Buscar

Aula 15 - Antimicrobianos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Farmacologia – Antimicrobianos 
Existem antimicrobianos específicos (quimioterápicos e antibióticos) e os inespecíficos (desinfetantes e antissépticos). 
Na MV podem ser usados na terapêutica, profilaticamente, metafilaxia e como aditivo zootécnico melhorador do desempenho. 
Quando o antimicrobiano inibe a multiplicação da bactéria, mas não a destrói, é chamado de bacteriostático; com a suspensão 
da exposição ao antimicrobiano a bactéria volta a crescer. Já o antimicrobiano bactericida exerce efeito letal sobre a bactéria, 
sendo esse efeito irreversível. 
Alguns antimicrobianos inibem o crescimento bacteriano em determinada concentração, a concentração inibitória mínima (CIM), 
e necessitam de uma concentração maior para matar o microrganismo, a concentração bactericida mínima (CBM). 
Antimicrobianos tempo-dependentes: ação independe dos níveis séricos mas depende do tempo que permanece elevada a 
CIM. Ex: vancomicina e amoxicilina. 
Antimicrobianos dose-dependentes: ação depende do nível sérico, ou seja, quanto maior a sua concentração plasmática, mais 
rápido ocorre a destruição do patógeno. Ex: aminoglicosídeos e fluorquinolonas. 
• Antibióticos: substâncias químicas (medicamentos) produzidas por microrganismos, ou os seus equivalentes sintéticos, 
que têm a capacidade de, em pequenas doses, inibir o crescimento ou destruir microrganismos causadores de doenças. 
• Antibióticos biossintéticos: são aqueles que são obtidos a partir de cultura de microrganismos, à qual acrescentam-se 
substâncias químicas capazes de alterar a estrutura molecular do antibiótico que está sendo produzido. Ex: penicilina V 
(fenoximetilpenicilina) 
• Antibióticos semissintéticos: são obtidos em laboratório acrescentando-se radicais químicos ao núcleo ativo de um 
antibiótico isolado de um meio de cultura, no qual cresce um microrganismo. Ex: penicilinas semissintéticas oxacilina, 
ampicilina, amoxicilina etc. 
• Sintobióticos: antibióticos obtidos exclusivamente por síntese laboratorial. 
Mutação, transdução e transformação são formas de resistência mais comuns em bactérias gram-positivas, ao passo que as 
gram-negativas podem apresentar qualquer uma destas formas, predominando, contudo, a transposição. Vários mecanismos de 
resistência aos antimicrobianos foram identificados nas bactérias e classificados em quatro categorias: redução da permeabilidade 
da célula bacteriana ao antimicrobiano, bomba de efluxo que lança para fora da célula bacteriana o antimicrobiano, inativação do 
antimicrobiano antes ou após sua penetração no microrganismo, modificação do alvo no qual age o antimicrobiano ou aquisição 
de uma via alternativa e a produção de bectalamases. 
Antibióticos que interferem na síntese da parede celular: 
Betalactâmicos: essa classe de fármacos é caracterizada pela presença do anel betalactâmico que é responsável pela inibição 
da parede celular bacteriana, além de ser o principal responsável pelo mecanismo de ação dessa classe de antibióticos. Eles 
impedem a síntese da parede celular, interferindo na última etapa da síntese do peptidoglicano. Não são capazes de atuar na 
parede celular já formada, a condição essencial para ação bactericida destes antibióticos é que os microrganismos estejam se 
multiplicando há necessidade da síntese da parede celular. 
São antimicrobianos tempo-dependente, o fator para sua eficácia é o período de tempo (o tempo de exposição é mais importante 
que concentração do fármaco). 
Mecanismo de ação: inibem a síntese da parede celular, impedindo que as ligações cruzadas entre as fitas de peptídeoglicano 
(mureína) se formem, gerando paredes defeituosas (osmoticamente instáveis), assim resultando em lise celular. 
