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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP PEDAGOGIA INICIAÇÃO CIENTÍFICA SAMANTHA CELESTE AQUINO BOZETO – N380870 ELABORAÇÃO DO PRÉ PROJETO DE PESQUISA 1. TEMA OS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E SUAS DIFICULDADES. 2. TÍTULO O que é o processo de aprendizagem e quais as dificuldades apresentadas pelas crianças participantes do projeto? (De Extensão Apoio Pedagógico na Alfabetização, Escrita e Leitura Raciocínio Lógico Matemático de Crianças com Dificuldades de Aprendizagem) 4. PROBLEMATIZAÇÃO Qual o desafio no processo de aprendizagem das crianças? E como identificar as dificuldades de aprendizagens apresentadas pelas crianças participantes do projeto (De Extensão Apoio Pedagógico na Alfabetização, Escrita e Leitura Raciocínio Lógico Matemático de Crianças com Dificuldades de Aprendizagem), em sala de aula? 5. APRENDIZAGEM A aprendizagem pode ser definida como um processo constante e evolutivo que provoca modificações no comportamento, tanto físico, como biológico, dos indivíduos e também do ambiente no qual estão inseridos, provocando assim, novos comportamentos. Pode-se dizer que todo o trabalho do educador tem como foco a aprendizagem. “Se o aluno não aprendeu o professor não ensinou; se o aluno não aprendeu, o esforço do professor foi uma tentativa de ensinar, mas não ensinou (...)” (FALCÃO, 1995, p.19). A aprendizagem é um fenômeno que acontece no dia-a-dia, desde o início de nossas vidas (ou quem sabe até antes). Não é hereditária. É um processo pessoal, porque dependem do envolvimento, esforço e capacidade de cada um; é gradual, porque se aprende um pouco de cada vez e de acordo com seu ritmo próprio. A aprendizagem é um processo contínuo, que ocorre ao longo da vida, pois estamos sempre aprendendo, sempre adquirindo novos conhecimentos. A aprendizagem garante a continuidade da espécie humana, permitindo a transmissão da cultura entre as civilizações, a inserção social e transforma, criando o homem que deseja. Assim, o sujeito que não aprende, não cumpre as funções sociais da educação e está condenado ao fracasso. Segunda idéia-chave: “não é possível ensinar sem aprender”. (FREIRE, 1998b). O educador deve conhecer a realidade do grupo que vai trabalhar. Freire afirma que o educador deve se deixar educar. A aprendizagem só ocorrerá com o envolvimento de ambos, educador e educando, e pela postura que o primeiro adota em relação à realidade que o segundo lhe apresenta. Para ele não se educa transferindo conhecimento, mas sim criando possibilidades para a sua produção ou sua construção. O aluno não é um depósito onde se remete informação. Freire cita que ensinar exige reflexão crítica s obre a prática, onde s e implica um pensar certo, que envolve movimento dinâmico e dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer. “É pensando criticamente a prática d e hoje ou de ontem que s e pode melhor ar a próxima prática”. (FREIRE, 1998b). Piaget não se deteve em explicar a aprendizagem, mas seus estudos basearam-se em saber como o sujeito aprende - como o sujeito constrói seu conhecimento. Tenta assim, explicar o conhecimento como um processo de interação entre o que acontece fora do indivíduo com o que lhe acontece internamente. Piaget diz: Em um primeiro sentido, pode –se dizer que a efetividade intervém nas operações da inteligência; que ela estimula ou perturba; que ela é a causa de acelerações ou de atrasos no desenvolvimento intelectual; mas que ela não será capaz de modificar as estruturas de inteligência enquanto tal... Em segundo sentido, pode se dizer , ao contrário, que a efetividade intervém nas estruturas da inteligência; que ela é fonte de conhecimentos e de operações cognitivas originais. Numerosos autores têm sustentado este ponto de vista(...); e a continuidade cita os nomes de Wallom, Malrieu, Ribot e Perelman. (apud LAJONQUIÉRE,2002, p.128) 6. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM O fracasso escolar não é um tema recente nem mais uma preocupação consequente dos tempos modernos. Há muito tempo educadores vêm realizando pesquisas e investigando as causas que possam justificar o mau rendimento escolar, ou os problemas de aprendizagem. (SAMPAIO, 2009). Nesse contexto proliferou a crença de que os problemas de aprendizagem possuíam causas orgânicas e precisavam de atendimento especializado, influenciando parte do movimento da Psicologia Escolar que , segundo Bossa (1994), determinou a forma de tratamento dada ao fracasso escolar. De acordo com Bossa ao tratar de problemas de aprendizagem devemos sempre considerar as dificuldades da criança na escola e as dificuldades da escola