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Protocolo Qualidade em Instituições de Longa Permanência para Idosos no Município de Curitiba 3ª Edição Prefeito Municipal de Curitiba Gustavo Bonato Fruet Presidente da Fundação de Ação Social Marcia Oleskovicz Fruet Secretário Municipal da Saúde Adriano Massuda Superintendência Executiva - FAS Simone Camargo Nadolny Superintendência de Planejamento - FAS Jucimeri Isolda Silveira Diretoria de Proteção Social Especial - FAS Angela Christianne Lunedo de Mendonça Coordenação de Proteção Social Especial de Alta Complexidade - FAS Márcia Yuri Sekikawa Nagata Equipe Técnica - FAS Cláudia Maria Padilha Monteiro Dayanne Ferreira de Freitas Elisa Maria Schmidt Paula Dorothea Scheffer de Oliveira Roberta Hofius Knaut Margareth Hofstein Ferreira Zeila Plath Oliveira da Silva Diretoria do Centro de Saúde Ambiental - SMS Luiz Armando Erthal Coordenação de Vigilância Sanitária - SMS Giselle Kosiak Poitevin Pirih Apoio Técnico - SMS Vivian Maria Reksua Fabíola França Balmant 2014 Protocolo Qualidade em Instituições de Longa Permanência para Idosos no Município de Curitiba 3ª Edição 5 Apresentação No Brasil, o aumento significativo e crescente do número de pesso- as idosas tem demandado alter- nativas não familiares para o seu cuidado; dentre elas, a escolha mais comum é o acolhimento em Instituições de Longa Permanên- cia para Idosos (ILPIs). As ILPIs são locais de acolhimento institucional que devem garantir proteção inte- gral previstas nas normativas da política de assistência social, re- lativas à proteção social especial de alta complexidade, bem como nos regulamentos sanitários para atender pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, com direitos violados, com ausência de família, ou que não dis- põem de condições para permane- cer com a família, em situação de rua ou abandono, com vínculos familia- res fragilizados ou rompidos. Segundo o IBGE – Censo 2010, a população total de Curitiba é de 1.751.907 habitantes, sendo 198.089 idosos, que corresponde a 11,3% da população com idade superior a 60 anos. A Prefeitura Municipal de Curi tiba tem envidado esfor- ços para elaborar estratégias visan do o melhor atendimento às pes soas idosas. Dentre elas, cita-se o Protocolo Qualidade 6 em Instituições de Longa Per- manência para Idosos (PQIL- PI), executado em parceria pela Fundação de Ação Social - FAS e Secretaria Municipal de Saú- de/Vigilância Sanitária – SMS/ VISA. O protocolo visa assegurar padrões de qualidade no aten- dimento de pessoas idosas acolhidas em ILPIs. As ações têm trazido resultados positi- vos desde o ano 2002, quando foi elaborada a primeira edição da presente cartilha de orienta- ções. No momento, estamos na terceira edição, a qual orienta gestores de ILPIs, pessoas ido- sas e seus familiares acerca da legislação vigente que assegu- ra os direitos da pessoa idosa, especialmente enquanto pes- soa acolhida em ILPI. Esperamos que esta cartilha contribua para a construção de modelos de atendimento de qualidade para pessoas idosas em acolhimento institucional, considerando os novos desa- fios do envelhecimento popula- cional e às mudanças mais am- plas da sociedade. 7 Introdução Estamos vivendo um novo para- digma demográfico, muito diferente do experenciado no passado. As projeções populacionais apontam que nos próximos 40 anos, a po- pulação brasileira como um todo vai crescer a uma média de apenas 0,3% ao ano, enquanto que os ido- sos crescerão a uma taxa de 3,2% ao ano, ou seja, 12 vezes mais. As- sim, os idosos que eram 4,9% da população em 1950, e que atual- mente perfazem 10,2% (cerca de 20 milhões de pessoas idosas), em 2050 chegarão a 29,7% do total da população, aproximadamente 65 milhões de pessoas idosas (IBGE - Censo 2010). Trata-se de um fenômeno já reco- nhecido como “revolução demográfi- ca”, o qual é resultado da redução da mortalidade em todas as idades e es- pecialmente, nas idades avançadas. No último meio século, a expectativa de vida aumentou em cerca de 20 anos, se considerarmos os últimos dois séculos, ela quase dobrou. Con- forme Camarano & Kanso (2010) se todas as causas de morte da popu- lação idosa, consideradas evitáveis, forem eliminadas, um homem aos 60 anos poderia esperar viver mais 29,2 anos e uma mulher mais 30,9. Devemos considerar que além das mudanças demográficas, o perfil 8 das famílias brasileiras também se transformou. Historicamen- te os cuidados com as pessoas idosas eram atribuídos aos mem- bros mais novos e às mulheres. Os membros mais novos estão ainda em menor número, pois há uma proliferação de famílias com filhos únicos, enquanto que as mulheres estão cada vez mais in- seridas no mercado de trabalho, acumulando diversas funções, que não dispõem de tempo para cuidado com os idosos, especial- mente aqueles com algum grau de dependência. Em resumo, ao mesmo tempo em que aumenta o número de pessoas idosas, di- minui a oferta de cuidado familiar (proteção familiar). Se a família não possui condi- ções de cuidar do idoso, se o ido- so possui seus vínculos familia- res fragilizados ou rompidos ou mesmo se há ausência de famí- lia, o acolhimento institucional se torna uma alternativa para supe- rar a condição de vulnerabilidade e risco social. Assim dispõe o Art. 37 do Estatuto do Idoso: Art. 37 O idoso tem direito a mora- dia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada. § 1º A assistência integral na mo- dalidade de entidade de longa per- manência será prestada quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou ca- rência de recursos financeiros pró- prios ou da família. Conforme a Tipificação Nacio- nal de Serviços Socioassisten- ciais (2009) o acolhimento ins- 9 titucional para pessoas idosas é um serviço de proteção social especial de alta complexidade, previsto para pessoas com 60 anos ou mais, de ambos os se- xos, independentes e/ou com diversos graus de dependên- cia. A natureza do acolhimento deve ser provisória e excepcio- nalmente, de longa permanên- cia quando esgotadas todas as possibilidades de autossusten- to e convívio com os familiares. Segundo os dados do Institu- to de Pesquisa Econômica Apli- cada (IPEA) Curitiba possuía, no ano de 2008, 49 ILPIs. Destas a maior parte possui capacidade para atendimento até 20 pes- soas idosas. Em comparação as mulheres idosas, os homens acolhidos são mais indepen- dentes, o que pode representar que os homens buscam acolhi- mento por ausência de víncu- los familiares, ao passo que, as mulheres são acolhidas devido a apresentarem condições de saúde vulneráveis que deman- dariam de cuidados, os quais não podem ser desempenha- dos por familiares. Com o objetivo de fiscalizar e acompanhar as Instituições de Longa Permanência para Ido- sos no município de Curitiba foi instituído o Protocolo Qualidade em Instituições de Longa Per- manência para Idosos (PQILPI). A seguir seguem informações conceituais sobre ILPIs, marco legal e descrição do PQILPI. 