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Capítulo 4 - Infância na História e na Cultura Contemporânea

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30/04/2020 Infância na História e na Cultura Contemporânea
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INFÂNCIA NA HISTÓRIA E NA
CULTURA CONTEMPORÂNEA
CAPÍTULO 4 - COMO A CRIANÇA VÊ E
ENTENDE SEU MUNDO?
Suellen Irene Pereira Pierri
INICIAR
30/04/2020 Infância na História e na Cultura Contemporânea
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Introdução
Antes de falarmos sobre a infância, devemos entender a criança. Quem são as
crianças hoje? Essa pergunta é fundamental, já que encaminha um debate para
pensarmos as concepções vigentes, assim como visualiza possibilidades de
mudança e melhorias no que se refere a essas concepções.
Então não há um conceito único de infância? A sociedade e as pessoas que
permeiam a vida da criança influenciam a maneira como ela vive sua infância?
Para pensar sobre isso, se faz necessário desconstruir padrões baseados na ideia
de que todas as crianças passam por esse período da mesma forma. Deve-se
caminhar na compreensão de que viver a infância depende de situações
econômicas, sociais, políticas e culturais de cada família ou indivíduo. Esse olhar
para a infância permite que se enxergue a criança sem estereótipos ou pré-
conceitos, mas de uma forma aberta e que possibilite inúmeras interpretações e
entendimentos sobre cada indivíduo e tudo o que ele sabe e tem a oferecer.
Neste capítulo, você irá ampliar as discussões sobre as diversas formas de viver a
infância no mundo contemporâneo, no intuito de refletir sobre o que é ser criança
na sociedade de hoje.
Bom estudo!
4.1 Infância como um direito da
criança
Criança é cidadã de direitos. Essa frase soa como vento nos dias de hoje. Todos
sabemos que a criança é entendida, em especial nas teorias sobre a infância,
como ser de direitos, “em pleno desenvolvimento, social e histórico que [...] marca
e é marcado por uma determinada cultura (PIERRI, 2009, p. 1). Porém, a criança
tem esses direitos respeitados diariamente?
No que se refere à sua rotina, seja na escola, em casa ou entre os indivíduos com
que convive, as pessoas tendem a respeitar suas falas, desejos e vontades, dentro
das possibilidades de cada situação, e permitir a elas compreender o mundo
também a partir de si mesmas?
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Devemos refletir sobre a maneira pela a qual as crianças são tratadas, os direitos
conquistados podem ser perdidos a qualquer momento, não apenas de forma
abrupta, mas por meio de simples gestos e palavras. Por este motivo, é preciso
estar atento a essas questões o tempo todo.
4.1.1 Legitimação social dos direitos da criança
A criança não consegue viver sozinha. Diferentemente de outras espécies do reino
animal, as crianças precisam da ajuda de seus pais desde o nascimento até larga
idade. Quando pequenas, mal se movimentam e precisam de ajuda para se
alimentar, para se higienizar, para se vestir. Precisam ainda de um lar e de um
adulto que as provenha, já que não podem ainda se sustentar sozinhas.
Sob essa perspectiva, o adulto na vida da criança atua como necessário ao seu
desenvolvimento e à própria sobrevivência. Porém, essa necessidade não deve ser
confundida com propriedade. Muitos adultos veem a criança como sua
propriedade, decidindo cada aspecto de sua vida, e quando em casa seus
familiares não o fazem completamente, há a escola e outras instituições que,
muitas vezes, cercam as crianças sob o discurso de proteção e vulnerabilidade da
infância.
É incontestável que a criança precisa de cuidados do adulto para sobreviver, mas
esse fato não deve ser usado para mascarar uma inabilidade ou impossibilidade
de permitir à criança gozar de seus direitos, em uma concepção paternalista que
prevê que a criança não tem capacidade ou maturidade de tomar decisões por si
mesmas.
É comprovado a partir de pesquisas  (PASCAL; BERTRAM, 1996; PRADO, 2012;
ENGDAHL, 2013) que as crianças são dotadas de iniciativa, quando querem algo,
indiferente de sua idade, fazem várias tentativas para alcançar seu objetivo.
O trabalho de Engdhl (2013) trata da observação de crianças de um a três anos em
uma creche municipal sueca. Sua pesquisa se baseia em entender como os bebês
estabelecem relações entre si. A pesquisadora concluiu que as crianças, desde
muito cedo, se interessam pelo outro e se comunicam com ele, cada um à sua
maneira, e essa relação não depende do adulto para acontecer, as crianças
conversam e brincam entre elas a partir de si mesmas.
