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221Caderno de Atividades / Livro do Professor 3ª. série DIVERSIDADE DOS VÍRUS BIOLOGIA 1. Gabarito: c Os vírus apresentam uma estrutura muito simples, sendo constituídos basicamente de uma cápsula proteica e um ácido nucleico (DNA e/ou RNA). Para se multiplicar, os vírus devem replicar seu ácido nucleico e sintetizar as proteínas que formam a cápsula proteica. Para isso, são necessárias moléculas, como ribossomos e enzimas, presentes em células. Assim, os vírus precisam parasitar as células para serem capazes de se multiplicar, sendo considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Os antibióticos tratam somente doenças causadas por bactérias e não por vírus. 2. Gabarito: b Os príons são proteínas infectantes que se instalam, multiplicam-se e formam agregados no tecido nervoso, causando as encefalopatias (encefalites) espongiformes. Atualmente, não há cura para nenhuma doença causada por príons, seja de humanos ou de outros animais. 3. Gabarito: d Os vírus são parasitas obrigatórios acelulares, por isso utili- zam-se de aminoácidos e moléculas de ATP da célula hos- pedeira para sintetizar mais unidades virais. As demais alternativas estão incorretas, pois: os vírus que realizam o ciclo lítico rompem a célula hospedeira somente para liberar vírions, reiniciando o ciclo viral (a); a bipartição é coordenada pelo material genético da célula hospedeira e não dos vírus. A replicação depende da ativação do material genético do vírus na célula, que utilizará a estrutura celular para produzir cópias virais (b); utilizam-se ribossomos, en- zimas e aminoácidos da célula hospedeira para replicarem a estrutura viral, seja com DNA, RNA ou com os dois ma- teriais genéticos, como é o caso dos citomegalovírus (c); o material genético que induzirá a replicação viral provém do próprio vírus (e). 4. a) A enzima transcriptase reversa realiza a síntese de uma molécula de DNA a partir de um molde de RNA. Dessa forma, o DNA produzido é transcrito em moléculas de RNA viral, que são utilizadas para síntese de proteínas virais. b) Os dois ciclos reprodutivos são lisogênico e lítico. No ciclo lisogênico, o DNA viral é incorporado ao DNA da bactéria. Não há alteração imediata no metabolismo bacteriano. Quando a bactéria se reproduz, há duplica- ção de todo o material genético, incluindo o DNA que foi incorporado, levando à formação de novas bactérias com material genético viral. No ciclo lítico, o DNA viral comanda o metabolismo bacteriano, ocorrendo síntese de RNAm a partir do molde de DNA viral. O RNAm viral é responsável pela síntese de proteínas virais na bactéria, levando à formação de novos vírus no interior da célula bacteriana. Em seguida, ocorre lise celular e liberação dos novos vírus formados. 5. Gabarito: b O vírus HIV infecta linfócitos TCD4 e os destrói. Isso ocorre após a conversão da informação existente em RNA (do vírus) para DNA por meio da enzima transcriptase reversa. A nova molécula de DNA formada e inserida no material genético da célula hospedeira permite, quando ela entra em divisão, a formação de novos vírus. Em seguida, o linfóci- to é destruído. Portanto, ao detectar aumento do número de linfócitos, com a utilização de um fármaco, na corrente sanguínea do paciente, é possível concluir que o vírus não está se reproduzindo. Para que isso seja possível, o fármaco deve inibir a transcriptase reversa. Assim, a partir do RNA viral não é possível a formação de uma molécula de DNA para ser inserida no material genético da célula hospedeira e o vírus não se reproduz, e a destruição de linfócitos deixa de ocorrer. 222 3ª. série 6. Gabarito: d As doenças oportunistas aparecem quando a quantidade de linfócitos é muito baixa no organismo, este torna-se debil- itado, o que facilita a entrada e multiplicação de micro-or- ganismos patógenos. As demais alternativas estão incorretas, pois: a quantidade de linfócitos aumenta com o aumento da quantidade de vírus du- rante os dois primeiros anos (a); os sintomas típicos da doença aparecem a partir do oitavo ano, quando se inicia a fase de aids, pois o número de linfócitos está abaixo de 200 por mm3 de sangue (b); o vírus HIV pode ser transmitido em qualquer fase da doença, seja aguda, crônica ou de aids (c); somente os linfócitos CD4 são as células hospedeiras do HIV (e). 7. Gabarito: b Por ser transmitida por gotículas de saliva expelidas pelo es- pirro ou tosse, essa doença é transmitida pelo ar e não ne- cessita de contato direto com um doente. Assim, sua trans- missão torna-se mais fácil, especialmente em locais onde há aglomeração de pessoas, como em ônibus e escolas. 8. Gabarito: c O vírus da dengue é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Esse mosquito coloca seus ovos na água e suas larvas desenvolvem-se nesse ambiente até se tornarem adultas. Temperaturas mais altas favorecem a reprodução desses mosquitos, por isso, no verão, ocorrem mais casos da doença. 9. Gabarito: a Ao se combater os mosquitos, quebra-se o ciclo de transmissão da doença. O ideal é eliminá-los ainda na sua fase larval, as- sim, diminui-se o risco de que as pessoas se contaminem com o vírus da doença, transmitido pelos mosquitos adultos. O ácido acetilsalicílico reduz a agregação plaquetária, aumentando a fluidez do sangue e afetando o processo de coagulação sanguínea, o que pode levar o paciente com dengue a hemorragias e até à morte. As afirmativas III e IV estão incorretas, pois: apenas as fêmeas do mosquito Aedes aegypti são transmissoras do vírus causador da doença. Assim, somente as fêmeas infec- tadas com o vírus são capazes de provocá-la. 10. Gabarito: d A dengue é considerada uma doença prioritária em pro- gramas de saúde no Brasil. Em 2009, foram registrados 529 . 237 casos, sendo que 298 evoluíram para óbito. Existem dois tipos principais de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica dura cerca de uma semana com sintomas como febre, cansaço, dores nas articulações, músculos e olhos e normalmente evolui sem complicações. A dengue hemorrágica inicia com os mesmos sintomas da dengue clássica e, após o quarto ou quinto dia, o paciente começa a apresentar sangramentos. As hemorragias acontecem porque os anticorpos produzidos para combater o vírus da dengue podem destruir também as plaquetas. Essa reação autoimune é mais comum em uma segunda infecção, porém, em casos raros, dependendo do tipo de vírus e da resistência do paciente, a dengue hemorrágica pode ocorrer em uma primeira infecção. Quando alguém se infecta por um sorotipo de dengue, fica imune somente aquele sorotipo específico. Pessoas reinfectadas podem desenvolver com maior facilidade a forma hemorrágica da doença, por isso a descoberta da presença da dengue tipo 4 no Brasil é um alerta importante, que reforça o compromisso comunitário de combate ao mosquito transmissor. As demais alternativas estão incorretas, pois: todos os tipos virais podem levar ao quadro hemorrágico, principalmente em casos de reinfecção (a); o reaparecimento do tipo 4 aumenta as chances de reinfecção, porém isso não ocorre de forma proporcional (25%). A forma hemorrágica da doença, na maioria dos casos, não representa a complicação da dengue clássica (b); novamente há a relação errônea de evolução da dengue clássica para a hemorrágica (c); se alguém entrar em contato com o tipo de dengue que lhe causou a primeira infecção, certamente não desenvolverá a doença, pois estará imune (e). 11. Gabarito: a A febre chikungunya é uma virose que apresenta sintomas parecidos com os da dengue, como febre alta, dores pelo corpo, dor de cabeça, cansaço e manchas avermelhadas na pele. Entretanto, ela não provoca complicações hemorrágicas, sendo menos grave que a dengue. Seu modo de transmissão é igual ao do vírus da dengue, por meio da picada de mosquitos contaminados, que no caso do vírus chikungunya são o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. Esse vírus foi primeiramente identificado em 1950 na Tanzânia,África. Em 2014, foi registrado o primeiro caso no Brasil e, em virtude da alta prevalência dos mosquitos transmissores e ausência de anticorpos para o vírus na população brasileira, a doença tem se espalhado rapidamente pelo país. 12. Gabarito: c Repouso e ingestão de líquidos são formas de amenizar os sin- tomas dessa virose, porém os antibióticos são medicamentos para uso exclusivo no combate às doenças bacterianas. 13. Gabarito: b A descrição do item I refere-se à febre amarela – doença causada por vírus e que pode ser prevenida pela vacinação, erradicação do inseto vetor e isolamento do doente. Essa doença é transmitida por fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e do gênero Haemagogus. 223Caderno de Atividades / Livro do Professor Biologia 14. Gabarito: a A transformação bacteriana ocorre pela incorporação de fragmentos de DNA presentes no ambiente, que podem inclusive pertencer a outras bactérias mortas. As bactérias que recebem o fragmento de DNA ficam com sua constituição genética modificada. Dependendo dos genes adquiridos, podem se tornar resistentes a medicamentos ou a condições ambientais extremas, aumentando suas chances de sobrevivência. 15. Gabarito: b Pelo processo de conjugação, uma bactéria doadora é ca- paz de transferir genes para uma bactéria receptora por meio de seus plasmídeos. Dessa forma, as novas cepas for- madas passam a expressar características antes presentes somente no grupo das doadoras. 