10 Marco legal A seguir serão apresentadas normas, leis e diretrizes sobre a pessoa idosa, com o objetivo de contextualizar a implantação do Protocolo Qualidade em ILPIs em Curitiba, bem como indicar a legislação existente acerca da temática em questão. Âmbito Nacional 1976 – Seminário Nacional em Brasília - DF propondo ações que garantam melhoria na qualidade de vida da população idosa; 1988 – Constituição da Repú- blica Federativa do Brasil– Arti- go 20 “A família, a sociedade e o Estado tem o dever de am- parar as pessoas idosas, asse- gurando sua participação na comunidade defendendo sua dignidade e bem-estar e garan- tindo-lhes o direito à vida”; 1989 – O Ministério da Saúde emite Portaria Federal nº 810 de 22.09.1989, que determina a nor- matização do funcionamento de instituições/estabelecimentosde atendimento ao idoso; 1993 – Lei Federal n° 8.742 de 07.12.1993 – Lei Orgânica da As- sistência Social – LOAS; 1994 – Lei Federal n° 8.842 de 04.01.1994 – Política Nacional do Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências; 1996 – Decreto n° 1.948 de 03.07.1996 – Decreto que regula- menta a Lei nº 8.842/94 e no arti- go 3 dispõe sobre formas distin- tas de atendimento aos idosos; 11 1997 – Lei Estadual nº 11.863 de 23.10.1997, dispõe sobre a Política Estadual do Idoso, cria o Conselho Estadual dos Direi- tos do Idoso e dá outras provi- dências; 2001 – Portaria Ministério de Previdência da Assistên- cia Social PAS/SEAS nº 73 de 10.05.2001 - Normas de funcio- namento de serviços de aten- ção ao idoso no Brasil; 2002 – Decreto nº 4.227 de 13.05.2002 - Cria o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso - CNDI, e dá outras providências; 2003 – Lei Federal n° 10.741 de 01.10.2003 – Institui o Estatu- to do Idoso que regulamenta os direitos assegurados às pesso- as idosas; 2005 – Resolução Federal n° 283 de 26.09.2005 - da Direto- ria Colegiada da Agência Na- cional de Vigilância Sanitária – ANVISA, aprova Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para as Insti- tuições de Longa Permanência para Idosos; 2006 – Portaria do Minis- tério da Saúde/GM n° 399 de 22.02.2006 – Institui o Pacto pela Saúde, onde um dos itens previstos é o cadastramento e inspeção de 100% das Institui- ções de Longa Permanência para Idosos pelas equipes de Vigilância Sanitária; 2006 – Resolução Federal nº 269 de 13.12.2006 (Norma Ope- racional Básica de Recursos Humanos do SUAS / NOB RH 12 SUAS) – Descreve a equipe de referência para atendimento di- reto em Instituições de Longa Permanência para Idosos sem fins lucrativos; 2009 – Resolução Federal nº. 109 de 11.09.2009 (Tipificação Nacional de Serviços Socioas- sistenciais) – Instituiu os servi- ços de acolhimento institucio- nal, dentre eles o acolhimento em Instituição de Longa Perma- nência para Idosos; Âmbito Municipal 1989 – Elaboração das Nor- mas Técnicas Especiais SESA/ PR padronizando as ações da saúde no atendimento à pes- soa idosa institucionalizada; 1994 – Em ação conjunta, Fundação de Ação Social – FAS, Secretaria Municipal de Saúde – SMS e Instituto de Pesquisas e de Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC, iniciam as dis- cussões para propostas de uma política de ação no Município, em consonância com a Política Nacional do Idoso; 1995 – Diagnóstico da situa- ção da população idosa em Curi- tiba, levantamento de campo junto às entidades de asilamen- to (acolhimento) então existen- tes; ação realizada em conjunto pela Fundação de Ação Social, Secretaria Municipal de Saúde e Instituto de Pesquisa e Planeja- mento Urbano de Curitiba; 1995 – Lei Municipal nº 8.777 de 12.12.1995 – Cria o Conselho 13 Municipal dos Direitos da Pes- soa Idosa – CMDPI; 1996 – Lei Municipal nº 9.000 de 27.12.1996 – Institui o Códi- go de Saúde de Curitiba, dis- põe sobre a proteção à saúde no âmbito do Município e dá outras providências; 1997/1999 – Formulação da Po- lítica Municipal de Atenção ao Idoso, com ações intersetoriais da assistência social e da saúde no atendimento da população idosa, a partir do Diagnóstico da Situação dos Idosos em Curitiba; 2002 – Instituído o Programa Qualidade em Estabelecimen- tos de Atenção ao Idoso – par- ceria entre Secretaria Municipal de Saúde – VISA e Fundação de Ação Social – FAS; 2003 – Lançamento da Car- tilha Qualidade de Atendimen- to ao idoso – Orientação aos Estabelecimentos de Atenção ao Idoso; 2004 – Lei Municipal nº 11.095 de 21.07.2004 – Estabelece as disposições gerais que regulam a aprovação de projetos, o li- cenciamento de obras e ativida- des e a execução, manutenção e conservação de obras no mu- nicípio de Curitiba, independen- temente das normas estaduais e federais aplicáveis; 2005 – Lei Municipal nº 11.391 de 25.04.2005 - Dispõe sobre a Política Municipal de Atenção ao Idoso; 2006 – Lei Municipal nº 11.919, de 26.09.2006 - Autoriza o po- 14 der executivo a criar e implantar o conselho municipal dos direitos da pessoa idosa - CMDPI, a con- ferência municipal dos direitos da pessoa idosa e o fundo municipal dos direitos da pessoa idosa, e dá outras providências. 2008 – O programa passa a ser denominado “Protocolo Qualidade em Instituições de Longa Permanência para Ido- sos, a partir da publicação da 2ª edição da cartilha do PQILPI; 2008 – É instituído o Conse- lho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa – CMDPI, confor- me previsto na Lei 11.919 de 26 de Setembro de 2006; 2008 – Realizada a I Confe- rência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa em Curitiba; 2011 – Realizada a II Confe- rência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa em Curitiba; 2011 – FAS e SMS realizam o I Seminário - Protocolo Qualidade em Instituições de Longa Per- manência para Idosos visando discutir e fortalecer as ações em conjunto no âmbito do aten- dimento às Instituições de Lon- ga Permanência para Idosos do município de Curitiba; 15 Caracterização das Instituições de Longa Permanência para Idosos A designação Instituição de Longa Permanência para Ido- sos foi sugerida inicialmente em 2002 pela Sociedade Brasilei- ra de Geriatria e Gerontologia (SBGG), e adotada em âmbito nacional em substituição aos termos: asilo, abrigo, casa de repouso, lar, clínica geriátrica, ancionato e similares. As Instituições de Longa Per- manência para Idosos (ILPI) são instituições governamentais ou não-governamentais, juridicamente constituídas, de caráter residencial, e foram criadas com a finalidade de servir de domicílio coletivo para pes- soas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte fami- liar, em condição de liberdade, digni- dade e cidadania. Conforme a Tipificação Nacio- nal de Serviços Socioassisten- ciais as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) devem prestar atendimento em unidade institucional com carac- terística domiciliar que acolhe idosos com diferentes necessi- dades e graus de dependência. Deve assegurar a convivência com familiares, amigos e pes- soas de referência de forma contínua, bem como acesso às 16 atividades culturais, educativa, lúdica e de lazer na comunidade. A capacidade de atendimento das unidades deve seguir as nor- mas da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n.º283 da ANVI- SA, devendo ser assegurado um ambiente de respeito e dignida- de, preservando a identidade e a privacidade do idoso e com até quatro idosos por quarto. Natureza jurídica das ILPIs Abaixo seguem as classifica- ções da natureza jurídica das ILPIs: a) Privadas sem fins lucrativos: instituições mantidas por orga- nizações não governamentais, pessoas jurídicas de Direito Pri- vado sem fins lucrativos, as quais mantêm unidades executoras; b) Privadas com fins lucrati- vos: instituições/pessoas jurídi- cas de Direito privado com fins lucrativos; c) Instituições Públicas: insti- tuições mantidas integralmente pelo Poder Público, sendo pes- soas jurídicas de Direito Público. Documentação necessá- ria para a constituição de uma ILPI As ILPIs, independente da natureza, devem estar regula- rizadas frente a Vigilância Sa- nitária, devendo para tal, antes de iniciar atividades, protocolar solicitação de parecer sanitário 17 junto a VISA a fim de qualificar a prestação de serviços. As entidades governamen- tais e não-governamentais de assistência ao idoso ficam sujei- tas à inscrição de seus progra- mas junto ao Conselho Munici- pal da Pessoa Idosa, e em sua falta, junto ao Conselho Estadu- al ou Nacional da Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento (Estatuto do Ido- so, 2003). O Ministério Público do Es- tado do Paraná - 1ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Di- reitos do Idoso de Curitiba, por meio da Recomendação Admi- nistrativa nº 06/2013 salienta que é vedado o exercício de atividades de Instituiçõesde Longa Permanência para Ido- sos e demais entidades que prestam atendimento a esse segmento de pessoas, que não se encontrem devidamen- te regularizadas e atendendo, na íntegra, a legislação e nor- mativas vigentes que regem o tema, bem como não possuam a documentação básica, válida e vigente, exigida pela legis- lação específica (Lei Munici- pal nº 11.095 de 21 de julho de 2004), que assegura a segu- rança dos idosos abrigados/ atendidos e ainda, que propi- cie a devida fiscalização dos órgãos públicos municipais/es- taduais competentes. Diante do exposto funda- menta-se a obrigatoriedade das ILPIs apenas executarem suas atividades, ou seja, admitir e acolher pessoas idosas, após 18 inscrever seus programas junto aos órgãos competentes e re- ceber a liberação dos mesmos. A seguir serão apresentados os documentos necessários para obtenção das certificações e os fluxos a serem seguidos: Alvará de Localização e Fun- cionamento - É o documento expedido pela Secretaria Muni- cipal de Finanças - SMF, no qual a Prefeitura concede a licença administrativa para o exercício, localização e funcionamento de uma atividade econômica de co- mércio, indústria ou serviço, no município. O alvará de localiza- ção e funcionamento, também conhecido como alvará comer- cial, é um documento obrigató- rio independente da natureza jurídica do estabelecimento, sendo imprescindível para libe- ração da Licença Sanitária. Atividade Econômica - A Se- cretaria Municipal de Finanças - SMF adota a Classificação Nacional de Atividades Econô- micas - CNAE, como instrumen- to padrão de classificação das unidades produtivas e ativida- des econômicas existentes no município. A CNAE orienta para definição do ramo de Atividades na obtenção do alvará de fun- cionamento, sendo atualmente Q – 8711-5/02. Licença Sanitária - É o docu- mento expedido pela Secretaria Municipal de Saúde/Vigilância Sanitária Municipal atestando que o estabelecimento de inte- resse a saúde possui condições sanitárias, físicas, estruturais e 19 operacionais, adequados confor- me determina a legislação sani- tária vigente. A Licença Sanitária é um documento padrão, em via única, com validade de um ano a contar da data de expedição, sendo concedida após inspeção da equipe de Vigilância Sanitária, para atividades implantadas e em funcionamento, produzindo ou prestando serviços, devendo ser renovada anualmente e po- dendo ser cancelada a qualquer momento quando contrariar o disposto na legislação. A seguir será apresentado o fluxo para obtenção dos do- cumentos necessários para se constituir como ILPI: 1.ª etapa – Consulta Comer- cial: O estabelecimento deverá preencher o formulário e proto- colar em um dos núcleos des- centralizados da Secretaria Mu- nicipal de Urbanismo, indicando a atividade econômica preten- dida e apresentar o número da indicação fiscal; 2.ª etapa – Projeto Arquitetô- nico: O estabelecimento deverá protocolar a solicitação de aná- lise sanitária do projeto arqui- tetônico, junto à Secretaria Mu- nicipal de Saúde ou junto aos Distritos Sanitários. Após ava- liação do serviço de Engenha- ria, se o mesmo é deferido, será dada ciência ao interessado; caso seja indeferido, o mesmo receberá instruções das ade- quações necessárias; 3.ª etapa – Alvará de locali- zação e funcionamento: Após o deferimento do projeto ar- 20 quitetônico, o estabelecimento deverá protocolar o pedido do Alvará de Localização e Fun- cionamento em uma das Ruas da Cidadania junto aos Núcleos descentralizados da Secretaria Municipal de Finanças devendo para tal apresentar Projeto Ar- quitetônico aprovado, laudo do corpo de bombeiros, contrato social ou estatuto para as filan- tropias e Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ; 4.ª etapa – Processo para Licen- ça Sanitária: O estabelecimento deverá protocolar no Protocolo Geral das Ruas da Cidadania os seguintes documentos: • Cópia do Alvará de locali- zação e funcionamento expedi- do pela Secretaria Municipal de Finanças (atualizado). • Requerimento modelo Se- cretaria Municipal da Saúde (SMS) que poderá ser obtido na internet no site www.curitiba.pr.gov.br ou solicitado nos protocolos gerais. • Taxa de Vigilância Sanitá- ria paga, cuja guia é emitida nos núcleos descentralizados da Secretaria Municipal de Finan- ças, ou declaração de isenção de taxas no caso do estabele- cimento declarado por Lei como de “utilidade pública”. 5.ª etapa – Inspeção Sanitá- ria para liberação de Licença: As equipes de Vigilância Sanitária ao receber o processo vão aos estabelecimentos para verificar as condições de funcionamen- to e caso estejam adequadas quanto às determinações legais, deferem o processo e liberam a 21 Licença Sanitária com validade de um ano a contar a data de expedição. Caso as condições estejam insatisfatórias o estabe- lecimento será intimado através de Termo de Intimação dentro de um prazo previamente estabe- lecido a providenciar as adequa- ções. Caso as condições sejam incompatíveis com a atividade pleiteada o pedido é indeferido. O estabelecimento poderá ainda responder Processo Administra- tivo Sanitário, através da lavratu- ra de Autos de Infração 6.ª etapa – Inscrição no Con- selho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI). Abaixo segue descritivo acerca dos procedimentos para inscrição e renovação no CMDPI, explicitan- do as especificidades da inscri- ção / renovação das entidades independente da natureza jurí- dica das mesmas, já que todas devem estar inscritas. Ressaltamos que, tanto o cer- tificado do CMDPI, quanto o Al- vará de Funcionamento e a Li- cença Sanitária da ILPI deverão estar afixados em local visível ao público em geral (Resolução 15/2008 – CMDPI). Inscrição no Conselho Muni cipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI) Considerando o Art. 48, pa- rágrafo único do Estatuto do Idoso (2003) “As entidades go- vernamentais e não-governa- mentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à inscrição de seus 22 programas, junto ao órgão com- petente da Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa Idosa, especifican- do os regimes de atendimento”, as ILPIs que desenvolvem suas ações no município de Curitiba tem a obrigatoriedade de pos- suir inscrição junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI). Este foi criado e implantado pela Lei nº 11.919 de 26 de setembro de 2006, sendo uma das suas atribuições super- visionar, acompanhar, avaliar, fis- calizar e cumprir a Política Munici- pal da Pessoa Idosa, observando a legislação em vigor. O prazo para vigência deste certificado é de até dois anos. Abaixo seguem os documen- tos necessários para obtenção da inscrição ou renovação: Inscrição de Programas de Aten dimentos as pessoas ido sas em ILPIs executadas por entidades não govername ntais privadas que atuam com fins lucrativos A Resolução nº 15/2008 e a Re- solução nº 07/2011 do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa regulamentam os critérios para concessão de inscrição de programas de atendimento as pessoas idosas em Instituições de Longa Permanência para Idosos executadas por entida- des não governamentais priva- das que atuam com fins lucra- tivos. 