Prado (2012), em sua pesquisa com bebês em uma creche municipal de Campinas
(SP), constatou que as crianças eram capazes não apenas de estabelecer relações
entre si como havia iniciativa em conhecer os adultos em profundidade.
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Desta forma, é comprovado que as crianças têm um poder de decisão sobre si
mesmas e suas escolhas desde a mais tenra idade, das mais diversas formas de
comunicação de que dispõem, elas se comunicam e se relacionam com quem
querem e de diversas maneiras, sem necessariamente ter um adulto mediando ou
intervindo.
Pascal e Bertram (1996) tratam sobre o bem-estar e envolvimento da criança nas
escolas e concluem, sob vários aspectos, que as crianças têm competências e são
capazes de agir e decidir significativamente sobre suas vidas, sendo que o
resultado de suas ações, em conjunto com o trabalho dos adultos, refletem
diretamente em seu bem-estar e envolvimento na escola.
Se as crianças desde pequenas são capazes de fazer escolhas conscientes e têm
competências para escolher seguir seus próprios caminhos, porque ainda existem
discursos que deslegitimam a cidadania da criança, deixando que os adultos
façam todas as escolhas por elas? Há de haver uma concepção corrente de que a
criança é capaz de estabelecer múltiplas relações, fazer escolhas coerentes com
suas vontades baseadas em seus aprendizados e relações constantes.
Aos adultos e instituições educacionais cabe o papel de escutar essa criança,
ampliar seus conhecimentos a partir do que já sabem e mediar suas relações com
os outros e com o mundo, na tentativa de fazer valer seus direitos de cidadãos
sociais que são com vontades, saberes e quereres próprios.
4.1.2 As diferenças entre as infâncias – ontem e hoje
Apesar de hoje haver um maior entendimento sobre a importância de dar voz às
crianças, como também um aumento de pesquisas sobre o tema da infância e um
conjunto de leis voltadas ao entendimento da proteção delas em suas
particularidades, socialmente, vários aspectos influenciam e diferenciam as
infâncias e a maneira que as crianças veem e entendem o mundo à sua volta.
As infâncias das crianças em seus vários tempos e espaços foram –e são–
influenciadas pelos costumes e culturas da sociedade à sua volta, de forma que a
classe social, etnia, gênero, situação econômica a que cada criança está exposta
desde que nasce igualmente exercem sua interferência sobre a maneira que a
criança vive seu dia a dia.
Vivemos hoje a era da informação, momento em que, de acordo com Castells
(2002), o desenvolvimento das tecnologias impacta diretamente o campo das
relações humanas. Desta forma, entende-se que as crianças que vivem suas
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infâncias neste momento são influenciadas por esses aparatos tecnológicos e tudo
o que advém dessa nova era informatizada.
Essa forma atual de viver a infância, cercada por facilidades tecnológicas, permite
às crianças viverem em um mundo que crianças de outras eras não viveram,
diferenciando, por si só, a infância de hoje da de nossos pais ou avós.
São inúmeras informações, produtos, alimentos e imagens na distância deum
clique, permitindo aos pequenos adentrar mundos, consumir, conhecer pessoas e
se aventurarem nas mais diversas redes e das mais diversas formas.
Figura 1 - Nos dias de hoje, as crianças são imersas no mundo informatizado a partir de suas próprias
famílias. Fonte: Filimonov, Shutterstock, 2018.
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Porém, ao mesmo tempo em que essa nova forma de entendimento de mundo é
utilizada para ampliar o conhecimento das crianças de forma rápida e lúdica,
também pode ser aplicada de forma a prejudicá-las, seja a partir de imagens
impróprias à idade, do incentivo ao consumo de produtos na tentativa de
manipular a criança a pedi-los a seus pais e ampliar vendas ou em incessantes
comerciais de alimentos nocivos à saúde e direcionados ao público infantil, tudo
também ao alcance de um clique.
Cabe aos adultos ensinarem às crianças a ter o discernimento necessário para
separar o que há de bom e o que há de ruim nessa nova era da informação rápida
e dinâmica a que estão expostas, ao mesmo tempo em que vigiam, na tentativa de
minimizar possíveis danos que possam vir a ser causados pela exposição a essas
novas tecnologias de informação e comunicação.
Figura 2 - A informatização também leva a criança a um mundo de conhecimentos. Fonte:
Haywiremedia, Shutterstock, 2018.
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4.2 Consumismo, obesidade,
erotização precoce, banalização da
agressividade e violência na infância,
uso da tecnologia na infância
A criança contemporânea vive uma infância particular permeada pela tecnologia,
tendo à disposição uma variedade de programas televisivos para entretenimento,
rapidez na busca de informações, abundância em tipos de alimentos
industrializados e/ou prontos etc.