16. Gabarito: e Desde 2011, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a venda de antibióticos deve ser obrigatoriamente acompanhada de receita médica em duas vias. A medida associa o uso indiscriminado de antibióticos ao surgimento de superbactérias. A explicação é que podem surgir em uma população de bactérias, que se reproduzem rapidamente, indivíduos resistentes a determinado antibiótico. A introdução do antibiótico provoca, portanto, a morte das bactérias não resistentes, enquanto as resistentes passam a se reproduzir aumentando sua população. Dessa forma, o antibiótico seleciona as bactérias resistentes presentes na população. Aumentando-se a dose do antibiótico, novamente apenas as bactérias geneticamente resistentes àquela dose sobreviverão, multiplicando-se e formando linhagens cada vez mais resistentes ao antibiótico. As demais alternativas estão incorretas, pois: não são os antibióticos que provocam mutações, elas ocorrem ao acaso, podendo gerar características favoráveis ou não ao indivíduo (a); além disso, os antibióticos não induzem a formação de novas espécies por alterações metabólicas (b); não interferem no sistema imunológico e, consequen- temente, não reduzem a capacidade de defesa do corpo (c); não induzem a geração de linhagens resistentes, eles atuam inibindo o desenvolvimento de bactérias (d). 17. Gabarito: d As bactérias são amplamente utilizadas para procedimentos biotecnológicos, por meio da técnica do DNA recombinante, em que pedaços de DNA de um organismo podem ser inseridos em outros, sem perda da funcionalidade. Bactérias são organismos de fácil manipulação e estocagem, além da rápida reprodução, por isso seu uso é tão comum. Atualmente, existem bactérias transgênicas, transformadas em laboratório, que possuem o gene humano para a síntese de insulina, não sendo mais necessário extraí-la de porcos ou bois, como era feito antigamente, constituindo um exemplo de produção de proteína humana realizada por bactérias. REINO MONERA: ORGANISMOS PROCARIONTES REINO PROTISTA: PROTOZOÁRIOS E ALGAS 18. Gabarito: a Se essas amebas forem cultivadas em um meio de cultura que contenha antibióticos capazes de atravessar a membrana plasmática, esse medicamento pode matar as bactérias endossimbióticas e fazer com que a ameba morra depois de um tempo. As demais afirmativas estão incorretas, pois: embora não apresente retículo endoplasmático nem sistema golgiense, mitocôndrias ou centríolos, a ameba consegue sintetizar proteínas e realizar divisão celular (I); a energia produzida pelas bactérias endossimbióticas presentes no interior da ameba é disponibilizada na forma de moléculas de ATP, que ficam disponíveis no citosol (II); as bactérias encontradas no interior dessa ameba não atuam como parasitas. A relação é de protocooperação entre as bactérias endossimbióticas e a ameba (III). 19. Gabarito: d A Giardia lamblia é um protozoário flagelado que causa a giardíase, uma parasitose que atinge o intestino humano, provocando, entre outros sintomas, fortes diarreias. Os pro- tozoários pertencem ao Reino Protista (Protoctista). 20. Gabarito: a A Entamoeba histolytica é um protozoário sarcodíneo que causa uma doença conhecida como amebíase. Sua transmissão se dá pela ingestão de cistos da ameba em alimentos e água contaminados. O protozoário Toxoplasma gondii é o causador da toxoplasmose, doença transmitida pela ingestão de cistos do protozoário provenientes do solo ou areia contaminados por fezes de gatos infectados, ou pela ingestão de cistos presentes em carnes infectadas cruas ou mal cozidas. 224 3ª. série A giardíase causada pelo flagelado Giardia lamblia também é transmitida pela ingestão de cistos presentes no solo, água ou alimentos contaminados. Já o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, é transmitido pelas fezes do barbeiro e entram em contato com a corrente sanguínea do ser huma- no quando este é picado pelo inseto. 21. Gabarito: b As características citadas são típicas da tripanossomíase americana, popularmente conhecida como doença de Chagas. Essa infecção é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, cujo vetor é um inseto hematófago conhecido por barbeiro. A contaminação se dá por meio do contato com as fezes do barbeiro contendo o parasita, que penetra no local da picada do inseto ou por outras lesões na pele. Por meio da circulação, as larvas migram para o músculo cardíaco humano (miocárdio), onde se desenvolvem e se reproduzem sexuadamente. A doença causa insuficiência cardíaca. 22. a) O agente causador da doença de Chagas é o protozoário Trypanosoma cruzi, o vetor é um inseto hemíptero denominado barbeiro, responsável pela transmissão dos protozoários de uma pessoa para outra. Um inseto barbeiro contaminado pica uma pessoa, geralmente durante a noite, e enquanto suga seu sangue defeca no local simultaneamente. Os protozoários presentes no seu trato intestinal são depositados sobre a pele da pessoa, que, ao coçar a lesão causada pela picada, leva-os para sua corrente sanguínea involuntariamente, ocorrendo assim a infecção. b) A parasitose pode ser causada ao consumir garapa ou açaí contaminado com as fezes do vetor, ou mesmo com restos do próprio inseto contaminado, que pode ser esmagado durante o preparo desses alimentos. Os protozoários podem acabar entrando no trato digestório das pessoas, penetrando posteriormente na corrente sanguínea. As medidas que podem ser tomadas para que a transmissão não ocorra ao consumir esses alimentos consistem em evitar a presença dos vetores no local de preparação, lavando-os cuidadosamente antes de sua utilização, fervendo-os ou pasteurizando-os antes do consumo. 23. Gabarito: b O Trypanosoma cruzi é um protozoário e, por sua natureza microscópica, não pode ser capturado. 24. Gabarito: d O tratamento de esgotos não é uma medida que reduz a transmissão da doença de Chagas. Os insetos vetores são percevejos hematófagos conhecidos como barbeiros, chupanças ou procotós. Eles podem se infectar com o Trypanosoma cruzi ao sugar o sangue de animais silvestres, como macacos, gambás, tatus e capivaras, contaminados. No intestino do percevejo, que é o hospedeiro intermediário, o T. cruzi se reproduz. As formas de transmissão da doença são: pela picada do inseto seguida de contato das fezes deste com a corrente sanguínea da vítima, de mãe para filho pela placenta (congênita) ou pela amamentação; pela ingestão de alimentos ou bebidas (comoaçaí e caldo de cana) contaminados com fezes de barbeiros infectados; e através de transfusões de sangue contaminado. Medidas para reduzir a transmissão da doença seriam, portanto, o combate ao barbeiro; a substituição de casas de barro (nas quais os insetos se escodem nas frestas das paredes) por casas de alvenaria; higienização de alimentos que possam conter os insetos; e o controle do sangue usado nas transfusões (evitando o uso de sangue contaminado). 25. a) O agente etiológico da malária é o protozoário do gênero Plasmodium sp. O vetor da malária é o mosquito Anopheles sp. b) O tratamento com radiação mata as células do protozoário, tornando-o inativo e incapaz de provocar a doença. Porém, como a produção de anticorpos ocorre com a identificação da superfície externa do patógeno, essas células mortas atuam como antígenos indutores da produção de anticorpos, formando células de memória imunológica específicas contra o Plasmodium. 26. Gabarito: b Quando picado pela fêmea do mosquito Anopheles sp. (V), o indivíduo II passará pelos mesmos processos que estão ocorrendo no indivíduo I. Quanto às demais alternativas: o ciclo representado por IV, ou seja, a reprodução assexuada dos trofozoítos de Plasmodium sp., ocorre dentro dos eritrócitos, as células vermelhas do sangue (a); V são sempre mosquitos fêmeas, uma vez que os machos dessa espécie não se alimentam de sangue (c); em V, são encontrados os gametas, oocistos e os esporozoítos e, em I, são encontrados os trofozoítos e os merozoítos (d). 27. Gabarito: b A alta temperatura do cozimento dos alimentos mata os cistos do parasita, evitando a contaminação, caso sejam ingeridos. As demais afirmativas estão incorretas, pois: o agente etiológico da toxoplasmose é o protozoário Toxoplasma gondii e o agente transmissor abrange a maioria dos 225Caderno de Atividades / Livro do Professor Biologia animais de sangue quente, como bois, porcos, carneiros, cabras, aves e, principalmente, gatos; a contaminação dos animais se dá pelo contato com fezes contaminadas pelos cistos e não por penetração das larvas pela pele. 28. Gabarito: d A hanseníase é uma doença causada por bactéria, transmitida por contato direto, e a leishmaniose é causada por protozoário e transmitida pela fêmea do mosquito-palha (Lutzomyia sp.), ambas são caracterizadas por causar danos à pele. Já a dengue e a febre amarela são doenças causadas por vírus, transmitidas por intermédio do mesmo vetor, a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Enquanto a esquistossomose é causada por platelminto, a as- caridíase é causada por nematelminto e ambas são verminoses. 29. Gabarito: c A febre amarela e a dengue são doenças causadas por vírus e a malária é causada por protozoário (Plasmodium). Todas essas doenças são transmitidas por meio da picada de mosquitos. Atualmente, existe vacina apenas para a pre- venção da febre amarela. 30. Gabarito: c A cólera é uma doença causada pela bactéria Vibrio cholerae, e seu contágio ocorre por ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias presentes em dejetos fecais. Portanto, para preveni-la é necessário higienizar bem os alimentos e ferver a água antes de bebê-la. O mal ou doença de Chagas é causado por protozoários presentes nas fezes do barbeiro. Assim, o combate ao inse- to é a principal medida preventiva contra a doença. A esquistossomose é uma verminose causada pelo platelminto Schistosoma mansoni. É transmitida pela penetração da larva do verme pela pele de indivíduos que entrem em contato com rios e lagos onde habite o caramujo Biomphalaria, hospedeiro intermediário da doença. O caramujo, por sua vez, contamina-se em seu hábitat quando este recebe fezes de pessoas infectadas com o verme. Por isso, o combate ao caramujo e o saneamento básico são medidas preventivas importantes contra essa doença. A teníase é causada pelo platelminto Taenia sp. e é transmitida pelo consumo de carnes de porco ou boi mal cozidas. Esses animais contaminam-se ao ingerir ovos de tênia presentes nas fezes de pessoas contaminadas. Assim, para prevenir essa doença, é necessário cozer bem as carnes antes de consumi-las e investir em saneamento básico, para que os animais não se contaminem e transmitam a doença. REINO FUNGI: FUNGOS 31. Gabarito: b As afirmativas II e IV são incorretas, pois: a parede celu- lar da maioria dos fungos pode apresentar alguns polis- sacarídeos, como manas, galactanas, quitina ou o amino- ácido cisteína. A celulose é uma característica de parede celular de vegetais; entre os diferentes grupos de fungos, podem ser observados exemplares com reprodução sexua- da e outros com reprodução assexuada. 