23 Abaixo segue a descrição dos documentos necessários: Registro e renovação das entidades sem fins lucrativos Conforme item 1 da Resolução nº 5/2008 poderão inscrever-se no Conselho Municipal dos Di- reitos da Pessoa Idosa, as en- tidades sem fins lucrativos, que promovam ações no campo da política de atendimento à pes- soa idosa, conforme estabele- cido no Artigo 47 do Estatuto do Idoso, que considera como linhas de atendimento: • Políticas sociais básicas, previstas na Lei nº 8842, de 04 de janeiro de 1994; > Requerimento de registro (formulário padrão); > Cópia do contrato social registrado em cartório civil, comprovandoexecução de programas de atendimento às pessoas idosas como finalidade da sociedade; > Cópia do RG, CPF dos sócios da pessoa jurídica; > Declaração de idoneidade firmada pelos sócios da pessoa jurídica, conforme modelo padrão; > Cópia do CNPJ atualizado; > Comprovante de instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, salubridade, higiene e segurança, mediante apresentação de: licença sanitária emitida pela Secretaria Municipal de Saúde (caso não possua, apresentar termo de compromisso de regularização com a manifestação favorável da Vigilância Sanitária da SMS); > Cópia dos modelos de contrato de prestação de serviços firmados com a pessoa idosa, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da sociedade e prestações decorrentes do contrato, com os respectivos preços; > Descrição da forma em que se executa a prestação de serviços, que deverá ser compatível com os princípios do Estatuto do Idoso. Obs. O CMDPI pode solicitar outros documentos que julgar necessários para análise da inscrição. 24 • Políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que ne- cessitarem; • Serviços especiais de prevenção e atendimento às ví- timas de negligência, maus-tra- tos, exploração, abuso, cruelda- de e opressão • Serviços de identificação e localização de parentes ou responsáveis por idosos aban- donados em hospitais e institui- ções de longa permanência; • Proteção jurídico-social por entidades de defesa de di- reitos dos idosos; • Mobilização da opinião pú- blica no sentido da participação dos diversos segmentos da so- ciedade no atendimento ao idoso. No quadro abaixo estão des- critos os documentos necessá- rios para a inscrição no CMPDI de entidades sociais sem fins lucrativos: > Requerimento de registro (formulário fornecido pelo CMDPI); > Cópia do estatuto registrado em cartório civil, com objetivos estatutários em conformidade com o Estatuto do Idoso; > Cópia da ata de eleição dos membros da atual diretoria, registrada em cartório civil; > Cópia do RG e CPF do presidente, vice-presidente e tesoureiro; > Cópia do CNPJ atualizado; > Declaração de idoneidade dos dirigentes da entidade; > Comprovante de instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, salubridade, higiene e segurança, mediante apresentação de: licença sanitária emitida pela Secretaria Municipal de Saúde (caso não possua, apresentar termo de compromisso de regularização com a manifestação favorável da Vigilância Sanitária da SMS); > Entidades e organizações de assistência social devem apresentar o comprovante de registro no Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS. 25 Em se tratando de entidades que prestam serviço na moda- lidade de Longa Permanência para Pessoas Idosas, em caráter assistencial e sem fins lucrativos, deverão apresentar além dos do- cumentos mencionados no qua- dro ao lado, os seguintes docu- > Cópia do contrato firmado para a prestação de serviços referentes ao abrigamento de pessoa idosa, conforme padrão estabelecido pelo CMDPI; > Declaração de compatibilidade com o Artigo 35 do Estatuto do Idoso: listagem nominal, o valor individual cobrado pela prestação de serviço, bem como o valor total do benefício previdenciário ou assistencial de cada pessoa idosa, especificando o percentual de contribuição desta no custeio da entidade; > Plano de trabalho compatível com o Estatuto do Idoso; > Em renovação de registro no CMDPI, apresentar o relatório de atividades assinado pelo representante legal da entidade, com descrição, identificação, quantificação e qualificação das ações desenvolvidas no último exercício; > Nos projetos setoriais com outras políticas, o CMDPI solicitará, aos órgãos pertinentes, parecer quanto ao seu funcionamento; > Entidade com sede em outro município deverá ter unidade executora em Curitiba > Para Fundação, a requerente deverá apresentar cópia da escritura de sua instituição registrada em cartório civil e comprovante de aprovação, pelo Ministério Público, dos estatutos, com alterações se houverem. Obs. Em renovações, a entidade deve apresentar cópia do certificado de registro anterior. 26 mentos: É importante destacar que nos casos de renovação, a ILPI ou a entidade social deverá apresentar a documentação necessária para renovação em no mínimo sessenta dias antes do término da vigência do certi- ficado no CMDPI. Para obter maiores informa- ções acessar o site www.fas.pr. gov.br, no ícone Conselhos Mu- nicipais. 27 O Protocolo Qualidade em Instituições de Longa Permanência para Idosos (PQILPI) Conceito O Protocolo Qualidade em Instituições de Longa Perma- nência para Idosos estabelece padrões de funcionamento para as ILPIS e orientações acerca da fiscalização e monitoramen- to das Instituições de Longa Permanência para Idosos, com ou sem fins lucrativos, no muni- cípio de Curitiba. Objetivo geral Garantir qualidade nos servi- ços de acolhimento institucional para pessoas idosas do municí- pio de Curitiba. Objetivos específicos • Realizar o acompanha- mento sistematizado para ma- nutenção de padrões de qua- lidade nas ILPIs, conforme a legislação vigente; • Garantir padrões uniformes de acompanhamento às ILPIs em todo o município de Curitiba; • Orientar os gestores e/ou responsáveis técnicos das ILPIs 28 e familiares dos idosos acolhi- dos, acerca das condições de funcionamento; • Atuar de forma integrada e intersetorial, visando melhor atendimento para a pessoa ido- sa acolhida; • Manter um diagnóstico atu- alizado das pessoas idosas aco- lhidas em ILPIs, bem como sobre a rede de acolhimento ao idoso, ofertada no município de Curitiba. Metodologia Pautada na intersetorialidade, a Fundação de Ação Social (FAS) e a Secretaria Municipal de Saúde – Vigilância Sanitária (SMS/VISA) realizam o acompanhamento, orientação, assessoramento e fiscalização às entidades com ou sem fins lucrativos. As ações são realizadas por meio de orientações, recomen- dações, intimações e encami- nhamentos nas visitas técni- cas e em reuniões nos Núcleos Regionais da FAS e/ou nos Dis- tritos Sanitários; de forma sis- temática, com a periodicidade mínima de seis meses, poden- do ocorrer mensalmente ou bimestralmente, conforme as demandas de cada ILPI. Neste processo, as equipes munici- pais devem registrar as orien- tações e encaminhamentos cabendo à equipe da FAS pre- encher o Roteiro para Super- visão do Protocolo Qualidade em Instituições de Longa Per- manência para Idosos. (ANEXO 3), e à equipe de vigilância sa- 29 nitária, registrar em seu siste- ma denominado SIMIVISA. Para a realização de visi- ta, não há obrigatoriedade de agendamento prévio, tendo em vista o Art. 97 da Lei Mu- nicipal nº. 9000 de 27 de de- zembro de 1996, que institui o Código de Saúde de Curitiba, dispõe sobre a proteção à saú- de no âmbito do município e dá outras providências. A autoridade sanitária terá li- vre ingresso mediante identifi- cação e uso das formalidades legais, em todas as habitações particulares ou coletivas, prédios ou estabelecimentos de qual- quer espécie, terrenos, lugares e logradouros públicos ou outros, neles fazendo observar o cum- primento da legislação sanitária. Nas ações de fiscalização e monitoramento, os requisitos essenciais a serem observados nas ILPIs, são os mencionados nas planilhas a seguir, conforme previstos no Estatuto do Ido- so (2003) e na RDC 283 (2005). Esses deverão ser analisados segundo as competências e atribuições de cada uma das equipes municipais. 