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Processo Penal: Procedimentos e Instrução Criminal

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Artigos 394 e seguintes
LIVRO II
DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE
TÍTULO I
DO PROCESSO COMUM
CAPÍTULO I
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
Art. 394. O procedimento será comum ou especial.
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. 
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. 
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.
Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas as instâncias.
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
Parágrafo único. (Revogado).
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.
§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias.
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
IV - extinta a punibilidade do agente
Art. 398. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação.
§ 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. 
§ 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. 
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa;
§ 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.
§ 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código.
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. § 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais.
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença.
Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos.
§ 1º Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações.
§ 2º No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição.
EM VERMELHO É A ANOTAÇÃO
· Ação / Jurisdição / Processo
- Ação: é um direito potestativo de acusar (ius ut procedatur), público, autônomo, abstrato, mas conexo instrumentalmente ao caso penal.
- Jurisdição: é o poder-dever do Estado, ou seja, seu jus puniendi (direito de punir), além de abordar a concepção de competência, que, além de limitá-la, cria condições de eficácia para a própria garantia da jurisdição (juiz natural e imparcial).
- Processo: conjunto de situações processuais dinâmicas, que dão origem a expectativas, perspectivas, chances, cargas e liberação de cargas, pelas quais as partes atravessam rumo a uma sentença favorável (ou desfavorável, conforme o aproveitamento das chances e liberação ou não de cargas e assunção de riscos).
· Procedimentos Comum e Especial
· Procedimento Comum:
1. Ordinário: art. 394, inciso I:
Crime cuja pena máxima cominada for igual ou superior a 04 anos de pena privativa de liberdade.
2. Sumário: art. 394, inciso II:
Crime cuja pena máxima cominada for inferior a 04 anos (e superior a 02, pois, se a pena máxima for inferior a 02 anos, segue-se o rito sumaríssimo) de pena privativa de liberdade.
3. Sumaríssimo: art. 394, inciso III:
Crime de menor potencial ofensivo (pena máxima igual ou inferior a 02 anos) está previsto no Código de Processo Penal.
· Procedimento Especial:
1. Dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos: art. 513 a 518 do CPP.
2. Dos crimes contra a honra: artigos 519 a 523 do CPP.
3. Dos crimes contra a propriedade imaterial: artigos 524 a 530, inciso I do CPP.
4. Rito dos crimes da competência do júri: artigos 406 a 497 do CPP.
Fora do Código de Processo Penal, encontramos ainda, entre outros, os seguintes ritos especiais:1. Crimes falimentares: Lei n.º 11.101.
2. Lei de Drogas: Lei n.º 11.343/2006.
3. Competência originária dos Tribunais (Lei n.º 8.658/93), que remete para a Lei n.º 8.038).
4. Abuso de autoridade (Lei n.º 13.869/2019).
5. Crimes Eleitorais (Lei n.º 4.737/65).
6. Lavagem de Dinheiro (Lei n.º 9.613) segue o rito ordinário, mas existem algumas peculiaridades previstas na referida Lei.
CRITÉRIOS QUE ORIENTAM A POLIMORFOLOGIA PROCEDIMENTAL:
1. Gravidade do crime: aqui é adotada a quantidade de pena aplicada.
2. Natureza do delito: partindo da natureza do bem jurídico tutelado, estabelece o processo penal um rito especial para os crimes dolosos contra a vida (arts. 406 a 497); tóxicos (Lei n.º 11.343); honra (arts. 519 a 523); crimes falimentares (Lei n.º 11.101), entre outros.
3. Qualidade do agente: isso explica o rito especial para os crimes praticados por servidores públicos e também aquele desenhado pela Lei n.º 8.038 para os que gozam de prerrogativa de função.
· O rito comum é subsidiário, ou seja, deverá primeiro analisar se existe um rito especial para que aquele tipo de crime, devendo ser adotado em caso de previsão legal. Assim, quando não houver rito especial, então, por exclusão, será adotado o comum, que poderá ser ordinário, sumário ou sumaríssimo.
· A competência do Tribunal do Júri atrai o julgamento de todos os crimes para aquele rito. Ex.: se alguém for acusado da prática de um crime doloso contra a vida, de competência do Tribunal do Júri, e ainda de um crime de roubo, por exemplo, o rito a ser adotado não poderá ser o ordinário.
· Se um servidor público comete um delito funcional e gozar de prerrogativa de foro, o rito a ser adotado não é aquele especial dos arts. 513 e seguintes do CPP., mas sim o previsto na Lei n.º 8.038, para os crimes de competência originária dos tribunais.