32. a) Os fungos possuem parede celular composta de quitina revestindo suas células, já as células animais são des- tituídas de qualquer tipo de parede celular. Tanto as células vegetais quanto as células fúngicas possuem parede celular, porém elas se diferenciam quanto à composição química. As vegetais são com- postas por celulose, enquanto as fúngicas, por quiti- na. Outra diferença também está nas substâncias de reserva encontradas nessas células, a célula vegetal reserva amido, enquanto a célula dos fungos reserva glicogênio. E a maioria das células vegetais possui clo- roplastos (organelas citoplasmáticas responsáveis pela fotossíntese), inexistente nos fungos. b) Os fungos são muito importantes para a manutenção do equilíbrio ecológico do planeta, pois atuam como decompositores, reciclando a matéria orgânica na natureza. Na indústria farmacêutica são responsá- veis pela produção de antibióticos, como a penicilina. São largamente usados na indústria alimentícia, na produção de pães e em alguns tipos de queijos. E por realizarem fermentação alcoólica, são utilizados na fabricação de alguns tipos de bebidas alcoólicas, como o vinho, e também são utilizados na produção do etanol. 33. a) Os fungos são organismos heterótrofos que podem obter nutrientes basicamente de dois modos: por meio da decomposição de matéria orgânica ou ao parasitar outros organismos. Quanto ao primeiro, os fungos utili- zam-se da matéria orgânica proveniente de organismos mortos para sua nutrição, atuando como importantes agentes decompositores e auxiliando na reciclagem da matéria. Com relação ao segundo, os fungos podem retirar seus nutrientes de outros organismos vivos, pre- judicando-os e, muitas vezes, causando-lhes doenças. 226 3ª. série b) Os fungos liberam esporos para sua dispersão no ambiente. Esses esporos, produzidos por meiose, germinam ao encontrar condições adequadas ao seu desenvolvimento e, por sucessivas mitoses, originam várias hifas, que constituem o micélio. 34. Gabarito: e Os fungos não produzem seu próprio alimento, eles obtêm seus nutrientes de maneira heterótrofa, absorvendo-os do meio onde vivem ao decompor a matéria orgânica. Por isso, eles são representados nas cadeias alimentares como de- compositores. Assim como nos animais, sua substância de reserva é o glicogênio. Além disso, os fungos podem reproduzir-se assexuadamente por brotamento (unicelulares) ou alternar fases sexuadas e assexuadas de reprodução (pluricelulares). 35. Gabarito: e Os fungos são capazes de sintetizar proteínas e carboidratos, utilizando-se da energia e matéria provenientes de sua alimentação heterótrofa. 36. Gabarito: c O fermento biológico é constituído por fungos unicelulares chamados leveduras, da espécie Saccharomyces cerevisiae. Esses fungos realizam a fermentação alcoólica produzindo, a partir da degradação da glicose, álcool etílico (etanol) e gás carbônico. Além da panificação, as leveduras também são utilizadas na fabricação de bebidas, como vinho e cerveja. 37. Gabarito: c Os liquens são associações de um fungo (heterótrofo) ascomiceto (na maioria das vezes) com algas verdes ou cianobactérias. A alga é o organismo autótrofo que realiza fotossíntese e, assim, fornece matéria orgânica para o fungo. O fungo, por sua vez, auxiliana absorção de água e de sais para a alga. 38. Gabarito: c As afirmativas III e V estão incorretas, pois: a fixação de nitrogênio atmosférico ocorre principalmente por meio de bactérias que se associam a raízes de diversas plantas, como as do genero Rhizobium, que se associam às raízes de leguminosas. As micorrizas são associações mutualísticas entre plantas e fungos, em que as plantas fornecem glicose para os fungos, e estes fornecem água e nutrientes inorgânicos para as plantas; o Reino Monera apresenta apenas organismos unicelulares e que, com exceção dos ribossomos, não apresentam organelas citoplasmáticas. Bactérias e cianobactérias são integrantes desse grupo. 39. Gabarito: c Os fungos não possuem tecidos verdadeiros como as plantas. Ambos os organismos possuem células contendo parede celular, mas diferem quanto à sua composição. Nas plantas, essa parede é composta de celulose e, nos fungos, de quitina. Quanto à obtenção e ao armazenamento de energia, o fazem de maneira completamente diferente. Os fungos são organismos heterótrofos e obtêm energia por meio da absorção de matéria orgânica e reservam glicogênio em suas células. Já as plantas são autótrofas, possuem a capacidade de produzir energia por meio da fotossíntese, para isso possuem cloroplasto, convertendo energia luminosa em energia química, além de apresentarem amido como substância de reserva em suas células. REINO PLANTAE: METAPHYTA 40. Gabarito: e I. Fungos. Parede celular de quitina e digestão extra- corpórea. II. Bactérias. Material genético disperso no citoplasma e presença de plasmídeos dispersos no citosol. III. Vírus. Cápsula proteica envolvendo o material genético, podendo ser DNA ou RNA. IV. Vegetais. Multicelulares, presença de tecidos e autótrofos. 41. Gabarito: a As angiospermas são as plantas que apresentam flores e, consequentemente, frutos. 42. Gabarito: c As plantas apresentam embrião retido no gametângio feminino, além de gametângios revestidos por células estéreis. Ao longo da evolução, o primeiro grupo de plantas que surgiu, a partir de um ancestral comum com as algas verdes, é o das briófitas. São as plantas com organização corporal mais simples. Não apresentam vasos condutores de seiva, o que limita a distribuição de nutrientes pelo corpo. Essas plantas apresentam a fase gametofítica duradoura e, portanto, esporófito efêmero. Pode-se dizer que o esporófito é dependente do gametófito. Em seguida, surgiram as pteridófitas, que, como as briófitas, não apresentam semente. Porém, apresentam vasos 227Caderno de Atividades / Livro do Professor Biologia condutores de seiva, o que permitiu o aumento do corpo do vegetal – tornando-os mais complexos. Esses dois grupos vegetais, briófitas e pteridófitas, podem ser classificados como criptógamas, porque não apresen- tam órgãos reprodutivos evidentes. Então, surgiram as gimnospermas, plantas que, em geral, apresentam grande porte e é o primeiro grupo a desenvolver sementes, mas na ausência de flor/fruto. As sementes per- mitiram melhor dispersão pelo ambiente terrestre, uma vez que o embrião permanece protegido e com reserva nutri- tiva. Por último, surgiram as plantas com flores e frutos, as angiospermas. Essa estrutura conferiu proteção à semente e permitiu ampla dispersão, uma vez que funciona como atrativo para animais, que, ao ingerirem o fruto, espalham-na. 43. Gabarito: d As características indicadas no cladograma representam aquisições evolutivas compartilhadas apenas pelos grupos representados nos ramos acima delas. A presença de va- sos condutores de seiva, por exemplo, ocorre nos grupos 2, 3 e 4. As sementes estão presentes nos grupos 3 e 4. Flores e frutos surgiram apenas no grupo 4. Assim, o núme- ro 3 corresponde ao grupo das gimnospermas, plantas que apresentam vasos condutores e sementes, enquanto o número 4 corresponde ao grupo das angiospermas, plantas que possuem flores, sementes envoltas em frutos e vasos condutores de seiva. O número 1 diz respeito às briófitas, plantas sem vasos condutores de seiva, e o número 2 cor- responde às pteridófitas, dotadas de vasos condutores de seiva, mas sem sementes, flores e frutos. 44. Gabarito: d As briófitas, por serem plantas criptógamas avasculares, não possuem vasos condutores de seiva, portanto não apresentam os tecidos xilema e floema. 45. Gabarito: d Por ser o primeiro grupo a apresentar clorofila a e b, A representa o grupo das algas verdes (clorófitas). B representa as briófitas, que apresentam ciclo reprodutivo com alternância de gerações. Assim, no gametófito - forma duradoura das briófitas - ocorre a junção dos gametas, formando um embrião. Este desenvolve-se no esporófito, estrutura que libera esporos, que, ao germinar, formam novos gametófitos. C é o primeiro grupo a apresentar vasos condutores e, portanto, corresponde às pteridófitas. Em virtude dessa característica, as plantas a partir de pteridófitas são denominadas traqueófitas. D apresenta como novidade evolutiva as sementes, repre- sentando as gimnospermas. Plantas com essa característi- ca são denominadas espermatófitas. E apresenta flores e frutos como estrutura reprodutiva e de dispersão de sementes, respectivamente, correspondendo às angiospermas. 46. Gabarito: c As afirmativas II e IV são incorretas, pois: tanto as briófitas como as pteridófitas dependem de água do meio ambiente para a fecundação. Apenas a partir das gimnospermas é que se verifica uma total independência do meio líquido para a fecundação; as pteridófitas não apresentam grãos de pólen. 47. Gabarito: c O pinheiro-do-paraná é uma gimnosperma, planta vascular com sementes nuas, isto é, desprovidas de frutos. Já o jequitibá diferencia-se do pinheiro por ser uma angiosperma, cuja principal característica é a presença de flores como estruturas reprodutivas e de sementes contidas em frutos. 