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ANTIBIÓTICOS → Inibição da síntese da parede celular. → Inibição da síntese proteica. → Inibição da replicação e transcrição de DNA. → Danos à membrana plasmática. → Inibição da síntese de metabolitos essenciais. - Bacteriostáticos vs bactericida (resumo de anti-microbianos). EXEMPLO DE ANTAGONISMO - Bacteriostático Tetraciclina (inibe a síntese proteica) → interfere negativamente (antagonismo) no bactericida Penicilina (inibe a síntese da parede celular). - Como não há síntese proteica, não irá haver replicação, consequentemente não necessita da inibição da síntese da parede celular. Logo, o mecanismo da Penicilina não é efetivo (como se não tivesse sido adm.). - Exemplo de antibióticos bactericidas e bacteriostáticos (tabela Golan). CLASSES E AGENTES FARMACOLÓGICOS → Inibidores das topoisomerases (Quinolonas): - Mecanismo de ação: inibição das topoisomerases (p. ex. DNA girase – replicação do DNA bacteriano). - Bactericidas – nas concentrações disponíveis no mercado (concentração mais elevada, o comprometimento vai além de barrar a replicação, havendo quebras no DNA bacteriano → apoptose) ou bacteriostáticos (concentrações mais baixas, barra a replicação)? - Principais fármacos (atual): Ácido nalidíxico, Norfloxacino, Ciprofloxacino, Levofloxacino, Moxifloxacino. - Amplo espectro de ação: infecções urogenitais (principal uso), respiratórias e gastrintestinais comuns. → Aspectos farmacocinéticos (Quinolonas): - Pode haver menor absorção oral adm. com antiácidos. - Metabolismo hepático. - Excreção renal. - EA: alterações gastrintestinais, tonturas e cefaleia. → Mecanismos de resistência as Quinolonas: - Mutações cromossômicas → produzir topoisomerases que tem alterações no sítio de ligação das quinolonas, impedindo o fármaco de se ligar e ser efetivo. - Alterações na expressão de porinas (poros inseridos que mantém uma comunicação entre o meio externo e intrabacteriano – importantes para trocas; alguns fármacos utilizam as porinas para entrar na bactéria) e bombas de efluxo (põe o fármaco para fora). - Staphylococcus aureus (normalmente não é prescrito Quinolona para esse tipo de infecção). → Inibidores da transcrição (Ex. Rifampicina): “Tuberculostáticos” - Mecanismo de ação: inibição da enzima RNA-polimerase (transcrição bacteriana – importante na síntese de proteínas). - Bactericida (por ação desse fármaco, há quebra no material genético → apoptose). Dependente do TEMPO (não depende da concentração). - Alta seletividade contra enzima bacteriana. → Aspectos farmacocinéticos (Rifampicina): - Ampla distribuição (incluindo LCR – chega no líquido cefalorraquidiano). - Coloração laranja em certos fluidos biológicos (urina, suor, lágrimas, leite). - Meia vida de eliminação: 1 a 5h. - Há indução de enzimas microssomais, pode influenciar no metabolismo de outros fármacos, como glicocorticoides, opioides e varfarina (acelera o metabolismo destes fármacos – ajuste de dose). - Excreção biliar e renal. - EA: erupções cutâneas, febre, distúrbios GI e lesão hepática com icterícia (bilirrubina - raro). → Inibidores da tradução (Ex: Aminoglicosídeos, Tetraciclina, Cloranfenicol): - Ribossomo 70S: alguns fármacos se ligam a subunidade 50S e outros a subunidade 30S. - Seletividade: pode afetar os ribossomos de mamíferos → EA. → Antimicrobiano dirigidos contra a subunidade ribossômica 30S (Ex: Aminoglicosídeos): - Mecanismo de ação: interfere na produção de proteínas (proteínas afuncionais ou com função inadequada), através da leitura incorreta do RNA. - Ação depende da concentração: - Bactericida (o único inibidor da tradução que é bactericida) – Modelo de Davis – depende da [ ] de fármaco dentro da bactéria (devido a alterações na formação de proteínas [proteínas inadequadas – motivo de ser