidirá os juros; 
 Súmula nº 211, TST – Os juros e correção 
monetária são pedidos implícitos, ou seja, 
não há necessidade de pedir os juros e 
correção para que o juiz determine / 
conceda. 
ILEGITIMIDADE PASSIVA Nos termos do artigo 10-A da CLT, o sócio 
retirante responde por dois anos de forma 
subsidiária pelas obrigações trabalhistas da 
sociedade, observada a ordem de preferência. 
Neste sentido: 
Art. 10-A. O sócio retirante responde 
subsidiariamente pelas obrigações 
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trabalhistas da sociedade relativas ao 
período em que figurou como sócio, 
somente em ações ajuizadas até dois anos 
depois de averbada a modificação do 
contrato, observada a seguinte ordem de 
preferência: 
I - a empresa devedora; 
II - os sócios atuais; e 
III - os sócios retirantes. 
Parágrafo único. O sócio retirante 
responderá solidariamente com os demais 
quando ficar comprovada fraude na 
alteração societária decorrente da 
modificação do contrato. 
 
No mesmo sentido, o Art. 1003, parágrafo único 
e 1032 do Código Civil, conforme preconizado 
pela jurisprudência do TST, estabelece que: 
“Os ex-sócios respondem pelas dívidas da 
sociedade por até dois anos após sua 
retirada ou averbação da alteração 
contratual, nos termos 
dos artigos 1003 e 1032 do CC. Não se 
pode eternizar a responsabilidade dos ex-
sócios ou de seus herdeiros, porque uma 
vez afastados da sociedade não possuem 
mecanismos de controle sobre os negócios 
e a saúde financeira da empresa.” 
(TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO AGVPET 
1226008120045020 SP 
01226008120045020202 A20 (TRT-2).) 
IMPENHORABILIDADE DA 
REMUNERAÇÃO DO EXECUTADO – 
LIMITE. 
O artigo 833, IV do CPC impede, como regra, a 
penhora de vencimento dos salários, 
vencimentos, remunerações etc. Mas, há 
exceção a este regramento, aplicável após a 
vigência do CPC/2015, conforme OJ 153 da SDI-
II do TST e artigo 833, §2º do CPC, como se 
verifica: 
 O devedor que perceber mais de 50 
salários mínimos mensais poderá ter 
penhorado o que exceder a este 
montante, de forma que também não 
ultrapasse 50% dos seus ganhos líquidos, 
conforme §2º do artigo 833 e §3º do 
artigo 529, todos do CPC. 
 
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IMPENHORABILDIADE DO BEM DE 
FAMÍLIA 
Art. 1º da Lei nº 8009/90- Segundo os preceitos 
jurisprudenciais, verifica-se que: 
"A Lei n.º 8.009 /90 dispõe que é 
impenhorável o bem utilizado pela família 
como residência, independentemente de 
possuir outros imóveis em seu patrimônio, 
caso em que havendo mais de um imóvel 
usado como residência, a 
impenhorabilidade recai naquele de menor 
valor" 
(TJPR, AC 33215, Silvio Dias, 16/06/2009) 
- Vale lembrar que a impenhorabilidade do bem 
de família alcança os imóveis de pessoas 
solteiras, viúvas e separadas, conforme Súmula 
n. 364 do STJ. 
- Já quando se tratar de imóvel rural, a 
impenhorabilidade se restringe à sede de 
moradia, com os respectivos bens móveis. 
INAPLICABILIDADE DA MULTA - ART. 
523, §1º, CPC. 
A CLT possui regulamentação própria acerca do 
tema - artigo 880, da CLT. 
ESTRUTURA DA PECA PRÁTICO PROFISSIONAL: 
1. ENDEREÇAMENTO DO JUÍZO 
 
2. NÚMERO DO PROCESSO 
 
3. PREÂMBULO - nome da embargante (já qualificado), advogado, nome do embargado (já 
qualificado), opor Embargos à Execução com fulcro no artigo 884 da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil (CPC), aplicado ao 
Processo do Trabalho por força do artigo 769 e 889 da CLT e artigo 15 do CPC. 
XXX, já qualificado, vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve 
(endereço profissional completo com CEP), nos autos da ação em epígrafe, movida por ZZZ, já 
qualificada, vêm, perante Vossa Excelência, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO, com fulcro no artigo 884 
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil 
(CPC), aplicado ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 e 889 da CLT e artigo 15 do CPC, pelos 
motivos de fato e de direito a seguir explanados: 
Atenção: Observe que se este for o primeiro momento processual de manifestação do executado no 
processo, ele deverá, então, ser qualificado, já que não o foi antes. 
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4. DOS FATOS 
Resumo da demanda. 
*Interessante revela-se abrirum tópico, posterior, aos fatos, denominado como “Requisitos 
Específicos”, com intuito de demonstrar que o juízo está totalmente garantido, nos termos do Artigo 
880 da CLT. 
5. DO DIREITO 
Apontamento das teses jurídicas trazidas pelo enunciado, em sede de execução. 
 
6. PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS: 
- Procedência dos pedidos; 
- Acolhimento dos embargos; 
- Notificação da parte contrária para apresentar defesa; 
- Mencionar o pagamento de custas ao final (art. 789-A da CLT); 
- Valor da causa; 
- Protesto por provas; 
- Encerramento. 
Diante do exposto, requer-se a procedência dos embargos à execução, de forma que sejam acolhidos 
todos os argumentos supracitados, em especial, no que se refere a ... 
Requer, ainda, a notificação/citação do embargado, para que, querendo, apresente a sua defesa. 
Ainda, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. 
O Embargante informa, por fim, que nos termos do artigo 789-A, V, da CLT, no processo de execução são 
devidas custas processuais, as quais são de responsabilidade do executado, mas pagas tão somente ao 
final. 
 
Atribui-se à causa o valor de R$ ... . 
Nesses termos, 
pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado 
OAB Nº... 
 
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PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL – XIII EXAME DE ORDEM 
Rômulo Delgado Silva, brasileiro, viúvo, empresário, portador da identidade 113, CPF 114, 
residente e domiciliado na Avenida Brás Montes, casa 72 – Boa Vista – Roraima – CEP 
222, em entrevista com seu advogado, declara que foi sócio da pessoa jurídica Delgado 
Jornais e Revistas Ltda., tendo se retirado há 2 anos e 8 meses da empresa; que foi 
surpreendido com a visita de um Oficial de Justiça em sua residência, que da primeira vez 
o citou para pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 150.000,00, oriunda da 50ª Vara 
do Trabalho de Roraima, no Processo XXX e, em seguida, 48 horas depois, retornou e 
penhorou o imóvel em que reside, avaliando-o, pelo valor de mercado, em R$ 
180.000,00; que tem apenas esse imóvel, no qual reside com sua filha, já que viúvo; que o 
Oficial de Justiça informou que há uma execução movida pela ex-empregada Sônia 
Cristina de Almeida contra a empresa que, por não ter adimplido a dívida, gerou o 
direcionamento da execução contra os sócios; que foi ao Fórum e fotocopiou todo o 
processo, agora entregue ao advogado; que nas contas homologadas, sem que a parte 
contrária tivesse vista, foi verificado que a correção monetária foi calculada considerando 
o mês da prestação dos serviços, ainda que a sentença fosse omissa a respeito; que, ao 
retornar para penhorar o imóvel, o oficial informou que a dívida havia aumentado em 
10%, porque o juiz aplicou a multa do artigo 523, §1º, NCPC. 
Diante do que foi exposto, elabore a medida judicial adequada para a defesa dos 
interesses do entrevistado, considerando a vigência da reforma trabalhista, e sem criar 
dados ou fatos não informados. 
Queridos, antes de transcrever a peça com vocês, quero a sua atenção, neste 
ponto: Quando esta peça prática foi exigida pela OAB, na época, houve grandes discussões acerca do tema, 
já que alguns entendiam ser cabíveis Embargos à Execução, e outros, Embargos de Terceiro, já que o 
enunciado deixa claro que a pessoa executada, Rômulo, já havia se retirado da sociedade há 2 anos e oito 
meses, o que tecnicamente eximiria a sua responsabilidade. 
No entanto, observem que o que torna uma pessoa parte no processo é a citação / notificação, conforme 
entendimento doutrinário e jurisprudencial. No entanto, quando você tem o seu bem penhorado sem ter 
sido citado, claramente estaríamos diante de um Embargos de Terceiro, já que nem parte do processo 
você era. 
No caso apresentado, foi informado que Rômulo “foi surpreendido com a visita de um Oficial de Justiça 
em sua residência, que da primeira vez o citou”, logo, uma vez que citado, Rômulo se torna parte do 
processo, ainda que parte ilegítima, a ser alegável em Embargos à Execução, e não, Embargos de Terceiro. 
 