48. Gabarito: b O pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) é uma gim- nosperma. Portanto, essa planta apresenta: - vasos condutores de seiva (traqueófita) - I; - presença de sementes (espermatófita) - III; - semente formada após a fecundação, contendo o embrião (embriófita) - IV. 49. Gabarito: c As briófitas são plantas avasculares representadas pelos musgos e hepáticas. As pteridófitas são plantas vasculares, mas que não apresentam flores, frutos ou sementes. Nesse grupo de vegetais, são encontrados as samambaias, as avencas, os xaxins, etc. No grupo das gimnospermas, são encontrados representantes com sementes, mas sem flores e frutos. São exemplos de gimnospermas: araucárias, ciprestes, pinheiros, sequoias, ginkos, etc. As angiospermas, grupo dividido entre monocotiledôneas e dicotiledôneas, são plantas que apresentam flores (geralmente vistosas), frutos e sementes. Como exemplos, têm-se: rosa, milho, acerola, capim, etc. 50. Gabarito: e A alternância de gerações é comum a todas as plantas e algumas espécies de algas. O gametófito (haploide) produz gametas que se unem pela fecundação, originando o esporófito, que é diploide. O esporófito, por sua vez, produz REINO PLANTAE: METAPHYTA 228 3ª. série novos gametas ou esporos (haploides), que originarão um novo gametófito. Plantas mais evoluídas possuem a fase esporofítica como mais duradoura. 51. Gabarito: d (1) representa os gametófitos haploides da planta, que produzem os gametas (2). Estes, ao fundirem-se, formam um zigoto diploide (3), que se desenvolve num esporófito também diploide (4). Por meiose, o esporófito origina esporos haploides (5), que, ao germinarem, originam novos gametófitos, recomeçando o ciclo. 52. Gabarito: d Os órgãos sexuais diferenciados são arquegônio e anterí- dio, que produzem, respectivamente, oosfera e anterozoide. Os dois órgãos sexuais são originados no gametófito. As demais alternativas estão incorretas, pois: na maioria das pteridófitas, os gametófitos são fotossintetizantes, não dependendo nutricionalmente do esporófito (a); o esporófito é o corpo vegetativo,caracterizando a fase mais desen- volvida da vida desse grupo de plantas, sendo, portanto, diploide. A haploidia corresponde ao gametófito após a mei- ose dos esporângios (b); o encontro dos gametas (oosfera e anterozoide) ocorre no arquegônio. O anterozoide flagelado necessita de água para alcançar o arquegônio, onde encon- tra a oosfera, que, fecundada, origina um zigoto (c). 53. Gabarito: e As estruturas utilizadas na decoração são estróbilos femininos de Gimnospermas – estruturas relacionadas à reprodução. Nelas, há formação da oosfera, que, ao ser fecundada, originará o embrião (2n). Assim, haverá a formação da semente. HISTOLOGIA VEGETAL: OS TECIDOS VEGETAIS 54. Gabarito: e A Monotropa uniflora (planta fantasma) é uma planta que apresenta aspecto esbranquiçado porque não possui cloro- fila. Ela sobrevive parasitando outros seres vivos, dos quais retira os nutrientes para a sua sobrevivência. Como todos os vegetais, essa planta, além de ser pluricelular, apresenta parede celular composta por celulose e armazena amido como substância de reserva. Sua principal diferença é não apresentar clorofila, sendo, portanto, heterotrófica. 55. Gabarito: b Estruturas como arquêntero, carioteca, axônio, dendrito e endométrio são encontradas em animais. As demais podem ser encontradas em vegetais. 56. a) A imagem apresenta células com formato retangular com grandes vacúolos internos, características de cé- lulas vegetais. b) Em 1, pode-se observar a parede celular celulósica, responsável por revestir e conferir proteção e rigidez à célula vegetal. Apontados por 2, têm-se os cloroplastos, organelas que contêm a clorofila e são responsáveis por captar a energia solar e transformá-la em energia quí- mica, por meio da fotossíntese. 57. Gabarito: b A celulose é um polímero vegetal que tem como base prin- cipal a glicose. A função da celulose para as plantas é es- trutural, conferindo rigidez à parede celular. Como a parede celular está presente nas células vegetais, encontraremos a celulose em todos os órgãos. 58. Gabarito: a As afirmativas II e IV estão incorretas, pois: a protoderme é um tecido meristemático primário que origina a epiderme. Está presente durante o crescimento primário; a epiderme pode ser encontrada em diferentes regiões da raiz e não apenas na zona de multiplicação ou divisão celular. 59. Gabarito: d A epiderme garante ao vegetal uma maior proteção contra a desidratação, por impedir a liberação de água por evaporação. 60. Gabarito: d A glicose é um monossacarídeo sintetizado durante a fo- tossíntese, que ocorre no parênquima clorofiliano das folhas dos vegetais. O amido é formado no parênquima amilífero pela polimerização dessa glicose, que é transportada até esse tecido pelo floema. 61. a) O tecido de revestimento forma-se a partir da protoder- me e o tecido de preenchimento, a partir do meristema fundamental. b) Colênquima: células vivas que possuem parede celular impregnada por celulose. Esclerênquima: células mor- tas que possuem parede celular impregnada por lignina. c) Entre as funções do vacúolo, podem-se citar: regulação da entrada e saída de água das células vegetais, partici- pação no controle osmótico, armazenamento de água e nutrientes (vitaminas, proteínas, sais minerais, açúcares, ácidos orgânicos), armazenamento de toxinas. 229Caderno de Atividades / Livro do Professor Biologia 62. Gabarito: d O xilema é responsável pela condução de água e sais minerais (seiva bruta ou inorgânica) das raízes até as folhas, nas plantas vasculares. Já o floema é responsável por conduzir a seiva orgânica (ou elaborada), contendo glicose, produto da fotossíntese, das folhas até as raízes. A transpiração, ou seja, perda de água na forma de vapor, ocorre através dos estômatos, quando estão abertos – o que é importante para o transporte da seiva inorgânica. 63. Gabarito: b Os tecidos condutores são representados pelo xilema, que conduz seiva bruta (I) e apresenta vasos xilemáticos e tra- queídes, e floema (II), que apresenta elementos crivados (III) e conduz seiva elaborada (IV). 64. Gabarito: e As plantas produzem, quase que continuamente, produtos orgânicos pelas folhas, formando a seiva elaborada (água e açúcar). Essa seiva flui pela planta sob pressão, e não sob tensão como a seiva bruta (água e sais minerais). Os insetos afídeos (pulgões), sugadores da seiva elaborada de algumas plantas, inserem seu aparelho bucal picador no floema da planta e a pressão da seiva faz com que ela atravesse o tubo digestório do inseto e saia pelo ânus. HISTOLOGIA VEGETAL: OS TECIDOS VEGETAIS ORGANOLOGIA E FISIOLOGIA VEGETAL: ÓRGÃOS DA NUTRIÇÃO 65. a) No esquema, está representada a zona pilífera da raiz. b) Na via simplasto (A), a água e os sais minerais mo- vimentam-se de uma célula a outra, atravessando o citoplasma das células epidérmicas (região dos pelos absorventes), corticais e endodérmicas até atingir o xilema. A via apoplasto (B) é uma via contínua de es- paços entre as células pela qual a água e os sais fluem livremente desde a epiderme, passando pelo córtex até atingir a endoderme. c) A camada Y é chamada de endoderme. As estrias de Caspary bloqueiam a passagem de água e sais minerais, impedindo o retorno da seiva bruta. Desse modo, quando os pelos epidérmicos realizam a absorção, essas subs- tâncias penetram no cilindro central para atingirem os vasos lenhosos do xilema. Durante esse trajeto, a seiva deve atravessar o citoplasma das células da endoderme, ou seja, passar por dentro das células (via simplasto) e não entre elas (via apoplasto). Com o bloqueio realizado pelas estrias, a endoderme controla o movimento de sais minerais que penetram no cilindro central da raiz e che- gam ao xilema, sem retornar ao córtex. 66. Gabarito: d Como os solos dos manguezais são pobres em oxigênio, algumas plantas desses ecossistemas apresentam raízes pneumatóforas, que auxiliam a processar a aeração do vegetal, por meio dos pneumatódios, pequenos orifícios por onde o ar pode entrar. 67. Gabarito: a A observação das flores apresentadas na figura indica que a planta é uma dicotiledônea. Essas plantas apresentam raízes do tipo axial ou pivotante. As alternativas III e IV estão incorretas, pois: os feixes líberolinhosos nas dicotiledôneas estão dispostos regularmente em volta do cilindro central; o caule desses vegetais apresenta meristemas secundários e, portanto, crescimento secundário (em espessura). 68. Gabarito: a Os espinhos são modificações foliares que, além de prote- ger a planta contra predadores, atuam reduzindo a perda de água pelo vegetal, pois reduzem a superfície foliar. Essas estruturas são comuns nos cactos, por exemplo, plantas de ambientes áridos. Os tricomas também atuam evitando a transpiração excessiva do vegetal, pois reduzem o contato direto da superfície foliar com o ambiente externo. 69. Gabarito: d Xerófilas: são plantas com adaptação para suportar am- bientes secos, sobrevivendo com quantidade reduzida de água. Em geral, possuem estruturas adaptadas para ar- mazenar água, como caules grossos, as folhas geralmente são reduzidas a espículos ou carnosas recobertas por uma grossa cutícula, estruturas que evitam perda de água para o ambiente. Apresentam raízes grandes para maior eficiência na captação de água. Higrófilas: são plantas adaptadas a ambientes que possuem água em abundância. Possuem raízes pequenas e folhas largas, o que facilita a transpiração, com cutícula fina. Tropófilas: plantas adaptadas a variações periódicas e acen- tuadas de umidade, temperatura e exposição ao sol. Estão presentes em locais em que há estações bem definidas, perdendo suas folhas na estação seca e fria. Apresentam, em geral, pequeno porte, galhos retorcidos, folhas grossas, raízes profundas. São características do Cerrado brasileiro. Aciculifoliadas: são plantas que apresentam folhas em 230 3ª. série forma de agulha, uma adaptação que influencia numa menor transpiração. Característicadas folhas presentes em pinheiros, plantas típicas de clima subtropical. Latifoliadas: são plantas com folhas largas, que permitem grande transpiração, normalmente encontradas em ambi- entes úmidos. Caducifólias: são plantas que perdem suas folhas na época seca e fria do ano, para não perder água, auxiliando na reposição dos nutrientes do solo. São comuns em florestas temperadas. 