O rito ordinário é destinado aos crimes cuja pena máxima cominada for igual ou superior a 04 anos de pena privativa de liberdade, estando previsto nos artigos 395 a 405 do CPP. Está estruturado da seguinte forma, conforme suas respectivas etapas:
1. Denúncia ou queixa
2. Juiz recebe ou rejeita liminarmente
3. Resposta à acusação
4. Juiz pode absolver sumariamente
5. Audiência de Instrução e Julgamento
Em síntese, o autor irá oferecer a denúncia ou queixa, onde o magistrado irá recebê-la ou rejeitá-la liminarmente, caso recebe a defesa do acusado terá que apresentar resposta à acusação, oportunidade, o qual, o juiz poderá absolver sumariamente o réu ou, se entender o contrário, designar audiência de instrução e julgamento para condená-lo ou absolvê-lo ao final da instrução.
Incongruência dos artigos 396 e 399 quanto ao recebimento da denúncia ou queixa:
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. 
§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
IV - extinta a punibilidade do agente. 
Art. 398. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. 
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. 
§ 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. 
Exceções: afastado por licença médica, promoção, etc.
OBS: é uma audiência una, ou seja, o juiz que presidiu a audiência de instrução e julgamento terá que sentenciar.
Qual o marco interruptivo da prescrição? 
 Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
 I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
 II - pela pronúncia; 
 III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
 IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
 V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
 VI - pela reincidência. 
 § 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles. 
 § 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.
 Art. 118 - As penas mais leves prescrevem com as mais graves.
 Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente.
Síntese dos atos mais importantes do rito ordinário:
1. Denúncia ou queixa: art. 41 do CPP.
A ação penal será de iniciativa pública ou privada, sendo exercida através de denúncia ou queixa. A acusação deverá preencher os requisitos do art. 41 do CPP, bem como estarem presentes as condições da ação, sob pena de rejeição liminar (art. 395). Se recebida, o juiz ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias.
2. Rejeição liminar: art. 395 do CPP.
Poderá o juiz rejeitar liminarmente a acusação, nos termos do art. 395, ou seja, a denúncia ou queixa será rejeitada quando:
i) For manifestamente inepta;
ii) Falta pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
iii) Falta justa causa para o exercício da ação penal.
3. Resposta à acusação: art. 396 do CPP.
O réu, após ser devidamente citado, deverá apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO no prazo de 10 dias, por escrito, ocasião em que poderá alegar nulidades à denúncia ou queixa, como também tudo aquilo que interessa a sua defesa, ou indicar testemunhas, indicar provas e juntar documentos.
· Caso o réu seja citado pessoalmente e não tenha apresentado sua resposta a acusação, o magistrado poderá nomear um defensor para realizar sua defesa técnica, dando, assim, seguimento ao processo.
· Por outro lado, caso seja citado por edital, não comparecer e nem constituir advogado, poderá o Juiz suspender o processo e a prescrição até que o mesmo seja encontrado.
4. Absolvição sumária: art. 397 do CPP.
Após o acusado apresentar sua resposta a acusação, de forma escrita, o juiz, acatando suas alegações deverá absolvê-lo sumariamente, colocando fim ao processo, se presentes causas de exclusão da ilicitude ou culpabilidade (exceto a inimputabilidade, pois nesse caso o processo continuará seu curso), o fato narrado evidentemente não constituir crime (atipicidade) ou estiver extinta a punibilidade do agente (prescrição, decadência, ou outra causa prevista no art. 107 do CP ou lei extravagante).
5. Audiência de instrução e julgamento: arts. 399 e 400 (prazo de 60 dias). Não peremptório.
Art. 399.  Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor,do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. 
§ 1o  O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. 
§ 2o  O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. 
Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. 
§ 1o  As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. 
§ 2o  Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes.            
· Art. 222 ANOTAR
Situação recorrente e que pode gerar alguma dúvida é a seguinte: e se o juiz se convence, após a reposta à acusação, que falta justa causa para a ação como deve proceder?
RITO SUMÁRIO:
Pressupõe o recebimento da acusação e está prevista no art. 397 do CPP:
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e
parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o
acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do
agente, salvo inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV – extinta a punibilidade do agente.
Artigos 531 a 538 do CPP.
Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate.
Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusação e 5 (cinco) pela defesa.
Art. 533. Aplica-se ao procedimento sumário o disposto nos parágrafos do art. 400 deste Código.
§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 3o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 4o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 534. As alegações finais serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
§ 2º Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
Art. 535. Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível a prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer.
§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 536. A testemunha que comparecer será inquirida, independentemente da suspensão da audiência, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no art. 531 deste Código.
Art. 537. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo.
RITO SUMARÍSSIMO – LEI N.º 9.099/95.
A lei do juizado especial traz como principio os crimes de menor potencial ofensivo, conforme dispõe o art. 61 do supracitada lei.
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

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