Penicilinas: os problemas com as primeiras penicilinas foram = sensibilidade ao ácido, não são ativas em bactérias gram – e as 
bactérias resistentes tem betalactamases. Classificação: 
• Sensíveis a penicilinase: Benzilpenicilina ou Penicilina G, Penicilina V e Carbenicilina; 
• Resistentes a penicilinase: Meticilina, Nafcilina, Oxacilina, Dicloxacilina e Cloxacilina. 
• Penicilinas de amplo espectro: Ampicilina e Amoxicilina *sensíveis as betalactamases 
• Penicilinas antipseudomonas: Carboxipenicilinas e Ureidopenicilinas 
Penicilina G (naturais): sua dose é expressa em UI. 
• Penicilina G (Benzilpenicilina): é inativada através do pH ácido do estômago (uso parenteral) pois o ácido gástrico 
hidrolisa a parede lateral do anel betalactâmico (perda da atividade antimicrobiana). Utilizada em diferentes formas: 
cristalina sódica e potássica; procaína e benzatina. 
• Penicilina G cristalina (sódica e potássica): administração SC ou IM, latência de 30 min para atingir os níveis 
terapêuticos, duração de 4 a 6 horas, administrada IV. 
• Penicilina G procaína: administração SC ou IM, latência de 1 a 3 horas para atingir 
os níveis terapêuticos, duração de 12 a 24 horas. 
• Penicilina G benzatina: administração SC ou IM, latência de 1 a 3 horas e duração 
de 3 até 30 dias. 
Caracteristicas: boa difusão e distribuição tecidual, possuem dificuldade em atravessar a BHC, ampla distribuição no sangue, 
pulmão, sistema urinário, fígado e pele, ligação as proteínas plasmáticas (60%) - somente aquela não ligada às proteínas exerce 
atividade antimicrobiana, excreção renal renal (90%), curto espectro de ação e atua sobre bactérias gram-positivas: estreptococos, 
Associação com sais que diminuem a 
solubilidade e dificultam a absorção por 
parenteral. São de longa duração. 
estafilococos não produtores de pinicilinase, Actinomyces sp., Listeria monocytonoges, Clostridium e são inativas contra 
Pseudomonas, Enterobactericiae e estafilococos produtores de penicilinase. 
Penicilina V (Naturais): derivado semi-sintético das fenoxipenicilinas, possui como principal vantagem sua administração VO, tem 
resistencia ao pH ácido estomacal, é eliminada completamente após 6 horas de administração e tem especto de ação semelhante 
as penicilinas naturais. 
Penicilinas semissintéticas: 6APA ácido 6-aminopenicilânico – estrutura básica da penicilina 
• Penicilina ácido resistentes (ampicilina e amoxicilina); 
• Penicilinas amplo espectro; 
• Penicilinas β-lactamases resistentes (meticilina e naficilina); 
• Penicilinas ácido e β-lactamases resistentes. 
Penicilinas resistentes às penicilinases (semissintéticas): atuam sobre o Staphylococcus aureus (produtor de penicilinases), 
usadas no tratamento e prevenção de mastite estafilocócica bovina. As isoxazolilpenicilinas garantem estabilidade em meio ácido 
(administradas por VO), níveis plasmáticos são mantidos de 4-6 horas, Ex: Oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina e flucloxacilina). 
Meticilina e Nafcilina não devem ser administradas por VO (instáveis em meio ácido). 
Penicilinas de largo espectro de ação (semissintéticas): são sensíveis as penicilinase, por isso os inibidores de 
betalactamases podem ser associados (ácido clavulânico, sulbactam). Principais fármacos: ampicilina e amoxicilina → possuem 
ação contra cocos gram-positivos e gram-negativos e bacilos gram-negativos, bem absorvidas VO, Amoxicilina possui melhor 
absorção. 
Penicilinas antipseudomonas (semissintéticas): fármacos eficazes contra Pseudomonas e Proteus. Carbenicilina sofre 
degradação do suco gástrico devendo ser administrada por via parenteral, Indanil Carbenicilina pode ser administrada VO e 
Ticarcilina e mezlocilina não são absorvidas por VO e devem ser administradas por via parenteral. 