Essas possibilidades, ao mesmo tempo em que são progressistas e facilitadoras do
processo de conhecimento, entendimento e manipulação do mundo infantil,
trazem consigo alguns problemas, como altas taxas de obesidade na infância e a
transformação da criança em pequenos consumidores.
Essa é uma discussão que tem adquirido seu espaço em pesquisas acadêmicas,
documentários e notícias de jornal e vem ganhando destaque atualmente, afinal,
é possível que as crianças aproveitem as possibilidades do mundo
contemporâneo sem serem prejudicadas?
4.2.1 Consumismo e obesidade infantil
A obesidade pode ser considerada hoje uma pandemia, pois afeta grandes
parcelas da população dos mais diversos locais do mundo. Em abril de 2017, o
Ministério da Saúde divulgou pesquisa apontando que a obesidade em adultos
passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016. E a obesidade acarreta outras
doenças, como a diabetes que, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde,
passou de 5,5%, em 2006, para 8,9%, em 2016; e a hipertensão que, no mesmo
período, subiu de 22,5% para 25,7% (BRASIL, 2017).
VOCÊ SABIA?
O Ministério da Saúde lançou, em 2014, uma nova edição do Guia Alimentar para a
População Brasileira, publicado pela primeira vez em 2005. A nova edição indica
uma base alimentar na tentativa de minimizar as doenças em ascensão no país
derivadas da má alimentação como hipertensão, obesidade e algumas doenças
crônicas, promovendo saúde. Para mais informações, consulte:
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https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/28
<http://www.brasil.gov.br/saude/2014/11/ministerio-da-saude-lanca-guia-
alimentar-para-a-populacao-brasileira
(http://www.brasil.gov.br/saude/2014/11/ministerio-da-saude-lanca-guia-
alimentar-para-a-populacao-brasileira)>.
A obesidade não afeta somente os adultos, mas os hábitos alimentares atuais das
crianças também têm deixado os pequenos acima do peso e a caminho de
doenças. De acordo com estudo feito pela Organização das Nações Unidas do
Brasil (ONUBR), o sobrepeso em crianças de até cinco anos no Brasil chegou a 7%
em 2017 (ONUBR, 2017).
Em um documento lançado pela Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre segurança alimentar, Alan Bojanic,
representante do órgão no Brasil, alerta sobre a importância de dar a devida
atenção à alimentação da criança:
Precisamos estar muito atentos ao que as nossas crianças estão consumindo.
Apesar da rotina acelerada que muitos pais têm, é necessário que as famílias se
esforcem para garantir que os pequenos tenham acesso a alimentos nutritivos e
adequados para o desenvolvimento. A primeira infância influencia muito nos
adultos que formaremos (ONUBR, 2017, s. p.).
Importantes organizações estão se mobilizando e mostrando dados alertando que
a obesidade está crescendo no país, tanto em adultos quanto em crianças, no
entendimento de que essa é uma doença que está ligada a hábitos adquiridos na
contemporaneidade.
O consumo está diretamente ligado à obesidade, as crianças hoje são
consideradas pequenas consumidoras, com propagandas televisivas, alimentos,
objetos e brinquedos personalizados, tudo na tentativa de garantir o interesse dos
pequenos que, por sua vez, pedem que seus familiares os comprem. Desta forma,
a criança é cliente em potencial, consumidor de determinado desenho ou
personagem que rapidamente se transformará em inúmeros objetos e diversas
formas de alimento.
http://www.brasil.gov.br/saude/2014/11/ministerio-da-saude-lanca-guia-alimentar-para-a-populacao-brasileira
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VOCÊ SABIA?
O Instituto Alana lançou em 2006 um  programa intitulado “Criança e Consumo”
que  promove ações em diferentes esferas para alertar sobre o consumismo na
infância e fomentar o diálogo. O programa recebe denúncias de publicidade
abusiva dirigida às crianças e atua por meio de ações jurídicas, pesquisa e
educação, influenciando a formulação de políticas públicas e o amplo debate na
sociedade civil. Para mais informações, acesse:
<http://alana.org.br/project/crianca-e-consumo/
(http://alana.org.br/project/crianca-e-consumo/)>.
As crianças são levadas a pensar de determinada maneira, instigadas em todo
momento sobre o que comer, ficando à mercê de propagandas que impulsionam o
consumismo em larga escala de alimentos que prometem diversão, delícias e
brincadeiras. Essas informações existem para conduzir a criança a pensar da forma
que os propagandistas querem e, consequentemente, consumir o que eles estão
vendendo.
