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Protocolo-QualidadeemInstituicoesdeLongaPermanenciaparaIdosos

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Protocolo 
Qualidade 
em Instituições de 
Longa Permanência 
para Idosos no 
Município de Curitiba
3ª Edição
Prefeito Municipal de Curitiba 
Gustavo Bonato Fruet
Presidente da Fundação de Ação Social
Marcia Oleskovicz Fruet
Secretário Municipal da Saúde
Adriano Massuda
Superintendência Executiva - FAS
Simone Camargo Nadolny
Superintendência de Planejamento - FAS
Jucimeri Isolda Silveira
Diretoria de Proteção Social Especial - FAS
Angela Christianne Lunedo de Mendonça
Coordenação de Proteção Social Especial de Alta Complexidade - FAS
Márcia Yuri Sekikawa Nagata
Equipe Técnica - FAS
Cláudia Maria Padilha Monteiro
Dayanne Ferreira de Freitas
Elisa Maria Schmidt
Paula Dorothea Scheffer de Oliveira
Roberta Hofius Knaut
Margareth Hofstein Ferreira
Zeila Plath Oliveira da Silva
Diretoria do Centro de Saúde Ambiental - SMS
Luiz Armando Erthal
Coordenação de Vigilância Sanitária - SMS
Giselle Kosiak Poitevin Pirih
Apoio Técnico - SMS
Vivian Maria Reksua
Fabíola França Balmant
2014
Protocolo 
Qualidade 
em Instituições de 
Longa Permanência 
para Idosos no 
Município de Curitiba
3ª Edição
5
Apresentação 
No Brasil, o aumento significativo 
e crescente do número de pesso-
as idosas tem demandado alter-
nativas não familiares para o seu 
cuidado; dentre elas, a escolha 
mais comum é o acolhimento em 
Instituições de Longa Permanên-
cia para Idosos (ILPIs). As ILPIs são 
locais de acolhimento institucional 
que devem garantir proteção inte-
gral previstas nas normativas da 
política de assistência social, re-
lativas à proteção social especial 
de alta complexidade, bem como 
nos regulamentos sanitários para 
atender pessoas com idade igual 
ou superior a 60 anos, de ambos os 
sexos, com direitos violados, com 
ausência de família, ou que não dis-
põem de condições para permane-
cer com a família, em situação de rua 
ou abandono, com vínculos familia-
res fragilizados ou rompidos.
Segundo o IBGE – Censo 2010, 
a população total de Curitiba é 
de 1.751.907 habitantes, sendo 
198.089 idosos, que corresponde 
a 11,3% da população com idade 
superior a 60 anos. 
A Prefeitura Municipal de 
Curi tiba tem envidado esfor-
ços para elaborar estratégias 
visan do o melhor atendimento 
às pes soas idosas. Dentre elas, 
cita-se o Protocolo Qualidade 
6
em Instituições de Longa Per-
manência para Idosos (PQIL-
PI), executado em parceria pela 
Fundação de Ação Social - FAS 
e Secretaria Municipal de Saú-
de/Vigilância Sanitária – SMS/
VISA. 
O protocolo visa assegurar 
padrões de qualidade no aten-
dimento de pessoas idosas 
acolhidas em ILPIs. As ações 
têm trazido resultados positi-
vos desde o ano 2002, quando 
foi elaborada a primeira edição 
da presente cartilha de orienta-
ções. No momento, estamos na 
terceira edição, a qual orienta 
gestores de ILPIs, pessoas ido-
sas e seus familiares acerca da 
legislação vigente que assegu-
ra os direitos da pessoa idosa, 
especialmente enquanto pes-
soa acolhida em ILPI.
Esperamos que esta cartilha 
contribua para a construção 
de modelos de atendimento de 
qualidade para pessoas idosas 
em acolhimento institucional, 
considerando os novos desa-
fios do envelhecimento popula-
cional e às mudanças mais am-
plas da sociedade.
7
Introdução
Estamos vivendo um novo para-
digma demográfico, muito diferente 
do experenciado no passado. As 
projeções populacionais apontam 
que nos próximos 40 anos, a po-
pulação brasileira como um todo 
vai crescer a uma média de apenas 
0,3% ao ano, enquanto que os ido-
sos crescerão a uma taxa de 3,2% 
ao ano, ou seja, 12 vezes mais. As-
sim, os idosos que eram 4,9% da 
população em 1950, e que atual-
mente perfazem 10,2% (cerca de 
20 milhões de pessoas idosas), em 
2050 chegarão a 29,7% do total da 
população, aproximadamente 65 
milhões de pessoas idosas (IBGE - 
Censo 2010). 
Trata-se de um fenômeno já reco-
nhecido como “revolução demográfi-
ca”, o qual é resultado da redução da 
mortalidade em todas as idades e es-
pecialmente, nas idades avançadas. 
No último meio século, a expectativa 
de vida aumentou em cerca de 20 
anos, se considerarmos os últimos 
dois séculos, ela quase dobrou. Con-
forme Camarano & Kanso (2010) se 
todas as causas de morte da popu-
lação idosa, consideradas evitáveis, 
forem eliminadas, um homem aos 60 
anos poderia esperar viver mais 29,2 
anos e uma mulher mais 30,9.
Devemos considerar que além 
das mudanças demográficas, o perfil 
8
das famílias brasileiras também 
se transformou. Historicamen-
te os cuidados com as pessoas 
idosas eram atribuídos aos mem-
bros mais novos e às mulheres. 
Os membros mais novos estão 
ainda em menor número, pois há 
uma proliferação de famílias com 
filhos únicos, enquanto que as 
mulheres estão cada vez mais in-
seridas no mercado de trabalho, 
acumulando diversas funções, 
que não dispõem de tempo para 
cuidado com os idosos, especial-
mente aqueles com algum grau 
de dependência. Em resumo, ao 
mesmo tempo em que aumenta 
o número de pessoas idosas, di-
minui a oferta de cuidado familiar 
(proteção familiar).
Se a família não possui condi-
ções de cuidar do idoso, se o ido-
so possui seus vínculos familia-
res fragilizados ou rompidos ou 
mesmo se há ausência de famí-
lia, o acolhimento institucional se 
torna uma alternativa para supe-
rar a condição de vulnerabilidade 
e risco social. Assim dispõe o Art. 
37 do Estatuto do Idoso:
Art. 37 O idoso tem direito a mora-
dia digna, no seio da família natural 
ou substituta, ou desacompanhado 
de seus familiares, quando assim 
o desejar, ou, ainda, em instituição 
pública ou privada.
 § 1º A assistência integral na mo-
dalidade de entidade de longa per-
manência será prestada quando 
verificada inexistência de grupo 
familiar, casa-lar, abandono ou ca-
rência de recursos financeiros pró-
prios ou da família.
Conforme a Tipificação Nacio-
nal de Serviços Socioassisten-
ciais (2009) o acolhimento ins-
9
titucional para pessoas idosas 
é um serviço de proteção social 
especial de alta complexidade, 
previsto para pessoas com 60 
anos ou mais, de ambos os se-
xos, independentes e/ou com 
diversos graus de dependên-
cia. A natureza do acolhimento 
deve ser provisória e excepcio-
nalmente, de longa permanên-
cia quando esgotadas todas as 
possibilidades de autossusten-
to e convívio com os familiares.
Segundo os dados do Institu-
to de Pesquisa Econômica Apli-
cada (IPEA) Curitiba possuía, no 
ano de 2008, 49 ILPIs. Destas a 
maior parte possui capacidade 
para atendimento até 20 pes-
soas idosas. Em comparação 
as mulheres idosas, os homens 
acolhidos são mais indepen-
dentes, o que pode representar 
que os homens buscam acolhi-
mento por ausência de víncu-
los familiares, ao passo que, as 
mulheres são acolhidas devido 
a apresentarem condições de 
saúde vulneráveis que deman-
dariam de cuidados, os quais 
não podem ser desempenha-
dos por familiares.
Com o objetivo de fiscalizar e 
acompanhar as Instituições de 
Longa Permanência para Ido-
sos no município de Curitiba foi 
instituído o Protocolo Qualidade 
em Instituições de Longa Per-
manência para Idosos (PQILPI). 
A seguir seguem informações 
conceituais sobre ILPIs, marco 
legal e descrição do PQILPI.
10
Marco legal
A seguir serão apresentadas 
normas, leis e diretrizes sobre a 
pessoa idosa, com o objetivo de 
contextualizar a implantação do 
Protocolo Qualidade em ILPIs 
em Curitiba, bem como indicar 
a legislação existente acerca da 
temática em questão.