Toxicidade: são fármacos seguros com poucos efeitos adversos. Pode causar anemia hemolítica em equinos, há relatos de 
toxicidade aguda causada pela presença de potássio e procaína nas preparações de penicilina G. Assim, para evitar arritmias 
cardíacas é mais indicada a penicilina G sódica, em vez da potássica IV. Altas doses de penicilina G procaína podem causar 
excitação do sistema nervoso central (incoordenação motora, ataxia, excitação) e morte, particularmente em equinos. Ainda em 
equinos,não se deve administrar penicilina G procaína, pelo menos 2 semanas antes da competição, para evitar o resultado 
positivo no exame antidoping. Soluções hipertônicas IV com Benzilpenicilina pode causar ataxia e convulsões em cães e gatos. O 
mais comum é anorexia, vômito e diarreia quando administradas por VO. 
Resistência: produção de betalactamases, redução da penetração através da camada externa da parede celular e dificuldade do 
agente atingir o sítio de ação. 
Cefalosporina: fármacos provenientes do fungo Cephalosporium acremonium, o mecanismo de ação semelhante às penicilinas. 
São classificadas em quatro classes: 1ª, 2ª, 3ª e 4ª geração. 
Rapidamente absorvidos após a administração IM ou SC, biodisponibilidade varia de acordo com o fármaco e a espécie, possuem 
boa distribuição no sangue, bile, líquido sinovial, fluído pleural e tecidos ósseos , má penetração em tecido prostático e humor 
aquoso e vítreo, excreção renal e na bile. 
 
Toxicidade: administração oral pode causar vômito e diarreia, 
Cefaloridina desenvolveu toxicidade em doses terapêuticas e Cefalotina 
e aminoglicosídeos quando associados podem produzir lesão renal. 
 
 
 
 
 
Outros ATBs betalactâmicos: 
• Inibidores da betalactamese (Ácido Clavulânico): contém anel β- lactâmico capaz de se encaixar no centro catalítico 
das betalactamases impedindo a degradação das penicilinas administradas simultaneamente. Possui mínima eficácia 
antimicrobiana quando administrado sozinho. Amoxicilina + Ácido Clavulânico → VO não sofre ação das enzimas 
gástricas. 
• Sulbactam: sulfona do ácido penicilânico, atua sobre as betalactamases, possui mínima eficácia antimicrobiana quando 
administrado sozinho. Ampicilina + Sulbactam sódico admimistração injetável → atua sobre Pasteurella spp., 
Haemophilus pleuropneumoniae e Staphylococcus aureus. 
• Carbapenens (Imipeném, Meropeném e ertapeném): ampla ação em agentes gram-negativos e gram-positivos, ampla 
ação sobre betalactamases. Tem um metabólito tóxico que causa nefrotoxicidade. Pode ser combinado com um inibidor 
enzimático renal (cilastatina). Meropeném e ertapeném não necessitam da associação com cilastatina. 
• Monobactans (Aztreonam e tigemonam): primeiro exemplar da classe: aztreonam, não tem absorção VO, somente 
parenteral (IV ou IM), espectro de ação curto, atua somente contra agentes gram-negativos. Alta resistências as 
betalactamases. 
Antibióticos que interferem na síntese da parede celular: 
Bacitracina: antibiótico polipeptídico, atua contra gram-positivas 
(maioria) e pouca ação sobre gram-negativas. Pode ter 
associação com outros antibióticos com ação sobre gram-
negativas. Mecanismo de ação: impede a desfosforilação de um 
pirofosfato lipídico (carreador presente na membrana celular) e 
lesiona a membrana citoplasmática. Não é absorvida VO e é 
nefrotóxica, sua apresentação é tópica (soluções otológicas, 
cremes, pomadas). Usada por VO como promotores de 
crescimento em bovinos e aves, é raro casos de resistência 
bacteriana. 
Glicopeptídicos (Vancomicina, teiclopamina e avoparcina): atb com atividade contra gram-positivas (cocos). Mecanismo de 
ação: ligam-se a D-alanina D-alanina e inibem a transpeptidação. Não atravessam a BHC e são resistentes as enzimas 
proteolíticas, não são absorvidos por VO. 