70. Gabarito: d A osmose corresponde à difusão de água através de uma membrana semipermeável, o que ocorre em especial de uma solução hipotônica (menos concentrada) para uma hipertônica (mais concentrada). A adição de sal ao solo aumenta a concentração osmótica da solução aquática do solo. Dessa forma, a água perde a tendência de entrar pelas raízes por osmose, e a planta terá dificuldades para absor- ver água. 71. Gabarito: d A teoria da coesão-tensão ou teoria de Dixon explica como a seiva bruta é transportada no interior dos vasos do xilema até as folhas. As moléculas de água apresentam coesão entre si, o que permite que se mantenham unidas e sejam puxadas para cima no corpo da planta pela força de sucção proveniente da evapotranspiração da água pelas folhas. 72. Gabarito: c Como as moléculas de água mantêm-se coesas, quando a água sai do vegetal pela transpiração, suas moléculas puxam a coluna de água dentro da planta, fazendo com que ela seja transportada das raízes até as folhas. 73. Gabarito: b Os estômatos são formados, principalmente, por duas células (com formato de grão de feijão) chamadas de células-guarda e o espaço existente entre essas células é denominado ostíolo. O ostíolo permite as trocas gasosas influenciando os processos de fotossíntese, respiração e transpiração da planta. Quanto mais túrgida se encontram as células-guarda, maior a abertura do ostíolo, se, ao contrário, houver perda de água, ocorre o fechamento do ostíolo. Existem quatro fatores principais que influenciam a abertu- ra dos estômatos: concentração de K+, suprimento hídrico, luminosidade e concentração de gás carbônico. Os íons K+ atuam diretamente como reguladores da abertura estomática. O aumento de íons K+ permite maior absorção de água pelas células-guarda, deixando o ostíolo aberto. Assim, quando o ostíolo está aberto, há maior concentração de íons K+, fato que se observa na condição II. Baixas concentrações de gás carbônico induzem a abertu- ra dos estômatos, que se fecham quando a concentração desse gás se eleva (condição I), situação que normalmente indica a falta de luz. A maioria das plantas fica com os estômatos abertos durante o dia, usando o período de luz disponível para a realização da fotossíntese. O fechamento dos estômatos evita a perda de água desnecessária. Em situações de falta de água, a planta também fecha os estômatos, mesmo que haja luz disponível e baixa concentração de CO2. Assim, podemos concluir que, em I, as células estão plasmolisadas, provavelmente em ambiente escuro, com alta concentração de gás carbônico e baixa concentração de íons K+. Na situação II, as células estão túrgidas pelas altas concen- trações de K+, em ambiente claro, permitindo a entrada de gás carbônico para a fotossíntese. 74. a) Na presença de luz (fator ambiental), ocorre entrada de potássio para as células-guarda dos estômatos, ocasio- nando a turgescência da célula e levando à abertura do ostíolo. Esse processo também ocorre quando há baixa concentração de gás carbônico na célula. b) A oxidação de substâncias orgânicas para gerar energia ocorre por meio da respiração celular. Resumidamen- te, esse processo envolve o rompimento das ligações da glicose, gerando gás carbônico, água e energia, na forma de ATP. 75. A equação (1), da fotossíntese, expressa em linguagem química o que os versos de Caetano Veloso descrevem poeticamente. A “Luz do sol” representa a fonte de ener- gia para que ocorra a fase fotoquímica da fotossíntese. A folha absorve (traga) energia luminosa e outros compostos inorgânicos do ambiente, transformando-os (traduz) em oxigênio e glicose, na fase química da fotossíntese. A gli- cose será utilizada como fonte de energia para o metabolis- mo da planta e para a manutenção da vida como um todo (verde novo, folha, graça, vida). 76. Gabarito: c Há três fatores que influenciam a velocidade da fotossín- tese: luminosidade, concentração de CO2 e temperatura. Entretanto, os fatores determinantes são a concentração de CO2 e a luminosidade, uma vez que, sem eles, a fotossín- tese nem mesmo ocorre. 77. Gabarito: a A clorofila presente nas plantas, principalmente nas folhas, não absorve a cor verde e, por isso, a reflete, é o que os olhos humanos conseguem perceber. A clorofila absorve principalmente a cor entre os comprimentos de onda laranja e vermelho. 231Caderno de Atividades / Livro do Professor Biologia No período I, seria possível enxergar a cor verde, pois ela é praticamente toda refletida pela planta. Nesse período, a taxa fotossintética é muito reduzida ou nula. No período II, a pessoa visualizaria as folhas muito escuras, enegrecidas, uma vez que o comprimento de onda ao qual elas estão expostas é praticamente todo absorvido pela planta para realizar a fotossíntese, o que faz com que a taxa fotossintética seja alta. 78. Gabarito: b No solstício de verão, ocorre o dia mais longo do ano e a noite mais curta. Já no equinócio, a duração do dia (período claro) e da noite (período escuro) é a mesma. Portanto, é possível concluir que, no solstício de verão no Hemisfério Sul (dia mais longo e noite mais curta), a planta passará mais horas realizando fotossíntese (por causa do tempo de iluminação) do que a planta do Hemisfério Norte, pois lá seria solstício de inverno (dia mais curto e noite mais longa) e, portanto, a planta ficaria menos tempo exposta à luz, diminuindo consequentemente a atividade fotossintética. 79. Gabarito: b O gráfico mostra o fluxo de CO2 na atmosfera em diferentes períodos do dia e em diferentes estações do ano. Assim, um fluxo positivo indica que há maior liberação de CO2 na atmosfera, ou seja, mais respiração, enquanto um fluxo negativo indica um maior uso do CO2 pela planta, ou seja, mais fotossíntese. Assim, observando-se o gráfico, nota-se que, durante o período noturno (18h – 6h) da estação chuvosa, as plantas respiram mais. Além disso, a fotossíntese é maior durante o dia (6h – 18h), alcançando um pico às 12h. 80. Gabarito: d O aumento da temperatura do ambiente apresenta um aspecto positivo sobre a taxa fotossintética. À medida que a temperatura aumenta, a taxa de fotossíntese também aumenta, porém há um limite de temperatura máximo, acima do qual as enzimas fotossintéticas não se tornam mais ativas e a taxa de fotossíntese diminui. Essas informações podem ser observadas no gráfico nº. 4. 81. Gabarito: c Analisando os gráficos, na temperatura de 25 °C, a planta da espécie Y apresenta a mesma taxa respiratória que a planta da espécie X a 25 °C, no entanto a espécie X apresenta uma taxa fotossintética maior do que a espécie Y. Portanto, a espécie Y apresenta menor ganho líquido nessa temperatura. 82. Gabarito: c Para crescerem e se desenvolverem, as plantas precisam realizar fotossíntese acima do chamado ponto de compensação fótico, em que a taxa de produção de matéria orgânica (glicose) fica acima de sua taxa de consumo no processo de respiração. Para isso, as clorofilas a e b precisam ser expostas a níveis próximos do ponto ótimo de absorção luminosa, que fica por volta dos 450 nm (espectro de luz azul) e por volta dos 650 nm (espectro de luz vermelha). Em outros espectros luminosos, como o verde (de 500 a 550 nm), as plantas apresentam baixa absorção luminosa e ficam abaixo do ponto de compensação fótico, o que dificulta o seu crescimento. 83. Gabarito: c O ponto B do gráfico representa o ponto de compensação fótico e corresponde à intensidade luminosa na qual a intensidade da fotossíntese é exatamente igual à da respiração celular. Nesse ponto, todoo gás oxigênio é consumido na respiração celular. Somente nesse momento que a planta não realiza trocas gasosas com o ambiente. a) O ponto de compensação fótico corresponde à intensidade luminosa na qual as taxas de fotossíntese e respiração se igualam. Esse ponto varia entre as diferentes espécies de planta. As plantas que possuem ponto de compensação fótico mais baixo podem viver em ambientes sombreados, pois necessitam de intensidades menores de luz. b) Para a planta crescer, ela deve receber intensidades de luz maiores que o seu ponto de compensação fótico por algumas horas diárias. d) Aumentando-se a intensidade luminosa, ocorre aumento da taxa de fotossíntese até determinado ponto, que é o ponto de saturação luminosa. A partir desse ponto, mostrado no gráfico em A, a taxa de fotossíntese permanece constante. ASPECTOS REPRODUTIVOS DAS ANGIOSPERMAS: AS FLORES 84. Gabarito: c Besouros e mariposas são polinizadores comuns, mas existem algumas espécies de morcegos que se alimentam de néctar, pólen e de estruturas florais. As demais alternativas estão incorretas, pois: as minhocas vivem no solo, por isso não possuem contato direto com flores (a); as aranhas que vivem próximas às flores se posi- cionam para caçar os insetos polinizadores e raramente entram em contato com o pólen. Além disso, a polinização é 232 3ª. série mais eficiente com a ajuda de animais alados ou com pelos (b); as lagartas se alimentam principalmente de folhas e o fato de rastejarem limita o acesso a diversas flores, fator preponderante na polinização (d). 85. Gabarito: a A aderência do grão de pólen ocorre no estigma do gineceu, parte feminina da flor, de onde vai originar o tubo polínico e desencadear a fecundação dos óvulos. Essa região está sinalizada pelo número 4. Em 1, está representado o receptáculo floral. Em 2, estão as pétalas, e em 3, os estames. 