30 Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social Oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade, segurança e acessibilidade. Apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho compatíveis com os princípios desta Lei (Estatuto do Idoso) Estar regularmente constituída Demonstrar a idoneidade de seusdirigentes Preservação dos vínculos familiares Atendimento personalizado e em pequenos grupos X X X X X X X X 31 Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social Manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso de força maior Participação do idoso nas atividades comunitárias, de caráter interno e externo Observância dos direitos e garantias dos idosos Preservação da identidade do idoso e oferecimento de ambiente de respeito e dignidade Celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da entidade e prestações decorrentes do contrato, com os respectivos preços se for o caso X X X X X X X X 32 Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social Observar os direitos e as garantias de que são titulares os idosos Fornecer vestuário adequado se for pública, e alimentação suficiente Diligenciar no sentido da preservação dos vínculos familiares Oferecer acomodações apropriadas para recebimento de visitas Proporcionar cuidados à saúde, conforme a necessidade do idoso Promover atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer X X X X X X X X X 33 X Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social Propiciar assistência religiosa aqueles que desejarem, de acordo com suas crenças Proceder o estudo social e pessoal de cada caso Comunicar a autoridade competente de saúde toda a ocorrência de idoso portador de doenças infecto contagiosas Providenciar ou solicitar que o Ministério Público requisite os documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei Fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem dos idosos X X X X 34 Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social Manter arquivo de anotações onde constem data e circunstâncias do atendimento, nome do idoso, responsável, parentes, endereços, cidade, relação de seus pertences, bem como o valor de contribuições, e suas alterações, se houver, e demais dados que possibilitem sua identificação e individualização do atendimento Comunicar ao Ministério Público, para as providências cabíveis, a situação de abandono moral ou material por parte dos familiares Manter no quadro de pessoal, profissionais com formação específica X X X X X 35 Há outros requisitos, também essenciais, que devem ser ob- servados durante as fiscaliza- ções/monitoramento das ILPIs, sendo eles: A) Recursos Humanos É de fundamental importân- cia que as Instituições de Lon- ga Permanência para Idosos possuam recursos humanos com formação específica e em quantidade compatível ao nú- mero de acolhidos e ao grau de dependência dos mesmos. Se- gundo a RDC 283/05 a qualifica- ção e o número de profissionais para uma ILPI deve ser: Profissional/Função Escolaridade Quantidade Coordenação Técnica / Responsável Técnico (RT) Profissional para desenvolvimento de atividades socioculturais Nível Superior Nível Superior 1 profissional (com carga horária mínima de 20 horas por semana) 1 profissional para cada 40 idosos (com carga horária de 12 horas por semana) 36 Profissional/Função Escolaridade Quantidade Cuidadores Profissional de Limpeza Profissional de Alimentação Profissional de Lavanderia Nível Médio Nível Fundamental Nível Fundamental Nível Fundamental - Grau de dependência I – 1 profissional para cada 20 idosos, ou fração, com carga horária de 8 horas por dia; - Grau de dependência II – 1 profissional para cada 10 idosos, ou fração por turno; - Grau de dependência III – 1 profissional para cada 6 idosos, ou fração por turno. 1 profissional para cada 100 m² de área interna ou fração por turno diariamente 1 profissional para cada 20 idosos, garantindo a cobertura de dois turnos de 8 horas 1 profissional para cada 30 idosos ou, fração, diariamente 37 Tanto a equipe da FAS, quan- to da SMS/VISA, devem avaliar se o número e a qualificação dos profissionais da ILPI estão cumprindo a legislação e aten- dendo, com qualidade, os ido- sos acolhidos. B) Cadastro do idoso Ainda com o objetivo de aten- der com qualidade os idosos acolhidos, é importante que alguns documentos e informa- ções dos idosos estejam organi- zados em arquivos, armazena- dos na própria ILPI e que fiquem disponíveis para verificação das equipes municipais que fiscali- zam/monitoram as instituições. Estes documentos e informa- ções podem ser organizados em diferentes espaços, confor- me a necessidade de acesso e registro das equipes das ILPIs, por exemplo: informações sobre situação de saúde podem ficar armazenadas junto com a medi- cação e receitas médicas. É imprescindível que cada idoso possua um cadastro, no qual constem informações tais como: nome, referência fami- liar, endereços e relação de seus pertences. Neste cadas- tro deve constar anotações, mencionando datas e circuns- tâncias de atendimentos pres- tados ao idoso, contendo um breve histórico do período que a pessoa idosa esteve na ILPI. Também deve possuir o con- trato de prestação de serviço, celebrado com o idoso ou com seu curador. 38 • Contrato de prestação de serviços: As ILPIs precisam firmar con- trato de prestação de serviço com a pessoa idosa, o qual de- verá estar junto às demais do- cumentações do idoso, guarda- do em pastas individualizadas e em setor específico na própria instituição de atendimento. O Estatuto do Idoso estabe- lece: Art. 35 Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obri- gadas a firmar contrato de presta- ção de serviços com a pessoa idosa abrigada. § 1.º No caso de entidades filantró- picas, ou casa-lar, é facultada a co- brança de participação do idoso no custeio da entidade. § 2.º O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal da Assis- tência Social estabelecerá a forma de participação prevista no § 1.º, que não poderá exceder a 70% (se- tenta por cento) de qualquer benefí- cio previdenciário ou de assistência social percebido pelo idoso. § 3.º Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu representante legal firmar contrato a que se refere o caput deste artigo. Art. 50 Constituem obrigações das entidades de atendimento: I – celebrar contrato escrito de pres- tação de serviço com o idoso, espe- cificando o tipo de atendimento, as obrigações da entidade e presta- ções decorrentes do contrato com os respectivos preços, se for o caso. Ressalta-se que o Con- selho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa – CMDPI apresen- 39 ta uma proposta de modelo de contrato de prestação de ser- viço para Instituição de Longa Permanência para Idosos (com fins lucrativos) - ANEXO 2, o qual poderá ser adaptado para as demais ILPIs, independente- mente de sua natureza jurídica. Para obter mais informações acesse o site www.fas.pr.gov.br, no ícone Conselhos Municipais. Além disso, é importante que as informações sobre a situação de saúde dos idosos também sejam registradas e arquivadas adequadamente. Pode-se criar uma pasta com histórico de saú- de para cada idoso, na qual os atendimentos de emergências médicas (SAMU, SUMUS, ECO e similares), o cartão do convê- nio médico, as prescrições mé- dicas e as declarações médicas possam ficar arquivadas. Essas informações devem receber, as- sim como todo histórico e do- cumentação da pessoa idosa, critérios que garantam o sigilo dos dados, mas possam estar disponíveis em