Âmbito Nacional
1976 – Seminário Nacional em 
Brasília - DF propondo ações que 
garantam melhoria na qualidade 
de vida da população idosa;
1988 – Constituição da Repú-
blica Federativa do Brasil– Arti-
go 20 “A família, a sociedade e 
o Estado tem o dever de am-
parar as pessoas idosas, asse-
gurando sua participação na 
comunidade defendendo sua 
dignidade e bem-estar e garan-
tindo-lhes o direito à vida”;
1989 – O Ministério da Saúde 
emite Portaria Federal nº 810 de 
22.09.1989, que determina a nor-
matização do funcionamento de 
instituições/estabelecimentosde 
atendimento ao idoso;
1993 – Lei Federal n° 8.742 de 
07.12.1993 – Lei Orgânica da As-
sistência Social – LOAS;
1994 – Lei Federal n° 8.842 de 
04.01.1994 – Política Nacional do 
Idoso, cria o Conselho Nacional do 
Idoso e dá outras providências;
1996 – Decreto n° 1.948 de 
03.07.1996 – Decreto que regula-
menta a Lei nº 8.842/94 e no arti-
go 3 dispõe sobre formas distin-
tas de atendimento aos idosos;
11
1997 – Lei Estadual nº 11.863 
de 23.10.1997, dispõe sobre a 
Política Estadual do Idoso, cria 
o Conselho Estadual dos Direi-
tos do Idoso e dá outras provi-
dências;
2001 – Portaria Ministério 
de Previdência da Assistên-
cia Social PAS/SEAS nº 73 de 
10.05.2001 - Normas de funcio-
namento de serviços de aten-
ção ao idoso no Brasil;
2002 – Decreto nº 4.227 de 
13.05.2002 - Cria o Conselho 
Nacional dos Direitos do Idoso - 
CNDI, e dá outras providências;
2003 – Lei Federal n° 10.741 
de 01.10.2003 – Institui o Estatu-
to do Idoso que regulamenta os 
direitos assegurados às pesso-
as idosas;
2005 – Resolução Federal n° 
283 de 26.09.2005 - da Direto-
ria Colegiada da Agência Na-
cional de Vigilância Sanitária – 
ANVISA, aprova Regulamento 
Técnico que define normas de 
funcionamento para as Insti-
tuições de Longa Permanência 
para Idosos;
2006 – Portaria do Minis-
tério da Saúde/GM n° 399 de 
22.02.2006 – Institui o Pacto 
pela Saúde, onde um dos itens 
previstos é o cadastramento e 
inspeção de 100% das Institui-
ções de Longa Permanência 
para Idosos pelas equipes de 
Vigilância Sanitária;
2006 – Resolução Federal nº 
269 de 13.12.2006 (Norma Ope-
racional Básica de Recursos 
Humanos do SUAS / NOB RH 
12
SUAS) – Descreve a equipe de 
referência para atendimento di-
reto em Instituições de Longa 
Permanência para Idosos sem 
fins lucrativos;
2009 – Resolução Federal nº. 
109 de 11.09.2009 (Tipificação 
Nacional de Serviços Socioas-
sistenciais) – Instituiu os servi-
ços de acolhimento institucio-
nal, dentre eles o acolhimento 
em Instituição de Longa Perma-
nência para Idosos;
Âmbito Municipal
1989 – Elaboração das Nor-
mas Técnicas Especiais SESA/
PR padronizando as ações da 
saúde no atendimento à pes-
soa idosa institucionalizada; 
1994 – Em ação conjunta, 
Fundação de Ação Social – FAS, 
Secretaria Municipal de Saúde 
– SMS e Instituto de Pesquisas 
e de Planejamento Urbano de 
Curitiba – IPPUC, iniciam as dis-
cussões para propostas de uma 
política de ação no Município, 
em consonância com a Política 
Nacional do Idoso;
1995 – Diagnóstico da situa-
ção da população idosa em Curi-
tiba, levantamento de campo 
junto às entidades de asilamen-
to (acolhimento) então existen-
tes; ação realizada em conjunto 
pela Fundação de Ação Social, 
Secretaria Municipal de Saúde e 
Instituto de Pesquisa e Planeja-
mento Urbano de Curitiba;
1995 – Lei Municipal nº 8.777 
de 12.12.1995 – Cria o Conselho 
13
Municipal dos Direitos da Pes-
soa Idosa – CMDPI;
1996 – Lei Municipal nº 9.000 
de 27.12.1996 – Institui o Códi-
go de Saúde de Curitiba, dis-
põe sobre a proteção à saúde 
no âmbito do Município e dá 
outras providências;
1997/1999 – Formulação da Po-
lítica Municipal de Atenção ao 
Idoso, com ações intersetoriais 
da assistência social e da saúde 
no atendimento da população 
idosa, a partir do Diagnóstico da 
Situação dos Idosos em Curitiba;
2002 – Instituído o Programa 
Qualidade em Estabelecimen-
tos de Atenção ao Idoso – par-
ceria entre Secretaria Municipal 
de Saúde – VISA e Fundação de 
Ação Social – FAS; 
2003 – Lançamento da Car-
tilha Qualidade de Atendimen-
to ao idoso – Orientação aos 
Estabelecimentos de Atenção 
ao Idoso;
2004 – Lei Municipal nº 11.095 
de 21.07.2004 – Estabelece as 
disposições gerais que regulam 
a aprovação de projetos, o li-
cenciamento de obras e ativida-
des e a execução, manutenção 
e conservação de obras no mu-
nicípio de Curitiba, independen-
temente das normas estaduais 
e federais aplicáveis;
2005 – Lei Municipal nº 11.391 
de 25.04.2005 - Dispõe sobre a 
Política Municipal de Atenção 
ao Idoso;
2006 – Lei Municipal nº 11.919, 
de 26.09.2006 - Autoriza o po-
14
der executivo a criar e implantar 
o conselho municipal dos direitos 
da pessoa idosa - CMDPI, a con-
ferência municipal dos direitos da 
pessoa idosa e o fundo municipal 
dos direitos da pessoa idosa, e 
dá outras providências. 
2008 – O programa passa 
a ser denominado “Protocolo 
Qualidade em Instituições de 
Longa Permanência para Ido-
sos, a partir da publicação da 2ª 
edição da cartilha do PQILPI;
2008 – É instituído o Conse-
lho Municipal dos Direitos da 
Pessoa Idosa – CMDPI, confor-
me previsto na Lei 11.919 de 26 
de Setembro de 2006;
2008 – Realizada a I Confe-
rência Municipal dos Direitos da 
Pessoa Idosa em Curitiba;
2011 – Realizada a II Confe-
rência Municipal dos Direitos da 
Pessoa Idosa em Curitiba; 
2011 – FAS e SMS realizam o I 
Seminário - Protocolo Qualidade 
em Instituições de Longa Per-
manência para Idosos visando 
discutir e fortalecer as ações 
em conjunto no âmbito do aten-
dimento às Instituições de Lon-
ga Permanência para Idosos do 
município de Curitiba; 
15
Caracterização das Instituições 
de Longa Permanência para Idosos
A designação Instituição de 
Longa Permanência para Ido-
sos foi sugerida inicialmente em 
2002 pela Sociedade Brasilei-
ra de Geriatria e Gerontologia 
(SBGG), e adotada em âmbito 
nacional em substituição aos 
termos: asilo, abrigo, casa de 
repouso, lar, clínica geriátrica, 
ancionato e similares. 
As Instituições de Longa Per-
manência para Idosos (ILPI) são 
instituições governamentais ou 
não-governamentais, juridicamente 
constituídas, de caráter residencial, 
e foram criadas com a finalidade de 
servir de domicílio coletivo para pes-
soas com idade igual ou superior a 
60 anos, com ou sem suporte fami-
liar, em condição de liberdade, digni-
dade e cidadania. 
Conforme a Tipificação Nacio-
nal de Serviços Socioassisten-
ciais as Instituições de Longa 
Permanência para Idosos (ILPI) 
devem prestar atendimento em 
unidade institucional com carac-
terística domiciliar que acolhe 
idosos com diferentes necessi-
dades e graus de dependência. 
Deve assegurar a convivência 
com familiares, amigos e pes-
soas de referência de forma 
contínua, bem como acesso às 
16
atividades culturais, educativa, 
lúdica e de lazer na comunidade. 
A capacidade de atendimento 
das unidades deve seguir as nor-
mas da Resolução da Diretoria 
Colegiada - RDC n.º283 da ANVI-
SA, devendo ser assegurado um 
ambiente de respeito e dignida-
de, preservando a identidade e 
a privacidade do idoso e com até 
quatro idosos por quarto.
Natureza jurídica das ILPIs
Abaixo seguem as classifica-
ções da natureza jurídica das 
ILPIs:
a) Privadas sem fins lucrativos: 
instituições mantidas por orga-
nizações não governamentais, 
pessoas jurídicas de Direito Pri-
vado sem fins lucrativos, as quais 
mantêm unidades executoras;
b) Privadas com fins lucrati-
vos: instituições/pessoas jurídi-
cas de Direito privado com fins 
lucrativos;
c) Instituições Públicas: insti-
tuições mantidas integralmente 
pelo Poder Público, sendo pes-
soas jurídicas de Direito Público. 