86. Gabarito: c O tubo polínico desenvolve-se somente quando o grão de pólen atinge o estigma da flor. Ele é responsavel por levar os gametas masculinos ao encontro dos gametas femininos, que se encontram no saco embrionário. 87. Gabarito: d Quando o grão de pólen entra em contato com o estigma, ocorre o desenvolvimento do tubo polínico, que correspon- de ao gametófito masculino, no estilete da flor. No ovário, desenvolve-se o saco embrionário, que corresponde ao gametófito feminino. 88. a) Sim, pois há a união de gametas masculinos e femi- ninos. b) Corresponde ao grupo das angiospermas devido à dupla-fecundação, que é exclusiva desse grupo. Pela dupla-fecundação, um dos gametas masculinos funde-se à oosfera, originando um embrião diploide (2n), que dará origem a uma nova planta, e o outro funde-se aos dois núcleos polares do saco embrionário (gametófito feminino), originando um núcleo 3n, que formará o endosperma (tecido nutritivo da semente). 89. Gabarito: a O gineceu, parte feminina das flores, corresponde ao lo- cal onde a fecundação e, portanto, o desenvolvimento de sementes e frutos ocorre. As sementes originam-se da fe- cundação dos óvulos pelos gametas masculinos, e os fru- tos, do desenvolvimento dos ovários. As demais alternativas estão incorretas, pois: as espermáfitas, ou espermatófitas, são as plantas que produzem apenas sementes (b); as angiospermas não liberam esporos (c); apenas as angiospermas produzem frutos, briófitas, pteridófitas e gimnospermas, vegetais que também apresentam reprodução sexuada, não produzem frutos e apenas as gimnospermas produzem sementes (d); os gametas das angiospermas correspondem à oosfera (feminino) e aos núcleos gaméticos (masculinos) (e). 90. Gabarito: d O termo “legume” é utilizado para designar os frutos secos e deiscentes, ou seja, que se abrem para liberar as sementes, presentes nas plantas chamadas de leguminosas. Os legumes apresentam como característica principal a presença de uma vagem, como o feijão, a ervilha e a soja. 91. a) A dispersão das sementes de paineira ocorre por meio do vento (anemocoria), facilitada devido ao material lanoso que as recobre, pois isso diminui a densidade delas em relação ao ar, permitindo seu deslocamento para regiões mais distantes. O inverno na Região Sudeste é caracterizado por ser uma estação em que ocorrem menos chuvas. A importância de a frutificação ocorrer nessa estação facilita a dispersão das sementes pelo vento e garante seu sucesso reprodutivo. Esse processo evolutivo provavelmente ocorreu durante milhares de anos, selecionando as plantas que frutificam e liberam suas sementes num período de menor pluviosidade. b) Frutos carnosos e vistosos atraem animais que deles se alimentam. As sementes, então, passam intactas por seus tratos digestórios e são liberadas por meio das fe- zes em outras localidades distantes da planta que as originou, garantindo, assim, sua dispersão. O processo descrito é denominado zoocoria. 92. Gabarito: d O endosperma do pinhão é rico em amido, carboidrato mais importante na alimentação humana. As demais alternativas estão incorretas, pois: as gimnospermas não apresentam fruto e as estruturas citadas, mesocarpo e endocarpo, são partes de frutos verdadeiros, presentes somente em angiospermas. Nozes e castanhas podem fornecer ômega-3, lipídio que ajuda a prevenir diversas doenças (a); o mesocarpo é a parte intermediária dos frutos, encontrado somente em angiospermas. Os açúcares citados (glicose, frutose e sacarose) também são comuns em frutos e não em sementes que armazenam nutrientes, como o pinhão (b); o endosperma é parte da semente que armazena nutrientes para o desenvolvimento do embrião, porém a celulose não é digerida por seres humanos e, portanto, não fornece muitas calorias (c). 93. As plantas dioicas possuem o androceu e o gineceu em flores de plantas separadas (sexos separados). Essa situação é sugerida no esquema C, que apresenta somente elementos masculinos, e no D, que apresenta somente elementos femininos. Os esquemas A e B indicam plantas monoicas, com os elementos femininos e masculinos em uma mesma planta. A diferença fica por conta de que a espécie A apresenta flores hermafroditas e a B produz 233Caderno de Atividades / Livro do Professor Biologia flores pistiladas e estaminadas, separadamente, porém na mesma planta. a) A autopolinização ocorre quando o grão de pólen pro- duzido por uma planta é levado para o estigma da mes- ma planta, ou seja, não houve fecundação cruzada que garantisse a variabilidade genética. Essa situação não poderia ocorrer nos diagramas C e D, pois são plantas dioicas. b) O ovário é a estrutura responsável pela formação dos frutos, assim a única planta que não poderia produzir frutos, pois possui somente elementos masculinos, é a C. c) Um fruto partenocárpico é aquele que se desenvolve sem a fecundação e a consequente formação de se- mentes. d) Giberelinas e auxinas. As auxinas formam um grupo de hormônios vegetais que, entre outras funções, influencia o desenvolvimento de frutos. As sementes produzem auxinas que atuam no ovário, levando ao desenvolvimento do fruto. A aplicação de auxinas no ovário pode levar a planta a desenvolver frutos sem que ocorra a fecundação (partenocarpia), nesse caso não haverá o desenvolvimento de sementes. As giberelinas, de modo semelhante, podem levar ao desenvolvimento de frutos partenocárpicos, sendo mais eficientes que as auxinas em algumas espécies. 94. a) As gimnospermas (plantas de sementes nuas, ou seja, sem fruto) surgiram antes das angiospermas (que pro- duzem flores e frutos). Assim, as sementes surgiram antes dos frutos, o que sustenta a hipótese de surgi- mento da granivoria antes da frugivoria. b) A granivoria pode ser considerada, segundo alguns pesquisadores, como predação porque, no interior da semente, há um embrião. Como a predação envolve um indivíduo (predador) eliminando outro (presa), pode-se estabelecer essa relação considerando que há eliminação de uma nova planta, já que há embrião no interiorda semente. A frugivoria contribui para a manutenção das espécies vegetais porque os animais, ao se alimentarem dos frutos, dispersam as sementes das angiospermas. Portanto, os animais contribuiem e ajudam a manter as espécies vegetais. FITORMÔNIOS: A REGULAÇÃO HORMONAL DAS PLANTAS 95. Gabarito: d Não existem células nervosas em plantas, há uma comuni- cação bioquímica, por meio de compostos químicos voláteis liberados no ar, denominados fitormônios. As plantas, nesse caso a trepadeira parasita, detectam as substâncias quími- cas voláteis liberadas pelo tomateiro e convertem esses sinais em uma resposta fisiológica. 96. Gabarito: c Variações na concentração de AIA provocam crescimento ou inibição em diferentes órgãos do vegetal. Portanto, as taxas de crescimento de raiz e do caule não são direta- mente proporcionais ao aumento desse hormônio, uma vez que o aumento exagerado provoca a inibição do cresci- mento de ambos órgãos. A produção de auxinas não ocorre exclusivamente nas folhas, e sim no meristema apical do caule, frutos e sementes, e seu transporte se dá por meio das células do floema. 97. a) O procedimento 2 corresponde à poda realizada por fruticultores para aumentar a produção de ramos e, consequentemente, de frutos, pois a ausência da auxina estimula o crescimento dos ramos. b) O procedimento 1, pois a gema apical é uma estrutura que produz auxina no vegetal. Essa auxina inibe as ge- mas laterais de se desenvolverem, estimulando a plan- ta a crescer para cima e não para os lados. 98. Gabarito: b A poda dos ramos apicais do vegetal induz o desenvolvimento de ramos laterais, pois suspende a inibição das auxinas (AIA) sobre o brotamento das gemas apicais. Com isso, os ramos laterais formam mais flores e, consequentemente, a produção de frutos será maior. 99. Gabarito: a As giberelinas, entre outras funções, estimulam a floração. 100. Gabarito: a De acordo com a análise do gráfico, a giberelina atua somente em sementes que apresentam o endosperma com aleurona, induzindo que esta libere as suas enzimas hidrolíticas e promova a liberação de açúcares pelo endosperma, o que fornece energia para o desenvolvimento do embrião, corroborando com o crescimento da planta. As afirmativas II, III e IV estão incorretas, pois: o uso da giberelina pela indústria de cerveja só produzirá aumentos 234 3ª. série da produção se utilizada em endospermas com aleurona; o amido é um polissacarídeo, polímero de glicose, que deve ser hidrolisado para produzir os monossacarídeos (unidades de glicose) que poderão ser utilizados diretamente para suprir as necessidades do embrião; o fato de o endosperma ser triploide não afeta a sua capacidade de armazenamento de açúcar. 101. Gabarito: d O etileno é um hormônio gasoso produzido em diferentes partes do vegetal. Ele se relaciona com o crescimento e metabolismo da planta: amadurecimento de frutos, senescência das folhas e flores, abscisão de folhas, flores e frutos. Portanto, ao envolver um fruto em um jornal, procura- -se aumentar a concentração desse hormônio. Dessa forma, estimula-se o amadurecimento do fruto. 102. Gabarito: d I. O etileno promove o amadurecimento dos frutos. II. O ácido abscísico está relacionado com a quebra de dormência das sementes. III. A giberelina estimula o alongamento do caule. IV. A auxina está relacionada com os mecanismos de fototropismo e geotropismo. V. A citocinina estimula a divisão celular. 103. Gabarito: c As demais afirmativas estão incorretas, pois: I e II referem-se às auxinas; III corresponde às giberelinas. 104. Gabarito: b Um dos fatores que inflenciam no direcionamento do crescimento das plantas é a gravidade. Quando a planta fica na horizontal, ocorre um acúmulo de auxina na porção inferior do caule da planta, o que estimula seu crescimento em direção contrária à forca da gravidade. INTRODUÇÃO À ECOLOGIA 105. Gabarito: a Fatores bióticos são os seres vivos. Já os fatores abióticos são os elementos não vivos de um ecossistema e incluem componentes físicos, químicos e geológicos. No exemplo citado, são fatores bióticos: gafanhotos, plantas e predadores. São fatores abióticos: luz, umidade e vento (fatores físicos). Outros exemplos de fatores abióticos são os nutrientes (fatores químicos) e o solo (fator geológico). 