bactericida], estas são utilizadas para formação das porinas, facilitando a entrada do fármaco, formando buracos na parede bacteriana, havendo uma desestabilização da membrana, fazendo com que a bactéria se desintegre). - Principais fármacos: Estreptomicina, Neomicina, Kanamicina, Obramicina, Paromomicina, Gentamicina, Netilmicina, Amicacina. → Características farmacocinéticas: - Baixa biodisponibilidade oral (adm. em jejum). - Meia vida de eliminação: 2 a 3h. - Atravessam a placenta (cuidado gestantes!). -50 – 60% eliminado de forma inalterada (metabolismo do fármaco não é tão intenso). - EA (muito graves): ototoxicidade (pode levar a perda da audição), insuficiência renal e bloqueio neuromuscular. Consequência de comprometimento a nível mitocondrial. → Mecanismo de resistência aos Aminoglicosídeos: - Inativação dos Aminoglicosídeos (enzimas que o inativam). - Entrada dificultada do fármaco na bactéria. - Alvo resistente à ligação do fármaco (bactéria passa a produzir ribossomos com alterações no sítio de ligação do fármaco). → Antimicrobiano contra a subunidade ribossômica 30S (Ex. Tetraciclina): - Mecanismo de ação: impedem a adição de aminoácidos (impede a síntese proteica). - Bacteriostáticos. - Elevada seletividade do fármaco na bactéria, devido ao acúmulo nas bactérias (EA menos graves que Aminoglicosídeos). → Aspectos farmacocinéticos: - Absorção irregular (VO – jejum). - Quelantes de íons (se liga fortemente a íons como cálcio, magnésio e ferro) – atenção para a adm. com alimentos, pois a tetraciclina rapta o cálcio e compromete a absorção do fármaco, havendo uma concentração subterapêutica. - Excreção: renal e biliar. - Depósito tecidual (ósseo - cárie). Evitar adm. em crianças em fase de crescimento, devido ao comprometimento do processo de calcificação. - EA: gastrintestinais, toxicidade renal, depósito em ossos e dentes, fotossensibilidade, hipertensão, anemia e trombocitopenia. Baixa [ ] – Leitura incorreta do RNA (proteína com aa. incorretos). Alta [ ] – Mecanismo ? (inibição completa da síntese proteica). → Mecanismo de resistência: - Aumento do efluxo ou redução do influxo do fármaco na bactéria. - Interferência na ligação entre fármaco e ribossomo. - Inativação do fármaco por enzimas. → Antimicrobianos contra subunidade ribossômica 50S (Ex. Cloranfenicol): - Mecanismo de ação: inibe a formação de ligações peptídicas. - Bacteriostáticos. → Características farmacocinéticas: - Boa absorção por via oral (mais utilizado em uso tópico devido a gravidade dos EAs). - Amplamente distribuído nos líquidos corporais (p. ex. LCR). - Meia vida de eliminação: 2h. - Excreção renal. → EA: - Mecanismo fundamental: inibição da síntese proteica mitocondrial (responsável pelos EAs). - Síndrome do bebê cinzento (crianças tem metabolismo imaturo): vômito, hipotermia, angústia respiratória, flacidez, pigmentação cinzenta, acidose respiratória. - Pancitopenia (raro). → Mecanismo de resistência ao Cloranfenicol: - Inativação enzimática (gene transportado por plasmídeos – mais grave – maior facilidade de disseminação). Gram- negativas já apresentam de forma constitutiva essas enzimas que inibem o Cloranfenicol. → Antimicrobianos que interferem na síntese da parede celular bacteriana - Beta-lactâmicos (Ex: Penicilina): - Bactericidas. - Mecanismo de ação: inativação de enzimas transpeptidases (formam a parede bacteriana – mureína [> Gram- negativas]). - Anel beta lactâmico (Penicilinas e Cefalosporinas). - Exemplo de antimicrobiano beta-lactâmico: Penicilina. → Características farmacocinéticas: - Vias de administração (VO, VI e VIM). - Ampla distribuição (líquidos corporais, cavidades corporais, articulações, bile, saliva e leite). - Excreção renal. - EA: reações de hipersensibilidade (mais grave) e alterações gastrintestinais (diarreia, náuseas). - EA