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trabalho arbitragem x jurisdiçao

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Faculdades Metropolitanas Unidas
Estágio Prático Supervisionado- Mediação e Arbitragem
Tema: A Jurisdição na Arbitragem
Nome: Ágata Santos Costa. 
Registro Acadêmico: 1393922.
Turma: 003103A12.
16 de abril de 
2020
Da Arbitragem
 Trata-se de um instituto pelo qual as partes de um litígio podem aderir através de uma cláusula compromissória ou de um compromisso arbitral, de forma expressa e escrita. Feito isso, os envolvidos não poderão postular em juízo estatal os conflitos que envolvem direito patrimonial, estando este agora incapaz de atuar em futuras ou presentes controvérsias que surgirem. Essa autonomia é uma das principais características da justiça extrajudicial, permitindo que as partes não só determinem se a esta irão aderir, mas também as formas como o procedimento arbitral, assim como o arbitro ou conselho arbitral, se constituirão. Estes últimos (árbitro ou conselho arbitral), deverão seguir os princípios de imparcialidade e neutralidade, ou seja, não podem julgar as causas de acordo com algum favoritismo ou privilégio entre as partes, mas sim com base nos fatos e argumentos fornecidos para chegar a uma sentença equilibrada. 
 A arbitragem ganhou maior independência do Poder judiciário após a vigência do Código Civil de 2015 e alterações feitas na Lei da Arbitragem (9.307/96), que proporcionaram a desnecessidade de homologação da sentença proferida pelo juízo arbitral por parte do juízo estatal, mas isso não significa que se trata de um instituto recente, pois o mesmo já havia sido previsto na primeira Constituição do Brasil de 1824 em seu artigo 160 na seguinte forma:
“Art. 160- Nas (causas) cíveis, e nas penais civilmente intentadas, poderão as Partes nomear Juízes Árbitros. Suas Sentenças serão executadas sem recurso, se assim o convencionarem as mesmas Partes”.
 Não obstante, a jurisdição ainda não se desvinculou completamente da arbitragem, que por vezes é manejada e redirecionada a se tornar muito similar ao processo comum, mesmo sendo uma fonte extrajudicial. E nos casos onde uma das partes não concorda com a sentença arbitral, esta pode recorrer apenas ao judiciário e então se inicia um novo processo, descartando tudo o que havia sido feito através da arbitragem.
 A sentença na arbitragem deve ser proferida no prazo de até 6 (seis) meses após a sua instituição se as partes sobre isso não convencionarem, sendo esta uma determinação feita pela L.A. no art. 23 para justamente garantir o princípio de celeridade do procedimento arbitral. E igualmente prevê a sigilosidade do caso, o que para grandes empresas é uma vantagem que impede a disseminação de uma imagem negativa para seu público, mas em contrapartida na justiça jurisdicional, resguarda-se o princípio da publicidade dos atos processuais na própria Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5°, inciso LX que diz:
“art. 5°, LX- a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”.
 Sendo assim, a natureza jurídica da arbitragem é essencialmente autônoma, mesmo se tratando de um ramo do Poder Judiciário, pois sua estrutura e características principais não se adaptam à justiça comum e, portanto, dentro do direito pode ser uma nova categoria a ser desenvolvida ao invés de ser associada aos meios tradicionais de solução dos conflitos. 
Da Jurisdição
 O judiciário, na Teoria dos três Poderes adotada pelo Brasil, é um poder independente, cuja a função típica é aplicar as normas jurídicas aos casos concretos, ou seja, “dizer o direito”. Sendo assim, seus atos e disposições devem estar regulamentados e restritos tão somente as normas vigentes e aos procedimentos estabelecidos para a solução dos conflitos que lhe são apresentados, diferentemente da arbitragem que, por sua vez, é regida pelas diligências das partes.
 O seguinte quadro elaborado por Roberto Faustino da Silva, que é professor do curso de mediação e arbitragem pela CCRC, apresenta uma relação entre o judiciário e a arbitragem, veja a seguir:
	Judiciário
	Arbitragem
	Partes não escolhem o juiz;
	Partes escolhem árbitro(s);
	Juiz tem foro;
	Árbitro não tem foro;
	Publicidade;
	Confidencialidade;
	Formalidades;
	----------
	Recorribilidade da decisão;
	Irrecorribilidade da decisão;
	Analisa qualquer matéria ou espécie de direito;
	Analisa direitos patrimoniais disponíveis;
	Juiz tem poder de imperium
	Arbitro não tem poder de imperium
	Juiz tem carreira e é dito natural
	Missão do Árbitro é efêmera.
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/arbitragem-no-ordenamento-juridico.
Conclusão
Essa rigidez do Poder Judiciário acaba por gerar uma morosidade nos processos judiciais, onde o mais longo processo da história do Brasil durou 123 anos em tramitação, na ação que trata da posse do Palácio Guanabara-jusbrasil.com.br/notícias. Entre esta e outras razões que se vê a necessidade de incentivo as formas alternativas de direito. 
Concluindo, espera-se que com o tempo, não só a arbitragem, mas também a mediação e conciliação sejam mais incorporadas aos nossos instrumentos de justiça, e que adquiram mais autonomia da jurisdição em suas esferas.
Bibliografia 
· monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/arbitragem-no-ordenamento-juridico-vantagens-desvantagens
· planalto.gov.br
· www.migalhas.com.br/depeso
· http://genjuridico.com.br/2019/06/10/excesso-judicializacao-no-brasil/
· laholiveira.jusbrasil.com.br

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