com as crianças. Quando consideramos a criança devemos verificar suas condições físicas, psíquicas, ou seja, sua possibilidade de aprender, se dispõe de recursos cognitivos apropriados para a fase em que se encontra. Quando tudo estiver de acordo e a criança só não aprende na escola devemos realizar um diagnóstico institucional para verificar quais problemas estão comprometendo o êxito do aluno. Muitas vezes o professor não percebe que a sua maneira de ensinar não é a mais apropriada para o aluno aprender. O professor preso a métodos ou a proposta pedagógica da escola, sem condições de se atualizar ou mesmo resistente a mudanças não percebe que está no caminho errado e acaba por não rever a sua prática tornando -a incoerente e fazendo assim, sofrer o aluno. A fronteira que existe entre a dificuldade de aprendizagem e o transtorno é muito sutil, porém, dificuldades são momentâneas, os transtornos não. Desta forma é importante estabelecer uma diferenciação entre a dificuldade e o transtorno de aprendizagem. De acordo com o DSM-IV - TR, o transtorno ou distúrbio de aprendizagem é um conjunto de sinais ou sintomas que provocam uma série de perturbações no aprender da criança, interferindo no processo de aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada. O transtorno corresponde a uma inabilidade específica em uma das áreas como a leitura, a escrita, a matemática em indivíduos considerados capaz es intelectualmente, porém um transtorno está quase sempre associado a outro. Os transtornos de aprendizagem podem persistir até a idade adulta. Os manuais CID-10 e DSM-IV apresentam três tipos básicos de transtornos específicos: o Transtorno da Leitura, o Transtorno da Escrita e o Transtorno da Matemática. Transtorno da Leitura: Dislexia: é uma dificuldade específica em compreender as palavras escritas. Sob nenhuma hipótese está relacionado à idade mental, problemas de acuidade visual ou baixo nível de escolaridade. Transtorno da Escrita: Disgrafia e/ou Disortografia: é um transtorno de ortografia ou caligrafia, geralmente combinado à dificuldade em compor textos escritos por apresentar erros de gramática, pontuação, má organização dos parágrafos, múltiplos erros ortográficos ou fraca caligrafia. Transtorno da Matemática: Discalculia: a criança apresenta uma inabilidade em adquirir conceitos matemáticos e a utilizá-los na vida diária, geralmente está combinado com o Transtorno da Leitura e da Escrita. O diagnóstico precoce do transtorno de aprendizagem é fundamental para a superação desta dificuldade.Desta forma se verifica a área mais comprometida e se encaminha para a abordagem terapêutica mais adequada. A maioria das crianças é encaminhada para intervenção psicopedagógica ou fonoaudiológica continuando com suas atividades normais na escola. Porém, existem alguns casos que o transtorno exige um programa educativo individual e intensivo. Quando existem problemas emocionais vinculados ao transtorno, a criança deve ser avaliada também pelo psicólogo. E se a capacidade de atenção e concentração forem limitadas a ponto de se fazer uso de medicação, faz -se necessário o acompanhamento de um psiquiatra ou neurologista. 7. OBJETIVOS OBJETIVOS GERAIS: Apresentar os desafios no processo de aprendizagem e dificuldades de aprendizagem nas crianças participantes do Projeto: De Extensão Apoio Pedagógico na Alfabetização, Escrita e Leitura Raciocínio Lógico Matemático de Crianças com Dificuldades de Aprendizagem. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar o processo de aprendizagem e as dificuldades apresentadas pelas crianças participantes do projeto. Refletir sobre a importância do plano pedagógico aplicado pelo docente nas crianças, no processo de aprendizagem e identificação de suas dificuldades/transtornos de aprendizagem. 8. COLETA DE DADOS A pesquisa a ser utilizada no projeto será através da análise de relatórios dos universitários/professorando; entrevistas com as crianças e análise das fichas das crianças participantes do projeto. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOSSA, Nádia A. Dificuldades de aprendizagem: O que são? Como tratá -las? Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1998a. São Paulo: Paz e Terra, 1998b. (Coleção Leitura) FALCÃO, Gérson Marinho. Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Á tica S.A., 1995. LAJONQUIÉRE, Leandro de. De Piaget a Freud: para repensar as aprendizagens. A (Psico)pedagogia entre o conhecimento e o saber. Petrópolis, RJ: Vozes,1992. SAMPAIO, Simaia. Dificuldades de Aprendizagem: a psicopedagogia na relação sujeito, família e escola. Wak editora. Rio de Janeiro, 2009.
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