Documentação necessá-
ria para a constituição de 
uma ILPI
As ILPIs, independente da 
natureza, devem estar regula-
rizadas frente a Vigilância Sa-
nitária, devendo para tal, antes 
de iniciar atividades, protocolar 
solicitação de parecer sanitário 
17
junto a VISA a fim de qualificar a 
prestação de serviços. 
 As entidades governamen-
tais e não-governamentais de 
assistência ao idoso ficam sujei-
tas à inscrição de seus progra-
mas junto ao Conselho Munici-
pal da Pessoa Idosa, e em sua 
falta, junto ao Conselho Estadu-
al ou Nacional da Pessoa Idosa, 
especificando os regimes de 
atendimento (Estatuto do Ido-
so, 2003).
O Ministério Público do Es-
tado do Paraná - 1ª Promotoria 
de Justiça de Defesa dos Di-
reitos do Idoso de Curitiba, por 
meio da Recomendação Admi-
nistrativa nº 06/2013 salienta 
que é vedado o exercício de 
atividades de Instituiçõesde 
Longa Permanência para Ido-
sos e demais entidades que 
prestam atendimento a esse 
segmento de pessoas, que 
não se encontrem devidamen-
te regularizadas e atendendo, 
na íntegra, a legislação e nor-
mativas vigentes que regem o 
tema, bem como não possuam 
a documentação básica, válida 
e vigente, exigida pela legis-
lação específica (Lei Munici-
pal nº 11.095 de 21 de julho de 
2004), que assegura a segu-
rança dos idosos abrigados/
atendidos e ainda, que propi-
cie a devida fiscalização dos 
órgãos públicos municipais/es-
taduais competentes.
 Diante do exposto funda-
menta-se a obrigatoriedade 
das ILPIs apenas executarem 
suas atividades, ou seja, admitir 
e acolher pessoas idosas, após 
18
inscrever seus programas junto 
aos órgãos competentes e re-
ceber a liberação dos mesmos. 
 A seguir serão apresentados 
os documentos necessários 
para obtenção das certificações 
e os fluxos a serem seguidos: 
Alvará de Localização e Fun-
cionamento - É o documento 
expedido pela Secretaria Muni-
cipal de Finanças - SMF, no qual 
a Prefeitura concede a licença 
administrativa para o exercício, 
localização e funcionamento de 
uma atividade econômica de co-
mércio, indústria ou serviço, no 
município. O alvará de localiza-
ção e funcionamento, também 
conhecido como alvará comer-
cial, é um documento obrigató-
rio independente da natureza 
jurídica do estabelecimento, 
sendo imprescindível para libe-
ração da Licença Sanitária.
Atividade Econômica - A Se-
cretaria Municipal de Finanças 
- SMF adota a Classificação 
Nacional de Atividades Econô-
micas - CNAE, como instrumen-
to padrão de classificação das 
unidades produtivas e ativida-
des econômicas existentes no 
município. A CNAE orienta para 
definição do ramo de Atividades 
na obtenção do alvará de fun-
cionamento, sendo atualmente 
Q – 8711-5/02. 
Licença Sanitária - É o docu-
mento expedido pela Secretaria 
Municipal de Saúde/Vigilância 
Sanitária Municipal atestando 
que o estabelecimento de inte-
resse a saúde possui condições 
sanitárias, físicas, estruturais e 
19
operacionais, adequados confor-
me determina a legislação sani-
tária vigente. A Licença Sanitária 
é um documento padrão, em via 
única, com validade de um ano 
a contar da data de expedição, 
sendo concedida após inspeção 
da equipe de Vigilância Sanitária, 
para atividades implantadas e 
em funcionamento, produzindo 
ou prestando serviços, devendo 
ser renovada anualmente e po-
dendo ser cancelada a qualquer 
momento quando contrariar o 
disposto na legislação. 
A seguir será apresentado 
o fluxo para obtenção dos do-
cumentos necessários para se 
constituir como ILPI:
1.ª etapa – Consulta Comer-
cial: O estabelecimento deverá 
preencher o formulário e proto-
colar em um dos núcleos des-
centralizados da Secretaria Mu-
nicipal de Urbanismo, indicando 
a atividade econômica preten-
dida e apresentar o número da 
indicação fiscal;
2.ª etapa – Projeto Arquitetô-
nico: O estabelecimento deverá 
protocolar a solicitação de aná-
lise sanitária do projeto arqui-
tetônico, junto à Secretaria Mu-
nicipal de Saúde ou junto aos 
Distritos Sanitários. Após ava-
liação do serviço de Engenha-
ria, se o mesmo é deferido, será 
dada ciência ao interessado; 
caso seja indeferido, o mesmo 
receberá instruções das ade-
quações necessárias; 
3.ª etapa – Alvará de locali-
zação e funcionamento: Após 
o deferimento do projeto ar-
20
quitetônico, o estabelecimento 
deverá protocolar o pedido do 
Alvará de Localização e Fun-
cionamento em uma das Ruas 
da Cidadania junto aos Núcleos 
descentralizados da Secretaria 
Municipal de Finanças devendo 
para tal apresentar Projeto Ar-
quitetônico aprovado, laudo do 
corpo de bombeiros, contrato 
social ou estatuto para as filan-
tropias e Cadastro Nacional de 
Pessoa Jurídica – CNPJ; 
4.ª etapa – Processo para Licen-
ça Sanitária: O estabelecimento 
deverá protocolar no Protocolo 
Geral das Ruas da Cidadania os 
seguintes documentos:
•	 Cópia	do	Alvará	de	 locali-
zação e funcionamento expedi-
do pela Secretaria Municipal de 
Finanças (atualizado).
•	 Requerimento	 modelo	 Se-
cretaria Municipal da Saúde (SMS) 
que poderá ser obtido na internet 
no site www.curitiba.pr.gov.br ou 
solicitado nos protocolos gerais.
•	 Taxa	de	Vigilância	Sanitá-
ria paga, cuja guia é emitida nos 
núcleos descentralizados da 
Secretaria Municipal de Finan-
ças, ou declaração de isenção 
de taxas no caso do estabele-
cimento declarado por Lei como 
de “utilidade pública”.
5.ª etapa – Inspeção Sanitá-
ria para liberação de Licença: As 
equipes de Vigilância Sanitária 
ao receber o processo vão aos 
estabelecimentos para verificar 
as condições de funcionamen-
to e caso estejam adequadas 
quanto às determinações legais, 
deferem o processo e liberam a 
21
Licença Sanitária com validade 
de um ano a contar a data de 
expedição. Caso as condições 
estejam insatisfatórias o estabe-
lecimento será intimado através 
de Termo de Intimação dentro de 
um prazo previamente estabe-
lecido a providenciar as adequa-
ções. Caso as condições sejam 
incompatíveis com a atividade 
pleiteada o pedido é indeferido. 
O estabelecimento poderá ainda 
responder Processo Administra-
tivo Sanitário, através da lavratu-
ra de Autos de Infração
6.ª etapa – Inscrição no Con-
selho Municipal dos Direitos da 
Pessoa Idosa (CMDPI). Abaixo 
segue descritivo acerca dos 
procedimentos para inscrição e 
renovação no CMDPI, explicitan-
do as especificidades da inscri-
ção / renovação das entidades 
independente da natureza jurí-
dica das mesmas, já que todas 
devem estar inscritas.
Ressaltamos que, tanto o cer-
tificado do CMDPI, quanto o Al-
vará de Funcionamento e a Li-
cença Sanitária da ILPI deverão 
estar afixados em local visível 
ao público em geral (Resolução 
15/2008 – CMDPI).
Inscrição no Conselho Muni­
cipal dos Direitos da Pessoa 
Idosa (CMDPI)
Considerando o Art. 48, pa-
rágrafo único do Estatuto do 
Idoso (2003) “As entidades go-
vernamentais e não-governa-
mentais de assistência ao idoso 
ficam sujeitas à inscrição de seus 
22
programas, junto ao órgão com-
petente da Vigilância Sanitária 
e Conselho Municipal da Pessoa 
Idosa, e em sua falta, junto ao 
Conselho Estadual ou Nacional 
da Pessoa Idosa, especifican-
do os regimes de atendimento”, 
as ILPIs que desenvolvem suas 
ações no município de Curitiba 
tem a obrigatoriedade de pos-
suir inscrição junto ao Conselho 
Municipal dos Direitos da Pessoa 
Idosa (CMDPI). Este foi criado e 
implantado pela Lei nº 11.919 de 
26 de setembro de 2006, sendo 
uma das suas atribuições super-
visionar, acompanhar, avaliar, fis-
calizar e cumprir a Política Munici-
pal da Pessoa Idosa, observando 
a legislação em vigor. O prazo 
para vigência deste certificado é 
de até dois anos. 