momentos de urgência e emergência à equipe que deverá realizar os encami- nhamentos. C) Organização cotidiana da ILPI Entendendo a importân- cia da organização cotidiana da ILPI – atividades diárias, o Protocolo Qualidade em Insti- tuições de Longa Permanência para Idosos, apresenta mode- los de formulários, objetivando orientar e nortear as ações dos profissionais envolvidos nos 40 atendimentos das instituições.Salientamos que formulários padronizados preenchidos ade- quadamente propiciam o me- lhor andamento do trabalho, assegurando que os profissio- nais envolvidos tenham conhe- cimento de todas as especifi- cidades de cada pessoa idosa atendida, podendo definir a melhor forma para seu cuidado. Sugere-se a utilização de um Plano Individual de Atendimen- to, construído em conjunto com o próprio idoso e/ou sua família. Esses formulários poderão ser instrumentos para repasse de informações dos gestores das IL- PIs às famílias do acolhidos, bem como às equipes municipais en- volvidas nas ações de supervi- são/inspeção das ILPIs. • Livro de Visitas Recomenda-se que as IL- PIs possuam um livro que permita as visitas realizadas aos idosos acolhidos, de for- ma a oportunizar o contro- le acerca dessas visitas e a conferência da garantia do direito à convivência familiar e comunitária. • Quem assina o livro? A pessoa que está realizando a visita. • Quando assina o livro? Sempre que realizar a visita. • Onde deixar? Local de fácil acesso para familiares e amigos (por exemplo: a recepção da ILPI ou sala específica para recebi- mento de visitas). 41 • Que dados devem ser preenchidos no Livro de Visita? Segue abaixo modelo de registro no livro: Nome do idoso Data da visita (dia, mês e ano) Nome da pessoa que realizou a visita Tipo de vínculo com o idoso Assinatura • Livro de Ocorrências É um livro de uso diário dos cuidadores e/ou responsável técnico pela ILPI, no qual são relatadas situações cotidianas relevantes (por exemplo: idosos que saíram para atendimento ou passeio sozinho e/ou com fa- miliares) sobre o andamento da ILPI e sobre os próprios idosos. Visa à comunicação entre equi- pes, principalmente entre pro- fissionais de diferentes escalas de trabalho. • Quando se registra? Dia- riamente, e preferencialmente ao final de cada período (ma- nhã, tarde, noite); • Quem registra? Cuidado- res, responsável técnico e ges- tor da ILPI; 42 • Onde deixar? Em local de acesso aos profissionais envol- vidos no atendimento aos ido- sos (por exemplo: setor adminis- trativo da ILPI). • Quadro de Atividades Mensal/lazer (Conforme previsto na RDC 283, item 4.6.1.3) É um quadro com programa de atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer a serem realizados no mês em curso, com data, dia, horário. Pode ser em formato de tabela semanal ou mensal dependen- do do número de atividades proporcionadas pela ILPI. • Onde deve estar? Em lu- gar de fácil acesso aos idosos e aos seus familiares, para que possam tomar conhecimento das atividades propostas e se agendarem conforme o dese- jo de cada um. Pode ser no re- feitório ou na sala de TV ou na sala de visitas; • Quem deve elaborar? O responsável técnico, em con- junto com o profissional para desenvolvimento de atividades socioculturais e demais técni- cos, podendo ser direcionado pelo gestor da ILPI. 43 Onde denunciar a violação de direitos das pessoas idosas? Conforme o Art. 4 do Estatuto do Idoso (2003) “nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, vio- lência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direi- tos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. Isto posto, é dever dos ges- tores das ILPIs, dos familiares dos idosos acolhidos e da co- munidade em geral, assegurar que a pessoa idosa em acolhi- mento tenha os seus direitos garantidos, no que tange a não sofrer nenhum tipo de violência, opressão, negligência ou aban- dono. Caso constatado ou haja suspeita de violações de direi- tos, pode-se informar por meio dos seguintes endereços e te- lefones: • Disque Direitos Humanos – 100 • Prefeitura Municipal de Curitiba / Serviço de Atendimen- to ao Cidadão – 156 • Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) – Acesse www.fas.curitiba.pr.gov. br e veja o endereço mais próxi- mo de sua residência 44 • Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) - Acesse www. fas.curitiba.pr.gov.br e veja o endereço mais próximo de sua residência • Promotorias dos Direitos do Idoso – Av. Marechal Deodo- ro, 1028, 2º Andar. Telefones: (41) 3250-4749 e (41) 3250- 4739 • Conselho Muni- cipal dos Direitos da Pessoa Idosa – (41) 3250-7927, e-mail: cm- dpicuritiba@fas.curiti- ba.pr.gov.br • Disque Idoso Pa- raná – 0800 41 0001, e-mail: disqueidoso@ setp.pr.gov.br 45 Contatos Importantes Abaixo segue os endereços e telefones dos Núcleos Re- gionais da Fundação de Ação Social e Distritos Sanitários da Secretaria Municipal de Saúde / Vigilância Sanitária. Regionais Fundação de Ação Social Distrito Sanitário Bairro Novo Boa Vista Rua Tijucas do Sul, 1.700 – Sitio Cercado (Rua da Cidadania). Telefone: (41) 3298-6902 Rua Professor Nilo Brandão, 423 – São Lourenço. Telefone: (41) 3355-2690 Rua Tijucas do Sul, 1.700 – Sitio Cercado (Rua da Cidadania). Telefone: (41) 3564-5853 Avenida Paraná, 3.600 – Boa Vista (Rua da Cidadania). Telefone: (41) 3313-5678 46 Regionais Fundação de Ação Social Distrito Sanitário Boqueirão Cajuru CIC Matriz Pinheirinho Praça Nossa Senhora do Carmo, s/n – Boqueirão (Rua da Cidadania). Telefone: (41) 3313-5490 Rua Antonio Meirelles Sobrinho, 595 – Capão da Imbuia. Telefone: (41) 3266 2958 Rua Manoel Valdomiro de Macedo, 2.460 – Cidade Industrial de Curitiba (Rua da Cidadania). Telefone: (41) 3212-1532 Avenida Sete de Setembro, 3.627 – Centro. Telefone: (41) 3321-2722 Rua Rubem Berta, 50 – Pinheirinho. Telefone: (41)3212-5659 Rua Josefa Deren Destefani, 30 – Carmo. Telefone: (41) 3376-0873 Rua Miguel Caluf, 2.130 – Cajuru. Telefone: (41) 3361-2317 Rua Manoel Valdomiro de Macedo, 2.460 – Cidade Industrial de Curitiba (Rua da Cidadania). Telefone: (41) 3212-1526 Rua Monsenhor Celso, 35 – Centro. Telefone: (41) 3321-2645 Avenida Winston Churchill, 2.033 – Capão Raso (Rua da Cidadania). Telefone: (41) 3313-5470 47 Regionais Fundação de Ação Social Distrito Sanitário Portão Santa Felicidade Rua Carlos Klemtz, 1.700 – Fazendinha (Rua da Cidadania) Telefone: (41) 3350-3771 Via Vêneto, 1135 - Santa Felicidade. Telefone: (41) 3374-5002 Rua Carlos Klemtz, 1.700 – Fazendinha (Rua da Cidadania) Telefone: (41) 3350-3914 Rua Santa Bertila Boscardin, 213 – Santa Felicidade (Rua da Cidadania). Telefone: (41) 3374-5927 Referências CAMARANO, A. A. (Org.). Ca- racterísticas das Instituições de Longa Permanência para Idosos: Região Sul. Brasília: IPEA, 2008. CAMARANO, A. A.; KANSO, S. As instituições de longa per- manência para idosos no Brasil. Revista Brasileira de Estudos de População, Rio de Janeiro, v. 27, n. 1, p. 233-235, jan-jun. 2010. 48 Disponível em: http://www.scielo. br/. Acesso em 05/03/2014. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 283, de 26 de setembro de 2005. Aprova o Regulamen- to Técnico que define normas de funcionamento para as Ins- tituições de Longa Permanên- cia para Idosos. Diário Oficial da União; Brasília, DF. 2005. _______ . Lei n. 10.741, de 01 de outubro de 2003. Estatuto do Idoso. Brasília, DF, 2004. _______ . Ministério do Desen- volvimento Social e Combate à Fome. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Brasília, DF, 2009. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sinop- se do CENSO Demográfico 2010. Disponível em <http://www. censo2010.ibge.gov.br/sinop- se/index.php?uf=41&dados=1>. Acesso em 07/07/2014. 