Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fraturas dentais “Primeiramente verificar os sinais vitais, pressão arterial, fazer anamnese, limpeza dos ferimentos hemostasia e desinfecção. Fazer o exame extra oral para verificar assimetria facial, dor ruído da atm, dificuldade de abrir/fechar a boca, presença de corpos estranhos” Exame intra oral: Tecidos moles: fragmentos ou hemorragia Tecidos duros: fraturas ósseas, deslocamento dental CLASSIFICAÇÃO FRATURAS CORONÁRIAS DE ESMALTE DE ESMALTE E DENTINA SEM EXPOSIÇÃO PULPAR DE ESMALTE E DENTINA COM EXPOSIÇÃO PULPAR E RIZOGÊNESE INCOMPLETA DE ESMALTE E DENTINA COM EXPOSIÇÃO PULPAR E RIZOGÊNESE COMPLETA CORONORRADICULAR FRATURAS RAÍZ / OSSO RADICULAR TERÇO CERVICAL RADICULAR TERÇO MÉDIO RADICULAR TERÇO APICAL LESÕES LIGAMENTO AVULSÃO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Diagnóstico e tratamento dependem de: Extensão da lesão Exposição pulpar Estágio de desenvolvimento radicular SE HOUVER EXPOSIÇÃO PULPAR Podemos relacionar a condição e o prognóstico da seguinte forma: TESTES COMPLEMENTARES EXAME RADIOGRÁFICO Verificar extensão da fratura Avaliar estágio de desenvolvimento radicular Verificar região do periodonto e Peri ápice Buscar fragmentos e corpos estranhos Avaliar deslocamento ou fraturas dentais Avaliar deslocamentos ou fraturas alveolares Posso usar a técnica de paralelismo, de Clark ou oclusal TESTE DE PERCUSSÃO VERTICAL E HORIZONTAL Avalia danos a ligamentos periodontais Teste vertical e teste horizontal Dedo indicador inicialmente Cabo do espelho SENSIBILIDADE PULPAR Verificar a vitalidade pulpar através do estímulo frio Pode ser negativa ou confusa devido ao trauma Primeiro em dente não traumatizado Secar bem os dentes aplicar na cervical TRANSILUMINAÇÃO Busca por fissuras e trincas adicionais Faces linguais Fotopolimerizador ou dispositivo com luz branca FRATURA CORONÁRIA DE ESMALTE QUADRO CLINICO Pequena extensão da fratura Sensibilidade térmica Desconforto língua Tratamento Se for de pequena extensão posso apenas regularizar as bordas cortantes Em fraturas maiores restaurar o dente com resinas compostas FRATURA CORONÁRIA DE ESMALTE E DENTINA SEM EXPOSIÇÃO PULPAR Sensibilidade térmica ou a mastigação Sensibilidade a percussão Existência do fragmento? QUANDO EXISTE O FRAGMENTO: Mantido em soro fisiológico ou em leite Limpar o fragmento e deixa-lo em soro por 10-15min Ta m an ho d a ex po siç ã o • microexposiç ão • exposição intermediári a • grande exposição Te m po d e ex po siç ã o • 24h após o trauma • até uma semana após o trauma • Mais de uma semana após o trauma V ita lid ad e pu lp ar • Sangrament o ao toque, coloração vermelho vivo, consistência de tecido íntegro • Hemorragia intensa, coloração azulada ou acastanhad a, sinais de inflamação apical,ausên cia de consistÊncia tecidual Fixar o fragmento em bastão de guta percha ou stick Testar o fragmento em posição PROCEDIMENTO CLINICO 1. Bochecho antisséptico 2. Anestesia 3. Isolamento absoluto e aplicação do condicionamento ácido 4. Aplicar o sistema adesivo 5. Aplicar a resina e colocar o fragmento 6. Realizar o acabamento e polimento Se necessário em grandes fragmentos realizar uma canaleta QUANDO NÃO HÁ FRAGMENTO Realizar