Abaixo seguem os documen-
tos necessários para obtenção 
da inscrição ou renovação:
Inscrição de Programas de 
Aten dimentos as pessoas 
ido sas em ILPIs executadas 
por entidades não govername ­
ntais privadas que atuam com 
fins lucrativos
A Resolução nº 15/2008 e a Re-
solução nº 07/2011 do Conselho 
Municipal dos Direitos da Pessoa 
Idosa regulamentam os critérios 
para concessão de inscrição de 
programas de atendimento as 
pessoas idosas em Instituições 
de Longa Permanência para 
Idosos executadas por entida-
des não governamentais priva-
das que atuam com fins lucra-
tivos.
23
Abaixo segue a descrição dos documentos necessários:
Registro e renovação das 
entidades sem fins lucrativos
Conforme item 1 da Resolução 
nº 5/2008 poderão inscrever-se 
no Conselho Municipal dos Di-
reitos da Pessoa Idosa, as en-
tidades sem fins lucrativos, que 
promovam ações no campo da 
política de atendimento à pes-
soa idosa, conforme estabele-
cido no Artigo 47 do Estatuto 
do Idoso, que considera como 
linhas de atendimento:
•	 	 Políticas	 sociais	 básicas,	
previstas na Lei nº 8842, de 04 
de janeiro de 1994;
 
> Requerimento de registro (formulário padrão); 
> Cópia do contrato social registrado em cartório civil, comprovandoexecução de programas de 
atendimento às pessoas idosas como finalidade da sociedade; 
> Cópia do RG, CPF dos sócios da pessoa jurídica; 
> Declaração de idoneidade firmada pelos sócios da pessoa jurídica, conforme modelo padrão; 
> Cópia do CNPJ atualizado; 
> Comprovante de instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, salubridade, 
higiene e segurança, mediante apresentação de: licença sanitária emitida pela Secretaria Municipal 
de Saúde (caso não possua, apresentar termo de compromisso de regularização com a 
manifestação favorável da Vigilância Sanitária da SMS); 
> Cópia dos modelos de contrato de prestação de serviços firmados com a pessoa idosa, 
especificando o tipo de atendimento, as obrigações da sociedade e prestações decorrentes do 
contrato, com os respectivos preços; 
> Descrição da forma em que se executa a prestação de serviços, que deverá ser compatível com 
os princípios do Estatuto do Idoso. 
 
Obs. O CMDPI pode solicitar outros documentos que julgar necessários para análise da inscrição. 
 
24
•	 	Políticas	e	programas	de	
assistência social, em caráter 
supletivo, para aqueles que ne-
cessitarem;
•	 	 Serviços	 especiais	 de	
prevenção e atendimento às ví-
timas de negligência, maus-tra-
tos, exploração, abuso, cruelda-
de e opressão
•	 	Serviços	de	 identificação	
e localização de parentes ou 
responsáveis por idosos aban-
donados em hospitais e institui-
ções de longa permanência;
•	 	 Proteção	 jurídico-social	
por entidades de defesa de di-
reitos dos idosos;
•	 	Mobilização	da	opinião	pú-
blica no sentido da participação 
dos diversos segmentos da so-
ciedade no atendimento ao idoso. 
No quadro abaixo estão des-
critos os documentos necessá-
rios para a inscrição no CMPDI 
de entidades sociais sem fins 
lucrativos:
 
> Requerimento de registro (formulário fornecido pelo CMDPI); 
> Cópia do estatuto registrado em cartório civil, com objetivos estatutários em conformidade com o 
Estatuto do Idoso; 
> Cópia da ata de eleição dos membros da atual diretoria, registrada em cartório civil; 
> Cópia do RG e CPF do presidente, vice-presidente e tesoureiro; 
> Cópia do CNPJ atualizado; 
> Declaração de idoneidade dos dirigentes da entidade; 
> Comprovante de instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, salubridade, 
higiene e segurança, mediante apresentação de: licença sanitária emitida pela Secretaria Municipal 
de Saúde (caso não possua, apresentar termo de compromisso de regularização com a 
manifestação favorável da Vigilância Sanitária da SMS); 
> Entidades e organizações de assistência social devem apresentar o comprovante de registro no 
Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS. 
 
25
Em se tratando de entidades 
que prestam serviço na moda-
lidade de Longa Permanência 
para Pessoas Idosas, em caráter 
assistencial e sem fins lucrativos, 
deverão apresentar além dos do-
cumentos mencionados no qua-
dro ao lado, os seguintes docu-
 
> Cópia do contrato firmado para a prestação de serviços referentes ao abrigamento de pessoa 
idosa, conforme padrão estabelecido pelo CMDPI; 
> Declaração de compatibilidade com o Artigo 35 do Estatuto do Idoso: listagem nominal, o valor 
individual cobrado pela prestação de serviço, bem como o valor total do benefício previdenciário ou 
assistencial de cada pessoa idosa, especificando o percentual de contribuição desta no custeio da 
entidade; 
> Plano de trabalho compatível com o Estatuto do Idoso; 
> Em renovação de registro no CMDPI, apresentar o relatório de atividades assinado pelo 
representante legal da entidade, com descrição, identificação, quantificação e qualificação das ações 
desenvolvidas no último exercício; 
> Nos projetos setoriais com outras políticas, o CMDPI solicitará, aos órgãos pertinentes, parecer 
quanto ao seu funcionamento; 
> Entidade com sede em outro município deverá ter unidade executora em Curitiba 
> Para Fundação, a requerente deverá apresentar cópia da escritura de sua instituição registrada em 
cartório civil e comprovante de aprovação, pelo Ministério Público, dos estatutos, com alterações se 
houverem. 
 
Obs. Em renovações, a entidade deve apresentar cópia do certificado de registro anterior. 
26
mentos:
É importante destacar que 
nos casos de renovação, a ILPI 
ou a entidade social deverá 
apresentar a documentação 
necessária para renovação em 
no mínimo sessenta dias antes 
do término da vigência do certi-
ficado no CMDPI.
Para obter maiores informa-
ções acessar o site www.fas.pr.
gov.br, no ícone Conselhos Mu-
nicipais.
27
O Protocolo Qualidade em Instituições de 
Longa Permanência para Idosos (PQILPI)
Conceito
O Protocolo Qualidade em 
Instituições de Longa Perma-
nência para Idosos estabelece 
padrões de funcionamento para 
as ILPIS e orientações acerca 
da fiscalização e monitoramen-
to das Instituições de Longa 
Permanência para Idosos, com 
ou sem fins lucrativos, no muni-
cípio de Curitiba. 
Objetivo geral
Garantir qualidade nos servi-
ços de acolhimento institucional 
para pessoas idosas do municí-
pio de Curitiba.
Objetivos específicos
•	 Realizar	 o	 acompanha-
mento sistematizado para ma-
nutenção de padrões de qua-
lidade nas ILPIs, conforme a 
legislação vigente;
•	 Garantir	padrões	uniformes	
de acompanhamento às ILPIs em 
todo o município de Curitiba;
•	 Orientar	os	gestores	e/ou	
responsáveis técnicos das ILPIs 
28
e familiares dos idosos acolhi-
dos, acerca das condições de 
funcionamento;
•	 Atuar	de	 forma	 integrada	
e intersetorial, visando melhor 
atendimento para a pessoa ido-
sa acolhida;
•	 Manter	um	diagnóstico	atu-
alizado das pessoas idosas aco-
lhidas em ILPIs, bem como sobre 
a rede de acolhimento ao idoso, 
ofertada no município de Curitiba. 
Metodologia
Pautada na intersetorialidade, 
a Fundação de Ação Social (FAS) 
e a Secretaria Municipal de Saúde 
– Vigilância Sanitária (SMS/VISA) 
realizam o acompanhamento, 
orientação, assessoramento e 
fiscalização às entidades com ou 
sem fins lucrativos. 
As ações são realizadas por 
meio de orientações, recomen-
dações, intimações e encami-
nhamentos nas visitas técni-
cas e em reuniões nos Núcleos 
Regionais da FAS e/ou nos Dis-
tritos Sanitários; de forma sis-
temática, com a periodicidade 
mínima de seis meses, poden-
do ocorrer mensalmente ou 
bimestralmente, conforme as 
demandas de cada ILPI. Neste 
processo, as equipes munici-
pais devem registrar as orien-
tações e encaminhamentos 
cabendo à equipe da FAS pre-
encher o Roteiro para Super-
visão do Protocolo Qualidade 
em Instituições de Longa Per-
manência para Idosos. (ANEXO 
3), e à equipe de vigilância sa-
29
nitária, registrar em seu siste-
ma denominado SIMIVISA.
Para a realização de visi-
ta, não há obrigatoriedade de 
agendamento prévio, tendo 
em vista o Art. 97 da Lei Mu-
nicipal nº. 9000 de 27 de de-
zembro de 1996, que institui o 
Código de Saúde de Curitiba, 
dispõe sobre a proteção à saú-
de no âmbito do município e dá 
outras providências. 