106. Gabarito: c Os recifes de corais são os lugares com maior biodiver- sidade nos oceanos, apresentando espécies de cnidários, moluscos, equinodermos, peixes, entre outros. 107. Gabarito: a Hábitat corresponde ao ambiente em que um organismo vive, ou seja, o local físico que ele habita. Nicho ecológico é a função desempenhada por esse organismo nesse meio. No caso dos mosquitos Aedes aegypti, ambos habitam o mesmo local, apresentando o mesmo habitat, mas tem papéis ecológicos diferentes, enquanto a fêmea é um parasita de outros animais, o macho é um consumidor de vegetais. 108. a) Está implícito o conceito de nicho ecológico, uma vez que o gráfico mostra como determinados fatores ambientais (temperatura, salinidade) afetam a vida do camarão-da-areia. b) Referem-se à população, ou seja, um conjunto de orga- nimos da mesma espécie. c) A presença de predadores, de parasitas ou de outras espécies competidoras, por exemplo, são fatores bióti- cos que podem produzir mortalidade dessa espécie de camarão. 109. Gabarito: a As espécies vivem no mesmo hábitat, presas às rochas da maré, porém o texto indica que cada espécie de craca vive em uma região da rocha, com modo de vida difer- ente uma da outra, por isso não compartilham o nicho ecológico. 110. Gabarito: b A associação correta para os vários ecossistemas descritos é: I – Campos. II – Dunas. III – Manguezais. IV – Florestas. 111. Gabarito: d De acordo com o indicado no mapa, as bandeiras paulistas partiam de regiões da Mata Atlântica, composta por florestas densas, com clima quente e úmido, com chuvas abundantes, e partiam para regiões de Campos e Cerrado 235Caderno de Atividades / Livro do Professor Biologia do Sudeste e Centro-Oeste brasileiro, formados por matas esparsas, com clima quente e seco, com chuvas irregulares. 112. Gabarito: b O bioma representado é o Pantanal, uma planície aluvial (influenciada por rios) que, em determinadas épocas do ano, tem seu fluxo de água reduzido. As primeiras chuvas que caem são rapidamente absorvidas pelo solo arenoso que sofre saturação, formando banhados, enchendo lagoas e transbordando os leitos dos rios mais rasos, formando curso de água de localização e volume variáveis. A baixa declividade da planície e a dificuldade de escoamento das águas do solo são responsáveis por inundar as áreas mais baixas. O Pantanal é rico em espécies endêmicas, com muitas delas ameaçadas de extinção. As espécies que habitam esse bio- ma geralmente dependem desse alagamento periódico, como o período de reprodução do tuiuiú que coincide com a baixa das águas, momento em que muitos peixes ficam presos nas lagoas, facilitando sua pesca. Já o buriti é uma espécie que possui íntima relação com a água, que atua na dispersão dos seus frutos e na quebra da dormência das suas sementes. 113. Gabarito: a O ambiente A apresenta baixa precipitação e altas temperaturas indicando a aridez típica da Caatinga. Nesse ambiente, encontraremos diversas plantas xeromórficas, como as cactáceas e gramíneas. O ambiente B apresenta temperatura amena e alto índice pluviométrico, condições encontradas nas florestas e no verão chuvoso do Cerrado. Plantas de médio e grande porte podem ser encontradas no ambiente B. Os rizóforos, citados na alternativa c, são raízes adventícias típicas de plantas que vivem em manguezais, como a Rhizophora mangle. INTRODUÇÃO À ECOLOGIA CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES: AS RELAÇÕES ALIMENTARES 114. Gabarito: b Em um ecossistema, os produtores constituem o primeiro nível trófico. Eles são seres vivos capazes de sintetizar matéria orgânica a partir de inorgânica utilizando alguma fonte de energia.Portanto, são autótrofos e constituem a base de uma cadeia alimentar. Assim, são fonte de alimento (matéria orgânica como açúcares, necessários ao metabo- lismo celular) para o segundo nível trófico, os consumidores primários. 115. Gabarito: c As algas verdes e as plantas constituem a base das cadeias alimentares, pois são capazes de produzir moléculas orgânicas a partir da energia fornecida pelo Sol, sendo por isso denominadas produtores. O predador de topo é aquele que não apresenta outros pre- dadores que possam atacá-lo, como os leões nas savanas africanas e os tubarões nos oceanos. Como as plantas são produtores, a lagarta que as consome é um consumidor primário e o passarinho, consumidor se- cundário. 116. Gabarito: b A passagem entre os níveis tróficos sempre diminui a quantidade de energia, assim os produtores acumulam mais energia que os consumidores primários, que, por sua vez, acumulam mais energia que os secundários. Isso acontece porque parte da energia é dissipada para o ambiente, mantendo funções metabólicas como respiração, suor, produção de fezes e manutenção da temperatura. A quantidade de biomassa se refere ao potencial de matéria orgânica disponível para o próximo nível trófico. A pirâmide de biomassa normalmente apresenta a base mais alargada, indicando maior presença de seres produtores (como é o caso do diagrama da questão); entretanto, em ecossiste- mas aquáticos ou em desequilíbrios ambientais, pode se apresentar invertida. As afirmativas II e IV estão incorretas, pois: a energia liberada para o ambiente não é repassada para os níveis tróficos seguintes, por isso se diz que nos ecossistemas o fluxo de energia é unidirecional, diferente do ciclo da matéria que é cíclico; se tomarmos como exemplo a relação entre o boi (consumidor primário) e o carrapato (consumidor secundário), observa-se que a população de carrapatos é superior a de bois, portanto essa característica das pirâmides de números pode variar. 117. Gabarito: d I. Os consumidores primários alimentam-se dos organismos produtores, que normalmente são seres fotossintetizantes, obtendo assim a energia necessária à sua sobrevivência. II. Quando se passa de um nível trófico para outro, a quantidade de energia vai diminuindo, pois uma parte é usada no metabolismo do organismo e outra se perde na forma de calor. Por isso, são feitas representações da energia nos ecossistemas na forma de pirâmides. 236 3ª. série III. A transferência unidirecional de energia é um fenômeno universal. Isso porque, na transferência de energia entre os organismos, não ocorre qualquer reaproveitamento, por outros organismos, da energia liberada. Essa transferência inicia sempre nos organismos produtores, porque são eles que produzem moléculas orgânicas usadas como fonte de energia. Essa energia passa então para os consumidores e finaliza com os organismos decompositores. IV. Os organismos decompositores, que compreendem fungos e bactérias, degradam a matéria orgânica presente nos produtores ou consumidores mortos, obtendo assim a energia necessária à sua sobrevivência. 118. Gabarito: a Quanto às afirmativas incorretas: 1ª . frase: além dos vegetais, as algas e algumas bactérias atuam como produtores nas cadeias alimentares. 3ª . frase: um organismo onívoro poderá ocupar qualquer nível de consumidor dentro de uma cadeia alimentar, de- pendendo do tipo de alimento que consumir. 4ª . frase: os decompositores atuam em todos os níveis tróficos de uma cadeia alimentar, sendo responsáveis pela decomposição e reciclagem de toda matéria orgânica do ambiente. 119. Gabarito: e Os carcarás são predadores que ocupam o topo de qualquer cadeia alimentar. Ao predarem cobras, consumidores secundários, eles representam um consumidor terciário e ocupam o quarto nível trófico dessa cadeia. Entretanto, vale lembrar que ele também poderia representar um consumidor secundário, se predasse diretamente um consumidor primário, como uma lebre, por exemplo, um animal herbívoro. 120. a) A figura representa uma teia alimentar. X representa os organismos decompositores, que atuam sobre todos os outros organismos da teia, decompondo seus corpos e devolvendo parte dos nutrientes ao solo, participando, assim, da reciclagem da matéria orgânica. b) O desaparecimento das aves geraria, inicialmente, um desequilíbrio no ambiente que comporta essa teia, pois, sem predadores, os organismos antes consumidos pelas aves se multiplicariam, provocando um maior consumo dos recursos desse ambiente até que fosse atingida a capacidade limite do meio, ou seja, até que a falta de alimentos, doenças ou outros fatores controlassem o número desses seres no ambiente, estabelecendo um novo equilíbrio para o meio. Se as plantas desaparecessem, os demais seres gradualmente desapareceriam também, em virtude da falta de alimentos e hábitat. 121. Gabarito: d Nessa cadeia alimentar, o fitoplâncton representa o pro- dutor; o crustáceo Artemia, o consumidor primário; e o inseto Trichocorixa, o consumidor secundário. Quando a quantidade de insetos que consomem o crustáceo aumentou no ambiente, o número de consumidores primários, ou seja, de crustáceos, diminuiu. Consequentemente, menos fitoplâncton foi consumido, e eles puderam se multiplicar mais intensamente, tornando a água turva. 