Vancomicina: isolada do Streptomyces orientalis, efeito bactericida sobre a maioria dos cocos (Staphtlococcusspp. e 
estreptococos), atua principalmente em gram-positivas, sem ação sobre gram-negativas, resistencia bacteriana – Enterococos 
resistentes (Vancomycin – Resistent Enteroccoci). A IV é a principal via de administração, boa penetração nos tecidos: pulmão, 
fígado, miocárdio, líquido pleural, pericárdio e líquido sinovial, atinge o liquido cefalorraquidiano (meningites), meia-vida em cães 
(2h) e equinos (3h), efeito sinérgico com aminoglicosídeos e toxicidade pouco relatada na veterinária devido ao uso. 
Antibióticos que interferem na permeabilidade da parede celular: 
Polimixinas: estrutura peptídica produzida pelo bacillus polymyxa. Polimixinas A,B,C,D,E e M – somente a B e a E são utilizadas, 
as outras são tóxicas. Espectro de ação: gram-negativas (intestino) e alguns fungos, usada em casos de endotoxemia (equinos), 
neutralizam o LPS da parede celular. Mecanismo de ação: ligam-se a constituintes lipoproteicos da membrana (LPS), deslocando 
competitivamente os íons Ca e Mg que agem como estabilizadores da membrana e desorganização desta estrutura → 
permeabilidade alterada e alterações na dinâmica respiratória = a bactéria morre. Atividade bactericida, tem concentração 
dependente (CIM), efeito sinérgico com outros antimicrobianos (sulfa e trimetropima, rifampina e cefalosporinas), não são 
absorvidas quando administradas VO, boa distribuição pulmões, fígado, rins e músculo esquelético. Tem nefrotocixidade, 
neurotoxicidade e causa bloqueio neuromuscular. 
Antibióticos que interferem na síntese proteíca: 
Rifamicina: grupo de atbs obtidos da cultura de Streptomyces mediterranei. Esse microrganismo era produtor de várias 
substâncias com ação antimicrobiana, as quais foram identificadas com diferentes letras: A, B, C, D, E etc. Destas substâncias, a 
mais ativa e com menor toxicidade para animais de experimentação foi a rifamicina B, a partir da qual foram obtidos vários 
derivados semissintéticos, como a rifamicina SV, a rifamida (rifamicina M) e a rifampina (rifampicina). Melhor ação sobre gram-
positivos. A Rifampicina mostrou maior atividade in vitro contra as bactérias gram-positivas e Mycobacterium tuberculosis e 
também contra várias bactérias gram-negativas e positivas. 
Mecanismo de ação: inibição da atividade RNA-polimerase-DNA-dependente. As rifamicinas entram na célula bacteriana e 
formam complexos estáveis com a subunidade beta das RNA-polimerases-DNA-dependentes dos microrganismos. Essa ligação 
resulta em enzimas inativas e inibição da síntese de RNA (RNA mensageiro, RNA ribossômico e RNA transportador), inibindo a 
síntese proteica em todos os estágios. Essa inativação pode ocorrer nas células dos mamíferos, mas em concentrações muito 
mais altas do antibiótico. As rifamicinas têm atividade bactericida. Considerando seu mecanismo de ação, esperava-se atividade 
bateriostática, porém a ligação irreversível com a RNA-polimerase faz com que todo o processo se síntese proteica, inclusive de 
DNA (bloqueia a formação de nucleotídios), fique comprometido, levando à morte da bactéria. As rifamicinas são ativas contra 
microrganismos extracelulares e intracelulares (Brucella, Mycobacterium, Rhodococcus, Chlamydophilia etc.); são capazes de 
entrar nos neutrófilos e macrófagos, matando bactérias intracelulares, sem interferir com a fagocitose. 
Rifamicina SV e rifamida administração apenas via parenteral, Rifampicina é VO pois tem rápida absorção e ligação de 80% com 
as proteínas plasmáticas. São lipofílicas = boa distribuição tecidual (pulmões, bile, urina, leite, ossos, abcessos e SNC), 
biotransformação no fígado: indução de enzimas hepáticas – alteração no metabolismo de outros medicamentos, excreção: fezes, 
saliva, suor, urina (alaranjada) e lágrimas. 