Figura 3 - A maneira que a criança vê a comida é diretamente influenciada pelas propagandas. Fonte:
Inspiring, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
http://alana.org.br/project/crianca-e-consumo/
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As estratégias de marketing direcionadas às crianças não se referem apenas à
alimentação, mas também aos itens de consumo em geral. A mochila deve ser do
personagem favorito, assim como as estampas de roupas e sapatos devem conter
mensagens ou desenhos distintos. É a manipulação das crianças por meio da
propaganda.
O documentário Criança, a alma do negócio, da Maria Farinha Produções, faz uma crítica ao
consumismo na infância, impulsionado pela publicidade e propaganda. Confira em:
<https://www.youtube.com/watch?v=ur9lIf4RaZ4 (https://www.youtube.com/watch?v=ur9lIf4RaZ4)>.
A criança é, então, bombardeada o tempo todo por informações de como se vestir,
o que assistir, o que comer, o que fomenta uma discussão sobre a liberdade das
crianças em suas escolhas, já que, muitas vezes, elas estão sendo manipuladas
através de desenhos e publicidade exacerbada.
VOCÊ QUER VER?
https://www.youtube.com/watch?v=ur9lIf4RaZ430/04/2020 Infância na História e na Cultura Contemporânea
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/28
Constata-se que o uso de tecnologias pelas crianças aumentou muito nos últimos
anos e elas passam muito tempo livre na televisão ou na internet, o que diminui
seu tempo de atividade física e aumenta suas probabilidades de serem
bombardeadas constantemente por propagandas, alimentícias ou não,
aumentando as chances de obesidade e manipulação midiática.
 Figura 4 - Desde muito
novas, as crianças passam tempo na frente da televisão, podendo ser influenciadas pela publicidade
e propaganda. Fonte: Greenland, Shutterstock, 2018.
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Desta forma, pode-se constatar que o consumismo e a obesidade infantil estão
intimamente ligados à quantidade de tempo que as crianças passam assistindo
televisão ou usando o computador, já que estes são os canais que veiculam as
propagandas de forma mais rápida e intensa.
Cabe à sociedade proteger as crianças de determinadas propagandas, assim como
aos familiares e pessoas próximas às crianças limitar seu acesso à internet e
televisão, já que as tecnologias, ao mesmo tempo em que geram avanços, como a
rapidez no acesso à informação, diminuição das distâncias entre as pessoas,
avanços na robótica e áreas industriais, entre outros, podem ser prejudiciais
quando utilizadas para exercer manipulação ou passar informações deturpadas. 
4.3 As infâncias no mundo
contemporâneo
São várias as maneiras de viver a infância. O lugar e classe econômica em que se
nasce, a possibilidade de adquirir bens de consumo e quanto tempo se passa na
internet ou televisão, atualmente, influenciam a forma de a criança ver e entender
o mundo, assim como a maneira que ela vive sua infância.
Hoje, como há mais tecnologia à disposição, as crianças estão mais vulneráveis a
ela. De alguma forma, e indiferentemente da classe social em que vivem, elas têm
contato com a televisão, jogos e internet, o que pode acarretar diversas
transformações em seu modo de agir e na formação de valores.
De acordo com algumas pesquisas (MEDEIROS, 2001; SOUZA, 2003; BELLONI, 2004;
entre outras) vários jogos, brinquedos ou músicas veiculados inúmeras vezes nas
mídias podem levar a criança a condutas que não condizem com sua faixa etária
ou à banalização de sentimentos e falta de empatia em relação ao outro. Desta
forma, o acesso às tecnologias influi diretamente no modo como as crianças vivem
e pensam o mundo e o outro.
4.3.1 O papel das tecnologias na infância
Em pesquisa realizada pela AVG Technologies em 2016 com famílias de todo o
mundo, 66% das crianças entre três e cinco anos de idade conseguiam usar jogos
de computador, 47% sabiam como usar um smartphone, mas apenas 14% eram
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capazes de amarrar os sapatos sozinhos. No caso das crianças brasileiras, o
levantamento apontou que 97% das crianças entre seis e nove usam a internet, e
54% têm perfil no Facebook (PLANALTO, 2017).
As crianças são vulneráveis aos apelos da mídia, por serem ainda indivíduos em
formação. Em 2014, foi promulgada a Resolução 163, que proíbe o direcionamento
à criança de anúncios impressos, comerciais televisivos, spots de rádio, banners e
sites, embalagens, promoções, merchandising, ações em shows e apresentações e
nos pontos de venda.