A autoridade sanitária terá li-
vre ingresso mediante identifi-
cação e uso das formalidades 
legais, em todas as habitações 
particulares ou coletivas, prédios 
ou estabelecimentos de qual-
quer espécie, terrenos, lugares e 
logradouros públicos ou outros, 
neles fazendo observar o cum-
primento da legislação sanitária. 
Nas ações de fiscalização e 
monitoramento, os requisitos 
essenciais a serem observados 
nas ILPIs, são os mencionados 
nas planilhas a seguir, conforme 
previstos no Estatuto do Ido-
so (2003) e na RDC 283 (2005). 
Esses deverão ser analisados 
segundo as competências e 
atribuições de cada uma das 
equipes municipais.
30
Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social
Oferecer instalações físicas 
em condições adequadas 
de habitabilidade, higiene, 
salubridade, segurança e 
acessibilidade.
Apresentar objetivos 
estatutários e plano de 
trabalho compatíveis com 
os princípios desta Lei 
(Estatuto do Idoso)
Estar regularmente 
constituída
Demonstrar a idoneidade 
de seusdirigentes
Preservação dos 
vínculos familiares
Atendimento 
personalizado e em 
pequenos grupos
X
X
X
X
X
X
X
X
31
Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social
Manutenção do idoso na 
mesma instituição, salvo 
em caso de força maior
Participação do idoso 
nas atividades 
comunitárias, de caráter 
interno e externo
Observância dos direitos 
e garantias dos idosos
Preservação da identidade 
do idoso e oferecimento 
de ambiente de respeito 
e dignidade
Celebrar contrato escrito 
de prestação de serviço 
com o idoso, especificando 
o tipo de atendimento, as 
obrigações da entidade e 
prestações decorrentes 
do contrato, com os 
respectivos preços se for 
o caso
X
X
X
X
X
X
X
X
32
Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social
Observar os direitos e 
as garantias de que são 
titulares os idosos
Fornecer vestuário 
adequado se for pública, 
e alimentação suficiente
Diligenciar no sentido 
da preservação dos 
vínculos familiares
Oferecer acomodações 
apropriadas para 
recebimento de visitas
Proporcionar cuidados 
à saúde, conforme a 
necessidade do idoso
Promover atividades 
educacionais, esportivas, 
culturais e de lazer
X
X
X
X
X
X
X
X
X
33
X
Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social
Propiciar assistência 
religiosa aqueles que 
desejarem, de acordo 
com suas crenças
Proceder o estudo social 
e pessoal de cada caso
Comunicar a autoridade 
competente de saúde 
toda a ocorrência de idoso 
portador de doenças 
infecto contagiosas
Providenciar ou solicitar 
que o Ministério Público 
requisite os documentos 
necessários ao exercício 
da cidadania àqueles que 
não os tiverem, na forma 
da lei
Fornecer comprovante de 
depósito dos bens móveis 
que receberem dos idosos
X
X
X
X
34
Requisitos Secretaria Municipal de Saúde Fundação de Ação Social
Manter arquivo de 
anotações onde constem 
data e circunstâncias 
do atendimento, nome 
do idoso, responsável, 
parentes, endereços, 
cidade, relação de seus 
pertences, bem como o 
valor de contribuições, 
e suas alterações, 
se houver, e demais 
dados que possibilitem 
sua identificação e 
individualização do 
atendimento
Comunicar ao Ministério 
Público, para as 
providências cabíveis, a 
situação de abandono 
moral ou material por parte 
dos familiares
Manter no quadro de 
pessoal, profissionais com 
formação específica
X
X
X
X
X
35
Há outros requisitos, também 
essenciais, que devem ser ob-
servados durante as fiscaliza-
ções/monitoramento das ILPIs, 
sendo eles:
A) Recursos Humanos
É de fundamental importân-
cia que as Instituições de Lon-
ga Permanência para Idosos 
possuam recursos humanos 
com formação específica e em 
quantidade compatível ao nú-
mero de acolhidos e ao grau de 
dependência dos mesmos. Se-
gundo a RDC 283/05 a qualifica-
ção e o número de profissionais 
para uma ILPI deve ser:
Profissional/Função Escolaridade Quantidade
Coordenação 
Técnica / 
Responsável 
Técnico (RT)
Profissional para 
desenvolvimento 
de atividades 
socioculturais
Nível Superior
Nível Superior
1 profissional (com carga 
horária mínima de 20 horas 
por semana)
1 profissional para cada 40 
idosos (com carga horária de 
12 horas por semana) 
36
Profissional/Função Escolaridade Quantidade
Cuidadores
Profissional 
de Limpeza
Profissional 
de Alimentação
Profissional 
de Lavanderia
Nível Médio
Nível 
Fundamental
Nível 
Fundamental
Nível 
Fundamental
- Grau de dependência I – 1 
profissional para cada 20 
idosos, ou fração, com carga 
horária de 8 horas por dia;
- Grau de dependência II – 1 
profissional para cada 10 idosos, 
ou fração por turno;
- Grau de dependência III – 1 
profissional para cada 6 idosos, 
ou fração por turno.
1 profissional para cada 100 m² 
de área interna ou fração por 
turno diariamente
1 profissional para cada 20 
idosos, garantindo a cobertura 
de dois turnos de 8 horas
1 profissional para cada 30 
idosos ou, fração, diariamente
37
Tanto a equipe da FAS, quan-
to da SMS/VISA, devem avaliar 
se o número e a qualificação 
dos profissionais da ILPI estão 
cumprindo a legislação e aten-
dendo, com qualidade, os ido-
sos acolhidos. 
B) Cadastro do idoso
Ainda com o objetivo de aten-
der com qualidade os idosos 
acolhidos, é importante que 
alguns documentos e informa-
ções dos idosos estejam organi-
zados em arquivos, armazena-
dos na própria ILPI e que fiquem 
disponíveis para verificação das 
equipes municipais que fiscali-
zam/monitoram as instituições.
Estes documentos e informa-
ções podem ser organizados 
em diferentes espaços, confor-
me a necessidade de acesso e 
registro das equipes das ILPIs, 
por exemplo: informações sobre 
situação de saúde podem ficar 
armazenadas junto com a medi-
cação e receitas médicas. 
É imprescindível que cada 
idoso possua um cadastro, no 
qual constem informações tais 
como: nome, referência fami-
liar, endereços e relação de 
seus pertences. Neste cadas-
tro deve constar anotações, 
mencionando datas e circuns-
tâncias de atendimentos pres-
tados ao idoso, contendo um 
breve histórico do período que 
a pessoa idosa esteve na ILPI. 
Também deve possuir o con-
trato de prestação de serviço, 
celebrado com o idoso ou com 
seu curador. 
38
•	 Contrato	de	prestação	de	
serviços:
As ILPIs precisam firmar con-
trato de prestação de serviço 
com a pessoa idosa, o qual de-
verá estar junto às demais do-
cumentações do idoso, guarda-
do em pastas individualizadas e 
em setor específico na própria 
instituição de atendimento.
O Estatuto do Idoso estabe-
lece:
Art. 35 Todas as entidades de longa 
permanência, ou casa-lar, são obri-
gadas a firmar contrato de presta-
ção de serviços com a pessoa idosa 
abrigada.
§ 1.º No caso de entidades filantró-
picas, ou casa-lar, é facultada a co-
brança de participação do idoso no 
custeio da entidade.
§ 2.º O Conselho Municipal do Idoso 
ou o Conselho Municipal da Assis-
tência Social estabelecerá a forma 
de participação prevista no § 1.º, 
que não poderá exceder a 70% (se-
tenta por cento) de qualquer benefí-
cio previdenciário ou de assistência 
social percebido pelo idoso.
§ 3.º Se a pessoa idosa for incapaz, 
caberá a seu representante legal 
firmar contrato a que se refere o 
caput deste artigo. 
Art. 50 Constituem obrigações das 
entidades de atendimento:
I – celebrar contrato escrito de pres-
tação de serviço com o idoso, espe-
cificando o tipo de atendimento, as 
obrigações da entidade e presta-
ções decorrentes do contrato com 
os respectivos preços, se for o caso.
 Ressalta-se que o Con-
selho Municipal dos Direitos da 
Pessoa Idosa – CMDPI apresen-
39
ta uma proposta de modelo de 
contrato de prestação de ser-
viço para Instituição de Longa 
Permanência para Idosos (com 
fins lucrativos) - ANEXO 2, o 
qual poderá ser adaptado para 
as demais ILPIs, independente-
mente de sua natureza jurídica.
Para obter mais informações 
acesse o site www.fas.pr.gov.br, 
no ícone Conselhos Municipais.
Além disso, é importante que 
as informações sobre a situação 
de saúde dos idosos também 
sejam registradas e arquivadas 
adequadamente. Pode-se criar 
uma pasta com histórico de saú-
de para cada idoso, na qual os 
atendimentos de emergências 
médicas (SAMU, SUMUS, ECO 
e similares), o cartão do convê-
nio médico, as prescrições mé-
dicas e as declarações médicas 
possam ficar arquivadas. Essas 
informações devem receber, as-
sim como todo histórico e do-
cumentação da pessoa idosa, 
critérios que garantam o sigilo 
dos dados, mas possam estar 
disponíveis em momentos de 
urgência e emergência à equipe 
que deverá realizar os encami-
nhamentos.