 Vamos, agora, estruturar a peça prático profissional: 
 
 
 
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 50ª VARA DO TRABALHO DE RORAIMA. 
 
Processo nº XXX 
 
Rômulo Delgado Silva, brasileiro, viúvo, empresário, filiação, data de nascimento, portador da 
identidade 113, CPF 114, residente e domiciliado na Avenida Brás Montes, casa 72 – Boa Vista – 
Roraima – CEP 222, vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve 
(endereço profissional completo com CEP), nos autos da ação em epígrafe, movida por Sônica 
Cristina de Almeida, já qualificada, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO, com fulcro no artigo 884 da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 319 do Código de Processo Civil 
(CPC), aplicado ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 e 889 da CLT e artigo 15 do CPC, 
pelos motivos de fato e de direito a seguir explanados: 
 
I – DO RESUMO DA DEMANDA 
Em sede de execução movida pela ex-empregada Sônia Cristina de Almeida contra a empresa, 
Delgado Jornais e Revistas Ltda., e pelo seu não adimplemento, observou-se o direcionamento da 
execução contra os sócios, em especial, Rômulo Delgado Silva, condenando-o ao pagamento de 
diversos haveres trabalhistas, quando já havia se retirado da empresa há 2 anos e 8 meses. 
O sócio foi citado pelo oficial de justiça, e na sequencia teve penhorou o imóvel em que reside com 
sua filha, além de outras consequências, como a multa do artigo 523, §1º, CPC e correção 
monetária. 
 
II. DO DIREITO 
II.I – DA ILEGITIMIDADE DE PARTE 
Conforme observado nos autos do processo, o embargante teve direcionado contra si a execução 
trabalhista movida contra a empresa, Delgado Jornais e Revistas Ltda., e não adimplida. 
No entanto, observa-se que o embargante não pode ter a execução direcionada contra si, pois se 
retirou da sociedade há mais de 2 anos, conforme artigo 1.003, parágrafo único do CCB e artigo 10-
A da CLT, o que confirma a não existência de responsabilidade perpétua dos sócios. 
Desta forma, requer-se a exclusão do embargante frente a presente execução. 
 
II.II – DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA 
O embargante, após ser incluído no polo passivo da presente demanda, em decorrência da 
desconsideração da personalidade jurídica da empresa reclamada, sofreu penhora sobre o seu 
único imóvel, no qual reside com sua filha. 
Isso porque, o artigo 832 do CPC estabelece que são impenhoráveis os bens que a lei assim 
dispuser. Neste sentido, cabe destacar que o legislador conferiu a qualidade de impenhorabilidade 
ao bem de família, sendo o caso do imóvel onde o executado resida, se este for seu único bem, a 
teor do disposto no artigo 1º da Lei 8.009/90. 
Desta forma, necessária se faz a ordem de desbloqueio do bem indevidamente penhorado, por se 
tratar de bem de família do embargante. 
 
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II.III – DA CORREÇÃO MONETÁRIA 
Além dos argumentos acima expostos, nos autos da presente execução, observa-se que a correção 
monetária foi calculada considerando o mês da prestação dos serviços, sendo a sentença, ainda, 
omissa, quanto a estes termos. 
No entanto, conforme Súmula n. 381 do TST, a correção monetária deve ser calculada pelo índice 
do mês seguinte ao da prestação dos serviços, e não considerando o próprio mês, como observado 
no presente caso. 
Desta forma, requer-se uma reanalise da aplicação da correçãomonetária, adequando-a ao índice 
do mês seguinte ao da prestação dos serviços. 
 
II.IV – DA MULTA ARTIGO ART. 523, §1º, CPC 
Na presente execução, o embargante foi surpreendido com a decisão do magistrado em aumentar 
o seu débito em 10%, em razão da aplicação da multa do artigo Art. 523, §1º, CPC. 
No entanto, a decisão do magistrado revela-se equivocada, haja vista que a multa do artigo Art. 
523, §1º, CPC, é indevida no Processo do Trabalho, o qual possui regramento próprio, ou seja, não 
se revela omisso, ao prever prazo para pagamento de 48 horas, sob pena de penhora, conforme 
artigo 880, da CLT. 
Nestes termos, requer-se a inaplicabilidade da multa do art. Art. 523, §1º, CPC, com a consequente 
análise dos presentes cálculos em sede de execução. 
 
III – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS 
Por todo o exposto, requer o recebimento e a procedência dos presentes embargos, de forma que 
sejam acolhidos os argumentos supramencionados para: 
a) Determinar a liberação do bem de família penhorado indevidamente; 
b) Excluir o embargante da presente execução; 
c) Ser alterada a forma de cálculo da correção, adequando-a ao índice do mês seguinte ao da 
prestação dos serviços. 
d) inaplicabilidade da multa do art. 523, § 1º, do CPC, com a consequente análise dos presentes 
cálculos em sede de execução. 
Requer-se a citação do Embargado para que, querendo, apresente defesa no prazo legal. 
Ainda, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. 
O Embargante informa, por fim, que nos termos do artigo 789-A, V, da CLT, no processo de 
execução são devidas custas, as quais são de responsabilidade do executado, mas pagas ao final. 
 
Atribui-se à causa o valor de R$ ... . 
Nesses termos, 
pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado 
OAB Nº... 
 
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3.2 – EMBARGOS DE TERCEIRO. 
 Fundamentação: Artigo 674 a 681, CPC (aplicação subsidiária pelo art. 769 da CLT e supletiva 
segundo o art. 15 do CPC) - A CLT é omissa sobre os embargos de terceiro, motivo pelo qual se 
aplica o CPC. 
 
 Conceito: Os embargos de terceiro é uma medida defensiva daquele que, mesmo sendo estranho à 
relação jurídica formada no processo de execução, sofre constrição ou ameaça de constrição, de 
algum modo, na sua posse ou no seu direito, por força de penhora, arresto, sequestro, venda 
judicial, arrecadação, partilha ou outro ato de apreensão judicial (artigo 674 do CPC). 
Logo, deverá ser oposto por um terceiro que não é parte e nem executado. 
 
 Natureza Jurídica: Tem natureza de ação, sendo incidental ao processo de conhecimento ou 
execução, objetivando o desbloqueio de bens de terceiro. 
Logo, trata-se de uma derivação dos embargos a execução, contudo necessária se faz a qualificação 
das partes, já que não fazem parte do processo e, antes não se manifestaram. 
 
 Competência: Juízo da execução. 
 
 Prazo: No processo de conhecimento poderá se alegar, enquanto não houver trânsito em julgado; 
já em sede de execução, poderá ser ajuizada em até cinco dias a contar da adjudicação / alienação / 
arrematação, sempre antes da assinatura da carta – Artigo 675 do CPC. 
 
 Contraditório: Os Embargos de terceiro possui natureza de ação, por isso, o contraditório se exerce 
por meio de contestação no prazo de 15 dias, conforme artigo 679 do CPC. Nesse sentido, 
querendo, o magistrado poderá instruir para, então, proferir sentença. 
 Recurso frente aos Embargos: Da decisão dos Embargos de Terceiro caberá a interposição do 
recurso de agravo de petição (art. 897, “a” da CLT). 
 
 Estrutura da Peça Prático Profissional: 
 
1. ENDEREÇAMENTO 
Endereçamento ao juízo que determinou a constrição (penhora) 
 
2. NÚMERO DO PROCESSO 
 
3. PREÂMBULO - Embargante - qualificação completa // Embargado - já qualificado, opor 
Embargos de Terceiro com fulcro nos Arts. 674 a 681 do CPC/15, por força do Art. 769, CLT 
e 15 CPC. 
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4. DOS FATOS 
Resumo da demanda. 
 
5. DO DIREITO 
Apontamento das teses jurídicas trazidas pelo enunciado, em sede de execução. 
6. PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS: 
- Procedência dos pedidos; 
- Acolhimento dos embargos; 
- Honorários sucumbenciais; 
- Notificação da parte contrária para apresentar defesa; 
- Informar acerca do pagamento das custas serem pagas ao final; 
- Protesto por provas; 
- Valor da causa; 
- Encerramento. 
Diante do exposto, requer-se: 
a) A distribuição por dependência da presente ação e, apensamento aos autos de nº ...; 
b) Deferimento liminar dos embargos, com a consequente expedição do mandado de 
reintegração, nos termos do artigo 678 do CPC; 
c) A procedência dos embargos visando a restituição do bem, em caráter definitivo.; 
d) Condenação em Honorários Advocatícios, com base no art. 791-A da CLT 
No mais, requer a notificação/citação do embargado, para que, querendo, apresente a sua 
defesa no prazo de quinze dias, sob pena de revelia. 
O Embargante informa, por fim, que nos termos do artigo 789-A, V, da CLT, no processo de 
execução são devidas custas processuais, as quais são de responsabilidade do executado, 
mas pagas tão somente ao final. 
Ainda, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. 
 