uma restauração classe IV Pode ser feita com enceramento PROCEDIMENTO CLÍNICO 1. Aplicar ácido e adesivo 2. Enceramento 3. Confecção da muralha e cortar toda a vestibular com bisturi 4. Aplicar a resina por estratos 5. Acabamento e polimento CONTROLE Avaliar com teste de sensibilidade e radiografias após 6 semanas – 1 ano Favorável ausência de sintomatologia Resposta positiva ao teste de sensibilidade Continuidade de rizogênese FRATURA CORONÁRIA DE ESMALTE E DENTINA COM EXPOSIÇÃO PULPAR E RIZOGÊNESE INCOMPLETA QUADRO CLÍNICO Fratura dental envolvendo esmalte dentina e polpa Ápice radicular em processo de formação MICRO EXPOSIÇÃO, POLPA SAUDÁVEL >24H 1. Bochecho antisséptico 2. Anestesia 3. Isolamento 4. Irrigar o local com soro ou suspensão de hidróxido de cálcio 5. Aplicar pó de hidróxido de cálcio 6. Aplicar cimento de hidróxido de cálcio 7. Aplicar ionômero de vidro 8. Colagem de fragmento ou restauração EXPOSIÇÃO MÉDIA, POLPA SAUDÁVEL >1 SEMANA 1. Bochecho antisséptico 2. Anestesiar 3. Isolar campo 4. Irrigar local com soro ou suspensão de hidróxido de cálcio 5. Curetagem pulpar superficial 6. Aplicar pó de hidróxido de cálcio 7. Aplicar ionômero de vidro 8. Colagem do fragmento ou restauração GRANDE EXPOSIÇÃO OU < 1 SEMANA 1. Bochecho antisséptico 2. Anestesiar 3. Isolar o campo 4. Irrigar o local com soro ou suspensão de hidróxido de cálcio 5. Pulpotomia total 6. Aplicar pó de hidróxido de cálcio 7. Aplicar cimento de hidróxido de cálcio 8. Aplicar ionômero de vidro 9. Colagem do fragmento ou restauração CONTROLE Avaliar clinicamente e com radiografias após 30-45dias até a rizogênese se completar e após 1 ano Fatore favoráveis são ausência de sintomatologia, continuidade da rizogênese GRANDE EXPOSIÇÃO OU QUANDO SE PASSOU > DE UMA SEMANA DO TRAUMA CURETAGEM PULPAR OU PULPOTOMIA 1. Bochecho antisséptico 2. Anestesiar 3. Isolamento 4. Remoção da polpa com broca diamantada ou cureta 5. Aplicação de Otosporim 10min 6. Aplicação de hidróxido de cálcio 7. Aplicação do ionômero de vidro 8. Colagem do fragmento ou restauração com resina composta FRATURA CORONÁRIA DE ESMALTE E DENTINA COM EXPOSIÇÃO PULPAR E RIZOGÊNESE COMPLETA QUADRO CLINICO Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar e rizogênese completa FRATURA CORONÁRIA RADICULAR AUSÊNCIA DE EXPOSIÇÃO PULPAR 1. Bochecho antisséptico 2. Anestesiar 3. Remoção do fragmento 4. Lavar com soror fisiológico 5. Isolar o campo 6. Reposicionar o fragmento 7. Fixar com resina composta e sistema adesiva “Caso não seja possível remover o fragmento na primeira sessão, estabilizar com resina composta e sistema adesivo e avaliar o plano de tratamento definitivo” PRESENÇA DE EXPOSIÇÃO PULPAR Seguir os mesmos passos do tratamento para fratura coronária com exposição com rizogênese completa ou incompleta Avaliar a necessidade de expor o limite subgengival d fratura via cirurgia periodontal ou extrusão ortodôntica Orientação de higiene bucal e bochechos diários com clorexidina 0,12% por 7 dias Controle Avaliar por teste de sensibilidade e radiografias por 6 a semanas e após 1 ano Caso haja rizogênese incompleta o controle passa a ser a cada 45 dias até o fim do processo Sinais favoráveis ausência de sintomatologia, caso