mais graves: anafilaxia – broncoespasmo, angiodema e/ou colapso cardiovascular, urticária, erupção medicamentosa morbiliforme, doença do soro e febre medicamentosa. - Toxicidade dos beta-lactâmicos:não causam reação por si só, no entanto, formam um complexo com grupamentos amino (disponíveis em nosso corpo) → anel beta lactâmico + grupos amino → resposta imune mediada pela formação de anticorpos. - Anemia hemolítica autoimune: as proteínas de grupamento amino que estão sobre os eritrócitos são modificadas pelo fármaco → destruição dos eritrócitos de forma rápida e maciça. - Cuidado com a possibilidade de reações cruzadas com outros tipos de penicilina. → Mecanismo de resistência as Penicilinas: - Enzimas com baixa afinidade pelo fármaco. - Enzimas betalactamases: codificadas no cromossomo ou nos plasmídios → Ácido clavulânico – fármaco que inibe a ação das enzimas beta-lactamases, responsáveis pela perda da ação de alguns antibióticos (funciona como um agente protetor do antibiótico). → Inibidores competitivos da síntese de metabólitos essenciais (Ex: Sulfonamidas): - Mecanismo de ação: inibição da enzima diidropterato sintase (responsável no metabolismo de produção do folato). - Bacteriostático. → Características farmacocinéticas: - Via preferencial: oral. - Ampla distribuição: exsudatos inflamatórios, barreira placentária e barreira hematoencefálica. - Metabolização: hepática. → EA: - Efeitos leves: náuseas, vômito e cefaleia. - Pode ocorrer síndrome de Kernicterus (complicação da icterícia neonatal que provoca lesões no cérebro do recém- nascido, quando o excesso de bilirrubina não é tratado de forma adequada). - Reações alérgicas (síndrome de Stevens-Johnson). - Depressão medular. - Alterações renais: nefrite e cristalúria. → Isoniazida: tuberculostático. - Bactericida dependente de tempo. - Mecanismo de ação: inibe a síntese do ácido micólico, componente essencial da parede celular das micobactérias. Outros mecanismos de ação têm sido aventados, como a quelação de íons metálicos necessários ao metabolismo da micobactéria e interferência no metabolismo da glicose e na respiração celular destes microrganismos. - Devido à resistência, a droga deve ser sempre associada a outros tuberculostáticos (p. ex. Ripamficina e Estreptomicina). → Vancomicina: Inibidores da síntese de polímeros de mureína → Inibidor da síntese da parede celular. - Bactericida (dependente de tempo) contra bacilos e cocos Gram-positivos. - Bacilos Gram-negativos mostram-se resistentes a ação desses fármacos. - É administrado por VI, pois não é absorvido no intestino. Adm. VO apenas para tratar infecções intestinais. - Utilizada apenas quando uma infecção se demonstra resistente a outros fármacos, como os beta-lactâmico resistentes (devido a sua toxidade). - EA: rubor cutâneo ou exantema (síndrome do homem vermelho), nefrotóxica e ototóxica. → Imipeném: antibiótico Beta-lactâmico (classe dos Carbapenêmicos). - Apresenta um amplo espectro e proporciona cobertura contra a maioria dos microrganismos Gram-positivos, Gram- negativos e anaeróbicos. - Como é inativado pela enzima renal humana (desidropeptidase I), ele é coadministrado com o inibidor da desidropeptidase, a cilastatina. - Uso IV. ANTIBIOGRAMA - Realizado toda vez que é detectada uma infecção. - Halo (disquinho que contém antibiótico – zona de inibição) – sua presença indica não cresceu bactéria → microrganismo é sensível ao antibiótico. - É possível determinar pelo tamanho do halo o CIM (concentração inibitória mínima ao ATB – para a bactéria não crescer). - Ver se há sensibilidade ou resistência ao ATB. - Pegas a bactéria sensível ao antibiótico e colocar em outro meio de cultura. Se crescer, o ATB é bacteriostático, se não, bactericida. HALO
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