Toxicidade: aumento das enzimas hepáticas – hepatite clínica, Trombocitopenia, anemia hemolítica, anorexia, vômito e diarreia. 
Resistência bacteriana cromossômica – facilidade de desenvolvimento. Deve ser utilizada associada a outros fármacos, 
indivíduos mutantes que codificam um RNA-polimerase refratária a ação do fármaco. 
Antibióticos que interferem na síntese do DNA: 
Quinolonas: derivados do ácido nalidíxico, surgiu as Fluorquinolonas a partir 
da adição dos radicais fluorados garantindo maior potência e espectro mais 
amplo de ação, melhor absorção VO, melhor capacidade de penetração 
celular, disponibilidade para administração IV, aumento da meia-vida. 
Estrutura química parecida com as purinas. Classificação por gerações: 
Ácido nalidíxico: maior efeito sobre infecções urinárias; Ciprofloxacino:melhor efeito sobre infecções do trato pulmonar. 
Mecanismo de ação: inibição da atividade da topoisomerase IV bacteriana e DNA girasse. A Topoisomerase IV impede a 
separação das fitas de DNA (replicação bacteriana) e a DNA girasse catalisa a direção e extensão do espiralamento das cadeias 
de DNA, assim, impedindo o enrolamento da hélice de DNA. Ação bactericida! 
Via oral (principal) é de rápida absorção, pico máximo de concentração sérica varia com a espécie, grande volume de distribuição, 
baixa ligação com proteínas plasmáticas, grau de biotransformação variável. O ácido nalidíxico é excretado na urina conjugado 
inativo e a Fluorquinolona é parcialmente biotransformadas – excretadas como subst. ativa. 
Entre os principais efeitos adversos têm sido descritos danos na 
cartilagem articular de cães jovens e potros. Além disto, estudos 
indicam que algumas quinolonas podem causar efeitos 
teratogênicos; portanto, a utilização de qualquer fluorquinolona é 
contraindicada para animais em fase de crescimento, bem como em 
fêmeas prenhes. Causa cristalúria (animais com urina alcalina), utilização 
com precaução em pacientes insuficientes renais crônicos, alta 
concentração de excreção na forma ativa, em felinos pode causar 
degeneração de retina e em cães tratados prolongadamente causa 
redução na espermatogênese e atrofia testicular. 
Resistência: a administração clínica das fluorquinolonas produz mutantes resistentes em uma frequência, ainda, relativamente 
pequena. Até o momento não se verificou resistência bacteriana às quinolonas pelos plasmídeos. A resistência é associada a 
modificações na DNA-girase ou na permeabilidade celular (porinas). Antagonismo: Inibem a síntese proteica (cloranfenicol) e 
inibem o RNA-mensageiro (rifampicina). 
Aminoglicosídeos (Amicacina, gentamicina, tobramicina e diidroesreptomicina): originados através de cepas 
Streptomycesspp., Micromonospora spp. e Bacillus spp. A estreptomicina, a neomicina e a tobramicina são derivados de 
Streptomyces spp., enquanto a gentamicina é obtida de Micromonospora spp. São hidrossolúveis (carboidratos associados com 
aminas), tem largo espectro, pouca ação sobre gram-positivas, extensa atividade sobre gram-negativas e não possuem ação 
sobre anaeróbias. São bactericidas ([ ] dependente), tem potencial nefrotóxico (relacionado a grupamentos amino livres na 
molécula do fármaco) e ototóxico. Aminoglicosídeos mais ionizados são mais tóxicos (neomicina). 
Mecanismo de ação: penetração na membrana celular bacteriana, difunde-se por canais aquosos (porinas) e o transporte 
dependente de O2 transporta o fármaco até os ribossomos, fazendo uma ligação irreversível a uma ou mais proteínas receptoras 
na subunidade 30S do ribossomo bacteriano (Subunidade 30S tem como principal função evitar traduções incorretas no material 
genético), interferindo nos processos de translação do RNAm. 
