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Poluição Sonora e Legislação Ambiental

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POLUIÇÃO SONORA
O som é definido como a compressão mecânica ou onda mecânica que se propaga de forma circuncêntrica em meios que tenham massa e elasticidade sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos. Sons de qualquer natureza podem se tornar prejudiciais à saúde ou mesmo insuportáveis quando emitidos em grande volume, e, nesses casos, diz-se que determinado som possui elevada intensidade. O termo ruído, por sua vez, pode ser utilizado em vários contextos. É algo inoportuno, indesejável, que pode prejudicar a percepção de um sinal ou gerar desconforto. Trata-se de um atributo qualitativo, não quantitativo. Quantitativamente mede-se, no caso de um determinado som, o seu nível de pressão sonora.
A poluição sonora refere-se aos sons em determinado volume que superam os níveis considerados normais para os seres humanos[1], podendo prejudicar sua audição. Diferentemente de outros tipos de poluição, a poluição sonora não deixa resíduo, possui um menor raio de ação, não é transportada através de fontes naturais e é percebida somente por um sentido: a audição.[2] Tudo isso faz com que muitos subestimem seus efeitos, ainda que ela possa trazer graves danos à saúde humana e de outros animais[3]. Dessa forma, há parâmetros de análise para esse tipo de poluição, como a medição do volume do som, ou seja, do seu nível de pressão sonora.
POLUIÇÃO SONORA
-NÃO DEIXA RESÍDUO
-MENOR RAIO DE AÇÃO
-NÃO É TRANSPORTADA POR FONTES NATURAIS
-É SUBESTIMADA
A poluição sonora frequente pode causar danos à saúde humana mesmo a partir de níveis de ruídos baixos. Já em 1910 Robert Koch profetizou: "Um dia a humanidade terá que lutar contra a poluição sonora, assim como contra a cólera e a peste". O ponto principal de ataque da poluição sonora não é o aparelho auditivo, mas sim o sistema endócrino, especialmente as glândulas que produzem o cortisol e outros corticosteróides. Desta maneira, níveis de ruído a partir de 45 dB podem ser nocivos à saúde humana, quando a diferença de medição for maior que 3 dB do nível de ruído de fundo. Já a partir de 55 dB pode-se considerar uma fonte sonora como incómodo.
Se este nível de ruído permanecer por um período de tempo longo, a produção pessoal pode cair e a sensação de mal-estar de quem está submetido a esta fonte sonora pode aumentar enormemente. Emissões sonoras entre 60 a 75 dB produzem stress físico. Este tipo de poluição sonora pode determinar uma hipertonia arterial (aumento da pressão sanguínea) e provocar doenças circulatórias, como o enfarte do miocárdio (ataque do coração) e até mesmo serem a causa de úlceras estomacais.
A legislação aplicável em relação à poluição sonora pode ser visualizada o artigo 225, da Constituição Federal, na Lei 6.938 de 1981, que dispõe sobre a Politica Nacional do Meio Ambiente, assim como as Normas da ABNT 10.151 e 10.152.
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe confere o Inciso I, do § 2º, do Art 8º do seu Regimento Interno, o Art lo da Lei 7.804 de I5 de julho de 1989, e Considerando que os problemas dos níveis excessivos de ruído estão incluídos entre os sujeitos ao Controle da Poluição de Meio Ambiente; Considerando que a deterioração da qualidade de vida, causada pela poluição, está sendo continuamente agravada nos grandes centros urbanos; 
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,onu-diz-que-poluicao-sonora-ameaca-animais-marinhos,287862
Em 2000, um massacre aconteceu nas Bahamas. Dezesseis baleias e um golfinho encalharam na praia e morreram após a Marinha americana realizar um teste com um sonar, uma operação que pode produzir um volume de som de 235 decibéis, 85 dB a mais que os gerados pela decolagem de um jato. Pesquisadores do Instituto Earthwatch (EUA) encontraram danos internos nos animais relacionados com a exposição a esse tipo de barulho. A própria Marinha admitiu que o teste pode ter influenciado no encalhe em massa.
Uma pesquisa da Universidade Estadual da Pensilvânia (a Penn State, nos EUA), publicada em 2010, mostrou que baleias-francas mudam a frequência de suas vocalizações para compensar o ruído de embarcações. O mesmo fenômeno já foi detectado em belugas e orcas e, no Brasil, em toninhas – também conhecidas como golfinhos-do-rio-da-prata. Segundo Marta Cremer, professora de ciências biológicas da Universidade da Região de Joinville (Univille) e coordenadora do Projeto Toninhas, é difícil medir se e quanto a poluição sonora altera os comportamentos. Mas gravações feitas por sua equipe mostram que, quando há barcos por perto, os golfinhos emitem um som mais agudo. Além de atrapalhar a comunicação, os pesquisadores acreditam que o barulho excessivo pode provocar surdez. Em humanos, uma exposição prolongada a 80 dB (o equivalente ao som de um liquidificador) pode causar perdas auditivas. Alguém que trabalhe oito horas diárias em ambiente com um barulho desse terá a audição prejudicada em alguns anos. Um cargueiro emite ruídos de até 150 dB. “Além disso, achamos que esse barulho causa desgaste físico e estresse”, diz Marta.
https://www.revistaplaneta.com.br/poluicao-sonora-poe-reproducao-de-aves-em-risco-diz-estudo-britanico/
Segundo os zoólogos, as maiores dificuldades de adaptação dos animais ao cativeiro, decorrem principalmente do barulho artificial das cidades.
Por outro lado, comprova-se, que nos locais de muito ruído é mais acentuada a presença de ratos e baratas, agentes potenciais de transmissão de doenças. As vibrações sonoras produzidas provocam a mudança de postura das aves e diminuição de sua produtividade.
Pesquisadores dos EUA, estudando os efeitos do ruído sobre as plantas, fizeram uma experiência com as do gênero Coleus, possuidoras de grandes folhas coloridas e flores azuis. Doze dessas plantas, submetidas continuamente ao ruído, após seis dias apresentaram a redução de 47% em seu crescimento por causa, segundo os cientistas, da estridência persistente, que as fez perder grande quantidade de água através das folhas.
As consequências do ruído nos animais silvestres são em muito semelhantes às sofridas pelos humanos, e ainda piores em alguns casos. Muitos animais dependem diretamente da audição para comunicar e para caçar, ou para evitar ser caçados. A diminuição destas capacidades acaba frequentemente por se fazer sentir ao nível da produtividade e de um elevado número de parâmetros fisiológicos. Os animais silvestres evitam zonas de grande poluição sonora.
OBRIGADO!

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