Em contrapartida, uma pesquisa feita pelo IBOPE em 2016 aponta que
“anunciantes do setor de brinquedos e acessórios veicularam mais de sete mil
comerciais no mês que antecedeu o Dia das Crianças” (IBOPE, 2016, p. 1), isso
apenas na televisão aberta, sem contar a publicidade nas redes fechadas e
internet.
Figura 5 - Atualmente, crianças muito pequenas já têm familiaridade em mexer no computador,
tablet ou celular, mostrando que a tecnologia não tem limitação de idade. Fonte: Suriyachan,
Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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Sendo assim, a resolução não teve impacto na maneira como é feita a publicidade
nos canais abertos de televisão, assim como o crescimento de produtos com
detalhes de personagens infantis, como materiais de papelaria, alimentação e
vestimentas está em grande ascensão no mercado.
O livro "Crescer na Era das Mídias Eletrônicas", de David Buckingham (2007), é baseado em extensas
pesquisas e lança um novo olhar às preocupações já estabelecidas sobre os efeitos das mídias nas
crianças. O autor trata a questão de modo desafiador e revigorante, envolvendo pesquisadores,
familiares, educadores, produtores de mídia e planejadores.
O mesmo pode ser dito sobre uma erotização precoce das crianças a partir dos
meios de comunicação, sendo que algumas propagandas ou programas
televisivos mostram determinadas cenas que não são indicadas para o público
mais jovem, assim como alguns brinquedos explicitam sexualidade e padrões de
conduta em suas formas.
Algumas campanhas publicitárias estimulam de forma precoce a erotização infantil:
programas de televisão estimulam a sexualidade das crianças através de concursos
de dança com músicas e coreografias insinuantes, apresentadoras de programas
posam nuas para revistas, maquiagens para crianças estão cada vez mais
sofisticadas, bonecas com corpos magros, seios grandes e muitas trocas de roupas
são vendidas para qualquer faixa etária, revistas exploram os corpos das crianças
com roupas e acessórios que se adequariam ao público adulto, entre outras
inúmeras situações (SANTOS, 2009, p. 7).
Destarte, o consumismo infantil também está intimamente ligado à forma pela
qual a criança se enxerga ou como é vista pelos outros. Além do fato de alguns
brinquedos demonstrarem padrões de vestimenta, corpos ou maneiras de ser às
crianças, há as disputas por quem tem mais coisas de determinados personagens,
brinquedos que são “presenteados” àqueles que têm condições de comprar
VOCÊ QUER LER?
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determinados lanches, assim, as crianças são levadas a ter ideias sobre si mesmas
e do outro sob a neblina das diferenças, daquele que tem ou não tem, daquele que
é ou não é, o que leva a uma desigualdade criada no plano do consumo,
diferenciando aqueles que têm condições de consumir determinados produtos e
aqueles que não têm.
Alguns autores também culpabilizam a exposição à mídia e às tecnologias a uma
banalização da agressividade ou características violentas nas crianças. “O
conteúdo da mídia oferece uma orientação, uma estrutura de referência que
determina a direção do próprio comportamento do sujeito. A mídia estimula e
reforça modelos, principalmente entre as crianças” (MEDEIROS, 2001, p. 36).
Belloni (2004) trata como a mídia passa imagens de uma violência generalizada
através de filmes de guerras, lutas e modos de comportamento agressivos,
contribuindo para: 
[...] criação e consolidação de uma cultura jovem mundializada, cujas características
mais marcantes podemos assim resumir: consumismo, narcisismo, banalização da
violência como imagem do mundo urbano contemporâneo, legitimação do uso de
meios violentos como forma de resolver conflitos, tudo isto levando à
dessensibilização dos jovens com relação a cenas de violência física e psíquica e sua
consequência, o sofrimento do outro (BELLONI, 2004, p. 579).
Souza (2003), em sua pesquisa sobre a implicação da televisão em uma
naturalização da violência, defende que os discursos da mídia estimulam a
construção, por parte do sujeito, de representações sobre o mundo e sobre ele
próprio,orientadas a partir de um sentido único, ou seja, a televisão apresenta ao
sujeito um mundo que não é o dele, assim como sensações e experiências que o
espectador realmente não vivencia, homogeneizando sentimentos e fazendo com
que uma grande parcela da população sinta e viva as mesmas coisas de forma
estereotipada.
A televisão oferece ao telespectador a ilusão de que ele se vincula a inúmeras
pessoas através do seu acesso a informações sobre as mais variadas situações. Esse
processo acontece, pois o discurso televisivo assume para o sujeito o papel de
portador de significados ao veicular imagens e discursos construídos acerca dessas
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imagens, ou seja, a interpretação oferecida acerca de uma situação vem
corroborada pela verdade das imagens, dificultando a possibilidade de construção
de outros enunciados sobre elas (SOUZA, 2003, p. 85).
