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A contabilidade de custos

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A contabilidade de custos 
Para fazer a contabilidade de custos, você deverá seguir primeiramente 3 passos 
principais: realizar a listagem de todas as despesas e custos da empresa; separar os 
custos diretos associados a cada produto e comparar o custo direto com o preço de venda 
do produto. 
Caso o custo direto supere o preço de venda, esse produto não apresenta margem de 
contribuição, isto é, ele não ajudará a pagar os custos indiretos. 
A margem de contribuição é o valor que resta da receita para pagar os custos indiretos ou 
fixos, permitindo que a empresa tenha lucros depois das vendas. A sua fórmula é, 
portanto, MC = PREÇO DE VENDA – CUSTOS DIRETOS. 
Caso não aconteça isso, ou seja, caso o preço de venda supere o custo direto, você 
poderá passar para o passo 4: ratear os custos indiretos entre os produtos. Uma maneira 
simples de fazer esse rateio é calculando a porcentagem de vendas de cada produto e 
fazendo uma divisão balanceada dos custos entre esses produtos. 
O passo 5 consiste em encontrar o ponto de equilíbrio. Feito o rateio e definida a margem 
de contribuição, você poderá identificar quantas unidades de cada produto precisam ser 
vendidas (ou quantos serviços precisam ser prestados) para tornar receitas 
e despesas iguais ou equivalentes. Caso só exista um produto ou um serviço, o ponto de 
equilíbrio ficará ainda mais fácil de ser definido. 
Finalmente, chegamos ao passo 6: tomando como base os 5 passos anteriores, 
desenvolva a melhor formação de preço de venda e, caso necessário, refaça os passos. 
Exemplo para efetuar a contabilidade de 
custos 
Uma loja de cosméticos tem 4 produtos diferentes: 
 produto 1: custo de R$ 150,00 por unidade fabricada e preço de venda de R$ 
200,00; 
 produto 2: custo de R$ 100,00 por unidade fabricada e preço de venda de R$ 
200,00; 
 produto 3: custo de R$ 80,00 por unidade fabricada e preço de venda de R$ 60,00; 
 produto 4: custo de R$ 50,00 por unidade fabricada e preço de venda de R$ 90,00; 
 salário dos funcionários: R$ 15.000,00; 
 aluguel e outras despesas: R$ 10.000,00. 
Agora, calculamos a margem de contribuição de cada produto, considerando o custo direto 
de cada um (MC = PREÇO DE VENDA – CUSTOS DIRETOS). 
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 produto 1: R$ 50,00 (200 – 150); 
 produto 2: R$ 100,00 (200 – 100); 
 Produto 3: R$ -20,00 (60 – 80); 
 produto 4: R$ 40,00 (90 – 50). 
Considerando que o produto 3 está causando prejuízos à empresa, uma boa alternativa 
seria tirá-lo da lista. 
Façamos agora o rateio, considerando os custos indiretos: R$ 15.000,00 + R$ 10.000,00 = 
R$ 25.000,00. 
 rateio do produto 1: 26% (MC do produto / MC total = 50 / 190 = 0,26); 
 rateio do produto 2: 53% (MC do produto / MC total = 100 / 190 = 0,53); 
 rateio do produto 3: 21% (MC do produto / MC total = 40 / 190 = 0,21). 
Agora, aplicando cada porcentagem sobre o total de custos indiretos, temos: 
 produto 1: R$ 6.500,00 referente às vendas que precisarão ser feitas (26% x 
25.000); 
 produto 2: R$ 13.250,00 referente às vendas que precisarão ser feitas (53% x 
25.000); 
 produto 3: R$ 5.250,00 referente às vendas que precisarão ser feitas (21% x 
25.000). 
Vendas nesse total são as ideais para atingir o ponto de equilíbrio. Vamos, agora, calcular 
a quantidade produtos que correspondem a essas vendas, aplicando a fórmula PONTO 
DE EQUILÍBRIO DO PRODUTO = CUSTOS FIXOS (INDIRETOS) DO RESPECTIVO 
PRODUTO / MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DO RESPECTIVO PRODUTO. 
 produto 1: 130 unidades (6500 / 50 = 130); 
 produto 2: entre 132 e 133 unidades (13.250 / 100 = 132,5); 
 produto 3: 131 unidades (5.250 / 40 = 131,25). 
Caso o gestor considere inviável vender a quantidade especificada de cada produto, 
poderá reconsiderar o preço de venda a fim de alcançar, dentro do possível, melhores 
margens de contribuição, reduzindo a quantidade de produtos necessários para empatar. 
 
 
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A análise de custos a partir somente dos 
custos fixos e opções de economia 
Você poderá fazer uma análise de custos considerando apenas os custos fixos, já que os 
custos variáveis podem ser mais difíceis de serem calculados. 
Avaliando os custos fixos, você poderá chegar à conclusão que são necessários alguns 
cortes para melhorar a saúde financeira do negócio e até aumentar a margem de lucro. Eis 
algumas estratégias para fazer uma boa economia: 
 adoção de banco de horas: em vez de optar pelo pagamento de horas extras, o 
gestor poderá adotar um banco de horas, deixando a cargo do funcionário escolher 
como gerenciar melhor as horas excedentes de seu trabalho (poderá, por exemplo, 
prolongar um feriado ou tirar um dia de folga); 
 otimização da jornada de trabalho: aproveitando melhor o período de trabalho, 
pode-se economizar em diversos aspectos dentro da empresa (considere, 
especialmente, menos dispersão e um horário de almoço mais curto); 
 redução de perdas e desperdícios na produção: para diminuir perdas, vale a pena 
investir em pessoal mais qualificado e maquinário mais moderno , pois a linha de 
produção mais qualificada agrega valor ao produto ao passo que a falta de 
qualidade só causa prejuízos (dessa forma, o investimento oferece um retorno a 
médio prazo); 
 corte de gastos com energia: é fundamental economizar gastos com energia 
elétrica tanto para beneficiar a própria empresa quanto para beneficiar o meio 
ambiente (você poderá economizar luz usando lâmpadas econômicas, 
aproveitando melhor a iluminação natural e usando móveis e pintura mais claros). 
A verdadeira análise de custos deve ser 
feita criteriosamente com a ajuda de 
recursos tecnológicos 
Você poderá usar a tecnologia para fazer a análise de custos com mais eficiência e 
precisão. A tecnologia SAP e outros sistemas automatizados permitem realizar uma 
análise agregada, classificando todas as compras da empresa com agilidade, dados 
confiáveis dos fornecedores e disponibilidade sob demanda. 
Lembre que o valor não importa, é preciso registrar tudo que entra e sai da empresa para 
manter o melhor controle possível sobre as finanças. 
 
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