C) Organização cotidiana 
da ILPI
 Entendendo a importân-
cia da organização cotidiana 
da ILPI – atividades diárias, o 
Protocolo Qualidade em Insti-
tuições de Longa Permanência 
para Idosos, apresenta mode-
los de formulários, objetivando 
orientar e nortear as ações dos 
profissionais envolvidos nos 
40
atendimentos das instituições.Salientamos que formulários 
padronizados preenchidos ade-
quadamente propiciam o me-
lhor andamento do trabalho, 
assegurando que os profissio-
nais envolvidos tenham conhe-
cimento de todas as especifi-
cidades de cada pessoa idosa 
atendida, podendo definir a 
melhor forma para seu cuidado. 
Sugere-se a utilização de um 
Plano Individual de Atendimen-
to, construído em conjunto com 
o próprio idoso e/ou sua família.
Esses formulários poderão ser 
instrumentos para repasse de 
informações dos gestores das IL-
PIs às famílias do acolhidos, bem 
como às equipes municipais en-
volvidas nas ações de supervi-
são/inspeção das ILPIs.
• Livro de Visitas
Recomenda-se que as IL-
PIs possuam um livro que 
permita as visitas realizadas 
aos idosos acolhidos, de for-
ma a oportunizar o contro-
le acerca dessas visitas e a 
conferência da garantia do 
direito à convivência familiar 
e comunitária.
•	 Quem	 assina	 o	 livro?	 
A pessoa que está realizando 
a visita.
•	 Quando	 assina	 o	 livro?	
Sempre que realizar a visita. 
•	 Onde	deixar?	Local	de	fácil	
acesso para familiares e amigos 
(por exemplo: a recepção da ILPI 
ou sala específica para recebi-
mento de visitas).
41
•	 Que	dados	devem	ser	preenchidos	no	Livro	de	Visita?	
Segue abaixo modelo de registro no livro:
Nome do idoso Data da visita 
(dia, mês e ano)
Nome da pessoa 
que realizou a visita
Tipo de vínculo 
com o idoso
Assinatura
• Livro de Ocorrências
É um livro de uso diário dos 
cuidadores e/ou responsável 
técnico pela ILPI, no qual são 
relatadas situações cotidianas 
relevantes (por exemplo: idosos 
que saíram para atendimento 
ou passeio sozinho e/ou com fa-
miliares) sobre o andamento da 
ILPI e sobre os próprios idosos. 
Visa à comunicação entre equi-
pes, principalmente entre pro-
fissionais de diferentes escalas 
de trabalho. 
•	 Quando	 se	 registra?	 Dia-
riamente, e preferencialmente 
ao final de cada período (ma-
nhã, tarde, noite);
•	 Quem	 registra?	 Cuidado-
res, responsável técnico e ges-
tor da ILPI;
42
•	 Onde	deixar?	Em	 local	de	
acesso aos profissionais envol-
vidos no atendimento aos ido-
sos (por exemplo: setor adminis-
trativo da ILPI).
• Quadro de Atividades 
Mensal/lazer (Conforme previsto 
na RDC 283, item 4.6.1.3)
É um quadro com programa 
de atividades educacionais, 
esportivas, culturais e de lazer 
a serem realizados no mês em 
curso, com data, dia, horário. 
Pode ser em formato de tabela 
semanal ou mensal dependen-
do do número de atividades 
proporcionadas pela ILPI.
•	 Onde	 deve	 estar?	 Em	 lu-
gar de fácil acesso aos idosos 
e aos seus familiares, para que 
possam tomar conhecimento 
das atividades propostas e se 
agendarem conforme o dese-
jo de cada um. Pode ser no re-
feitório ou na sala de TV ou na 
sala de visitas;
•	 Quem	 deve	 elaborar?	 O	
responsável técnico, em con-
junto com o profissional para 
desenvolvimento de atividades 
socioculturais e demais técni-
cos, podendo ser direcionado 
pelo gestor da ILPI.
43
Onde denunciar a violação 
de direitos das pessoas idosas?
Conforme o Art. 4 do Estatuto 
do Idoso (2003) “nenhum idoso 
será objeto de qualquer tipo de 
negligência, discriminação, vio-
lência, crueldade ou opressão, 
e todo atentado aos seus direi-
tos, por ação ou omissão, será 
punido na forma da lei. 
Isto posto, é dever dos ges-
tores das ILPIs, dos familiares 
dos idosos acolhidos e da co-
munidade em geral, assegurar 
que a pessoa idosa em acolhi-
mento tenha os seus direitos 
garantidos, no que tange a não 
sofrer nenhum tipo de violência, 
opressão, negligência ou aban-
dono. Caso constatado ou haja 
suspeita de violações de direi-
tos, pode-se informar por meio 
dos seguintes endereços e te-
lefones:
•	 Disque	 Direitos	 Humanos	
– 100
•	 Prefeitura	 Municipal	 de	
Curitiba / Serviço de Atendimen-
to ao Cidadão – 156
•	 Centro	 de	 Referência	
de Assistência Social (CRAS) – 
Acesse www.fas.curitiba.pr.gov.
br e veja o endereço mais próxi-
mo de sua residência
44
•	 Centro	 de	 Referência	
Especializado de Assistência 
Social (CREAS) - Acesse www.
fas.curitiba.pr.gov.br e veja 
o endereço mais próximo de 
sua residência
•	 Promotorias	 dos	 Direitos	
do Idoso – Av. Marechal Deodo-
ro, 1028, 2º Andar. Telefones: (41) 
3250-4749 e (41) 3250-
4739
•	 Conselho	 Muni-
cipal dos Direitos da 
Pessoa Idosa – (41) 
3250-7927, e-mail: cm-
dpicuritiba@fas.curiti-
ba.pr.gov.br
•	 Disque	Idoso	Pa-
raná – 0800 41 0001, 
e-mail: disqueidoso@
setp.pr.gov.br
45
Contatos Importantes
Abaixo segue os endereços 
e telefones dos Núcleos Re-
gionais da Fundação de Ação 
Social e Distritos Sanitários da 
Secretaria Municipal de Saúde / 
Vigilância Sanitária.
Regionais Fundação de Ação Social Distrito Sanitário
Bairro Novo
Boa Vista
Rua Tijucas do Sul, 1.700 
– Sitio Cercado (Rua da 
Cidadania). Telefone: (41) 
3298-6902
Rua Professor Nilo 
Brandão, 423 – São 
Lourenço. Telefone: (41) 
3355-2690
Rua Tijucas do Sul, 1.700 
– Sitio Cercado (Rua da 
Cidadania). Telefone: (41) 
3564-5853
Avenida Paraná, 3.600 
– Boa Vista (Rua da 
Cidadania). Telefone: (41) 
3313-5678
46
Regionais Fundação de Ação Social Distrito Sanitário
Boqueirão
Cajuru
CIC
Matriz
Pinheirinho
Praça Nossa Senhora do 
Carmo, s/n – Boqueirão 
(Rua da Cidadania). 
Telefone: (41) 3313-5490
Rua Antonio Meirelles 
Sobrinho, 595 – Capão da 
Imbuia. Telefone: (41) 3266 
2958
Rua Manoel Valdomiro de 
Macedo, 2.460 – Cidade 
Industrial de Curitiba (Rua 
da Cidadania). Telefone: 
(41) 3212-1532
Avenida Sete de 
Setembro, 3.627 – Centro. 
Telefone: (41) 3321-2722
Rua Rubem Berta, 50 
– Pinheirinho. Telefone: 
(41)3212-5659
Rua Josefa Deren 
Destefani, 30 – Carmo. 
Telefone: (41) 3376-0873
Rua Miguel Caluf, 2.130 
– Cajuru. Telefone: (41) 
3361-2317 
Rua Manoel Valdomiro 
de Macedo, 2.460 
– Cidade Industrial 
de Curitiba (Rua da 
Cidadania). Telefone: (41) 
3212-1526
Rua Monsenhor Celso, 
35 – Centro. Telefone: (41) 
3321-2645
Avenida Winston 
Churchill, 2.033 – Capão 
Raso (Rua da Cidadania). 
Telefone: (41) 3313-5470
47
Regionais Fundação de Ação Social Distrito Sanitário
Portão
Santa 
Felicidade
Rua Carlos Klemtz, 1.700 
– Fazendinha (Rua da 
Cidadania) Telefone: (41) 
3350-3771
Via Vêneto, 1135 - Santa 
Felicidade. Telefone: (41) 
3374-5002
Rua Carlos Klemtz, 1.700 
– Fazendinha (Rua da 
Cidadania) Telefone: (41) 
3350-3914
Rua Santa Bertila 
Boscardin, 213 – Santa 
Felicidade (Rua da 
Cidadania). Telefone: (41) 
3374-5927
Referências
CAMARANO, A. A. (Org.). Ca-
racterísticas das Instituições 
de Longa Permanência para 
Idosos: Região Sul. Brasília: 
IPEA, 2008.