Farmacocinética semelhante entre as espécies animais, porém grande variabilidade dentro de cada população, pode ter uma 
diferença de disponibilidade (debilitados X saudáveis), não são absorvidos pelo TGI, tem natureza polar e aniônica, o tempo para 
atingir concentrações séricas máximas quando administrados extravascular é de 14-120 min após a administração, via de 
administração (instilado em cavidades), rápida absorção, semelhante IV. 
Natureza policatiônica (penetração através de barreiras, por difusão 
simples, é limitada. Baixas concentrações no fluido cerebroespinhal e 
secreções respiratórias), ligação as proteínas plasmáticas 20%, excreção 
renal (ocorre reabsorção tubular proximal e estocagem do fármaco 
intracelular. Esse acumulo no córtex renal pode gerar resíduos teciduais 
ilegais). 
Toxicidade: ototoxicidade (destruição progressiva das células sensoriais 
vestibulares e cocleares), nefrotoxicicdade (lesão em córtex renal – IRA, a 
neomicina é mais nefrotóxica e a estreptomicina é menos nefrotóxica). 
Fatores que predispõe a toxicidade: duração do tratamento, doses múltiplas diárias, doenças concomitantes, tratamentos com 
fármacos nefrotóxicos e idade. 
Nefrotoxicidade: as células dos túbulos proximais têm atração por Aminoglicosídeos e através da pinocitose ocorre a entrada dos 
aminoglicosídeos nos vacúolos citoplasmáticos que se fundem com os lisossomos e acontece o acúmulo no interior dos 
lisossomos e ruptura lisossomal e liberação de enzimas, aminoglicosídeos, causando desorganização das organelas e morte 
celular. 
Administração rápida intravenosa pode causar bradicardia e redução da pressão arterial devido ao seu efeito sobre o metabolismo 
do cálcio. O bloqueio neuromuscular está relacionado ao bloqueio de receptores colinérgicos nicotínicos que inibem a liberação 
pré-sináptica da Ach e reduzem a sensibilidade pós-sináptica (Neomicina). Tobramicina e netilmicina possuem menor risco de 
nefrotoxicidade. 
Resistência bacteriana: alteração de locais de ligação no ribossomo como consequência de mutação genética (menos 
frequente), redução da penetração do antibiótico no interior da bactéria (mutações que afetam o metabolismo energético da 
membrana citoplasmática, diminuindo a diferença de potencial e reduzindo o transporte ativo do fármaco pra dentro da bactéria), 
modificação enzimática do antibiótico (plasmídeos) enzimas inativadoras – modificam o grupo amino e hidroxila, impedindo a 
ligação no fármaco. 
Tetraciclinas (Doxiciclina, Tetraciclina e Oxitetraciclina): produzidos por diversas espécies de Streptomyces sendo algumas 
semissintéticas, classificadas como antibióticos de amplo espectro de ação, atuam sobre gram positivas e gram negativas e sobre 
alguns protozoários (Plasmodium faliparum, Entamoeba histolytica, Giargia lambia, Leishmania major e Toxoplasma gondii). 
Mecanismo de ação: ligam-se a subunidade 30s e impedem que o RNAt se ligue ao ribossomo, assim 
interferindo na síntese proteica do microrganismo, crescimento e multiplicação. Também podem se ligar a 
subunidade 40S de mamíferos. Bacteriostáticos! 
Podem ser utilizadas IV, IM ou SC porém a VO é preferida. Bem absorvidas VO (variação entre as 
espécies, podem quelar-se facilmente com os cátions polivalentes, reduzindo sua absorção, absorção 
reduzida com alimento, cálcio, magnésio, ferro, alumínio e antiácidos). Distribuem-se amplamente pelos 
tecidos corporais - [ ] plasmática de 1 a 3horas após a administração VO, lipossolubiliade varia conforme 
o fármaco, a Doxiciclina possui melhor penetração no encéfalo e próstata do que oxitetraciclina. Excreção 
renal (60%) e pelas fezes (40%). Sofrem o ciclo-enterohepático, administração IV deve ser lenta e diluído 
em solução salina, a administração é dolorosa (IM ou SC). No sangue se associa a proteínas 
plasmáticas, não atravessam a BHE (exceto a minociclina) e atravessam a barreira placentária. 