Dá-se à causa o valor de R$... 
 
Nesses termos, 
pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado 
OAB Nº... 
 
 
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3.3 – IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO. 
 Fundamentação: A impugnação à sentença de liquidação está prevista no artigo 884, caput, e § 3º, 
da CLT; 
 
 Conceito: Quando tornada líquida a sentença e garantido o juízo terão as partes prazo de cinco dias 
para opor embargos à execução (executado) e impugnação à sentença de liquidação (exequente). 
Na mesma oportunidade serão julgados os embargos e a impugnação a sentença, conforme artigo 
884, §4º da CLT. 
 
Observe a seguinte ordem dos atos processuais: 
 Início da liquidação (art 879, CLT): As partes serão intimadas para apresentação dos 
cálculos, inclusive das contribuições previdenciárias; 
 Prazo para impugnação: Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às 
partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação 
dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão (Art. 879 §2º e § 3º 
da CLT). Nesta situação, a União também será intimada para se manifestar acerca 
das contribuições previdenciárias no prazo de 10 dias. 
 Homologação dos cálculos: A homologação é realizada por meio da chamada, 
sentença de liquidação. Ou seja, o juiz homologa os cálculos, sem a oportunidade 
imediata e sequencial das partes impugná-los, em especial, por tratar-se de uma 
decisão com natureza de interlocutória; 
 Início da execução: A execução, de fato, inicia-se através do MCPA - mandado de 
citação, penhora e avaliação (art 880, CLT); 
 Há prazo de 48 horas para o executado garantir o juízo; 
 Garantida a execução ou penhorado os bens: o executado poderá opor embargos à 
execução, com fulcro no artigo 884, CLT; 
Obs. Dentro dos embargos à execução poderá ser explicitada a tese sobre 
impugnação à sentença de liquidação. 
 Exequente será notificado para apresentar DEFESA aos embargos a execução. No 
mesmo momento, terá prazo para apresentar IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE 
LIQUIDAÇÃO. 
 Ainda que o executado não apresente embargos à execução, ao exequente será 
concedido direito ao contraditório e ampladefesa frente à sentença de liquidação, 
podendo, desta forma, apresentar impugnação à sentença de liquidação. 
 
 Competência: Juízo da execução; 
 
 Prazo: Haverá prazo de 5 dias para impugnação da sentença de liquidação. Neste sentido, observe 
o artigo 884 da CLT: 
 
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Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias 
para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. 
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do 
acordo, quitação ou prescrição da divida. 
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do 
Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção 
das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. 
§ 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de 
liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no mesmo prazo. 
 
 Recurso frente à Impugnação: Da sentença que julga a Impugnação à sentença de liquidação, 
caberá às partes a possibilidade de interpor Agravo de Petição; 
 Estrutura Da Peça: 
 ENDEREÇAMENTO (JUIZ DA EXECUÇÃO); 
 PROCESSO Nº ...; 
 MENÇÃO AO IMPUGNANTE E IMPUGNADO, BEM COMO AO ADVOGADO; 
 VERBO: APRESENTAR - IMPUGNAÇÃO À SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO (ART. 884, §3º DA 
CLT); 
 RESUMO DA DEMANDA; 
 DO DIREITO; 
 DO PEDIDO; 
a) Recebimento e Procedência da impugnação; 
b) Notificação do impugnado para manifestar-se (apresentar resposta) no 
prazo de 5 dias; 
c) As custas processuais serão recolhidas ao final, e pelo executado, nos 
termos do artigo 789-A, VII da CLT. 
d) Protesto por provas; 
e) Valor da causa. 
 ENCERRAMENTO. 
 
 
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3.4 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 
 Fundamentação: A peça em análise não possui nenhum fundamento legal específico por ter origem 
doutrinária. Entretanto, torna-se possível utilizar como fundamento o artigo 5º, XXXV da CF. 
O NCPC traz amparo legal no art. 518 e 803, § único. 
 