E é dessa forma que a violência, assim como outras formas de mostrar o mundo
criadas pela mídia, se torna naturalizada, já que, segundo a autora, essa forma
subjetiva de encarar e entender certos fatos possibilita que o sujeito encare como
única e verdadeira as várias interpretações acerca do mundo conseguidas a partir
da mídia. “Acreditamos que a violência secundária se manifeste através do
trabalho do discurso televisivo, ao transportar o telespectador do mundo espaço-
temporal para o mundo temporal das experiências mediatizadas” (SOUZA, 2003, p.
87).
Deve-se ter em mente que as tecnologias não são as únicas responsáveis pelos
hábitos de consumo e comportamento infantil, mas principalmente os adultos e a
sociedade, que caminham cada vez mais rápido em direção a uma vida com a
maior parte do tempo dedicado ao trabalho e ao uso incessante da internet e
televisão, passando esses valores e modos de vida às crianças.
Se criança é um ser social, ela está exposta aos modos de viver da sociedade que
está à sua volta desde o nascimento e direcionará seu entendimento de mundo a
partir daquilo que ela vê, ouve e vive diariamente a partir e com o outro, sendo
assim, é essa mesma sociedade que deve estar atenta ao que está ensinando e
mostrando às crianças, assim como cuidar daquilo que é mostrado a elas através
da televisão e internet.
As tecnologias vieram para ficar. Privar a criança do contato com a televisão ou
internet é algo que hoje beira o impossível, porém, cuidar da forma que essa
exposição é feita é o desafio – e responsabilidade – dos adultos que permeiam a
vidas de crianças e adolescentes.
 
4.4 O brincar e as brincadeiras na
constituição do ser criança em
diferentes tempos e espaços culturais
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Hoje, entende-se que o brincar é mais do que momento de diversão para a
criança, mas é forma de entendimento e ressignificação. Através da brincadeira, as
crianças estabelecem relações, criam e vivem papéis sociais na tentativa de
entender o mundo à sua volta e criar sobre ele.
Porém, esse entendimento é recente, até bem pouco tempo atrás, o brincar era
reconhecido como passatempo, forma simples de interação, tempo perdido. A
partir de estudos e pesquisas (BRITO, 2015; BROUGÈRE, 2001; KISHIMOTO, 1996;
2002), hoje damos a devida importância à brincadeira, compreendendo que essas
relações no brincar acontecem desde o nascimento do bebê, de maneira que ela é
importante parte do processo de entendimento de mundo e significação de
conhecimento da criança.
4.4.1 O brincar como possibilidade de ação no mundo
De acordo com Laevers (2014, p. 159), é na brincadeira que as crianças encontram
o envolvimento. Quando brincam, elas mostram sinais de satisfação, expressam
sentimentos positivos, há um prazer explícito e implícito nas coisas que fazem e
nas quais se envolvem, ou seja, demonstram bem-estar.
Desta forma, se faz importante tratar sobre o conceito de brincar que,
resumidamente, se baseia na ideia de Brougère (1998, p. 19) que a entende como
“uma atividade dotada de uma significação social precisa que, como outras,
necessita de aprendizagem”. Sendo assim, e entendendo a criança como ser
histórico e social, pode-se afirmar que a criança apreende o brincar a partir das
relações estabelecidas com as pessoas à sua volta desde o momento em que
nasce e entra em contato com o mundo e com o outro.
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Brougère (1998) escreve que o bebê começa a se inserir no jogo em seu primeiro
contato com a mãe, primeiro como brinquedo e depois como parceiro, então,
inicia-se sua compreensão do mundo a partir do brincar em experiências não
apenas reproduzidas, mas “recriadas a partir do que a criança traz de novo, com o
seu poder de imaginar, criar, reinventar e produzir cultura.” (BRASIL, 2007, p. 34).
O livro "Jogo e Educação", de Gilles Brougère (1998), trata das relações entre jogo e educação,
procedendo a uma profunda análise para chegar às suas conclusões acerca do lugar do jogo no
universo infantil e na natureza humana. Vale conferir!
Figura 6 - A criança brinca e interage com o outro na busca de entender sua realidade desde o
nascimento. Fonte: VojtechVlk, Shutterstock, 2018.
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A brincadeira é a primeira possibilidade de ação da criança, numa esfera cognitiva
que permite a ela ultrapassar a dimensão perceptiva motora do comportamento.