de polpa mantida, teste de sensibilidade positivo, continuidade da rizogênese FRATURA RADICULAR - TERÇO CERVICAL, MÉDIO E APICAL Tratar com atenção redobrada Fazer os testes complementares para ajudar no diagnóstico TERÇO CERVICAL QUADRO CLINICO Fratura localizada no terço cervical da raiz Coroa deslocada ou muita mobilidade Sensibilidade á percussão Fratura pode estar sentindo horizontal ou oblíquo Pode haver escurecimento da coroa PROCEDIMENTO CLINICO QUANDO HÁ POSSIBILIDADE DE REPOSIÇÃO DO FRAGMENTO 1. Bochecho com antisséptico 2. Anestesiar 3. Lavar com soro 4. Reposicionar o fragmento 5. Contenção flexível (4 meses) 6. Alívio oclusal QUANDO NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE REPOSIÇÃO DO FRAGMENTO 1. Bochecho com antisséptico 2. Anestesiar 3. Remover o fragmento 4. Seguir a conduta de fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar 5. Confeccionar restauração protética provisória e avaliar possibilidades de tratamento definitivo 6. Orientar higiene bucal 7. Bochechos diários com clorexidina 0,12% por 1 semana Controle Avaliação clínica radiográfica 1 mês ,2 meses, 4 meses, 6 meses, 1 ano e 5anos Indicativos favoráveis Ausência de sintomatologia, fístulas e escurecimento coronário Teste de sensibilidade positivo Sinais de reparação entre os segmentos fraturados Seguir para próximo controle cirurgia de acesso, biopulpectomia Obturação do canal Restauração do dente Cirurgia de acesso pulpectomia obturação do canal restauração do dente TERÇO MÉDIO QUADRO CLINICO Fratura envolvendo dentina, cemento e polpa Terço médio da raiz Mobilidade ou deslocado Sensibilidade à percussão Escurecimento transitório PROCEDIMENTO CLINICO QUANDO HÁ POSSIBILIDADE DE REPOSIÇÃO DO FRAGMENTO Bochecho com antisséptico Anestesiar Lavar com soro Reposicionar o fragmento Contenção flexível (1 mês) Alivio oclusal QUANDO NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE REPOSIÇÃO DO FRAGMENTO 1. Bochecho antisséptico 2. Anestesiar 3. Remover o fragmento 4. Avaliar a possibilidade de manutenção do fragmento radicular para determinar o plano de tratamento 5. Orientar higiene bucal 6. Bochechos diários com clorexidina 0,12% por 1 semana CONTROLE Avaliar clinico e radiográfico 1 mês ,2 meses,4 meses, 6 meses, 1 ano e 5 anos Sinais favoráveis Ausência de sintomatologia, fístulas e escurecimento coronário Teste de sensibilidade positivo Sinais de reparação entre os segmentos fraturados Seguir para o próximo controle TERÇO APICAL QUADRO CLINICO Fratura envolvendo dentina, cemento e polpa Terço apical da raiz Sensibilidade a percussão Pode haver escurecimento da coroa Fratura horizontal ou obliqua Pouca mobilidade PROCEDIMENTO CLÍNICO 1. Bochecho com antisséptico 2. Anestesiar 3. Lavar o local com soro 4. Reposicionar o fragmento e confirmar RX 5. Contenção flexível (30dias) 6. Alivio oclusal 7. Orientação de higiene bucal 8. Bochechos diários com clorexidina a 0,12% CONTROLE Avaliar clínica e radiograficamente 1 mês, 2 meses, 4 meses, 6 meses, 1 ano e 5 anos Indicativos positivos Ausência de sintomatologia, fístulas e escurecimento coronário Teste de sensibilidade positivo Sinais de reparação entre os segmentos Seguir para o próximo controle
Compartilhar