Toxicidades: animais insuficientes renais podem apresentar intoxicações devido a dificuldade de 
excreção e necrose em túbulos proximais. Causa irritação estomacal. Administração intravenosa 
rápida (são fármacos quelantes de cálcio – reduz a disponibilidade de cálcio). Presença de manchas 
ou descoloração nos dentes do feto quando administradas durante a prenhez (primeiro mês pós 
natal, depósito de cálcio na dentina em desenvolvimento), insuficiência hepática (deposição 
gordurosa). Evitar o uso em animais jovens ou em fase de crescimento por causar deformidades 
ósseas. Equinos e ruminantes quando administradas por via oral alteram a flora do TGI – distúrbios digestivos. 
Resistência bacteriana: efluxo do fármaco mediado por mecanismo dependente de energia (redução no interior do 
microrganismo), proteção ribossômica, impedindo a ligação do fármaco e modificação química necessitando de oxigênio, NADPH 
e catálise por enzimas. 
Macrolídeos (Eritromicina, azitomicina e espiramicina): possuem um anel lactônico macrocíclico, ao qual se ligam açúcares. 
Considerando o número de átomos deste anel macrocíclico podem ser divididos em três grupos:• 14 átomos: eritromicina; 
• 15 átomos: azitromicina, tulatromicina; 
• 16 átomos: espiramicina, tilosina, josamicina, leucomicina, roquitamicina. 
Na MV seu uso é limitado devido à toxicidade causada quando administrado a herbívoros por via oral e também à dor no local da 
administração por via intramuscular. Alguns macrolídeos são empregados como promotores de crescimento (Oleandomicina e 
carbomicina). Eritromicina (Gram-positivos e gram-negativos aeróbios), Espiramicina (espectro de ação menor que a eritromicina) 
e Azitromicina (largo espectro de ação, Gram – negativos). 
Mecanismo de ação: se ligam a subunidade 50s do ribossomo, inibem a translocação do RNAt não permitindo a adição de novos 
aminoácidos na cadeia peptídica e impedindo a síntese proteica da célula. São bacteriostáticos, mas podem ser bactericidas em 
altas concentrações (tempo dependente). 
Eritromicina base é pouco absorvida VO (inativada pelo pH ácido do estômago), formulações a base de estolato ou estearato – 
liberação entérica, a presença de alimento interfere na absorção. Injeções IM ou SC de eritromicina são dolorosas e irritantes. 
Macrolídeos tendem a concentrar-se em células devido seu caráter básico (captados por células com pH mais ácido que do 
plasma). Indicados para o tratamento de doenças pulmonares (boa concentração nos pulmões), Eritromicina não ultrapassa a 
BHE e ultrapassa barreira placentária, atinge [ ] terapêuticas no feto. Biotransformação hepática, excreção na bile e fezes. 
Interações medicamentosas: efeito antagônico (Clorafenicol, lincosamidas, penicilinas, cefalosporinas e Cotrimoxazol), 
metabolização aumentada (Fenobarbital) e inativação (vitaminas do complexo B e Vitamina C). Redução do metabolismo: 
glicocorticóides, anticoncepcionais (orais), teofilina, carbamazepina, ciclosporina, warfarin e digoxina. 
Toxicidade: irritação tecidual (IM), tromboflebites (IV), distúrbios gastrointestinais (desequilíbrio da flora intestinal em equinos e 
coelhos (óbito), agonista do receptor da motilina (estreptomicina age como estimulante da musculatura lisa intestinal), inibidor das 
enzimas hepáticas - reduz a biotransformação de algumas substâncias. 
Resistência bacteriana: mediada por plasmídeos e mutação cromossômica, modificação no local de ligação (pode levar a 
resistência cruzada dos macrolídeos, genes estão presentes nos plasmídeos), efluxo ativo e síntese de enzimas que hidrolisam o 
anel de lactona (estearases). 