 Conceito:Trata-se de uma espécie de defesa em execução utilizada pelo executado para alegar 
matéria de ordem pública, ou seja, vícios na execução, por exemplo, condições da ação, 
pressupostos processuais, prescrição, prescrição intercorrente, e outras matérias relevantes. 
Neste sentido, observa-se o seu cabimento independente da garantia do juízo pelo executado, ou 
seja, é apresentada antes da garantia, inclusive, como forma de evitar que o executado tenha que 
garantir a execução para se defender. 
No entanto, para fins de prova da OAB, após a garantia do juízo, o executado deverá se utilizar dos 
embargos a execução, mas nada impede de no transcorrer do processo a parte se valer da exceção 
de pré-executividade, quando necessário, já que esta não possui prazo. 
Nesta peça processual, a prova deve ser pré-constituída, e da decisão que julgar a exceção de pré-
executividade cabível será a impugnação por meio de agravo de petição. 
 
 Natureza Jurídica: A exceção possui natureza de ação. 
 
 Prazo: Não há prazo específico, podendo ser apresentado ao longo do processo, mas quando 
estiver no “lugar” dos embargos à execução, deve ser apresentado no prazo de cinco dias. 
 
 Estrutura Da Peça: 
 Endereçamento completo (juízo da execução); 
 
 Processo nº ... 
 
 Menção ao excipiente (é o executado já qualificado nos autos); 
 Verbo: Apresentar; 
 
 Identificação da peça: Exceção de Pré-Executividade; 
 
 Fundamentação Legal: artigo 5º, XXXV da CF; 
 
 Resumo da demanda; 
 
 Fundamentação jurídica (em regra, matéria de ordem pública na execução); 
 
 Pedido (Recebimento e Procedência da exceção); 
 
 Requerimento final (intimação do exequente, para manifestação sobre a exceção); 
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 Encerramento. 
 
*OBS.: Não colocar valor da causa. 
 
3.5 – AGRAVO DE PETIÇÃO. 
 Fundamento legal: Art. 897, “a” da CLT; 
 
 Conceito: É o recurso cabível em face da decisão proferida em sede de execução, podendo esta ser 
ou não de mérito. 
No entanto, no agravo de petição deve haver delimitação da matéria e dos valores impugnados, 
isto é, não se admite agravo de petição genérico. 
 
Atenção – Para a prova da OAB, na delimitação dos valores, quando o enunciado não informar 
valores, colocar na delimitação dos valores a expressão: “R$ (...)”. 
 
 Prazo: O prazo para interposição do agravo de petição é de 8 dias, possuindo efeito meramente 
devolutivo, devendo o suspensivo ser requerido por simples petição, nos termos do 1029, § 5º, 
CPC. 
 
 Preparo: Não há que se falar em preparo, quando estiver o juízo garantido (súmula 128, II, TST); 
 
 
 Hipótese de cabimento: 
a) Em face de sentença de Embargos à Execução / Impugnação a Sentença de liquidação / Exceção 
de Pré-Executividade / Embargos de 3º; 
b) Em face de Embargos de Terceiro; 
c) Em face de decisão interlocutória que acolher / rejeitar incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica (Artigo 855-A, parágrafo primeiro, II da CLT) 
 
 Juízo “a quo” – Juiz ou TRT (quando houver decisão de ação de competência originário do TRT) 
 
 Juízo “ad quem” –o TRT, independente se de ação originário do TRT, pois o TST não tem 
competência para julgar agravo de petição. 
 
 Pressupostos Específicos: Exige-se a delimitação da matéria e valores impugnados, pois não se 
admite agravo de petição genérico. 
Obs.: A Súmula n. 416 do TST prevê que não fere direito líquido e certo o prosseguimento da 
execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo, não cabendo, portanto, 
mandado de segurança. 
 
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 Estrutura da Peca Prático Profissional: 
 Endereçamento; 
 
 Número do processo; 
 
 Menção do agravante, agravado e advogado; 
 
 Verbo: interpor; 
 
 Nome da peça e previsão legal: art. 897, “a”, da CLT – Agravo de Petição; 
 
 Menção das razões que seguem em anexo para apreciação do TRT; 
 
 Preparo: Inicialmente, não há depósito recursal, artigo 880 e 884 da CLT, e, caso 
haja modificação no valor da condenação, deverá se realizar complementação no 
pagamento das custas também, conforme artigo 789-A, IV da CLT; 
 
 Notificação do agravado para apresentar contrarrazões ou contraminuta; 
 Menção ao pressuposto específico, delimitação de matéria e valores impugnados - 
Art. 897, §1º da CLT e, se for o caso, súmula 416 do TST. 
 
 Encerramento 
 
--------------------------------------- 
DA MINUTA DO AGRAVO DE PETIÇÃO 
Agravante: .... 
Agravado: .... 
Origem: .... 
Processo nº: ... 
 