49 Considerações Finais Atendendo aos objetivos pro- postos neste documento, e en- tendendo que o acolhimento da pessoa idosa em ILPI é uma demanda em nossa sociedade, este Protocolo se destina a re- ferenciar o atendimento, escla- recendo de modo simples e di- reto os pontos comuns a todas as instituições, levando em con- sideração objetivo fundamen- tal que é de garantir qualidade nas ILPIs, tendo como principal destinatárioa pessoa idosa. Ressaltamos ainda que com- pete a cada Instituição, pautada na obrigação legal a esta atribu- ída, buscar o engajamento para um atendimento de qualidade, bem como elevar seus padrões de cuidado, a fim de garantir que a pessoa idosa tenha seus direitos assegurados. Aos idosos e seus familiares, bem como demais envolvidos no processo do envelhecimen- to populacional, este protocolo deve balizar as ações de con- trole social, que colocam as iniciativas da sociedade como legítimas formas de transfor- mação, em que o idoso insti- tucionalizado possa assumir a condição de acolhido. 50 Anexos Data de Entrada:________/_______/_______ DADOS DO MORADOR: • Identificação: Nome:__________________________________________________ Data de Nascimento: _______/______/_______ Está interditado? ( ) sim ( ) não ( ) em processo (se sim, anexar cópia do documento de interdição) • Documentação: RG: ____________________ Órgão Expedidor___________ Ficha de cadastro do morador 51 Expedido em _____________________ CPF: _________________________ Estado Civil (oficial):________________________________ Cópias dos documentos que estão na ILPI: ( ) RG ( ) CPF ( ) Certidão de Estado Civil ( ) Outros. Qual ________ • Benefício recebido pelo idoso: ( ) Pensão (recebe décimo terceiro) – Valor R$__________________ ( ) Aposentadoria (recebe décimo terceiro) – Valor R$____________ ( ) BPC (não recebe décimo terceiro) – Valor R$_________________ Valor da mensalidade: ________________________ Pagamento realizado pelo: idoso ( ) família ( ) ambos ( ) Percentual pago pelo idoso:____________________ 52 Percentual pago pela família:___________________ • Situação de Saúde: Tem plano de saúde: ( ) sim ( ) não Qual?___________________________ n.º da Carteira: _______________________ Faz uso de medicamentos: ( ) sim ( ) não Quais: __________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ________________________ Trouxe laudo médico? ( ) sim ( ) não CID: ________________ Médico:___________________________ Data:_________ Grau de dependência: ( ) I ( ) II ( ) III Trouxe prescrição médica? ( ) sim ( ) não Médico:___________________________ 53 Data:____________________ Trouxe medicamentos? ( ) não ( ) sim Quais: __________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________ • Lista de Pertences Pessoais: (móveis, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, jóias, cobertor, col- chão, roupas, calçados...) _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ 54 DADOS DOS FAMILIARES: 1) Nome: ________________________________________________ _______________ Parentesco:____________________ Endereço: Rua _________________________________, n.º_______ Complemento:________________Bairro: _____________________ Fone Res.: _____________ Celular: _________________ Fone Com.: __________ 2) Nome: ________________________________________________ ________________ Parentesco:______________ Endereço: Rua ________________________________, n.º________ Complemento:______________Bairro: ________________________ Fone Res.: _____________ Celular: _________________ Fone Com.: __________ 3) Nome: ________________________________________________ _______________ Parentesco:______________ Endereço: Rua ______________________________, n.º__________ Complemento:______________Bairro: ________________________ 55 Fone Res.: _____________ Celular: _________________ Fone Com.: __________ Curitiba, ______ de _________________ de ________. Contrato de prestação de serviços Instituição de Longa Permanência para Idosos (com fins lucrativos) _______________________________________________________ CONTRATADA (Nome da Instituição), pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua (endereço), inscrita no CNPJ sob o n.º (XXXX), neste ato re- presentado por seu sócio administrador (Nome e informações pes- soais); 56 CONTRATANTE (Nome do Idoso, nacionalidade, naturalidade, profissão, estado civil, CPF, RG, endereço), juntamente com o seu RESPONSÁVEL ANUEN- TE Sr (a). (Nome, naturalidade, profissão, estado civil, CPF, RG, ende- reço e informações pessoais); Pelo presente instrumento particular, as partes acima qualificadas, doravante denominadas CONTRA- TANTE e CONTRATADA, na melhor forma de direito, ajustam e con- tratam a prestação de serviços profissionais destinados a moradia definitiva, temporária e/ou provisória de idosos nos termos da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), segundo as cláusulas e condições adiante arroladas. _______________________________________________________ CLÁUSULA PRIMEIRA DO OBJETO 1. O objeto do presente contrato consiste na prestação de serviços de Instituição de Longa Permanência, destinada ao domicílio coleti- vo de pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 57 1.1. Faz parte integrante do objeto do presente instrumento a presta- ção dos seguintes serviços pela CONTRATADA ao CONTRATANTE: I – Acomodação em quarto individual/duplo/coletivo, com banheiro individual/coletivo, sala coletiva de TV, sala de atendimento de en- fermagem, sala de atividades/ recreação/lazer, refeitório, conforme opção do CONTRATANTE e ou disponibilidade da CONTRATADA; II – Fornecimento mínimo de 06 (seis) refeições diárias, conforme cardápio devidamente elaborado por nutricionistas; III – Serviços de limpeza diária dos quartos, banheiros e ambientes comuns da Instituição; IV – Serviços de lavanderia; V – Atividades coordenadas por profissionais devidamente capaci- tados visando à preservação da saúde física e mental e do aperfei- çoamento moral, intelectual, espiritual e social do CONTRATANTE. VI – Atividades que buscam a preservação do vínculo familiar; VI – Alimentação especial quando houver indicação médica, em conformidade com o disposto no art. 50, VIII da Lei 10.741/2003. 58 1.2. Não estão incluídos no objeto deste Contrato os seguintes ser- viços: I – Disponibilização de profissionais para serviços externos do CON- TRATANTE como consultas médicas, acompanhamento hospitalar, dentre outros similares. II – Fornecimento de fraldas descartáveis, material para curativos, sondas e similares; III – Fornecimento de medicação de uso particular do CONTRATAN- TE; IV – Fornecimento de produtos de higiene particular, vestuário, rou- pas de cama e banho; 59 CLÁUSULA SEGUNDA DO PREÇO 2. Pelos serviços descritos nas cláusulas anteriores, o CONTRA- TANTE pagará a CONTRATADA o valor mensal de R$ XX, XX (...), que inclui todos os custos necessários para o perfeito cumprimento do presente contrato. 2.1. O valor mensal descrito na CLÁUSULA SEGUNDA será corrigi- do anualmente pela variação do IPC – Índice Geral do Consumidor, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, tomando-se como base o mês de início do contrato. 2.2. O valor descrito na CLÁUSULA SEGUNDAdeverá ser pago men- salmente pelo CONTRATANTE até o dia ...... de cada mês que pode- rá ser realizado na sede da CONTRATADA ou através de depósito na conta bancária da mesma. 2.3. Havendo atraso no pagamento dos valores descritos na CLÁU- SULA SEGUNDA haverá incidência de multa moratória de até 2% (dois por cento) ao mês do seu valor em conformidade com o dis- posto no §1.º do artigo 52 da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do 60 Consumidor). 