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QUESTÕES INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTOS 1. Jair, advogado especialista em direito público, atua com desenvoltura em processos de licitação, disputas administrativas e judiciais envolvendo negócios com governos e acompanhamento da execução de contratos administrativos. Ao aprofundar suas relações jurídicas, em meio ao patrocínio de diversas causas no ramo do direito público, o advogado também inicia participação política na defesa de temas essências à cidadania, o que o motiva a lançar sua candidatura ao cargo de deputado estadual, vindo a ser eleito com mais de 60% dos votos válidos. Com relação à eleição do advogado ao cargo de deputado estadual, é correto afirmar que: a. Jair ficará impedido de atuar apenas contra ou a favor de pessoas jurídicas de direito público b. Jair ficará totalmente proibido de exercer a advocacia, eis que esta é incompatível, mesmo em causa própria, com as atividades dos membros do Poder Legislativo, no entanto, poderá atuar, excepcionalmente, nas demandas que já estavam em curso antes de assumir o seu cargo como deputado estadual c. Jair ficará impedido de atuar apenas contra ou a favor de pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. d. Jair ficará totalmente proibido de exercer a advocacia, eis que esta é incompatível mesmo em causa própria, com as atividades dos membros do Poder Legislativo. 2. João Pedro, advogado conhecido no Município Alfa, foi eleito para mandato na Câmara Municipal, na legislatura de 2012 a 2015. Após a posse e o exercício do cargo de vereador em 2012 e 2013, João Pedro licenciou-se do mandato em 2014 e 2015 a convite do Prefeito, para exercer o cargo de Procurador-Geral do Município Alfa. Diante desses fatos, João Pedro, a. Em 2013 e 2013, poderia exercer a advocacia a favor de entidades paraestatais. b. Em 2012 e 2013, não poderia exercer a advocacia contra empresa concessionária de serviço público estadual. c. Em 2014 e 2015, poderia exercer a advocacia privada, desde que não atuasse contra o Município Alfa ou entidade que lhe seja vinculada. d. Em 2014 e 2015, não poderia exercer a advocacia a favor da autarquia vinculada ao Município Alfa. DIREITOS DO ADVOGADO 3. Com o objetivo de cumprir a meta estabelecida pelo CNJ, de baixar a pilha de processos que há anos guardam julgamento nas varas espalhadas pelo país, o juiz federal José Maria, da x Vara Federal de determinado estado, editou uma Portaria para orientação dos servidores quanto às regras de julgamento dos processo e quanto ao horário de atendimento das partes e dos advogados, o qual passaria a ser restrito e não coincidente com o horário forense. Com base na situação descrita, nos termos do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. a. O princípio da eficiência da Administração Pública sobrepõe- se aos interesses das partes e dos advogados. b. A meta estabelecida pelo CNJ justifica a medida adotada pelo magistrado no sentido de restringir os direitos dos advogados de acesso aos autos e aos agentes públicos. c. A Portaria baixada pelo magistrado, no que tange a restrição do horário de atendimento, viola o direito dos advogados de serem atendidos a qualquer momento pelo magistrado e servidores públicos. d. Os magistrados podem editar uma Portaria para tratar sobre qualquer assunto, inclusive impondo restrições do advogado, tendo em vista a autonomia da Administração dos órgãos do Poder Judiciário. RELAÇÕES COM O CLIENTE 4. Certo advogado firmou instrumento de mandato para auxiliar seu cliente em determinada defesa extrajudicial. Ocorre, todavia, que o referido instrumento de mandato foi silente quanto ao seu prazo de duração. De acordo com a situação narrada, é correto afirmar que: a. O instrumento de mandato é anulável e não há que se falar em extinção pelo decurso de prazo. b. O instrumento de mandato é válido e se extinguirá após o decurso do prazo de 10 anos. c. O instrumento de mandato é válido e se extinguirá após o decurso do prazo de 5 anos. d. O instrumento de mandato é válido e não há que se falar em extinção pelo decurso de prazo. INFRAÇÕES DISCIPLINARES / DIREITOS DO ADVOGADO 5. O advogado Antônio é convocado para prestar depoimento como testemunha em