122. a) A queima de combustíveis fósseis libera grandes quan- tidades de CO2 na atmosfera, alterando diretamente, portanto, os fatores abióticos de um ecossistema, uma vez que interfere na composição dos gases da atmos- fera. b) Os seres vivos estão todos interligados no meio ambiente, formando complexas teias que mantêm o equilíbrio dos diferentes ecossistemas. Quando um deles é afetado negativamente, isso pode gerar um impacto no ecossistema do qual ele faz parte. Por exemplo, a retirada de uma grande quantidade de árvores de um ambiente para comercialização de sua madeira vai afetar os seres que dependem dessas árvores como abrigo e alimento, gerando uma redução em suas populações, o que impactará também as populações de outros seres que dependam desses, promovendo, assim, um desequilíbrio ambiental. PIRÂMIDES ECOLÓGICAS E SUCESSÃO ECOLÓGICA: AS MODIFICAÇÕES NAS COMUNIDADES 123. Gabarito: a As pirâmides de número normalmente apresentam-se com a base mais larga e o ápice mais estreito, representando as cadeias alimentares em que há plantas, consumidores primários e predadores. Entretanto, ela pode se apresentar invertida em alguns casos, como uma árvore que tem seus frutos consumidos por diversas aves, que apresentam diversos parasitas. Nesse caso, tem-se uma pirâmide de número como a representada na questão. As pirâmides de biomassa e energia não poderiam ter esse formato. 237Caderno de Atividades / Livro do Professor Biologia 124. Gabarito: d A produtividade primária bruta de um ecossistema é calculada pela taxa de energia luminosa que é convertida em energia química, realizada pelos organismos autotróficos, os quais constituem a base da teia alimentar. 125. Gabarito: c Em uma pirâmide de energia, a base corresponde à produtividade primária líquida resultante da fotossíntese realizada pelos produtores. Este é, portanto, o nível trófico com a maior quantidade de energia. Essa energia vai se perdendo nos níveis tróficos subsequentes, pois é utilizada no metabolismo dos seres vivos. 126. Gabarito: a As demais alternativas estão incorretas, pois, de acordo com o gráfico: quanto maior a abundância de recursos, menor a diversidade de espécies, no ambiente hospitaleiro se observa um menor número de espécies em relação a ambientes menos hospitaleiros e hostis (b); uma alta produção de biomassa não indica necessariamente maior diversidade de espécies, pois, no ambiente com maior biomassa total, há menor biodiversidade (c); os ambientes hostis apresentam maior biodiversidade do que os hospitaleiros, que são, portanto, mais limitantes para a diversidade de espécies doque os hostis (d). 127. Gabarito: b A sequência de estágios do desenvolvimento de uma co- munidade denomina-se sucessão ecológica. É um processo contínuo e que ocorre em resposta a determinadas modifi- cações ambientais. 128. Gabarito: a Durante uma sucessão ecológica, observa-se o aumento do número de espécies de seres vivos na região (biodiversidade), com consequente aumento da biomassa. Aumentando-se a quantidade de indivíduos e o número de diferentes espécies, também ocorre um aumento dos tipos de relações ecológicas que se estabelecem na região. INTERAÇÕES ECOLÓGICAS: AS RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS 129. Gabarito: a No parasitismo, o parasita retira substâncias orgânicas do hospedeiro e, geralmente, não provoca a morte dele, uma vez que provocando a morte, o parasita também morrerá. 130. Gabarito: c A rêmora e o tubarão têm uma relação de comensalis- mo, pois a rêmora se aproveita dos restos alimentares do tubarão sem prejudicá-lo. Colônias são relações intraespecíficas, pois ocorrem entre organismos da mesma espécie. O parasitismo é uma relação interespecífica desfavorável, pois, enquanto o parasita é beneficiado, o organismo para- sitado é prejudicado nessa relação. 131. Gabarito: a A árvore que hospeda o líquen não é prejudicada por ele, portanto essa é uma relação de epifitismo. Já o fungo e a alga que constituem o líquen têm uma relação mutualística, em que ambos se beneficiam e um não pode sobreviver sem o outro. 132. Gabarito: b Sociedade é uma relação harmônica (em que não há prejuízo para nenhum dos indivíduos envolvidos) intraespecífica (entre indivíduos da mesma espécie). Os insetos sociais, como várias espécies de abelhas, as formigas e os cupins, formam grandes grupos com divisão em castas e divisão de trabalho. 133. Gabarito: d Na referida situação, o crocodilo, ao se alimentar do gnu, que é um herbívoro e consumidor primário, se comporta como um predador carnívoro e consumidor secundário. 134. Gabarito: c A relação ecológica descrita na questão é uma competição interespecífica, porque ocorre entre espécies diferentes de micro-organismos, que competem pelos mesmos recursos do meio. Essa relação é classificada como desarmônica porque uma espécie (organismos patogênicos) sofre desvantagem, pois sua população é impedida de crescer em benefício da outra espécie (micro-organismos probióticos). 135. Gabarito: c Entre o maracujazeiro e as mamangavas, ocorre uma protocooperação, na qual a mamangava é beneficiada pelo néctar das flores e o maracujazeiro se beneficia pela polinização. Entre os percevejos e o maracujazeiro, ocorre parasitismo. Os percevejos parasitam as plantas e sugam a seiva dos botões causando a morte das flores, o que prejudica a re- produção da planta que não produz frutos. 238 3ª. série 136. Gabarito: a A descrição do encontro dos casais de cupins, da formação de ninhos e da divisão dos indivíduos entre reis, rainhas, soldados e operários, identifica uma relação ecológica chamada de sociedade. A dependência dos protozoários in- testinais para digerir a celulose caracteriza um mutualismo e o fato de se alimentarem da madeira presente em troncos e móveis exemplifica uma relação de parasitismo. 137. a) A relação ecológica estabelecida entre a copaíba e as aves frugívoras é do tipo interespecífica harmônica e é chamada de protocooperação, pois as duas espécies cooperam entre si: a planta fornece alimento para as aves, estas dispersam as sementes, que permanecem intactas após a digestão do fruto em seu sistema digestório. b) A dispersão das sementes para locais distantes da planta-mãe impede que ocorra competição entre as plantas-filhas e a planta-mãe, caso germinassem ao seu redor. 138. Gabarito: c A relação entre as bactérias fixadoras de nitrogênio e as plantas leguminosas é tipicamente mutualística, uma vez que ambos seres se beneficiam. As tênias que vivem no intestino dos seres humanos causam-lhes prejuízo ao utilizarem os nutrientes digeridos por eles. Assim, essa é uma relação de parasitismo, em que uma espécie se beneficia em detrimento da outra, sem matá-la imediatamente. Os anfíbios são predadores dos insetos e os répteis, dos anfíbios. Essa relação de predação beneficia apenas os predadores, uma vez que causa a morte das presas. 139. Gabarito: a O texto descreve uma relação mutualística existente entre as bactérias fixadoras de nitrogênio do gênero Rhizobium e plantas leguminosas. 140. Gabarito: c A resistência do maracujazeiro e a eficiência das borboletas demonstram uma relação de equilíbrio típico entre parasita e hospedeiro. Esse processo é chamado de coadaptação. A competição pode ser observada entre os insetos que botam ovos nas folhas e entre as formigas e vespas, que se alimentam nos nectários. Já a relação existente entre o maracujazeiro e os insetos que se alimentam nos nectários é de mutualismo, pois ambos saem ganhando. O comensalismo ocorre quando uma espécie se aproveita dos restos alimentares de outra espécie, então a espécie que se alimenta é beneficiada e a outra é neutra, pois não há benefício nem prejuízo. Um exemplo clássico de comensalismo é a relação entre as rêmoras e o tubarão. As rêmoras são pequenos peixes que se fixam no corpo do tubarão e se alimentam dos restos das presas desse grande predador. O tubarão, por sua vez, não é prejudicado com a presença das rêmoras. 141. Gabarito: e O mexilhão-dourado é uma espécie introduzida acidentalmente nos ecossistemas da América do Sul. Essa espécie obteve sucesso nesse ambiente porque encontrou farta disponibilidade de alimentos e ausência de predadores naturais. Portanto, a obtenção de energia e a reprodução foram favorecidas, permitindo-lhe dispersão rápida e eficaz. 142. Gabarito: d O principal risco das espécies exóticas é a dispersão descon- trolada, originada pela falta de parasitos e predadores locais. Até mesmo espécies de interesse econômico podem virar pragas, isso acontece principalmente em espécies que não geram os resultados esperados, tendo o cultivo abandonado. Ao cultivar uma planta exótica, deve-se sempre ter o cuida- do de avaliar o impacto ambiental causado pela introdução da nova espécie, por isso o tráfico ilegal e o transporte de sementes podem causar a perda de espécies nativas, dese- quilibrando a cadeia alimentar. 143. 1. A espécie exótica apresenta poucos predadores naturais no ambiente em que foi inserida, apresentando vanta- gens competitivas em relação aos demais animais do ecossistema, prejudicando as espécies nativas. 2. A introdução de espécies exóticas, num ecossistema pode ocasionar a redução da biodiversidade, podendo, inclusive, ocasionar a extinção de algumas espécies nesse ambiente. Também pode introduzir novos parasitas. 3. a) O sal no ambiente externo faz com que o corpo de les- mas e caramujos perca água por osmose, desidratan- do e morrendo. 3. b) Caso o sal caia no solo, ele pode aumentar a con- centração salina do meio, dificultando a absorção de água pelos vegetais, podendo causar, inclusive, a seca fisiológica. 144. a) Competição. As duas espécies de insetos estão compe- tindo por recursos do meio, como território ou alimento. Provavelmente houve sobreposição de nichos, o que prejudicou a sobrevivência da espécie A (Caliothrips phaseoli ), como pode ser observado no gráfico 2, com a drástica redução do número de indivíduos da espécie A na presença da espécie B. 239Caderno de Atividades / Livro do Professor Biologia b) Os tipos de interação que não estão relacionados com os dados do gráfico 2 poderia ser a protocooperação ou o comensalismo. No caso da protocooperação, os dois indivíduos podem viver isoladamente, porém, quando se encontram nesse tipo de relação, ambos são beneficiados mutuamente. Para serem compatíveis com esse tipo de interação, os números representados no gráfico 2 deveriam ser bem maiores, pois a convivência, nesse caso, favoreceria sua sobrevivência. Outra possível interação
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