O brinquedo concede as estruturas básicas necessárias para as mudanças das
necessidades e da consciência infantil, vivenciando uma experiência, no ato de
brincar, como se fosse bem maior do que realmente é.
A infância é, consequentemente, um momento de apropriação de imagens e de
representações diversas que transitam por diferentes canais. As suas fontes são
muitas. O brinquedo é, com suas especificidades, uma dessas fontes. Se ele traz
para a criança um suporte de ação, de manipulação, de conduta lúdica, traz-lhe,
também, formas e imagens, símbolos para serem manipulados (BROUGÈRE, 2001,
p. 40-41).
Para Vygotsky (1984), a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento do
educando, ou seja, a memória, a atenção, percepção e o raciocínio lógico. O
brinquedo, então, é uma ferramenta extremamente importante para o processo de
ensino aprendizagem, uma vez que, por meio deste, é possível levar a criança a
novos conhecimentos.
Na abordagem histórico-cultural de Vygotsky, o brinquedo (fazendo referência ao
ato de brincar) não é só uma atividade que dá prazer à criança, pois muitas outras
atividades também o proporcionam e não são consideradas brinquedo. Também
não é o fato de existir prazer em certa atividade que vai determiná-la como jogo.
Entre as características do brinquedo, segundo o autor, está a satisfação de
necessidades com a realização de desejos que não poderiam ser imediatamente
satisfeitos, pois o brinquedo seria um mundo ilusório, onde qualquer desejo pode
ser realizado. A situação imaginária, assim como as regras, é característica sempre
presente no brinquedo (NAVARRO; PRODÓCIMO, 2012, p. 636).
Ao brincar, as crianças têm a possibilidade de adentrar em mundos que, fora da
brincadeira, talvez não lhes fosse possível. É, então, característica do brincar
explorar novas possibilidades, ser outras pessoas, experimentar situações fora de
sua zona de conforto, enfim, fazer coisas que o sujeito deseja, ou quer
compreender melhor, de uma maneira confortável e lúdica.
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A promoção de atividades que favoreçamo envolvimento da criança em
brincadeiras, principalmente aquelas que promovem a criação de situações
imaginárias, tem nítida função pedagógica. A escola pode se utilizar
deliberadamente desse tipo de situação para atuar no processo de
desenvolvimento das crianças.
Observe o exemplo descrito no caso a seguir.
CASO
Creche pública, crianças de quatro anos de idade, a professora está em
momento de acolhimento das crianças e as permite brincar livremente
enquanto vai fazendo a entrada da turma. Logo, uma criança se aproxima
da professora e pede que brinque junto, pois precisam de um médico no
hospital. Por ainda possuir alguns minutos até que chegue mais uma
criança, a professora atende ao pedido e vai até um grupo que está
brincando de hospital. Imediatamente, lhe dão um jaleco e recomeçam a
brincadeira já aceitando a professora como o médico. Neste momento, a
professora pega uma injeção e finge aplicar em um paciente, quase que
imediatamente, uma criança grita “Não!”. Assustada, a professora se vira e
pergunta o que aconteceu. A criança responde que ela não pode dar
injeção sem antes examinar o paciente e ver qual a doença dele, às vezes
nem há necessidade de injeção. Neste momento, a professora percebe
que, na pressa, se esqueceu de que a brincadeira é uma representação
daquilo que a criança conhece, na busca de entender e conhecer o mundo
que a cerca e há uma lógica social no atendimento médico que deve ser
respeitado também na brincadeira.
O brincar sempre fez parte do cotidiano infantil, mas nem sempre lhe foi dada a
devida importância. Durante muito tempo o brinquedo era visto apenas como
uma forma de dar prazer às crianças, e era apenas com esse intuito que pais e
escolas incentivavam as crianças a brincar. No entanto, hoje, pesquisas e estudos
comprovam que definir o brinquedo apenas como uma atividade prazerosa não é
correto (SILVA; SANTOS, 2009; NAVARRO; PRODÓCIMO, 2012).
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O ato de brincar não é somente “o brincar por brincar”, mas sim o que ela
representa para quem brinca. Kishimoto (2002) lembra que o brincar era
considerado uma atividade oposta ao que é sério, isto é, a brincadeira não era
vista como uma prática que proporcionava às crianças um repertório de
informações e experiências. Porém, o brincar está em uma dimensão valorizada
no desenvolvimento do aprender, abrangendo crianças e adultos, elevando-os a
patamares ainda maiores pelo brincar e representando a necessidade de
conhecer, construir e de descontrair, em um mundo real ou simbólico cheio de
momentos maravilhosos que só acontece através do brincar.