ação em que um dos seus clientes é parte. Inquirido pelo magistrado, passa a tecer considerações sobre fatos apresentados pelo seu cliente durante as consultas profissionais, mesmo sobre estratégias que havia sugerido para a defesa do seu cliente. Não omitiu quaisquer informações. Posteriormente à audiência, foi notificado da abertura de processo disciplinar pelo depoimento prestado. Em relação ao caso acima, com base nas normas estatutárias, é correto afirmar que a. No caso em tela, houve justa causa, capaz de permitir a revelação de dados sigilosos. b. Inquirido pelo magistrado, o advogado não pode se escusar de depor e prestar informações. c. A quebra do sigilo profissional, ainda que judicialmente, como no caso, é infração disciplinar. d. O sigilo profissional é uma faculdade do advogado. INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO 6. Abelardo é magistrado vinculado ao Tribunal de Justiça do Estado K e requer licença para tratamento de questões particulares, pelo prazo de três anos, o que foi deferido. Como, antes de assumir o referido cargo, era advogado regularmente inscrito nos quadros da OAB, requer o seu reingresso, comprovando o afastamento das funções judicantes. Nos termos do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa correta. a. A incompatibilidade com a advocacia persiste mesmo após aposentadoria do cargo efetivo. b. O afastamento temporário do cargo que gera a incompatibilidade permite a inscrição provisória. c. A incompatibilidade permanece mesmo que ocorra o afastamento temporário do cargo. d. O afastamento do cargo incompatível permite a inscrição após um período de três anos. DIREITOS DO ADVOGADO 7. Pedro estava sendo processado por sonegação fiscal, tendo contratado a advogada Eloisa para lhe defender judicialmente. Em razão de sua atuação no processo criminal, a advogada obteve acesso aos comprovantes de rendimentos e extratos bancários da conta de seu cliente. Anos depois, após o término da ação penal, Pedro foi novamente processado, só que dessa vez em demanda cível de prestação de alimentos para os filhos menores. Joana, mãe das crianças e representante das mesmas na ação de alimentos, sabendo que Eloisa tinha plenos conhecimentos da situação financeira de Pedro, informou ao sue advogado que a arrolou como testemunha no processo. Diante da situação descrita e considerando a legislação ético- profissional do advogado, é correto afirmar que: a. A advogada Eloisa deverá recusar-se a depor como testemunha no processo cível, a não ser que Pedro expressamente a autorize, neste caso, a advogada deverá revelar tudo o que souber a seu respeito, ainda que isto o prejudique. b. Independentemente da anuência ou não de Pedro, a advogada Eloisa não será obrigada a depor como testemunha no processo cível, sobre os fatos que tomou conhecimento quando da atuação no processo criminal envolvendo sue antigo cliente. c. Como a advogada Eloisa não representa os interesses de Pedro na ação cível, deverá, ainda que isto o prejudique, depor como testemunha, prestando compromisso de dizer a verdade, e expor tudo o que souber a seu respeito. d. Como a advogada Eloisa não representa os interesses de Pedro na ação cível, deverá, ainda que isto o prejudique, depor como testemunha, no entanto, terá o direito e o dever de se calar em relação as informações protegidas pelo sigilo bancário de Pedro. ATIVIDADE DE ADVOCACIA8. O advogado Geraldo foi regularmente constituído por certo cliente para defende-lo em um processo judicial no qual esse cliente é réu. Geraldo ofereceu contestação, e o processo segue atualmente seu trâmite regular, não tendo sido, por ora, designada audiência de instrução e julgamento. Todavia, pro razões insuperáveis que o impedem de continuar exercendo o mandato, Geraldo resolve renunciar. Em 12 de fevereiro de 2019, Geraldo fez a notificação válida da renúncia. Três dias depois da notificação, o mandante constituiu novo advogado, substituindo-o. Todo o ocorrido foi informado nos autos. Considerando o caso narrado, de acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. a. Geraldo continuar a representar o mandante durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia. b. O dever de Geraldo de representar o mandante cessa diante da