Egrégio Tribunal, 
Colenda Turma, 
Nobres Julgadores. 
 
I. DOS PRESSUPOSTOS RECURSAIS 
- Menção ao preenchimento dos pressupostos extrínsecos e intrínsecos, bem 
como acerca da delimitação de matéria e valores, conforme artigo 897, §1º da 
CLT e Súmula n. 416 do TST. 
 
II. Resumo da demanda 
Resumo da demanda. 
 
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III. Do Direito 
Apontamento das teses jurídicas trazidas pelo enunciado, em sede de execução.IV. Da Conclusão 
Requerer o conhecimento, provimento e a reforma da decisão. Observe o modelo de 
conclusão que segue: 
“Diante do exposto, requer-se o conhecimento e provimento do presente agravo de 
petição para que sejam ...” 
 
V. Encerramento 
Nesses termos, 
pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado 
OAB Nº... 
 
Pessoal, nesta aula encerramos o tópico execução, observando as principais peças processuais, 
gostaria que tivessem uma maior atenção a estrutura dos embargos à execução e de terceiros, 
estes já cobrados pela prova da OAB. 
No mais, observem com atenção a sequência processual na fase de execução, já que a OAB 
tem exigido com frequência, através de questões, a identificação de qual meio processual seria 
cabível em determinada situação. 
 
PEÇA PRÁTICA - AUTORAL 
 
 Por fim, proponho para sua resolução, um exercício do Livro ao qual tenho coautoria, Livro de 
Revisão e Treino1, para que vocês possam observar mais uma peça prática, com o seu correlato 
gabarito para fins de análise. Observem: 
 
 
 
 
1 PEREIRA, Leone; CONDE, Maria Eugênia; FERREIRA, Priscila; DE JESUS, Vinicius Mota. Revisão e 
Treino - Caderno de 2ª Fase OAB - Direito do Trabalho. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017. 
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A Churrascaria Movida a Lenha Ltda. foi condenada em Reclamação Trabalhista proposta em 08 de 
janeiro de 2013, por Alfredo de Oliveira, em trâmite perante a 60.ª Vara do Trabalho de Aracaju/SE. 
Na parte dispositiva da sentença, constam os seguintes termos: “Posto isso, julgo procedente o 
pedido, para condenar a Reclamada a pagar ao Reclamante o que se apurar em regular liquidação de 
sentença a título de adicional noturno e de 1 hora extra diária, com respectivos reflexos”. Iniciado o 
cumprimento da sentença, as partes foram intimadas para apresentar cálculos. Ambos apresentaram 
suas contas, tendo o juiz homologado os cálculos apresentados pelo exequente no importe de R$ 
36.000,00 (trinta e seis mil reais). A Executada foi devidamente citada para pagamento, porém se 
manteve inerte. O Reclamante não localizou bens da empresa para satisfazer a execução e, assim, 
requereu a desconsideração da personalidade jurídica, o que restou deferido pelo juiz após a 
conclusão do respectivo incidente, sendo válido ressaltar que as tentativas de localização de bens ou 
valores em dinheiro em nome dos sócios também restaram infrutíferas. Todavia, o Exequente logrou 
êxito em localizar um imóvel de propriedade da ex-esposa de um dos sócios da Churrascaria, a 
Senhora Mariquinha Franco, cujo divórcio e partilha de bens ocorreu em 06 de fevereiro de 2001, 
razão pela qual o Reclamante requereu ao juízo que a penhora recaísse sobre tal bem, o que restou 
deferido pelo Magistrado. 
 
QUESTÃO: Considerando que a Senhora Mariquinha Franco lhe procura como advogado, 
apresentando documento que comprova a data da partilha dos bens, apresente medida a fim de 
defender os interesses de sua cliente, considerando a vigência da reforma trabalhista. 
 
GABARITO 
 ENDEREÇAMENTO COMPLETO. 
 
 PROCESSO NÚMERO. 
 
 DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA. 
 
 QUALIFICAÇÃO COMPLETA DO EMBARGANTE. 
 
 VERBO: PROPOR OU AJUIZAR - EMBARGOS DE TERCEIRO. 
 
 IDENTIFICAÇÃO E PREVISÃO LEGAL DA PEÇA PROCESSUAL. 
 
“Arts. 674 a 681 do CPC, aplicados supletiva e subsidiariamente ao Processo do Trabalho por força 
dos arts. 889 e 769 da CLT e do art. 15 do CPC.” 
 
 QUALIFICAÇÃO COMPLETA DO EMBARGADO. 
 