2.4. O CONTRATANTE deverá no ato do pagamento dos valores descritos nas cláusulas anteriores ressarcir a CONTRATADA de to- dos os gastos e despesas extras que pela CONTRATADA excepcio- nalmente venham a ser antecipados, tais como materiais de higie- ne, medicamentos, fraldas, manicure, cabeleireiro e assemelhados utilizados pelo CONTRATANTE durante o mês imediatamente ante- rior, devendo a CONTRATADA comprovar tais despesas através da apresentação de notas fiscais e/ou recibos. CLÁUSULA TERCEIRA DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE e/ou RESPONSÁVEL ANUENTE 3. Indicar para a CONTRATADA, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas a contar do início da vigência deste instrumento, to- dos os dados cadastrais e telefones de contatos de profissionais que atendam as necessidades particulares do CONTRATANTE, tais como médicos, fisioterapeutas, dentistas, nutricionistas, dentre ou- 61 tros profissionais de forma a permitir que, em caso de necessidade, a CONTRATADA possa entrar em contato com estes profissionais. 3.1. Indicar para a CONTRATADA, no ato de assinatura deste instru- mento, a relação de medicamentos controlados ou não que faça uso o CONTRATANTE, bem como informações pessoais (como aler- gias, tipo sangüíneo, etc.) e os respectivos receituários médicos com a descrição dos medicamentos, dosagem e posologia. 3.2. Promover o pagamento dos valores devidos à CONTRATADA descritos na CLÁUSULA SEGUNDA deste instrumento, na forma e prazos estabelecidos. 3.3. Fornecer à CONTRATADA no ato de assinatura do presente Instrumento, uma relação com os bens e pertences pessoais do CONTRATANTE, como também identificando as peças de vestuário pessoal, cama e banho, atualizando a relação com a entrada e/ou retirada destes itens, com entrega de recibo de depósito dos bens confiados a CONTRATADA. 3.4. O CONTRATANTE deverá respeitar as normas e regulamentos da Instituição; 62 CLÁUSULA QUARTA DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA 4. Manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades dos idosos atendidos, bem como provê-los com alimentação regular e higiene, indispensáveis as normas sanitárias e com estas condi- zentes, conforme estabelecido na RDC 283, bem como na Lei n.º 10.741/2003 (Estatuto do Idoso). 4.1. Estabelecer atendimento de moradia digna adotando os se- guintes princípios estabelecidos no artigo 49 e 50 da Lei n.º 10.741 de 1.º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso): I – Preservação dos vínculos familiares; II – Atendimento personalizado e em pequenos grupos; III – Manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso de força maior; IV – Participação do idoso nas atividades comunitárias, de caráter interno e externo; 63 V – Observância dos direitos e garantias dos idosos; VI – Preservação da identidade do idoso e oferecimento de ambien- te de respeito e dignidade; VII – Oferecer acomodações apropriadas para recebimento de visi- tas; VIII – Propiciar cuidados à saúde, conforme necessidade do idoso; IX – Promover atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer; X – Propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acor- do com as suas crenças; XI – Proceder ao estudo social e pessoal de cada caso; XII – Comunicar a autoridade competente de saúde toda ocorrência de idoso portador de doenças infecto-contagiosas; XIII – Providenciar ou solicitar que o Ministério Público requisite os documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei. XIV – Manter arquivo de anotações onde constem data e circuns- 64 tâncias do atendimento, nome do idoso, responsável, parentes, endereços, cidade e relação de seus pertences, bem como o valor de contribuições, e suas alterações, se houver, e demais dados que possibilitem sua identificação e a individualização do atendimento; XV – Comunicar o Ministério Público para as providências cabíveis, a situação de abandono moral ou material por parte dos familiares. 4.2. A CONTRATADA se compromete a envidar todos os esforços necessários para cumprir com o exposto no presente contrato, preservando identidade e privacidade do CONTRATANTE, agindo sempre em consonância com os ditames legais, éticos e de boa fé aplicáveis, respeitando todos os direitos da pessoa idosa. 4.3. A contratada conta com o seguinte quadro de profissionais com formação específica a fim de atender ao CONTRATANTE: - 01 Psicólogo; - 01 Fisioterapeuta; - 01 Médico; - etc. 65 CLÁUSULA QUINTA DA VIGÊNCIA DO CONTRATO 5. A vigência do presente contrato de prestação de serviços será de XX (...) meses a contar da data da assinatura, podendo ser prorrogado mediante Termo Aditivo, se de comum acordo entre as partes. CLÁUSULA SEXTA DA RESCISÃO 6. O presente contrato poderá ser rescindido, a qualquer tempo e por qualquer das partes, independentemente de motivação e sem que este fato implique no direito de indenização, devendo a parte interessada notificar expressamente a outra com antecedência mí- nima de 30 (trinta) dias. 6.1. Caberá a rescisão unilateral imediata nos seguintes casos: I – Atraso pelo CONTRATANTE no pagamento das parcelas ajusta- das na CLÁUSULA SEGUNDA deste instrumento no prazo superior a 30 (trinta) dias; 66 II – Descumprimento de quaisquer cláusulas contratuais por quais- quer das partes; 6.2. O presente contrato será ainda rescindido de pleno direito no caso de falecimento do CONTRATANTE, ficando acordado entre as partes o pagamento do mês relativo ao falecimento deste, referen- te aos serviços prestados no período. CLÁUSULA SÉTIMA DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 7. CONTRATANTE declara-se ciente de que as cláusulas e disposi- ções presentes neste instrumento de prestação de serviços perdu- rarão até que se opere a rescisão do presente por uma das formas previstas na CLÁUSULA SEXTA. 7.1 A CONTRATADA dispõe de XX (....) linha telefônica de uso comum dos hóspedes que se destinam ao uso exclusivo de ligações locais/ móvel/interurbano (especificar a quantidade de linhas telefônicas, a disponibilidade de uso das mesmas, como ocorrerá em caso de co- brança extra, etc.). 7.2. Qualquer tolerância por quaisquer das partes em relação a obri- 67 gações que devam ser cumpridas pela outra não deverá ser inter- pretada como precedente, novação ou renúncia aos direitos que a lei e o presente contrato assegure. 7.3. Fica pactuado entre a CONTRATADA e a CONTRATANTE a au- sência de qualquer tipo de relação de subordinação. 7.4 É obrigação de a CONTRATADA oferecer à CONTRATANTE cópia do presente instrumento, contendo todas as especificidades da prestação de serviços da CONTRATADA. CLÁUSULA OITAVA DO FORO 8.1 Fica eleito o foro da Comarca de Curitiba – PR para dirimir quais- quer questões oriundas deste contrato, renunciando as PARTES a qualquer outro, por mais privilegiado que seja. E assim, por estarem justas e contratadas as PARTES firmam o presente instrumento, em duas vias de igual teor e forma, na presença de 02 (duas) teste- munhas abaixo qualificadas, obrigando-se ao seu fiel cumprimento, por si e seus sucessores. 68 Curitiba, ______ de _________________ de 2014. __________________________________ NOME DO CONTRATANTE __________________________________ NOME DA ILPI CONTRATADA ____________________________________ NOME DO RESPONSÁVEL ANUENTE RESPONSÁVEL ANUENTE 1.ª Testemunha 2.ª Testemunha 69 Roteiro para supervisão 70 71 72 73 74 FAS - Fundação de Ação Social R. Eduardo Sprada, 4.520 Campo CompridoCEP 81.270010 CuritibaPr Fone: (41) 33503500 / 33735565 email: fas@fas.curitiba.pr.gov.br Secretaria Municipal da Saúde R. Francisco Torres, 830 Centro CEP: 80.060130 CuritibaPR Fone: (41) 33508400 email: sms@sms.curitiba.pr.gov.br
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