substituição do advogado, independentemente do decurso do prazo. c. Geraldo continuará a representar o mandante até que seja proferida e publicada sentença nos autos, ainda que recorrível. d. Geraldo continuará a representar o mandante até o julgamento da audiência de instrução e julgamento. ÉTICA DO ADVOGADO / DIREITOS DO ADVOGADO / DEVER DE URBANIDADE 9. O Advogado Antônio interpôs recurso contra a sentença que julgou improcedente os pedidos formulados na exordial, argumentando que o juiz seria um jumento e que não observou as normas que se aplicam a causa. Ainda, bastante inconformado com o teor da sentença de improcedência, o advogado afirmou que a única explicação para tamanho absurdo seria que o juiz teria recebido dinheiro da parte contrária para proferir tal sentença. De acordo com o caso narrado, é correto afirmar que as atitudes do advogado Antônio: a. Não constituem crime, pois o mesmo tem imunidade profissional e não pode ser responsabilizado por calúnia, injúria ou difamação quando houver qualquer tipo de manifestação de sua parte, seja no exercício de sua profissão, em juízo ou fora dele. Assim, o advogado somente violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB, quando infringiu o dever de urbanidade para com o magistrado. b. Não podem constituir injúria, mas podem configurar desacato punível. Isso porque o advogado tem imunidade profissional, conforme estabelece o Estatuto da OAB, mas esta, de acordo com o STF, não compreende o desacato, sob pena de conflitar com a autoridade do juiz na condução da atividade jurisdicional. Além disso, o advogado violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB, quando infringiu o dever de urbanidade para com o magistrado. c. Não constituem qualquer tipo de crime nem mesmo conduta antiética, uma vez que as argumentações descritas no recurso foram feitas no exercício da profissão. d. Configuram crime de calúnia, ao afirmar que o juiz seria um jumento e que não observou as normas que se aplicam a causa, bem como o crime de injúria, ao afirmar que o juiz teria recebido dinheiro da parte contrária para proferir a sentença de improcedência que recusou os pedidos da inicial. Além desses crimes, o advogado também violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina na OAB quando proferiu todas aquelas ofensas ao magistrado. DEVER DE URBANIDADE 10. Alice, advogada, em audiência judicial, dirigiu a palavra de maneira ríspida a certa testemunha e ao magistrado, tendo este entendido que houve a prática dos crimes de injúria e desacato, respectivamente. Por isso, o juiz determinou a extração de cópias da ata e remessa á Promotoria de Justiça com atribuição para investigação penal da comarca. Considerando a situação narrada, a disciplina do Estatuto da OAB e o entendimento do Supremo Tribunal Federal, sobre as manifestações de Alice, proferidas no exercício de sua atividade profissional, é correto afirmar que a. Podem configurar injúria e desacato puníveis, pois o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a imunidade profissional prevista no art. 7º, § 2º, do Estatuto da OAB, já que a Constituição Federal consagra a incolumidade da honra e imagem. b. Não podem constituir injúria ou desacato puníveis. Isso porque o advogado tem imunidade profissional, nos termos do art. 7º, §2º, do Estatuto da OAB, cuja integral constitucionalidade foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal. c. Não podem constituir injúria, mas podem configurar desacato punível. Isso porque o advogado tem imunidade profissional, nos termos do art. 7º, §2º, do Estatuto da OAB, mas esta, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, não compreende o desacato, sob pena de conflitar com a autoridade do magistrado na condução da atividade jurisdicional. d. Não podem constituir injúria ou desacato puníveis, mas podem caracterizar crime de desobediência. Isso porque o advogado tem imunidade profissional, nos termos do art. 7º, §2º, do Estatuto da OAB, cuja constitucionalidade foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal, com a ressalva ao delito de desobediência, a fim de não conflitar com a autoridade do magistrado na condução da atividade jurisdicional.
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