 
 RESUMO DA DEMANDA. 
 
 
 FUNDAMENTOS JURÍDICOS DOS PEDIDOS – TESES. 
 
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“DA EXCLUSÃO DO POLO PASSIVO 
Conforme exposto acima, a Embargante teve penhorado um bem para satisfação de dívida da 
Reclamada na Reclamação Trabalhista em tela. 
Todavia, a Embargante, por ser tão somente ex-esposa de um dos sócios, não guarda a posição de 
sujeito passivo na execução, que se restringe ao devedor, ao espólio, aos herdeiros ou sucessores 
do devedor, ao novo devedor, ao fiador judicial, ao responsável titular de garantia real e o 
responsável tributário, conforme art. 779 do CPC, aplicado por força dos arts. 889 e 769 da CLT e 
do artigo 15 do CPC. 
Além disso, a sentença faz coisa julgada entre as partes, não podendo se estender em prejuízo de 
terceiros, conforme determina o art. 506 do CPC, aplicado por conta dos arts. 889 e 769 da CLT e 
do artigo 15 do CPC. 
Ademais, não ocorreu nenhuma das hipóteses que caracterizam a fraude à execução, previstas no 
art. 792 do CPC, aplicado subsidiariamente à seara trabalhista por conta dos art. 889 e 769 da CLT 
e do artigo 15 do CPC.” 
 
 PEDIDOS: RECEBIMENTO, REGULAR PROCESSAMENTO E PROCEDÊNCIA DOS EMBARGOS 
DE TERCEIRO E – ACOLHIMENTO DAS TESES. 
“Por todo o exposto, requer o recebimento e regular processamento dos presentes embargos, em 
caráter incidental, com distribuição por dependência ao processo nº ... 
Requer, também, a procedência dos presentes embargos a fim de que seja determinada a exclusão 
da embargante do polo passivo da demanda e a condenação do Embargado em honorários 
advocatícios, com base no art. 791-A da CLT. 
Requer a citação/notificação do Embargado para que, querendo, apresente sua defesa no prazo 
legal. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. 
Nos termos do art. 789-A, V, da CLT, no processo de execução são devidas custas, sempre de 
responsabilidade do executado, mas pagas ao final.” 
 
 REQUERIMENTOS FINAIS. 
 
 VALOR DA CAUSA. 
 
 ENCERRAMENTO. 
 
4 - QUESTÕES – PDF – SEM GABARITO 
Por fim, vamos treinar um pouco de questões da banca FGV? 
Seguem mais algumas questões para o seu treino: 
 
 
 
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Questão 01 – OAB – FGV – Em uma reclamação trabalhista que se encontra na fase de execução, o 
exequente apresentou seus cálculos de liquidação, que foram analisados pelo magistrado e 
homologados, no importe de R$ 10.000,00. Em seguida, o executado foi citado para pagar o valor, 
mas quedou-se inerte. 
O juiz, em razão disso, acionou o sistema Bacen-Jud e conseguiu reter R$ 8.000,00. Dez dias após 
essa retenção, o executado ajuizou embargos do devedor, afirmando que as contas apresentadas 
estariam incorretas e que o valor da dívida seria bastante inferior àquele homologado. 
Diante da situação apresentada e dos dispositivos da CLT, responda às indagações a seguir. 
a) Na condição de advogado(a) do exequente, se você fosse instado(a) a se manifestar sobre os 
embargos, que matéria preliminar sustentaria? Justifique. 
b) Caso os embargos de devedor fossem julgados procedentes, que medida judicial poderia ser 
adotada pelo embargado para reverter a situação? Justifique 
 
Questão 02 – OAB – FGV – Um estudante de Direito, irresignado pelo fato de sua mãe haver perdido 
uma causa trabalhista, estuda com afinco todos os contornos da lide, a doutrina e a jurisprudência 
correlatas durante um ano, findo o qual prepara uma ação rescisória, colhe a assinatura de sua mãe 
na peça e distribui a ação no prazo legal. 
Considerando a situação retratada e o entendimento consolidado do TST, responda aos itens a 
seguir. 
A) Analise a viabilidade da demanda proposta, justificando em qualquer hipótese. 
B) Se a mãe do estudante contratasse um(a) advogado(a) para ajuizar a ação rescisória, como se 
daria a concessão dos honorários advocatícios sucumbenciais? 
 
Questão 03 – OAB – FGV – José de Souza ajuizou reclamação trabalhista

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