Tizuko Morchida Kishimoto é professora doutora da Faculdade de Educação da Universidade de São
Paulo, estuda o jogo e as brincadeiras na infância há mais de 40 anos, tendo uma amplitude de livros e
artigos publicados sobre o tema. Para mais informações, acesse:
<http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790126Y8
(http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790126Y8)>.
O brinquedo facilita a apreensão da realidade e é muito mais um processo do que
um produto. Exige movimentação física, envolvimento emocional, além do desafio
mental que provoca. O brinquedo possibilita a emergência de comportamentos
espontâneos e improvisados, ele é a essência da infância, veículo do crescimento,
um meio extremamente natural que possibilita à criança explorar seu mundo,
possibilitando as descobertas, o entendimento, conhecer os seus sentimentos,
suas ideias e sua forma de reação.
Numa situação imaginária com a brincadeira de faz de conta [...] a criança é levada a
agir num mundo imaginário (o ônibus que ela está dirigindo na brincadeira, por
exemplo) em que a situação é definida pelo significado estabelecido pela
brincadeira (o ônibus, o motorista, o passageiro etc) e não pelos elementos reais
concretamente presentes (as cadeiras da sala onde está brincando de ônibus, as
bonecas etc). [...]
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Mas além de ser uma situação imaginária, o brinquedo é também uma atividade
regida por regras. Mesmo no universo de faz de conta, há regras que devem ser
seguidas (OLIVEIRA, 1993, p.172).
A importância do brinquedo não deve ser ignorada, ao contrário, a criança precisa
se sentir livre para criar suas brincadeiras ao mesmo tempo em que é
desenvolvida sua interação social. “A brincadeira é um processo de relações da
criança com o brinquedo, com outras crianças e com os adultos, portanto, um
processo de cultura” (PORTO, 1998, p. 189).
Figura 7 - Ao brincar, a criança imagina situações e cria representações baseadas naquilo que já
conhece. Fonte: Gladskikh, Shutterstock, 2018.
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Sendo assim, as brincadeiras possibilitam a compreensão da realidade por meio
da representação simbólica do ato de brincar. A criança imagina situações, cria,
inventa, porém, todas as suas criações possuem base em sua realidade, ou seja,
em algo conhecido. “Sendo assim, a brincadeira, para quem a organiza, é algo
sério, já que precisa ser planejada [...]” (BELTHER, 2017, p. 89).
O professor que assume a concepção de criança que tem saberes, é curiosa e
investigadora deve estar atento a essas brincadeiras e a essas maneiras de as
crianças montarem, recriarem e compreenderem o mundo através do brincar. É
através de observações das brincadeiras livres que se faz o planejamento e se
organiza o currículo com intencionalidade, ou seja, baseados naqueles saberes
que as crianças já têm e naqueles que elas almejam.
O brincar, então, não se estende apenas às percepções sensoriais ou como
maneira de satisfazer curiosidade, mas é atividade social e historicamente
produzida, na qual a pessoa mais experiente atribui sentido ao que está à volta da
criança e esta, em contrapartida, se apropria desta interpretação e a ressignifica a
partir de seu entendimento e “suas características singulares” (ZANELLA;
ANDRADA, 2002, p. 127).
Desta forma, podemos concluir que o brinquedo tem grande influência no
desenvolvimento das crianças, já que essa atividade possibilita uma bagagem
cultural que resultará na formação do futuro adulto. Sendo assim, é fundamental e
insubstituível a mediação do professor. Ele é capaz de proporcionar a dimensão
pedagógica e significado ao brinquedo ao propor situações que garantam o
envolvimento do bebê e seu bem-estar na creche, possibilitando, desta forma, que
as crianças cresçam compreendendo e ressignificando a cultura em que estão
imersas e o mundo em que vivem e atuem como cidadãos plenos de seus direitos
e deveres sociais.
Síntese
Concluímos o estudo referente às infâncias no mundo contemporâneo. Agora você
já sabe que as crianças vivem suas infâncias a partir do outro e das relações que
estabelece socialmente, compreendendo que a maneira como a sociedade vive,
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assim como os valores que exprime, influem diretamente na forma pela qual a
criança conhece e entende o mundo que a cerca.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
observar os resultados de pesquisas que estudam a criança em sua
capacidade de fazer escolhas e estabelecer relações;
conhecer melhor os direitos das crianças, e se estes são ou não legitimados
socialmente;
constatar que a garantia de direitos depende da classe social e econômica;
identificar as consequências positivas e negativas que o avanço tecnológico
traz para a infância;
compreender que a criançaentende o mundo a partir do brincar e da
brincadeira.
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