CAMARANO, A. A.; KANSO, 
S. As instituições de longa per-
manência para idosos no Brasil. 
Revista Brasileira de Estudos 
de População, Rio de Janeiro, v. 
27, n. 1, p. 233-235, jan-jun. 2010. 
48
Disponível em: http://www.scielo.
br/. Acesso em 05/03/2014.
BRASIL. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. Resolução 
RDC n. 283, de 26 de setembro 
de 2005. Aprova o Regulamen-
to Técnico que define normas 
de funcionamento para as Ins-
tituições de Longa Permanên-
cia para Idosos. Diário Oficial da 
União; Brasília, DF. 2005.
_______ . Lei n. 10.741, de 01 
de outubro de 2003. Estatuto 
do Idoso. Brasília, DF, 2004.
_______ . Ministério do Desen-
volvimento Social e Combate à 
Fome. Tipificação Nacional de 
Serviços Socioassistenciais. 
Brasília, DF, 2009.
IBGE – Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística. Sinop-
se do CENSO Demográfico 
2010. Disponível em <http://www.
censo2010.ibge.gov.br/sinop-
se/index.php?uf=41&dados=1>.	
Acesso em 07/07/2014.
49
Considerações Finais
Atendendo aos objetivos pro-
postos neste documento, e en-
tendendo que o acolhimento 
da pessoa idosa em ILPI é uma 
demanda em nossa sociedade, 
este Protocolo se destina a re-
ferenciar o atendimento, escla-
recendo de modo simples e di-
reto os pontos comuns a todas 
as instituições, levando em con-
sideração objetivo fundamen-
tal que é de garantir qualidade 
nas ILPIs, tendo como principal 
destinatárioa pessoa idosa.
Ressaltamos ainda que com-
pete a cada Instituição, pautada 
na obrigação legal a esta atribu-
ída, buscar o engajamento para 
um atendimento de qualidade, 
bem como elevar seus padrões 
de cuidado, a fim de garantir 
que a pessoa idosa tenha seus 
direitos assegurados.
Aos idosos e seus familiares, 
bem como demais envolvidos 
no processo do envelhecimen-
to populacional, este protocolo 
deve balizar as ações de con-
trole social, que colocam as 
iniciativas da sociedade como 
legítimas formas de transfor-
mação, em que o idoso insti-
tucionalizado possa assumir a 
condição de acolhido.
50
Anexos
Data de Entrada:________/_______/_______
DADOS DO MORADOR:
•	Identificação:
Nome:__________________________________________________
Data de Nascimento: _______/______/_______ 
Está	interditado?	(				)		sim										(			)		não				(			)	em	processo
(se sim, anexar cópia do documento de interdição)
•	Documentação:	
RG: ____________________ 
Órgão Expedidor___________ 
Ficha de cadastro do morador
51
Expedido em _____________________
CPF: _________________________
Estado Civil (oficial):________________________________
Cópias dos documentos que estão na ILPI: 
( ) RG ( ) CPF ( ) Certidão de Estado Civil ( ) Outros. 
Qual ________
•	Benefício	recebido	pelo	idoso:		
( ) Pensão (recebe décimo terceiro) – Valor R$__________________ 
( ) Aposentadoria (recebe décimo terceiro) – Valor R$____________ 
( ) BPC (não recebe décimo terceiro) – Valor R$_________________
Valor da mensalidade: ________________________ 
Pagamento realizado pelo: idoso ( ) família ( ) ambos ( )
Percentual pago pelo idoso:____________________
52
Percentual pago pela família:___________________
•	Situação	de	Saúde:
Tem plano de saúde: ( ) sim ( ) não
Qual?___________________________
n.º da Carteira: _______________________ 
Faz uso de medicamentos: ( ) sim ( ) não
Quais: __________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
________________________
Trouxe	laudo	médico?		(				)		sim										(			)		não
CID: ________________ Médico:___________________________ 
Data:_________
Grau de dependência: ( ) I ( ) II ( ) III
Trouxe	prescrição	médica?		(			)		sim										(			)		não
Médico:___________________________ 
53
Data:____________________
Trouxe	medicamentos?	(			)	não			(		)		sim			
Quais: __________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________
•	Lista	de	Pertences	Pessoais:
(móveis, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, jóias, cobertor, col-
chão, roupas, calçados...)
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
54
DADOS DOS FAMILIARES:
1) Nome: ________________________________________________
_______________ Parentesco:____________________ 
Endereço: Rua _________________________________, n.º_______ 
Complemento:________________Bairro: _____________________ 
Fone Res.: _____________ Celular: _________________ 
Fone Com.: __________
2) Nome: ________________________________________________
________________ Parentesco:______________ 
Endereço: Rua ________________________________, n.º________
Complemento:______________Bairro: ________________________
Fone Res.: _____________ Celular: _________________ 
Fone Com.: __________
3) Nome: ________________________________________________
_______________ Parentesco:______________ 
Endereço: Rua ______________________________, n.º__________
Complemento:______________Bairro: ________________________ 
55
Fone Res.: _____________ Celular: _________________ 
Fone Com.: __________
Curitiba, ______ de _________________ de ________.
Contrato de prestação de serviços
Instituição de Longa Permanência para Idosos (com fins lucrativos)
_______________________________________________________
CONTRATADA
(Nome da Instituição), pessoa jurídica de direito privado, com sede 
na Rua (endereço), inscrita no CNPJ sob o n.º (XXXX), neste ato re-
presentado por seu sócio administrador (Nome e informações pes-
soais);
56
CONTRATANTE
(Nome do Idoso, nacionalidade, naturalidade, profissão, estado civil, 
CPF, RG, endereço), juntamente com o seu RESPONSÁVEL ANUEN-
TE Sr (a). (Nome, naturalidade, profissão, estado civil, CPF, RG, ende-
reço e informações pessoais); Pelo presente instrumento particular, 
as partes acima qualificadas, doravante denominadas CONTRA-
TANTE e CONTRATADA, na melhor forma de direito, ajustam e con-
tratam a prestação de serviços profissionais destinados a moradia 
definitiva, temporária e/ou provisória de idosos nos termos da Lei 
10.741/2003 (Estatuto do Idoso), segundo as cláusulas e condições 
adiante arroladas.
_______________________________________________________
CLÁUSULA PRIMEIRA
DO OBJETO
1. O objeto do presente contrato consiste na prestação de serviços 
de Instituição de Longa Permanência, destinada ao domicílio coleti-
vo de pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
57
1.1. Faz parte integrante do objeto do presente instrumento a presta-
ção dos seguintes serviços pela CONTRATADA ao CONTRATANTE:
I – Acomodação em quarto individual/duplo/coletivo, com banheiro 
individual/coletivo, sala coletiva de TV, sala de atendimento de en-
fermagem, sala de atividades/ recreação/lazer, refeitório, conforme 
opção do CONTRATANTE e ou disponibilidade da 
CONTRATADA;
II – Fornecimento mínimo de 06 (seis) refeições diárias, conforme 
cardápio devidamente elaborado por nutricionistas;
III – Serviços de limpeza diária dos quartos, banheiros e ambientes 
comuns da Instituição;
IV – Serviços de lavanderia;
V – Atividades coordenadas por profissionais devidamente capaci-
tados visando à preservação da saúde física e mental e do aperfei-
çoamento moral, intelectual, espiritual e social do CONTRATANTE.
VI – Atividades que buscam a preservação do vínculo familiar;
VI – Alimentação especial quando houver indicação médica, em 
conformidade com o disposto no art. 50, VIII da Lei 10.741/2003.
58
1.2. Não estão incluídos no objeto deste Contrato os seguintes ser-
viços:
I – Disponibilização de profissionais para serviços externos do CON-
TRATANTE como consultas médicas, acompanhamento hospitalar, 
dentre outros similares.
II – Fornecimento de fraldas descartáveis, material para curativos, 
sondas e similares;
III – Fornecimento de medicação de uso particular do CONTRATAN-
TE;
IV – Fornecimento de produtos de higiene particular, vestuário, rou-
pas de cama e banho;
59
CLÁUSULA SEGUNDA
DO PREÇO
2. Pelos serviços descritos nas cláusulas anteriores, o CONTRA-
TANTE pagará a CONTRATADA o valor mensal de R$ XX, XX (...), que 
inclui todos os custos necessários para o perfeito cumprimento do 
presente contrato.
2.1. O valor mensal descrito na CLÁUSULA SEGUNDA será corrigi-
do anualmente pela variação do IPC – Índice Geral do Consumidor, 
calculado pela Fundação Getúlio Vargas, tomando-se como base o 
mês de início do contrato.