Antibióticos que bloqueiam a síntese do folato (sulfas): são bacteriostáticos de amplo espectro, este grupo compreende: 
Sulfanilamida, Sulfixoxazol, Sulfacetamida, Ácido para-aminobenzóico, Sulfadiazina e Sulfametoxazol. 
Mecanismo de ação: as sulfas, quando administradas em concentrações terapêuticas, são bacteriostáticas e, em concentrações 
altas, são bactericidas, mas nessas concentrações podem causar graves reações adversas ao hospedeiro. Este quimioterápico é 
um análogo estrutural do ácido para-aminobenzoico (PABA), uma substância essencial para a síntese de ácido fólico, o qual, por 
sua vez, quando em sua forma reduzida, o ácido tetra-hidrofólico, é fundamental para a síntese de DNA e RNA bacteriano; 
portanto, as sulfas funcionam como um antimetabólito. Ou seja, PABA e sulfas são parecidas, por isso enganam as bactérias. 
Vias de administração: oral e tópica (ocorrência de reações alérgicas - exceção: Sulfadiazina de prata), IV – sais 
monossódicos, exceção: Sulfadimina e sulfadimetoxina sódica. Absorção variável entre fármaco e espécie animal. 
Absorção em útero, glândula mamária e pele lesada geralmente é baixa, atravessam a BHE e placentária, 
biotransformação hepática (acetilação e oxidação - metabólito (acetilsulfatiazol) menos solúvel em água levando a deposição nos 
túbulos renais = toxicidade. Eliminação renal, urina, suor e leite. 
 
Toxicidade: aguda (altas doses ou rápida administração IV - salivação, diarreia, hiperpnéia, 
excitação, fraqueza muscular e ataxia), crônica (cristalúria sulfonamídica). Reações de 
hipersensibilidade (poliartrite, febre, anemia, trombocitopenia e eosinofilia), neurite periférica 
em bovinos. 
Resistência bacteriana: gradativa e lenta (persistente e irreversível), mediada por 
plasmídeos (diminuição pela afinidade da sulfa com a di-hidropteroatosintetase, aumento da 
capacidade do microrganismo inativar o fármaco, caminho alternativo para formação do 
ácido fólico e aumento da produção de PABA (ácido p-aminobenzóico) pelas bactérias). 
Derivados nitrofurânicos: amplo espectro de ação (Gram- positivas e gram- negativas, 
alguns protozoários e fungos), bactericidas ou bacteriostáticos (dependente da 
concentração), resistência bacteriana reduzida e efeitos tóxicos quando administrados sistemicamente (diáteses hemorrágicas, 
anemia, trombocitopenia, efeitos no SNC e vômitos). 
Mecanismo de ação: não está ainda perfeitamente elucidado, pode ser a redução destes compostos (nitrofurânicos) por 
flavoproteínas bacterianas formando intermediários reativos que causam danos ao DNA bacteriano e levam a morte. 
Proibido o uso em animais de produção por ter atividade cancerígena. Ex: Nitrofurantoína, furazolidona, nitrofurazona. 
Composto nitroimidazólico: os imidazóis são substâncias caracterizadas pela 
presença de um núcleo cíclico pentagonal contendo dois átomos de nitrogênio. O 
metronidazol foi o primeiro derivado 5-nitroimidazol introduzido na terapêutica 
humana, outros derivados 5-nitroimidazóis: Tinidazol, secnidazol, ornidazol e 
Benzinidazol. 
Mecanismo de ação: após a entrada na célula, por difusão passiva, o antimicrobiano 
é ativado por um processo de redução, ogrupo nitro da droga atua como receptor de 
elétrons levando à liberação de compostos tóxicos e radicais livres que atuam no 
DNA, inativando-o e impedindo a síntese enzimática das bactérias. 
Bactérias aeróbicas não possuem enzimas que redutoras e não formam compostos 
tóxicos intermediários. 
Administração VO ou IV, ampla absorção e distribuição pelos tecidos, atravessa a 
BHE e placentária, biotransformação hepática (oxidação e conjugação com 
glicuronídio), excreção através da urina. Efeitos colaterais são raros e incluem ataxia, 
convulsão e neuropatia periférica.

Outros materiais