2.2. O valor descrito na CLÁUSULA SEGUNDAdeverá ser pago men-
salmente pelo CONTRATANTE até o dia ...... de cada mês que pode-
rá ser realizado na sede da CONTRATADA ou através de depósito 
na conta bancária da mesma.
2.3. Havendo atraso no pagamento dos valores descritos na CLÁU-
SULA SEGUNDA haverá incidência de multa moratória de até 2% 
(dois por cento) ao mês do seu valor em conformidade com o dis-
posto no §1.º do artigo 52 da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do 
60
Consumidor).
2.4. O CONTRATANTE deverá no ato do pagamento dos valores 
descritos nas cláusulas anteriores ressarcir a CONTRATADA de to-
dos os gastos e despesas extras que pela CONTRATADA excepcio-
nalmente venham a ser antecipados, tais como materiais de higie-
ne, medicamentos, fraldas, manicure, cabeleireiro e assemelhados 
utilizados pelo CONTRATANTE durante o mês imediatamente ante-
rior, devendo a CONTRATADA comprovar tais despesas através da 
apresentação de notas fiscais e/ou recibos.
CLÁUSULA TERCEIRA
DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE 
e/ou RESPONSÁVEL ANUENTE
3. Indicar para a CONTRATADA, no prazo máximo de 48 (quarenta 
e oito) horas a contar do início da vigência deste instrumento, to-
dos os dados cadastrais e telefones de contatos de profissionais 
que atendam as necessidades particulares do CONTRATANTE, tais 
como médicos, fisioterapeutas, dentistas, nutricionistas, dentre ou-
61
tros profissionais de forma a permitir que, em caso de necessidade, 
a CONTRATADA possa entrar em contato com estes profissionais.
3.1. Indicar para a CONTRATADA, no ato de assinatura deste instru-
mento, a relação de medicamentos controlados ou não que faça 
uso o CONTRATANTE, bem como informações pessoais (como aler-
gias, tipo sangüíneo, etc.) e os respectivos receituários médicos 
com a descrição dos medicamentos, dosagem e posologia.
3.2. Promover o pagamento dos valores devidos à CONTRATADA 
descritos na CLÁUSULA SEGUNDA deste instrumento, na forma e 
prazos estabelecidos.
3.3. Fornecer à CONTRATADA no ato de assinatura do presente 
Instrumento, uma relação com os bens e pertences pessoais do 
CONTRATANTE, como também identificando as peças de vestuário 
pessoal, cama e banho, atualizando a relação com a entrada e/ou 
retirada destes itens, com entrega de recibo de depósito dos bens 
confiados a CONTRATADA.
3.4. O CONTRATANTE deverá respeitar as normas e regulamentos 
da Instituição;
62
CLÁUSULA QUARTA
DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA
4. Manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades 
dos idosos atendidos, bem como provê-los com alimentação regular 
e higiene, indispensáveis as normas sanitárias e com estas condi-
zentes, conforme estabelecido na RDC 283, bem como na Lei n.º 
10.741/2003 (Estatuto do Idoso).
4.1. Estabelecer atendimento de moradia digna adotando os se-
guintes princípios estabelecidos no artigo 49 e 50 da Lei n.º 10.741 
de 1.º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso):
I – Preservação dos vínculos familiares;
II – Atendimento personalizado e em pequenos grupos;
III – Manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso de 
força maior;
IV – Participação do idoso nas atividades comunitárias, de caráter 
interno e externo;
63
V – Observância dos direitos e garantias dos idosos;
VI – Preservação da identidade do idoso e oferecimento de ambien-
te de respeito e dignidade;
VII – Oferecer acomodações apropriadas para recebimento de visi-
tas;
VIII – Propiciar cuidados à saúde, conforme necessidade do idoso;
IX – Promover atividades educacionais, esportivas, culturais e de 
lazer;
X – Propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acor-
do com as suas crenças;
XI – Proceder ao estudo social e pessoal de cada caso;
XII – Comunicar a autoridade competente de saúde toda ocorrência 
de idoso portador de doenças infecto-contagiosas;
XIII – Providenciar ou solicitar que o Ministério Público requisite os 
documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles que 
não os tiverem, na forma da lei.
XIV – Manter arquivo de anotações onde constem data e circuns-
64
tâncias do atendimento, nome do idoso, responsável, parentes, 
endereços, cidade e relação de seus pertences, bem como o valor 
de contribuições, e suas alterações, se houver, e demais dados que 
possibilitem sua identificação e a individualização do atendimento;
XV – Comunicar o Ministério Público para as providências cabíveis, a 
situação de abandono moral ou material por parte dos familiares.
4.2. A CONTRATADA se compromete a envidar todos os esforços 
necessários para cumprir com o exposto no presente contrato, 
preservando identidade e privacidade do CONTRATANTE, agindo 
sempre em consonância com os ditames legais, éticos e de boa fé 
aplicáveis, respeitando todos os direitos da pessoa idosa.
4.3. A contratada conta com o seguinte quadro de profissionais 
com formação específica a fim de atender ao CONTRATANTE:
- 01 Psicólogo;
- 01 Fisioterapeuta;
- 01 Médico;
- etc.
65
CLÁUSULA QUINTA
DA VIGÊNCIA DO CONTRATO
5. A vigência do presente contrato de prestação de serviços será de 
XX (...) meses a contar da data da assinatura, podendo ser prorrogado 
mediante Termo Aditivo, se de comum acordo entre as partes.
CLÁUSULA SEXTA
DA RESCISÃO
6. O presente contrato poderá ser rescindido, a qualquer tempo e 
por qualquer das partes, independentemente de motivação e sem 
que este fato implique no direito de indenização, devendo a parte 
interessada notificar expressamente a outra com antecedência mí-
nima de 30 (trinta) dias.
6.1. Caberá a rescisão unilateral imediata nos seguintes casos:
I – Atraso pelo CONTRATANTE no pagamento das parcelas ajusta-
das na CLÁUSULA SEGUNDA deste instrumento no prazo superior 
a 30 (trinta) dias;
66
II – Descumprimento de quaisquer cláusulas contratuais por quais-
quer das partes;
6.2. O presente contrato será ainda rescindido de pleno direito no 
caso de falecimento do CONTRATANTE, ficando acordado entre as 
partes o pagamento do mês relativo ao falecimento deste, referen-
te aos serviços prestados no período.
CLÁUSULA SÉTIMA
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
7. CONTRATANTE declara-se ciente de que as cláusulas e disposi-
ções presentes neste instrumento de prestação de serviços perdu-
rarão até que se opere a rescisão do presente por uma das formas 
previstas na CLÁUSULA SEXTA.
7.1 A CONTRATADA dispõe de XX (....) linha telefônica de uso comum 
dos hóspedes que se destinam ao uso exclusivo de ligações locais/
móvel/interurbano (especificar a quantidade de linhas telefônicas, a 
disponibilidade de uso das mesmas, como ocorrerá em caso de co-
brança extra, etc.).
7.2. Qualquer tolerância por quaisquer das partes em relação a obri-
67
gações que devam ser cumpridas pela outra não deverá ser inter-
pretada como precedente, novação ou renúncia aos direitos que a 
lei e o presente contrato assegure.
7.3. Fica pactuado entre a CONTRATADA e a CONTRATANTE a au-
sência de qualquer tipo de relação de subordinação.
7.4 É obrigação de a CONTRATADA oferecer à CONTRATANTE cópia 
do presente instrumento, contendo todas as especificidades da 
prestação de serviços da CONTRATADA.
CLÁUSULA OITAVA
DO FORO
8.1 Fica eleito o foro da Comarca de Curitiba – PR para dirimir quais-
quer questões oriundas deste contrato, renunciando as PARTES a 
qualquer outro, por mais privilegiado que seja. E assim, por estarem 
justas e contratadas as PARTES firmam o presente instrumento, 
em duas vias de igual teor e forma, na presença de 02 (duas) teste-
munhas abaixo qualificadas, obrigando-se ao seu fiel cumprimento, 
por si e seus sucessores.
68
Curitiba, ______ de _________________ de 2014.
 
__________________________________ 
NOME DO CONTRATANTE 
__________________________________
NOME DA ILPI CONTRATADA
____________________________________
NOME DO RESPONSÁVEL ANUENTE
RESPONSÁVEL ANUENTE
1.ª Testemunha 2.ª Testemunha
69
Roteiro para supervisão
70
71
72
73
74
FAS - Fundação de Ação Social 
R. Eduardo Sprada, 4.520 ­ Campo CompridoCEP 81.270­010 ­ Curitiba­Pr
Fone: (41) 3350­3500 / 3373­5565
e­mail: fas@fas.curitiba.pr.gov.br
Secretaria Municipal da Saúde 
R. Francisco Torres, 830 ­ Centro 
CEP: 80.060­130 ­ Curitiba­PR 
Fone: (41) 3350­8400 
e­mail: sms@sms.curitiba.pr.gov.br

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